10.07.2015 Views

fundamentos da ebulição - LEPTEN - Universidade Federal de ...

fundamentos da ebulição - LEPTEN - Universidade Federal de ...

fundamentos da ebulição - LEPTEN - Universidade Federal de ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> Santa CatarinaDepartamento <strong>de</strong> Engenharia MecânicaFUNDAMENTOS DA EBULIÇÃOJúlioCésarPassosjpassos@emc.ufsc.br


Parte 1A CURVA DE EBULIÇÃO


SumárioMotivaçãoDados históricosA curva <strong>de</strong> <strong>ebulição</strong>O experimento <strong>de</strong> NukiyamaVisualizaçãoCorrelações para o hEbulição em convecção força<strong>da</strong>Ebulição convectiva em mini-canais


MOTIVAÇÃO (1)Os processos <strong>de</strong> <strong>ebulição</strong> nuclea<strong>da</strong> permitem transferirelevados fluxos <strong>de</strong> calor com baixas diferenças <strong>de</strong>temperatura (T(p -T sat ).Aplicações• Refrigeração e condicionamento <strong>de</strong> ar• Aplicações que exijam evaporadores compactos• Controle térmico tem geral (ex. TGV, na França)a)• Análise <strong>de</strong> segurança a em reatores nucleares• Ferramenta <strong>de</strong> apoio à inovação tecnológica


MOTIVAÇÃO (2)∆T e(=T sup–T sat) (K)A <strong>ebulição</strong> possibilita elevados fluxos <strong>de</strong> calor com pequenos ∆T e


MOTIVAÇÃO (3)Deman<strong>da</strong> crescente do fluxo <strong>de</strong> calor a ser dissipado


Dados HistóricosLEIDENFROST(Alemanha- 1756)registra as suas observaçõessobre o comportamento <strong>de</strong>uma gota d’águacuja vaporizaçãoé retar<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong>vido a um“colchão<strong>de</strong> vapor”, que a mantém “isola<strong>da</strong>” <strong>da</strong> chapa aqueci<strong>da</strong>.JAKOB e FRITZ(Alemanha- 1931)realizam os primeiros estudos sobre o efeito <strong>da</strong> rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong>sobre o coeficiente <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> calorNUKIYAMA(Japão- 1934)apresenta a curva <strong>de</strong> <strong>ebulição</strong>e infere a existência doregime <strong>de</strong> <strong>ebulição</strong><strong>de</strong> transiçãoão.


A CURVA DE EBULIÇÃOFluxo <strong>de</strong> calor impostoqqmáx=qcrítDFAB - Convecção naturalB`D - Ebulição nuclea<strong>da</strong>EF - Ebulição em películaCEDE - Regime <strong>de</strong> transiçãoB'BDF - Crise <strong>de</strong> <strong>ebulição</strong>ATsupCurva <strong>de</strong> Nukiyama


A CURVA DE EBULIÇÃOO Experimento <strong>de</strong> Nukyiama (1934)∆T e(=T ∆T=Tp sup–T - Tsat) (K)Vi = R(T)iVTÁguaà T satq mí nq máxq<strong>ebulição</strong> em “piscina”Curva <strong>de</strong> Nukiyama


VISUALIZAÇÃO (1)EbuliçãoNuclea<strong>da</strong>Ebulição <strong>de</strong>TransiçãoImagens extraí<strong>da</strong>s do filme: “Les mécanismes <strong>de</strong> l’ébullition”, com autorização do SFS-França


VISUALIZAÇÃO (2)Regime <strong>de</strong> <strong>ebulição</strong> nuclea<strong>da</strong> sobre disco <strong>de</strong> cobre


VISUALIZAÇÃO (3)Ebuliçãoem PelículaInstabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> TaylorImagens extraí<strong>da</strong>s do filme: “Les mécanismes <strong>de</strong> l’ébullition”, com autorização do SFS-França


VISUALIZAÇÃO (3)Efeito <strong>da</strong> aceleração <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>g=9,8 m/s 2Patmin Sny<strong>de</strong>r e Ghung(2001)µgp atmin Sny<strong>de</strong>r e Ghung(2001)


