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elatório e contas 1997<br />

Telecel · Comunicações Pessoais, S.A.<br />

Comunicações Pessoais, S.A.<br />

Telecel · Comunicações Pessoais, S.A.<br />

Centro Empresarial Torres de Lisboa<br />

Rua Tomás da Fonseca, Torre A<br />

1600 Lisboa<br />

COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A.


elatór<br />

io e<br />

contas<br />

1997<br />

Telecel · Comunicações Pessoais, S.A.<br />

COMUNICAÇÕES PESSOAIS, S.A.


el<br />

ató<br />

rio e<br />

con<br />

tas<br />

1997


Os níveis de crescimento registados pela Telecel em 1997 traduzem um contínuo aprofundamento<br />

da orientação para o Cliente como entidade individual, para além da sua inserção no plano mais<br />

global dos grandes números.<br />

Esta atitude não passa apenas pelo estabelecimento de padrões e ofertas que permitam satisfazer<br />

as suas necessidades mais evidentes. Mas passa, também, pela compreensão do ser que existe por<br />

detrás de cada Cliente, ou seja, dos seus desejos, dos seus valores, dos seus imaginários. Do universo<br />

em que ele se move e trabalha, tal como daquele em que se diverte ou descansa. Do entendimento<br />

dos seus grandes valores de referência, dos seus heróis, das suas metas mais ambiciosas<br />

e das suas novas fronteiras.<br />

compreendemos o cliente c<br />

valores e imagi


No desenho dos seus produtos e serviços, cada vez mais diversificados, a Telecel tem<br />

em conta tanto as necessidades mais visíveis dos seus Clientes, como também as outras<br />

que se reflectem na pluralidade dos seus comportamentos individuais. Adicionalmente, a<br />

Telecel entende e potencia uma das grandes tendências contemporâneas: perante a exigência<br />

de liberdade pessoal, utiliza o desenvolvimento tecnológico para possibilitar o estabelecimento<br />

de mais e melhor comunicação entre as pessoas.<br />

Em 1997, a Telecel confirmou e reforçou a sua identidade de empresa da viragem do milénio:<br />

forte e ousada, geradora de rentabilidade para os seus Accionistas e orientada para os<br />

Clientes.<br />

omo um indivíduo com desejos,<br />

nários próprios


ma do palavra preside<br />

Uma Palavra do Presidente


uma dop<br />

A nossa permanente aposta na valorização da Telecel<br />

teve resultados extremamente positivos durante 1997.<br />

Tal verificou-se não só em termos do aumento da<br />

capitalização bolsista da Empresa, que passou de 213<br />

milhões de contos em 31 de Dezembro de 1996 para<br />

422 milhões de contos em 31 de Dezembro de 1997 (o<br />

preço por acção aumentou 98% contra 75% do BVL 30),<br />

mas também em termos da consolidação dos seus activos<br />

e das suas competências.<br />

Será de realçar em primeiro lugar o aumento do nosso<br />

número de Clientes que mais do que duplicou, passando<br />

de cerca de 330.000 para cerca de 745.000.<br />

A Telecel teve que criar durante 1997 uma capacidade<br />

acrescida de resposta às necessidades destes Clientes,<br />

sempre com a preocupação de fornecer um serviço da<br />

mais elevada qualidade.<br />

A imagem de marca Telecel, fruto do nosso sucesso no<br />

mercado e da nossa eficaz política de comunicação, foi<br />

também consolidada durante 1997. Estudos efectuados<br />

realçam que o grau de reconhecimento da marca Telecel<br />

em Portugal já excede os 99%, estando a esta marca<br />

associada uma imagem de profissionalismo, orientação<br />

para o Cliente, inovação e dinamismo.<br />

Os elevados investimentos que temos vindo a efectuar<br />

nas nossas infra-estruturas de telecomunicações têm<br />

vindo a dotar a Telecel duma rede cada vez mais<br />

abrangente em termos do Território Nacional, moderna<br />

e de maior capacidade e qualidade.


alavra residente<br />

As nossas áreas de Canais de Distribuição, Serviço ao<br />

Cliente, Marketing, Sistemas de Informação,<br />

Administrativa e Financeira também reforçaram<br />

significativamente as suas competências e capacidades<br />

durante 1997. Os Recursos Humanos da Empresa não<br />

só aumentaram em quantidade, como melhoraram<br />

claramente a sua qualificação, fruto da política de<br />

formação e desenvolvimento implementada.<br />

A Telecel é assim uma empresa bem preparada para<br />

enfrentar os desafios futuros. Estes passam<br />

nomeadamente pela redefinição regular das áreas de<br />

negócio em que a Empresa actua e por uma escolha<br />

acertada da estratégia a desenvolver, que nos permita<br />

ter sucesso num ambiente cada vez mais competitivo,<br />

continuando a criar valor para os nossos Accionistas.<br />

O mercado celular móvel, apesar de já representar em<br />

1997 cerca de 25% do mercado total de serviços de<br />

telecomunicações (estimado em cerca de 550 milhões<br />

de contos) continua a apresentar um potencial significativo<br />

de crescimento, que iremos saber aproveitar.<br />

Para além disso, a Empresa irá equacionar já em 1998<br />

se deve alargar a sua intervenção no sector das<br />

telecomunicações para novas áreas. Serão naturalmente<br />

consideradas em primeiro lugar áreas adjacentes<br />

ao negócio actual, existindo sempre a preocupação em<br />

verificar se são segmentos de negócios atractivos, e se<br />

possuímos ou podemos criar as competências necessárias<br />

para neles ter sucesso. O critério final de decisão sobre<br />

a entrada ou não em novas áreas será o da valorização<br />

que tal trará para os nossos Accionistas.<br />

A valorização futura da nossa Empresa será resultado,<br />

não só da procura constante duma maior eficiência e<br />

eficácia nos negócios em que já nos encontramos, mas<br />

também duma política acertada de expansão e<br />

crescimento.<br />

Queremos continuar a ter como referência<br />

fundamental o aumento da satisfação dos nossos<br />

Accionistas, compatível naturalmente com a satisfação<br />

e realização dos nossos Colaboradores. Para tal teremos<br />

que nos manter orientados para os nossos Clientes,<br />

oferecendo-lhes serviços de alta qualidade,<br />

inovadores e a preços competitivos.<br />

pág 11<br />

Presidente da Direcção


Índic Ín


e1 1997 - Principais Aspectos<br />

dice<br />

1 Crescimento do Mercado<br />

2 Crescimento da Telecel<br />

3 Rentabilidade da Telecel<br />

4 Enquadramento Regulamentar<br />

5 Quadro Resumo<br />

6 Órgãos Sociais<br />

20<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

25<br />

2 Relatório de Gestão<br />

1 A Estratégia da Empresa<br />

2 O Mercado de Telecomunicações Móveis Celulares no Contexto Europeu<br />

3 O Mercado Celular em Portugal<br />

4 Os Clientes Telecel e o Serviço Oferecido<br />

5 Sistemas de Informação<br />

6 Recursos Humanos<br />

7 Análise das Contas da Empresa<br />

8 Política de Investimentos<br />

9 Política de Financiamento<br />

10 Política de Distribuição de Resultados<br />

11 Perspectivas para 1998<br />

12 Considerações Finais<br />

13 Agradecimentos<br />

32<br />

32<br />

34<br />

35<br />

42<br />

43<br />

43<br />

48<br />

49<br />

50<br />

50<br />

51<br />

52<br />

3 Relatórios e Certificação Legal<br />

1 Relatório de Actividade do Conselho Geral - 1997<br />

2 Participação dos Órgãos de Administração e Fiscalização no Capital<br />

3 Extracto da Acta da Reunião do Conselho Geral da Telecel<br />

4 Certificação Legal de Contas e Relatório do Auditor Externo<br />

60<br />

61<br />

62<br />

63<br />

4 Demonstrações Financeiras<br />

1 Balanço em 31 de Dezembro de 1997<br />

2 Demonstração de Resultados do Exercício Findo em 31 de Dezembro 1997<br />

3 Demonstração dos Fluxos de Caixa do Exercício<br />

Findo em 31 de Dezembro de 1997<br />

75<br />

72<br />

74<br />

5 Anexo às Demonstrações Financeiras<br />

1 Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados<br />

do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 1997<br />

2 Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa<br />

97<br />

84<br />

pág 13


1997-princip


11997-Principais A spectos<br />

1997-<br />

prici<br />

pais<br />

aspect os<br />

ais aspectos<br />

Telecel · Comunicações Pessoais,sa


crescimento<br />

do mercado<br />

Crescimento do Mercado 1<br />

O ano de 1997 caracterizou-se essencialmente pelo<br />

forte crescimento do número de Clientes de telefonia<br />

móvel, nunca antes registado. Tendo-se iniciado<br />

o ano com cerca de 660.000 Clientes, registou-se<br />

um acréscimo de mais de 800.000 novos Clientes,<br />

o que se traduz em aproximadamente 1,5 milhões<br />

de Clientes para o mercado total no final do ano.<br />

Considerando os 10 milhões de habitantes em<br />

Portugal, esta taxa de penetração de 15% face à<br />

população total é superior à taxa média Europeia,<br />

o que é de realçar, dado o mais reduzido PIB per<br />

capita português face a essa mesma média. A taxa<br />

de penetração da telefonia móvel em Portugal no<br />

final de 1997 é, por exemplo, superior à registada<br />

no Reino Unido, em França, na Alemanha e em<br />

Espanha.<br />

O segmento de mercado de consumo, explica a maior<br />

parte do crescimento verificado no mercado total.<br />

A redução verificada nos preços dos telefones móveis<br />

e nas tarifas, a diminuição do encargo mínimo necessário<br />

para manter o serviço e a forte concorrência<br />

que caracteriza o mercado, permitiram atrair centenas<br />

de milhar de novos Clientes deste segmento<br />

de consumo.<br />

crescimento<br />

Crescimento da Telecel<br />

da 2telecel<br />

Acompanhando o crescimento do mercado, o número<br />

de Clientes da Telecel mais do que duplicou em 1997,<br />

tendo a Empresa atingido no final do ano os 745.252<br />

Clientes (um crescimento de 125%).<br />

As receitas totais alcançaram os 87,7 milhões<br />

de contos e as de serviços 78,8 milhões de contos,<br />

o que representa um significativo crescimento,<br />

de 49,0% e 49,7% respectivamente, relativamente a<br />

1996.<br />

O aumento das receitas de serviços foi, como previsto,<br />

inferior ao aumento do número médio de Clientes,<br />

pelas seguintes razões:<br />

os novos Clientes (cuja grande maioria é proveniente<br />

do segmento de mercado de consumo) caracterizam-<br />

-se por uma utilização inferior à dos Clientes já<br />

existentes; as chamadas móvel-móvel, de preço mais<br />

reduzido, aumentaram significativamente o seu peso<br />

no total dado o aumento da base de Clientes; durante<br />

1997 existiram reduções significativas de tarifas.<br />

Como resultado, a receita média mensal por Cliente,<br />

que foi de 17.233$00 em 1996, reduziu-se para<br />

12.194$00 em 1997; naturalmente que para tal<br />

também contribuiu o forte aumento do número de<br />

Clientes no final do ano, Clientes esses que ainda<br />

geraram diminutas receitas em 1997.<br />

A taxa média de crescimento anual da Telecel entre<br />

1993 e 1997 foi de 109% em termos de número de<br />

Clientes e de 97% em termos de receitas de serviços.<br />

Todo este crescimento tem exigido um permanente<br />

esforço de reorganização e reestruturação da Empresa,<br />

por forma a dar resposta cabal às crescentes necessidades<br />

dos nossos Clientes, prestando-lhes um<br />

serviço de qualidade, como é aposta estratégica da<br />

Empresa.<br />

pág 20


Em 1997 juntaram-se 211 novos colaboradores aos<br />

já existentes na Empresa registando-se no final<br />

do ano um total de 878 colaboradores. Grande parte<br />

deste crescimento teve lugar na área do Serviço de<br />

Apoio a Clientes de modo a dar resposta às necessidades<br />

da nossa crescente base de Clientes.<br />

A rede de telecomunicações da Telecel tem também<br />

registado um crescimento apreciável, dados os fortes<br />

investimentos realizados pela Empresa, traduzindo-<br />

-se numa cobertura cada vez mais alargada do<br />

mercado, tanto em termos populacionais, como<br />

geográficos.<br />

O investimento total em 1997 atingiu 19,1 milhões<br />

de contos (14,8 milhões de contos em 1996), tendo<br />

sido cerca de 75% investido na rede de<br />

Telecomunicações. Este aumento do nível de<br />

investimento reflecte o esforço da Empresa e a sua<br />

determinação em oferecer continuamente aos seus<br />

Clientes um serviço regido pelos mais altos padrões<br />

de qualidade num período de grande crescimento.<br />

rentabilid ade da<br />

telecel<br />

Rentabilidade da Telecel 3<br />

A Telecel registou em 1997 resultados antes de impostos<br />

de 20,9 milhões de contos e depois de impostos<br />

de 13,3 milhões de contos, demonstrando um<br />

crescimento apreciável de 79,6% e 82,4%, respectivamente,<br />

relativamente a 1996.<br />

O cash flow operacional (EBITDA) foi de 30,4 milhões<br />

de contos em 1997 - um crescimento de 55,2%<br />

relativamente a 1996, representando agora cerca<br />

de 34,7% do total das receitas operacionais e 38,7%<br />

das receitas de serviços. Normalmente em períodos<br />

de grande crescimento da base de Clientes, a<br />

evolução desta margem é prejudicada dado o custo<br />

associado à aquisição de um significativo número<br />

de Clientes ser bastante elevado (a Telecel contabiliza<br />

como custo do exercício a quase totalidade dos<br />

custos de aquisição dos novos Clientes), sendo as<br />

receitas associadas a estes custos realizadas num<br />

período de tempo futuro bastante mais alargado.<br />

No entanto, a Empresa conseguiu gerir o crescimento<br />

da sua base de Clientes de forma eficiente, tendo<br />

a margem em relação ao total das receitas operacionais<br />

sofrido um ligeiro aumento relativamente a<br />

1996 (de 33,3% para 34,7%).<br />

A Telecel tem vindo a registar nos últimos anos<br />

elevados crescimentos nos seus resultados, dado<br />

o aumento do seu nível de actividade e a preocupação<br />

constante de procura duma cada vez maior eficiência.<br />

pág 21


enquadra<br />

regulamentar mento<br />

Enquadramento Regulamentar 4<br />

Durante 1997 foi aprovada a nova Lei de Bases das<br />

Telecomunicações, Lei nº 91/97, de 1 de Agosto, onde<br />

são consagrados os princípios da liberdade<br />

de estabelecimento de redes públicas de telecomunicações<br />

e da prestação dos serviços de telecomunicações<br />

de uso público, dando-se, assim, o primeiro<br />

passo para a tão desejada liberalização total do mercado<br />

que ocorrerá no dia 1 de Janeiro do ano 2000.<br />

Alguns importantes diplomas de desenvolvimento desta<br />

Lei terão de ser aprovados com vista à concretização<br />

e regulamentação dos princípios nela contemplados,<br />

tendo já sido publicado no dia 15 de Janeiro de<br />

1998 o diploma que regula o regime de acesso à<br />

actividade dos operadores de redes públicas de<br />

telecomunicações e dos prestadores de serviços de<br />

telecomunicações de uso público. Neste diploma<br />

são definidas, de forma específica, quais as<br />

actividades sujeitas a um processo de licenciamento<br />

ou de registo.<br />

A possibilidade de a Telecel dispôr de infra-estruturas<br />

de transmissão própria ou de utilizar infra-estruturas<br />

alternativas à do operador público, prevista numa<br />

Directiva da Comissão Europeia de Janeiro de 1996,<br />

foi apenas legalmente consagrada em Portugal com<br />

a aprovação do diploma acima referido.<br />

Dado o aumento registado e previsional do número<br />

de Clientes, a Telecel solicitou em 1997 frequências<br />

adicionais ao ICP (Instituto das Comunicações de<br />

Portugal), nas faixas de GSM 900 e 1800, tendo esse<br />

Instituto declinado a atribuição de frequências na<br />

faixa GSM 900. De acordo com declarações de<br />

responsáveis governamentais, prevê-se que, a breve<br />

prazo, sejam atribuídos à Empresa canais na faixa<br />

de GSM 1800. A Telecel espera que esta atribuição<br />

ocorra ainda durante o início do ano de 1998.<br />

A 20 de Novembro de 1997 foi atribuída a um novo<br />

operador uma terceira licença para a prestação<br />

do serviço móvel terrestre, incluindo a utilização<br />

de 39 canais na faixa de GSM 900 e 30 canais<br />

na faixa de GSM 1800.<br />

Até ao final do ano não foi possível negociar com<br />

a Portugal Telecom as condições de interligação<br />

para vigorarem em 1998. Este processo encontrase<br />

a decorrer nestes primeiros meses de 1998.<br />

Na eventualidade destas negociações não chegarem<br />

a bom termo será solicitada a intervenção do ICP.<br />

pág 22


quadro resumo<br />

1997 . Quadro Resumo 5<br />

Valores em Milhões de Contos<br />

1997 1996<br />

1995<br />

1994 1993<br />

RECEITAS OPERACIONAIS<br />

Prestação de Serviços 78,8 52,6 28,6 13,8 5,2<br />

Vendas de mercadorias 8,9 6,2 3,8 2,7 2,3<br />

Total das Receitas Operacionais 87,7 58,8 32,4 16,6 7,5<br />

CUSTOS OPERACIONAIS<br />

Custos de interligação 13,3 11,7 7,7 4,9 2,4<br />

Custo de mercadorias vendidas e matérias consumidas 18,3 8,0 4,1 2,7 2,1<br />

Despesas gerais (comerciais e administrativas) 17,3 12,2 7,9 5,1 3,2<br />

Custos com o pessoal 4,8 3,8 2,6 1,8 1,2<br />

Amortizações de imobilizado corpóreo e incorpóreo 9,0 6,2 4,2 2,8 1,7<br />

Provisões 3,6 3,4 1,8 0,6 0,3<br />

Total dos Custos Operacionais 66,2 45,5 28,4 17,8 11,0<br />

Resultados operacionais 21,5 13,4 4,0 (1,3) (3,5)<br />

Cash flow operacional 30,4 19,6 8,2 1,5 (1,8)<br />

Cash flow operacional / Receitas operacionais 34,7% 33,3% 25,3% 9,0% (24,0%)<br />

