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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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E utilizamos artimanhas para burlar a censura,como fazia Chico Buarque com suas letrascheias de metáforas.Escrevemos um texto fazendo um paralelo entrea história do passado com o que aconteciano momento, conseguindo dizer aquilo que nãoera permitido por meio dos discursos de personagensdo passado e de fatos semelhantes aosque vivíamos. Para dar a ideia de que era umespetáculo de humor, fizemos uma brincadeira,já no título, com a música-hino de Minas, Oh,Minas Gerais e colocamos um nome que já erarisonho – Oh! Oh! Oh! Minas Gerais.60Para os cenários e figurinos chamamos, do Riode Janeiro, Napoleão Moniz Freire, e para coreografar,o mineiro Klauss Vianna, que tambémtrabalhava no Rio. Nós, que fazíamos espetáculospouco compreensíveis para a maioria dopúblico, estávamos acostumados a uma plateiamínima e ficávamos espreitando a porta do teatro,para ver se chegava mais um carro, o quegarantiria um mínimo de espectadores paraque se desse a apresentação. Porém, na temporadade Oh! Oh! Oh! Minas Gerais levamosum susto ao ver a fila da bilheteria dar voltasem torno do quarteirão. Um sucesso enorme,inacreditável. O santo de casa fazia o milagre.Em 1968, depois de uma temporada em BeloHorizonte, começamos a viajar com a peça pelo

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