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PROJETO ORLA - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTESECRETARIA DE QUALIDADE AMBIENTALMINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃOSECRETARIA DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO<strong>PROJETO</strong> <strong>ORLA</strong>MANUAL DE GESTÃO


República Federativa <strong>do</strong> BrasilPresidente: Luis Inácio Lula da SilvaVice-Presidente: José Alencar Gomes da Silva<strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> Meio AmbienteMinistra: Marina SilvaSecretário Executivo: Claudio Roberto Bertol<strong>do</strong> LangoneSecretaria de Qualidade AmbientalSecretário: Victor Zular ZveibilPrograma de Gerenciamento Ambiental TerritorialDiretor: Ru<strong>do</strong>lf NoronhaProjeto de <strong>Gestão</strong> Integrada <strong>do</strong>s Ambientes Marinho e CosteiroGerente: Ademilson Zamboni<strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> <strong>Planejamento</strong>, <strong>Orçamento</strong> e <strong>Gestão</strong>Ministro: Paulo Bernar<strong>do</strong> SilvaSecretário Executivo: João Bernar<strong>do</strong> de Azeve<strong>do</strong> BringelSecretaria <strong>do</strong> Patrimônio da UniãoSecretária: Alexandra ReschkeDepartamento de <strong>Gestão</strong> PatrimonialDiretora: Paula SantosCoordenação Geral de Projetos EspeciaisGerente: Raquel Roland Vilanova


APRESENTAÇÃOO Projeto de <strong>Gestão</strong> Integrada da Orla Marítima – Projeto Orla, surge como uma açãoinova<strong>do</strong>ra no âmbito <strong>do</strong> Governo Federal, conduzida pelo <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> Meio Ambiente,por meio da Secretaria de Qualidade Ambiental, e pela Secretaria <strong>do</strong> Patrimônio daUnião <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> <strong>Planejamento</strong>, <strong>Orçamento</strong> e <strong>Gestão</strong>, buscan<strong>do</strong> implementar umapolítica nacional que harmonize e articule as práticas patrimoniais e ambientais com oplanejamento de uso e ocupação desse espaço que constitui a sustentação natural eeconômica da Zona Costeira.Nessa concepção encontra-se o desafio em lidar com a diversidade de situações representadaspela extensão dessa faixa, que atinge 8.500km e aproximadamente 300 municípioslitorâneos, que perfazem, segun<strong>do</strong> o último censo, população em torno de 31 milhõesde habitantes. Subjacente aos aspectos de territorialidade, encontra-se a crescentegeração de conflitos quanto à destinação de terrenos e demais bens de <strong>do</strong>mínio daUnião, com reflexos nos espaços de convivência e lazer, especialmente as praias, bensde uso comum <strong>do</strong> povo.Esse cenário de natureza complexa iluminou a construção <strong>do</strong>s procedimentos técnicospara a gestão da nossa orla expressos nas publicações.Projeto Orla: Fundamentos para gestão integrada – que apresenta a estrutura conceitual e osarranjos político-institucionais como base para orientar e avançar na descentralização dagestão da orla para a esfera municipal. Focaliza a importância <strong>do</strong> Projeto como estratégiade resgate da atratividade desse espaço democrático de lazer, além <strong>do</strong>s aspectos intrínsecosde gestão patrimonial que interagem para a sustentabilidade das ações de gestãopropostas pelos municípios.Projeto Orla: Subsídios para um Projeto de <strong>Gestão</strong> – reúne os estu<strong>do</strong>s preliminares, quederam subsídios à elaboração de um projeto dessa natureza, analisan<strong>do</strong> sua base legal,seus antecedentes institucionais e explicitan<strong>do</strong> seus fundamentos teóricos.Guia de Implementação <strong>do</strong> Projeto Orla – detalha o fluxo de atividades, atribuições e encaminhamentos<strong>do</strong> Projeto, contribuin<strong>do</strong> para organização de uma agenda institucionalnas três esferas de governo e destacan<strong>do</strong> os mecanismos de envolvimento e participaçãoda sociedade no processo de gestão.O presente <strong>do</strong>cumento – Projeto Orla: Manual de <strong>Gestão</strong> – orienta, por meio de linguagemtécnica e simplificada o diagnóstico, a classificação, a caracterização da situação atual, acomposição de cenários de usos deseja<strong>do</strong>s e respectivas ações na orla para alcançá-los.Esse elenco de ações consolida-se em um Plano de <strong>Gestão</strong>, que adquire legitimidadequan<strong>do</strong> busca formas efetivas de articulação e parcerias entre o governo e a sociedade.Assim, a Coordenação Nacional <strong>do</strong> Projeto Orla está disponibilizan<strong>do</strong> mais um instrumento,que incorpora a visão estratégica de planejamento ao contexto da gestão integrada,buscan<strong>do</strong> dar identidade local à solução de conflitos, e à manutenção das riquezasnaturais, culturais e sociais <strong>do</strong> litoral brasileiro.Victor Zular ZveibilSecretário de Qualidade AmbientalAlexandra ReschkeSecretária <strong>do</strong> Patrimônio da União


Catalogação na FonteInstituto <strong>do</strong> Meio Ambiente e <strong>do</strong>s Recursos Naturais RenováveisP962Projeto orla: manual de gestão / <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> Meio Ambiente, <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong><strong>Planejamento</strong>, <strong>Orçamento</strong> e <strong>Gestão</strong>. – Brasília: MMA, 2006.p. 88 : il. color. ; cmBibliografiaISBN 85-7738-050-51. Orla marinha. 2. Qualidade ambiental. 4. Conservação da natureza.I. <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> Meio Ambiente. II. Secretaria de Qualidade Ambiental.III. <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> <strong>Planejamento</strong>, <strong>Orçamento</strong> e <strong>Gestão</strong>. IV. Título.CDU (2.ed.) 504.06 (81:210.5)Equipe de elaboraçãoCoordenação geralAdemilson Zamboni (MMA)Raquel Roland Vilanova (SPU)Coordenação técnicaMárcia Lima de Oliveira (MMA)Raquel Vilanova (SPU)ConsultoresAntônio Carlos Robert de MoraesElisabeth de SierviSilvio Soares Mace<strong>do</strong>Kátia RamosDjair FalcãoFrancine SakataProjeto gráfico e diagramaçãoFrancine SakataDenis CossiaIlustraçõesSilvio Soares Mace<strong>do</strong>CapaFábio Namiki<strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> Meio AmbienteSecretaria de Qualidade AmbientalProjeto <strong>Gestão</strong> Integrada <strong>do</strong>s Ambientes Costeiro e MarinhoEsplanada <strong>do</strong>s <strong>Ministério</strong>s, Bl. B, 8º andar, Sala 833CEP 70068.900 Brasília/ DFTel. (61) 4009.1161/ 1025 (GERCOM)e-mail: projeto.orla@mma.gov.brwww.mma.gov.br/projetoorla<strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> <strong>Planejamento</strong>, <strong>Orçamento</strong> e <strong>Gestão</strong>Secretaria <strong>do</strong> Patrimônio da UniãoEsplanada <strong>do</strong>s <strong>Ministério</strong>s, Bl. C, 2º andar, Sala 200CEP 70046.900 Brasília/ DFTel. (61) 3313.1935/ 1336 (SPU)e-mail: projetoorla@planejamento.gov.br.


SUMÁRIO7 Introdução911121314212529374446Oficina IEstrutura da oficina IEtapa 1. Apresentação da dinâmica de capacitaçãoEtapa 2. Fundamentos <strong>do</strong> Projeto Orla, da gestão costeira e patrimonialAtividade 2.1 Aula expositiva sobre os fundamentos para gestão da orlaAtividade 2.2 Apresentação <strong>do</strong>s instrumentos <strong>do</strong> gerenciamento costeiroAtividade 2.3 Apresentação sobre a gestão patrimonialEtapa 3. Caracterização da área de interesseAtividade 3.1 Apresentação das informações sistematizadas no <strong>do</strong>ssiê sobre o municípioAtividade 3.2 Apresentação <strong>do</strong>s projetos previstos para a orla <strong>do</strong> municípioAtividade 3.3 Construção de Quadro Síntese 1 de problemas e potenciais da orlaAtividade 3.4 Apresentação de critérios para avaliação da PaisagemAtividade 3.5 Identificação de elementos da paisagem local na definição das UnidadesAtividade 3.6 Demarcação de trechos com homogeneidade paisagísticaEtapa 4. Classificação preliminar de trechos da orlaAtividade 4.1 Classificação das unidades e <strong>do</strong>s trechos demarca<strong>do</strong>sAtividade 4.2 Construção <strong>do</strong> Quadro Síntese 2 das unidades e <strong>do</strong>s trechos demarca<strong>do</strong>sEtapa 5. Delimitação da orla municipalAtividade 5.1 Apresentação da situação patrimonial localAtividade 5.2 Identificação <strong>do</strong>s conflitos fundiários e bens da União – preenchimento <strong>do</strong> quadro 3Atividade 5.3 Apresentação de critérios para delimitação da faixa de orlaAtividade 5.4 Delimitação da faixa de orlaEtapa 6. Diagnóstico de campoAtividade 6.1 Preparação <strong>do</strong> trabalho de campoAtividade 6.2 Parâmetros de qualidade ambientalAtividade 6.3 Construção <strong>do</strong>s perfis, por meio da observação e identificação <strong>do</strong>s elementosconceituais estuda<strong>do</strong>sAtividade 6.4 Revisão da demarcação, classificação e caracterização <strong>do</strong>s trechos e da faixa de orlaAtividade 6.5 Organização <strong>do</strong>s perfis da orlaAtividade 6.6 Complementação de Quadro Síntese 2 para cada trecho da orlaEtapa 7. Formulação de cenários para a orlaAtividade 7.1 Construção de cenários: tendência e deseja<strong>do</strong>Atividade 7.2 Redação de texto sobre caracterização <strong>do</strong>s cenáriosAtividade 7.3 Apresentação e discussão de resulta<strong>do</strong>sAtividade 7.4 Visualização <strong>do</strong>s cenáriosEtapa 8. <strong>Planejamento</strong> das açõesAtividade 8.1 Construção <strong>do</strong> quadro de ações e medidas estratégicasEtapa 9. Agenda da ConsolidaçãoAtividade 9.1 Dinâmica da consolidação <strong>do</strong> diagnósticoAtividade 9.2 Pactuação da agenda da consolidação <strong>do</strong> diagnóstico


IntroduçãoEste manual permite aos participantes da Oficina de Capacitação <strong>do</strong> Projeto Orla executar,de forma didática e organizada, as atividades para a elaboração <strong>do</strong> diagnóstico, classificação,formulação de cenários e planejamento das ações, incluin<strong>do</strong> a temática de regularizaçãofundiária, que embasarão a construção <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong> Integrada da orla, produto finalda Oficina.No Plano de <strong>Gestão</strong> estarão delineadas as ações necessárias para a solução das questõesrelacionadas ao uso e ocupação <strong>do</strong>s espaços litorâneos, identificadas e discutidas duranteo processo de capacitação, da qual participam representantes de setores com interessesincidentes na orla (exemplo: associações <strong>do</strong> setor produtivo, organizações nãogovernamentais,entidades de trabalha<strong>do</strong>res, movimentos populares, etc). Assim, o conjuntodas ações definidas no Plano fortalece e efetiva o compromisso de compartilhamentoadministrativo, servin<strong>do</strong> também de parâmetros para a avaliação <strong>do</strong> andamento das atividadesprevistas.A capacitação de gestores se dá em três etapas. A primeira (Oficina I) com duração decinco dias, é coordenada por instrutores especializa<strong>do</strong>s apoia<strong>do</strong>s por membros da CoordenaçãoEstadual (Gerência Regional <strong>do</strong> Patrimônio da União/ GRPU e Órgão Estadualde Meio Ambiente/ OEMA), e tem como objetivo capacitar para a elaboração de diagnósticosambiental e socioeconômico simplifica<strong>do</strong>s, classificação e construção de cenáriosde uso e ocupação da orla. Nessa etapa, também é apresenta<strong>do</strong> o roteiro para elaboração<strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>, com orientações sobre como identificar os problemas, os atoresenvolvi<strong>do</strong>s e formulação de propostas para o enfrentamento das situações observadaspara o alcance de cenários desejáveis.Na segunda etapa é momento de consolidar as informações geradas, as quais servirão desubsídio à elaboração <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong> Integrada propriamente dito. Essa fase é realizadapela equipe local e conta com a assistência à distância <strong>do</strong>s instrutores e da CoordenaçãoEstadual. Seus produtos finais são os diagnósticos consolida<strong>do</strong>s e um primeiroescopo da relação <strong>do</strong>s problemas decorrentes e ações para solucioná-los.A terceira etapa (Oficina II), com duração de três dias, está voltada para a consolidaçãodas propostas de ação, o preenchimento de eventuais lacunas no diagnóstico e, sobretu<strong>do</strong>,à definição de estratégias para execução, acompanhamento, avaliação e cronogramade implementação <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong> Integrada.7ETAPAS DO <strong>PROJETO</strong> <strong>ORLA</strong>VocêestáaquiMANUAL DE GESTÃOGeração deinsumos emobilização(MMA/ SQAe MP/ SPU)Apresentação,sensibilização,articulação eapoioestadualArticulação e Preparação Oficina Iinstrumentalização da atividademunicipalDiagnóstico,localClassificação,Delimitação daorla e CenáriosConsolidação<strong>do</strong>diagnósticoOficina II<strong>Planejamento</strong>das açõesConsolidaçãoda VersãoPreliminar <strong>do</strong>Plano de<strong>Gestão</strong> IntegradaAdesão <strong>do</strong>municípioVersão Preliminar <strong>do</strong>Plano de <strong>Gestão</strong> Integradacom o elenco de problemas eas correspondentes linhas de ação


Ao final das três etapas é produzida uma versão preliminar<strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong> Integrada, que será devidamente revisadaem sua forma e conteú<strong>do</strong> pelo respectivo instrutor, eencaminhada à Coordenação e à Comissão Técnica Estadualpara análise e aprovação. O detalhamento desse fluxoencontra-se no Guia de Implementação.As referências para a execução das atividades aqui propostasestão reunidas em Fundamentos para <strong>Gestão</strong> Integrada.Fortaleça sua participação8Como primeira ação recomenda-se a leitura e o estu<strong>do</strong> atento <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentosFundamentos para <strong>Gestão</strong> Integrada, Subsídios para um Projeto de <strong>Gestão</strong>e o Guia de Implementação que acompanham esse material.Procure ler com cuida<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os conceitos apresenta<strong>do</strong>s, anotan<strong>do</strong> suasdúvidas e sínteses sobre os principais pontos aborda<strong>do</strong>s.


Estrutura da Oficina INo quadro a seguir estão apresentadas as etapas, atividades, a dinâmica a ser empregadanos trabalhos e respectivos produtos a serem obti<strong>do</strong>s na Oficina I.Etapas da Oficina IEtapasAtividades/ DinâmicaResponsável/ParticipanteProdutos1.Apresentação dadinâmica decapacitação1.1 Apresentação das atividadesa serem desenvolvidasInstrutores• Conhecimento dasatividades a seremdesenvolvidas2.Fundamentos <strong>do</strong>Projeto Orla, dagestão costeira epatrimonial2.1 Aula expositiva sobre osfundamentos para gestão daorla2.2 Apresentação <strong>do</strong>s instrumentos<strong>do</strong> gerenciamento costeiro2.3 Apresentação sobre gestãopatrimonialInstrutoresOEMA/ GERCOGRPU• Apreensão <strong>do</strong>sfundamentos <strong>do</strong>Projeto• Reconhecimentodas ações <strong>do</strong>GERCO e da GRPU3.Caracterização daárea de interesse3.1 Apresentação das informaçõessistematizadas no<strong>do</strong>ssiê sobre o município3.2 Apresentação <strong>do</strong>s projetosprevistos para a orla <strong>do</strong>município3.3 Construção <strong>do</strong> Quadrosíntese 1 de problemas epotenciais da orla3.4 Apresentação de critériospara avaliação da paisagem3.5 Identificação de elementosda paisagem local3.6 Demarcação de trechos comhomogeneidade paisagísticaInstrutoresOEMA, GRPU ePrefeitura MunicipalInstrutores eparticipantesInstrutoresParticipantesParticipantes• Reconhecimento darealidade local• Quadro síntese 1• Apreensão <strong>do</strong>sfundamentos deavaliaçãopaisagística• Primeira aproximaçãográfica <strong>do</strong>sconceitospaisagísticos nocontexto local• Mapa com definiçãodas unidades etrechos da orla114.Classificação preliminarde trechos da orla4.1 Classificação das unidades e<strong>do</strong>s trechos demarca<strong>do</strong>s4.2 Construção de Quadrosíntese 2 das unidades e<strong>do</strong>s trechos demarca<strong>do</strong>sInstrutores eparticipantesInstrutores eparticipantes• Mapa com aclassificaçãopreliminar da orla• Quadro síntese 25.Delimitação da orlamunicipal5.1 Apresentação da situaçãopatrimonial local5.2 Identificação <strong>do</strong>s conflitosfundiários e bens da União –preenchimento <strong>do</strong> Quadro 35.3 Apresentação de critérios paradelimitação da faixa da orla5.4 Delimitação da faixa de orlaGRPUParticipantesParticipantesParticipantes• Apreensão <strong>do</strong>sfundamentos dedelimitação da áreade interesse• Identificação <strong>do</strong>sconflitos fundiários ebens da União• Mapa com faixa deorla demarcada


