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ABTCP 2012 - Revista O Papel

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SERGIO SANTORIOPANORAMA SETORIALPara Harlin, oBrasil tem grandepotencial para setornar líder nodesenvolvimentode biomateriaisFalta deinvestimentosem projetosque priorizema produção decelulose de fibralonga podemlevar a gargalono setor deembalagensLairton Leonardi, presidente da <strong>ABTCP</strong>, concordoucom Elizabeth em relação à visão de médioe longo prazos dos grandes players. Segundo ele,apesar do momento adverso, a indústria de celulosee papel tem somado esforços no desenvolvimentodos conceitos de biorrefinaria e suas múltiplasaplicações. “Caracterizo a situação como umabusca contínua por aumento de competitividade, apartir da diferenciação”, definiu.Ali Harlin, especialista no desenvolvimento de biomateriaisdo VTT – Centro de Pesquisa Tecnológico daFinlândia, apresentou algumas dessas possibilidades dediferenciação reforçando o potencial do setor na geraçãode subprodutos oriundos da celulose e demais componentesda madeira.Entre os exemplos de aplicação prática, Harlin destacouas vantajosas propriedades da celulose e da lignina.“Como matéria-prima, a celulose realmente apresentainúmeras variações. Tanto as propriedades físicas quantoquímicas e enzimáticas podem ser modificadas”,informou. No caso da lignina, vai além do processo degaseificação ou pirólise. “O componente pode ser usadona geração de dispersantes, emulsificantes e aglutinantes,úteis em processos químicos.”Ainda de acordo com Harlin, embora alguns gargalostípicos do surgimento de um nicho de mercado aindaexijam solução, o Brasil tem grande potencial para setornar líder no desenvolvimento de biomateriais.Setor dedica-se aos conceitos de biorrefinariaExecutivos que representam os principais players daindústria brasileira de celulose e papel mostraram terplena consciência do potencial que seus parques fabrise as florestas têm no âmbito da biorrefinaria.Ernesto Pousada Jr., diretor executivo de Operaçõesda Suzano, afirmou que vê a biotecnologia como um caminhode mão única para garantir a competitividade dosetor. “Atualmente, somos competitivos o bastante paraestar entre os players globais, mas outros países podemnos deixar para trás em termos de biotecnologia”, alertouele sobre a necessidade de investimentos contínuos emconhecimento técnico e novas metodologias de produção.Segundo ele, a Suzano já atenta a essa questão háalgum tempo. “Desde 2006, realizamos pesquisas sobrebiocombustíveis e todas as possibilidades da biorrefinaria.Esses projetos são realizados em parceria, numsistema que chamamos de Inovação Aberta”, citou. Aaquisição da FuturaGene, em 2011, também foi listadapor Pousada como exemplo. A empresa, dedicada à biotecnologiade eucalipto, tem sede em Israel e laboratóriosna China. Ao incorporá-la ao laboratório da Suzanoaqui, no Brasil, a companhia almejava desenvolver estudosfocados na obtenção de organismos que contribuamcom a produtividade das florestas – o que tem sidocolocado em prática.Pousada afirmou que todos esses projetos fazem partedo Suzano 2024, planejamento estratégico da empresa.Anunciado em 2010, o plano denota uma mudançarelevante: a empresa de celulose e papel passou a atuarcomo empresa florestal. “Tudo o que vier a aparecer dafloresta consiste em uma nova linha de negócios paranós”, explicou. “Recentemente, lançamos a SuzanoEnergia Renovável, dedicada à produção e exportaçãode pellets para produzir energia. Os conceitos de biorrefinaria,com enfoque nos biocombustíveis, são outralinha de negócios que deve trazer resultados mais palpáveise comerciais nos próximos anos”, completou elesobre os projetos em andamento.Francisco Valério, diretor industrial da Fibria, tambémressaltou que a companhia se destaca como uma empresade base florestal, e não mais apenas como produtorade celulose. “Nosso foco continua sendo a commodity,mas, atualmente, já pulverizamos bastante as áreasde estudo”, disse. No que diz respeito às oportunidadesem biocombustíveis e bioquímicos, Valério revelou quea Fibria encerrou recentemente um trabalho investigatóriosobre 17 rotas tecnológicas para obtenção de biocombustíveisprovenientes de madeira.56 <strong>Revista</strong> O <strong>Papel</strong> - novembro/November <strong>2012</strong>

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