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ILA - Unisinos

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Prefácio (à primeira edição)<br />

Mesmo nas questões menos difíceis, a programação de computadores, no seu início<br />

considerada uma arte, hoje considerada uma ciência, requer a aplicação de raciocínios heterodoxos<br />

em relação aos raciocínios utilizados nas soluções dos problemas de outras ciências. Por exemplo,<br />

os problemas elementares da Física tratam basicamente de relacionamentos entre grandezas físicas e<br />

na aplicação destes relacionamentos está a maioria das suas soluções. Em programação, a tentativa<br />

de solução de uma questão é, basicamente, a construção de uma sequências de instruções,<br />

selecionadas dentre um número finito delas, que a sua execução redunda na concretização de uma<br />

tarefa, tarefa especificada na própria questão. Em programação não se trabalha com grandezas nem<br />

com fórmulas. Escrever um programa para resolver questões que um ser humano com um<br />

conhecimento razoável é capaz de resolver facilmente, como, por exemplo, determinar o maior<br />

número de uma relação de números, requer um tipo de raciocínio não usual em outros campos do<br />

conhecimento humano. Raciocínios não usuais, porém agradáveis de serem desenvolvidos e<br />

indispensáveis para aqueles que pretendem lidar com algum ramo da computação.<br />

Além de raciocínios específico (cujo conjunto é chamado lógica de programação), a<br />

programação de computadores, num nível inicial, possui uma outra característica que contribui para<br />

que a sua aprendizagem seja ímpar: o reduzido número e a simplicidade de conceitos que devam ser<br />

aprendidos.<br />

Existem divergências com relação ao melhor modo de iniciar a aprendizagem de<br />

programação: utilizando-se uma pseudolinguagem ou através de uma linguagem de programação.<br />

Os que defendem a primeira hipótese alegam que a utilização de uma pseudolinguagem permitiria<br />

ao aluno aprender de uma forma mais informal, sem a necessidade de aprender aspectos técnicos de<br />

um sistema de computação, permitindo que todo o seu esforço fosse dedicado ao desenvolvimento<br />

da lógica de programação. Os que defendem a segunda estratégia, alegam que execução, num<br />

computador, dos programas desenvolvidos pelo aprendizando trazem um aspecto lúdico ao processo<br />

de aprendizagem que só o beneficia.<br />

Com o <strong>ILA</strong> (Interpretador de Linguagem Algorítmica) a divergência acima referida pode<br />

diminuir significativamente. Devido à simplicidade do formato da linguagem algorítmica utilizada<br />

pelo <strong>ILA</strong>, podemos desenvolver algoritmos utilizando um português estruturado. Devido à<br />

simplicidade do interpretador, podemos desenvolver a aprendizagem de programação utilizando<br />

uma “linguagem de programação” sem se preocupar muito com os aspectos técnicos. Podemos<br />

aprender a programar programando.<br />

O objetivo deste livro é aprender a programar programando. Com isso, o livro busca<br />

enfatizar e contextualizar os conceitos teóricos de modo a facilitar a compreensão do referencial<br />

teórico ali inserido. O livro apresenta diversos exercícios resolvidos, muitos deles bem<br />

significativos em relação ao desenvolvimento da lógica de programação. Centrado neste foco, o<br />

livro apresenta vários exercícios propostos, solicitando programas cuja confecção contribui<br />

sobremaneira para a aprendizagem.<br />

Para atingir o objetivo explicitado acima, o livro contém nove capítulos. O capítulo 1,<br />

intitulado Introdução à Programação, trata dos seguintes assuntos: organização básica de um<br />

computador, linguagem de máquina, algoritmos, lógica de programação, linguagens de alto nível,<br />

sintaxe e semântica de um comando e sistemas de computação. O capítulo 2, Introdução à<br />

Linguagem Algorítmica, discute variáveis simples, expressões aritméticas, relações e expressões<br />

lógicas, estrutura e execução de um programa, comandos de entrada, de saída e de atribuição e<br />

funções pré-definidas.<br />

Por seu turno, o capítulo 3, com o título Estruturas de Seleção, discorre sobre os comandos Se<br />

e Faca caso, enquanto que o capítulo 4, Estruturas de Repetição apresenta os comandos Para<br />

proximo e Faca enquanto. O capítulo 5 estuda as funções e a recursividade e o capítulo 6, as<br />

variáveis compostas.<br />

Já os capítulos 7 e 8 estudam, respectivamente, pesquisa e ordenação e cadeia de caracteres,<br />

enquanto que, finalmente, o capítulo 9 apresenta, com alguns comentários, todos programas que

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