EtapasAtividades/ DinâmicaResponsável/ParticipanteProdutos6.Diagnóstico decampo6.1 Preparação <strong>do</strong> trabalho decampo6.2 Parâmetros de qualidadeambiental6.3 Construção <strong>do</strong>s perfis, pormeio da observação e identificação<strong>do</strong>s elementosconceituais estuda<strong>do</strong>s6.4 Revisão da demarcação,classificação e caracterização<strong>do</strong>s trechos e da faixa de orlaInstrutores eparticipantesInstrutoresInstrutores eparticipantesInstrutores eparticipantes• Visita de campo• Perfis <strong>do</strong>s trechosde interesse• Revisão daclassificação <strong>do</strong>trecho da orlaseleciona<strong>do</strong>• Quadro síntese 2complementa<strong>do</strong>6.5 Organização <strong>do</strong>s perfis da orlaParticipantes6.6 Complementação <strong>do</strong> Quadrosíntese 2 para cada trecho daorlaInstrutores eparticipantes7.Formulação decenários para a orla7.1 Construção de cenários:tendência e deseja<strong>do</strong>7.2 Redação de texto sobrecaracterização <strong>do</strong>s cenários7.3 Apresentação e discussão deresulta<strong>do</strong>s7.4 Visualização <strong>do</strong>s cenáriosParticipantesParticipantesInstrutores eparticipantesInstrutores eparticipantes• Definição e descrição<strong>do</strong>s cenáriosatual e prospectivo(tendencial edeseja<strong>do</strong>)128.<strong>Planejamento</strong> dasações8.1 Construção <strong>do</strong> quadro deações e medidas estratégicasInstrutores eparticipantes• Desenho preliminardas ações paraalcançar o cenáriodeseja<strong>do</strong>9.Agenda daConsolidação9.1 Dinâmica da consolidação <strong>do</strong>DiagnósticoInstrutores eparticipantes• Definição daAgenda de consolidação9.2 Pactuação da agenda daconsolidação <strong>do</strong> diagnósticoInstrutores eparticipantes• Fichas preenchidas• Conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> planosistematiza<strong>do</strong>.etapa1. Apresentação da dinâmica decapacitaçãoApresentação da estratégia meto<strong>do</strong>lógica a<strong>do</strong>tada no Projeto Orlae definição de procedimentos de trabalhos, horários e acor<strong>do</strong>s deconvivência.


etapa2.Fundamentos <strong>do</strong> Projeto Orla,da gestão costeira e patrimonialAtividade 2.1Aula expositiva sobre os fundamentos para gestão da orlaApresentação das bases conceituais <strong>do</strong> Projeto, destacan<strong>do</strong> as peculiaridades <strong>do</strong>s espaçoslitorâneos, os critérios de definição e delimitação da Zona Costeira e da orla.Atividade 2.2Apresentação <strong>do</strong>s instrumentos <strong>do</strong> gerenciamento costeiroApresentação, pela Coordenação Estadual de Gerenciamento Costeiro (GERCO), dasquestões relativas ao Gerenciamento Costeiro Estadual e os seus instrumentos disponíveis.Atividade 2.3Apresentação sobre gestão patrimonialApresentação, pela Gerência Regional <strong>do</strong> Patrimônio da União (GRPU), <strong>do</strong>s aspectos dapolítica patrimonial, enfocan<strong>do</strong> a importância <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong> da orla na prática daSecretaria <strong>do</strong> Patrimônio da União e sua interface com o programa de regularização fundiáriae demais programas e ações.13Produtos desta etapa• Apreensão <strong>do</strong>s fundamentos <strong>do</strong> Projeto• Reconhecimento das ações <strong>do</strong> GERCO e GRPUVocê estáaquiEtapas da Oficina I1. 2.Apresentaçãodadinâmica decapacitaçãoFundamentos<strong>do</strong> ProjetoOrla, dagestãocosteira epatrimonial3.Caracterizaçãoda áreade interesse4.Classificaçãopreliminar<strong>do</strong>s trechosda orla5.Delimitaçãoda orlamunicipal6.Diagnósticode campo7. 8.Formulação <strong>Planejamento</strong>de cenários das açõespara a orla9.Agenda daConsolidação


etapa3. Caracterização da área de interesse1. 2.Apresentaçãodadinâmica decapacitaçãoFundamentos<strong>do</strong> ProjetoOrla, dagestãocosteira epatrimonialVocê estáaqui3.Caracterizaçãoda áreade interesse4. 5.Classificaçãopreliminarde trechosda orlaDelimitaçãoda orlamunicipal6.Diagnósticode campo7.Formulaçãode cenáriospara a orlaEtapas da Oficina I8.<strong>Planejamento</strong>das ações9.Agenda daConsolidaçãoAtividade 3.1Apresentação das informações sistematizadas no <strong>do</strong>ssiê sobre o município14Nesta atividade, serão apresentadas, resumidamente, as informações de maior relevânciareunidas no <strong>do</strong>ssiê prepara<strong>do</strong> pela Coordenação Estadual <strong>do</strong> Projeto. O <strong>do</strong>ssiê temcomo base o levantamento das principais leis e instrumentos que regulamentam o uso ea ocupação <strong>do</strong> litoral, e que se integrarão ao diagnóstico da orla <strong>do</strong> município.Atividade 3.2Apresentação <strong>do</strong>s projetos previstos para a orla <strong>do</strong> municípioOportunidade para que representantes <strong>do</strong>s diversos setores com atuação na orla apresentemprojetos e programas previstos para a área. Estes da<strong>do</strong>s deverão ser incorpora<strong>do</strong>sà construção <strong>do</strong>s cenários atuais ou tendenciais e deverão ser resgata<strong>do</strong>s no momentode definir as ações.Atividade 3.3Construção de Quadro Síntese 1 de problemas e potenciais da orlaCom base nas informações apresentadas (<strong>do</strong>ssiê, projetos previstos, instrumentos <strong>do</strong>GERCO e da GRPU), será construí<strong>do</strong> um quadro síntese com os principais problemas epotenciais existentes na orla como um to<strong>do</strong>. Trata-se de um apontamento <strong>do</strong>s problemasrelaciona<strong>do</strong>s a fatos sociais e urbanísticos, onde a dinâmica ambiental pode estar associadaa investimentos futuros, públicos e priva<strong>do</strong>s.


EXEMPLO DE APLICAÇÃOO quadro a seguir exemplifica os resulta<strong>do</strong>s que podem ser obti<strong>do</strong>s com aconstrução <strong>do</strong> Quadro Síntese 1 (adapta<strong>do</strong> a partir da experiência em um trecho<strong>do</strong> litoral <strong>do</strong> Piauí).QUADRO SÍNTESE 1Configuração local e usosProblemasPotenciaisProjetos previstosou em implantação• Áreas de interesseecológico e ambientalna porção estuarina• Praias sem ocupaçãourbana• Dunas móveis• Dunas fixas• Lagoas e faixa de matade restinga entre a praiae o interior• Urbanização com finsturísticos, concentradaem um ponto• Acesso facilita<strong>do</strong> porestrada asfaltada• Pólo turístico local• Grandes áreas de propriedadeprivada. Pouco <strong>do</strong>míniopúblico <strong>do</strong> espaço da Ilha.• APA – área de proteçãoambiental não regulamentada• Desmatamento pontual• Fluxo turístico concentra<strong>do</strong>em um perío<strong>do</strong> curto <strong>do</strong> ano• Ausência de rede coletora deesgoto• Disposição inadequada deresíduos sóli<strong>do</strong>s• Ausência de normasurbanísticas locais, código deobras, plano diretor• Dificuldade de ocupação <strong>do</strong>solo devi<strong>do</strong> ao lençol freáticosuperficial• Interesse imobiliário-turísticolatente• Incremento dapesca ecarcinicultura• Instalação deestruturas turísticoecológicas• Instalação deparques e áreas deconservaçãopúblicas• Crescimento econsolidação comopólo turístico decaráter nãosazonal• Empreendimento deprogramas dedesenvolvimento deturismo e deaqüicultura• Implantação deunidade deconservação• Projeto deurbanização da orla15Atividade 3.4Apresentação de critérios para avaliação da paisagemAula expositiva conduzida pelo(s) instrutor(es), com apresentação <strong>do</strong>s conceitos e fundamentospaisagísticos – adequa<strong>do</strong>s à realidade local – a serem utiliza<strong>do</strong>s nas próximasetapas da capacitação.Atividade 3.5Identificação de elementos da paisagem localOrienta<strong>do</strong>s pelos instrutores, os participantes farão uma primeira aproximação gráfica<strong>do</strong>s conceitos para diagnóstico paisagístico, utilizan<strong>do</strong> mapas ou outras bases cartográficasdisponíveis com escala compatível (preferencialmente 1:25.000 ou 1:10.000 e, excepcionalmente,1:50.000). Deverá ser da<strong>do</strong> destaque para:Unidades de paisagem;Tipos de orla;Estruturas de cobertura.


CAMPOBALNEÁRIOUNIDADE 1CAMPOMANGUEZAL CIDADEUNIDADE 2UNIDADE 3MORROS COMCOSTÃOEste desenho mostra três unidadesdefinidas por conjuntos de morrosem arco, forman<strong>do</strong> enseadas. Acidade e o manguezal constituemseclaramente em matrizes,enquanto o balneário na unidade1 é um fragmento.A unidade 1 tem pouca ocupação,grande presença de coberturavegetal nativa e um núcleo urbanode algum porte, que poucointerfere na dinâmica ambientaloriginal.A unidade 2 pode ser subdivididaem <strong>do</strong>is setores distintos, ummanguezal que tem interface comuma área totalmente urbanizada ea cidade.A unidade 3 é ocupadatotalmente por matas nativas, comalgumas porções em processo derecomposição.16 EXEMPLO DE APLICAÇÃOUnidades de paisagem em Icapuí/ CE


Em Icapuí, a UNIDADE I é caracterizada peloparedão de falésias vivas e pela presença dedunas onde podem ser encontra<strong>do</strong>s artefatosarqueológicos.A UNIDADE II é caracterizada por uma planíciede maré que se estende por 3 km em direção aomar, por um vasto manguezal e por uma extensaplanície de coqueiros de grande beleza eimportância histórica e cultural.A UNIDADE III é área de dunas ondeencontram-se as vegetações pioneiraspsamófila, estan<strong>do</strong> <strong>do</strong>minada por plantas deporte herbáceo importantes no processo deestabilização inicial das dunas.17OUTROS EXEMPLOSMangaratiba/ RJ, sobre mapaUnidades de PaisagemDivisa oeste – Píer 51Píer 51 – CentroCentro – SahySahy – MuriquiMuriqui – Divisa lesteIlhas de ItacuruçáIlha da Marambaia


Bombinhas/ SC,trabalho feitosobre foto aéreaItajaí/ SC18To<strong>do</strong>s esses conceitos e elementos estão apresenta<strong>do</strong>s emFundamentos para <strong>Gestão</strong> Integrada, no Capítulo 5:Tipos Genéricos de Orla Marítima, na tabela “Tipologias da Orla”..


Atividade 3.6Demarcação de trechos com homogeneidade paisagísticaCom base no produto da atividade anterior (mapa conten<strong>do</strong> as unidades de paisagem),a orla será subdividida em trechos, de mo<strong>do</strong> a facilitar sua classificação e o delineamentodas futuras ações de gestão.EXEMPLOS DE APLICAÇÃOMacapá/ AP19Itajaí/ SC


Fique atentoA homogeneidade identificada na individualização de cada trecho, podeadvir das características mais variadas.Em certo segmento, a unidade <strong>do</strong> conjunto pode, por exemplo, serresultante de um padrão urbanístico ou <strong>do</strong> nível de adensamento daocupação local (assentamento de baixa renda, con<strong>do</strong>mínio fecha<strong>do</strong>,edifícios, etc). Noutro segmento, o meio natural pode ser o elemento dehomogeneização, como por exemplo, um acidente topográfico (um costão,ou uma colina), ou um tipo de vegetação (manguezal, pântano salga<strong>do</strong>, etc).SILVIO MACEDOFRANCINE SAKATASILVIO MACEDO20Urbanização emBertioga/ SPCostão em Ubatuba/ SPPraias no litoral sul<strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> NorteProdutos desta etapa• Reconhecimento da realidade local• Apreensão <strong>do</strong>s fundamentos de avaliação paisagística• Primeira aproximação gráfica <strong>do</strong>s conceitos paisagísticos no contexto local• Mapa com definição das unidades e trechos da orla• Quadro síntese 1 – problemas e potenciais da orla


etapa4. Classificação preliminar de trechos da orlaVocê estáaquiEtapas da Oficina I1.Apresentaçãodadinâmica decapacitação2.Fundamentos<strong>do</strong> ProjetoOrla, dagestãocosteira epatrimonia3.Caracterizaçãoda áreade interesse4.Classificaçãopreliminarde trechosda orla5.Delimitaçãoda orlamunicipal6.Diagnósticode campo7.Formulaçãode cenáriospara a orla8.<strong>Planejamento</strong>dasações9.Agenda daConsolidaçãoReunin<strong>do</strong> os produtos anteriores e valen<strong>do</strong>-se da base conceitual sobre as tipologias daorla (suporte físico e forma de ocupação), além <strong>do</strong> conhecimento de cada participantesobre as formas de uso, problemas e potenciais de cada trecho, será feito um primeiroenquadramento em classes A, B ou C.A classificação da orla possibilita a identificação de diferentes situações <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> atualde um da<strong>do</strong> trecho da orla, levan<strong>do</strong> à orientação de estratégias de ação para alcançar ocenário deseja<strong>do</strong>.21Para levar em conta!Classe Apossui correlação com os tipos de orla que apresentam baixíssima ocupação,com paisagens com alto grau de originalidade e baixo potencial de poluição,poden<strong>do</strong> incluir orlas de interesse especial. São trechos de orla onde a preservaçãoe conservação das características e funções naturais devem serpriorizadas.Classe Bpossui correlação com os tipos de orla que apresentam de baixo a médioadensamento de construções e população residente, com indícios de ocupaçãorecente, paisagens parcialmente antropizadas e médio potencial de poluição,poden<strong>do</strong> incluir orlas de interesse especial. São trechos <strong>do</strong> litoral onde os usossão compatíveis com a conservação da qualidade ambiental e os que tragambaixo potencial de impacto, devem ser estimula<strong>do</strong>s.Classe Capresenta médio a alto adensamento de construções e populações residentes,com paisagens antropizadas, multiplicidade de usos e alto potencial de poluição– sanitária, estética, sonora e/ ou visual, poden<strong>do</strong> incluir orlas de interesseespecial. São trechos de orla onde os usos não podem ser exigentes quantoaos padrões de qualidade, sen<strong>do</strong>, portanto, locais com alto potencialimpactante, inclusive para seus entornos.


Atividade 4.1Classificação das unidades e <strong>do</strong>s trechos demarca<strong>do</strong>sPara realizar esta etapa, os participantes, dividi<strong>do</strong>s em grupos, deverão discutir e apontarno mapa produzi<strong>do</strong> na atividade anterior em qual classe cada um <strong>do</strong>s trechos seenquadra.Na conclusão será feita uma exposição em plenária justifican<strong>do</strong> tecnicamente oenquadramento proposto para cada trecho trabalha<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> possível o aporte de novasinterpretações quanto à classificação <strong>do</strong>s mesmos, além da definição “consensual”sobre o enquadramento da orla como um to<strong>do</strong>.O Decreto n.° 5.300/ 2004 estabelece os critérios paraenquadramento da orla em cada classe genérica, os quais tambémestão detalha<strong>do</strong>s em Fundamentos para <strong>Gestão</strong> Integrada,no capítulo 8: Classificação da orla.22Os exemplos a seguir mostram as duas principais formas de configurações de unidadesde paisagens, aquela definida claramente por estruturas <strong>do</strong> suporte físico, como falésias,morros, etc e/ ou aquela cuja configuração é estabelecida pelas características de cobertura,tanto de vegetação (nativa ou não), quanto de urbanização.EXEMPLOS DE APLICAÇÃOPMCSA/ PLANO DE GESTÃOCPRH/ GERCO/ PLANO DE GESTÃOPMCSA/ PLANO DE GESTÃOVista da Praia de Itapoama, Cabode Santo Agostinho/ PE, classe AUnidade rústica, com baixaocupação e presença de amplasáreas verdes onde se sobressaemos coqueirais e a Mata Atlântica(manguezais incluí<strong>do</strong>s), pontuadapela área loteada de Itapuama ePaiva.Praia de Xaréu, Cabo de SantoAgostinho/ PE, classe BBaixa ocupação, excetuadas asocupações irregulares na faixa depraia em Xaréu e poucasedificações <strong>do</strong> Loteamento Praia deItapuama. Na foto, comércioaproprian<strong>do</strong>-se da areia da praia.Ao fun<strong>do</strong>, resquícios de MataAtlântica.Praia <strong>do</strong> Boto, Enseada <strong>do</strong>s Corais,Cabo de Santo Agostinho/ PE,classe CUnidade com características desemi-rústica a urbana comum.Ocupação consolidada e emprogressiva densificação, praiacom resquícios de mangue, alémdas pedras que a delimitam e quecontrastam com a faixa loteada


