02.03.2015 Views

AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0003061 ...

AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0003061 ...

AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0003061 ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>AGRAVO</strong> <strong>LEGAL</strong> <strong>EM</strong> <strong>AGRAVO</strong> <strong>DE</strong> <strong>INSTRUMENTO</strong> Nº <strong>0003061</strong>-<br />

92.2010.4.03.0000/SP<br />

2010.03.00.003061-5/SP<br />

RELATOR<br />

AGRAVANTE<br />

ADVOGADO<br />

ENTIDA<strong>DE</strong><br />

ADVOGADO<br />

AGRAVADO<br />

ADVOGADO<br />

PARTE RE'<br />

ORIG<strong>EM</strong><br />

AGRAVADA<br />

No. ORIG.<br />

: Desembargador Federal ANDRÉ NEKATSCHALOW<br />

: Uniao Federal (FAZENDA NACIONAL)<br />

: MARLY MILOCA DA CAMARA GOUVEIA E AFONSO GRISI NETO<br />

: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS<br />

: HERMES ARRAIS ALENCAR<br />

: WEBER VIDAL BRANQUINHO<br />

: IANCO J <strong>DE</strong> OLIVEIRA COR<strong>DE</strong>IRO<br />

: VIBRAN IND/ MECANICA LTDA e outro<br />

: SEBASTIAO MACHADO BRANQUINHO<br />

: JUIZO FE<strong>DE</strong>RAL DA 1 VARA <strong>DE</strong> FRANCA Sec Jud SP<br />

: <strong>DE</strong>CISÃO <strong>DE</strong> FOLHAS<br />

: 1999.61.13.003085-2 1 Vr FRANCA/SP<br />

<strong>EM</strong>ENTA<br />

PROCESSUAL CIVIL. <strong>AGRAVO</strong> <strong>LEGAL</strong>. CPC, ART. 557, § 1º. EXECUÇÃO<br />

FISCAL. REDIRECIONAMENTO. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.<br />

ADMISSIBILIDA<strong>DE</strong>.<br />

1. A utilização do agravo previsto no art. 557, § 1º, do CPC, deve enfrentar<br />

a fundamentação da decisão agravada, ou seja, deve demonstrar que não é<br />

caso de recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou<br />

em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo<br />

tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior. Por isso que<br />

é inviável, quando o agravante deixa de atacar especificamente os<br />

fundamentos da decisão agravada. Precedentes do STJ.<br />

2. A jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça é no sentido<br />

de que a mera continuidade da execução fiscal contra a pessoa jurídica não<br />

é circunstância apta para impedir a prescrição em relação aos responsáveis<br />

tributários.<br />

3. Conforme se verifica nos autos, a primeira citação é a do coexecutado<br />

Sebastião Machado Branquinho, que ocorreu em 10.12.01. Desde esta data,<br />

a Fazenda Pública não requereu a citação de Weber Vidal Branquinho, que<br />

compareceu espontaneamente aos autos somente em 26.11.09.<br />

4. Agravo legal não provido.<br />

ACÓRDÃO<br />

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide<br />

a Egrégia Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por<br />

maioria, negar provimento ao agravo legal, nos termos do relatório e voto<br />

que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.<br />

São Paulo, 10 de maio de 2010.<br />

Andre Nekatschalow<br />

Desembargador Federal Relator


Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001<br />

de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira<br />

- ICP-Brasil, por:<br />

Signatário (a):<br />

Nº de Série do<br />

Certificado:<br />

ANDRE CUSTODIO NEKATSCHALOW:50<br />

4435714E<br />

Data e Hora: 14/5/2010 11:00:32<br />

<strong>AGRAVO</strong> <strong>LEGAL</strong> <strong>EM</strong> <strong>AGRAVO</strong> <strong>DE</strong> <strong>INSTRUMENTO</strong> Nº <strong>0003061</strong>-<br />

