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Victorien Sardou - Amargo Despertar - Autores Espíritas Clássicos

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exatamente, o articulista teve por bem truncá-la e desnaturá-la, dando o<br />

texto como correto. Ora, não é assim! E, pensando que a tradução desse<br />

artigo, publicada em "Liberté", poderia cair sob vossos olhos e encontrar<br />

espaço no livro que estais preparando, endereço-vos esta tradução,<br />

ratificando dois pontos principais:<br />

"Os fenômenos não se produziam constantemente, várias vezes por dia<br />

e minha mão não tomava, jamais, o lápis ou a caneta, maquinalmente, de<br />

modo independente à minha vontade. O que não dependia de minha<br />

vontade era o que eu escrevia ou desenhava.<br />

"A queda das flores, do teto, e os arpejos no piano, não se produziram<br />

muitas vezes, porém em uma única ocasião.<br />

"Cordialmente<br />

<strong>Victorien</strong> <strong>Sardou</strong>."<br />

***<br />

Eis o artigo, estampado em "Liberté" e devidamente ratificado:<br />

Londres, 25 de fevereiro de 1905.<br />

"Uma revista inglesa, "The Great Magazine", realizou uma pesquisa<br />

sobre as manifestações espíritas e sobrenaturais, de modo geral. Ela<br />

publicou cartas muito interessantes a esse respeito. A série é iniciada com<br />

um depoimento do sr. <strong>Victorien</strong> <strong>Sardou</strong>.<br />

"O autor expõe que foi um dos primeiros a se declarar espírita, em uma<br />

época em que não havia nenhum mérito em fazer-se semelhante<br />

confissão. Conta que, durante mais de seis meses, foi dotado de um poder<br />

de evocação extraordinário.<br />

"Eu tinha em meu poder, — narra o autor de "La Patrie", — uma<br />

pequena mesa redonda que, ao meu comando, caminhava através do meu<br />

apartamento e girava sobre si mesma como o teria feito um cão bem<br />

treinado. Uma vez, rosas brancas caíram do forro sobre minha<br />

escrivaninha e eu vi as teclas do piano se abaixarem e se erguerem, sob<br />

dedos invisíveis, executando uma melodia desconhecida.<br />

"Tornei-me familiar a esses fenômenos e eles não me impressionavam<br />

mais. Posso afirmar que, acompanhando-os, não sofria nenhuma autosugestão.<br />

Era apenas um observador atento e meu cepticismo inicial cedeu

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