Outras receitas / (custos) (0,6) (1,8) (1,6) (1,6) (1,4)<br />

Resultados antes de impostos 20,9 11,6 2,4 (2,8) (5,0)<br />

Imposto sobre o rendimento do exercício 7,6 4,3 0,0 0,0 0,0<br />

Resultado líquido do exercício 13,3 7,3 2,4 (2,8) (5,0)<br />

Número total de Clientes final do ano 745.252 331.388 177.360 88.568 39.235<br />

Número de novos Clientes 413.864 154.028 88.792 49.333 31.469<br />

Investimento anual em activos fixos (milhões de contos) 19,1 14,8 11,3 8,5 6,7<br />

Investimento acumulado em activos fixos (milhões de contos) 72,8 53,6 38,9 27,5 19,0<br />

Receita média mensal por Cliente (escudos) 12.194 17.233 17.935 18.029 18.511<br />

Taxa anual de desactivação 18,8% 17,6% 16,7% 17,0% -<br />

09.12.96 1<br />

31.12.96<br />

27.03.97<br />

30.06.97<br />

30.09.97<br />

31.12.97<br />

Cotação das acções (escudos) 7.950 9.900 13.750 14.600 14.600 19.610<br />

Capitalização bolsista (milhões de contos) 170,9 212,9 295,6 313,9 313,9 421,6<br />

1<br />

OPV<br />

pág 23


Acções Telecel - Cotações em Bolsa<br />

25.000$<br />

20.000$<br />

15.000$<br />

10.000$<br />

5.000$<br />

0$<br />

3.000.000<br />

2.500.000<br />

2.000.000<br />

1.500.000<br />

1.000.000<br />

500.000<br />

0<br />

2/1<br />

21/1<br />

7/2<br />

18/3<br />

27/2<br />

8/4<br />

28/4 5/6 15/7 21/8 26/9 3/11 11/12<br />

16/5 26/6 1/8 9/9 15/10 20/11<br />

Fecho<br />

Quantidade<br />

pág 24


órgãos sociais<br />

Órgãos Sociais 6<br />

À data de 31 de Dezembro de 1997 os órgãos sociais<br />

da Telecel apresentavam a seguinte constituição:<br />

Conselho Geral<br />

AIRTOUCH - representada por Vernon<br />

Hugh Lloyd Tyerman<br />

Jeffrey David Clark<br />

Francisco Roman Riechmann<br />

Barbara Ann Riker<br />

Edward Alfonso Salas<br />

Revisor Oficial de Contas<br />

Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados,<br />

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas,<br />

representada por José Maria Ribeiro da Cunha.<br />

Direcção<br />

António Rui de Lacerda Carrapatoso (Presidente)<br />

António Vaz Branco<br />

António Manuel da Costa Coimbra<br />

Nuno J.F.S. de Oliveira Silvério Marques<br />

Wayne James Ross<br />

Mesa da Assembleia Geral<br />

Carlos Manuel Chorão Tavares Aguiar (Presidente)<br />

Alexandre Jardim de Oliveira (Secretário)<br />

Ângela Maria Raposo da Silva e Sousa (Secretário)<br />

pág 25


elatór


elatório de gestão<br />

Telecel · Comunicações Pessoais,sa<br />

relat<br />

ório de<br />

gestão<br />

2<br />

io de gestão


a estratégia<br />

da empresa<br />

A Estratégia da Empresa 1<br />

Em 1997 a Empresa desenvolveu a sua actividade<br />

baseada na estratégia já consolidada em anos anteriores,<br />

através do desenvolvimento continuado de uma<br />

oferta competitiva para o mercado de comunicações<br />

móveis celulares, de modo a procurar endereçar<br />

os Clientes mais valiosos de cada segmento. A Telecel<br />

manteve a sua diferenciação no mercado através<br />

de uma oferta baseada numa rede de comunicações<br />

celulares de cobertura alargada e de elevada qualidade,<br />

um Serviço de Apoio a Clientes de excelência e uma<br />

liderança em Inovação em Marketing.<br />

O ano de 1997 foi também marcado pela consolidação<br />

das competências internas de forma a constituir<br />

as estruturas que permitirão à Empresa estar bem<br />

posicionada para tirar o melhor partido das oportunidades<br />

que irão surgir no decorrer do processo<br />

de liberalização, nomeadamente em áreas adjacentes<br />

ao negócio actual. Com esta postura pretende<br />

a Telecel contribuir para o seu principal objectivo:<br />

a realização pessoal e profissional dos seus Colaboradores<br />

e a satisfação dos seus Accionistas,<br />

maximizando o valor da Empresa através da satisfação<br />

das necessidades de comunicação dos seus<br />

Clientes.<br />

telecomunicaçõ<br />

es móveis<br />

celulares<br />

O Mercado de Telecomunicações<br />

Móveis Celulares no Contexto Europeu 2<br />

O número de Clientes nos vários países europeus<br />

manteve uma elevada taxa de crescimento, tendo<br />

a taxa de penetração ultrapassado os 40% na<br />

Finlândia. Estima-se que a taxa de crescimento<br />

média na Europa tenha sido cerca de 56% e a<br />

penetração média entre 14 e 15%.<br />

Portugal continua com um posicionamento muito<br />

destacado no contexto Europeu, apresentando níveis<br />

apreciáveis de desenvolvimento do mercado celular<br />

e, pela primeira vez na curta história das telecomunicações<br />

celulares, uma taxa de penetração acima<br />

da média Europeia. Esta performance é ainda mais<br />

significativa se se tiver em conta o inferior valor<br />

do PIB per capita português comparativamente ao<br />

dos restantes países Europeus.<br />

pág 32


TAXAS DE PENETRAÇÃO NOS PRINCIPAIS PAÍSES EUROPEUS<br />

50,0%<br />

45,0%<br />

40,0%<br />

35,0%<br />

30,0%<br />

25,0%<br />

20,0%<br />

15,0%<br />

10,0%<br />

5,0%<br />

0,0%<br />

Finlândia Suécia Itália<br />

Noruega Dinamarca<br />

Portugal Irlanda Holanda Alemanha França<br />

Suiça Reino Unido Áustria Espanha Grécia Bélgica<br />

Taxa de penetração<br />

Fonte: Estimativa dos analistas de mercado<br />

Média europeia<br />

TAXAS DE CRESCIMENTO DOS PRINCIPAIS PAÍSES EUROPEUS<br />

160,0%<br />

140,0%<br />

120,0%<br />

100,0%<br />

80,0%<br />

60,0%<br />

40,0%<br />

20,0%<br />

0,0%<br />

França Bélgica Irlanda Holanda Áustria Alemanha Noruega Reino Unido<br />

Portugal Grécia Itália Suiça Finlândia Espanha Suécia Dinamarca<br />

Fonte: Estimativa dos analistas de mercado<br />

Taxa de crescimento<br />

Média europeia<br />

pág 33


De facto, o peso das receitas dos serviços de telecomunicações<br />

móveis no Produto Interno Bruto em<br />

Portugal deverá rondar os 0,8%, valor que será um<br />

dos mais elevados da Europa, o que ilustra bem<br />

os níveis de desenvolvimento deste mercado em<br />

Portugal, e a contribuição que tem dado para<br />

o desenvolvimento económico e social do país.<br />

celular o mercado<br />

portugal em<br />

O Mercado Celular em Portugal 3<br />

O ano de 1997 superou as mais optimistas expectativas<br />

quanto ao crescimento do número de Clientes.<br />

Para o ilustrar, basta salientar que, só em 1997,<br />

se acrescentaram mais Clientes do que em todos<br />

os anos anteriores, tendo a taxa de penetração<br />

aumentado num só ano mais de 8%!<br />

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CLIENTES<br />

1.650.000<br />

16,50%<br />

1.500.000<br />

15,00%<br />

1.350.000<br />

13,50%<br />

1.200.000<br />

12,00%<br />

1.050.000<br />

10,50%<br />

900.000<br />

9,00%<br />

750.000<br />

7,50%<br />

600.000<br />

6,00%<br />

450.000<br />

4,50%<br />

n° de utilizadores<br />

300.000<br />

150.000<br />

0<br />

3,00%<br />

1,50%<br />

0,00%<br />

Fonte: Relatórios da Empresa<br />

pág 34<br />

taxa de penetração<br />

1992 1993 1994 1995 1996 1997<br />

Analógico<br />

Digital GSM<br />

Taxa de penetração


Assim, no final do ano, estima-se que o número<br />

de Clientes em Portugal se tenha aproximado<br />

de 1,5 milhões.<br />

Os segmentos de consumo, caracterizados pela baixa<br />

utilização, maioritariamente por razões de ordem<br />

pessoal e não profissional, foram os principais<br />

responsáveis pelo forte crescimento verificado. Nesse<br />

sentido, poder-se-á afirmar que o mercado em 1997<br />

foi fortemente dominado pelos produtos sem<br />

assinatura mensal, como a Vitamina T, sobre<br />

os quais assentaram as principais campanhas<br />

promocionais e que representaram a maioria das<br />

novas activações do serviço. No final de 1997, os<br />

Clientes do serviço Vitamina representavam já cerca<br />

de 50% do total da base de Clientes da Empresa.<br />

A competitividade característica deste mercado<br />

acentuou-se ainda mais em 1997, centrada em três<br />

principais vectores: (1) várias alterações de tarifas<br />

ao longo do ano; (2) lançamento de novos produtos;<br />

e (3) campanhas promocionais permanentes que<br />

levaram a um agravamento significativo dos valores<br />

relativos à subsidiação de equipamento terminal<br />

e ofertas de serviço.<br />

Em termos de enquadramento é de salientar a aprovação<br />

pelo governo e respectiva publicação da nova<br />

Lei de Bases das Telecomunicações, que define<br />

as bases gerais a que obedece o estabelecimento,<br />

gestão e exploração de redes de telecomunicações<br />

e a prestação de serviços de telecomunicações.<br />

Destaque ainda para a possibilidade dos operadores<br />

móveis passarem a poder utilizar infraestruturas<br />

próprias e o facto de ter sido atribuída a terceira<br />

licença GSM 900/1800, esperando-se que o novo<br />

operador concorrente da Telecel efectue o seu<br />

lançamento comercial no decorrer do ano de 1998.<br />

os clientes<br />

serviço oferecido telecel<br />

Os Clientes Telecel e o Serviço Oferecido 4<br />

A<br />

Evolução dos Principais<br />

Indicadores<br />

Fruto do forte desenvolvimento do mercado, a Telecel<br />

atingiu, uma vez mais, um ano recorde em 1997<br />

no que respeita o número de novos Clientes, adicionando<br />

à sua base 413.864 Clientes, o que corresponde<br />

a um aumento de 168% em relação<br />

ao número de activações líquidas do ano anterior.<br />

Assim, no final do 1997, a base de Clientes da Telecel<br />

aumentou em 125%, sendo o número de Clientes<br />

no final do ano de 1997 de 745.252.<br />

pág 35


EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CLIENTES E DAS ACTIVAÇÕES LÍQUIDAS<br />

