maria do rosário alves de oliveira - Fundação Pedro Leopoldo
maria do rosário alves de oliveira - Fundação Pedro Leopoldo
maria do rosário alves de oliveira - Fundação Pedro Leopoldo
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
25<br />
Segun<strong>do</strong> Gondim, Magalhães e Bastos (2010), o autoconceito vocacional são os<br />
atributos <strong>do</strong> self (que significa a instância reflexiva <strong>do</strong> eu), busca <strong>de</strong> equivalência<br />
entre características que o estudante ou profissional atribui a si mesmo e aquelas<br />
que ele atribui às ocupações. As ativida<strong>de</strong>s profissionais são tomadas como meios<br />
<strong>de</strong> expressão <strong>do</strong> eu, que busca se realizar por meio <strong>do</strong>s papéis <strong>de</strong>sempenha<strong>do</strong>s no<br />
trabalho. Desta forma, as pessoas constroem percepções sobre si próprias a partir<br />
<strong>do</strong>s significa<strong>do</strong>s que o seu ambiente sociocultural lhe transmite. Logo, estereótipos<br />
ocupacionais funcionam como guias e condicionam as escolhas profissionais.<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> escolha vocacional <strong>de</strong> Holland (1996) propõe que os indivíduos e os<br />
ambientes <strong>de</strong> trabalho sejam classifica<strong>do</strong>s em seis tipos e, também, que a busca<br />
pela profissão ten<strong>de</strong> a ser influenciada e orientada por estereótipos, a saber:<br />
realista: valoriza recompensas materiais por conquistas tangíveis;<br />
investigativo: valoriza a aquisição <strong>do</strong> conhecimento;<br />
artístico: valoriza a expressão criativa;<br />
social: valoriza o bem-estar <strong>do</strong> outro;<br />
empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r: valoriza o status social;<br />
convencional: valoriza conquistas materiais e o status social.<br />
No caso da Psicologia, infere-se que a orientação se dá principalmente para o<br />
“social” que valoriza o bem estar <strong>do</strong> outro, trata-se assim <strong>do</strong> estereótipo prioriza<strong>do</strong>.<br />
Assim, ao tomar como base o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Holland (1996) a Psicologia estaria<br />
associada com o tipo social, atraí<strong>do</strong> por tarefas <strong>de</strong> intervenção <strong>do</strong> comportamento<br />
humano para promoção <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, da saú<strong>de</strong> e <strong>do</strong> bem-estar.<br />
De acor<strong>do</strong> com Gondim, Magalhães e Bastos (2010), apesar <strong>de</strong> que uma infinida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s possa ser <strong>de</strong>scrita nesses termos, o atendimento clínico (consultório)<br />
foi reiteradamente i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> como o estereótipo <strong>de</strong> atuação profissional almeja<strong>do</strong><br />
pelos que ingressam nos cursos <strong>de</strong> Psicologia espalha<strong>do</strong>s pelo país e também pelos<br />
egressos em busca <strong>de</strong> uma colocação no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho.<br />
Essa inferência tem interface com a abordagem <strong>de</strong> Gondim, Magalhães e Bastos<br />
(2010), em revisões <strong>de</strong> pesquisas acerca da escolha profissional <strong>do</strong> psicólogo,