PLANO DE GESTÃOPraia da Cal, Torres/ RS, classe CCosta <strong>do</strong> Sauípe/ BA, classe BDINA HAUZMANGuarujá/ SP, classe CSILVIO MACEDOSILVIO MACEDOSILVIO MACEDOSILVIO MACEDOPedra <strong>do</strong> Sal (PI), classe ALuís Correia/ PI, classe BVilarejo de Cajueiro da Praia/ PIclasse A23Atividade 4.2Construção <strong>do</strong> Quadro Síntese 2 das unidades e <strong>do</strong>s trechos demarca<strong>do</strong>sTen<strong>do</strong> em mãos o mapa conten<strong>do</strong> os trechos da orla e as respectivas classes em que seenquadram, e consideran<strong>do</strong> as demais informações levantadas e analisadas, seráconstruí<strong>do</strong>, com a mediação <strong>do</strong>(s) instrutor(es), um segun<strong>do</strong> quadro síntese com osprincipais problemas e potenciais de cada trecho da orla.EXEMPLOS DE APLICAÇÃOCaracterização da orlaA orla apresenta paisagens naturais de grande valor cênico, compostas por dunas fixase móveis, lagoas, canais fluviais, ilhas, vegetação de restinga e manguezais. A regiãofoi alvo de desmatamento, na década de 1970, com a ocupação de um pedaço daregião próximo à área central por con<strong>do</strong>mínios de casas de veraneio, investimento quena época buscava transformar a cidade em um local turístico. Na época de férias, emalta temporada, a população da cidade chega a triplicar. Há, ainda, a presença decomunidades tradicionais de pesca<strong>do</strong>res, que sem o título definitivo de suas terras, sevê constantemente ameaçada pela especulação imobiliária e pela instalação deempreendimentos turísticos.Trecho da PrainhaO fluxo sazonal de turistas e veranistas na orla neste trecho, assim como toda suadinâmica social e econômica, podem ser considera<strong>do</strong>s como uma das principais fontes


de impacto nessa região. Esta tendência foi agravada após a construção da ro<strong>do</strong>viaXX-00 Sul que facilitou o acesso às praias <strong>do</strong> litoral sul, estimulan<strong>do</strong> o surgimento desegunda residência, com ocupações de médio e alto padrão.Essa ocupação, além de influenciar a vida e costumes <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res locais, temgera<strong>do</strong> sérios impactos ao ambiente natural, comprometen<strong>do</strong> a qualidade <strong>do</strong>s recursosambientais, a proteção das espécies nativas e, conseqüentemente, a qualidade devida. Há, também, conflito no estabelecimento de um con<strong>do</strong>mínio em uma áreatradicionalmente ocupada por pesca<strong>do</strong>res, que não tem titulação de posse,restringin<strong>do</strong>, também, o acesso às praias e ao estuário.QUADRO SÍNTESE 2Unidade01TrechoClasseConfiguraçãolocal e usosPotencialidadesProblemasAtividadesgera<strong>do</strong>rasEfeitos eimpactosassocia<strong>do</strong>s aoproblemaProjetosprevistos ouem implantação24Estuário<strong>do</strong> rioPedra atéa praiadas Flores1.1 trechodaPrainha(estuário<strong>do</strong> rioPedra/loteamentoJardim)B• Abrigada;• Urbanização emprocesso deconsolidação,horizontal e comalgumasconstruçõesverticais (de atétrês andares);• Atividadesextrativistas noestuário.• Comunidadetradicional depesca<strong>do</strong>respróxima à praia• Normasurbanísticaslocais (código deobras e planodiretor)deficientes pornão incorporaremcritériosadequa<strong>do</strong>s paramanutenção daqualidadeambiental daorla• Paisagens comgrandediversidadeambiental evalor cênico• Instalação deestruturasturísticoecológicas• Instalação deparques e áreasde conservaçãopúblicas• Baixo potencialpara novasconstruçõesverticais –situaçãomorfológicaincompatívelcom averticalização• Regularizar odireito à posseda terra dacomunidadetradicional depesca<strong>do</strong>res• Pressãoimobiliária paraa construção deloteamentopara casas deveraneio• Fluxo turísticoconcentra<strong>do</strong> emcurto perío<strong>do</strong> <strong>do</strong>ano• Inexistência deinfra-estrutura,equipamentos eserviçosurbanos.• Ocupaçãodesordenada nafaixa de praia• Restrição deacesso público àpraia e aoestuário.• Loteamentocom irregularidadesjurídicas,urbanísticas eambientais• Con<strong>do</strong>míniopara casade veraneio(está emtramitaçãoo processode licenciamento)• Projeto deurbanizaçãoda orla (comlicenciamento)O Quadro Síntese 2 será complementa<strong>do</strong> e revisa<strong>do</strong> na atividade 6.6.Produtos desta etapa• Mapa com a classificação preliminar da orla• Quadro Síntese 2 – potenciais e problemas de cada trecho da orla


etapa5. Delimitação da orla municipalVocê estáaquiEtapas da Oficina I1. 2.Apresentaçãodadinâmica decapacitaçãoFundamentos<strong>do</strong> ProjetoOrla, dagestãocosteira epatrimonial3.Caracterizaçãoda áreade interesse4.Classificaçãopreliminarde trechosda orla5.Delimitaçãoda orlamunicipal6.Diagnósticode campo7. 8.Formulação <strong>Planejamento</strong>de cenários das açõespara a orla9.Agenda daConsolidaçãoFeito o diagnóstico geral, estabelecida a classificação de cada trecho e da orla como umto<strong>do</strong>, incluin<strong>do</strong> a determinação de suas tipologias e os potenciais e restrições de uso, épossível ao grupo definir quais serão os limites de atuação <strong>do</strong> projeto orla no município,ou seja, quais os limites da orla.Atividade 5.1Apresentação da situação patrimonial localApresentação simplificada e sistematizada da situação patrimonial <strong>do</strong>s terrenos de marinhae acresci<strong>do</strong>s, realizada pela GRPU, ilustrada por planta baixa, mapa ou foto aérea dafaixa de orla (em escala adequada à visualização).25CATEGORIAS DOS BENS DA UNIÃOBens de Uso Comum <strong>do</strong> PovoBens de Uso EspecialBens DominicaisO detalhamento dessas categorias é apresenta<strong>do</strong> emFundamentos para <strong>Gestão</strong> Integrada (Capítulo 2: Regime patrimonial nosespaços litorâneos) e no Manual de Regularização Fundiária em Imóveis daUnião.


Atividade 5.2Identificação <strong>do</strong>s conflitos fundiários e bens da União – preenchimento <strong>do</strong>Quadro 3Deverão ser levanta<strong>do</strong>s os principais conflitos fundiários existentes, que serãoesquematiza<strong>do</strong>s em um quadro que represente a estrutura fundiária e a categoria de uso<strong>do</strong>s bens da União. Também deverá ser delimitada a área de abrangência desses conflitosno mapa <strong>do</strong>s trechos da orla.O conjunto desta análise servirá como mais um critério a ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> na delimitação dafaixa da orla.EXEMPLO DE APLICAÇÃOQUADRO QUADRO 3 - 3CONFLITOFUNDIÁRIO E CATEGORIA DOS BENS DA UNIÃOCategoria de usoConflito fundiárioEstrutura fundiáriada UniãoFavela x mangueExpansão da área <strong>do</strong> portox favelaPrivatização x acesso à praiaPública (bem da União)Pública (bem da União)Pública (bem da União)Dominical (mangue emacresci<strong>do</strong> de marinha)Uso especialUso comum <strong>do</strong> povo26Atividade 5.3Apresentação de critérios para delimitação da faixa de orlaAula expositiva conduzida pelo(s) instrutor(es) com apresentação <strong>do</strong>s critérios para delimitaçãoda orla (Capítulo 4, <strong>do</strong> Fundamentos para <strong>Gestão</strong> Integrada).Atividade 5.4Delimitação da faixa de orlaAtividade desenvolvida sobre mapas,aerofotos, cartas náuticas e outros materiaiscartográficos, com escala que permita a observaçãode arruamento, a configuração <strong>do</strong>casario, incluin<strong>do</strong> a leitura das diferentes formasde cobertura vegetal. A escala de trabalhomais indicada é de 1:2000 ou 1:1000.O desenho mostra de mo<strong>do</strong>simplifica<strong>do</strong> a faixa de orla


O produto a ser obti<strong>do</strong> é um mapa com a definição clara da largura e a extensão da orla,incluin<strong>do</strong> a faixa marinha. Logo, o grupo deverá observar os critérios, fican<strong>do</strong> a cargo<strong>do</strong>s gestores a a<strong>do</strong>ção plena <strong>do</strong>s mesmos ou o arbítrio de limites considera<strong>do</strong>s maisadequa<strong>do</strong>s à realidade local.Nesse processo o grupo contará com a orientação <strong>do</strong>(s) instrutor(es), para avaliar se oscritérios a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s são tecnicamente compatíveis, de mo<strong>do</strong> a permitir, no futuro, que asações a serem implementadas dêem conta de abranger o universo de problemas levanta<strong>do</strong>s.É o momento, portanto, de avaliar se a abrangência territorial da proposta dedelimitação assegura a inclusão das diferentes unidades e figuras patrimoniais, sem queincorra na superestimação da capacidade de gestão municipal.Para levar em conta!Esse trabalho deve resultar na definição, no terreno e em mapas, das seguintesáreas e limites:a ) Terrenos de Marinha delimita<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> possível;b ) Acresci<strong>do</strong>s de Marinha, resultantes de aterros no espaço marítimo;c ) Linha de Preamar Média (LPM), quan<strong>do</strong> estiver demarcada;d ) Áreas protegidas ou de alta restrição, delimitan<strong>do</strong> os espaços dasunidades de conservação existentes no município, limítrofes à faixa debeira-mar, e os espaços <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s de características protegidas porlegislações específicas (dunas, manguezais, etc);e ) Identificação <strong>do</strong>s sítios de interesse histórico e <strong>do</strong> patrimônio cultural;f ) Áreas de interesse especial;g) Assentamentos tradicionais ou informais sujeitos a regularização fundiária.27EXEMPLOS DE APLICAÇÃOCamboriú/ SC


Cabo de Santo Agostinho/ PENa delimitação da faixa daorla marítima de Cabo deSanto Agostinho forama<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s tanto os critériospropostos pela meto<strong>do</strong>logia<strong>do</strong> Projeto, quanto outrosarbitra<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> apercepção da realidade decada local.28Produtos desta etapa• Apreensão <strong>do</strong>s fundamentos de delimitação da área de interesse• Identificação <strong>do</strong>s conflitos fundiários e bens da União• Mapa com faixa de orla demarcada


etapa6. Diagnóstico de campoVocê estáaquiEtapas da Oficina I1.Apresentaçãodadinâmica decapacitação2.Fundamentos<strong>do</strong> ProjetoOrla, dagestãocosteira epatrimonial3.Caracterizaçãoda áreade interesse4.Classificaçãopreliminarde trechosda orla5.Delimitaçãoda orlamunicipal6.Diagnósticode campo7.Formulaçãode cenáriospara a orla8.<strong>Planejamento</strong>das ações9.Agenda daConsolidaçãoObjetiva constatar, em campo, se os conhecimentos agrupa<strong>do</strong>s nas atividades anteriorestrouxeram elementos suficientes para caracterizar a orla sob o ponto de vista da ocupação,das questões ambientais e sócio-econômicas.Ao invés de complexos e demora<strong>do</strong>s levantamentos, aqui será a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> um processo derepresentação gráfica da orla bastante ágil que serve para construir, de mo<strong>do</strong> genérico, aimagem de qualquer de seus trechos.29O que deverá ser observa<strong>do</strong> em campo?CARACTERÍSTICAS PAISAGÍSTICASque permitem detectar claramente a configuração da orla, suas formas de ocupaçãoe suporte físico.Assim, serão observadas as formas gerais da linha da costa e os tipos de orla, verifican<strong>do</strong>-seos tipos e características da urbanização e as formas de cobertura, estabelecen<strong>do</strong>-seos graus de importância <strong>do</strong>s elementos paisagísticos e ambientais existentes,como manguezais, matas, diferentes tipos de urbanização, etc.CARACTERÍSTICAS SÓCIO-ECONÔMICASque demonstram as diferentes atividades existentes, as possibilidades de investimentosfuturos e os em andamento, tanto <strong>do</strong> setor público como <strong>do</strong> priva<strong>do</strong>, a infraestruturadisponível, bem como aquelas que auxiliem na identificação de comunidadestradicionais, quilombolas e assentamentos informais sujeitos a regularizaçãofundiária e outras irregularidades patrimoniais.PROBLEMASderiva<strong>do</strong>s das questões ambientais e sociais, presentes e futuras, mais relevantes,por exemplo, lançamento de esgotos, disposição de resíduos sóli<strong>do</strong>s, poluição sonora,atmosférica e visual, erosão/ assoreamento, desmatamento, irregularidadesfundiárias, pesca predatória, destruição de recifes de corais, rotas de embarcações,ocupações urbanísticas irregulares, invasões.


Atividade 6.1Preparação <strong>do</strong> trabalho de campoBreve apresentação da dinâmica <strong>do</strong> trabalho de campo, explican<strong>do</strong> a sistemática <strong>do</strong>desenho de perfis e da utilização da Ficha de Campo, com divisão da equipe em grupospor trechos e/ ou unidades.Atividade 6.2Parâmetros de qualidade ambientalAula expositiva conduzida pelo(s) instrutor(es) com apresentação <strong>do</strong>s parâmetros dequalidade ambiental a serem observa<strong>do</strong>s durante a visita de campo, e que deverá subsidiara construção <strong>do</strong>s cenários.Estes parâmetros estão estabeleci<strong>do</strong>s de forma interdependente nas trêsdimensões <strong>do</strong> conceito de desenvolvimento sustentável: ambiental,social e econômico.Suas bases conceituais estão apresentadas emFundamentos para <strong>Gestão</strong> Integrada, no Capítulo 9: Definição deparâmetros de qualidade ambiental para a orla, e seus detalhamentosencontram-se no Anexo III deste manual.30ANEXO III


PARA OBSERVAR EM CAMPO1.2.3.4.5.6.7.8.9.10.11.12.13.14.15.PARÂMETROS AMBIENTAISCobertura vegetal nativaValores cênicosIntegridade <strong>do</strong>s ecossistemasFragilidade <strong>do</strong>s ecossistemasPresença de Unidades de ConservaçãoCondição de balneabilidadeDegradação ambientalPresença de efluentesPresença de resíduos sóli<strong>do</strong>s (lixo) na orlaPresença de construções irregularesPotencial para aproveitamento mineralAptidão agrícolaPotencial de extração vegetalPotencial pesqueiroAptidão para maricultura16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.SOCIAISPresença de comunidades tradicionaisPresença de assentamentos informais de baixa rendaConcentração de <strong>do</strong>micílios de veraneioInfra-estrutura de lazer/ turismoCobertura urbana ou urbanizaçãoDomicílios servi<strong>do</strong>s por águaDomicílios com serviço de esgotoDomicílios servi<strong>do</strong>s por coleta de lixoDomicílios servi<strong>do</strong>s por energia elétricaFormas de acesso3126.27.28.29.30.31.32.33.34.35.ECONÔMICOSPressão imobiliáriaUso agrícolaUso para extração vegetalUso <strong>do</strong>s recursos pesqueirosUso para mariculturaUso para tráfego aquaviário ou portuárioUso industrialAproveitamento mineralAtividades petrolíferasAtividades turísticas


Atividade 6.3Construção <strong>do</strong>s perfis, por meio da observação e identificação <strong>do</strong>selementos conceituais estuda<strong>do</strong>sA equipe será dividida em grupos que trabalharão em diferentes trechos e/ ou unidadesda orla. Uma vez em campo, devem ser cuida<strong>do</strong>samente observa<strong>do</strong>s o suporte físico e asintervenções humanas, identifican<strong>do</strong> as figuras paisagísticas presentes nos diferentestrechos visan<strong>do</strong> a construção <strong>do</strong>s perfis e o preenchimento da ficha de campo.CA1B23Representação em corte13223Para cada trecho deverão ser feitos quantos cortes forem necessários, de mo<strong>do</strong> a representarsua configuração paisagística básica. Assim, cada segmento poderá ser representa<strong>do</strong>por um ou muitos cortes.Os desenhos deverão ser identifica<strong>do</strong>s em um mapa geral <strong>do</strong> trecho, respeitan<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong>possível, as escalas de 1:10.000, 1:5.000 ou 1:2.000.Este trabalho pode ser complementa<strong>do</strong> por imagens digitais, a fim de facilitar a compreensão<strong>do</strong> trecho pelos demais grupos no momento da apresentação em plenária.


Perfis desenha<strong>do</strong>s à mãoTrecho compreendi<strong>do</strong> entre as barras <strong>do</strong>srios Parnaíba e Igaraçu (identifica<strong>do</strong>s pelaequipe capacitada no município deParnaíba/ PI)33Trecho compreendi<strong>do</strong> entre as barras <strong>do</strong>s riosParnaíba e Igaraçu (identifica<strong>do</strong>s pela equipecapacitada no município de Ilha Grande/ PI)


Outros perfis desenha<strong>do</strong>s à mão, de Itajaí/ SC34Atividade 6.4Revisão da demarcação, classificação e caracterização <strong>do</strong>s trechos e da faixada orlaApós o trabalho de campo, podem ser identificadas inadequações na demarcação <strong>do</strong>strechos realizada previamente em gabinete. Portanto, esse é o momento para revisar adivisão estabelecida e, caso necessário, a classificação e caracterização <strong>do</strong>s trechos.Atividade 6.5Organização <strong>do</strong>s perfis da orlaApós o trabalho de campo, para consolidar graficamente as observações efetuadas, serãoconstruí<strong>do</strong>s os perfis sem escala, utilizan<strong>do</strong>-se de desenhos próprios, fotos ou dacolagem de ícones, basea<strong>do</strong> nos desenhos realiza<strong>do</strong>s em campo.Quan<strong>do</strong> possível, é importante dar ao produto gera<strong>do</strong> nesta atividade tratamentopara o computa<strong>do</strong>r (scanner, foto digital etc), consideran<strong>do</strong> que o mesmo poderáser objeto de ilustração <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong> a ser elabora<strong>do</strong>.