800.000<br />

700.000<br />

600.000<br />

500.000<br />

400.000<br />

Total Clientes<br />

300.000<br />

Activações líquidas<br />

n° de utilizadores<br />

200.000<br />

100.000<br />

0<br />

1992 1993 1994 1995 1996<br />

A família de produtos Vitamina, especialmente<br />

orientados para os segmentos de consumo (uma<br />

vez que são caracterizados pela ausência de<br />

assinatura mensal associada ao pré-pagamento do<br />

serviço), foi responsável pela maioria das novas<br />

activações de Clientes Telecel. Os inovadores<br />

produtos Vitamina, provaram ser uma forma rentável<br />

de atingir o segmento de mercado de consumo,<br />

revelando-se um conceito importante para enfrentar<br />

o crescimento continuado do mercado. O mix de<br />

Clientes profissional/pessoal alterou-se profundamente<br />

em 1997, o que contribuiu como principal<br />

factor para a forte mas esperada redução observada<br />

na receita média por Cliente.<br />

EVOLUÇÃO DA RECEITA MÉDIA MENSAL POR CLIENTE<br />

20.000$<br />

18.000$<br />

18.511$<br />

18.029$ 17.935$<br />

17.233$<br />

10,0%<br />

16.000$<br />

00,0%<br />

pág 36<br />

1997<br />

Fonte: Relatórios da Empresa<br />

receita média mensal por Cliente (ARPU)<br />

14.000$<br />

12.000$<br />

10.000$<br />

8.000$<br />

6.000$<br />

4.000$<br />

2.000$<br />

0$<br />

12.194$<br />

-10,0%<br />

-20,0%<br />

-30,0%<br />

-40,0%<br />

variação vs ano anterior<br />

Nota: (total das receitas de serviço) /<br />

(número médio de Clientes no ano /12)<br />

Fonte: Relatórios da Empresa<br />

1993<br />

1994 1995 1996 1997


A contribuir para a redução acentuada deste<br />

indicador contam-se também as reduções de tarifas<br />

verificadas em Março e Junho de 1997 e o aumento<br />

do peso das chamadas dentro da rede Telecel.<br />

A utilização, i.e., o número de minutos facturados<br />

por Cliente, sofreu uma redução devida à alteração<br />

do mix de Clientes, não tendo, contudo, registado<br />

variações negativas quando analisado em cada plano<br />

de tarifas.<br />

No entanto, estima-se que o valor da receita média<br />

por Cliente da Telecel continue acima da média europeia<br />

e superior à média verificada no próprio país.<br />

Numa indústria onde a dimensão é muito importante,<br />

economias de escala e a orientação permanente da<br />

Empresa para a redução dos custos por Cliente<br />

(adaptando as políticas comerciais e de Marketing<br />

ao valor de cada segmento de mercado), permitiram,<br />

apesar de redução da receita média mensal por<br />

Cliente, uma evolução muito favorável do cash flow<br />

operacional (EBITDA), que aumentou em cerca de<br />

55,2% em 1997 vs 1996. O custo de aquisição por<br />

novo Cliente angariado (calculado como as despesas<br />

de publicidade, comissões aos canais de distribuição,<br />

custo do pacote de boas vindas com cartão SIM e<br />

margem na venda de telefones celulares) apresentou<br />

uma redução comparativamente ao ano anterior.<br />

A evolução da taxa de desactivação foi também<br />

satisfatória, tendo em conta a maior representatividade<br />

dos segmentos de consumo na base de<br />

Clientes da Empresa, o que, a exemplo do verificado<br />

noutros mercados, contribuiria para um agravamento<br />

mais pronunciado deste indicador, o que não se<br />

verificou em 1997, fruto das acções de fidelização<br />

de Clientes realizadas pela Empresa.<br />

EVOLUÇÃO DA TAXA ANUAL DE DESACTIVAÇÃO<br />

20,0%<br />

18,0%<br />

17,0%<br />

16,7%<br />

17,6%<br />

18,8%<br />

16,0%<br />

14,0%<br />

Fonte: Relatórios da Empresa<br />

12,0%<br />

10,0%<br />

Nota: (desactivações - reactivações) / nº médio de Clientes<br />

A Principais Acontecimentos<br />

Rede Telecel<br />

Sendo a cobertura e qualidade de rede um dos<br />

principais factores de diferenciação da Telecel,<br />

os aspectos relacionados com as infra-estruturas de<br />

comunicação continuaram a merecer especial atenção<br />

no conjunto das actividades operacionais da Empresa.<br />

Tendo em vista o aumento da capacidade necessária<br />

para fazer face ao crescimento da base de Clientes,<br />

e o facto de não terem sido atribuídas à Telecel<br />

frequências adicionais durante o ano de 1997, o<br />

investimento foi significativamente superior ao do<br />

ano anterior. Assim, introduziram-se novas tecnologias<br />

pág 37<br />

taxa de desactivação anual<br />

8,0%<br />

6,0%<br />

4,0%<br />

2,0%<br />

0,0%<br />

1994 1995 1996 1997


e metodologias no planeamento e exploração da<br />

rede, instalaram-se centenas de novas estações de<br />

base (antenas) e dois novos comutadores (um deles<br />

dedicado à Região Autónoma da Madeira), o que<br />

permitiu aumentar significativamente a capacidade<br />

nos principais centros urbanos (mais de 62% em<br />

Lisboa e Porto), melhorar a qualidade da rede na<br />

generalidade do país e aumentar a cobertura<br />

geográfica, exterior e no interior de edifícios.<br />

É ainda de destacar a inauguração do serviço<br />

na Região Autónoma dos Açores em Setembro<br />

de 1997, com base na instalação da rede Telecel<br />

nas ilhas de S. Miguel, Terceira e Faial.<br />

reforçadas através de uma comunicação multifacetada,<br />

baseada em campanhas de publicidade<br />

institucionais, promocionais e de produto, complementada<br />

por acções "below the line" orientadas por<br />

segmento de mercado.<br />

Na área de patrocínios manteve-se a aposta no<br />

futebol, através dos três maiores Clubes e da Liga<br />

portuguesa, bem como nos desportos motorizados,<br />

entre outros.<br />

Os estudos de mercado efectuados pela Empresa<br />

permitem concluir que a marca Telecel mantém<br />

a percepção de marca líder nas telecomunicações<br />

móveis celulares, em todos os aspectos relevantes.<br />

Serviço de Apoio a Clientes<br />

Antecipando as necessidades de dar resposta, com<br />

elevada qualidade, a um número cada vez maior de<br />

Clientes, concluiu-se um projecto de reengenharia<br />

de processos e organizacional no Serviço de Apoio<br />

a Clientes, iniciado em 1996, que, juntamente com<br />

a introdução de novas ferramentas informáticas,<br />

permitiu melhorar substancialmente os níveis de qualidade<br />

do serviço prestado e a sua própria eficiência.<br />

Em Novembro de 1997 foi implementado o projecto<br />

da nova factura, tendo-se reformulado conteúdos<br />

e "layouts", permitindo responder aos requisitos<br />

dos nossos Clientes, tornando a factura mais clara<br />

e de leitura mais fácil e com personalização. A nova<br />

factura permitiu também optimizar os sistemas<br />

de pagamentos de débitos directos em conta bancária<br />

e os ciclos de cobrança, contribuindo para o aumento<br />

da qualidade e incrementando a satisfação dos<br />

nossos Clientes.<br />

É ainda de salientar a abertura do Serviço de Apoio<br />

a Clientes à Internet, através do endereço<br />

1212@telecel.pt, permitindo assim mais uma forma<br />

de acesso dos Clientes à Empresa.<br />

Comunicação<br />

O ano de 1997 foi dominado pela comemoração do<br />

quinto aniversário de serviço ao público, com diversas<br />

acções orientadas para os nossos Clientes, Colaboradores,<br />

Distribuidores e Fornecedores.<br />

A notoriedade e imagem de marca da Empresa foram<br />

Produtos e Serviços<br />

A inovação no lançamento de novos produtos<br />

e serviços com valor reconhecido pelos Clientes foi,<br />

uma vez mais, uma constante em 1997.<br />

Na área de informação foram lançados os serviços<br />

informativos dos Clubes patrocinados pela empresa,<br />

e o serviço Infopraias, com informação sobre<br />

as condições das principais praias do país. Na área<br />

de comunicação de dados e fax foi um ano bastante<br />

fértil em novidades, desde o lançamento da Caixa<br />

Postal de Fax para qualquer Cliente de um plano<br />

regular de tarifas, até ao envio de mensagens escritas<br />

para faxes e pagers ou ainda o envio de mensagens<br />

escritas para qualquer Cliente através de e-mail via<br />

Internet. Também em relação à Internet se lançou<br />

um conjunto de serviços que permitem, de um modo<br />

simplificado, o acesso à "net" através de um telefone<br />

celular.<br />

Para os Clientes dos Planos Regulares de Tarifas foi<br />

alargado o número de países nos quais é possível<br />

utilizar o serviço Telecel, bem como a utilização<br />

da rede Telecel pelos Clientes dos operadores desses<br />

países. Assim, no final de 1997, a Empresa detinha<br />

acordos de roaming estabelecidos com 82 operadores<br />

de 48 países dos cinco continentes.<br />

Com maior relevo há a salientar os novos produtos<br />

e facilidades da família Vitamina, procurando dar<br />

resposta a uma segmentação mais fina do mercado.<br />

Assim, em Setembro de 1997 foi lançada a Vitamina K<br />

(Kids) dirigida aos mais jovens com idades compre-<br />

pág 38


endidas entre os 8 e os 15 anos, cuja principal<br />

característica é o facto de só permitir a marcação<br />

para seis números à escolha do Cliente, garantindo<br />

assim total controlo e segurança na utilização. Em<br />

Outubro foi lançada a Vitamina R (Radical), dedicada<br />

aos jovens acima dos 15 anos, sendo a principal<br />

característica o desconto nas chamadas entre Clientes<br />

Vitamina R, tornando assim mais acessível a comunicação<br />

dentro deste grupo social. Em Novembro<br />

foi lançada a Vitamina P (profissional), orientada<br />

para uma utilização profissional, onde apesar<br />

do controlo de custos ser valorizado, o Cliente tem<br />

necessidade de efectuar um maior número de<br />

chamadas nos dias úteis para a rede fixa, pelo que<br />

beneficia de um preço mais vantajoso, em relação<br />

à Vitamina T, para um montante de carregamento<br />

superior. É ainda de salientar algumas novas<br />

facilidades lançadas para a família Vitamina<br />

tais como o carregamento instantâneo, os bónus<br />

de carregamento e principalmente o roaming com<br />

Espanha, sendo o primeiro produto destas<br />

características no mercado europeu a permitir a<br />

utilização fora do país de origem, com a manutenção<br />

de todas as facilidades, nomeadamente o controlo<br />

de custos e a actualização do saldo disponível em<br />

tempo real.<br />

MÊS SERVIÇO DESCRIÇÃO<br />

Janeiro INFOPRAIAS Informação sobre o estado do tempo e do mar nas principais praias portuguesas.<br />

Fevereiro DUO Disponibilização de 2 cartões com o mesmo número de telefone associado.<br />

Março SMS DIRECTO Aplicação que permite o envio de mensagens escritas para telefones celulares da rede<br />

Telecel, usando apenas um computador pessoal e um modem da rede fixa.<br />

BÓNUS VITAMINA Atribuição de um bónus de carregamento aos Clientes Vitamina.<br />

Maio SEMI-CLIR Controlar do envio (ou não) do número do chamador, no momento em que é efectuada<br />

cada chamada.<br />

Junho NÚMERO GRÁTIS TELECEL Serviço de chamadas pagas pelo destinatário desde que estas sejam feitas a partir da rede<br />

Telecel ou da rede fixa nacional.<br />

CARREGAMENTOS Redução do período de tempo que decorre entre o momento em que a operação de pagamento<br />

INSTANTÂNEOS dos Clientes Vitamina é concluída com sucesso e o respectivo carregamento para cerca de<br />

15 segundos.<br />

Julho SIMPOS Disponibilização de facilidades de gestão dos cartões dos Clientes (memórias, sms, etc.)<br />

em pontos de venda Telecel.<br />

TELEMULTIBANCO FASE 2 Disponibilização da possibilidade de consultar o saldo contabilístico e o saldo disponível,<br />

os 3 últimos movimentos efectuados na conta, os 2 últimos movimentos efectuados com<br />

o cartão Multibanco ou com o serviço TeleMultibanco, assim como da possibilidade de<br />

realizar transferências entre as diversas contas associadas ao mesmo cartão.<br />

Agosto SMS PARA FAX Envio de um fax a partir do telefone celular, sem qualquer equipamento adicional para<br />

qualquer destino de fax nacional.<br />

Setembro QUIOSQUE INTERACTIVO Possibilita a todos os visitantes das lojas Telecel a consulta de informação sobre a Telecel<br />

de forma interactiva, permitindo ainda efectuar o pagamento de facturas e o carregamento<br />

de Vitaminas.<br />

VITAMINA K Vitamina especialmente direccionada para o segmento infantil (dos 8 aos 15 anos), tendo<br />

como principal característica ter as chamadas limitadas a 6 números programáveis à escolha.<br />

Outubro VITAMINA R Vitamina especialmente vocacionada para o segmento jovem (dos 15 aos 24 anos), tendo<br />

como principal característica o benefício de 25% de desconto nas chamadas realizadas<br />

entre Vitaminas R.<br />

pág 39


Novembro VITAMINA P Vitamina especialmente concebida para o segmento profissional, permite a transmissão<br />

de Dados e Fax e a utilização do Serviço de Gestão de Mensagens, com um tarifário adequado<br />

a uma maior utilização no período de grande tráfego.<br />

CAIXA POSTAL DE FAX Permite a qualquer Cliente receber mensagens de fax na sua caixa postal que podem depois<br />

ser impressas onde lhe for mais conveniente.<br />

PLANO TELECEL INTERNET Plano tarifário especialmente vocacionado para a ligação aos ISPs (Internet Service Provider)<br />

ao preço de uma chamada para a rede Telecel.<br />

CORREIO@TELECEL Permite receber Correio Electrónico, proveniente de qualquer parte do mundo, directamente<br />

no seu telefone celular, sob a forma de uma mensagem escrita.<br />

SMS PARA PAGER Permite enviar mensagens para pagers da Telechamada, compostas directamente no telefone<br />

celular no formato de mensagens escritas.<br />

PLANO TELECEL MENSAGENS Plano tarifário especialmente vocacionado para utilizações que façam uso intensivo do<br />

Serviço de Mensagens Escritas.<br />

ROAMING PARA AS VITAMINAS Permite aos Clientes Vitamina utilizarem os seus telefone em Espanha com controlo de<br />

custos em tempo real.<br />

ACESSO QUIOSQUE À INTERNET Permite o acesso instantâneo à Internet através do Serviço Móvel de Dados ou Internet<br />

Telecel, sem necessidade de contrato com o ISP.<br />

Dezembro 1212@telecel.pt Acesso ao Serviço de Apoio a Clientes através do endereço e-mail 1212@telecel.pt.<br />

1214@telecel.pt Acesso ao Grupo de Suporte de Dados e Fax via correio electrónico através do endereço<br />

