uma proposta de modelo para avaliar a viabilidade do biodiesel no ...
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Teoria e Evidência Econômica, Passo Fun<strong>do</strong>, v. 14, Ed. Especial 2006<br />
2.3.1 Definição brasileira<br />
A ANP, pela portaria nº. 255/2003, <strong>de</strong>finiu o significa<strong>do</strong> <strong>do</strong> combustível. Estuda-se<br />
a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar essa <strong>de</strong>finição <strong>para</strong> outros fins genéricos. Sinteticamente temos:<br />
“Biodiesel é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> como um combustível composto <strong>de</strong> mo<strong>no</strong>-alquilésteres <strong>de</strong> áci<strong>do</strong>s<br />
graxos <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia longa, <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> óleos vegetais ou <strong>de</strong> gorduras animais e <strong>de</strong>signa<strong>do</strong><br />
B100.”<br />
2.3.2 Definição americana<br />
Biodiesel é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> como um mo<strong>no</strong>-alquil-ester <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>de</strong> óleo vegetal ou gordura<br />
animal conforme especificação ASTM D6751 <strong>para</strong> uso em motores diesel; refere-se ao<br />
combustível puro ou mistura<strong>do</strong> com diesel, <strong>de</strong><strong>no</strong>ta<strong>do</strong> “BXX”, em que o XX representa a<br />
percentagem <strong>de</strong> <strong>biodiesel</strong> nessa mistura (ie: B20 é 20% <strong>biodiesel</strong>, 80% diesel).<br />
2.3.3 Especificação <strong>do</strong> <strong>biodiesel</strong><br />
A especificação <strong>do</strong> <strong>biodiesel</strong> <strong>de</strong>stina-se a garantir a sua qualida<strong>de</strong> e é pressuposto<br />
<strong>para</strong> se ter um produto a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> ao uso. O <strong>biodiesel</strong> terá qualida<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> for a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />
ao uso a que se propõe.<br />
As especificações <strong>de</strong> <strong>no</strong>rmas visam a <strong>do</strong>is grupos <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s: os que pertencem ao<br />
que se <strong>de</strong><strong>no</strong>mina “padrão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>” e <strong>do</strong> que se <strong>de</strong><strong>no</strong>mina “padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”.<br />
As <strong>no</strong>rmas que se direcionam <strong>para</strong> o padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> dizem respeito ao uso <strong>do</strong><br />
produto e as que dizem respeito ao padrão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> procuram assegurar que o<br />
produto não seja adultera<strong>do</strong>.<br />
A especificação <strong>do</strong> <strong>biodiesel</strong> <strong>no</strong> Brasil ficou a cargo da Agência Nacional <strong>do</strong> Petróleo.<br />
Até o momento foram editadas duas portarias sobre o <strong>biodiesel</strong>: a portaria nº 240, que<br />
trata <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> combustíveis não especifica<strong>do</strong>s, ou seja, aqueles cujas características<br />
não estão <strong>de</strong>finidas por dispositivos legais expedi<strong>do</strong>s pela ANP; a portaria nº 255, trata<br />
da especificação técnica <strong>do</strong> <strong>biodiesel</strong> puro a ser adiciona<strong>do</strong> ao óleo diesel automotivo<br />
<strong>para</strong> testes em frotas cativas ou <strong>para</strong> uso em processo industrial específico. O assunto<br />
ainda carece <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>talha<strong>do</strong> sobre a regulação da produção, da comercialização e<br />
<strong>do</strong> uso <strong>do</strong> <strong>biodiesel</strong> (ANP, 2005).<br />
Nos EUA, a American Society for Testing and Materials (ASTM) especifica<br />
as características mínimas <strong>para</strong> o <strong>biodiesel</strong>. No caso <strong>do</strong> diesel (e <strong>biodiesel</strong>), a<br />
responsabilida<strong>de</strong> é <strong>do</strong> comitê D02 <strong>para</strong> petróleos e lubrificantes. As <strong>no</strong>rmas <strong>de</strong><br />
combustíveis são os valores mínimos aceitáveis; <strong>para</strong> o diesel, a <strong>no</strong>rma ASTM é a<br />
D975. Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2001, ASTM aprovou a <strong>no</strong>rma <strong>para</strong> <strong>biodiesel</strong>, a qual cobre o<br />
<strong>biodiesel</strong> puro. O <strong>biodiesel</strong> puro é autoriza<strong>do</strong> caso a caso com os fabricantes <strong>de</strong> motores.<br />
A maior experiência americana é com a utilização <strong>do</strong> B20. A aprovação da <strong>no</strong>rma e<br />
revisões técnicas necessárias passou por <strong>uma</strong> discussão entre os fabricantes <strong>de</strong> motores<br />
e principais consumi<strong>do</strong>res envolvi<strong>do</strong>s.