PALAFITAS PORTO TERMINALPETROLÍFEROPRAIA +QUIOSQUESATRACADOUROSIMPLESVILA RÚSTICAAC31 B2As figuras paisagísticas (ícones) são estruturas que representam astipologias presentes ao longo da costa brasileira. A associação dessasfiguras permite sintetizar, em um recorte gráfico, os trechos da orlacom características homogêneas.Estas figuras foram obtidas através de um estu<strong>do</strong> pormenoriza<strong>do</strong> decinco trechos extensos e significativos da orla nacional – São Paulo,Rio de Janeiro, Paraíba, Rio Grande <strong>do</strong> Norte e Bahia.O Anexo II traz 98 ícones para auxiliar esta atividade.Em gabinete, os cortes podem ser monta<strong>do</strong>s articulan<strong>do</strong>-se as figuraspaisagísticas entre si:+ +351+22+ +3


Atividade 6.6Complementação <strong>do</strong> Quadro Síntese 2 para cada trecho da orlaNeste momento, com a mediação <strong>do</strong>(s) instrutor(es), os participantes irão retomar ecomplementar o Quadro Síntese 2 (Atividade 4.2).O conjunto de informações sistematiza<strong>do</strong> neste quadro deverá subsidiar a formulação<strong>do</strong>s cenários na etapa seguinte. Recomenda-se, desta forma, fazer a seguinte leitura <strong>do</strong>quadro:As colunas 3, 4 e 6 mostrarão o cenário atual, identifican<strong>do</strong> os usos e os valores sócioambientaisexistentes em um trecho da orla.A construção <strong>do</strong> cenário de tendência deve refletir os problemas decorrentes <strong>do</strong>s diversosvetores de pressão identifica<strong>do</strong>s e a relação de causa e efeitos a ele associa<strong>do</strong>s (colunas6, 7 e 8), bem como as potencialidades locais (colunas 5 e 9).A coluna 5 trata <strong>do</strong>s diversos potenciais existentes para uma possível valorização oumanutenção das qualidades <strong>do</strong> lugar. A análise conjunta das colunas 5 e 9 indica direçõesa tomar, que serão as referências para as ações futuras, ou seja, para formulação <strong>do</strong>cenário deseja<strong>do</strong>. Muitas vezes uma delas pode ser conflitante com as demais, deven<strong>do</strong>ser a<strong>do</strong>tada a mais conveniente ao bem estar social e ambiental.QUADRO SÍNTESE 2 (COMPLEMENTAÇÃO)Unidade01TrechoClasseConfiguraçãolocal e usosPotencialidadesProblemasAtividadesgera<strong>do</strong>rasEfeitos eimpactosassocia<strong>do</strong>s aoproblemaProjetosprevistos ouem implantação36Estuário<strong>do</strong> rioPedra atéa praiadas Flores1.1 trechodaPrainha(estuário<strong>do</strong> rioPedra/loteamentoJardim)B• Abrigada• Urbanização emprocesso deconsolidação,horizontal e comalgumas construçõesverticais (deaté três andares)• Atividadesextrativistas noestuário• Comunidadetradicional depesca<strong>do</strong>res• Perda dapróxima à praia construções desordenada na1 2 3 4 verticais 5–situação6 7 qualidade 8 da 9• Normas urbanísticaslocais (códigode obras e planodiretor)deficientespor não incorporaremcritériosadequa<strong>do</strong>s paramanutenção daqualidadeambiental da orla• Paisagens comgrande diversidadeambiental evalor cênico• Instalação deestruturasturísticoecológicas• Instalação deparques e áreasde conservaçãopúblicas• Baixo potencialpara novasmorfológicaincompatível coma verticalização• Regularizar odireito à posse daterra dacomunidadetradicional depesca<strong>do</strong>res• Pressão imobiliáriapara a construçãode loteamentopara casas deveraneio• Fluxo turísticoconcentra<strong>do</strong> emcurto perío<strong>do</strong> <strong>do</strong>ano• Inexistência deinfra-estrutura,equipamentos eserviços urbanos.• Ocupaçãofaixa de praia• Restrição deacesso público àpraia e aoestuário.• Loteamento comirregularidadesjurídicas, urbanísticase ambientais• Atividadeimobliária,construçãocivil,turística ecomércio• Lançamentode esgoto semtratamento napraia• Contaminação<strong>do</strong> lençolfreático• Ocupaçãoirregular emáreas de riscoe de preservaçãopermanentepaisagem• Perda derecursosambientaisimportantespara aeconomia local• Con<strong>do</strong>míniopara casa deveraneio(está emtramitação oprocesso delicenciamento)• Projeto deurbanizaçãoda orla (comlicenciamento)Produtos desta etapa• Visita de campo• Perfis <strong>do</strong>s trechos de interesse• Quadro síntese 2 revisa<strong>do</strong>/ complementa<strong>do</strong>


etapa7. Formulação de cenários para a orlaEtapas da Oficina IVocê estáaqui1. 2.Apresentaçãodadinâmica decapacitaçãoFundamentos<strong>do</strong> ProjetoOrla, dagestãocosteira epatrimonial3.Caracterizaçãoda áreade interesse4.Classificaçãopreliminarde trechosda orla5.Delimitaçãoda orlamunicipal6.Diagnósticode campo7. 8.Formulação <strong>Planejamento</strong>de cenários das açõespara a orla9.Agenda daConsolidaçãoA idéia de cenário remete às formas de usos desejáveis e possíveis para os espaços daorla.Poderá ser idealiza<strong>do</strong> para uma praia ou costão, para um segmento <strong>do</strong> litoral comum aum consórcio de municípios ou mesmo para um trecho de orla muito pequeno, um fragmentoespacial, conti<strong>do</strong> dentro de qualquer um desses ambientes, cuja proposição abordará<strong>do</strong>is itens:I. A ação em si, que será objeto de futuros investimentos públicos, priva<strong>do</strong>s ou mistos,poden<strong>do</strong> abranger desde a normatização <strong>do</strong> uso de uma praia, de construções na orlaaté o estabelecimento de parques urbanos ou áreas de conservação.37II. A consolidação ou mudança de classificação da orla (classes A, B e C). A mudança declasse C para A ou B, por exemplo, é um fato excepcional, pois qualquer transformaçãodeste tipo implicaria num aporte de recursos financeiros e transformações ambientais epaisagísticas de grande porte.Toda e qualquer ação efetivada causará uma alteração na paisagem e no ambientepreexistente, deven<strong>do</strong>, no caso <strong>do</strong> Projeto Orla, reforçar suas qualidades cênicas, sociaise ambientais, adequan<strong>do</strong>-as ao uso e às necessidades das comunidades locais e às queserão atraídas.Para tanto, o material analisa<strong>do</strong> anteriormente é básico para a reflexão sobre o papel <strong>do</strong>sdiversos agentes e suas ações.Quanto maisdistante a situaçãoatual estiver dadesejada,Fique atentomaiores serão as demandaspor ações corretivas,implican<strong>do</strong> em grandesesforços por parte <strong>do</strong>sagentes envolvi<strong>do</strong>s.Tal situação pode evidenciar anecessidade, inclusive, derediscutir a própria classificaçãoestabelecida, seja para confirmara proposta, ou para buscar umaalternativa que considere amelhor relação custo/ benefício.


A formulação de cenários busca:Garantir a função sócio-ambiental <strong>do</strong>s bens da União;Melhoria ou manutenção da condição ambiental existente;Revisão, análise e proposição de novos padrões urbanos;Análise de investimentos setoriais em turismo, lazer, habitação, etc;Estabelecimento de unidades de conservação e preservação públicas e privadas;Estabelecimento, aprimoramento e revisão de legislação;Incentivos a investimentos priva<strong>do</strong>s de portes diversos;Estímulo ao uso adequa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s recursos ambientais;Dinamização das potencialidades locais quanto a usos sustentáveis;Resolução e/ ou minimização de conflitos.Atividade 7.1Construção de cenários: tendência e deseja<strong>do</strong>38Neste momento, o grupo irá trabalhar o desenho <strong>do</strong>s cenários, a partir da leitura ediscussão <strong>do</strong> quadro síntese 2 (atividade 6.6), enfocan<strong>do</strong> a situação tendencial (casonenhuma medida seja tomada) e a desejada, sempre ten<strong>do</strong> como base a situação atual.É importante que os grupos discutam diferentes opções para os cenários. Algumas questõespodem ampliar as discussões, por exemplo:As proposições são viáveis?Existe demanda para o uso imagina<strong>do</strong>?O órgão competente tem condições de fiscalizar e manter?Interessaria à iniciativa privada?Se for o caso de ocupar, como fazê-lo sem destruir as riquezas paisagísticas?Se for o caso de preservar, de que forma poderiam ser geradas condições erecursos para tal?As eventuais regras, normas e leis atuais incidentes têm possibilidade de seralteradas?


EXEMPLO DE APLICAÇÃOTRECHO Praia de Calhau. Perfil 1.SITUAÇÃO ATUALPRAIAVEGETAÇÃO DERESTINGA EMANGUEIRASCASAS DEPESCADORESMATANATIVATENDÊNCIA39BARESPRAIA(PROBLEMAS DELIXO E ESGOTO)RESIDÊNCIASDE VERANEIRONOVAS CASAS DEPESCADORES,MAIS PRECÁRIASDESMATAMENTOE POLUIÇÃO DOSCURSOS D´ÁGUASITUAÇÃO DESEJADAPRAIALIMPABARES(CONSTRUÇÕES LEVESP/ ATENDIMENTO AOTURISTA)CASAS DEPESCADORESMATANATIVA


EXEMPLO DE APLICAÇÃOTecho <strong>do</strong> Canal<strong>do</strong> Jandiá,Macapá/ AP40


Trecho BarondaBalneário de Capão da Canoa/ RS41Atividade 7.2Redação de texto sobre caracterização <strong>do</strong>s cenáriosNovamente reuni<strong>do</strong>s em grupos, os participantes redigirão um texto sobre como se comportamos cenários para o espaço local, deven<strong>do</strong> ser consideradas a situação atual, atendência e a desejada. Os resulta<strong>do</strong>s desta atividade serão apresenta<strong>do</strong>s em plenáriapara discussão e construção <strong>do</strong> “consenso” necessário.EXEMPLO DE APLICAÇÃOO exemplo a seguir traz um trecho da orla de Mangaratiba/ RJ, na ilha deItacuruçá, sintetizan<strong>do</strong> a situação atual, a tendência e a desejada.


VALORES CÊNICOS1. SITUAÇÃO ATUALObserva-se a ocupação irregular das bordasde boa parte das ilhas por habitações desegunda residência de baixa qualidade coma perda <strong>do</strong> valor cênico e da atratividadepara a atividade turística e sérios problemasambientais2. TENDÊNCIADe ocupação progressiva de todas as ilhaspor residências de veraneio de baixaqualidade. Com a destruição <strong>do</strong>s valorescênicos de um determina<strong>do</strong> trecho, outroserá ocupa<strong>do</strong> e descaracteriza<strong>do</strong> e assimsucessivamente.423. CENÁRIO DESEJADOManutenção da paisagem nas áreas nãoocupadas; remoção da ocupação nos trechosonde a ocupação não se consoli<strong>do</strong>u;ordenamento <strong>do</strong> uso e da ocupação nostrechos onde a remoção não seja possível,através de padrões e restrições, integran<strong>do</strong>na medida <strong>do</strong> possível as edificações àpaisagem e implantan<strong>do</strong>-se planourbanístico-paisagístico que preserve aqualidade cênica.EXEMPLO DE APLICAÇÃOO exemplo a seguir traz uma análise <strong>do</strong>parâmetro “Pressão Imobiliária” notrecho da orla de Aracaju/ SE, entre aspraias de Aruana e Mosqueiro, sintetizan<strong>do</strong>a situação atual, a tendência e adesejada.Aracaju/ SESILVIO MACEDO


1. PRESSÃO IMOBILIÁRIA1.1 SITUAÇÃO ATUALObserva-se a ocorrência de média pressão imobiliária,visto que a maioria das habitações constituem-se emsegunda residência (con<strong>do</strong>mínios fecha<strong>do</strong>s eloteamentos) para os estratos de classe média e alta,com presença, ainda incipiente, de pousadas eequipamentos corporativos de lazer, além da ocupaçãoirregular da faixa de praia por bares e restaurantes comcaracterísticas econômicas diferenciadas.1.2 TENDÊNCIAAumento da pressão imobiliária com verticalização daárea prevista no PDDU; construção de hotéis e resorts,destina<strong>do</strong>s aos segmentos de maior renda; aumentoda ocupação da faixa de praia por bares erestaurantes.1.3 CENÁRIO DESEJADOOrdenamento <strong>do</strong> uso e ocupação da área, restringin<strong>do</strong>a especulação imobiliária e segregação econômicosocial,mediante a implantação de plano urbanísticoque preserve os valores da paisagem, democratize osespaços públicos, promova atividades que gerememprego e renda para a população <strong>do</strong> entorno.43Atividade 7.3Apresentação e discussão de resulta<strong>do</strong>sApresentação em plenária <strong>do</strong>s cenários traça<strong>do</strong>s com vistas estabelecer um “resumo deconsenso”. O resulta<strong>do</strong> desta atividade deverá ser sistematiza<strong>do</strong> por um <strong>do</strong>s participantese/ ou pelo(s) instrutor(es), para registrar os aportes <strong>do</strong> grupo.Atividade 7.4Visualização <strong>do</strong>s cenáriosEsta atividade tem o objetivo de elaborar uma síntese gráfica <strong>do</strong>s cenários, poden<strong>do</strong> serdesenvolvida pelo(s) instrutor(es) ou participante(s), a partir da observação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>sdiscuti<strong>do</strong>s pelo grupo na atividade anterior. Note que o produto gera<strong>do</strong> será fundamentalpara ilustrar o Plano de <strong>Gestão</strong> e reforçar o conjunto de ações a serem tomadaspara se atingir o cenário deseja<strong>do</strong>.


etapa8. <strong>Planejamento</strong> das açõesEtapas da Oficina IVocê estáaqui1. 2.Apresentaçãodadinâmica decapacitaçãoFundamentos<strong>do</strong> ProjetoOrla, dagestãocosteira epatrimonial3.Caracterizaçãoda áreade interesse4. 5.Classificaçãopreliminarde trechosda orlaDelimitaçãoda orlamunicipal6.Diagnósticode campo7.Formulaçãode cenáriospara a orla8.<strong>Planejamento</strong>dasações9.Agenda daConsolidaçãoO levantamento, análise e sistematização das informações existentes e as levantadasdurante as atividades anteriores permitiram a construção <strong>do</strong>s cenários atual, tendência edeseja<strong>do</strong>.44A construção de cenários é uma técnica utilizada para descrever alternativas de futuropara uma determinada situação, ajudan<strong>do</strong> a visualizar e a pensar o futuro de diferentesmaneiras. Não se procura fazer previsões ou fixar o que “deve” acontecer, trabalha-sesobre as possibilidades que “podem vir” a acontecer. Ao empregar esta técnica vislumbra-seuma situação futura para decidir como agir agora, com vistas a manter ou alteraro quadro que se está desenhan<strong>do</strong>.O alcance de um cenário, via de regra, passa pela solução <strong>do</strong>s problemas de uso identifica<strong>do</strong>sno Diagnóstico Sócio-econômico, que demandam ações de naturezas diversas, aserem detalhadas em um Plano de <strong>Gestão</strong>. Desta forma, ações de curto, médio e longoprazos devem ser planejadas de forma coerente com as mudanças desejadas.Atividade 8.1Construção <strong>do</strong> quadro de ações e medidas estratégicasA partir da análise das informações sistematizadas no quadro síntese 2 (atividade 6.6) e<strong>do</strong>s cenários propostos, deverão ser delineadas ações de planejamento e gestão para oalcance <strong>do</strong> cenário deseja<strong>do</strong> da orla. Primeiro, é preciso identificar e agrupar os problemas,para depois propor as medidas estratégicas para solucioná-los, especifican<strong>do</strong>, namedida <strong>do</strong> possível, as ações práticas.Para essa atividade é importante incorporar, também, o quadro de conflitos fundiários,que poderá servir como base para a descrição <strong>do</strong>s problemas e ações pretendidas.No que toca ao detalhamento de cada ação, serão explicita<strong>do</strong>s os seguintes pontos:a) Finalidade específica da ação destacan<strong>do</strong> o objeto de intervenção e definin<strong>do</strong> osresulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s;b) Duração e regularidade das atividades necessárias à implementação;c) Agentes responsáveis pela ação


EXEMPLO DE APLICAÇÃOProblema 1:Restrição de acesso público à praia e ao estuárioResgatar <strong>do</strong> Quadro Síntese 2Trechos1.1 trecho da Prainha(estuário <strong>do</strong> rioPedra/ loteamentoJardim)Problemas• Pressão imobiliária para a construção de loteamento para casas de veraneio• Fluxo turístico concentra<strong>do</strong> em curto perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> ano• Inexistência de infra-estrutura, equipamentos e serviços urbanos.• Ocupação desordenada na faixa de praia• Restrição de acesso público à praia e ao estuário.• Loteamento com irregularidades jurídicas, urbanísticas e ambientaisQUADRO 4: QUADRO SÍNTESE DE PROBLEMASProblemas Trecho(s) onde ocorre Linha de ação: acessibilidade da área de bem comum• Restrição de acesso públicoà praia e ao estuário.1. 12. 3etc• Estudar e definir os pontos e acessos a seremabertos nos diferentes trechos da orla• Determinar os limites para a ocupação,consideran<strong>do</strong> a área de uso comum <strong>do</strong> povo eas áreas de preservação permanentes.• Propor novos padrões urbanísticosetcProblema 1 Restrição de acesso público à praia e ao estuárioQUADRO 5: AÇÕES E MEDIDAS ESTRATÉGICAS45Ações e medidas(linhas de ação)FinalidadeDuração da atividadeResponsávelO QUE FAZER?POR QUE FAZER?QUANTO TEMPO?QUEM ESTÁENVOLVIDO VIDO NAAÇÃO?Estudar e definir ospontos e acessos aserem abertos nosdiferentes trechos daorlaMelhorar e garantir os acessos àorlaum mêsPrefeitura, OEMA,GRPU e ComitêGestorDeterminar os limitespara a ocupação,consideran<strong>do</strong> a área deuso comum <strong>do</strong> povo eas áreas de preservaçãopermanenteDar o adequa<strong>do</strong> destino à ocupaçãode terrenos de marinha,orientan<strong>do</strong> no estabelecimento <strong>do</strong>slimites para parcelamentos de terra,remoção de construções irregularese recuperação de áreas degradadas03 mesesPrefeitura, GRPU eórgão estadual/municipal de meioambienteetcFique atentoPara cada problema poderá existir uma ou mais linhas de ação.


etapa9. Agenda da ConsolidaçãoEtapas da Oficina IVocê estáaqui1.2.Apresentaçãoda <strong>do</strong> ProjetoFundamentosdinâmica de Orla, dacapacitação gestãocosteira epatrimonial3.Caracterizaçãoda áreade interesse4.Classificaçãopreliminarde trechosda orla5.Delimitaçãoda orlamunicipal6.Diagnósticode campo7.Formulaçãode cenáriospara a orla8.<strong>Planejamento</strong>dasações9.Agenda daConsolidaçãoA última etapa da Oficina I é o momento de esclarecer e encaminhar as atividades quedeverão ser executadas pelo grupo na complementação <strong>do</strong>s produtos inicia<strong>do</strong>s, além dapreparação da Oficina II.46Atividade 9.1Dinâmica da consolidação <strong>do</strong> diagnósticoApresentação pelo(s) instrutor(es) da dinâmica de consolidação <strong>do</strong> diagnóstico, orientan<strong>do</strong>as atividades e organização <strong>do</strong> trabalho que será acompanha<strong>do</strong> à distância.Atividade 9.2Pactuação da agenda da consolidação <strong>do</strong> diagnósticoCom o auxílio <strong>do</strong>(s) instrutor(es), a equipe pactuará uma agenda de trabalho comum,estabelecen<strong>do</strong> o local e a freqüência das reuniões. A primeira delas definirá a divisãodas atividades, a sistemática de trabalho a ser a<strong>do</strong>tada para o cumprimento das metas ea data da Oficina II.Atividades para consolidação <strong>do</strong> diagnóstico:1. Finalizar o desenho <strong>do</strong>s perfis, com sua respectiva identificação no mapa <strong>do</strong> trecho;2. Finalizar construção <strong>do</strong>s cenários para cada trecho;3. Finalizar quadros síntese por trecho;4. Finalizar produção <strong>do</strong>s elementos gráficos de demarcação das unidades, trechos eda faixa de orla;5. Levantar a legislação aplicável aos problemas aponta<strong>do</strong>s;6. Levantar e detalhar as linhas de ação, amplian<strong>do</strong> a discussão com os atores de cadatrecho.