92.2010.4.03.0000/SP<br />

RELATOR<br />

AGRAVANTE<br />

ADVOGADO<br />

ENTIDA<strong>DE</strong><br />

ADVOGADO<br />

AGRAVADO<br />

ADVOGADO<br />

PARTE RE'<br />

ORIG<strong>EM</strong><br />

AGRAVADA<br />

No. ORIG.<br />

2010.03.00.003061-5/SP<br />

: Desembargador Federal ANDRÉ NEKATSCHALOW<br />

: Uniao Federal (FAZENDA NACIONAL)<br />

:<br />

MARLY MILOCA DA CAMARA GOUVEIA E AFONSO GRISI<br />

NETO<br />

: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS<br />

: HERMES ARRAIS ALENCAR<br />

: WEBER VIDAL BRANQUINHO<br />

: IANCO J <strong>DE</strong> OLIVEIRA COR<strong>DE</strong>IRO<br />

: VIBRAN IND/ MECANICA LTDA e outro<br />

: SEBASTIAO MACHADO BRANQUINHO<br />

: JUIZO FE<strong>DE</strong>RAL DA 1 VARA <strong>DE</strong> FRANCA Sec Jud SP<br />

: <strong>DE</strong>CISÃO <strong>DE</strong> FOLHAS<br />

: 1999.61.13.003085-2 1 Vr FRANCA/SP<br />

VOTO<br />

Agravo legal. CPC, art. 557, § 1º. Ônus de demonstrar a<br />

incompatibilidade da decisão recorrida com a jurisprudência<br />

dominante. A parte inconformada com a decisão proferida com base no art.<br />

557 do Código de Processo Civil poderá interpor o agravo de que trata o §<br />

1º. No entanto, a irresignação deve demonstrar que a decisão recorrida<br />

encontra-se em desacordo com a jurisprudência existente sobre a matéria.<br />

Não basta, portanto, lamentar a injustiça ou o gravame que a decisão do<br />

relator encerra. A parte tem o ônus de revelar que essa injustiça e esse<br />

gravame não são autorizados pelos precedentes dos Tribunais Superiores<br />

ou, conforme o caso, do próprio tribunal:<br />

PROCESSO CIVIL - APLICAÇÃO DO ART. 557 DO CPC - <strong>AGRAVO</strong><br />

REGIMENTAL - FUNDAMENTAÇÃO <strong>DE</strong>FICIENTE.<br />

1. O julgamento monocrático pelo relator encontra autorização no art. 557<br />

do CPC, que pode negar seguimento a recurso quando:<br />

a) manifestamente inadmissível (exame preliminar de pressupostos<br />

objetivos);<br />

b) improcedente (exame da tese jurídica discutida nos autos);<br />

c) prejudicado (questão meramente processual); e<br />

d) em confronto com súmula ou jurisprudência dominante do respectivo<br />

Tribunal, do STF ou de Tribunal Superior.


2. Monocraticamente, o relator, nos termos do art. 557 do CPC, poderá<br />

prover o recurso quando a decisão recorrida estiver em confronto com<br />

súmula do próprio Tribunal ou jurisprudência dominante do STF ou de<br />

Tribunal Superior (art. 557, § 1º do CPC).<br />

3. Carece de fundamento o agravo contra aplicação do art. 557, § 1º, do<br />

CPC, que não enfrenta diretamente os argumentos que respaldaram a<br />

decisão agravada.<br />

4. Agravo regimental improvido.<br />

(STJ, AGREsp n. 545.307-BA, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 06.05.04)<br />

PROCESSUAL CIVIL. <strong>AGRAVO</strong> DO ART. 557, § 1º, DO CPC. FUNDAMENTOS<br />

DA <strong>DE</strong>CISÃO AGRAVADA. COMBATE ESPECÍFICO. SÚMULA 182/STJ.<br />

1. A utilização do agravo previsto no art. 557, § 1º, do CPC, deve enfrentar<br />

a fundamentação da decisão agravada, ou seja, deve demonstrar que não é<br />

caso de recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou<br />

em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo<br />

tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior. Por isso que<br />

é inviável, quando o agravante deixa de atacar especificamente os<br />

fundamentos da decisão agravada (Súmula 182).<br />

2. Recurso especial improvido.<br />

(STJ, REsp n. 548.732-PE, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, j. 02.03.04)<br />

