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ABTCP 2012 - Revista O Papel

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taxa de crescimento do país, menos acelerada do que aesperada, gira hoje em torno de 7,5% ao ano, com perspectivasde chegar a 6%. “Considerando que a China éa grande ‘compradora do mundo’, certamente isso geraansiedade. De fato, temos de reconhecer o esgotamentogradual do papel de locomotiva assumido pelo país”,disse o economista chefe do Bradesco.A respeito do cenário internacional, Barros evidenciouque o momento é recessivo, mas sem aversão ao risco –o que reflete a era do “otimismo com parcimônia”. NaZona do Euro, apesar das intensas reformas nos diversospaíses por conta da crise internacional, o ritmo de crescimentoainda é incompatível com o mercado, fator querequer soluções em caráter mais imediato.Nos Estados Unidos, existe uma série de incertezasem relação ao abismo fiscal e há um debate contundentesobre a renovação do ajuste fiscal, conformeinformou Barros. “Caso as perspectivas mais pessimistasse concretizem, esse reajuste poderá bater acasa dos 5% do PIB americano – o que poderia afundaro país em uma nova onda de recessão”, avaliouo economista. Por outro lado, a economia norte-americanajá dá indícios de uma tímida recuperação naárea da atividade industrial.Embora os países tendam a apresentar taxas de crescimentomenores em <strong>2012</strong> em comparação com o anoanterior, não há pressões relevantes na economia mundial,com a desaceleração dos Estados Unidos, China epaíses da Europa, conforme resumiu Barros, descartandoo risco de instabilidade.SERGIO SANTORIOUma visão minuciosa sobrea indústria de celulose e papelKurt Schaefer, vice-presidente das áreas de Celulosee Papéis Recuperados da RISI, evidenciou o desempenhode cada mercado consumidor de celulose no cenárioglobal. Enquanto a Europa e os Estados Unidosmantêm suas demandas estáveis, a China despontacomo mercado promissor. Ele pontuou que, embora opaís ainda não seja o maior consumidor da celulosebrasileira, tende a apresentar uma importância bastantesignificativa nos próximos anos.Schaefer reconheceu, contudo, que a visão atualdos produtores de celulose não é tão positiva comohá alguns anos. “A China cresce de forma mais lentado que o previsto e alguns segmentos de papel declinaram,como o de imprimir e escrever em mercadosmaduros”, justificou.O fato é que a indústria brasileira de celulose e papelsente os efeitos do momento de recessão global. Osresultados deste ano devem ser inferiores aos apresentadosem 2011, conforme evidenciou Carlos Farinha eSilva, membro do Conselho da <strong>ABTCP</strong> e vice-presidenteda Pöyry Tecnologia. Em <strong>2012</strong>, a produção de celulosedeve cair para 12 milhões de toneladas, ao passo quea de papel tende a ficar em 8 milhões.Elizabeth de Carvalhaes, presidente da AssociaçãoBrasileira de Celulose e <strong>Papel</strong> (Bracelpa), frisou queo setor passa pela crise mais profunda e duradourados últimos cinco anos. “Os dados mostram perdasimportantes em volume e receita. Em setembro último,por exemplo, houve recuo de 5,3% nas exportaçõesde celulose de fibra tanto longa quanto curta emcomparação com o mesmo mês de 2011.”Segundo Schaefer, as preocupações atuais nãodevem se estender por um longo período. “Em umperíodo de três a cinco anos, creio que o mercado estarápreparado para receber toda a produção extra decelulose advinda dos start ups planejados”, avaliou.“Poderemos passar por algumas temporadas de sobrecapacidade,mas as vejo como oscilações naturaisde mercado, que não devem gerar grandes apreensõespor parte desses players.”Para enfrentar os desafios externos que impactamos segmentos de celulose e papel no curto prazo,os grandes players do setor prometem investir nasdiversas oportunidades oferecidas pela madeira.Elizabeth afirmou que esse processo de evolução jácomeçou. Ela salientou que os investimentos projetadospelo setor, entre US$ 22 bilhões e US$ 24bilhões, não serão direcionados apenas à celulose,mas também aos demais usos da biomassa.O controle e aotimização defatores internoscontribuem paraa sustentaçãodas empresas emmeio às variaçõesacarretadas pelosfatores externosSegundo Schaefer, emcinco anos o mercadoestará preparadopara receber toda aprodução extra decelulose advinda dospróximos start upsnovembro/November <strong>2012</strong> - <strong>Revista</strong> O <strong>Papel</strong>55

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