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Pentecostalismo na IECLB - Precedentes ... - Faculdades EST

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Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Protestantismo (NEPP) da Escola Superior de TeologiaVolume 01, jan.-dez. de 2002 – ISSN 1678 6408como “bons cristãos”. Enquanto as atividades sociais e/ou intelectuais, levaram auma diferenciação, a uma formação de “gueto” em meio a sociedade local, o cultointegrou os que se sentiam vítimas de preconceito 48 e discrimi<strong>na</strong>ção. Para JoaquimWach , experiências religiosas comuns atuam como poderosa força de coesão quecontribuem para o surgimento de sentimentos de solidariedade que unem osmembros 49 . Agora não são mais “rostos <strong>na</strong> multidão”, mas é um grupo de pessoasamadas por Deus, salvas da vida de “perdição” e sem sentido que antes viviam. Aspregações do pastor Otto Jüdler encontraram eco <strong>na</strong>queles que procuravamrespostas, conseguindo respaldo numa sociedade tradicio<strong>na</strong>l como a pomera<strong>na</strong>. Elesoube integrar aspectos do contexto onde a Comunidade estava inserida. Já que opovo pomerano é bastante supersticioso, ele ofereceu a fé <strong>na</strong> providência divi<strong>na</strong> queprotege contra todos os males, inclusive contra poderes sobre<strong>na</strong>turais, o que opentecostalismo oferece até hoje 50 . Talvez, poderíamos dizer que o pastor Jüdlercomeçou um movimento de contracultura 51 , pois ele não só deu respostas comotambém ofereceu uma nova ordem, novos valores, trouxe um novo sentido e umanova maneira de encarar a vida, e estes considerados legitimamente divinos.De acordo com as correspondências mantidas entre o Sínodo, a comunidadede APII e o senhor Roberto Krüger 52 , as famílias convertidas não tinham a intençãode se desligar da comunidade de APII. Com o passar do tempo, pretenderam iniciaros trâmites da fundação de uma nova comunidade “sinodal”, talvez isto explique,hipoteticamente, porque a IEPI montou sua estrutura física (templo, escola, casaparoquial, salão) de acordo com as comunidades evangélico-lutera<strong>na</strong>s da região. Asdoze famílias “convertidas” queriam continuar sob a liderança de Jüdler <strong>na</strong> novacomunidade “sinodal”, mas o Synodo Riograndense não apoiou a idéia por motivosfi<strong>na</strong>nceiros ou por causa dos “desvios” teológicos, supomos. Após longo período sem48 Cf. Joaquim WACH, Sociologia da religião, p. 56.49 Cf. Joaquim WACH, Sociologia da religião, p. 51.50 Cf. Cecília L. MARIZ, Alcoolismo, gênero e pentecostalismo, p. 84.51 Cf. Pérsio Santos de OLIVEIRA, Introdução à Sociologia, p. 98.52 Cf. Anexo IV.Disponível <strong>na</strong> Internet: http://www3.est.edu.br/nepp 107

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