Publica o Agenda 21 - Earth Summit 2002
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desagregados por gênero, para apoiar a formulação de políticas e programas. Ao formular metodologias para a<br />
coleta e o uso de dados, é importante reconhecer que as mulheres são tanto produtoras quanto usuárias da<br />
informação. O seu acesso às redes eletrônicas pode garantir mais participação nos processos decisórios<br />
relacionados à produção e regulação do setor de tecnologias de informação e comunicação que é,<br />
tradicionalmente, dominado pelo gênero masculino.<br />
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6. Um dos graves problemas do uso das informações pelas mulheres está diretamente ligado à sua falta de<br />
conhecimento. Há 900 milhões de analfabetos no mundo, dos quais 65% são mulheres. Na América Latina,<br />
essa disparidade é um pouco menor 86.2% das mulheres são alfabetizadas em relação a 98% dos homens.<br />
7. A expansão da tecnologia da informação digital na década de 90 trouxe novas oportunidades de educação mas<br />
também novos desafios para viabilizar o acesso. Essa tecnologia depende do acesso a linhas telefônicas e só<br />
quinze por cento da população mundial tem acesso a 71% das linhas telefônicas disponíveis no mundo. 50%<br />
das pessoas nunca usaram um telefone; enquanto os países desenvolvidos têm em média 50 linhas telefônicas<br />
por 100 habitantes, os países em desenvolvimento podem ter até menos de uma linha por 100 habitantes.<br />
8. Os avanços tecnológicos, especialmente na área da comunicação, têm sido um instrumento importante de<br />
construção de um processo global fundado na democracia e na garantia dos direitos humanos. Redes e<br />
articulações são constituídas em torno de objetivos comuns, de metas bem definidas, que geram a possibilidade<br />
de ações concretas ao nível global.<br />
9. O acesso às novas tecnologias de comunicação, a inclusão digital, é fundamental para empoderar os segmentos<br />
marginalizados da população, viabilizando a globalização da informação. Afinal, informação é poder.<br />
Possíveis soluções:<br />
10. A inclusão digital e universalização do acesso pressupõem três aspectos: conectividade, capacidade e conteúdo.<br />
11. Devem ser estabelecidos mecanismos apropriados para recolher informações que dêem conta da complexidade<br />
das experiências e preocupações das mulheres, simultaneamente identificando problemas, limitações e<br />
oportunidades para aumentar a eqüidade de acesso a recursos e processos decisórios. Os dados devem ser<br />
formatados de forma a facilitar o seu uso e disseminados diretamente às mulheres, no nível local, para serem<br />
usados em ações que influenciem políticas.<br />
12. A conectividade pressupõe acesso a uma linha telefônica e a equipamento, ou seja computador e modem que<br />
viabilizem o acesso. No caso específico da população feminina há que levar em conta os baixos graus de<br />
educação e as dificuldades em lidar com esse tipo de tecnologia.<br />
13. Treinamento e capacitação adequados visam fazer com que as mulheres e as meninas tornem-se não só<br />
usuárias da Internet como também profissionais do amplo e promissor mercado das tecnologias da comunicação<br />
e produtoras de conteúdos para a Internet.<br />
14. É muito importante que os conteúdos que circulam na Internet reflitam uma visão democrática da sociedade.<br />
Os parâmetros fundamentais para superação da pobreza e das disparidades de gênero, raça e etnia devem<br />
estar presentes. A Internet deve se transformar cada vez mais num instrumento de superação das desigualdades<br />
sociais.<br />
15. Construir ambientes nos quais as mulheres se aproximem mais das tecnologias. Cursos gratuitos nas escolas<br />
públicas, criação de espaços virtuais focalizados nas áreas de interesse feminino.<br />
16. Financiar projetos de capacitação para o uso da Internet por mulheres.<br />
17. Priorizar a participação das ONGs feministas e de raça nos processo de seleção do FUST. Os quilombolas<br />
devem ser priorizados para a implantação de Telecentros. A capacitação das mulheres deve ser priorizada em<br />
todas as propostas e projetos de inclusão no uso das TCDIS.<br />
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