1214@telecel.pt.<br />

Tarifários<br />

Em 1997 assistiu-se a uma redução significativa<br />

de tarifas, fruto da competitividade característica<br />

deste mercado, que permitiram estimular a adesão<br />

de novos Clientes de menor poder de compra. A<br />

estratégia da Telecel consiste em ter a oferta com<br />

mais qualidade do mercado a um preço competitivo.<br />

Em Março a Telecel baixou as tarifas das comunicações<br />

móvel-fixo, introduziu a tarifa fim-de-semana<br />

e reduziu o montante mínimo de carregamento<br />

no serviço Vitamina T para 7.500$ por trimestre.<br />

Em Junho, a Telecel reduziu as tarifas fixo-móvel<br />

entre 17% e 33% (dependendo da hora e dia da<br />

semana), definindo tarifas muito competitivas nestas<br />

comunicações à hora do almoço, noite e fins-desemana.<br />

Em Outubro, a Telecel lançou o "Desconto Chamadas<br />

Frequentes", que permite ao Cliente beneficiar<br />

de um desconto de 20% nas suas comunicações<br />

nacionais para três números à sua escolha, por uma<br />

mensalidade de 500$.<br />

Em Novembro, a empresa introduziu o "Desconto<br />

Intraconta", num pacote promocional orientado<br />

para as pequenas e médias empresas, que permite<br />

ao Cliente beneficiar de condições especiais nas<br />

comunicações entre serviços da mesma conta.<br />

Por fim, é de salientar a introdução de "Descontos<br />

Regionais" nas Regiões Autónomas da Madeira<br />

e Açores, que permitem aos Clientes dessas regiões<br />

beneficiarem de condições especiais nas chamadas<br />

efectuadas para a rede fixa dessa região.<br />

De salientar que as reduções dos custos das comunicações<br />

para os Clientes e a introdução de novos<br />

planos tarifários ajustados às necessidades de cada<br />

segmento, deram um contributo importante para<br />

os níveis de penetração atingidos em 1997. Note-se<br />

que o custo de manutenção do serviço celular<br />

se reduziu para um valor mensal de 2.500$ (IVA<br />

incluído) nos planos Vitamina, podendo o Cliente<br />

usufruir de comunicações por ele geradas nesse<br />

montante.<br />

pág 40


EVOLUÇÃO DO CUSTO MÍNIMO MENSAL (IVA INCLUÍDO) DE MANUTENÇÃO DO SERVIÇO TELECEL<br />

10.000$<br />

7.500$<br />

5.000$<br />

2.500$<br />

0$<br />

1992 1993 1994 1995 1996 1997<br />

Fonte: Relatórios da Empresa<br />

Canais de Distribuição<br />

O ano ficou marcado pelo aparecimento de novas<br />

formas de distribuição especialmente eficazes nos<br />

segmentos de consumo. Entre outros, destacam-se<br />

as empresas que, juntamente com a Telecel,<br />

utilizaram o serviço celular como forma de incentivo<br />

para promover as vendas dos seus produtos. Nesta<br />

categoria destacam-se as companhias petrolíferas,<br />

os bancos e os jornais.<br />

A venda através de Clientes também se mostrou<br />

eficaz, permitindo simultaneamente criar condições<br />

especiais para os actuais Clientes, contribuindo para<br />

a sua fidelização, como também angariar novos<br />

Clientes. Neste sentido, a campanha do 5º aniversário<br />

foi muito bem sucedida, ao permitir aos Clientes<br />

efectuar a substituição do seu equipamento em<br />

condições únicas no mercado e ainda adquirir um<br />

novo serviço a preços muito competitivos.<br />

Nos canais tradicionais - Vendas Directas, Lojas<br />

próprias, Agentes, Retalhistas, Hipermercados e<br />

Revendedores - a performance acompanhou, na<br />

generalidade a evolução do mercado, com maior<br />

incidência nos canais mais orientados para o<br />

segmento de consumo. Nas Lojas próprias destaque<br />

para as novas lojas abertas em Lisboa, Guimarães<br />

e Ponta Delgada.<br />

Equipamento terminal<br />

A Empresa reforçou a sua presença na comercialização<br />

de equipamentos terminais, como forma<br />

de garantir para si e para os seus distribuidores<br />

os melhores produtos e as condições mais competitivas,<br />

fundamentais na angariação e manutenção de Clientes.<br />

Por outro lado, dado o peso muito elevado da venda<br />

de pacotes telefone + serviço no total das activações<br />

(promoções com kit SIM Telecel e Vitaminas),<br />

a venda de equipamentos em número de unidades<br />

aumentou fortemente em relação ao ano anterior,<br />

atingindo um valor próximo do meio milhão.<br />

Ao longo do ano, a redução acelerada do preço de<br />

venda não acompanhada por uma redução<br />

equivalente dos preços de custo levou a uma subida<br />

do nível de subsidiação (prática que foi iniciada em<br />

Portugal em 1996) do equipamento terminal<br />

relativamente a 1996.<br />

pág 41


EVOLUÇÃO DOS PREÇOS MÉDIOS DE VENDA TELECEL DE TELEFONES CELULARES<br />

140.000$<br />

120.000$<br />

100.000$<br />

80.000$<br />

60.000$<br />

40.000$<br />

20.000$<br />

0$<br />

1993 1994 1995 1996 1997 Fonte: Estimativas da Empresa<br />

Fruto do projecto de reengenharia do laboratório de<br />

reparações implementado na área de Assistência Técnica<br />

a Equipamento Terminal, foi possível melhorar<br />

significativamente a eficiência dos programas<br />

“Assistência Expresso" para Clientes de Planos Regulares<br />

de Tarifas e "Assistência Postal" para os Clientes de<br />

Planos Vitamina. Ilustrando, o programa “Assistência<br />

Expresso”, que sofreu um aumento da procura de cerca<br />

de 40% em relação a 1996, manteve uma disponibilidade<br />

de equipamentos para empréstimo de 97%<br />

em 1997, sendo de 100% a partir do início do terceiro<br />

trimestre de 1997.<br />

Em 1997 alargou-se o número de pontos de assistência<br />

a Guimarães e Ponta Delgada, estando actualmente<br />

disponível em todas as cidades onde a Telecel dispõe<br />

de loja própria.<br />

Também o programa de instaladores autorizados sofreu<br />

um enorme desenvolvimento, existindo no final do ano<br />

pontos autorizados de instalação de equipamento em<br />

viaturas em todos os Distritos do país.<br />

sistemas<br />

Sistemas de Informação<br />

informaçao<br />

5<br />

Os Sistemas de Informação são um dos vectores<br />

fundamentais para a prossecução da estratégia<br />

da Telecel, permitindo fornecer um serviço de<br />

excelência aos nossos Clientes, baseado numa oferta<br />

inovadora e competitiva.<br />

Nesta perspectiva, continuámos durante o ano<br />

de 1997 o esforço de melhoria contínua dos Sistemas<br />

de Informação, por forma a adaptá-los ao acentuado<br />

crescimento verificado, realçando-se a introdução<br />

de um novo interface entre os Sistemas de Informação<br />

e a Rede GSM, que permitiu melhorias<br />

significativas na rapidez de resposta aos nossos<br />

Clientes e a introdução do novo Plano de Numeração<br />

com 7 dígitos.<br />

Foram ainda realizados consideráveis investimentos<br />

na implementação de novos sistemas e na alteração<br />

dos existentes, para dar suporte ao lançamento de<br />

produtos e serviços de onde se destaca, pelo seu<br />

impacto em todos os Clientes, um novo “layout” da<br />

Factura de Serviço Telecel.<br />

pág 42


ecursos<br />

Recursos Humanos<br />

humanos 6<br />

O aumento significativo do número de Clientes colocou<br />

pressões acrescidas em todas as áreas da Empresa,<br />

principalmente nas mais operacionais, o que obrigou<br />

à aceleração dos processos de recrutamento, com<br />

antecipação das datas inicialmente planeadas,<br />

de modo a manter a qualidade dos serviços prestados.<br />

Assim, no final de 1997 o número de efectivos<br />

da Telecel situava-se nos 878, o que corresponde<br />

a um aumento de 32%, em relação a Dezembro<br />

de 1996.<br />

De salientar que a Empresa não tem usado contratos<br />

com empresas externas para actividades consideradas<br />

fundamentais para a qualidade do serviço prestado,<br />

nomeadamente a área do Serviço de Apoio a Clientes,<br />

mantendo ainda uma relativamente alargada<br />

estrutura comercial de Venda Directa em 24 lojas.<br />

No âmbito de uma política de recursos humanos,<br />

que valoriza o desenvolvimento contínuo de novas<br />

competências e a motivação dos Colaboradores, a<br />

Telecel realizou em 1997 uma intensa actividade de<br />

formação, quer de natureza técnica quer<br />

comportamental, que abrangeu um total de 1.195<br />

participantes provenientes de todas as áreas<br />

funcionais da Empresa.<br />

A Telecel realizou ainda em 1997 o seu inquérito<br />

periódico de opinião aos Colaboradores. Esta acção,<br />

cujos resultados reflectiram o bom clima<br />

organizacional que se vive na Telecel, constitui uma<br />

forma complementar de fomentar a participação e<br />

responsabilização de todos os Colaboradores na vida<br />

da Empresa.<br />

Nº DE COLABORADORES<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

Total 472 667 878<br />

análise<br />

das contas<br />

Análise das Contas da Empresa 7<br />

A evolução em 1997 das principais rubricas das<br />

contas da Telecel reflecte naturalmente o forte<br />

crescimento verificado, quer da base de Clientes,<br />

quer das infra-estruturas necessárias à manutenção<br />

da qualidade dos serviços prestados.<br />

A Evolução das Receitas<br />

O total das receitas operacionais atingiu em 1997<br />

o valor de 87,7 milhões de contos, o que representa<br />

um crescimento de 49,0% em relação aos 58,8<br />

milhões de contos registados em 1996. Daquele<br />

valor, 78,8 milhões de contos respeitam a receitas<br />

com prestação de serviços e 8,9 milhões de contos<br />

a receitas com vendas de equipamentos terminais<br />

e respectivos acessórios.<br />

Em relação a 1996 estes valores representam um<br />

crescimento respectivamente de 49,7% e de 42,8%.<br />

pág 43


RECEITAS TOTAIS E DE SERVIÇOS<br />

90<br />

87,7<br />

78,8<br />

80<br />

70<br />

60<br />

58,8<br />

52,6<br />

50<br />

milhões de contos<br />

Total das receitas operacionais<br />

Receitas de serviços<br />

A evolução verificada nas receitas de serviços reflecte<br />

não só o crescimento da base de Clientes, que mais<br />

que duplicou em 1997, mas também a redução de<br />

cerca de 29,2% da receita média de serviços por<br />

Cliente, conforme já analisado neste relatório.<br />

Quanto às vendas de equipamento terminal,<br />

o crescimento verificado reflecte o maior número<br />

de unidades vendidas, mas com um preço médio<br />

inferior em cerca de 60% em relação a 1996.<br />

A Evolução dos Custos<br />

As despesas operacionais, que incluem todos os<br />

custos, excepto os de financiamento e os extraordinários,<br />

totalizaram 66,2 milhões de contos em<br />

1997, o que representa um crescimento de 45,6%<br />

em relação aos 45,5 milhões de contos registados<br />

em 1996. Em termos da margem em relação ao total<br />

das receitas operacionais verificou-se, assim, uma<br />

redução para 75,5% em relação aos 77,3% registados<br />

em 1996, reflectindo deste modo um ganho em<br />

termos de margens de operação.<br />

pág 44<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

7,5<br />

5,2<br />

16,6<br />

13,8<br />

32,4<br />

28,6<br />

Fonte: Relatórios da Empresa<br />

1993<br />

1994 1995 1996 1997


DESPESAS OPERACIONAIS E MARGEM S/ RECEITAS OPERACIONAIS<br />

147,3%<br />

107,7% 87,6% 77,3%<br />

75,5%<br />

70<br />

66,2<br />

160%<br />

milhões de contos<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

11,0<br />

17,8<br />

28,4<br />

45,5<br />

140%<br />

120%<br />

100%<br />

80%<br />

60%<br />

40%<br />

20%<br />

0%<br />

Despesas operacionais<br />

Margem s/ receitas operacionais<br />

Fonte: Relatórios da Empresa<br />

1993<br />

1994 1995 1996<br />

1997<br />

Em termos das várias componentes das despesas<br />

operacionais, verificou-se a seguinte evolução:<br />

Os Custos de Interligação, que incluem o aluguer de<br />

circuitos e o acesso às redes de outros operadores<br />

de Telecomunicações, totalizaram 13,3 milhões de<br />

contos, um crescimento de 13,2% em relação a 1996.<br />

O peso em relação ao total das receitas operacionais<br />

passou de 19,9%, no ano anterior, para 15,1%,<br />

reflectindo assim, não só as melhorias obtidas na<br />

Convenção de Preços negociada no início do ano,<br />

mas também ganhos por economias de escala<br />

resultantes da maior utilização da Rede GSM. Em<br />

relação às receitas de serviços o peso dos custos de<br />

interligação foi em 1997 de 16,8%, o que compara<br />

com os 22,3% verificados em 1996.<br />

O Custo das mercadorias vendidas e matérias<br />

consumidas, que inclui não só o custo dos equipamentos<br />

vendidos, mas também os relacionados com<br />

o pacote de activação e o respectivo cartão SIM,<br />

totalizou 18,3 milhões de contos, representando um<br />

crescimento de 128,2% em relação aos 8,0 milhões<br />

de contos verificados em 1996. O seu peso relativamente<br />

ao total das receitas operacionais passou de<br />

13,6% no ano anterior para 20,9%, reflectindo assim<br />

o muito maior envolvimento da Empresa na comercialização<br />

de equipamentos.<br />

As Despesas Gerais (comerciais e administrativas)<br />

foram de 17,3 milhões de contos, um crescimento de<br />

41,0% em relação a 1996, tendo diminuído o seu<br />

peso em relação ao total das receitas operacionais<br />

de 20,8% para 19,7%, reflectindo os ganhos de<br />

eficiência, nomeadamente nos custos comerciais de<br />

angariação de novos Clientes.<br />

Os Custos com o Pessoal registaram um valor de 4,8<br />

milhões de contos, o que representou um crescimento<br />

de 26,2% em relação ao ano anterior, em resultado<br />

do aumento verificado no número de colaboradores<br />

(32%), compensado em parte pela redução do custo<br />

médio por colaborador. O peso dos custos com o<br />

pessoal no total das receitas operacionais diminuiu<br />

de 6,5% em 1996 para 5,5% em 1997.<br />

As Amortizações e Depreciações totalizaram cerca<br />

de 9,0 milhões de contos, um crescimento de 44,0%<br />

em relação ao ano anterior que reflecte o contínuo<br />

esforço de investimento da Empresa no desenvolvimento<br />

das suas infra-estruturas. O peso desta<br />

rubrica no total das receitas operacionais reduziu-se<br />

de 10,6% para 10,3%.<br />

O valor das Provisões constituídas em 1997 foi de<br />

3,6 milhões de contos, o que representa um acréscimo<br />

de 4,6% em relação ao valor constituído em 1996.<br />

Desta verba destaca-se o reforço da provisão para<br />

cobranças duvidosas no montante de 2,4 milhões de<br />

contos, o qual representa um decréscimo no total<br />

das receitas operacionais de 3,6% em 1996 para<br />

2,7%, reflectindo assim as melhorias introduzidas<br />

nesta área, nomeadamente com os produtos pré-<br />

-pagos.<br />

pág 45


Os Custos não Operacionais (financeiros e extraordinários)<br />

totalizaram 1,6 milhões de contos em 1997, dos quais<br />

0,7 milhões são relativos a juros e outras despesas de<br />

financiamento e 0,3 milhões reflectem os prejuízos<br />

apurados na Telechamada. Em relação a 1996 verificouse<br />

uma redução de 27,8% no que respeita à rubrica dos<br />

juros, em resultado essencialmente da descida generalizada<br />

das taxas de juro, e também da redução da<br />

dívida média ao longo do ano.<br />

Em relação à Telechamada, verificou-se um agravamento<br />

dos prejuízos apurados de 14,2% em relação<br />

a 1996, reflectindo assim as dificuldades sentidas<br />

neste sector.<br />

A Resultados Obtidos<br />

O cash flow operacional (EBITDA) gerado em 1997<br />

foi de 30,4 milhões de contos, o que representa um<br />

crescimento de 55,2% em relação aos 19,6 milhões<br />

de contos registados em 1996 e uma melhoria em<br />

termos de margens, em relação ao total das receitas<br />

operacionais de 33,3% em 1996, para 34,7% em<br />

1997. Em relação às receitas de serviço a margem<br />

passou de 37,3% para 38,7% em 1997.<br />

Este crescimento das margens é tanto mais<br />

significativo quanto a empresa teve que incorrer em<br />

elevados custos de aquisição ao ter mais que<br />

duplicado a sua base de Clientes em 1997.<br />

DESPESAS OPERACIONAIS E MARGEM S/ RECEITAS OPERACIONAIS<br />

9,3% 25,4% 33,3% 34,7%<br />

milhões de contos<br />

Cash flow operacional<br />

Margem (s/ receitas totais)<br />

pág 46<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

1,5<br />

8,2<br />

19,6<br />

30,4<br />

35%<br />

30%<br />

25%<br />

20%<br />

15%<br />

10%<br />

5%<br />

0%<br />

1994<br />

1995 1996 1997<br />

Fonte: Relatórios da Empresa


O Resultado antes de Impostos apurado em 1997,<br />

foi de 20,9 milhões de contos, um crescimento<br />

79,6% em relação aos 11,6 milhões de contos<br />

registados em 1996, e que representa uma melhoria<br />

em termos de margem em relação ao total das<br />

receitas operacionais de 19,7% em 1996, para 23,8%<br />

em 1997. Esta melhoria reflecte os ganhos de<br />

eficiência obtidos neste ano.<br />

A Provisão para Impostos Sobre Lucros foi de 7,6<br />

milhões de contos, que compara com os 4,3 milhões<br />

