Frotas Auto A crise anda de carro - Autofrotas
Frotas Auto A crise anda de carro - Autofrotas
Frotas Auto A crise anda de carro - Autofrotas
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
crescimento <strong>de</strong> 104,9%), na América do Norte (44870 unida<strong>de</strong>s,<br />
55%) e na Coreia (25184 unida<strong>de</strong>s, 8,1%). O mo<strong>de</strong>lo<br />
mais vendido este ano nos mercados externos foi o Cerato,<br />
do segmento C (conhecido como Spectra ou Forte).<br />
Por seu turno, a Audi AG começou também a apresentar<br />
sinais <strong>de</strong> crescimento das vendas em importantes pontos<br />
<strong>de</strong> venda, como Estados Unidos, China e Europa. Em todo<br />
o mundo, no mês <strong>de</strong> Agosto, a marca comercializou 65900<br />
<strong>carro</strong>s Premium, sofrendo uma baixa <strong>de</strong> apenas 2,7% por<br />
comparação com o mesmo mês do ano passado. De Janeiro<br />
a Agosto, o volume <strong>de</strong> vendas da Audi na Europa foi 7,5%<br />
inferior ao verificado no mesmo período <strong>de</strong> 2008 mas os responsáveis<br />
da empresa consi<strong>de</strong>ram que os números foram<br />
satisfatórios face à <strong>crise</strong> que se instalou.<br />
A volkswagen ven<strong>de</strong>u mais <strong>de</strong> 3,12 milhões <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s até<br />
Junho <strong>de</strong> 2009 e está a caminho <strong>de</strong> fundir-se com a Porsche.<br />
Mas parece não haver fundo para a queda das acções da<br />
vW, que em 2009 já <strong>de</strong>slizaram 22,37%, enquanto o mercado<br />
vai recuperando – as 30 maiores empresas alemãs subiram<br />
mais <strong>de</strong> 10% no mesmo período. Nos primeiros seis<br />
meses do ano, as vendas do grupo que agrega marcas como<br />
Audi, Seat e Skoda não conseguiram evitar que os lucros caíssem<br />
quase 78% face ao período homólogo. Os mercados<br />
que mais sentiram o contágio da <strong>crise</strong> foram, nas contas da<br />
vW, a África do Sul, reino Unido, Argentina, Índia, Japão e os<br />
EUA, todos com quebras superiores a 15% nas entregas <strong>de</strong><br />
automóveis a clientes. Nas marcas, as piores notícias chegam<br />
dos construtores <strong>de</strong> luxo. A Bentley viu as vendas <strong>de</strong><br />
unida<strong>de</strong>s caírem para menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> das registadas nos<br />
primeiros seis meses do ano anterior, enquanto a Lamborghini<br />
e Bugatti ven<strong>de</strong>ram menos um terço <strong>de</strong> veículos.<br />
Nem fusões animam as bolsas<br />
Mas o gran<strong>de</strong> golpe nas acções da volkswagen po<strong>de</strong> ter<br />
sido dado pela notícia da fusão entre o maior fabricante <strong>de</strong><br />
automóveis europeu e a empresa que eternizou o nome <strong>de</strong><br />
Ferdinand Porsche, <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> 50,75% do capital do grupo.<br />
O banco norte-americano Goldman Sachs acredita que a<br />
fusão, que <strong>de</strong>verá levar dois anos a consumar-se, será mais<br />
vantajosa para a fabricante do famoso 911.<br />
Assim, nem os números da fusão, que fará da marca Porsche<br />
a décima do grupo da Baixa Saxónia, parecem animar<br />
as bolsas. Apesar <strong>de</strong> Martin Winterkorn, presi<strong>de</strong>nte executivo<br />
do grupo que será também o novo lí<strong>de</strong>r da Porsche, ter<br />
anunciado que a empresa tem agora “o que é preciso para<br />
ser o número um na indústria automóvel”, o mercado reagiu<br />
mal às novida<strong>de</strong>s. A volkswagen espera cortar três mil milhões<br />
<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> custos na junção com a Porsche e vai ter<br />
vendas <strong>de</strong> 6,4 milhões <strong>de</strong> veículos anualmente, que sairão<br />
do esforço <strong>de</strong> 400 mil trabalhadores. Além disso, a Qatar<br />
Holding, vai ser um forte accionista do novo formato do grupo,<br />
passando a <strong>de</strong>ter 17 por cento e a ser o terceiro maior<br />
accionista, <strong>de</strong>pois da Porsche e do Estado da Baixa Saxónia,<br />
<strong>de</strong> acordo com a empresa.<br />
Por outro lado, a longa e complicada negociação entre Magna<br />
international, General Motors, governo alemão e os trabalhadores,<br />
para <strong>de</strong>cidir o futuro da Opel e da vauxhall na<br />
Europa parece ter chegado ao fim. A construtora norte-americana<br />
<strong>de</strong>cidiu ven<strong>de</strong>r 55% da subsidiária Opel ao consórcio<br />
entre Magna e o banco russo Sberbank, ao passo que a GM<br />
manterá 35% e os trabalhadores terão os restantes 10%.<br />
Os funcionários da Opel e da vauxhall <strong>de</strong>vem abrir mão <strong>de</strong><br />
benefícios e concordar com cortes <strong>de</strong> custos significativos<br />
para a viabilização das operações na Europa, que se esten<strong>de</strong>m<br />
à Alemanha, reino Unido, Espanha, Polónia e Bélgica,<br />
somando 54500 pessoas. O entendimento envolve também<br />
o governo do reino Unido, interessado em preservar empregos<br />
e instalações produtivas.<br />
Mas a <strong>crise</strong> parece não ter prejudicado a indústria automóvel<br />
da rússia, on<strong>de</strong> três dos maiores construtores <strong>de</strong><br />
automóveis e camiões po<strong>de</strong>m unir forças. A nova empresa,<br />
que seria baptizada como rosavto, contaria com a Avtovaz<br />
(responsável pela produção dos mo<strong>de</strong>los da Lada), a marca<br />
<strong>de</strong> camiões Kamaz – que compete anualmente no rali<br />
Dakar – e a fabricante <strong>de</strong> motores Avtodizel. A nova empresa<br />
po<strong>de</strong>rá ser formada por quatro subsidiárias, responsáveis<br />
pela produção <strong>de</strong> veículos leves, camiões, motores e<br />
peças. O comando ficaria a cargo da russian technologies,<br />
conglomerado que actua em diversos sectores. Apesar <strong>de</strong><br />
vista com bons olhos pela indústria, analistas financeiros<br />
con<strong>de</strong>nam a fusão. Georgy ivanin, do banco <strong>de</strong> investimentos<br />
Alfa Bank, afirmou que “não vê sinergia na união <strong>de</strong> um<br />
fabricante <strong>de</strong> automóveis com outro que produz camiões”.<br />
Note-se que, actualmente, a renault <strong>de</strong>tém 25% da Avtovaz,<br />
enquanto que a Daimler possui 10% das acções da Kamaz.<br />
teMa <strong>de</strong> CaPa 29