ETAPAS DO <strong>PROJETO</strong> <strong>ORLA</strong>VocêestáaquiGeração deinsumos emobilização(MMA/ SQAe MP/ SPU)Apresentação,sensibilização,articulação eapoioestadualArticulação e Preparação Oficina Iinstrumentalização da atividademunicipalDiagnóstico,localClassificação,Delimitação daorla e CenáriosConsolidação<strong>do</strong>diagnósticoOficina II<strong>Planejamento</strong>das açõesConsolidaçãoda VersãoPreliminar <strong>do</strong>Plano de<strong>Gestão</strong> Integrada47Oficina II


Estrutura da Oficina IIO conjunto de atividades desenvolvidas na Oficina II visam à sistematização das informaçõese análises produzidas nas fases anteriores, contan<strong>do</strong>, para isto, com o <strong>do</strong> roteirode elaboração <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>.O Plano é um <strong>do</strong>cumento elabora<strong>do</strong> no final <strong>do</strong> processo que estabelece as diretrizespara gestão da orla, servin<strong>do</strong>, inclusive, como <strong>do</strong>cumento complementar à celebração determos de cooperação entre os municípios, os governos federal e estadual, convênios eoutros instrumentos de implementação.EtapasAtividades/ DinâmicaResponsável/ParticipanteProdutos10. Apresentação<strong>do</strong>s trabalhos10.1 Apresentação das atividadesda Oficina II10.2 Dinâmica de avaliação <strong>do</strong>processo10.3 Apresentação da caracterizaçãoInstrutor eparticipantes• Balanço <strong>do</strong>sprodutos atéentão obti<strong>do</strong>s e<strong>do</strong> processo11. Propostas deação11.1 Sistematização <strong>do</strong>squadros de problemas elinhas de açãoInstrutor eparticipantes• Linhas de açãopara alcançar ocenário deseja<strong>do</strong>definidas4912. Estratégiaspara a execução12.1 Mecanismo deenvolvimento da sociedade12.2 Alternativas de articulaçãopolítica12.3 Apresentação <strong>do</strong> papel <strong>do</strong>comitê gestor12.4 Definição <strong>do</strong>s encaminhamentospara a consolidação<strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>Instrutor eparticipantes• Estratégias paraimplementação <strong>do</strong>Plano• Orientação eagenda de trabalhopara a consolidaçãoda versão final <strong>do</strong>PlanoEtapas da Oficina IIConsolidaçãoda Oficina I10.Apresentação<strong>do</strong>s trabalhos11.Propostasde ação12.Estratégias paraa execuçãoConsolidaçãoda Oficina IIVersão preliminar<strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>


etapa10. Apresentação <strong>do</strong>s trabalhosVocê estáaquiEtapas da Oficina IIConsolidaçãoda Oficina I10.Apresentação<strong>do</strong>s trabalhos11.Propostasde ação12.Estratégias paraa execuçãoConsolidaçãoda Oficina IIVersão preliminar<strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>Atividade 10.1Apresentação das atividades da Oficina IIDinâmica das atividades a serem desenvolvidas na segunda fase da capacitação <strong>do</strong>sgestores.50Atividade 10.2Dinâmica de avaliação <strong>do</strong> processoAvaliação, pelos participantes, <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s na execução da agenda deconsolidação, levantan<strong>do</strong> os principais avanços e dificuldades, assim como os meiospara superação.Atividade 10.3Apresentação <strong>do</strong> diagnóstico consolida<strong>do</strong>Apresentação, pelos participantes, <strong>do</strong> diagnóstico consolida<strong>do</strong> e seus produtos, ou seja,os cenários e quadros síntese para cada trecho, os elementos gráficos de demarcação dafaixa de orla, das unidades e trechos e a legislação aplicável aos problemas aponta<strong>do</strong>s..


etapa11. Propostas de açãoVocê estáaquiEtapas da Oficina IIConsolidaçãoda Oficina I10.Apresentação<strong>do</strong>s trabalhos11.Propostasde ação12.Estratégias paraa execuçãoConsolidaçãoda Oficina IIVersão preliminar<strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>Atividade 11.1Sistematização <strong>do</strong>s quadros de problemas e linhas de açãoApresentação em plenária <strong>do</strong>s quadros de problemas e linhas de ação definidas paracada trecho. Esse é o momento para discutir a abrangência e viabilidade das ações, operío<strong>do</strong> indica<strong>do</strong> e os atores responsáveis. O resulta<strong>do</strong> desta atividade deverá ser sistematiza<strong>do</strong>por um <strong>do</strong>s participantes e/ ou pelo(s) instrutor(es), para registrar os aportes<strong>do</strong> grupo.EXEMPLO DE APLICAÇÃO51Quadro 5: Ações e medidas estratégicasProblema 1: Restrição de acesso <strong>do</strong> público à praia e ao estuário.Linha de ação:1. Melhorar a acessibilidade às praias e aos recursos <strong>do</strong> estuário.QUADRO 5: AÇÕES E MEDIDAS ESTRATÉGICASAções e medidasFinalidadeDuração da atividadeResponsávelO QUE FAZER?POR QUE FAZER?QUANTO TEMPO?QUEM ESTÁENVOLVIDO VIDO NA AÇÃO?Estudar e definir os pontos eacessos a serem abertos nosdiferentes trechos da orlaMelhorar e garantir os acessos à orlaum mêsPrefeitura, OEMA,GRPU e Comitê GestorDeterminar os limites para aocupação, consideran<strong>do</strong> aárea de uso comum <strong>do</strong> povo eas áreas de preservaçãopermanente existentesDar o adequa<strong>do</strong> destino à ocupação deterrenos de marinha, estabelecen<strong>do</strong> <strong>do</strong>slimites para parcelamentos de terra, aremoção de construções irregulares e arecuperação de áreas degradadas03 mesesPrefeitura,GRPU eórgão estadual/municipal de meioambientePropor novos padrõesurbanísticosAdequar as construções (bares e quiosques)à tipologia local06 meses Prefeitura eComitê GestorElaborar anteprojeto deordenamento urbanísticoDotar o município de orientaçãopara intervenções físicas na orla,para alcance <strong>do</strong> cenário deseja<strong>do</strong>08 mesesPrefeitura eComitê Gestor


etapa12. Estratégias para a execuçãoVocê estáaquiEtapas da Oficina IIConsolidaçãoda Oficina I10.Apresentação<strong>do</strong>s trabalhos11.Propostasde ação12.Estratégias paraa execuçãoConsolidaçãoda Oficina IIVersão preliminar<strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>Atividade 12.1Mecanismos de envolvimento da sociedadeAqui serão delineadas as possíveis estratégias de mobilização e envolvimento da sociedade,que deverão responder basicamente a três questões:521. Como divulgar o Projeto Orla para a sociedade?2. Como desenvolver canais de comunicação entre atores/ executoresdiretamente envolvi<strong>do</strong>s no Projeto?3. Como tornar legítimas as propostas, produtos e resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Projeto junto àsociedade local?EXEMPLO DE APLICAÇÃOO quadro a seguir representa uma síntese das informações geradas na oficina <strong>do</strong>Município de Estância/ SE.QUADRO 6: ESTRATÉGIAS DE ENVOLVIMENTO DOS ATORESAtividadeObjetivoMeto<strong>do</strong>logiaResponsávelPúblico-alvo1. Seminário Apresentação <strong>do</strong> PlanoExposição;DebatePrefeitura eco-executoresPoder Público local; PoderPúblico Estadual; Poder PúblicoFederal; Setor priva<strong>do</strong>;Sociedade Civil2. Reunião Conscientização para aExposição;Comitê Gestor; Veranistas; Cata<strong>do</strong>res;necessidade daDebateParceiros Pesca<strong>do</strong>res;sustentabilidade local.Usuários <strong>do</strong>s recursos3. PalestrasSensibilizar para a necessidadede preservar os recursos naturais;conhecer, participar e acompanharas ações <strong>do</strong> Projeto Orla.Exposição;DebateComitê Gestor;ParceirosVeranistas; Cata<strong>do</strong>res;Pesca<strong>do</strong>res;Usuários <strong>do</strong>s recursos4. VisitasmonitoradasLevar os técnicos envolvi<strong>do</strong>s ecomunidade para conheceremos problemas e potencialidades.Identificação <strong>do</strong>simpactos e potencialidades<strong>do</strong>s ecossistemasComitê Gestor;ParceirosCo-executores;Parceiros;Comunidade


Fique atentoO manual Implementação em Territórios comUrbanização Consolidada trata da participaçãocidadã e mediação de conflitos, orientan<strong>do</strong> osparticipantes quanto aos procedimentos, atividades,posturas e posicionamentos necessáriospara o compartilhamento de decisões e responsabilidadesrelativas à gestão da orla.Atividade 12.2Alternativas de articulação políticaAlém <strong>do</strong> envolvimento da sociedade, uma boa gestão requer articulação com agentesgovernamentais que possuem competências diversas no espaço da orla, os quais devemestar representa<strong>do</strong>s no Comitê Gestor. Esse segmento ganha expressão nacompatibilização das políticas públicas incidentes na orla. Para tanto, é necessário estabelecerestratégias de interlocução direcionadas para ações cooperadas e convêniosintergovernamentais. Nesse senti<strong>do</strong>, no presente item, é importante deixar claras asestratégias para execução das ações planejadas, com informações sobre os seguintespontos:Definição de responsabilidades <strong>do</strong>s órgãos públicos atuantes na orla, especifican<strong>do</strong>suas competências e atribuições na execução <strong>do</strong> Plano (aproveitar informações<strong>do</strong> diagnóstico);Identificação de programas e ações governamentais que possuam afinidade com asproposições <strong>do</strong> plano de gestão, especifican<strong>do</strong> seus executores, e as instâncias queos aprovaram (aproveitar informações <strong>do</strong> diagnóstico);Forma de articulação <strong>do</strong>s planos, projetos e investimentos público e/ ou priva<strong>do</strong>spreexistentes que interagem com a orla, indican<strong>do</strong> seus executores as instânciasque os aprovaram e recursos financeiros correspondentes.53Atividade 12.3Apresentação <strong>do</strong> papel <strong>do</strong> comitê gestorO Comitê Gestor da Orla deve se constituir no núcleo de articulação e deliberação <strong>do</strong>Projeto em nível local, especialmente junto aos diferentes atores e à sociedade.Sua atribuição é divulgar, discutir, articular, acompanhar, monitorar, fiscalizar, avaliar edeliberar a respeito da implantação <strong>do</strong> conjunto de ações pertinentes ao Projeto, assimcomo propor adequações e realinhamento das mesmas ao longo <strong>do</strong> tempo.O grupo deverá propor e consensuar em plenária a composição preliminar <strong>do</strong> ComitêGestor, que será apresentada para discussão na audiência pública de legitimação <strong>do</strong>Plano de <strong>Gestão</strong>.


Fique atentoPara saber mais sobre a composição e as atribuições <strong>do</strong>Comitê Gestor recomenda-se a leitura <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumentoGuia de Implementação.Atividade 12.4Definição <strong>do</strong>s encaminhamentos para consolidação <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>A última etapa da Oficina é o momento de esclarecer e encaminhar as atividades quedeverão ser executadas para consolidação da versão final <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>. O grupo,capacita<strong>do</strong> pelo(s) instrutor(es), deverá estabelecer um cronograma para finalização <strong>do</strong>Plano e os encaminhamentos para análise da Coordenação Estadual <strong>do</strong> Projeto Orla.54


ANEXO IROTEIRO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO55


ANEXO IROTEIRO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DEGESTÃOPela variedade de seu campo de aplicação, o Projeto Orla optou por a<strong>do</strong>tar um enfoquecomum para o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong>s planos, partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> princípio de que os problemasambientais são manifestações <strong>do</strong>s usos conflituosos <strong>do</strong>s recursos e ecossistemas da orla,e de que as soluções devem advir de ações previstas no Plano de <strong>Gestão</strong>, necessárias aoalcance das metas de qualidade desejadas.Nessa perspectiva, o roteiro de elaboração <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong> contempla tópicos cominformações necessárias para organizar uma proposta de gestão da orla, alguns <strong>do</strong>squais, devem ser des<strong>do</strong>bra<strong>do</strong>s em ações que compõem seu planejamento. Deve-se levarem conta, no entanto, que a sua estrutura não é rígida poden<strong>do</strong> ser adequada às diferentessituações locais.Quais são os objetivos <strong>do</strong> Plano?Detalhar e justificar as ações que o município pretende realizar para superar osproblemas identifica<strong>do</strong>s no diagnóstico e instalar uma gestão sustentável da orla.Trata-se, portanto, de uma manifestação de interesse técnico e político,fundamentada no planejamento, com procedimentos, meios e cronogramas bemespecifica<strong>do</strong>s.57APRESENTAÇÃOBreve apresentação <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento e o contexto em que foi elabora<strong>do</strong>.1. OBJETIVODescrever o objetivo geral e específicos <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>, dan<strong>do</strong> destaque à áreageográfica de interesse e às ações previstas, inclusive aquelas para as quais são necessáriasa celebração de convênios.2. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃODescrever a localização exata da área estudada, com a indicação precisa de seus limites(extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> diagnóstico/ classificação); indicar, quan<strong>do</strong> houver demarcada, a área correspondenteaos bens da União.


3. SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO/ CLASSIFICAÇÃOPara efetuar esta síntese será necessário recuperar e complementar os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nasetapas anteriores, e consolida<strong>do</strong>s nos produtos da oficina I. A análise <strong>do</strong> material coleta<strong>do</strong>deverá propiciar uma caracterização geral <strong>do</strong> município, que contemple uma sériede informações requeridas para o planejamento adequa<strong>do</strong> de sua orla.3.1. Atributos naturais e paisagísticoDescrição sucinta <strong>do</strong>s principais recursos ambientais, com informações sobre os atributosnaturais e paisagísticos, recupera<strong>do</strong>s das atividades desenvolvidas nas etapas I e II daoficina de capacitação.3.2 Identificação das atividades gera<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> problema e <strong>do</strong>s atoresenvolvi<strong>do</strong>sNeste tópico, devem ser listadas e caracterizadas as atividades que contribuem para aexistência <strong>do</strong>s problemas e os respectivos atores envolvi<strong>do</strong>s.3.3 Problemas de uso e ocupação e impactos na orla58Indicar qual a relação existente entre as principais atividades socioeconômicasidentificadas com os impactos ambientais na orla, tanto atuais quanto potenciais. É omomento de dimensionar, por meio de da<strong>do</strong>s secundários e estatísticos, os efeitos decorrentes<strong>do</strong>s impactos das diferentes atividades sobre a qualidade ambiental na orla.Deve-se tomar como base as informações contidas no Quadro Síntese 2, de forma que,para cada problema, devem ser descritos os efeitos gera<strong>do</strong>s, por exemplo: os efeitoscausa<strong>do</strong>s pela disposição de esgotos <strong>do</strong>mésticos são as <strong>do</strong>enças de veiculação hídrica, acontaminação da areia, a perda da qualidade da paisagem, contaminação <strong>do</strong> lençolfreático etc.3.4 Estrutura fundiária na orlaAqui cabe avaliar a estrutura fundiária observada na orla, a partir <strong>do</strong> Quadro 3, especifican<strong>do</strong>o sistema de propriedade vigente, avalian<strong>do</strong> as situações legais, as irregularidadespraticadas, dan<strong>do</strong> especial atenção às restrições de acesso às praias e sua ocupaçãoprivada, bem como as formas de utilização <strong>do</strong>s terrenos e acresci<strong>do</strong>s de marinha.Para levar em conta!Leia o texto apresenta<strong>do</strong> em Fundamentos para <strong>Gestão</strong> Integrada, no capítulo 7,sobre os elementos que devem ser considera<strong>do</strong>s na construção <strong>do</strong> diagnóstico.Recorra sempre aos subsídios gera<strong>do</strong>s nas etapas anteriores. Lembre-se que nãosão necessárias descrições detalhadas!


