exedra • 9 • Março <strong>de</strong> 2010Barbosa a gentileza <strong>de</strong> terem aplica<strong>do</strong> esta activida<strong>de</strong> e nos terem permiti<strong>do</strong> a suaobservação. Um agra<strong>de</strong>cimento especial a to<strong>do</strong>s os meninos e meninas que tornaramesta reflexão possível.14 Convém acrescentar que estas activida<strong>de</strong>s foram aplicadas e observadasquan<strong>do</strong> o PNEP estava ainda em implementação, sen<strong>do</strong>, por isso, esperável, que no<strong>de</strong>correr <strong>de</strong>ste programa o treino da Consciência Fonológica seja mais efectivo.15 Como sabemos, é frequente que as crianças <strong>não</strong> representem a semivogal<strong>do</strong> ditongo na escrita, provavelmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao facto <strong>de</strong> esta ser menos audível, acaban<strong>do</strong>por involuntariamente ser assimilada pela outra. Porém, factores como a poucaexistência <strong>de</strong> vogais gráficas contíguas no português, para além das <strong>do</strong>s ditongos,po<strong>de</strong> também motivar esse erro ortográfico.16 È muito comum em textos <strong>do</strong> português medieval 8séculos XIV-XV) a mesmapalavra ser grafada com a letra ou , facto que também se observa em narrativasfrancesas <strong>do</strong> século XIII,. Assim, esta confusão gráfica po<strong>de</strong> sugerir que haviana fala diversas pronuncias.17 Entenda-se por input linguístico, a língua a que a criança é exposta no seioda comunida<strong>de</strong> restrita, familiar, em contexto <strong>não</strong> formal.18 Todavia, por contaminação <strong>do</strong> resto <strong>do</strong> país seria possível que o vocábulo“telha” fosse pronuncia<strong>do</strong> [tɐλɐ]BibliografiaAdams, M., Foorman, B., Lundberg, I. & Beeler, T. (2006). Consciência <strong>fonológica</strong>em crianças pequenas. Porto Alegre: Artmed.Castro, S. L. & Gomes, I. (2000). Dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem da língua materna.Lisboa: Universida<strong>de</strong> Aberta.Martins, M. R. (1992). Ouvir falar: introdução à fonética <strong>do</strong> português. Lisboa:Caminho.Duarte, I. (2000). Língua portuguesa. Instrumentos <strong>de</strong> análise. Lisboa: Universida<strong>de</strong>Aberta.Freitas, M. J. & Santos, A. L. (2001). Contar (histórias <strong>de</strong>) sílabas. Lisboa: Colibri.Gillon, G. (2007). Phonological awareness. From research to practice. Lon<strong>do</strong>n: GilfordPress.Gonzalez, J. & Gonzalez, M. R. (2001). Conciencia <strong>fonológica</strong> y aprendizaje <strong>de</strong> lalectura. Teoría, evaluación e intervención. Madrid: Sintesis.Martins, M. A. (2000). Pré-história da aprendizagem da leitura. Lisboa: ISPA.130
“ Isso <strong>não</strong> <strong>Soa</strong> <strong>Bem”</strong>. A Consciência Fonológica <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>de</strong> LáReflexão em torno exercícios <strong>de</strong> Consciência Fonológica no Primeiro Ciclo.Silva, A. C. (2003). Até à <strong>de</strong>scoberta <strong>do</strong> princípio alfabético. Lisboa: FundaçãoCalouste Gulbenkian e Fundação para Ciência e Tecnologia.Sim-Sim, I., Duarte, I. & Ferraz, M. J. (1997). A língua materna na educação básica.Lisboa: Colibri.Sim-Sim, I. (2006). Avaliação da linguagem oral: um contributo para o conhecimento<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento linguístico das crianças portuguesas. Lisboa: FundaçãoCalouste Gulbenkian.Sim-Sim, I. (1998). Desenvolvimento da linguagem. Lisboa: Universida<strong>de</strong> Aberta.Viana, F. L. (2002). Da linguagem oral à leitura: construção e validação <strong>do</strong> teste <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> competências linguísticas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,Fundação para a Ciência e Tecnologia.131