Do caso dos autos. A decisão que negou seguimento ao agravo de<br />

instrumento abordou a matéria discutida pela agravante nos seguintes<br />

termos:<br />

Trata-se de agravo de instrumento interposto pela União contra a decisão de<br />

fls. 230/230v., proferida em execução fiscal, que declarou extinto o<br />

processo em relação ao coexecutado Weber Vidal Branquinho.<br />

A agravante alega, em síntese, o seguinte:<br />

a) legitimidade do sócio para figurar no polo passivo do feito, uma vez que<br />

exercia poderes de gerência (CTN, art. 135, III), bem como pela aplicação<br />

do art. 13 da Lei n. 8.620/93, que era vigente à época do fato gerador da<br />

dívida;<br />

b) não há que se falar em prescrição intercorrente em relação ao sócio, uma<br />

vez que ele já estava incluído na CDA que instruiu o feito executivo (fls.<br />

2/8v.).<br />

Decido.<br />

Redirecionamento. Prescrição intercorrente. Admissibilidade. A<br />

jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que a citação<br />

da empresa interrompe a prescrição em relação aos responsáveis<br />

tributários, de modo que a Fazenda Pública deve promover a citação destes<br />

dentro do prazo prescricional correspondente (STJ, AGREsp n. 737.561-RS,<br />

Rel. Min. Luiz Fux, j. 19.04.07; REsp n. 435.905-SP, Rel. Min. João Otávio<br />

de Noronha, j. 27.06.06; REsp n. 717.250-SP, Rel. Min. Eliana Calmon, j.<br />

26.04.05; REsp n. 751.906-RS, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, j. 21.02.06;<br />

REsp n. 751.508-RS, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, j. 06.12.05; AGA<br />

n. 623.211-RS, Rel. Min. José Delgado, j. 17.03.05). Não obstante, esse<br />

entendimento vinha sendo ultimamente mitigado, sob o fundamento de que<br />

não se poderia punir a Fazenda Pública com a prescrição na hipótese desta<br />

não se quedar inerte, isto é, quando desse regular andamento ao feito.<br />

Sucede que, melhor analisando os precedentes do Superior Tribunal de<br />

Justiça, verifica-se que a mera continuidade da execução fiscal contra a<br />

pessoa jurídica não é circunstância apta para impedir a prescrição em<br />

relação aos responsáveis tributários. Com efeito, a prescrição atinge o<br />

direito de ação que, a rigor, já se encontra exercido contra a sociedade na<br />

execução fiscal, de modo que, por mais que a Fazenda Pública nela pratique


atos processuais, naquela exclusiva ação surtem efeitos. Para impedir a<br />

prescrição, tem a Fazenda Pública o ônus de promover a ação contra os<br />

sócios, providenciando sua oportuna citação, sem que para isso se faça<br />

necessário aguardar a inutilidade do processo intentado contra a sociedade.<br />

O mero andamento da ação contra a sociedade resolve-se em inércia quanto<br />

à ação cujo prazo prescricional está a fluir em relação aos responsáveis<br />

tributários. Confira-se os precedentes do Superior Tribunal de Justiça que<br />

reconhecem a prescrição intercorrente com relação aos responsáveis<br />

tributários, não obstante tenha a Fazenda Pública promovido o regular<br />

andamento da execução fiscal contra a sociedade:<br />

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. (...). REDIRECIONAMENTO DA<br />

EXECUÇÃO PARA O SÓCIO-GERENTE(...) PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.<br />

OCORRÊNCIA.<br />

(...)<br />

5. Consoante pacificado na Seção de Direito Público, o redirecionamento da<br />

execução contra o sócio deve dar-se no prazo de cinco anos da citação da<br />

pessoa jurídica, sendo inaplicável o disposto no art. 40 da Lei n.º 6.830/80<br />

que, além de referir-se ao devedor, e não ao responsável tributário, deve<br />

harmonizar-se com as hipóteses previstas no art. 174 do CTN, de modo a<br />

não tornar imprescritível a dívida fiscal. Precedentes: REsp 205887, Rel.<br />

Min. João Otávio de Noronha, DJ 01.08.2005; REsp 736030, Rel. Min. Eliana<br />

Calmon, DJ 20.06.2005; AgRg no REsp 445658, Rel. Min. Francisco Falcão,<br />

DJ 16.05.2005; AgRg no Ag 541255, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, DJ<br />

11.04.2005.<br />

6. Desta sorte, não obstante a citação válida da pessoa jurídica interrompa a<br />

prescrição em relação aos responsáveis solidários, decorridos mais de 05<br />

(cinco) anos após a citação da empresa, ocorre a prescrição intercorrente<br />

inclusive para os sócios.<br />

7. In casu, verifica-se que a empresa foi citada em 02.08.1996, tendo sido<br />

oferecido bens à penhora, os quais restaram devidamente arrematados.<br />

Posteriormente, em 17.04.2001, em cumprimento de mandado de reforço<br />

de penhora, constatou o juízo a desativação da empresa, bem como a<br />

inexistência de outros bens a serem penhorados. Em 27.06.2001, sobreveio<br />

despacho citatório determinando o redirecionamento do executivo fiscal<br />

contra o sócio-gerente, ora recorrente, cuja citação se deu, efetivamente,<br />

em 07.11.2001, exsurgindo, inequivocamente, a ocorrência da prescrição<br />

intercorrente alegada.<br />

8. Recurso especial provido, reconhecendo-se a prescrição do direito de<br />

cobrança judicial do crédito tributário pela Fazenda Nacional, no que pertine<br />