SIGNIFICADO DA EBULIÇÃOCONFINADAscalorcalorSem confinamentoCom confinamento


APLICAÇÕES DA EBULIÇÃOCONFINADA• Tubos <strong>de</strong> calor• Termossifões bifásicoscoletores solaresfornos <strong>de</strong> cocção• Evaporadoresindústria <strong>de</strong> refrigeração• Trocadores <strong>de</strong> calor compactos comsuperfícies intensificadoras


Revisão BibliográficaMecanismos <strong>da</strong> Ebulição Nuclea<strong>da</strong>Quatro diferentes modos <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> calorCalorLatenteMicro-convecçãoConvecçãoNaturalCorrentes<strong>de</strong>MarangoniMecanismos primários rios para <strong>ebulição</strong> nuclea<strong>da</strong> satura<strong>da</strong> e totalmente<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>: transferência por calor latente e micro-convecconvecção.


CURVA DE EBULIÇÃOOU DE NUKIYAMA∆T e (K)


REGIMES DE EBULIÇÃORegião CDEF – regime <strong>de</strong> <strong>ebulição</strong> nuclea<strong>da</strong>:1) Bolhas isola<strong>da</strong>s (região CD);2) Colunas e bolsões <strong>de</strong> vapor (região DE);3) Gran<strong>de</strong>s cogumelos <strong>de</strong> vapor (região EF).Tentativa <strong>de</strong> representação dos regimes observados na<strong>ebulição</strong> nuclea<strong>da</strong>.


CORRELAÇÕES EMPÍRICAS PARAA EBULIÇÃO NUCLEADARohsenow (1952)h=µ hllv⎛⎜⎝g0,5r( ρ − ρ ) ⎞ ⎛ c ⎞pl2lσv⎟⎠⎜⎝ CsfhlvPrsl⎟⎠1∆TeC sf = 0,0074 para o n-Pentano/cobre= 0,0054 para o FC-72/cobre (Pioro, 1999)= 0,0013 para a Água e o CobreRohsenow consi<strong>de</strong>ra o movimento causado pelo crescimento e parti<strong>da</strong> <strong>da</strong>sbolhas similar ao mecanismo <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> calor no transporteconvectivo, on<strong>de</strong> Reynolds é calculado em função <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> ascensionale do diâmetro <strong>da</strong> bolha <strong>de</strong> vapor.


Stephan e Ab<strong>de</strong>lsalam (1980)hsa=0,7450,581⎛ kl⎞⎛qdb⎞ ⎛ ρl0,533207 PrlRpdbklT⎟ ⎞⎜⎟⎜⎟⎜⎝ ⎠⎝sat ⎠ ⎝ ρv ⎠0,133on<strong>de</strong> Pr l , R p e d b representam o número <strong>de</strong> Prandtl dolíquido, a rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> superfície (µm) e o diâmetro <strong>da</strong>bolha <strong>da</strong>do por:db=⎛0,0149θ⎜⎝g2σ( ρ − ρ )lv⎞⎟⎠0,5Cooper (1984)hcooperbr−0,55−0,50, 67( −0,4343lnp ) M= 55pqrb = 0,12 – 0,08686 ln (R p ), pr é a pressão reduzi<strong>da</strong> e M o pesomolecular do fluido.


FLUXO DE CALOR CRÍTICOFluxo <strong>de</strong> Calor Crítico ( (CHF) é o limite <strong>de</strong> operação em <strong>ebulição</strong>nuclea<strong>da</strong>. Quando atingido ocorre a transição <strong>da</strong> <strong>ebulição</strong> nuclea<strong>da</strong>para a <strong>ebulição</strong> em película.Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> hidrodinâmica (Zuber, 1958) a crise <strong>de</strong><strong>ebulição</strong> resulta <strong>da</strong> interação <strong>de</strong>:i) instabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Taylor na interface vapor-líquido, normal aovetor aceleração <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>;ii) instabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Helmholtz na interface vapor-líquido <strong>de</strong> umacoluna <strong>de</strong> vapor vertical que serve <strong>de</strong> via <strong>de</strong> escape.qmáx1[ σg( ρ − ρ )]40,50,ρvhlvl v, Z = 131