de contos provisionados em 1996, um crescimento<br />

de 74,9%, inferior, no entanto, ao crescimento dos<br />

resultados antes de impostos. A taxa efectiva<br />

de imposto foi assim reduzida de 37,2% para 36,3%,<br />

menor que a taxa inicialmente estimada durante o<br />

exercício, em virtude, por um lado, da redução da<br />

taxa nominal de imposto de 39,6% para 37,4%,<br />

recentemente decidida pelo Governo Português e,<br />

por outro lado, à recuperação do ponto de vista<br />

fiscal de custos anteriormente incorridos que só<br />

este ano se tornaram dedutíveis.<br />

O Resultado Líquido foi assim de 13,3 milhões<br />

de contos, equivalente a 618$00 por acção, o<br />

que representa um crescimento de 82,4% em<br />

relação aos 7,3 milhões de contos registados<br />

em 1996 (339$00 por acção). Em termos de<br />

margem em relação ao total das receitas operacionais,<br />

verificou-se uma melhoria para 15,2% em<br />

relação aos 12,4% obtidos em 1996.<br />

RESULTADO LÍQUIDO<br />

15<br />

13,3<br />

10<br />

7,3<br />

Resultado líquido<br />

5<br />

1993<br />

1994<br />

2,4<br />

0<br />

milhões de contos<br />

-5<br />

-5,0<br />

-2,8<br />

pág 47<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

-10<br />

Fonte: Relatórios da Empresa


política<br />

Política de Investimentos<br />

investimentos<br />

8<br />

A Telecel manteve em 1997 um forte esforço de<br />

investimento por forma a manter uma elevada<br />

qualidade no serviço prestado aos seus Clientes,<br />

nomeadamente reforçando a cobertura e a capacidade<br />

da sua rede celular GSM.<br />

O montante total investido em Activos Fixos foi em<br />

1997 de 19,1 milhões de contos, dos quais 14,2<br />

milhões de contos foram aplicados no desenvolvimento<br />

da Rede. Em comparação com 1996 estes<br />

valores representam em ambos os casos um<br />

crescimento de 29,1%.<br />

INVESTIMENTO EM ACTIVOS FIXOS<br />

25<br />

20<br />

19,1<br />

15<br />

14,8<br />

11,3<br />

10<br />

6,7<br />

8,5<br />

milhões de contos<br />

Fonte: Relatórios da Empresa<br />

1993 1994 1995<br />

1996<br />

1997<br />

pág 48<br />

5<br />

0


política<br />

Política de Financiamento<br />

ifinanciamento<br />

9<br />

Em 1997, a Empresa gerou pela primeira vez um<br />

cash flow após investimentos positivo, no valor de<br />

2,9 milhões de contos e que compara favoravelmente<br />

com os 1,3 milhões de contos negativos registados<br />

em 1996.<br />

Este valor foi utilizado principalmente na redução<br />

do Passivo Remunerado que em 31 de Dezembro de<br />

1997 era de 13,8 milhões de contos, o que compara<br />

com os 15,9 milhões de contos que se verificavam<br />

em 31 de Dezembro 1996. O restante valor foi<br />

utilizado no reforço do fundo de maneio.<br />

Em 31 de Dezembro 1997 o Passivo Remunerado<br />

era constituído essencialmente por empréstimos<br />

obrigacionistas no total de 10,0 milhões de contos,<br />

sendo os restantes 3,8 milhões de contos<br />

constituídos por empréstimos de muito curto prazo.<br />

De referir que em Agosto de 1998 se vencerá uma<br />

parte dos empréstimos obrigacionistas no valor de<br />

7,5 milhões de contos, sendo intenção da Empresa<br />

proceder à emissão de novos empréstimos em<br />

substituição daqueles.<br />

Em Junho de 1997 a Empresa renegociou as condições<br />

do Programa de Papel Comercial emitido em<br />

1993, no sentido de o renovar por períodos de um<br />

ano, sucessivamente. No final do ano não se registava<br />

qualquer utilização do Programa.<br />

PASSIVO RENUMERADO<br />

20<br />

18<br />

16<br />

14<br />

17,5<br />

15,9<br />

13,8<br />

12<br />

10,5<br />

10<br />

8<br />

6<br />

6,2<br />

milhões de contos<br />

4<br />

2<br />

0<br />

pág 49<br />

Fonte: Relatórios da Empresa<br />

1993 1994 1995<br />

1996<br />

1997


política tribuição de dis<br />

Política de Distribuição de Resultados 10<br />

Os resultados positivos obtidos pela Empresa,<br />

colocam-na numa posição de definir uma política<br />

de distribuição de resultados.<br />

Tendo em conta o plano de actividades para 1998<br />

e face à capacidade de endividamento da Empresa,<br />

a Direcção propõe que os resultados líquidos<br />

apurados em 1997, num total de 13,3 milhões de<br />

contos, sejam aplicados da seguinte forma:<br />

Reforço da reserva legal: 5% dos resultados líquidos,<br />

equivalente a 0,7 milhões de contos.<br />

Distribuição de dividendos: 300$00 por acção,<br />

equivalente a 6,5 milhões de contos.<br />

Resultados retidos: os restantes 6,1 milhões de<br />

contos.<br />

Esta proposta diz apenas respeito aos resultados de<br />

1997 e irá, por isso, ser reconsiderada anualmente.<br />

Distribuições intercalares serão também consideradas,<br />

se as circustâncias o justificarem.<br />

perspectivas<br />

para 1998<br />

Perspectivas para 1998 11<br />

Para o ano de 1998 e seguintes espera-se a<br />

continuação do forte crescimento do mercado.<br />

A receita média por Cliente deverá continuar a descer<br />

com o peso crescente do segmento dos Clientes<br />

particulares, a redução das tarifas e o aumento do<br />

peso do tráfego móvel-móvel dentro da mesma rede.<br />

O ambiente competitivo será cada vez mais forte,<br />

incluindo o arranque de um terceiro operador em<br />

meados do ano.<br />

Com a evolução do standard GSM e a capacidade<br />

de inovação dos operadores, novos serviços irão<br />

continuar a surgir, alargando e melhorando<br />

o conjunto dos serviços oferecidos aos Clientes.<br />

Para fazer face ao crescimento contínuo do número<br />

de Clientes e de modo a manter uma rede cada vez<br />

mais alargada e de melhor qualidade, os níveis de<br />

investimento em 1998 manter-se-ão elevados,<br />

prevendo-se que sejam superiores aos de 1997.<br />

A Telecel espera que lhe sejam atribuídas, ainda no<br />

início de 1998, pelo Instituto das Comunicações de<br />

Portugal (ICP), frequências adicionais GSM 1800,<br />

indispensáveis para o reforço da capacidade e<br />

manutenção da qualidade do serviço prestado a um<br />

cada vez maior número de Clientes. De facto, e de<br />

acordo com afirmações públicas de responsáveis<br />

governamentais, será intenção do Governo atribuir<br />

aos operadores actuais um número de frequências<br />

igual às atribuidas ao terceiro operador.<br />

1998, será também o ano em que a Telecel tem<br />

como um dos principais objectivos a redefinição do<br />

seu negócio na área das telecomunicações, de modo<br />

a tirar o melhor partido das oportunidades da<br />

liberalização já existentes e novas - já em 1999 com<br />

a interligação directa a outros operadores e a partir<br />

de 2000 com a liberalização total -, potenciando a<br />

valorização da empresa a médio e longo prazo.<br />

pág 50


considerações<br />

Considerações Finais<br />

finais<br />

12<br />

Apesar da sua juventude, a Telecel é já uma<br />

referência no sector das telecomunicações a nível<br />

nacional e internacional, tendo sabido desenvolver<br />

as competências necessárias para se afirmar neste<br />

mercado e sendo actualmente, em termos de receitas,<br />

o segundo maior operador nacional e o primeiro<br />

operador móvel.<br />

A Telecel tem uma forte imagem junto do mercado<br />

como empresa profissional e que presta um serviço<br />

de alta qualidade: opera uma rede de telecomunicações<br />

de âmbito nacional e detém além dos<br />

necessários conhecimentos técnicos, ”know-how"<br />

de Marketing, Serviço de Apoio a Clientes e Sistemas<br />

de Informação que lhe garantem a qualidade e<br />

inovação do seu serviço. Detém, ainda, uma rede<br />

diversificada de canais de distribuição que lhe<br />

permite uma presença alargada em todo o país.<br />

É com base nestas competências e na sua<br />

consolidação que a Telecel se sente bem preparada,<br />

para enfrentar os desafios e aproveitar as<br />

oportunidades que a liberalização gradual do sector<br />

lhe irá continuar a proporcionar nos próximos anos.<br />

pág 51


agradeci<br />

Agradecimentos 13mentos<br />

À semelhança dos anos anteriores, a Telecel ultrapassou<br />

mais uma vez em 1997 os já de si ambiciosos<br />

objectivos estabelecidos no seu plano. Acreditamos<br />

que em 1998 e apesar dos desafios e incertezas<br />

existentes, a Empresa continuará a registar uma<br />

evolução favorável.<br />

Gostaríamos de terminar agradecendo:<br />

Aos nossos Clientes que nos ajudam permanentemente<br />

com as suas críticas e sugestões e a cujas<br />

necessidades procuramos sempre corresponder<br />

da melhor forma.<br />

Aos nossos Colaboradores: aquilo que já alcançámos<br />

é o resultado directo do seu esforço; sem eles não<br />

teria sido possível criar e desenvolver, num curto<br />

espaço de tempo, uma das mais dinâmicas empresas<br />

portuguesas, com dimensão e rentabilidade apreciáveis,<br />

capaz de oferecer um serviço ao público de<br />

qualidade.<br />

Aos nossos Distribuidores e Fornecedores que têm<br />

sabido ser nossos parceiros fundamentais em tão<br />

ambicioso projecto.<br />

Aos nossos Accionistas que sempre nos souberam<br />

dar todo o apoio e orientação necessários e relativamente<br />

aos quais esperamos continuar a merecer a<br />

sua confiança.<br />

Às Entidades Públicas e Governamentais que<br />

souberam dialogar com a nossa empresa e que procuraram<br />

entender os nossos problemas e expectativas.<br />

Por fim, uma palavra especial de agradecimento aos<br />

membros dos nossos órgãos sociais: Conselho Geral,<br />

Revisor Oficial de Contas e Mesa da Assembleia Geral.<br />

Lisboa, 18 de Março de 1998<br />

A DIRECÇÃO<br />

António Rui de Lacerda Carrapatoso (Presidente)<br />

António Vaz Branco<br />

António Manuel da Costa Coimbra<br />

Nuno J. F. S. de Oliveira Silvério Marques<br />

Wayne James Ross<br />

pág 52


elatórios<br />

e certifi


elatórios e certificação legal<br />

rela<br />

tórios e<br />

certi<br />

fica<br />

ção<br />

legal<br />

Telecel · Comunicações Pessoais,sa<br />

3<br />

cação legal


elatório de<br />

Relatório de Actividade do<br />

actividade<br />

Conselho Geral - 1997 1<br />

Exmos. Senhores Accionistas,<br />

O Conselho Geral reuniu periodicamente em 1997,<br />

nos termos da Lei e dos Estatutos, exercendo<br />

o acompanhamento e fiscalização das actividades<br />

da Direcção e da Empresa em geral.<br />

No início do ano o Conselho procedeu à aprovação<br />

do Orçamento e do Plano de Negócios para 1997,<br />

o qual enquadrou a actividade da Empresa neste<br />

exercício. Nessa altura, através da Comissão de Remunerações,<br />

foi também aprovado o Plano de Opções<br />

de Acções a atribuir aos membros da Direcção<br />

da Telecel, de acordo com o deliberado pela Assembleia<br />

Geral de Accionistas realizada em 9 de Dezembro<br />

de 1996.<br />

Em Março, o Conselho aprovou o Relatório de Gestão<br />

e as Demonstrações Financeiras e respectivos anexos,<br />

relativos ao exercício de 1996, assim como o Relatório<br />

de Actividade do Conselho Geral a submeter<br />

à apreciação da Assembleia Geral, o qual foi aprovado<br />

por esta.<br />

Por proposta da Direcção o Conselho aprovou<br />

o reforço do Orçamento de Investimentos para 1997,<br />

de forma a fazer face ao elevado crescimento<br />

da base de Clientes e do respectivo tráfego gerado<br />

e à ausência de frequências adicionais.<br />

Em Dezembro, o Conselho aprovou o Orçamento<br />

e o Plano de Actividades para 1998. Igualmente<br />

nessa altura, foi aprovada a proposta da Direcção<br />

no sentido da criação, a partir de 1998, de um Plano<br />

de Pensões para os colaboradores da Telecel, com<br />

base num esquema de contribuições definidas.<br />

Tendo a Telepri, em Junho deste ano, procedido<br />

à alienação da sua participação na Telecel, o Sr.<br />

Américo Ferreira de Amorim e o Sr. Dr. Patrício<br />

Monteiro de Barros apresentaram nessa altura, em<br />

nome pessoal e em nome da Telepri, a renúncia aos<br />

seus cargos como membros do Conselho Geral da<br />

Telecel.<br />

Ao Sr. Américo Amorim, o Conselho Geral agradece<br />

a elevada competência e sabedoria revelada na<br />

função de Presidente do Conselho Geral.<br />

Aos Srs. Américo Amorim e Dr. Patrício Monteiro de<br />

Barros, agradece-se o empenho e apoio prestado<br />

enquanto membros do Conselho Geral, pelo muito<br />

que contribuiram para o sucesso da Empresa. O Sr.<br />

Américo Amorim desempenhou as funções de<br />

Presidente do Conselho Geral desde 1992; o Sr. Dr.<br />

Patrício Monteiro de Barros exerceu funções no<br />

Conselho Geral desde 1994.<br />

O Conselho congratula-se pelo facto de a Empresa<br />

ter mantido em 1997 um elevado dinamismo, quer<br />

na expansão e consolidação das suas infra-estruturas,<br />

quer no crescimento da Base de Clientes<br />

e da qualidade dos seus serviços, o que permitiu<br />

exceder os objectivos que tinham sido fixados.<br />

O Conselho manifesta o seu reconhecimento pelo<br />

excelente desempenho demonstrado pela Direcção<br />

na orientação e na gestão da Empresa, registando<br />

assim o seu voto de louvor pela acção desenvolvida.<br />

Tendo sido aprovado pelo Conselho Geral o Relatório<br />

e Contas apresentado pela Direcção, relativamente<br />

ao exercício de 1997 e verificando-se no mesmo<br />

a existência de um resultado positivo de 13.296.785<br />

contos, subscreve-se a proposta da Direcção para<br />

que 300$00 por acção sejam distribuídos como<br />

dividendo.<br />

Lisboa, 20 de Março de 1998<br />

Vernon Hugh Lloyd Tyerman<br />

Presidente do Conselho Geral<br />

pág 60


participação<br />

fiscalização<br />

Participação dos Órgãos<br />

de Administração e Fiscalização no Capital 2<br />

Detidas em<br />

31.12.1996<br />

Adquiridas em<br />

1997<br />

Vendidas em<br />

1997<br />

Saldo em<br />

31.12.1997<br />

CONSELHO GERAL<br />

Acções<br />

Obriga.<br />

Acções<br />

Obriga.<br />

Acções<br />

Obriga.<br />

Acções<br />

Obriga.<br />

Membros<br />

AirTouch Europe B.V. 10.941.107 - - - - - 10.941.107 -<br />

Vernon H.L. Tyerman - - - - - - - -<br />

Jeffrey D. Clark 1 - - - - - 1 -<br />

Barbara A. Riker 1 - - - - - 1 -<br />

Edward A. Salas 1 - - - - - 1 -<br />

Francisco R. Riechmann 1 - - - - - 1 -<br />

DIRECÇÃO<br />

Detidas em<br />

31.12.1996<br />

Acções<br />

Obriga.<br />

Adquiridas em<br />

1997<br />

Acções<br />

Obriga.<br />

Vendidas em<br />

1997<br />

Acções<br />

Obriga.<br />

Saldo em<br />

31.12.1997<br />

Acções<br />

Obriga.<br />

Membros<br />

António Carrapatoso 880 - - - - - 880 -<br />

António Vaz Branco 600 - - - - - 600 -<br />

António Coimbra 600 - - - - - 600 -<br />

Nuno Silvério Marques 600 - - - - - 600 -<br />

Wayne J. Ross 600 - - - 600 - 0 -<br />

António Carrapatoso<br />

Em 2 de Janeiro de 1997 foi-lhe atribuído o direito<br />

de adquirir à Telecel até 35.000 acções ao preço<br />

unitário de 7.950$00 ao abrigo do Plano de Opções<br />

de Acções aprovado pela Empresa.<br />

Nuno Silvério Marques<br />

Em 2 de Janeiro de 1997 foi-lhe atribuído o direito<br />

de adquirir à Telecel até 12.500 acções ao preço<br />

unitário de 7.950$00 ao abrigo do Plano de Opções<br />

de Acções aprovado pela Empresa.<br />

António Vaz Branco<br />

Em 2 de Janeiro de 1997 foi-lhe atribuído o direito<br />

de adquirir à Telecel até 12.500 acções ao preço<br />

unitário de 7.950$00 ao abrigo do Plano de Opções<br />

de Acções aprovado pela Empresa.<br />

Wayne J. Ross<br />

Vendeu, em 5 de Março de 1997, 600 acções ao<br />

preço unitário de 14.500$00.<br />

António Coimbra<br />

Em 2 de Janeiro de 1997 foi-lhe atribuído o direito<br />

de adquirir à Telecel até 15.000 acções ao preço<br />

unitário de 7.950$00 ao abrigo do Plano de Opções<br />

de Acções aprovado pela Empresa.<br />

REVISOR OFICIAL DE CONTAS<br />

Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados não<br />

detém acções nem obrigações da Empresa.<br />

O Dr. José Maria Ribeiro da Cunha não detém acções<br />

nem obrigações da Empresa.<br />

pág 61


extracto conselho da geral acta<br />

Extracto da Acta de Reunião do Conselho Geral 3<br />

(...)<br />

O Sr. Tyerman abriu a discussão dos pontos referidos<br />

na Agenda:<br />

1. Deliberação sobre o Relatório da Direcção e as<br />

contas do exercício de 1997<br />

Com base nestes elementos, o Sr. Tyerman submeteu<br />

à votação do Conselho a aprovação do Relatório da<br />

Direcção, bem como das contas referentes ao<br />

exercício de 1997, tendo estes documentos sido<br />

aprovados por unanimidade.<br />

O Sr. Dr. António Carrapatoso, Presidente da<br />

Direcção, apresentou o Relatório da Direcção e as<br />

contas relativas ao exercício de 1997, tendo<br />

explicado os acontecimentos mais importantes do<br />

ano bem como um resumo do conteúdo do relatório.<br />

O Sr. Dr. Ribeiro da Cunha descreveu os trabalhos<br />

desenvolvidos com vista à revisão das contas de<br />