ao sócio-gerente da empresa.<br />

(STJ, REsp n. 652.483-SC, Rel. Luiz Fux, j. 05.09.06, grifei)<br />

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. (...) PESSOA<br />

JURÍDICA. REDIRECIONAMENTO DA AÇÃO. SÓCIO. CITAÇÃO. PRESCRIÇÃO<br />

INTERCORRENTE. ART. 8º, IV E § 2º, DA LEI Nº 6.830/80. ART. 219, § 4º,<br />

DO CPC. ARTS. 125, III, E 174, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CTN. SUAS<br />

INTERPRETAÇÕES. PRECE<strong>DE</strong>NTES.<br />

(...)<br />

4. Os casos de interrupção do prazo rescricional estão previstos no art. 174,<br />

do CTN, nele não incluídos os do artigo 40, da Lei nº 6.830/80. Há de ser<br />

sempre lembrado que o art. 174, do CTN, tem<br />

natureza de Lei Complementar.<br />

5. O art. 40, da Lei nº 6.830/80, nos termos em que admitido em nosso<br />

ordenamento jurídico, não tem prevalência. Sua aplicação há de sofrer os<br />

limites impostos pelo art. 174, do CTN.<br />

6. Repugna aos princípios informadores do nosso sistema tributário a<br />

prescrição indefinida. Após o decurso de determinado tempo sem promoção


da parte interessada, deve-se estabilizar o conflito, pela via da prescrição,<br />

impondo segurança jurídica aos litigantes.<br />

7. A mera prolação do despacho que ordena a citação do executado não<br />

produz, por si só, o efeito de interromper a prescrição, impondo-se a<br />

interpretação sistemática do art. 8º, § 2º, da Lei nº 6.830/80, em<br />

combinação com o art. 219, § 4º, do CPC, e com o art. 174 e seu parágrafo<br />

único, do CTN.<br />

8. De acordo com o art. 125, III, do CTN, em combinação com o art. 8º, §<br />

2º, da Lei nº 6830/80, a ordem de citação da pessoa jurídica interrompe a<br />

prescrição em relação ao sócio, responsável tributário pelo débito fiscal.<br />

9. Fenômeno integrativo de responsabilidade tributária que não pode deixar<br />

de ser reconhecido pelo instituto da prescrição, sob pena de se considerar<br />

não prescrito o débito para a pessoa jurídica e prescrito para o sócio<br />

responsável. Ilogicidade não homenageada pela ciência jurídica.<br />

10. In casu, porém, verifica-se que entre as datas de citação da pessoa<br />

jurídica (agosto/1976) e de citação das sucessoras do sócio (junho/1999)<br />

fluiu o prazo qüinqüenal (art. 174/CTN), totalizando, simplesmente, 23<br />

anos. Repugna aos princípios informadores do nosso sistema tributário a<br />

prescrição indefinida, a qual se reconhece.<br />

11. Precedentes desta Corte de Justiça e do colendo STF.<br />

12. Recurso especial provido.<br />

(STJ, REsp n. 388.000-RS, Rel. Min. José Delgado, j. 21.02.02, grifei)<br />

Do caso dos autos. Trata-se de execução fiscal ajuizada pelo INSS para a<br />

cobrança de dívida no valor de R$ 4.328,04 (quatro mil, trezentos e vinte e<br />

oito reais e quatro centavos), cujos fatos geradores ocorreram em 1.992<br />

(fls. 14/24).<br />

A agravante insurge-se contra decisão que acolheu exceção de préexecutividade<br />

oposta pelo coexecutado Weber Vidal Branquinho, bem como,<br />

com fundamento no art. 219, § 5º, do Código de Processo Civil, reconheceu<br />

ex officio a ocorrência de prescrição intercorrente em relação ao excipiente,<br />