FLUXO DE CALOR CRÍTICOO MODELO DE ZUBER PARA ACRISE DE EBULIÇÃOColocação do problema• <strong>ebulição</strong> em piscina ou em banho• placa plana horizontal infinita• superfície aqueci<strong>da</strong> volta<strong>da</strong> para cima• liquido à T sat


O MODELO DE ZUBER PARA ACRISE DE EBULIÇÃO (2)PostuladoPara a <strong>ebulição</strong> em “piscina” sobre placa plana, ofluxo <strong>de</strong> calor crítico resulta <strong>de</strong> instabili<strong>da</strong><strong>de</strong>shidrodinâmicas <strong>de</strong> Taylor e <strong>de</strong> Helmholtz


O MODELO DE ZUBER PARA ACRISE DE EBULIÇÃO (2)λ Ηλ ΤqColunas <strong>de</strong> vapor forma<strong>da</strong>s poruma sucessão <strong>de</strong> bolhas, próximodo fluxo <strong>de</strong> calor críticoidéia chaveInteração entre asinstabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>Taylor e <strong>de</strong> Helmholtz


APARATO EXPERIMENTAL


BANCADA DE EBULIÇÃO CONFINADAEsquemaFotografia <strong>da</strong> banca<strong>da</strong>


SEÇÃO DE TESTEVista explodi<strong>da</strong> <strong>da</strong> seção <strong>de</strong>teste.Conjunto confinador.


Disco <strong>de</strong> cobre com os trêstermopares sol<strong>da</strong>dos.Fotografia <strong>da</strong> resistência elétrica.Vista explodi<strong>da</strong> <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> seção<strong>de</strong> teste.Montagem <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> seção <strong>de</strong>teste.


BANCADA PARA ESTUDODA EBULIÇÃO CONFINADA


RESULTADOS EXPERIMENTAIS<strong>LEPTEN</strong>/BOILING - UFSC


EFEITO DO CONFINAMENTO45Ebulição <strong>de</strong> FC-72 com T sat = 56,6ºC403530q" (kW/m²)2520151050s = 0,1mms = 0,3mms = 0,4mms = 0,5mms = 1mms = 13mm0 5 10 15 20 25 30 35 40 45T p - T sat (ºC)FC-72, em função <strong>de</strong> s, para superfície aqueci<strong>da</strong> volta<strong>da</strong>para baixo (Cardoso, 2005).


EFEITO DO CONFINAMENTOFC-7220kW/m 2s = 0,1mm s = 13mmTp = 65,60°C Tp = 66,15°C30kW/m 2s = 0,1mm s = 13mmTp = 88,57°CTp = 68,38°C


EBULIÇÃO NÃO CONFINADAT p= 53,98°Cq = 40kW/m 2T p= 56,33°Cq = 100kW/m 2Ebulição do n-Pentano, à T sat = 35,8°C e p = 1bar


Ebulição do n-Pentano com T sat = 35,8°C120,00100,00experimentalCurva <strong>de</strong> interpolação RMS = 1,6%80,00q" (kW/m 2 )60,0040,0020,000,000,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00Tp - Tsat (°C)Curva parcial <strong>de</strong> <strong>ebulição</strong> para n-Pentano, à pressão<strong>de</strong> 1bar e temperatura <strong>de</strong> saturação.


VISUALIZAÇÃO DA EBULIÇÃO (1)q= 40 kW/m 2 q= 20 kW/m 2s=0,2 mmT w=63,1 o Cs=0,5 mmT w=64,4 o Cs=1 mmT w=65,6h em função <strong>de</strong> q” para n-Pentanos=13 mmT w=65,9 o Cs=0,2 mmT w=75,5 o Cs=0,5 mm s=1 mms=13 mmT w=68,1 o C T w=69,3T w=69,7 o Cin Passos et al. (2005) ETFS, Elsevier, Vol. 30, pp. 1-7.


