GOVERNO DO ESTADO DO PARANÃ - uri=mineropar.pr.gov
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CAPÍTULO 1<br />
INTRODUÇÃO<br />
A ocupação do território paranaense data de meados do século XVII e<br />
teve como motivação <strong>pr</strong>incipal a busca de ouro a partir do seu litoral.<br />
No período de extração aurífera mais intensa, entre 1680 e 1730, os<br />
aluviões dos rios da vertente Atlântica foram em grande parte “virados de cabeça<br />
para baixo”, isto é, a lavra foi de tal forma intensa que os perfis dos depósitos<br />
sedimentares destas planícies ficaram invertidos, com os materiais finos na base e<br />
os grosseiros no topo.<br />
Passados 300 anos, <strong>pr</strong>aticamente não se detecta em superfície, este<br />
que foi o <strong>pr</strong>imeiro grande impacto ambiental das atividades de extração mineral.<br />
A ocupação do Primeiro Planalto também teve sua semente na busca do<br />
ouro, mas com a descoberta dos jazimentos mais ricos nas Minas de Cataguases-<br />
MG, parcela dos <strong>pr</strong>imeiros aventureiros do ouro optaram por permanecer na terra<br />
dos pinheirais, diversificando seus interesses e fixando residência no planalto em<br />
habitações construídas de pedra e cobertas de telhas de barro. Era o início daquilo<br />
que viria a ser o segmento mais forte da mineração no Paraná e que ganharia<br />
ex<strong>pr</strong>essão com o advento da concentração urbana e da industrialização.<br />
A identificação dos impactos ambientais significativos e dos respectivos<br />
passivos, decorrentes da extração de minérios e minerais, pode ser muito difícil, ou<br />
mesmo impossível, se não se dispuser de registros adequados e tempestivos<br />
destes eventos/atividades. E a administração pública, seja a nível estadual, seja a<br />
nível federal (DNPM), jamais monitorou o resultado das atividades de extração,<br />
deixando por conta da natureza a assimilação dos passivos. Por um lado devido a<br />
característica pontual de atuação da mineração, e por outro lado, pela baixa<br />
intensidade das atividades extrativas, associadas ao desconhecimento/descaso<br />
sobre os ecossistemas envolvidos e o meio ambiente em geral.<br />
O descaso com o registro monitorado dos resultados das atividades<br />
impactantes ainda é um fato corrente, sendo a ação efetiva da administração<br />
pública restrita às fases de licenciamento e verificação/fiscalização de denúncias.<br />
Da época mais recente de intensificação da extração mineral, a partir da<br />
Segunda Guerra, até a época da regulamentação e aplicação da legislação<br />
ambiental no estado, toda uma cultura extrativista foi cristalizada, materializada<br />
pelo estágio atual de abandono e degradação das áreas mineradas no passado,<br />
seja ele mais recente, ou mais remoto.<br />
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