determinando a sua exclusão do polo passivo da execução fiscal.<br />

Conforme se verifica nos autos, a primeira citação constante nos autos é a<br />

do coexecutado Sebastião Machado Branquinho, que ocorreu em 10.12.01<br />

(fl. 80v.). Desde esta data, a Fazenda Pública não requereu a citação de<br />

Weber Vidal Branquinho, que compareceu espontaneamente nos autos<br />

somente em 26.11.09 (fl. 203).<br />

Tendo em vista o transcurso do lapso prescricional intercorrente sem que<br />

tenha havido o requerimento para a citação do corresponsável tributário,<br />

deve ser mantida a decisão que determinou a sua exclusão do polo passivo<br />

da execução fiscal.<br />

Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com<br />

fundamento no art. 557 do Código de Processo Civil. (fls. 319/320v.)<br />

A União interpõe o recurso previsto no § 1º do art. 557 do Código de<br />

Processo Civil, alegando, em síntese, que a jurisprudência dominante dos<br />

Tribunais Superiores é no sentido de que a prescrição intercorrente somente<br />

tem lugar quando configurada inércia da exequente, o que não é o caso dos<br />

autos.<br />

As alegações da recorrente, contudo, não subsistem diante da jurisprudência<br />

dominante do Superior Tribunal de Justiça citada na decisão recorrida, no<br />

sentido de que a mera continuidade da execução fiscal contra a pessoa<br />

jurídica não é circunstância apta para impedir a prescrição em relação aos<br />

responsáveis tributários.<br />

Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo legal.


É o voto.<br />

Andre Nekatschalow<br />

Desembargador Federal Relator<br />

Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001<br />

de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira<br />

- ICP-Brasil, por:<br />

Signatário (a):<br />

Nº de Série do<br />

Certificado:<br />

ANDRE CUSTODIO NEKATSCHALOW:50<br />

4435714E<br />

Data e Hora: 14/5/2010 11:00:35<br />

<strong>AGRAVO</strong> <strong>LEGAL</strong> <strong>EM</strong> <strong>AGRAVO</strong> <strong>DE</strong> <strong>INSTRUMENTO</strong> Nº <strong>0003061</strong>-<br />

92.2010.4.03.0000/SP<br />

RELATOR<br />

AGRAVANTE<br />

ADVOGADO<br />

ENTIDA<strong>DE</strong><br />

ADVOGADO<br />

AGRAVADO<br />

ADVOGADO<br />

PARTE RE'<br />

ORIG<strong>EM</strong><br />

AGRAVADA<br />

No. ORIG.<br />

2010.03.00.003061-5/SP<br />

: Desembargador Federal ANDRÉ NEKATSCHALOW<br />

: Uniao Federal (FAZENDA NACIONAL)<br />

:<br />

MARLY MILOCA DA CAMARA GOUVEIA E AFONSO GRISI<br />

NETO<br />

: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS<br />

: HERMES ARRAIS ALENCAR<br />

: WEBER VIDAL BRANQUINHO<br />

: IANCO J <strong>DE</strong> OLIVEIRA COR<strong>DE</strong>IRO<br />

: VIBRAN IND/ MECANICA LTDA e outro<br />

: SEBASTIAO MACHADO BRANQUINHO<br />

: JUIZO FE<strong>DE</strong>RAL DA 1 VARA <strong>DE</strong> FRANCA Sec Jud SP<br />

: <strong>DE</strong>CISÃO <strong>DE</strong> FOLHAS<br />

: 1999.61.13.003085-2 1 Vr FRANCA/SP<br />

RELATÓRIO<br />

Trata-se do agravo previsto no § 1º do art. 557 do Código de Processo Civil,<br />

interposto pela União contra a decisão de fls. 319/320v., que negou<br />

seguimento ao agravo de instrumento interposto pela recorrente, mantendo<br />

a decisão que, em execução fiscal, reconheceu a ocorrência de prescrição<br />

intercorrente em face do sócio da empresa executada.<br />

A agravante alega, em síntese, que a jurisprudência dominante dos<br />

Tribunais Superiores é no sentido de que a prescrição intercorrente somente<br />

tem lugar quando configurada inércia da exequente, o que não é o caso dos<br />

autos (fls. 324/333).<br />

É o relatório.


Andre Nekatschalow<br />

Desembargador Federal Relator<br />

Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001<br />

de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira<br />

- ICP-Brasil, por:<br />

Signatário (a):<br />

Nº de Série do<br />

Certificado:<br />

ANDRE CUSTODIO NEKATSCHALOW:50<br />

4435714E<br />

Data e Hora: 14/5/2010 11:00:38

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!