VISUALIZAÇÃO DA EBULIÇÃO (1)Efeito do aumento do fluxo <strong>de</strong> calor, , s=0,2 mmT w=61,0 o C;q= 7kW/m 2T w=61,2 o C; T w=61,7 o C; T w=62,3 o C;q= 10kW/m 2 q= 12kW/m 2 q= 15kW/m 2T w=63,2 o C; T w=64,3 o C; T w=65,9 o C; T w=68,5 o C; T w=74,7 o C;q= 20kW/m 2 q= 25kW/m 2 q= 30kW/m 2 q= 35kW/m 2 q= 40kW/m 2


EFEITO DO FLUXO DE CALOR, s=13q= 20kW/m 2T w=65,9 o C T w=65,9 o C T w=65,8 o Cq= 30kW/m 2T w=67,4 o C T w=67,6 o C T w=67,7 o CT w=69,7 o C T w=69,6 o C T w=69,8 o C


Visualisação (4)q=30kW/m 2 , s=0,5 mmT w=66,1 o C T w=66,2 o C T w=66,2 o C


VISUALIZAÇÃO DA EBULIÇÃO (1)q=20 kW/m 2s=0,2 mmT w=63,1 o Cs=0,5 mmT w=64,4 o Cs= 1 mmT w =65,5 o Cq=40 kW/m 2s=0,2 mmT w=75,5 o Cs=0,5 mmT w=68,1 o Cs= 1 mmT w=69,3 o Cin Passos et al. (2005) ETFS, Elsevier, Vol. 30, pp. 1-7.


VISUALIZAÇÃO DA EBULIÇÃO (2)Efeito do confinamentoq=20 kW/m 2s=0,2 mmT w =63,2 o Cs=13 mmT w =65,8 o CPara fluxos <strong>de</strong> calor mo<strong>de</strong>rados, ocorrea intensificaçãodo processo <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> calor.in Passos et al. (2005) ETFS, Elsevier, Vol. 30, pp. 1-7.


CURVA DE EBULIÇÃO PARCIALg=9,8 m/s 2


VISUALIZAÇÃO (3)q=45kW/m 2 (Fluido <strong>de</strong> trabalho n-Pentano)


VISUALIZAÇÃO (3)q=180kW/m 2(Fluido <strong>de</strong> trabalho n-Pentano)


PUBLICAÇÕES• Passos, , J.C., Hirata, F.R., Possamai, , L.F.B., Balsamo, , M.and Misale, , M., 2004, “Confined Boiling of FC72 and FC87 ona Downward Facing Heating Copper Disk”, , Int. Journal ofHeat and Fluid Flow, Elsevier, Vol. 25, pp.313-319.319.• Passos, , J.C., Possamai, , L.F.B., Hirata, F.R., 2005,“Confined and Unconfined FC72 and FC87 Boiling on aDownward-Facing Disc”, , Applied Thermal Engineering,Elsevier, Vol. 25, pp. 2543-2554.2554.• Passos, , J.C., Silva, E.L., Possamai, , L.F.B., 2005,“Visualization of FC72 Confined Nucleate Boiling”,Experimental Thermal and Fluid Science, Elsevier, Vol. 30,pp. 1-7. 1


EBULIÇÃO EM CONVECÇÃO FORÇADAA- EbuliçãoNuclea<strong>da</strong>B- Ebuliçãoem PelículaEbulição emconvecção força<strong>da</strong>p= 1,5 bar;∆t e=24,7 o CG=218 kg/m 2 sq=121 kW/m 2(=41 % q crít)Câmera rápi<strong>da</strong>:1000 quadros/sBAImagens extraí<strong>da</strong>s<strong>de</strong> Passos (1989, 1990)


ORGANIZAÇÃO DE CONFERÊNCIASwww.boiling2009.com.br7 a Conferência Internacional sobreTransferência <strong>de</strong> Calor por EbuliçãoFlorianópolis, 3-737 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2009.


ORGANIZAÇÃO DE CONFERÊNCIASwww.ebecem.com.br1 a Encontro Brasileiro sobre Ebulição,Con<strong>de</strong>nsação e Escoamento MultifásicoFlorianópolis, 28-29 29 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2008.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!