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Arquivo PDF - Associação Brasileira da Batata (ABBA)

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44 NutriçãoEscolha de modelo na definição <strong>da</strong> dose ótima deNitrogênio na cultura <strong>da</strong> batata.INTRODUÇÃO. Alguns pontosconexos são destacados antes <strong>da</strong>abor<strong>da</strong>gem específica do tema: 1) semadubar com nitrogênio (N) dificilmentehaverá lucro com a cultura <strong>da</strong> batata,2) o solo pode conter razoávelquanti<strong>da</strong>de de N; 3) a resposta à adiçãode N obedece à lei do mínimo para osoutros fatores de produção; 4) ofertilizante nitrogenado é consideradouma fonte de potencial contaminaçãode nitrato <strong>da</strong>s águas subterrâneas, lagose rios, principalmente em solo arenosode área intensamente cultiva<strong>da</strong>; 5)teorias e princípios são passivos degeneralização, mas não é recomendávela generalização de quanti<strong>da</strong>de fixa; 6)é necessário exercitar a resposta paraa pergunta: quanto posso e devo gastarcom o adubo nitrogenado; 7) aprodutivi<strong>da</strong>de de tubérculos de batatasegue a lei dos rendimentosdecrescentes para uma faixa ampla dedoses de N; 8) a adequa<strong>da</strong> escolha domodelo estatístico é determinante <strong>da</strong>dose recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> de N.Para decrescer o potencial depoluição do excesso de N, a solução éaumentar a eficiência no uso do adubonitrogenado. Apesar do conhecimentoexistente, não oportuno de sermencionado no momento, ain<strong>da</strong> é difícilrecomen<strong>da</strong>r uma dose de N que seja aexata quanti<strong>da</strong>de que a cultura <strong>da</strong>batata “retira” do solo. O residual, seem pequena quanti<strong>da</strong>de, nãonecessariamente será fonte de poluição.Processos biológicos comodecomposição, imobilização edenitrificação alteram constantementea disponibili<strong>da</strong>de de nitrato no solopossível de ser lixiviado.Normalmente, a recomen<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>dose de N tem sido feita de maneirageneralista, quase sempre utiliza<strong>da</strong>para os mais diversos sistemas deprodução. Contudo, em to<strong>da</strong>s asativi<strong>da</strong>des humanas, tem sido verificadoque receita geral tem utili<strong>da</strong>de geral.Procedimentos generalistasproporcionarão resultados medianospodendo implicar em lucro reduzidoou mesmo prejuízo e falta decompetitivi<strong>da</strong>de no mercado. Estamosna era do “personal”: “computer”,“trainer”, “manager”. Em analogia, énecessário um “personal EngenheiroAgrônomo” (PEA) para planejar,Paulo Cezar Rezende FontesProf. <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federalde Viçosa. Bolsista do CNPq.36570-000 – Viçosa/MG -pacerefo@ufv.br.Marcelo Cleón de Castro SilvaEngenheiro Agrônomo,Estu<strong>da</strong>nte de DS. DFT/UFV -mdecastro70@yahoo.com.br.Glauco Vieira Miran<strong>da</strong>Prof. <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federalde Viçosa, 36570-000Viçosa/MG -glaucovmiran<strong>da</strong>@ufv.br.detalhar, treinar, acompanhar, avaliar,modificar, enfim “engenhar” a sintonia finados procedimentos executados naproprie<strong>da</strong>de, evitando-se a generalização eobjetivando-se a obtenção de elevadosrendimentos culturais e eficiênciaeconômica. Assim, tem sido feito porindustriais, comerciantes e agricultoresatualizados.Para realizar a sintonia fina nabataticultura, é necessário considerar nãosomente a forte interação existente entregenótipo x ambiente x homens(conhecimento e experiência doproprietário e do técnico), mas também ocurto período de tempo <strong>da</strong> cultura nocampo. É ativi<strong>da</strong>de diária, trabalhosa e quenecessita <strong>da</strong> dedicação de profissionalestudioso, com capaci<strong>da</strong>de derelacionamento social, conhecimentotécnico-financeiro e entendimento global deto<strong>da</strong> a cadeia produtiva <strong>da</strong> batata. É tarefaincompatível com grande número deproprie<strong>da</strong>des assisti<strong>da</strong>s. Na sintonia fina ouengenharia do processo de produção, énecessário responder quanto posso e devogastar com o adubo nitrogenado. É umadecisão alternativa de alocação de recursofinanceiro que deve ser entendido comoescasso e o mais limitante no processoprodutivo. Na economia vigente, não há maisespaço para gastar e no final verificar sehouve lucro ou prejuízo. Decisões à priorisão essenciais. Isso é trabalho para o PEA.A definição precisa <strong>da</strong> dose de N poderáser consegui<strong>da</strong> com testes adequa<strong>da</strong>menteprogramados e conduzidos na proprie<strong>da</strong>deonde ocorrem complexas interações entregenótipo x ambiente x homem x práticasculturais. Posteriormente, os resultadosdevem ser analisados, interpretados eescolhido um modelo matemático paradescrever a relação existente entre as dosesDa esquer<strong>da</strong> para a direita estão na sequência o professorGlauco Miran<strong>da</strong>, professor Paulo Fontes e o doutorando <strong>da</strong> UFVMarcelo de Castro.de N e a produção de tubérculos debatata. Decisão a respeito <strong>da</strong> melhordose de adubo envolve o ajuste demodelo que descreva, adequa<strong>da</strong>mente,os <strong>da</strong>dos obtidos no campo. Algunsmodelos são possíveis de serem usados,sendo que a escolha afeta sensivelmenteo valor <strong>da</strong> dose ótima do fertilizante(Cerrato e Blackmer, 1990; Fontes eRonchi, 2002). A escolha do modelopode ser baseado em critérios, sendoesse o tema específico do texto.MATERIAL E MÉTODOS. Foramutilizados os <strong>da</strong>dos do experimentorealizado na Horta de Pesquisa do DFT/UFV em Podzólico Vermelho-AmareloCâmbico não adubado com N nosúltimos três anos e intensamentecultivado com milho. Foram estu<strong>da</strong>doscinco tratamentos, no delineamento emblocos completos casualizados, comquatro repetições. Os tratamentos foramcinco doses de N (0, 50, 100, 200 e 300kg ha -1 de N), na forma de sulfato deamônio, aplica<strong>da</strong>s em sulco,imediatamente antes do plantio. Ca<strong>da</strong>parcela media 4,5 m x 2,0 m em ca<strong>da</strong>bloco, sendo compostas de 6 fileiras deplantas, espaça<strong>da</strong>s 0,75 m entre si e 0,25m entre plantas. As 2 fileiras laterais e asduas plantas <strong>da</strong>s extremi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>sfileiras foram bor<strong>da</strong>duras.A cultivar foi a Monalisa sendo que otubérculo-semente estava em início debrotação e massa de 70 g. O plantio foirealizado em 14/05. O manejo <strong>da</strong> culturaseguiu as normas recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s(Fontes, 2005) incluindo-se a utilizaçãode arado de aiveca e irrigação poraspersão. Uma semana após o totalsecamento <strong>da</strong> parte aérea, em 13/09, ostubérculos foram colhidos e

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