1997. Seguidamente apresentou o conteúdo do<br />

Relatório da Sociedade de Revisores Oficiais de<br />

Contas e da Certificação Legal de Contas relativas<br />

ao exercício 1997. O Sr. Dr. Ribeiro da Cunha reiterou<br />

a sua opinião favorável sobre as contas relativas ao<br />

exercício de 1997 e recomendou a aprovação das<br />

mesmas pelo Conselho Geral.<br />

2. Deliberação sobre o Relatório de Actividade do<br />

Conselho Geral de 1997<br />

O Conselho analisou o Relatório de Actividade do<br />

Conselho Geral de 1997 que foi submetido a votação<br />

e aprovado por unanimidade.<br />

(…)<br />

Lisboa, 20 de Março de 1998<br />

pág 62


certificação<br />

legal de contas<br />

Certificação Legal de Contas<br />

e Relatório do Auditor Externo 4<br />

A Introdução<br />

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos<br />

a Certificação Legal das Contas e Relatório de<br />

Auditoria sobre a informação financeira contida nos<br />

documentos de prestação de contas da "Telecel -<br />

Comunicações Pessoais, SA". Estes documentos<br />

compreendem o Relatório de gestão, o Balanço em<br />

31 de Dezembro de 1997 (que evidencia um total<br />

de 72.641.853 contos e um total de capital próprio<br />

de 35.481.585 contos, incluindo um resultado líquido<br />

de 13.296.784 contos), a Demonstração dos<br />

resultados por naturezas e a Demonstração de fluxos<br />

de caixa do exercício findo naquela data e os<br />

correspondentes anexos.<br />

A Responsabilidades<br />

2. É da responsabilidade da Direcção da Empresa a<br />

preparação dos documentos de prestação de contas,<br />

incluíndo o Relatório de gestão e demonstrações<br />

financeiras que apresentem de forma verdadeira e<br />

apropriada a posição financeira da Empresa e o<br />

resultado das operações e os fluxos de caixa que<br />

satisfaçam os princípios de suficiência, veracidade,<br />

objectividade e actualidade exigidos pelo Código<br />

do Mercado de Valores Mobiliários, bem como a<br />

adopção de políticas e critérios contabilísticos<br />

adequados e a manutenção de um sistema de<br />

controlo interno apropriado.<br />

3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a<br />

informação financeira contida naqueles documentos,<br />

designadamente no que respeita aos princípios<br />

exigidos pelo Código do Mercado de Valores<br />

Mobiliários com o objectivo de expressar uma opinião<br />

profissional e independente sobre aquela informação,<br />

baseada na nossa auditoria.<br />

A Âmbito<br />

4. A nossa auditoria foi efectuada de acordo com<br />

as Normas e Directrizes Técnicas da Câmara dos<br />

Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que<br />

a mesma seja planeada e executada com o objectivo<br />

de obter um grau de segurança aceitável sobre se<br />

os documentos de prestação de contas estão isentos<br />

de distorções materialmente relevantes.<br />

Para tanto a referida auditoria inclui:<br />

- a verificação, numa base de amostragem, do<br />

suporte das quantias e divulgações constantes dos<br />

documentos de prestação de contas e a avaliação<br />

das estimativas, baseadas em juízos e critérios<br />

definidos pela Direcção, utilizadas na sua preparação;<br />

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas<br />

contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo<br />

em conta as circunstâncias;<br />

- a verificação da aplicabilidade do princípio da<br />

continuidade; e<br />

- a apreciação sobre se é adequada, em termos<br />

globais, a apresentação dos documentos de prestação<br />

de contas.<br />

5. A nossa auditoria abrangeu ainda o Relatório de<br />

gestão, tendo incluido a verificação da sua<br />

concordância com a informação financeira divulgada,<br />

bem como a verificação de estarem satisfeitos os<br />

princípios exigidos pelo Código do Mercado de<br />

Valores Mobiliários.<br />

6. Entendemos que a auditoria efectuada proporciona<br />

uma base aceitável para a expressão da nossa<br />

opinião.<br />

pág 63


A Opinião<br />

7. Em nossa opinião, a informação financeira<br />

constante dos mencionados documentos de<br />

prestação de contas apresenta de forma verdadeira<br />

e apropriada, em todos os aspectos materialmente<br />

relevantes, a posição financeira da "Telecel -<br />

Comunicações Pessoais, SA" em 31 de Dezembro de<br />

1997 e o resultado das suas operações e os fluxos<br />

de caixa, no exercício findo naquela data, em<br />

conformidade com os princípios contabilísticos<br />

geralmente aceites e satisfaz os princípios de<br />

suficiência, veracidade, objectividade e actualidade<br />

exigidos pelo Código do Mercado de Valores<br />

Mobiliários.<br />

Lisboa, 18 de Março de 1998<br />

Dr. José Maria Ribeiro da Cunha<br />

Em representação de:<br />

Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados<br />

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas<br />

pág 64


emonstrações


demonstrações financeiras<br />

demon<br />

straçõ es<br />

finance<br />

iras<br />

Telecel · Comunicações Pessoais,sa<br />

4<br />

financeiras


alanço<br />

Balanço<br />

dezembro<br />

em 31 Dezembro 1997<br />

1997 1<br />

ACTIVO<br />

Nota<br />

Activo<br />

Bruto<br />

31.12.97<br />

Amort./Provis.<br />

Activo<br />

Líquido<br />

31.12.96<br />

Activo<br />

Líquido<br />

Esc.<br />

IMOBILIZADO<br />

Imobilizações Incorpóreas<br />

Despesas de instalação 7.509.851.348 5.921.843.544 1.588.007.804 2.712.425.361<br />

Despesas de investigação e desenvolvimento 788.117.324 549.358.153 238.759.171 396.382.637<br />

Propriedade industrial e outros direitos 69.863.160 1.011.955 68.851.205 3.761.750<br />

Imobilizações em curso 133.455.109 133.455.109 8.127.540<br />

8,10 8.501.286.941 6.472.213.652 2.029.073.289 3.120.697.288<br />

Imobilizações Corpóreas<br />

Terrenos e recursos naturais 569.558.896 569.558.896 434.230.423<br />

Edifícios e outras construções 8.865.160.376 1.526.618.162 7.338.542.214 6.246.108.936<br />

Equipamento básico 39.338.484.293 10.308.227.382 29.030.256.911 19.909.134.466<br />

Equipamento de transporte 873.481.805 346.991.400 526.490.405 416.340.542<br />

Ferramentas e utensílios 1.948.410.254 706.243.473 1.242.166.781 620.821.950<br />

Equipamento administrativo 10.904.594.542 5.794.583.472 5.110.011.070 3.766.754.765<br />

Outras imobilizações corpóreas 8.804.925 1.438.698 7.366.227 7.727.637<br />

Imobilizações em curso 1.721.205.758 1.721.205.758 2.981.738.572<br />

10,14 64.229.700.849 18.684.102.587 45.545.598.262 34.382.857.291<br />

Investimentos Financeiros<br />

Partes de capital em empresas do grupo 2.436.756.238 2.436.756.238 610.880.419<br />

Empréstimos a empresas do grupo 5.819.651 5.819.651 1.054.920.000<br />

10,16 2.442.575.889 2.442.575.889 1.665.800.419<br />

CIRCULANTE<br />

Existências<br />

Mercadorias 8.233.529.052 597.213.434 7.636.315.618 2.586.685.239<br />

Adiantamento por conta de compras<br />

21,22,34 8.233.529.052 597.213.434 7.636.315.618 2.586.685.239<br />

Dívidas de Terceiros - Curto Prazo<br />

Clientes C/C 7.562.116.791 7.562.116.791 9.196.540.918<br />

Clientes de cobrança duvidosa 23,34 6.885.000.000 6.769.066.971 115.933.029<br />

Adiantamentos de clientes<br />

Adiantamentos a fornecedores 207.273.340 207.273.340 100.251.310<br />

Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 1.618.920 1.618.920 28.154.239<br />

Estado e outros entes públicos 48 357.988.915 357.988.915 333.374.403<br />

Outros devedores 286.155.736 286.155.736 143.392.767<br />

15.300.153.702 6.769.066.971 8.531.086.731 9.801.713.637<br />

Depósitos Bancários e Caixa<br />

Depósitos bancários 249.161.860 249.161.860 239.954.301<br />

Caixa 7.879.903 7.879.903 47.284.949<br />

257.041.763 257.041.763 287.239.250<br />

Acréscimos e Diferimentos<br />

Acréscimos de proveitos 49 4.683.255.976 4.683.255.976 3.143.544.534<br />

Custos diferidos 49 1.516.906.345 1.516.906.345 355.787.571<br />

6.200.162.321 6.200.162.321 3.499.332.105<br />

Total de Amortizações 25.156.316.239<br />

Total de Provisões 7.366.280.405<br />

Total do Activo 105.164.450.517 32.522.596.644 72.641.853.873 55.344.325.229<br />

As notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 72


CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO<br />

Nota<br />

31.12.97<br />

31.12.96<br />

Esc.<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

Capital 36,37,40 21.500.000.000 21.500.000.000<br />

Acções próprias<br />

Valor nominal<br />

Prémios e descontos<br />

Prestações acessórias<br />

Reservas<br />

Reservas legais 40 486.460.982 121.930.273<br />

Reservas estatutárias<br />

Reservas contratuais<br />

Reservas livres<br />

Reservas especiais<br />

Reservas/Subsídios<br />

Resultados transitados 40 198.339.864 -6.727.743.604<br />

Resultado líquido do exercício 40 13.296.784.861 7.290.614.177<br />

Dividendos antecipados<br />

Total do Capital Próprio 35.481.585.707 22.184.800.846<br />

PASSIVO<br />

PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS<br />

Outras provisões para riscos e encargos 34 664.939.274 127.414.548<br />

664.939.274 127.414.548<br />

DíVIDAS A TERCEIROS - MÉDIO E L. PRAZO<br />

Empréstimos por obrigações<br />

Convertíveis<br />

Não convertíveis 54 2.500.000.000 10.000.000.000<br />

2.500.000.000 10.000.000.000<br />

DÍVIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO<br />

Empréstimos por obrigações<br />

Convertíveis<br />

Não convertíveis 54 7.500.000.000<br />

Dívidas a instituições de crédito 3.780.926.205 5.888.959.181<br />

Adiantamentos por conta de vendas<br />

Fornecedores C/C 4.191.530.410 3.241.585.447<br />

Fornecedores - facturas em recepção e conferência 16.841.003 54.701.274<br />

Fornecedores - títulos a pagar<br />

Fornecedores de imobilizado C/C 6.653.080.141 3.971.051.284<br />

Estado e outros entes públicos 48 5.053.183.205 5.120.285.536<br />

Outros credores 396.768.856 99.510.375<br />

27.592.329.820 18.376.093.097<br />

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS<br />

Acréscimos de custos 49 3.659.992.704 3.975.967.562<br />

Proveitos diferidos 49 2.743.006.368 680.049.176<br />

6.402.999.072 4.656.016.738<br />

Total do Passivo 37.160.268.166 33.159.524.383<br />

Total do Capital Próprio e do Passivo 72.641.853.873 55.344.325.229<br />

As notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 73


demonstração<br />

de resultados<br />

Demonstração de Resultados<br />

do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 1997 2<br />

CUSTOS E PERDAS<br />

Nota<br />

31.12.97<br />

31.12.96<br />

Esc.<br />

Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 41 18.299.091.172 8.019.193.542<br />

Fornecimentos e serviços externos 29.115.569.122 47.414.660.294 23.230.742.809 31.249.936.351<br />

Custos com o pessoal<br />

Remunerações 3.493.431.857 2.803.010.760<br />

Encargos Sociais e outros 1.323.133.090 4.816.564.947 1.014.327.835 3.817.338.595<br />

Amortizações imobilizado corpóreo e incorpóreo 10 8.987.320.069 6.240.146.871<br />

Provisões 34 3.573.935.290 12.561.255.359 3.416.056.716 9.656.203.587<br />

Impostos 1.123.646.241 653.984.205<br />

Outros custos operacionais 289.327.758 1.412.973.999 80.799.404 734.783.609<br />

(a).......... 66.205.454.599 45.458.262.142<br />

Perdas em empresas do grupo e associadas 45 299.124.181 261.973.000<br />

Juros e custos similares 45 1.301.294.023 1.600.418.204 1.797.764.399 2.059.737.399<br />

(c).......... 67.805.872.803 47.517.999.541<br />

Custos e perdas extraordinárias 46859.355.641 43.587.024<br />

(e).......... 68.665.228.444 47.561.586.565<br />

Imposto s/ o rendimento do exercício 6 7.564.855.701 4.326.341.000<br />

(g).......... 76.230.084.145 51.887.927.565<br />

Resultado líquido do exercício 13.296.784.861 7.290.614.177<br />

89.526.869.006 59.178.541.742<br />

PROVEITOS E GANHOS<br />

Vendas de mercadorias 44 8.893.351.359 6.228.718.575<br />

Prestação de serviços 44 78.770.783.309 52.602.424.744<br />

Trabalhos para a própria empresa<br />

Subsídios à exploração<br />

Proveitos suplementares e outros 189.935.614 133.074.548<br />

(b).......... 87.854.070.282 58.964.217.867<br />

Rendimentos títulos negociáveis e outras aplicações financeiras 45 52.595.570 15.094.311<br />

Outros juros e proveitos similares 45 488.586.071 541.181.641 153.211.676 168.305.987<br />

(d).......... 88.395.251.923 59.132.523.854<br />

Proveitos e ganhos extraordinários 461.131.617.083 46.017.888<br />

(f).......... 89.526.869.006 59.178.541.742<br />

Resultados operacionais 21.648.615.683 13.505.955.725<br />

Resultados financeiros -1.059.236.563 -1.891.431.412<br />

Resultados correntes 20.589.379.120 11.614.524.313<br />

Resultados antes de impostos 20.861.640.562 11.616.955.177<br />

Resultado líquido do exercício 13.296.784.861 7.290.614.177<br />

As notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 74


demonstração<br />

fluxos de caixa<br />

Demonstração dos Fluxos de Caixa<br />

do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 1997 3<br />

1997<br />

1996<br />

mEsc.<br />

ACTIVIDADES OPERACIONAIS<br />

Recebimentos de Clientes 87.447.87651.151.581<br />

Pagamentos a Fornecedores (53.807.467) (30.245.687)<br />

Pagamentos ao Pessoal (4.687.414) (3.539.035)<br />

Pagamento de Imposto sobre os lucros (7.518.881) 0<br />

Outros pagamentos relativos à actividade operacional (881.739) (329.267)<br />

Recebimentos relativos a itens extraordinários 40.818 0<br />

Pagamentos relativos a itens extraordinários (123.181) 0<br />

Fluxos das actividades operacionais (1) 20.470.012 17.037.592<br />

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO<br />

Recebimentos Provenientes de:<br />

Investimentos financeiros 0 0<br />

Imobilizações corpóreas 125.023 56.430<br />

Imobilizações incorpóreas 0 0<br />

Subsídios ao investimento 0 0<br />

Juros e proveitos similares 541.182 168.306<br />

666.205 224.736<br />

Pagamentos Respeitantes a:<br />

Investimentos financeiros (1.075.900) (825.000)<br />

Imobilizações corpóreas e incorpóreas (16.677.727) (12.774.628)<br />

Outros investimentos 0 0<br />

(17.753.627) (13.599.628)<br />

Fluxos das actividades de investimento (2) (17.087.422) (13.374.892)<br />

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO<br />

Recebimentos Provenientes de:<br />

Empréstimos concedidos 0 0<br />

Aumento de capital social 0 0<br />

Outros aumentos de capital 0 0<br />

Outras actividades de financiamento 0 0<br />

Subsídios 0 0<br />

0 0<br />

Pagamentos Respeitantes a:<br />

Empréstimos obtidos (2.108.033) (1.594.837)<br />

Juros e custos similares (1.304.754) (1.897.164)<br />

Outras actividades de financiamento 0 0<br />

(3.412.787) (3.492.001)<br />

Fluxos das actividades de financiamento (3) (3.412.787) (3.492.001)<br />

Variação de disponibilidades (4)=(1)+(2)+(3) (30.197) 170.699<br />

Efeito de diferenças câmbiais 0 0<br />

Disponibilidades no princípio do período 287.239 116.540<br />

Disponibilidades no final do período 257.042 287.239<br />

As notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras.<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 75


pág 76


anexo às demo


anexo às demonstrações financeiras<br />

anexo<br />

demon<br />

straçõ es<br />

financei<br />

ras<br />

Telecel · Comunicações Pessoais,sa<br />

5<br />

strações<br />

inanceiras


A Introdução<br />

anexo<br />

ao balanço<br />

Anexo ao Balanço e à Demonstração dos<br />

Resultados do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 1997 1<br />

(Montantes expressos em milhares de Escudos - mEsc)<br />

A Telecel - Comunicações Pessoais, SA é uma sociedade anónima constituída em 15 de Maio de 1991 que tem<br />

como actividade principal a exploração do serviço de telecomunicações complementares móvel terrestre<br />

ao abrigo de uma licença concedida pelo Governo Português em 18 de Outubro de 1991, a qual tem uma duração<br />

de 15 anos a partir daquela data. A actividade da Empresa está condicionada aos termos da referida licença,<br />

concedida através do Instituto das Comunicações de Portugal (ICP).<br />

A Empresa detém 100% do capital social da Telechamada - Chamada de Pessoas, SA, a qual tem como actividade<br />

principal a prestação de serviços de telecomunicações complementares móveis, designadamente, o serviço<br />

de chamada de pessoas ("paging").<br />

NOTA 1<br />

Derrogações ao POC<br />

As notas às contas respeitam a ordem estabelecida pelo Plano Oficial de Contabilidade (POC) aprovado<br />

pelo Decreto-Lei nº 410/89, de 21 de Novembro, modificado pelo Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho, sendo<br />

de referir que os números não indicados neste Anexo não têm aplicação.<br />

NOTA 2<br />

Valores Comparativos<br />

Os valores apresentados para o exercício de 1997 são comparáveis em todos os aspectos significativos<br />

com os valores de 1996.<br />

NOTA 3<br />

Bases de Apresentação, Principais Princípios Contabilísticos e Critérios Valorimétricos Utilizados<br />

