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PRINCIPAIS ZONAS DE CONFLITOS NO CONTINENTE AFRICANO<br />
O continente africano é palco de violentos conflitos, étnicos, religiosos e frontiriços que vitimam milhões de pessoas e<br />
forçam outros tantos a se deslocarem de suas regiões, produzindo dramas humanos e massacres terríveis como o acontecido<br />
em Ruanda em 1994, outras áreas sfrem com instabilidade política como revela o mapa a seguir:<br />
Mapa fonte: forum.antinovaordemmundial.com<br />
Líbia: Após a vitória dos rebeldes e a deposição do ditador Muamar Khadafi em 2012, a Líbia não consegui implantar um<br />
regime democrático no país e grupos rivais controlam áreas de produção de petróleo, ocorrendo vários conflitos pela<br />
consolidação do poder.<br />
Egito: A primavera árabe produziu manifestações que culminaram na deposição do ditator Hosni Mubarak em 2011, a<br />
eleição de 2012 paraecia ter transformado o Egito numa democracia, porém, em 2013 um golpe militar destituiu o<br />
presidente Mohamed Mursi, acusando-o de insulflar a guerra civil no país. Desde então os militares estão no poder e a<br />
transferência para um governo civil ainda não foi concluída. A Irmandade Muçulmana voltou à ilegalidade e o expresidente<br />
Mohamed Mursi encontra-se preso aguardando julgamento.<br />
Sudão: Após a criação do Sudão do Sul em 2012, os conflitos froteiriços se acirraram provocando o deslocamento forçado<br />
de milhares de habitantes entre o Sudão e o Sudão do Sul. Outro conflito que já dura décadas nessa região é o de Darfur,<br />
província separatista do oeste sudanês, de maioria animista que luta contra milícias muçulmanas apoiadas por Cartun<br />
(capital do Sudão), onde já morreram mais de 100 mil pessos e forçou o deslocamento de milhões de moradores.<br />
Somália: País situado na região conhecida como Chifre da África, encontra-se sem governo central desde o início dos<br />
anos de 1990. De lá para cá, as milícias muçulmanas controlam o país, promovendo massacres de etnias minoritárias e<br />
implantando a sharia (lei islâmica). São comuns os ataques de piratas somalis a navios que transitam entre o Mar<br />
Vermelho e o Oceano Índico, sequestando as tripulações e exigindo resgate para lberação das embarcações, cargas e<br />
tripulantes. Em 2013, um grupo extremista somali, denominado “al shabab”, praticou um atentado terrorista num shopping<br />
center em Nairóbi, capital do Quênia, em retaliação à retomada de áreas dominadas por esse grupo na Somália por tropas<br />
quenianas.<br />
Mali: Esse país de colonização francesa ocupa terras do Saara, Sahel até as savanas ao sul. Em 2013, rebeldes islâmicos<br />
tomaram o norte do país, ameaçando a parte sul onde se concentra boa parte da população malinesa. Tropas francesas<br />
foram enviadas para protegerem as cidades do sul do país e a força aérea francesa se incubiu de atacar alvos rebeldes ao<br />
norte, frustrando a investida das milícias islâmicas.<br />
Nigéria: Maior economia da África, esse país tem histórico de conflitos étnicos e separatistas como a Guerra de Biafra na<br />
década de 1970. Atualmente, o que chama a atenção são as ações de um grupo extremista islâmico denominado Boko<br />
Haran, que ataca aldeias cristãs e sequestram mulheres como aconteceu recentemente, combatendo a influência da<br />
ocidentalização no país. A Nigéria é o país mais populoso da África, grande exportador de petróleo e membro da OPEP.<br />
Congo: País com grande riqueza mineral, enfrenta desde a independência no início dos anos de 1960, graves conflitos<br />
internos. Atualmente uma missão da ONU, conhecida como MONUSCO, tenta garantir a estabilidade da região, visto que,<br />
os coflitos internos tendem-se a dispersar pelos países vizinhos.<br />
Libéria, República Centro-Africana, Chade, Serra Leoa e muitos outros países sofrem com conflitos internos que agravam<br />
as condições de subdesenvolvimento e ampliam os dilemas humanitários. Novos e persistentes conflitos se desenvolvem<br />
em escalas mais variadas, podendo evoluir para guerras civis ou apenas golpes de estados que depõe os antigos<br />
governantes, sem alterar a realidade sócioeconômica dos habitantes.<br />
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