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São Tomé e Prínci….pdf - Gabinete do Ambiente

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Estratégia Nacional e Plano de Acção da Biodiversidade de <strong>São</strong> <strong>Tomé</strong> e PríncipeAssinale-se que os bovinos actuais ou “raça local” <strong>do</strong> arquipélago, apresentam coresvariadas, nomeadamente castanhos, pretos, malha<strong>do</strong>s de branco (devi<strong>do</strong> à influência da Holstein).Trata-se de animais rústicos e adapta<strong>do</strong>s aos pastos e às condições de manejo e higiene menosapropriadas. Pensa-se que os bovinos mais rústicos sejam aqueles que foram objectos de várioscruzamentos entre as raças importadas durante o perío<strong>do</strong> colonial, ao revelarem-se maisresistentes às condições ecológicas e de sistema de exploração mais adverso em comparaçãocom os recentemente introduzi<strong>do</strong>s a partir da Holanda (Friesian-Holstein) e Cuba (Siboney,Zebu).Em <strong>São</strong> <strong>Tomé</strong> e Príncipe, algumas espécies pecuárias estão ameaçadas e em vias deextinção, como é o caso <strong>do</strong>s asininos, equinos, muares e perus.Na década 90 foi feita a importação de alguns cavalos, burros e éguas, para promover otransporte e eventualmente, a tracção animal e o relançamento dessas espécies. Tal importaçãonão teve o sucesso deseja<strong>do</strong>, na medida em que os animais foram distribuí<strong>do</strong>ss sem umprograma de acompanhamento zootécnico e sanitário adequa<strong>do</strong> e acabaram por não se adaptarao seu novo habitat, morren<strong>do</strong> quase to<strong>do</strong>s.Actualmente, a principal raça de caprinos existente é a "raça local", <strong>do</strong> tipo da Guiné,com frequente introdução de sangue <strong>do</strong> exterior, nomeadamente das raças Anglo-nubian,Saanen, Toggenbourg, (Colson et al., 1994). Os animais com características menos rústicas(exóticos) podem ser encontra<strong>do</strong>s em número não menos relevante na Zona de Fernão Dias esuas re<strong>do</strong>ndezas. <strong>São</strong> resulta<strong>do</strong>s de sucessivos cruzamentos de raça local com Saanen,Toggenbourg inglês, Anglo-Nubian, importa<strong>do</strong>s na década 80 da Inglaterra e coloca<strong>do</strong>s noantigo Centro de Caprinos de Fernão Dias.Os ovinos foram introduzi<strong>do</strong>s provavelmente há alguns séculos, ten<strong>do</strong> demonstra<strong>do</strong>pouca resistência e dificuldade de adaptação às condições chuvosas e húmidas <strong>do</strong> arquipélago.Na década de 80, também o Governo importou várias dezenas de cabeças da Inglaterra, de raçaSulfolk, cuja maior parte se adaptou, poden<strong>do</strong> ser encontra<strong>do</strong>s alguns <strong>do</strong>s seus cruzamentosactualmente na Empresa Diogo Vaz e algumas médias empresas. Actualmente, a raça local, pelotamanho e aptidão produtiva, parece-nos tratar-se da Djalonké, muito explorada na nossa subregião,também denominada “Ovino da Guiné”. Em 2000, foram importa<strong>do</strong>s da Costa <strong>do</strong>Marfim animais dessa raça, que têm vin<strong>do</strong> a demonstrar alguma capacidade de adaptação àscondições climáticas e de exploração das ilhas.No concernente a suínos, a raça local é de porte reduzi<strong>do</strong>, devi<strong>do</strong> ao facto de ter si<strong>do</strong>objecto de sucessivos cruzamentos “naturais” com raças importadas ao longo <strong>do</strong>s séculos,visan<strong>do</strong> incrementar a produção pecuária, através <strong>do</strong> aumento de efectivos.Diversas raças de galinhas são exploradas no país. Uma delas, a galinha de forro, éendémica, rústica e portanto adaptada às condições ecológicas <strong>do</strong> arquipélago. Ela distribui-sepor to<strong>do</strong> o território nacional, poden<strong>do</strong> ser observada ainda em raça pura em algumas zonasrurais, nomeadamente em luchans, não suceden<strong>do</strong> o mesmo nas dependências e sedes dasantigas empresas agro-pecuárias. Nestes locais, são visíveis os seus cruzamentos com raçasimportadas, quer introduzidas no passa<strong>do</strong> mais remoto pelos portugueses, quer no passa<strong>do</strong> maisrecente por avicultores industriais e projectos de desenvolvimento.Algumas raças importadas começam a adaptar-se às condições ecológicas, embora, porvezes, com alguns riscos sanitários e de mortalidade, que se prendem com a falta de alimentaçãoequilibrada. A maior parte delas tem si<strong>do</strong> importada de Portugal, sen<strong>do</strong> as poedeiras de linhagemLeghorn e as de carne derivadas de cruzamentos de Barred Plymouth Rock e Rhode Island Red.48

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