4. CENÁRIO DE USOS DESEJADOS PARA A <strong>ORLA</strong>Conforme trabalha<strong>do</strong> anteriormente, o diagnóstico atual deve servir como base para adefinição de cenários de usos futuros, portanto, deve-se recuperar os resulta<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>snas atividades 7.1 e 7.2 deste Manual.5. AÇÕES E MEDIDAS ESTRATÉGICASO Plano de <strong>Gestão</strong> deve indicar as possíveis soluções para os problemas identifica<strong>do</strong>s eagrupa<strong>do</strong>s no diagnóstico, promoven<strong>do</strong>, assim, o incentivo de atividades compatíveiscom o uso pretendi<strong>do</strong>. Desta forma, o planejamento de ações deve ser feito a partir dasprovidências para prevenir ou corrigir os efeitos suscita<strong>do</strong>s pelos problemas. Para cadaação deve ser descrito:Finalidade – descrever o objetivo da ação proposta;Duração da atividade – especificar o tempo necessário à implementação da açãoplanejada (regularidade, data <strong>do</strong> início, término, ou se é uma atividade contínua);Responsabilidades - definir a entidade/ órgão responsável pela execução da ação.Este processo deve se repeti<strong>do</strong> para cada problema, descrito em forma de texto, seguin<strong>do</strong>a estrutura abaixo:Problema 1 – descrição1. Ações e medidas estratégicas para equacionar o problema1.1 Finalidade1.2 Duração da atividade1.3 Atores a serem envolvi<strong>do</strong>s: responsáveis e beneficia<strong>do</strong>s596. SUBSÍDIOS E MEIOS EXISTENTESConsideran<strong>do</strong> os prazos que decorrem entre os procedimentos de diagnóstico/ classificaçãoe a execução <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>, cabe avaliar os meios de gestão já existentes,abordan<strong>do</strong> numa listagem de verificação, os seguintes pontos:6.1 Base legal existente que permita implementar as ações normativasEXEMPLO• Lei que estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei Nº 6938/ 81)• Lei Nacional <strong>do</strong> Gerenciamento Costeiro (Lei Nº 7661/ 88 e Decreto 5300/ 2004)• Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNG C-II)• Lei Federal sobre o Patrimônio da União (Lei Nº 9636/ 98 e Decreto 3725/ 2001)• Lei Estadual <strong>do</strong> Meio Ambiente• Plano de <strong>Gestão</strong> Estadual <strong>do</strong> Gerenciamento Costeiro


• Lei Orgânica <strong>do</strong> Município• Plano Diretor Municipal• Legislação Ambiental Municipal• Plano Municipal de Turismo6.2 Base institucional local para executar as ações previstasEXEMPLO• Secretaria Municipal de Meio Ambiente• Secretaria Municipal de Turismo• Destacamento da Polícia Florestal• Núcleo <strong>do</strong> Projeto Baleia Franca6.3 Fóruns de decisão existentes no municípioEXEMPLO• Câmara Municipal• Conselho Municipal de Turismo• Conselho Municipal de Meio Ambiente• Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano606.4 Instrumentos gerenciais e normativos locais existentesEXEMPLO• Código Municipal de Obras• Licenciamento ambiental6.5 Material técnico-científico disponível (referências bibliográficas)Material de conhecimento técnico e científico já confecciona<strong>do</strong> para a orla em questão(estu<strong>do</strong>s, pesquisas, planos, levantamentos, etc.).Fique atento:Nos tópicos anteriores foram apresenta<strong>do</strong>s os requisitos técnicospara elaboração <strong>do</strong> plano de gestão. O Guia de Implementaçãoapresenta as idéias estratégicas para mobilização, envolvimento ecomprometimento <strong>do</strong>s diferentes agentes governamentais e dasociedade civil, bem como o passo a passo para legitimação <strong>do</strong>Plano de <strong>Gestão</strong>. Também é detalhada a sistemática deacompanhamento, avaliação e revisão <strong>do</strong> Plano pelo ComitêGestor.


ETAPAS DO <strong>PROJETO</strong> <strong>ORLA</strong>MANUAL DE GESTÃOGUIA DE IMPLEMENTAÇÃOOficina I Consolidação<strong>do</strong>Diagnóstico, diagnósticoClassificação,Delimitação daorla e CenáriosOficina II<strong>Planejamento</strong>das açõesConsolidaçãoda VersãoPreliminar <strong>do</strong>Plano de<strong>Gestão</strong> IntegradaAprovaçãoAudiência delegitimação <strong>do</strong>Plano de <strong>Gestão</strong>e da composição<strong>do</strong> ComitêGestorInstituição <strong>do</strong>Comitê Gestor7. CRONOGRAMA GERALElaboração de um cronograma de trabalho viável para implantar as ações propostas,cobrin<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> de sua vigência até a data da revisão, cuja definição constitui seuitem final.AtividadesMês1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Linha de Ação 1Melhorar a acessibilidade às praias e aos recursos <strong>do</strong> estuário61Estudar e definir os pontos eacessos a serem abertos nosdiferentes trechos da orlaDeterminar os limites para aocupação, consideran<strong>do</strong> aárea de uso comum <strong>do</strong> povo eas áreas de preservaçãopermanenetes existentes emcada trecho.Propor novos padrõesurbanísticosElaborar anteprojeto deordenamento urbanísticoRevisão <strong>do</strong> Plano de <strong>Gestão</strong>


62.


ANEXO IICONJUNTO DE ELEMENTOS GRÁFICOS63


ANEXO IICONJUNTO DE ELEMENTOS GRÁFICOSTRANSATLÂNTICO ESCUNA BARCOS DE PESCA ARTESANAL65ROCHEDO ISOLADO/ NINHALCHAPEIRÕES/ COLUNAS DE CORALMERGULHADORESPARCELFUNDEADOURO


BANHISTAS + RECIFE BARES NA ÁGUA PESCA + RECREAÇÃOBALNEÁRIO/ 2a. RESIDÊNCIA COQUEIRAL + BALNEÁRIO RÚSTICO ENSEADA66RUA BEIRA MAR AVENIDA BEIRA MAR ESTRADA + COSTÃOESTRADA DE TERRA BUGRES NA PRAIA BAIRRO CONVENCIONAL


PRAIA + QUIOSQUES LAGOAS + DUNAS LAGOA + RESTINGA + CASASLAGOA + INSTALAÇÕES DE RECREIO PRAIA + COQUEIRAL FAROL67SALGADO RIO COSTÃO + MATA ATLÂNTICA TANQUES PARA CRIAÇÃO DE CAMA-RÃOPARQUE PÚBLICO JOGOS DE PRAIA COSTÃO + RESIDÊNCIAS


PONTAL DE AREIARIO CANALIZADOENRONCAMENTO/ BARREIRAS ARTIFICIAISPRAIA TRANQÜILA68ARQUIPÉLAGO COM VEGETAÇÃOPLATAFORMA DE PETRÓLEOCOSTÃO/ MERGULHO/ PESCA CRIADOUROS/ MARISCULTURA BARCOS DE RECREIO


VILA RÚSTICA VILA RÚSTICA NO MORRO PALAFITASURBANIZAÇÃO MISTA RESIDENCIAL PRÉDIOS BAIXOA (ATÉ ANDARES) BAIRRO JARDIM69VERTICALIZAÇÃO ISOLADA VERTICALIZAÇÃO - QUADRA BLOCO FAVELA NO MORROREFINARIA SIDERÚRGICA FAVELA/ TERRENO PLANO


PETROQUÍMICA PORTO TERMINAL PETROLÍFEROVILA RÚSTICA NO MORRO/TERREIRO OU QUADRADOATRACADOURO SIMPLESCASARIO HISTÓRICO70EROSÃO DEPÓSITO DE LIXO DESMATAMENTO/ QUEIMADADESMONTE DE MORROS FORTIFICAÇÕES CALÇADÃO


ATERROSRESORT OU COMPLEXO HOTELEIROISOLADOPISCINAS NATURAISPRAÇA71MARINA PARQUE TEMÁTICO JARDIM DE PRAIAPRAIA COM DESOVA DE TARTARUGA PRAIA COM LÍNGUA DE ESGOTO FALÉSIA


RECIFES DE ARENITO BANHISTAS PRAIA SEM VEGETAÇÃOWINDSURF/ CATAMARAN ONDAS FORTES/ SURF BANANA BOAT/ JET SKI72ESCUNA/ PIER/ DECK MANGUEZAL LAGOA + DUNASCANAIS COQUEIRAL DUNA MÓVEL


PRAIA COM VEGETAÇÃO BAIXA PRAIA COM COQUEIROS PRAIA COM ARVOREDOMORRO FLORESTADO MORRO NÃO FLORESTADO MORRO SEMI-FLORESTADO73LAGOA RESTINGA ALTA RESTINGA BAIXALAGOA/ RESTINGA REFLORESTAMENTO DE PINUS REFLORESTAMENTO DE EUCALIPTOS


74.


ANEXO IIIDETALHAMENTO DOS PARÂMETROS DEQUALIDADE AMBIENTAL75


ANEXO IIIDETALHAMENTO DOS PARÂMETROS DEQUALIDADE AMBIENTALParâmetros Ambientais1. COBERTURA VEGETAL NATIVA (%)Deve-se considerar o percentual de área que apresenta um ou vários tipos de cobertura vegetalnativa (ex.: mata atlântica, manguezal, vegetação de restinga e fixa<strong>do</strong>ra de dunas), em relação aosdemais usos e ocupações existentes na orla. Essa informação pode ser facilmente observada apartir <strong>do</strong> material cartográfico e fotográfico usa<strong>do</strong> na descrição paisagística, uma vez que é um<strong>do</strong>s elementos que compõem a matriz de paisagem. A incidência desse parâmetro poderá serenquadrada nas características de cada classe genérica, como:pre<strong>do</strong>minantemente íntegra em pelo menos 70% <strong>do</strong> trecho de orla, ten<strong>do</strong> como componenteum (ou mais) ecossistema(s) natural(is) ou pouco altera<strong>do</strong>(s).apresenta-se íntegra em pelo menos 30% da área e parcial ou significativamente alterada em até70% <strong>do</strong> trecho da orla.pre<strong>do</strong>mina alteração total em mais de 80% da área e alterações significativas em 20% da áreacom remanescentes da vegetação nativa.772. VALORES CÊNICOSDeve ser avalia<strong>do</strong> o valor cênico/ paisagístico, ou o seu valor potencial no conjunto analisa<strong>do</strong>, emtermos de bem-estar da população ou atrativo para atividades específicas (turismo, lazer, etc.).Nessa análise, deve-se observar o conjunto <strong>do</strong>s elementos que integram a paisagem, sen<strong>do</strong>importante considerar aqueles com os quais a população local guarda forte identidade. A incidênciadesse parâmetro poderá ser enquadrada nas características de cada classe genérica, como:alto grau de naturalidade e significância da paisagem natural em pelo menos 70% da área,poden<strong>do</strong> apresentar mais de um ecossistema e aspectos peculiares ou raros, como patrimôniohistórico - cultural e ecossistemas que abrigam fauna/ flora de forte apelo sociocultural.paisagem composta por elementos naturais e urbanos em proporções semelhantes, com diversidadede elementos e planos visuais e aspectos peculiares ou raros isola<strong>do</strong>s, como patrimônio histórico– cultural e ecossistemas que abrigam fauna/ flora de forte apelo sociocultural.pre<strong>do</strong>mina a presença de elementos urbanos, com elementos naturais ausentes ou completamentealtera<strong>do</strong>s e/ ou degrada<strong>do</strong>s, poden<strong>do</strong> apresentar aspectos peculiares ou raros como acidentesgeográficos que dificultam a urbanização, pontos turísticos e monumentos (Ex.: Pão de Açúcar/RJ).


3. INTEGRIDADE DOS ECOSSISTEMASEsta variável está associada ao grau de naturalidade ambiental, de presença de ativos ambientais,associa<strong>do</strong>s à capacidade de manter as funções ecológicas e a diversidade de espécies, aspectosidentificáveis na descrição paisagística. A exemplo da cobertura vegetal, a integridade <strong>do</strong>secossistemas deve ser avaliada em um senti<strong>do</strong> amplo, consideran<strong>do</strong> a variedade de unidadesfisiográficas existentes no trecho de orla em análise. Muito embora a integridade <strong>do</strong>s ecossistemasesteja associada à tendência de aumento da urbanização, deve-se avaliar suas alterações nocontexto da classe diagnosticada. Não se pretende realizar nenhum levantamento exaustivo,sugerin<strong>do</strong>-se, assim, o uso de informações já disponíveis e o conhecimento da equipe técnica,permitin<strong>do</strong>, de igual forma, que a variável seja enquadrada nas classes genéricas.apresenta ativos ambientais originais em pleno equilíbrio ambiental, com diversificada composiçãode espécies, suficiente para compor uma organização funcional capaz de manter, de formasustentada, uma comunidade de organismos balanceada, integrada e adaptada, poden<strong>do</strong> ocorreratividades humanas de baixo impacto.apresenta os ecossistemas originais parcialmente ou significativamente modifica<strong>do</strong>s, comdificuldades de regeneração natural, provocada pela exploração, supressão ou substituição dealguns de seus componentes, a partir da ocorrência de assentamentos humanos com maiorintegração entre si ou da descaracterização <strong>do</strong>s substratos terrestres e marinhos.apresenta a maior parte <strong>do</strong>s componentes <strong>do</strong>s ecossistemas originais degradada ou suprimida ea organização funcional eliminada.4. FRAGILIDADE DOS ECOSSISTEMAS78Esse indica<strong>do</strong>r é o resulta<strong>do</strong> da caracterização <strong>do</strong>s aspectos físico-naturais, e expressa a capacidadede sustentabilidade <strong>do</strong>s ecossistemas em face <strong>do</strong>s processos de ocupação e usos diversos.A<strong>do</strong>ta-se, neste trabalho, a mesma orientação <strong>do</strong> Macrodiagnóstico da Zona Costeira <strong>do</strong> Brasil:Escala da União (MMA, 1996), onde é definida a seguinte tipologia:• pouco frágil – (i) favorável à ocupação urbana, (ii) favorável à urbanização e à agropecuária e (iii)desfavorável à ocupação devi<strong>do</strong> às restrições climáticas;• frágil – alto potencial erosivo e relevo disseca<strong>do</strong>;• muito frágil – (i) preservação permanente, (ii) áreas sujeitas a inundações freqüentes, lençolfreático raso e (iii) remanejamento de sedimentos.Assim, pode-se compreender que as três tipologias podem ocorrer em quaisquer das classesgenéricas. O que deve variar é a extensão de áreas com ambientes frágeis em relação ao grau deocupação atual, como caracteriza<strong>do</strong>, a seguir, no enquadramento dentro das respectivas classes:apresenta ambientes pouco frágeis, sem ocupação ou ocupa<strong>do</strong>s horizontalmente, de formacompatível com as condições naturais. Muitas áreas naturais, com potencial erosivo controla<strong>do</strong>pela sua cobertura vegetal nativa; presença de pequenas áreas de relevo disseca<strong>do</strong> por condiçõesnaturais; presença de áreas muito frágeis, com alterações insignificantes na paisagem.apresenta, ainda, ambientes pouco frágeis, ocupa<strong>do</strong>s de forma mista ou vertical; algumas áreasnaturais frágeis, onde medidas de controle ou com processos erosivos impõem-se às ocupações.Pode apresentar extensas áreas de relevo disseca<strong>do</strong>; áreas muito frágeis, já alteradas pelos processosde ocupação, com algumas obras de engenharia que controlam o potencial erosivo, de inundaçãoou a remobilização de sedimentos.apresenta ambientes pouco frágeis, normalmente ocupa<strong>do</strong>s de forma vertical. Poucas áreasnaturais frágeis, reduzidas em sua extensão, geralmente alteradas por obras de engenharia, quecontrolam/ previnem o potencial erosivo, inundação ou remobilização de sedimentos.