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade normal das operações<br />

da Empresa e a partir dos seus livros e registos contabilísticos, escriturados de acordo com princípios<br />

de contabilidade geralmente aceites em Portugal. Os principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos<br />

utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:<br />

a) Especialização dos exercícios<br />

Os custos e os proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente<br />

da data do seu pagamento ou recebimento.<br />

As receitas dos serviços de telecomunicações são reconhecidas no período em que ocorrem. A facturação destes<br />

serviços é efectuada numa base mensal durante o mês. Os valores não facturados desde o último ciclo<br />

de facturação até ao final do mês são registados por estimativa com base no tráfego realmente ocorrido.<br />

As diferenças entre estes valores estimados e os reais, que normalmente não são significativas, são registadas<br />

no período subsequente.<br />

b) Imobilizações incorpóreas<br />

As imobilizações incorpóreas são valorizadas ao custo de aquisição e são constituídas, basicamente,<br />

por (i) despesas de funcionamento ocorridas na fase pré-operacional terminada em 31 de Outubro de 1992,<br />

(ii) despesas com o estudo e desenvolvimento da rede, (iii) despesas com o estudo de admissão ao concurso<br />

pág 84


público de atribuição da licença de operador, (iv) despesas directamente relacionadas com a expansão da rede<br />

comercial da Empresa, (v) custos incorridos com a extensão do período inicial de garantia do equipamento<br />

da rede, (vi) despesas relacionadas com o apoio técnico necessário para o desenvolvimento e melhoramento<br />

das condições de exploração da rede e (vii) taxas de instalação de circuitos.<br />

A partir do exercício de 1996, em virtude da Empresa ter atingido determinado nível de desenvolvimento<br />

e actividade, (i) os custos relacionados com o apoio técnico e considerados pela Direcção como tendo mais<br />

características de manutenção do que de desenvolvimento e melhoramento das condições de exploração<br />

da rede, (ii) os estudos de engenharia relacionados com o planeamento da rede e (iii) as taxas de instalação<br />

de circuitos, devido à liberalização do Sector de telecomunicações, passaram a ser registados como custo<br />

no período a que dizem respeito.<br />

A política de amortizações está directamente relacionada com a natureza dos custos incorridos, como segue:<br />

A As despesas com os estudos de admissão ao concurso são amortizadas em duodécimos, pelo método<br />

das quotas constantes, durante o período da concessão (15 anos).<br />

A As restantes imobilizações incorpóreas são amortizadas em duodécimos, pelo método das quotas constantes,<br />

durante 3 ou 5 anos, conforme a sua natureza, a contar da data em que são incorridos os respectivos custos.<br />

c) Imobilizações corpóreas<br />

As imobilizações corpóreas são valorizadas ao custo de aquisição. Os encargos de manutenção corrente<br />

são registados como custo no período em que são incorridos. As grandes reparações e beneficiações são<br />

capitalizadas. As depreciações das imobilizações corpóreas são calculadas pelo método das quotas constantes<br />

e são contabilizadas por duodécimos a partir da data em que os bens entram em exploração. No método das<br />

quotas constantes, as taxas anuais utilizadas são as definidas no Decreto Regulamentar 2/90, de 12 de Janeiro,<br />

as quais reflectem uma vida útil que não difere significativamente da estimada para os respectivos bens,<br />

e resumem-se como segue:<br />

Vida útil (anos)<br />

EDIFICAÇÕES LIGEIRAS 10 a 50<br />

EQUIPAMENTOS 6 a 10<br />

PROGRAMAS INFORMÁTICOS 3<br />

OUTROS 3 a 10<br />

As depreciações das imobilizações corpóreas directamente relacionadas com a rede de telecomunicações (com<br />

a excepção de programas informáticos) e adquiridas desde o início da actividade até 31 de Dezembro de 1995,<br />

foram calculadas pelo método das taxas progressivas. A partir de 1 de Janeiro de 1996, face ao grau<br />

de desenvolvimento atingido pela Empresa, tanto em número de utilizadores de serviços como em número<br />

de instalações de recepção e de transmissão de telecomunicações, a Direcção decidiu adoptar o método das<br />

quotas constantes para depreciação das aquisições a partir daquela data.<br />

Adicionalmente, a partir de 1 de Janeiro de 1996, e face à constante inovação tecnológica, a Empresa decidiu<br />

alterar de 6 anos para 3 anos a vida útil estimada dos programas informáticos da rede de telecomunicações;<br />

assim as adições a partir dessa data são amortizadas em 3 anos, utilizando o método das quotas constantes.<br />

As taxas de depreciação das aquisições anteriores àquela data, foram revistas prospectivamente, resultando<br />

num aumento de cerca de 229 milhares de contos nos respectivos encargos do exercício de 1997 (em 1996 :<br />

1.099 milhares de contos), os quais foram registados na rubrica de "Outras provisões para riscos e encargos"<br />

(ver Nota 34).<br />

pág 85


d) Locação financeira<br />

Os contratos de locação financeira são registados, desde a data do seu início, como activo (imobilizado<br />

corpóreo) e passivo (fornecedores de imobilizado) pelo custo de aquisição do bem locado, o qual é equivalente<br />

ao valor actual das rendas de locação financeira à data de aquisição.<br />

e) Investimentos financeiros<br />

O investimento na Telechamada - Chamada de Pessoas, SA, encontra-se registado pelo método da equivalência<br />

patrimonial, reflectindo-se nas contas sociais a totalidade dos capitais próprios e dos resultados<br />

da referida subsidiária. Tendo em conta que os valores dos saldos e transacções entre as duas Empresas são<br />

relativamente pouco significativos (ver Nota 16), considera-se que a adopção do método de consolidação<br />

integral não alteraria de forma materialmente relevante a apresentação da situação financeira e dos resultados<br />

do conjunto das duas Empresas, pelo que, ao abrigo do artigo 4º. do Decreto-lei nº. 238/91, de 2 de Julho,<br />

não são preparadas contas consolidadas do Grupo.<br />

f) Existências<br />

As mercadorias são valorizadas ao valor mais baixo que resulta da comparação entre o valor esperado<br />

de realização e o custo de aquisição, utilizando-se o custo médio como método de custeio das saídas.<br />

g) Acréscimos e diferimentos<br />

A Empresa regista nestas rubricas os custos e os proveitos imputáveis ao exercício corrente e cujas<br />

despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram<br />

mas que respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios pelo<br />

valor que lhes corresponde.<br />

h) Contratos plurianuais<br />

Os custos directos de aquisição de clientes relacionados com contratos plurianuais são diferidos e<br />

amortizados durante o período do contrato.<br />

i) Provisão para créditos de cobrança duvidosa<br />

Esta provisão é constituída/reforçada tendo em consideração o risco global de cobrança dos saldos<br />

a receber de Clientes.<br />

j) Operações de fixação da taxa de juro futura (FRA)<br />

Os FRA's, utilizados para cobrir os riscos inerentes aos passivos da Empresa são reavaliados ao valor<br />

de mercado. Os ganhos ou perdas são reconhecidos à medida que são gerados.<br />

k) Plano de incentivos<br />

As responsabilidades assumidas no âmbito do plano de incentivos para membros da Direcção (ver Notas<br />

34 e 53) são reconhecidas em cada ano, tendo em conta o tempo já decorrido para o vencimento do direito<br />

efectivo do exercício das opções de aquisição das acções da Telecel atribuídas. A provisão constituída corresponde<br />

à diferença entre o preço fixo estabelecido no plano de incentivos para a venda das correspondentes acções<br />

e o respectivo valor de mercado se as acções estão por adquirir, ou o seu preço efectivo de aquisição.<br />

pág 86


NOTA 4<br />

Activos e Passivos Expressos em Moeda Estrangeira<br />

Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para escudos utilizando<br />

as taxas de câmbio vigentes à data do balanço.<br />

As diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data do balanço,<br />

foram registadas nos resultados correntes do exercício.<br />

NOTA 6<br />

Impostos Sobre Lucros<br />

A Empresa está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das<br />

Pessoas Colectivas (IRC). A Empresa não tem por prática registar impostos diferidos resultantes das diferenças<br />

temporárias entre resultados contabilísticos e fiscais, excepto conforme referido na Nota 34.<br />

A taxa efectiva de imposto é de 36,3% a qual é inferior à taxa normal de 37,4%, devido às diferenças temporárias<br />

e permanentes, e aos benefícios fiscais relacionados com investimentos realizados.<br />

A Administração Fiscal tem a possibilidade de rever a situação fiscal da Empresa durante um período de 5 anos;<br />

deste modo, as declarações fiscais dos exercícios desde 1993 poderão vir, ainda, a ser sujeitas a revisão.<br />

A Direcção da Empresa entende que eventuais correcções àquelas declarações de IRC, resultantes de revisões/inspecções<br />

por parte da Administração Fiscal, não terão efeito significativo nas demonstrações financeiras.<br />

NOTA 7<br />

Número Médio de Pessoal<br />

O efectivo médio anual de trabalhadores ao serviço da Empresa em 1997 foi de 784 (em 1996 : 584).<br />

NOTA 8<br />

Imobilizações Incorpóreas<br />

1997<br />

1996<br />

Despesas de Instalação:<br />

Despesas de funcionamento no período de instalação 1.556.561 1.556.561<br />

Estudo de admissão ao concurso 278.582 278.582<br />

Despesas com aumento de capital 261.707 261.707<br />

Estudos e desenvolvimento da rede 4.302.074 4.097.366<br />

Outras despesas de instalação (a) 1.110.928 1.053.293<br />

7.509.8527.247.509<br />

Amortizações acumuladas -5.921.844 -4.535.084<br />

1.588.008 2.712.425<br />

Despesas de investigação e desenvolvimento (b) 788.117 788.117<br />

Amortizações acumuladas -549.358 -391.734<br />

238.759 396.383<br />

Propriedade industrial e outros direitos 69.863 4.392<br />

Amortizações acumuladas -1.012 -630<br />

68.851 3.762<br />

Imobilizações em curso 133.455 8.127<br />

Total Geral 2.029.073 3.120.697<br />

(a) A rubrica "Outras despesas de instalação" engloba basicamente os custos de constituição e expansão da rede comercial da Empresa.<br />

(b) As "Despesas de Investigação e Desenvolvimento" compreendem os custos capitalizados até 1995, incorridos com estudos de engenharia, relacionados<br />

com o planeamento da rede da Empresa.<br />

pág 87


NOTA 10<br />

Movimentos do Activo Imobilizado<br />

ACTIVO BRUTO<br />

Saldo Inicial<br />

Aumentos<br />

Transferências<br />

Abates<br />

Saldo Final<br />

Imobilizações Incorpóreas:<br />

Despesas de instalação 7.247.509 262.846 -503 7.509.852<br />

Despesas de investigação e desenvolvimento 788.117 788.117<br />

Propriedade industrial e outros direitos 4.392 65.471 69.863<br />

Imobilizações em curso 8.128 393.373 -268.046 133.455<br />

8.048.146 721.690 -268.046 -503 8.501.287<br />

ACTIVO BRUTO<br />

Saldo Inicial<br />

Aumentos<br />

Transferências<br />

Abates<br />

Saldo Final<br />

Imobilizações Corpóreas:<br />

Terrenos e recursos naturais 434.230 135.329 569.559<br />

Edifícios e outras construções 7.220.178 1.646.288 -1.306 8.865.160<br />

Equipamento básico 25.729.534 13.617.033 -8.083 39.338.484<br />

Equipamento de transporte 712.971 298.718 -138.207 873.482<br />

Ferramentas e utensílios 953.729 1.058.360 -63.679 1.948.410<br />

Equipamento administrativo 7.559.029 3.437.452 -91.886 10.904.595<br />

Outras imobilizações corpóreas 8.805 8.805<br />

Imobilizações em curso 2.981.739 18.947.164 -20.207.697 1.721.206<br />

45.600.215 39.140.344 -20.207.697 -303.161 64.229.701<br />

ACTIVO BRUTO<br />

Saldo Inicial<br />

Aumentos<br />

Transferências<br />

Equivalência<br />

patrimonial<br />

Saldo Final<br />

Investimentos Financeiros:<br />

Partes de capital em empresas do grupo<br />

e Prestações acessórias 610.880 2.125.000 -299.124 2.436.756<br />

Empréstimos a empresas do grupo 1.054.920 1.075.900 -2.125.000 5.820<br />

1.665.800 3.200.900 -2.125.000 -299.124 2.442.576<br />

Os financiamentos concedidos à Telechamada, tanto através de prestações acessórias, no valor de<br />

mEsc 3.000.000 em 31 de Dezembro de 1997 (1996: mEsc 875.000), como de empréstimos, não têm prazo<br />

de reembolso estipulado.<br />

AMORTIZAÇÕES<br />

Saldo Inicial<br />

Reforço<br />

Transferências<br />

Abates<br />

Saldo Final<br />

Imobilizações Incorpóreas:<br />

Despesas de instalação 4.535.084 1.386.969 -209 5.921.844<br />

Despesas de investigação e desenvolvimento 391.735 157.623 549.358<br />

Propriedade industrial e outros direitos 630 382 1.012<br />

4.927.449 1.544.974 0 -209 6.472.214<br />

Imobilizações Corpóreas:<br />

Edifícios e outras construções 974.069 552.825 -276 1.526.618<br />

Equipamento básico 5.820.399 4.501.197 -13.369 10.308.227<br />

Equipamento de transporte 296.631 171.948 -121.588 346.991<br />

Ferramentas e utensílios 332.907 397.353 -24.016 706.244<br />

Equipamento administrativo 3.792.274 2.047.645 -45.336 5.794.583<br />

Outras imobilizações corpóreas 1.077 362 1.439<br />

11.217.357 7.671.330 0 -204.585 18.684.102<br />

Total Geral 16.144.806 9.216.304 0 -204.794 25.156.316<br />

pág 88


NOTA 14<br />

Informações Adicionais Sobre as Imobilizações Corpóreas e em Curso<br />

1997<br />

1996<br />

a) Imobilizações implantadas em propriedade alheia<br />

Equipamento de rede 32.230.061 21.401.692<br />

NOTA 16<br />

Empresas do Grupo, Associadas e Participadas<br />

A Telecel participa apenas no capital social da seguinte empresa:<br />

Telechamada - Chamada de Pessoas, SA<br />

SEDE<br />

Capital Social<br />

em 31.12.1997<br />

Prestações<br />

acessórias em<br />

31.12.1997<br />

Capital<br />

próprio em<br />

31.12.1997<br />

Resultado<br />

líquido de 1997<br />

%<br />

de Participação<br />

Capital Social<br />

em 31.12.1996<br />

Prestações<br />

acessórias em<br />

31.12.1996<br />

ALFRAGIDE<br />

1.600.000<br />

3.000.000<br />

2.436.756<br />

-299.124<br />

100%<br />

1.600.000<br />

875.000<br />

De acordo com o Código das Sociedades Comerciais, a Telecel responde solidariamente pelas dívidas<br />

da Telechamada, em caso de incumprimento daquela. As prestações acessórias só poderão ser restituídas desde<br />

que a situação líquida não fique inferior à soma do capital e da reserva legal.<br />

Resumo da informação financeira da Telechamada:<br />

1997<br />

1996<br />

Contas de Balanço:<br />

Activo líquido 2.962.532 2.259.329<br />

Passivo 525.776 1.648.321<br />

Capital próprio 2.436.756 611.008<br />

Capital social e Prestações acessórias 4.600.000 2.475.000<br />

Contas das Demonstrações de Resultados:<br />

Proveitos 1.869.442 2.009.855<br />

Custos -2.168.566 -2.271.829<br />

Resultado líquido -299.124 -261.974<br />

Os saldos referentes às transacções efectuadas com a Telechamada são os seguintes:<br />

1997<br />

1996<br />

Contas de Balanço:<br />

Dívidas da Telechamada 101.249 105.629<br />

Dívidas da Telecel 22.652 18.084<br />

Empréstimos da Telecel 5.820 1.054.920<br />

pág 89


1997<br />

1996<br />

Contas de Resultados:<br />

Proveitos da Telecel 1.043 5.967<br />

Custos da Telecel 10.603 2.919<br />

NOTA 21<br />

Justificação de Provisões Extraordinárias Respeitantes a Elementos do Activo Circulante<br />

