uma proposta de modelo para avaliar a viabilidade do biodiesel no ...
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4 Uma <strong>proposta</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>para</strong> <strong>avaliar</strong> a viabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Biodiesel <strong>no</strong> Brasil 89<br />
2.4 Programa brasileiro <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> <strong>biodiesel</strong><br />
O <strong>biodiesel</strong> passou a fazer parte oficialmente da matriz energética brasileira a<br />
partir da lei nº 11097, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2005, que o instituiu <strong>no</strong> Brasil. Em 1980 foi<br />
lança<strong>do</strong> pela Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Ceará, em conjunto com o professor Expedito Parente,<br />
o que foi <strong>de</strong><strong>no</strong>mina<strong>do</strong> na época <strong>de</strong> “prodiesel”. Esse projeto esteve “congela<strong>do</strong>” por<br />
razões <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinteresse da Petrobras, segun<strong>do</strong> o professor Parente. Em 2002 surgiram<br />
<strong>no</strong>vamente as discussões <strong>para</strong> se implantar a produção <strong>de</strong> um substituto <strong>para</strong> o petróleo.<br />
Segun<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>s da IEA, existem reservas <strong>para</strong>, <strong>no</strong> mínimo, cinqüenta a<strong>no</strong>s, posição<br />
corroborada por outros órgãos, como o United States Geological Survey. Todavia, esses<br />
estu<strong>do</strong>s também indicam que os preços baixos <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> energia re<strong>no</strong>vável irão<br />
tornar o petróleo não viável <strong>no</strong> médio prazo, o que <strong>no</strong>s leva a consi<strong>de</strong>rar que o petróleo<br />
não irá realmente acabar.<br />
A mistura aprovada <strong>para</strong> ser utilizada facultativamente até 2008 é <strong>de</strong> 2%; a partir<br />
<strong>de</strong> 2008 essa mistura ao diesel será obrigatória, passan<strong>do</strong> a ser facultativa a mistura <strong>de</strong><br />
5%. O gover<strong>no</strong>, como forma <strong>de</strong> antecipar investimentos e promover o aparecimento <strong>de</strong><br />
<strong>no</strong>vas iniciativas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> <strong>biodiesel</strong> realizou recentemente um leilão <strong>de</strong> <strong>biodiesel</strong>,<br />
em que foram comercializa<strong>do</strong>s setenta milhões <strong>de</strong> litros <strong>para</strong> serem entregues a partir<br />
<strong>de</strong> 2006.<br />
No Brasil os estu<strong>do</strong>s acerca <strong>de</strong> combustíveis alternativos iniciaram na década <strong>de</strong><br />
1970, com a experiência <strong>do</strong> Proálcool, o qual foi implementa<strong>do</strong> em razão <strong>do</strong> choque <strong>do</strong><br />
petróleo (PLÀ, 2002). A idéia <strong>de</strong> utilizar o <strong>biodiesel</strong> <strong>no</strong> Brasil surgiu na Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
Ceará, <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s da década <strong>de</strong> 70. O uso <strong>do</strong> <strong>biodiesel</strong> como combustível po<strong>de</strong>rá se<br />
tornar um apoio às políticas governamentais na área social e ambiental, ten<strong>do</strong> em vista<br />
a contribuição que este combustível po<strong>de</strong>rá representar <strong>para</strong> a ativida<strong>de</strong> econômica <strong>do</strong><br />
país. Dentre elas po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar (MCT, 2005):<br />
• criação <strong>de</strong> emprego e geração <strong>de</strong> renda <strong>no</strong> campo;<br />
• redução <strong>do</strong>s índices <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> gases causa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> efeito estufa;<br />
• redução da emissão <strong>de</strong> poluentes locais com melhorias na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e<br />
da saú<strong>de</strong> pública;<br />
• possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong>s créditos <strong>de</strong> carbo<strong>no</strong> vincula<strong>do</strong>s ao mecanismo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento limpo <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> Protocolo <strong>de</strong> Quioto;<br />
• uso <strong>de</strong> terras ina<strong>de</strong>quadas <strong>para</strong> a produção <strong>de</strong> alimentos;<br />
• diversificação da matriz energética.<br />
Em oposição a essas vantagens, a viabilida<strong>de</strong> econômica <strong>para</strong> o uso comercial<br />
<strong>do</strong> <strong>biodiesel</strong> ainda requer análises mais aprofundadas, que <strong>de</strong>verão envolver, além<br />
das variáveis meramente econômicas, a mensuração das vantagens indiretas com a<br />
utilização <strong>de</strong> um combustível <strong>de</strong> origem re<strong>no</strong>vável e a maior utilização <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>obra<br />
na ca<strong>de</strong>ia produtiva, promoven<strong>do</strong>, assim, a inclusão social <strong>do</strong>s brasileiros me<strong>no</strong>s<br />
favoreci<strong>do</strong>s (MCT, 2005), além da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o país se beneficiar <strong>do</strong>s créditos <strong>de</strong>