5. PRESENÇA DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃOA avaliação sobre a presença de unidades de conservação irá incidir sobre a dimensão das áreaslegalmente protegidas nos moldes <strong>do</strong> Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), e aproporção deste uso em relação aos demais usos e ocupações observa<strong>do</strong>s. Não importa, nestecontexto, a responsabilidade administrativa (federal, estadual, municipal ou particular) ou suacategoria. De qualquer forma, sua presença irá configurar uma “orla de interesse especial”. Talinformação encontra-se disponível no IBAMA/ Diretoria de Áreas Protegidas e, ainda que careçade atualização, no Macrodiagnóstico da Zona Costeira <strong>do</strong> Brasil: Escala da União (MMA, 1996).extensas áreas protegidas por unidades de conservação, em harmonia com a ocupação <strong>do</strong> entornoe demais usos, com pre<strong>do</strong>mínio de categorias de uso indireto.poucas unidades de conservação efetivas e/ ou com extensão limitada, com entorno sofren<strong>do</strong>pressão pelos processos de ocupação e demais usos, mas ainda pre<strong>do</strong>minan<strong>do</strong> as categorias deuso sustentável.não apresenta unidades de conservação ou as existentes não são efetivas, pois sofrem alta pressão<strong>do</strong> processo de ocupação e demais usos no seu entorno.6. CONDIÇÃO DE BALNEABILIDADEEssa variável será avaliada com base na Resolução CONAMA 357/ 2005, a qual estabelece asquantidades aceitáveis de coliformes fecais e totais presentes em 100 ml de água e sua compatibilidadecom usos. Esta informação geralmente está disponível nos órgãos estaduais de meioambiente e/ ou nos órgãos estaduais/ municipais de saúde. A incidência desse indica<strong>do</strong>r deveráestar correlacionada com as características estipuladas para cada classe genérica.pre<strong>do</strong>minância de águas classificadas como classe Especial e classe 1; permitem atividades decontato primário com a água.pre<strong>do</strong>minância de águas classe 1 e 2; permitem atividades de contato primário com a água(natação, surfe, banho).pre<strong>do</strong>minância de águas de classe 3 e 4; atividades de contato primário com a água não sãorecomendadas, apenas recreação de contato secundário, como esportes náuticos, ou outrosusos, como navegação e atividades portuárias.797. DEGRADAÇÃO AMBIENTALA avaliação incidirá sobre a extensão de áreas com impactos ambientais significativos, resultantesde atividades socioeconômicas. A degradação diferencia-se de situações que ocorrem em momentosde substituição ou implementação de um uso/ ocupação a partir de licenciamentoambiental, como, por exemplo, movimentos de terraplenagem para construção de estradas. Adegradação pode ser exemplificada por queimadas e desmatamentos não autoriza<strong>do</strong>s, poluiçãodas águas, <strong>do</strong> solo ou visual. A degradação pode, ainda, ser derivada de uma resposta natural auma intervenção, como assoreamento de estuários, causa<strong>do</strong> por desmatamento da vegetação; adestruição de ambientes litorâneos, devi<strong>do</strong> a obras de infra-estrutura, como aterros, molhes eterminais portuários que alteram a movimentação de sedimentos, provocan<strong>do</strong>/ potencializan<strong>do</strong>processos erosivos em diferentes pontos da orla, ou em toda sua extensão. A incidência dessavariável poderá ser enquadrada dentro das características de cada classe genérica.pode apresentar ambientes degrada<strong>do</strong>s em até 10% da área da orla delimitada, poden<strong>do</strong>apresentar feições erodidas em até 20% da orla.pode apresentar ambientes degrada<strong>do</strong>s em áreas equivalentes à faixa de 10 a 30% da orladelimitada, poden<strong>do</strong> apresentar feições erodidas em áreas equivalentes à faixa entre 20 a 40%da orla.pode apresentar ambientes degrada<strong>do</strong>s em mais de 30% da orla, poden<strong>do</strong> apresentar feiçõeserodidas em áreas acima de 40% da orla.


8. PRESENÇA DE EFLUENTES (LÍNGUAS NEGRAS)Na descrição paisagística, foi solicitada a identificação da presença ou ausência de efluentes,visualmente identifica<strong>do</strong>s por “línguas negras”, que deixam manchas na areia das praias, caracterizan<strong>do</strong>os pontos de lançamento de efluentes na orla. Muitas vezes a situação está associadaàs bocas de lobo ou tubulações, também utilizadas para drenagem pluvial de vias litorâneas.Neste caso, deve-se avaliar o<strong>do</strong>r e cor da água despejada e da areia nas proximidades. Se possível,verifique junto ao órgão de meio ambiente ou órgão de saúde se a situação já foi analisada. Aocorrência dessa variável está intrinsecamente relacionada às classes genéricas e seu grau deurbanização, conforme descrito no quadro a seguir:onde as línguas negras não ocorrem, ou ocorrem com pouca freqüência, em distâncias mínimasde <strong>do</strong>is quilômetros. Haven<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s sobre balneabilidade, tal critério deverá estar dentro <strong>do</strong>spadrões considera<strong>do</strong>s ótimos.com ocorrência de línguas negras em média freqüência, ou seja, quan<strong>do</strong> sua presença acontecerem distâncias mínimas de um quilômetro. Haven<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s sobre balneabilidade, tal critériotambém deverá estar dentro <strong>do</strong>s padrões considera<strong>do</strong>s aceitáveis.onde as línguas negras ocorrem em distâncias menores que um quilômetro, ou em qualquerdistância, e os da<strong>do</strong>s sobre balneabilidade, quan<strong>do</strong> existentes, apresentarem-se fora <strong>do</strong>s padrõesaceitáveis.9. PRESENÇA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (LIXO) NA <strong>ORLA</strong>A presença de resíduos na orla pode ser caracterizada pela existência de depósitos sem tratamento,mesmo que provisoriamente, bem com pela ausência de coleta, resultan<strong>do</strong> na ocorrência delixo espalha<strong>do</strong> nas ruas, praias e terrenos. Comparativamente às demais características de cadaclasse genérica, a incidência desse parâmetro poderá enquadrada, quan<strong>do</strong> baixa na classe A,média na classe B e alta na classe C.80onde, mesmo existin<strong>do</strong> a coleta sistemática de lixo, observa-se a presença de resíduos espalha<strong>do</strong>sem menos de 15% da área total das ruas ou <strong>do</strong> ambiente pre<strong>do</strong>minante na orla, ou quan<strong>do</strong> osdepósitos, com ou sem tratamento, estiverem localiza<strong>do</strong>s distantes das residências e da própriaorla.onde, embora a coleta exista, o lixo pode estar sen<strong>do</strong> mal acondiciona<strong>do</strong>, espalhan<strong>do</strong>-se emáreas correspondentes à faixa entre 15 a 40% da orla; lixo deposita<strong>do</strong> em áreas sem tratamentoou próximas à orla; presença de coleta, com destinação final e tratamento distante da orla.ausência de coleta de lixo em mais de 40% das áreas urbanas ou, onde embora exista coleta, olixo pode estar deposita<strong>do</strong> em áreas sem tratamento ou próximas à orla.10. PRESENÇA DE CONSTRUÇÕES IRREGULARESPor construções irregulares, compreendem-se todas as edificações que estejam em desacor<strong>do</strong>com a legislação vigente, em especial a ambiental e a que se refere a áreas de uso comum <strong>do</strong> povoe ao patrimônio da União. Chama-se atenção para edificações sobre áreas de preservação permanente,terrenos de marinha e para as determinações constantes de zoneamentos territoriaislegalmente defini<strong>do</strong>s. Espera-se que a incidência desse indica<strong>do</strong>r seja sempre baixa na classe A,devi<strong>do</strong> à ausência, ou à baixa pressão imobiliária e disponibilidade de áreas adequadas paraconstrução, mas poderá ser baixa, média ou alta dentro das características das classes B e C.construções irregulares não excedem 10% <strong>do</strong> total de construções existentes na orla ocupada.construções irregulares representam 10 a 30% <strong>do</strong> total de construções edificadas na orla.onde a ocorrência de construções desse tipo pode ser superior a 30% <strong>do</strong> total de edificações.


11. POTENCIAL PARA APROVEITAMENTO MINERALDefini<strong>do</strong> pela presença de recursos minerais, exceto petróleo e/ ou gás, potencialmente exploráveis,tanto <strong>do</strong> ponto de vista da disponibilidade quanto da viabilidade de exploração, consideran<strong>do</strong>que isso deva ser feito de forma compatível com a classificação <strong>do</strong> trecho. A incidência desseparâmetro também poderá remeter para as diferentes classes genéricas.possibilidade de exploração legal de no máximo 10% da área.possibilidade de exploração legal em áreas entre 10 a 30 % da área da orla.possibilidade de exploração legal em áreas maiores que 30 % da área da orla.12. APTIDÃO AGRÍCOLAGrau de compatibilidade das condições de solo, clima e disponibilidade de água com os tipos deculturas. Proporção de áreas legalmente passíveis de alteração para uso agrícola. Sua incidênciadeve estar relacionada com as características de cada classe genérica.classe com possibilidade de alteração legal, permitin<strong>do</strong> que seja destina<strong>do</strong> até 10% da orla paraatividades agropecuárias.onde existe a possibilidade de alteração legal, destinan<strong>do</strong> 10 a 40% da área da orla para atividadesagropecuárias.onde se observa baixa disponibilidade de recursos devi<strong>do</strong> ao nível de alteração <strong>do</strong>s ambientesnaturais; ocorre, geralmente, em áreas com baixa restrição à agropecuária.13. POTENCIAL DE EXTRAÇÃO VEGETALDisponibilidade de recursos da vegetação original passível de extração para aproveitamentoeconômico, tais como óleos, fitoterápicos, alimentos, fibras, dentre outros. Disponibilidade deáreas legalmente exploráveis. A incidência dessa variável remeterá às diferentes classes genéricas.81orla com alta disponibilidade de recursos, poden<strong>do</strong> estar localizada tanto em áreas com baixa oualta restrição legal para exploração.orla com média disponibilidade de recursos, poden<strong>do</strong> estar localizada tanto em áreas com baixaou alta restrição legal para exploração.orla com baixa disponibilidade de recursos devi<strong>do</strong> ao nível de alteração <strong>do</strong>s ambientes naturais.Geralmente localiza-se em áreas com baixa restrição à exploração.14. POTENCIAL PESQUEIRORepresenta a capacidade natural <strong>do</strong> ambiente em disponibilizar recursos pesqueiros (peixes,camarões, caranguejos, mariscos e outros frutos <strong>do</strong> mar), com potencial de exploração comercial.Deve-se aferir e comparar o potencial pesqueiro por meio de da<strong>do</strong>s disponíveis (captura porunidade de esforço – CPUE) nas estatísticas pesqueiras produzidas pelo IBAMA e pela SecretariaEspecial de Aqüicultura e Pesca (SEAP). A incidência desse parâmetro deverá estar refletida nasdiferentes classes genéricas.orla com alta produtividade e/ ou boa qualidade <strong>do</strong> pesca<strong>do</strong> nos estoques próximos à costa,quan<strong>do</strong> comparada às características naturais regionais.áreas com baixo a médio comprometimento <strong>do</strong> potencial produtivo e/ ou qualidade <strong>do</strong> pesca<strong>do</strong>nos estoques próximos à costa, se comparadas às características naturais regionais.áreas com potencial produtivo e/ ou qualidade <strong>do</strong> pesca<strong>do</strong> comprometi<strong>do</strong>s nos estoques próximosà costa, se comparada às características naturais regionais.


15. APTIDÃO PARA A MARICULTURAAs áreas com maior aptidão apresentam condições naturais favoráveis ao desenvolvimento dessaatividade, tais como: qualidade e capacidade de renovação da água, profundidade, abrigo deondas e correntes fortes, livre da influência de efluentes <strong>do</strong>mésticos e industriais e compatibilidadecom os demais usos existentes. Assim como as demais variáveis, esta, quan<strong>do</strong> presente, deveráestar correlacionada com as respectivas classes genéricas da orla:orla com boa qualidade de água, tipologia favorável e atividades econômicas compatíveis com amaricultura.orla com qualidade de água que oscila entre bom e ruim para essa atividade, tipologia favorávele atividades econômicas incompatíveis com a maricultura.orla com baixa qualidade de água, tipologia desfavorável e atividades econômicas incompatíveiscom a maricultura.Parâmetros Sociais16. PRESENÇA DE COMUNIDADES TRADICIONAIS82Por comunidades tradicionais compreendem-se núcleos sociais com características culturais bemdefinidas e comuns aos seus elementos, poden<strong>do</strong> ser formadas por representantes de sociedadesque estão sen<strong>do</strong> reduzidas, tais como comunidades indígenas (cuja presença de reservasreconhecidas legalmente configura orla de interesse especial) e remanescentes de quilombos ousegmentos organiza<strong>do</strong>s em torno da atividade econômica, mantida historicamente com poucaou nenhuma influência de outros setores, como pesca<strong>do</strong>res artesanais ou de subsistência ecoletores florestais. Trata-se de um parâmetro que tem grande correlação com os tipos de orlagenéricos:orla com alta representatividade de comunidade(s) tradicional(ais) em relação ao total da populaçãolocal, com pouca ou nenhuma alteração cultural relevante; ocupa pequenas vilas isoladas, essas,por sua vez, apresentan<strong>do</strong> mais de 50% da área com vegetação nativa preservada.orla onde a(s) comunidade(s) apresentam-se distribuídas em núcleos, forman<strong>do</strong> localidadesentremea<strong>do</strong>s por ambientes quase naturais, onde menos de 50% <strong>do</strong> total da vegetação nativaestá conservada. Pode ainda estar concentrada em pequenos núcleos urbanos, apresentan<strong>do</strong>alterações culturais relevantes.orla onde inexistem comunidades tradicionais, ou na existência de núcleos isola<strong>do</strong>s, os mesmosapresentam alterações culturais marcantes, o que inclui a<strong>do</strong>ção de costumes urbanos.18. CONCENTRAÇÃO DE DOMICÍLIOS DE VERANEIO (SEGUNDA RESIDÊNCIA)Este parâmetro sinaliza a presença de população flutuante e a demanda por infra-estrutura eserviços básicos, deven<strong>do</strong> ser avaliada em relação à quantidade total de <strong>do</strong>micílios. A incidênciadessa variável tem alta correlação com cada classe genérica.nessa classe, os <strong>do</strong>micílios de veraneio não devem exceder a 30% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.orla onde os <strong>do</strong>micílios de veraneio podem alcançar até 50% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.nessa classe é freqüente a ocorrência de <strong>do</strong>micílios de veraneio em concentração acima de 50%<strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.


19. INFRA-ESTRUTURA DE LAZER/ TURISMOCompreende to<strong>do</strong>s os equipamentos e serviços que permitem atividades recreacionais na orla,principalmente ao ar livre, tanto para o turista como para a população residente. Envolve comércio,entretenimento, equipamentos para esportes e lazer tais como: quadras de jogos, pistas paracaminhada e/ ou ciclovias, academias de ginástica, bibliotecas, salas de exposição, cinemas, teatros,casas de shows, danceterias, quiosques, bares, restaurantes, parques de diversões, parquestemáticos, clínicas de repouso. Devem ser considera<strong>do</strong>s também os serviços, tais como, guiaslocais e loca<strong>do</strong>ras de equipamentos náuticos (lanchas, veleiros, pranchas, jet-ski, caiaque epedalinhos), charretes, cavalos, bicicletas e outros equipamentos esportivos.Já a infra-estrutura de turismo inclui meios de hospedagem, postos de informação, agências,loca<strong>do</strong>ras de veículos. A incidência dessa variável poderá ser compatível com as demais característicasde cada classe genérica.presença, em meio a áreas pre<strong>do</strong>minantemente nativas, sem prejuízo da dinâmica ecológicaexistente, de pouca infra-estrutura de lazer (equipamentos fixos, barracas, quiosques e pequenosatraca<strong>do</strong>uros). Estabelecimentos comerciais concentra<strong>do</strong>s em áreas selecionadas, volta<strong>do</strong>s aoartesanato e gastronomia. Área pode ser ocupada por complexos hoteleiros isola<strong>do</strong>s (resorts)desde que resguardadas as devidas orientações para ocupação máxima permitida; chácaras (acimade 5.000 m²) e estruturas de lazer isoladas (incluin<strong>do</strong> áreas de camping).presença de infra-estrutura de lazer de médio porte, incluin<strong>do</strong> áreas ajardinadas, parques, calçadõese praças (quiosques, barracas de praia sem banheiro ou com banheiro <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de fossa, esportes),atividades de pesca com linha, atraca<strong>do</strong>uros ou pequenas marinas. Atividades comerciais pontuaise/ ou difusas volta<strong>do</strong>s ao artesanato e gastronomia, entretenimento e serviços. Área pode serocupada por complexos hoteleiros ou de lazer, balneários horizontais ou mistos isola<strong>do</strong>s entre si,por áreas cobertas por vegetação nativa e/ ou áreas destinadas à produção agropecuária (usomisto – preponderantemente residencial).presença de infra-estrutura de lazer diversificada, incluin<strong>do</strong> quadras poli-esportivas, ciclovias,pesca de linha, marinas, barracas de praia com e sem banheiros. Alta diversidade e densidade deatividades comerciais volta<strong>do</strong>s ao artesanato, gastronomia, entretenimento e serviços. Pode serocupada por atividades hoteleiras ou afins (hotéis/ resorts, colônias de férias, pousadas); complexosde lazer (como parques temáticos, parques urbanos, áreas de camping, etc).8320. COBERTURA URBANA OU URBANIZAÇÃOA cobertura urbana ou urbanização deve ser avaliada pelos seus principais elementos da paisageme estrutura de cobertura (forma, configuração paisagística e distribuição espacial), comoorienta<strong>do</strong> na descrição paisagística, assim como pelos tipos de ocupação existentes. Ten<strong>do</strong> emvista a natureza dessa variável e as características das classes genéricas, sua incidência em orlas daclasse A será sempre baixa, na classe B média e na classe C alta.pode estar isolada em fragmentos ou forman<strong>do</strong> corre<strong>do</strong>res, com seu elemento paisagísticoconstituí<strong>do</strong> de urbanização de pequeno porte (até 20.000 habitantes), com coberturapre<strong>do</strong>minantemente horizontal. Pode apresentar configuração paisagística rústica, comum oubairro-jardim; possui cunho histórico, cultural ou de forte apelo turístico. Área ocupada porpequenas vilas ou localidades isoladas, com habitações horizontais e mais de 50% da áreaocupada por vegetação nativa preservada.apresenta-se em manchas, forma corre<strong>do</strong>res ou constitui na matriz; seu elemento paisagísticoestá basea<strong>do</strong> na urbanização de médio porte, com cobertura horizontal (densa) ou mista. Podeapresentar configuração rústica, comum ou bairro-jardim; possui caráter habitacional ou turístico,na qual a vegetação ocupa 50% da área existente, poden<strong>do</strong> ter um caráter histórico ou cultural.Ocupada por loteamentos/ balneários horizontais ou mistos, isola<strong>do</strong>s entre si, entremea<strong>do</strong>s poráreas cobertas por vegetação nativa e/ ou plantações (uso misto – preponderantemente residencial).Pequenos centros urbanos horizontais ou mistos.


