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Perfil da Crisotila - Ministério de Minas e Energia

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Oriente Médio, (860mil t.), seguido pela Europa (Rússia, Cazaquistão e outros países <strong>da</strong> antigaURSS - com 690 mil t.) América do Sul com 207 mil t.. Os maiores consumidores então eram aRússia, a China, o Brasil, a Índia, a Tailândia, o Japão, a Ucrânia, a Indonésia, a Coréia e oCazaquistão. Em 2008, o consumo mundial <strong>de</strong> amianto já apresentava mostras <strong>de</strong> revigoração,situando-se ao redor <strong>de</strong> 2,2 milhões <strong>de</strong> t.5.2. Evolução do consumo internoEm apresentação realiza<strong>da</strong> em 1974 no IV Simpósio <strong>de</strong> Mineração, o geólogo Joseph PaulMilewsky, <strong>de</strong>scobridor e implantador <strong>da</strong> mina <strong>de</strong> Cana Brava, em Goiás, previa a evolução doconsumo per capita <strong>de</strong> amianto no Brasil, comparando com outros países do mundo e mencionava aprevisão <strong>de</strong> déficit mundial. Neste momento atravessávamos o ápice <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por amianto:“O consumo médio mundial é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1 kg <strong>de</strong> amianto/pessoa/ano, atingindo 3kg nosEUA, Europa e Rússia.O consumo brasileiro <strong>de</strong> amianto atingirá 80.000 tonela<strong>da</strong>s este ano, ouseja, 800 g/habitante/ano. Situa-se portanto um pouco abaixo <strong>da</strong> média mundial que <strong>de</strong>verá seratingi<strong>da</strong> no ano que vem. Acredito que, a médio prazo, o consumo nacional po<strong>de</strong>rá estabilizar-seem volta <strong>de</strong> 1 a 1,5 kg/habitante/ano. Des<strong>de</strong> já existe um <strong>de</strong>sequilíbrio mundial entre a oferta e aprocura <strong>de</strong> amianto, com um déficit <strong>de</strong> talvez 100.000 t/ano, correspon<strong>de</strong>nte à produção <strong>de</strong> umamina média cana<strong>de</strong>nse.”mundo.De 1974 para cá muita coisa mudou em termos <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> produção e consumo noScliar disse que a análise do índice <strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amianto industrializado per capita,<strong>de</strong>veria levar em conta a não <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>ssas fibras e comparar a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amiantohistoricamente consumido em relação à população atual. Outros fatores precisam ser consi<strong>de</strong>rados,como características do uso do amianto em <strong>de</strong>terminado país e <strong>de</strong>stinação. Algumas aplicaçõesestão liga<strong>da</strong>s a conforto térmico <strong>de</strong> edificações em países aon<strong>de</strong> se convive com temperaturas muitobaixas no inverno e temperatura muito alta no verão. Deve-se consi<strong>de</strong>rar o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentotecnológico do país, no momento específico <strong>de</strong> sua história, e sua posição como exportador <strong>de</strong>crisotila como integrante <strong>de</strong> equipamentos, máquinas automóveis e etc, (freios, embreagem,gaxetas, papelão e cor<strong>da</strong>s <strong>de</strong> amianto). Nestes casos, o amianto não tem seu consumo final no paísaon<strong>de</strong> foi primeiramente industrializado. Outro ponto, que também po<strong>de</strong> ser incluído na análise, dizrespeito a ren<strong>da</strong> <strong>da</strong> população e sua possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir que tipo <strong>de</strong> cobertura utilizar em suasresidências.Existem alternativas mais caras e com <strong>de</strong>svantagem no tempo <strong>de</strong> aplicação, mas <strong>de</strong> melhorestética e diferencia<strong>da</strong> na aparência do que coberturas <strong>de</strong> fibrocimento, e estas são utiliza<strong>da</strong>s pelaparcela <strong>da</strong> população <strong>de</strong> maior po<strong>de</strong>r aquisitivo. Uma gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong> população dos paísessub<strong>de</strong>senvolvidos, e em <strong>de</strong>senvolvimento, não tem sequer uma simples cobertura no seu espaço -“moradia”. São encontrados, casebres cobertos por folhas vegetais, lonas plásticas, restos <strong>de</strong> caixase caixotes em milhares <strong>de</strong> habitações construí<strong>da</strong>s em favelas e ocupações <strong>de</strong> terra. A mais simples<strong>da</strong>s telhas ondula<strong>da</strong>s <strong>de</strong> fibrocimento (4 mm) já configura como uma melhoria <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>para estas famílias. Os EUA, por exemplo, consumiram entre 1926 e 1995 em torno <strong>de</strong> 32,08milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong> fibras. Se dividirmos esse montante pela população <strong>de</strong> 1995 terá que aquanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amianto comercializado nos Estados Unidos se situa em torno <strong>de</strong> 123,1kg/habitante/ano, em praticamente todo seu histórico <strong>de</strong> utilização.A substituição <strong>da</strong> crisotila por alternativas já ocorre em diversos países do mundo e emparte no Brasil também. Em muitas aplicações ela já foi totalmente substituí<strong>da</strong> como, por exemplo,nos usos na indústria automobilística e no uso industrial em geral (gaxetas e ve<strong>da</strong>ções). Excluindoas questões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m legal, a utilização <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> fibrocimento com crisotila se mantémcompetitiva em função <strong>de</strong> vantagens <strong>de</strong> custo alia<strong>da</strong>s a <strong>de</strong>sempenho comparativo. Os produtos <strong>de</strong>27

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