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ABTCP 2012 - Revista O Papel

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Na última semana de setembro, a companhia anunciouuma joint venture com a empresa norte-americana detecnologia de biocombustível Ensyn. A parceria tem porobjetivo investigar mais a fundo um processo já bastanteconhecido: a pirólise rápida, que converte madeira e outrasbiomassas não advindas de alimentos em combustíveislíquidos renováveis e químicos. “Trata-se de umatecnologia madura, com atratividade econômica e bomrendimento na conversão. Além desse conjunto favorável,há uma grande flexibilidade para chegar a diversos produtosfinais”, detalhou Valério sobre os próximos passos.Reginaldo Gomes, diretor comercial e de Logística daEldorado Celulose e <strong>Papel</strong>, informou que a expansãodas atividades industriais para além da produção de celulosecertamente farão parte do radar do novo player.“Embora hoje estejamos focados no start up da primeiralinha de produção – previsto para meados de novembrodeste ano –, não deixaremos aspectos de competitividadeem segundo plano”, garantiu. “A partir de 2013,a Eldorado terá um centro de pesquisa e tecnologia naárea florestal, buscando todos os desenvolvimentospossíveis para melhorias genéticas e também olhandopara os conceitos de biotecnologia.”Ameaças à competitividadeOutras questões que impactam diretamente o desempenhoe a competitividade dos players de celulose e papelforam abordadas ao longo do debate entre os líderesdas maiores fábricas do País.Simon Sampedro, diretor industrial da Santher, ressaltouque o controle e a otimização de fatores internoscontribuem para a sustentação das empresas em meioàs variações acarretadas pelos fatores externos. “Isso setraduz em flexibilidade no processo produtivo, a fim dereduzir custos em todas as áreas da empresa”, definiu.Valério concordou com Simon, reforçando que a indústriabrasileira de celulose e papel é – e continuarásendo – competitiva, contanto que saltos de produtividadesejam dados. “Impossível pensar em ganhos significativosutilizando os processos atuais. É fundamentalinvestir em excelência operacional para chegarmos aresultados sustentáveis”, observou.Segundo o executivo, a formação técnica tem caráteremergencial neste contexto. “Temos de resolver essegargalo formando novos profissionais. É uma responsabilidadeque cabe a nós mesmos”, enfatizou. Valériocitou que, nos últimos anos, a Fibria formou mais de 200profissionais por meio da realização de cursos de especializaçãoin company em celulose e papel.SERGIO SANTORIOPara Marcio Bertoldo, diretor de Manufatura da InternationalPaper, o Brasil precisa valorizar mais a expertiseque tem. “A experiência que a IP tem nos Estados Unidose no Brasil permite uma comparação: lá, há tecnologia,equipamentos de ponta e pessoas qualificadas, mas,mesmo assim, eles não conseguem atingir a eficiênciaoperacional vista por aqui.”O executivo relatou ainda que é comum a vinda denorte-americanos ao Brasil para se espelharem nasações e programas de treinamento adotados pelas fábricasdaqui. “Não resta dúvida de que os profissionaisenvolvidos no processo fabril são fundamentais ao fortalecimentoda competitividade. Precisamos concentraro foco nas pessoas, pensando não somente em líderes,gestores e engenheiros, mas também em operadores edemais colaboradores, igualmente essenciais ao processoindustrial”, pontuou.José Gertrudes Soares, diretor comercial de PapéisKraft da Klabin, alertou para outro gargalo que tendea crescer no médio prazo: a falta de investimentos emprojetos que priorizem a produção de celulose de fibralonga, utilizada nos papéis para embalagens. Segundoele, a atual capacidade só será suficiente para atender àdemanda nos próximos cinco anos.“Praticamente todos os grandes projetos anunciadosno Brasil contemplam a produção de celulose defibra curta branqueada. Por conta disso, a indústriade papel kraft está sendo obrigada a rever seu modelode negócios e reciclar muito mais”, justificou Soares,ao destacar que o País precisa investir em ativosflorestais de pínus. “Atualmente, em função da crise,há uma sobra de fibra nos Estados Unidos da ordemde 3,7 milhões de toneladas.Quando, porém, a economia americana se recuperar,vai faltar matéria-prima”, acrescentou.Biotecnologiadestaca-secomo umcaminho demão únicapara garantir acompetitividadedo setorAspectos que impactamo desempenho e acompetitividade dosplayers de celulose epapel foram discutidosno debate entre líderesnovembro/November <strong>2012</strong> - <strong>Revista</strong> O <strong>Papel</strong>57

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