apresenta mancha urbana contínua convencional, forman<strong>do</strong> corre<strong>do</strong>r ou matriz, com urbanizaçãode grande porte; cobertura pre<strong>do</strong>minantemente vertical; pode apresentar configuração comumou bairro-jardim; ocupa grande porção de território, com atividades não prioritariamente turísticas.Ocupação exclusivamente habitacional (com primeira e segunda residência); oupre<strong>do</strong>minantemente habitacional (com primeira e segunda residência); ou mistos habitacionais(com primeira e segunda residência), comerciais, serviços, industriais; ou ocupada exclusivamentepor estabelecimentos públicos ou priva<strong>do</strong>s de interesse social, como escolas, hospitais, asilosprisões, etc.21. DOMICÍLIOS SERVIDOS POR ÁGUA (%)Este indica<strong>do</strong>r deve expressar a quantidade de residências com abastecimento direto de águacorrente pelo serviço público**. Embora seja uma informação relevante para planejamento daintervenção, abastecimento por chafarizes, ou poços comunitários, não devem ser considera<strong>do</strong>s.A incidência dessa variável poderá ser baixa, média ou alta, conforme as compatibilidades com asdemais características de cada classe genérica.deve abranger até 40% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.pode ocorrer em uma faixa entre 41 e 60% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.pode ocorrer em uma faixa superior a 60% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.**Da<strong>do</strong> já disponível para os municípios litorâneos no Macrodiagnóstico da Zona Costeira <strong>do</strong> Brasil: Escala daUnião (MMA, 1996).22. DOMICÍLIOS COM SERVIÇO DE ESGOTO (%)84Neste caso, serão consideradas apenas as residências ligadas à rede coletora de esgoto instaladapelo serviço público, não sen<strong>do</strong> o caso, por enquanto, de observar a destinação final e forma detratamento a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, mas esta informação (assim como uso de outros procedimentos tecnológicos)poderá ser útil para posterior planejamento e gestão da orla. Da<strong>do</strong> já disponível noMacrodiagnóstico da Zona Costeira <strong>do</strong> Brasil: Escala da União (MMA, 1996) para os municípioslitorâneos e no site <strong>do</strong> IBGE (www.ibge.gov.br). A incidência dessa variável poderá ser baixa,média ou alta, e compatível com as demais características de cada classe genérica.deve abranger até 40% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.pode ocorrer em uma faixa entre 41 e 60% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.pode ocorrer em uma faixa superior a 60% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.23. DOMICÍLIOS SERVIDOS POR COLETA DE LIXO (%)Esta variável deverá expressar a quantidade de residências atendidas pela coleta de lixo realizadapelo serviço de limpeza urbana <strong>do</strong> município. Informações sobre tratamento e destinação final,caso disponíveis, poderão ser úteis no planejamento da gestão da orla. Da<strong>do</strong> já disponível noMacrodiagnóstico da Zona Costeira <strong>do</strong> Brasil: Escala da União (MMA, 1996) para os municípioslitorâneos e no site <strong>do</strong> IBGE (www.ibge.gov.br). A incidência dessa variável poderá ser baixa,média ou alta, e compatível com as demais características de cada classe genérica.pode abranger até 40% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.nesta classe poderão ser servi<strong>do</strong>s entre 41 e 60% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.pode ocorrer em uma faixa superior a 60% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.


24. DOMICÍLIOS SERVIDOS POR ENERGIA ELÉTRICA (%)Neste indica<strong>do</strong>r, devem ser consideradas apenas as residências ligadas oficialmente à rede deenergia elétrica. A incidência dessa variável poderá ser baixa, média ou alta e compatível com asdemais características de cada classe genérica.deve abranger até 40% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.pode abranger entre 41 e 60% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.pode atender uma faixa superior a 60% <strong>do</strong> total de <strong>do</strong>micílios.25. FORMAS DE ACESSOEste parâmetro deve ser foca<strong>do</strong> especificamente nas áreas ao re<strong>do</strong>r da orla e nas formas de acessopre<strong>do</strong>minantes, deven<strong>do</strong>-se observar os resulta<strong>do</strong>s da descrição paisagística. A incidência dessavariável, via de regra, deve guardar forte correlação com cada classe genérica.presença de poucas vias públicas, sem pavimentação, com acessos à orla por meio de estradasrústicas e/ ou trilhas.presença de malha viária mínima, com ruas principais asfaltadas e secundárias com pavimentaçãopermeável (grama ou chão bati<strong>do</strong>), com acessos à orla por vias transversais.apresenta adensamento de malha viária asfaltada e acessos à orla por vias litorâneas.Parâmetros Econômicos26. PRESSÃO IMOBILIÁRIA85Segun<strong>do</strong> o Macrodiagnóstico da Zona Costeira <strong>do</strong> Brasil: Escala da União (MMA, 1996), osestu<strong>do</strong>s demonstram que o crescimento brasileiro, com maior evidência nos municípios litorâneos,manifesta-se por meio de assentamentos citadinos que se expandem em to<strong>do</strong> o país, em <strong>do</strong>isprocessos: o crescimento urbano e a expansão da urbanização. Essa expansão torna os entornosimediatos das grandes aglomerações urbanas como as áreas de maior pressão imobiliária contemporânea.Os da<strong>do</strong>s disponíveis no Macrodiagnóstico podem evidenciar o nível de pressãoimobiliária atual, apoian<strong>do</strong> sua classificação em baixa, média ou alta, conforme o nível de compatibilidadecom as demais características de cada classe genérica. As áreas <strong>do</strong> tipo A, a princípio,deveriam ser as que sofrem menor pressão imobiliária que as <strong>do</strong> tipo C, que por sua vez, sãomenos pressionadas, até por estarem consolidadas, <strong>do</strong> que as <strong>do</strong> tipo B, as de maior pressão.orla em área urbana com crescimento lento e características de povoamento tradicional, com amaioria das residências ocupadas por pessoas cujas atividades são voltadas à economia local,principalmente o extrativismo, comércio e serviços de fornecimento de gêneros de primeiranecessidade.orla em área urbana em plena expansão, com características mistas, entre povoamento tradicionale segunda residência, com a presença de unidades hoteleiras pequenas e médias, com a populaçãodividida entre o atendimento das necessidades locais e a prestação de serviços à populaçãotemporária.orla em área urbanizada, com atividades diversas e crescimento estável. A malha urbana encontraseconsolidada, com a presença de edificações modernas e atividades diversas, entre serviços eatividades industriais.


27. USO AGRÍCOLAO uso agrícola é o menos significativo na maior parte da orla brasileira, cujas terras vêm sofren<strong>do</strong>pressão imobiliária em função da urbanização. É mais presente nas áreas <strong>do</strong> tipo A, mescla<strong>do</strong> aáreas de vegetação original, desaparecen<strong>do</strong> gradativamente à medida que a expansão urbanaavança e os terrenos se valorizam. A incidência dessa variável guarda forte correlação com ascaracterísticas de cada classe genérica.área ocupada por sítios, fazendas e demais propriedades agrícolas, cujo conjunto representamais de 50% da faixa da orla, porém, com grande parte da vegetação nativa preservada.área ocupada por sítios, fazendas e demais propriedades agrícolas, cujo conjunto contemplamenos de 50% da faixa da orla com vegetação nativa conservada ou preservada.áreas sem ocorrência ou com ocorrência mínima de de atividades agrícolas, devi<strong>do</strong> à baixadisponibilidade de recursos, decorrente <strong>do</strong> nível de alteração <strong>do</strong>s ambientes naturais.28. USO PARA EXTRAÇÃO VEGETALPre<strong>do</strong>minante em áreas <strong>do</strong> tipo A, onde os remanescentes de vegetação nativa ainda estãopresentes com relativa abundância. Assim, à medida que o ambiente vai se transforman<strong>do</strong>, apopulação tradicional migra para atividades de prestação de serviços, poden<strong>do</strong> permanecer algunsnúcleos de resistência. Devem ser implementadas estratégias de valorização diferenciada<strong>do</strong>s produtos extraí<strong>do</strong>s diretamente da natureza, a partir de seus aspectos culturais e da agregaçãode tecnologias e mecanismos de envolvimento das comunidades tradicionais. A incidênciadessa variável, é compatível com as respectivas classes genéricas da orla.86orla onde a atividade extrativa representa 30% ou mais da atividade econômica daquele espaço.orla onde a atividade extrativa representa entre 10 a 30% da atividade econômica <strong>do</strong> local.orla onde não ocorrem atividades de extração vegetal, ou o extrativismo, representa menos de10% da atividade econômica.29. USO DOS RECURSOS PESQUEIROSA ocorrência da pesca na orla envolve diversos fatores, tais como: tipos de petrechos utiliza<strong>do</strong>s,cadeia produtiva, tipo e origem <strong>do</strong> pesca<strong>do</strong> (se é <strong>do</strong> local ou de áreas próximas). Em qualquerforma que se apresente, deve respeitar os perío<strong>do</strong>s de defeso e o emprego de artes de pescadentro das especificações legais. A incidência dessa variável poderá ser baixa, média ou alta,conforme o nível de compatibilidade com as demais características de cada classe genérica.orla onde as comunidades praticam a pesca de subsistência, com baixa comercialização; uso deembarcações pequenas próprias ou cedidas. Onde o pesca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong> e/ ou comercializa<strong>do</strong>tem origem local; pesca artesanal com petrechos simples (covos, linha, armadilhas de espera,redes com malhas adequadas).orla onde a pesca artesanal já se baseia em uma cadeia produtiva constituída (patrões, emprega<strong>do</strong>s,arrendatários). Já ocorre a pesca industrial com capacidade limitada pelo porte das empresas;pesca<strong>do</strong> de origem local ou com desembarque de produtos de áreas próximas. Uso de embarcaçõesde pequeno e médio porte; e diversos tipos de petrechos. Presença de fábricas de gelo e instalaçõesde desembarque (terminais) associadas a merca<strong>do</strong>s de peixe e a empresas de comercialização e,eventualmente, de beneficiamento.orla onde a pesca artesanal ou de subsistência é pouco expressiva em relação à pesca industrial.Nelas, o pesca<strong>do</strong> comercializa<strong>do</strong> normalmente é originário de águas afastadas. A cadeia produtivaé mais complexa, utilizan<strong>do</strong>-se de embarcações de diversos portes, de diversos petrechos etecnologias, apoio de fábricas de gelo e terminais pesqueiros associa<strong>do</strong>s a empresas decomercialização e de beneficiamento.


30. USO PARA MARICULTURAApesar <strong>do</strong> seu potencial socioeconômico essa atividade gera conflitos de uso na zona costeira emarinha, inclusive, na própria orla marítima. Pode ocorrer associada ou não com outros usos,utilizan<strong>do</strong>-se de viveiros/ tanques de cultivo, tanques-redes, ou outras estruturas flutuantes e/ oufixas, como é o caso da mitilicultura e ostreicultura em áreas demarcadas no espelho d’água.Deve-se atentar tanto para o tipo de cultivo (moluscos bivalves, crustáceos e peixes), quanto parasua localização, sobretu<strong>do</strong> pela proximidade e interação com ecossistemas relevantes comomanguezais. A incidência dessa variável será compatível com cada classe genérica.maricultura somente em condições especiais, com uso de espécies nativas (inclusive naalimentação), ocupan<strong>do</strong> preferencialmente a faixa marítima, como a criação de mariscos emcordões de redes, com mínimas alterações físicas no entorno (em especial da vegetação nativa e<strong>do</strong>s aspectos visuais), não deven<strong>do</strong> exceder 10 % da área total <strong>do</strong> ecossistema de ocorrência.presença de maricultura e explotação de organismos aquáticos sésseis e sedentários (pode ocorrerassociada a outras culturas, inclusive agrícolas). As alterações físicas no entorno (em especial davegetação nativa) não devem exceder a faixa entre 10 e 30 % da área total <strong>do</strong> ecossistema deocorrência.nesta classe, a ocorrência de maricultura está limitada pelas condições da qualidade da água(balneabilidade) por ela requerida, alteradas pelos demais usos e ocupações em orla dessacategoria. Todavia, caso haja compatibilidade entre os usos e qualidade ambiental, as alteraçõesfísicas provocadas pela atividade poderiam exceder 30 % da área da orla.31. USO PARA TRÁFEGO AQUAVIÁRIO OU PORTUÁRIONesta variável, deve-se observar o uso das águas litorâneas como rotas de navegação e a presençade instalações portuárias e terminais, públicos e priva<strong>do</strong>s, de uso exclusivo (passageiros, pesca,carga de produtos diversos - minérios, grãos, líqui<strong>do</strong>s, containers) ou uso misto. Da<strong>do</strong> disponívelno Macrodiagnóstico da Zona Costeira <strong>do</strong> Brasil: Escala da União (MMA, 1996) para os municípioslitorâneos.87classe com presença de pequenas embarcações, com pre<strong>do</strong>mínio de vela ou remo, áreas defundeio definidas e/ ou uso de pequenos atraca<strong>do</strong>uros (tipo pilotis).classe que comporta embarcações médias e pequenas, com portos e/ ou terminais isola<strong>do</strong>s, quepossuam, na faixa imediata à orla, pelo menos 50% da sua área com vegetação nativa preservadaou conservada.orla com presença de diversos tipos de embarcações, inclusive comercial de médio e grande porte.Instalações podem ter fins exclusivamente portuários, mistos (portuários e atividades industriais)ou demais modalidades com atividades diversas (comércio, indústria, habitação e serviços).32. USO INDUSTRIALPor uso industrial na orla compreende-se a presença de instalações industriais de tipos diversos,incluin<strong>do</strong> desde beneficiamento de pesca<strong>do</strong> e construção/ reparo de embarcações até instalaçõespetrolíferas. A destinação legal de áreas como distritos ou complexos industriais tambémintegra essa variável, mesmo que a ocupação ainda não seja efetiva. Da<strong>do</strong> disponível noMacrodiagnóstico da Zona Costeira <strong>do</strong> Brasil: Escala da União (MMA, 1996) para os municípioslitorâneos.orlas com ausência de instalações industriais, ou onde ocorrem indústrias isoladas, cujos efluentese/ ou impactos não comprometem os demais usos.classe com presença de indústrias isoladas, cujos efluentes e/ ou impactos não comprometem osdemais usos. A atividade industrial não deve superar 30% da atividade econômica local.classe ocupada por distritos ou complexos industriais, com uso exclusivamente destina<strong>do</strong> a taisatividades, e/ ou associa<strong>do</strong> a usos diversos.


33. APROVEITAMENTO MINERALRepresenta a ocorrência efetiva de exploração mineral (incluin<strong>do</strong> areia, rochas para arruamento/calçamento/ ou mesmo água mineral), conseqüência direta de sua potencialidade e da demandasobre esse recurso. Mesmo que não associada à compatibilidade legal para sua exploração, asdiferentes classes genéricas podem abarcar essa modalidade de uso na orla.presença de unidades minera<strong>do</strong>ras pontuais, não poluentes, cuja expansão esteja limitada a 5%da área delimitada da orla, sen<strong>do</strong> o restante ocupa<strong>do</strong> por vegetação nativa preservada.presença de unidades minera<strong>do</strong>ras pouco ou não poluentes, que preservem ao menos 50% <strong>do</strong>total da faixa de orla delimitada, com vegetação nativa conservada ou preservada.orla com presença pontual de exploração mineral, cujas alterações ambientais são controladas demo<strong>do</strong> a não prejudicar as demais atividades ali situadas (principalmente urbanas), tampouco abalneabilidade ou o nível da movimentação de sedimentos ou a estabilidade da orla.34. ATIVIDADES PETROLÍFERASEmbora este aspecto possa já ter si<strong>do</strong> considera<strong>do</strong> de forma indireta em outras variáveis comouso industrial ou tráfego aqüaviário (terminais petrolíferos), a importância desta atividade tanto<strong>do</strong> ponto de vista econômico como <strong>do</strong> risco potencial que oferece, impõe que a sua presença sejadestacada. Os <strong>do</strong>is fatores de risco associa<strong>do</strong>s são a presença de rotas de navegação e a atividadepetrolífera em si, diferencia<strong>do</strong>s pelo volume de óleo presente na atividade. A atividade petrolíferainclui, de forma conjunta ou em separa<strong>do</strong>, a presença de oleodutos e gasodutos, de terminais decarga, descarga e armazenagem e a presença de unidades industriais (refinarias). Da<strong>do</strong> disponívelno Macrodiagnóstico da Zona Costeira <strong>do</strong> Brasil: Escala da União (MMA, 1996) para os municípioslitorâneos.88classe onde as atividades petrolíferas, assim como rotas de navegação, não estão presentes, ousão pouco significativas.classe onde são observadas atividades petrolíferas e/ ou rotas de navegação.presença de atividades petrolíferas e/ ou de rotas de navegação movimentan<strong>do</strong> volumessignificativos de óleo, representan<strong>do</strong> modificações estruturais na orla e na própria composiçãoda paisagem.35. ATIVIDADES TURÍSTICASEssa variável deve ser medida pela natureza da atividade turística presente, uma vez que se podeassociar esse parâmetro à demanda turística por atrativos naturais ou por serviços de estadia,lazer e entretenimento. A incidência dessa variável poderá ser baixa, média ou alta, conforme onível de compatibilidade com as demais características de cada classe genérica.orla com atividades turísticas voltadas à conservação e contemplação de atrativos naturais.orla onde a atividade turística é caracterizada, tanto pela busca por atrativos naturais, e serviçosde estadia, lazer e entretenimento.orla com forte apelo turístico, onde pre<strong>do</strong>mina a busca por serviços de estadia, lazer eentretenimento.

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