Elas encaram um dos trabalhos mais perigosos e brutos ... - CNM/CUT
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mídiaO escândaloFabio Pozzebom/ABrO governo Lula tem o portal de gastos <strong>mais</strong> detalhado e transparente deto<strong>dos</strong> os tempos. Mas parte da mídia tenta passar a idéia de que o governoé o <strong>mais</strong> leniente e corrupto de to<strong>dos</strong> os tempos. Uma inversão espetaculardo sentido <strong>dos</strong> fatos Por Bernardo KucinskiDos muitos abusos com cartõescorporativos denuncia<strong>dos</strong>pela imprensa, o <strong>mais</strong>significativo foi a redecoraçãodo apartamento do reitorda Universidade de Brasília, com R$ 470mil de <strong>um</strong> fundo de apoio a pesquisas. Dariapara comprar <strong>um</strong> apartamento de trêsquartos em Copacabana, lembrou na Folha opoeta Ferreira Gullar. O reitor pagou R$ 859por <strong>um</strong> saca-rolhas, R$ 7.100 por <strong>um</strong> fogão.“Quantas bocas terá esse fogão?”, ironizou opoeta. Um fundo de pesquisa nunca deveriaser usado para reformar <strong>um</strong> apartamento.Ao defender esses gastos, o reitor personificouo que os sociólogos chamam de “elite patrimonialista”,que se apropria do patrimôniopúblico como se fosse particular.Mas a maioria <strong>dos</strong> abusos com cartões233milhões dereaisfoi quanto ogovernoFHCcons<strong>um</strong>iuem 200214 REVISTA DO BRASIL março 2008corporativos denuncia<strong>dos</strong> pela mídia resultoude esquecimentos, pequenos enganosou deslizes patrimonialistas isola<strong>dos</strong>, comoa reforma de <strong>um</strong>a mesa de bilhar de uso recreativode funcionários. Não foram gastossistemáticos, como os do reitor. Foram exceção,não regra. Ocorreu <strong>um</strong>a espécie de corrupçãodas denúncias contra corrupção. Oexemplo <strong>mais</strong> gritante foi o da revista Veja,que falseou estatísticas para convencer o leitorde que no governo Lula instalou-se <strong>um</strong>afarra com cartões corporativos.Veja montou <strong>um</strong> gigantesco gráfico comas curvas <strong>dos</strong> saques partindo quase dozero no mandato de Fernando Henrique esubindo, vertiginosamente, para chegar aR$ 58 milhões no governo Lula. No pontobaixo da curva colocou <strong>um</strong>a foto de FHCe, no seu pico, <strong>um</strong>a de Lula, destacando:Três pesos evárias medidas24%foi a redução nos gastos, entre o último ano de FHCe o ano passado, incluindo saques e faturas do cartãocorporativo e contas bancárias tipo B. Os númerosdo governo Lula estão expostos ao público nainternet. A Veja, malandramente (abaixo), deixou ototal de gastos em segundo plano“A<strong>um</strong>ento no total de saques no governolula: 2.000%”.A verdade é que os gastos totais por servidorescaíram de R$ 233 milhões no últimoano do governo de Fernando Henriquepara R$ 177 milhões no ano passado. O queo governo Lula fez foi acelerar o processode substituição das antigas contas tipoB, que não são transparentes e podem serfraudadas, por cartões corporativos. Estesemitem automaticamente extrato detalhado<strong>dos</strong> gastos e são à prova de fraude. Alémdisso, Lula reduziu em escala maior aindaos pagamentos com cheques e criou o Portalda Transparência, que permite a to<strong>dos</strong> osbrasileiros detectar todo e qualquer gastocom fun<strong>dos</strong> de provisão do governo. Confiravocê mesmo em www.portaldatransparencia.gov.br.reprodução177milhõesde reais foiquanto ogovernoLulacons<strong>um</strong>iuem 2007Ricardo Stuckert/PR