No exercício de 1997 a Empresa reforçou em mEsc 449.176 (1996: mEsc 145.508) a provisão para<br />

depreciação de existências, para cobertura da desvalorização tecnológica e comercial das existências de telefones<br />

celulares (ver Nota 34).<br />

Durante o exercício de 1997, a Empresa procedeu ao abate físico de existências obsoletas, no valor de<br />

mEsc 34.330 (1996 : mEsc 27.507).<br />

NOTA 22<br />

Valores Globais das Existências que se encontram fora da Empresa<br />

Em 31 de Dezembro de 1997 o valor de existências em poder de terceiros ascende a mEsc 462.484<br />

(1996: mEsc 149.131).<br />

NOTA 23<br />

Dívidas de Cobrança Duvidosa<br />

O saldo da provisão para créditos de cobrança duvidosa reflecte a avaliação dos riscos de cobrança<br />

existentes nos saldos a receber de clientes apresentados em balanço (ver Nota 34).<br />

NOTA 25<br />

Dívidas Activas e Passivas com o Pessoal<br />

1997<br />

1996<br />

Saldos devedores 10.132 12.659<br />

Saldos credores 49 16<br />

NOTA 34<br />

Movimento ocorrido nas provisões<br />

Saldo Inicial<br />

Reforço<br />

Anulação<br />

Transferências<br />

Saldo Final<br />

Provisão para créditos de cobrança duvidosa (Nota 23) 4.511.071 2.358.251 -100.255 6.769.067<br />

Outras provisões para riscos e encargos 127.415 766.508 -228.984 664.939<br />

Provisão para depreciação de existências (Nota 21) 148.037 449.176 597.213<br />

Total Geral 4.786.523 3.573.935 0 -329.239 8.031.219<br />

A parte do reforço das amortizações de programas informáticos da rede de telecomunicações apresentada<br />

na rubrica provisões, da Demonstração de Resultados (mEsc 228.984; 1996 : mEsc 1.098.993; ver Nota 3 c)),<br />

foi reclassificada no Balanço de "Outras provisões para riscos e encargos" para a rubrica de "Amortizações das<br />

imobilizações corpóreas - Equipamento básico" (ver Nota 10).<br />

pág 90


A rubrica "Outras provisões para riscos e encargos", inclui a criação em 1997 de uma provisão para custos<br />

a incorrer com os direitos de aquisição já vencidos no âmbito do plano de incentivos a membros da Direcção<br />

da Empresa, no montante de mESC 334.000 (ver Notas 3 k) e 53). Esta provisão é apresentada líquida dos<br />

respectivos impostos diferidos activos no montante de mEsc 200.000.<br />

NOTA 36<br />

Composição do Capital<br />

Em 31 de Dezembro de 1997 e de 1996 a totalidade do capital da Empresa era representado por<br />

21.500.000 acções escriturais ordinárias nominativas de valor nominal de Esc 1.000, cada (ver Nota 37).<br />

NOTA 37<br />

Pessoas Colectivas com Participação Superior a 20% no Capital da Empresa<br />

Em 31 de Dezembro a estrutura accionista da Empresa apresentava-se como segue:<br />

Detentor do Capital<br />

1997<br />

Montante<br />

%<br />

1996<br />

Montante<br />

%<br />

AirTouch Europe, BV 10.941.107 50,89 10.941.107 50,89<br />

Telepri - Telecomunicações Privadas, SGPS,SA 0 0 2.150.234 10,00<br />

Outros 10.558.893 49,11 8.408.659 39,11<br />

Total Geral 21.500.000 100,00 21.500.000 100,00<br />

Em 31 de Dezembro de 1997 e 1996 a AirTouch Europe, BV era reconhecida como o único accionista qualificado<br />

da Empresa, com uma participação de capital de 50,89 %.<br />

Nos termos dos estatutos da Empresa em vigor a partir da alteração do Contrato Social realizada por decisão<br />

da Assembleia Geral do dia 14 de Novembro de 1996, a Direcção da Empresa, após parecer favorável do Conselho<br />

Geral, pode deliberar sobre o aumento do capital, por uma ou mais vezes, até ao limite de 50.000 milhares<br />

de contos.<br />

NOTA 40<br />

Movimentos Ocorridos nas Contas de Capital Próprio<br />

Saldo inicial<br />

Aumento<br />

Redução<br />

Saldo final<br />

Capital 21.500.000 21.500.000<br />

Reserva legal 121.930 364.531 486.461<br />

Prestações acessórias<br />

Reservas livres<br />

Outras reservas<br />

Resultados transitados -6.727.744 6.926.083 198.339<br />

Resultado líquido:<br />

1996 7.290.614 -7.290.614<br />

1997 13.296.785 13.296.785<br />

Total Geral 22.184.800 20.587.399 -7.290.614 35.481.585<br />

pág 91


O Código das Sociedades Comerciais estabelece que pelo menos 5% do lucro apurado em cada exercício tem<br />

de ser utilizado para reforçar a reserva legal, até que esta represente, no mínimo, 20% do capital social.<br />

A reserva legal não está disponível para distribuição, apenas podendo ser utilizada para aumentar o capital<br />

social ou compensar prejuízos.<br />

NOTA 41<br />

Custo das Mercadorias Vendidas<br />

O custo das mercadorias vendidas e consumidas foi determinado como segue:<br />

1997<br />

1996<br />

Existências iniciais 2.734.723 850.856<br />

Compras 26.032.113 10.374.130<br />

Transferências para imobilizações -857.271 -332.705<br />

Regularização de existências -1.376.945 -138.364<br />

Existências finais -8.233.529 -2.734.723<br />

18.299.091 8.019.194<br />

As regularizações de existências incluem ofertas, consumos internos e o diferimento dos custos de aquisição<br />

relacionados com contratos plurianuais, como segue:<br />

1997<br />

1996<br />

Regularizações:<br />

Por Oferta 168.673 73.359<br />

Por Consumo e Quebras 239.629 65.005<br />

Custos com contratos plurianuais (ver Notas 3 h) e 49) 968.643 0<br />

1.376.945 138.364<br />

NOTA 43<br />

Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais<br />

As remunerações atribuídas aos membros dos Órgãos Sociais da Empresa foram as seguintes:<br />

1997<br />

1996<br />

Direcção 284.331 262.687<br />

NOTA 44<br />

Vendas e Prestações de Serviços por Actividade<br />

As vendas e prestações de serviços, líquidas, distribuem-se da seguinte forma:<br />

Actividade<br />

1997 1996<br />

Vendas de equipamentos e acessórios 8.893.351 6.228.719<br />

Prestação de serviços e outros 78.770.783 52.602.425<br />

Total Geral 87.664.134 58.831.144<br />

pág 92


NOTA 45<br />

Demonstrações dos Resultados Financeiros<br />

1997<br />

1996<br />

Custos e Perdas:<br />

Juros suportados 749.843 1.541.031<br />

Perdas em Empresas do grupo e associadas 299.124 261.973<br />

Diferenças de câmbio desfavoráveis 204.968 60.420<br />

Outros custos e perdas financeiras 346.483 196.313<br />

Total Geral 1.600.418 2.059.737<br />

Proveitos e Ganhos:<br />

Juros obtidos 101.006 32.117<br />

Diferenças de câmbio favoráveis 109.819 61.283<br />

Descontos de pronto pagamento obtidos 330.233 74.442<br />

Outros proveitos e ganhos financeiros 124 464<br />

Total Geral 541.182 168.306<br />

NOTA 46<br />

Demonstração dos Resultados Extraordinários<br />

1997<br />

1996<br />

Custos e Perdas:<br />

Donativos 25.025 5.172<br />

Perdas em existências 80.195 14.262<br />

Perdas em imobilizações 21.638 3.274<br />

Multas e penalidades 592 292<br />

Aumento de amortizações/provisões 714.536 0<br />

Correcções relativas a exercícios anteriores 13.540 18.977<br />

Outros custos e perdas extraordinárias 3.830 1.610<br />

Total Geral: 859.356 43.587<br />

Proveitos e Ganhos:<br />

Ganhos em imobilizações 51.767 44.102<br />

Redução de amortizações/provisões 725.311 0<br />

Correcções relativas a exercícios anteriores 29.359 132<br />

Excesso de estimativa para impostos 324.496 0<br />

Outros proveitos e ganhos extraordinários 684 1.784<br />

Total Geral 1.131.617 46.018<br />

pág 93


NOTA 48<br />

Estado e Outros Entes Públicos<br />

1997<br />

1996<br />

A receber<br />

A pagar<br />

A receber<br />

A pagar<br />

Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) 357.989 278.531 333.374 660.892<br />

Contribuições para a Segurança Social 88.066 69.767<br />

Imposto retido sobre rendimentos (IRS e IRC) 67.827 50.694<br />

Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) 4.601.204 4.322.683<br />

Outros (Contribuição Autárquica e Imposto de Selo) 17.555 16.250<br />

Total Geral 357.989 5.053.183 333.374 5.120.286<br />

Relativamente ao “Imposto sobre o valor acrescentado” (IVA), o valor a pagar refere-se ao imposto a liquidar<br />

ao Estado Português e o valor a receber corresponde a liquidações de IVA efectuadas por entidades estrangeiras<br />

à Empresa e que esta tem a recuperar directamente dos Estados respectivos.<br />

NOTA 49<br />

Acréscimos e Diferimentos<br />

1997<br />

1996<br />

Acréscimos de Proveitos:<br />

Facturação a emitir a clientes, agentes e operadores de rede 4.446.364 3.120.258<br />

Créditos de fornecedores, a receber 236.892 23.287<br />

4.683.256 3.143.545<br />

Custos Diferidos:<br />

Rendas e alugueres 325.335 77.999<br />

Seguros 63.401 73.626<br />

Juros e custos adicionais do papel comercial e obrigações 20.197 127.359<br />

Custos com contratos plurianuais (ver Nota 41) 968.643 0<br />

Outros custos diferidos 139.330 76.804<br />

1.516.906 355.788<br />

Acréscimo de Custos:<br />

Remunerações a liquidar 888.783 759.632<br />

Encargos financeiros 205.391 316.013<br />

Remuneração da utilização da rede fixa 940.987 1.008.664<br />

Comissões a intermediários 729.524 811.077<br />

Aluguer de circuitos 265.782 364.618<br />

Outros acréscimos de custos 629.526 715.964<br />

3.659.993 3.975.968<br />

Proveitos Diferidos:<br />

Proveitos antecipados de Clientes 2.743.006 680.049<br />

pág 94


NOTA 50<br />

Contingências<br />

Activação de clientes<br />

Os procedimentos utilizados pela Empresa na activação de uma parte dos seus Clientes e que são específicos<br />

da sua actividade, são susceptíveis de gerar contingências interpretativas que em determinadas circunstâncias,<br />

poderiam ser estimadas à data de 31 de Dezembro de 1997 entre 1.400 milhares de contos e 1.800 milhares<br />

de contos (1996 : 800 e 1.100 milhares de contos).<br />

No entanto, com base nos fundamentados pareceres obtidos de reputados especialistas, geralmente favoráveis<br />

à posição assumida pela Empresa, a Direcção considera não se justificar a criação de qualquer provisão para<br />

o efeito.<br />

NOTA 51<br />

Relações com Accionistas<br />

As principais relações comerciais da Empresa com os seus accionistas resumem-se como segue:<br />

EMPRESAS<br />

Valor das transacções<br />

1997<br />

Proveito<br />

Custo<br />

Valor das transacções<br />

1996<br />

Proveito<br />

Custo<br />

Saldo em<br />

1997<br />

A receber<br />

Saldo em<br />

1996<br />

A pagar<br />

AirTouch International e filiais 136.219 232.351 401 122.360 33.945 25.764<br />

NOTA 52<br />

Papel Comercial<br />

Em 31 de Dezembro de 1996 as dívidas de curto prazo a Instituições de Crédito incluíam mEsc 5.000.000<br />

que correspondiam a financiamentos obtidos por emissões de Papel Comercial. Estas emissões foram amortizadas<br />

no seu vencimento não se encontrando renovadas à data de 31 de Dezembro de 1997.<br />

O programa de emissões de Papel Comercial é garantido por um sindicato bancário até ao montante de<br />

mEsc 5.000.000 e tem a duração de um ano, renovável.<br />

NOTA 53<br />

Plano de Incentivos<br />

Em Janeiro de 1997 foi aprovado um Plano de incentivos para os actuais membros da Direcção<br />

da Empresa constituído por opções de compra de acções da Telecel. Nos termos do referido plano, os seus<br />

beneficiários têm a opção de adquirir, no seu conjunto, um total de 25.000 acções após o termo de cada um<br />

dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 1997, 1998 e 1999, ao preço unitário de Esc 7.950. O direito<br />

de exercício das opções de compra termina no ano de 2004.<br />

pág 95


NOTA 54<br />

Empréstimos por Obrigações<br />

Integram dois empréstimos obrigacionistas, com as seguintes características:<br />

Emissão<br />

Data de<br />

subscrição<br />

Montante<br />

Taxa de Juro<br />

Valor de<br />

subscrição<br />

Data de<br />

maturidade<br />

Obrigações Telecel/94<br />

Série A 18.08.1994 2.500.000 Lisbor (6m) + 0,375 % 2.500.000 17.08.1999<br />

Série B 18.08.1994 2.500.000 Lisbor (6m) + 0,1875 % 2.500.000 18.08.1998<br />

Obrigações Telecel/95 09.08.1995 5.000.000 Lisbor (6m) + 0,275 % 5.000.000 30.08.1998<br />

Total 10.000.000 10.000.000<br />

O empréstimo obrigacionista “Obrigações Telecel/94” foi liderado conjuntamente pela Caixa Geral de Depósitos<br />

e pelo Banco Nacional Ultramarino e o empréstimo “Obrigações Telecel/95” foi liderado conjuntamente pelo<br />

Banco Essi e pelo Banco Espírito Santo, tendo sido ambos os empréstimos tomados firme por sindicatos<br />

bancários. As Obrigações Telecel/94 e Telecel/95 foram admitidas à cotação no 2º Mercado da Bolsa de Valores<br />

de Lisboa em Fevereiro de 1995 e Janeiro de 1996, respectivamente.<br />

Os juros das Obrigações Telecel/94 são pagos semestral e postecipadamente a 18 de Fevereiro e 18 de Agosto<br />

de cada ano, e os das Obrigações Telecel/95 em 28 de Fevereiro e 30 de Agosto de cada ano.<br />

De acordo com os termos das referidas emissões de Obrigações, a Telecel pode proceder em ambos os casos<br />

ao seu reembolso antecipado, na totalidade ou parcialmente, nas datas previstas para o pagamento dos<br />

respectivos juros, entre Agosto de 1996 e Fevereiro de 1998; nesta hipótese, as obrigações serão reembolsadas<br />

com um prémio, por um valor que varia entre 100,10% e 100,05%, do respectivo valor nominal.<br />

A Assembleia de obrigacionistas realizada em 19 de Julho de 1996 aprovou a alteração da taxa de juro referente<br />

aos cupões das Obrigações Telecel/94 (Série B) a partir de 18 de Agosto de 1996. O cupão pagável nesta data<br />

incluiu um pagamento de juros suplementares de 0,6% e os juros para os cupões seguintes passaram a ser<br />

calculados com base na taxa LISBOR para o prazo de 6 meses, acrescida de 0,1875%.<br />

Os obrigacionistas aprovaram, ainda, a possibilidade de a Telecel poder optar por reembolsar antecipadamente<br />

as obrigações em 18 de Fevereiro de 1998, por um valor correspondente a 100,0625% do respectivo valor nominal.<br />

As receitas da Telecel respondem integralmente pelo serviço da dívida emergente destas emissões<br />

de obrigações.<br />

NOTA 55<br />

Eventos Subsequentes<br />

Em Dezembro de 1997, o Conselho Geral aprovou a concessão de complementos de pensões de reforma<br />

a todo o Pessoal. Encontram-se actualmente em estudo os termos detalhados do respectivo plano, a ser<br />

implementado a partir de 1 de Abril de 1998.<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

Ângela Maria Borges Ferreira Duarte<br />

António Rui de Lacerda Carrapatoso (Presidente)<br />

António Vaz Branco<br />

António Manuel da Costa Coimbra<br />

Nuno J. F. S. de Oliveira Silvério Marques<br />

Wayne James Ross<br />

pág 96


demonstração dos<br />

fluxos de<br />

Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa 2<br />

(Montantes expressos em milhares de Escudos - mEsc)<br />

em 31 de Dezembro<br />

1997 1996<br />

Númerário 7.880 47.285<br />

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 249.162 239.954<br />

257.042 287.239<br />

O TÉCNICO DE CONTAS<br />

A DIRECÇÃO<br />

pág 97


2.000 Exemplares<br />

ISSN: 0873-1012<br />

Concepção ¬

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