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apostila modelagem parte 1 - Wiki do IF-SC

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Lilian Daros Pesca<strong>do</strong>r


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOSECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICACENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINAUNIDADE DE ENSINO DE ARARANGUÁApostila de ModelagemDesenvolvida pela Professora: Lilian Daros Pesca<strong>do</strong>rProfessor de 1° e 2° Graus da Unidade de Ensino de AraranguáPara a Disciplina de MODELAGEM <strong>do</strong> Curso Técnico em Moda e EstiloA reprodução desta <strong>apostila</strong> deverá ser autorizada pelo CEFETMODELAGEM• Introdução• Histórico da <strong>modelagem</strong>• Modelagem industrial• Como tirar medidas• Tabelas de medidas• Saia justa, reta e evasê• Saia de pregas• Saia godê duplo• Base vesti<strong>do</strong>• Base calça feminina• Calça feminina malharia• Traça<strong>do</strong> superior masculino• Camisa social masculina• Calça justa masculina• Camiseta meia malha• Blusa feminina base malha• Transferência de pence• Blusa cigana• Calça de agasalho sem costura lateral• Collant de lycra• Lingerie• Alfaiataria blazer feminino• Graduação2


INTRODUÇÃOAtravés da evolução humana percebemos que a indumentária é utilizada para cobrir ocorpo, seja porem questões sociais, culturais ou climáticas.A satisfação com certeza é o motivo mais forte. A<strong>do</strong>rnar-se tem si<strong>do</strong> no decorrer <strong>do</strong>sséculos uma forma de expressão, de provocação ou atração. Já nos dias de hoje, as roupas sãoutilizadas como importante ferramenta de marketing pessoal, de acor<strong>do</strong> com a assimilação,necessidade, praticidade ou desejo de quem as usa.Passan<strong>do</strong> por vários estágios de desenvolvimento, a <strong>modelagem</strong> passou a ser umdepartamento fundamental nas indústrias têxtil e de confecção, e os profissionais da área,necessitam cada vez mais atualizar seus conhecimentos e habilidades, juntamente com as novidadestecnológicas.Veremos as diretrizes básicas para a confecção de moldes para a indústria, teorias epráticas para o desenvolvimento das principais bases <strong>do</strong> vestuário, peça piloto, graduação, encaixe,risco, enfesto, corte, tabelas de medidas e ficha técnica.3


HISTÓRICO:MODELAGEMFoi por volta <strong>do</strong> século XII que ocorreu considerável melhoria de execução dasvestimentas, caben<strong>do</strong> aos homens o oficio de corta<strong>do</strong>r, que para chegarem ao título de mestres, sededicavam de corpo e alma.No século XIII na Europa, praticou-se o corte em molde sob madeira fina, estes moldesforam executa<strong>do</strong>s pela 1ª vez por alfaiates franceses. Que o riscavam com prática e conhecimentode geometria e tinham o privilégio de cortar as vestimentas.A analise <strong>do</strong> corpo humano vem sen<strong>do</strong> feita desde as civilizações mais antigas, Polidetoque era liga<strong>do</strong> às artes gregas, passan<strong>do</strong> por Leonar<strong>do</strong> da Vinci, que aperfeiçoou os estu<strong>do</strong>s daanatomia e da sua intima ligação à geometria.Molde é um diagrama geométrico, que após sua elaboração toma a forma <strong>do</strong> corpo.Modelagem são os detalhes e efeitos <strong>do</strong> modelo deseja<strong>do</strong> e desenvolvi<strong>do</strong> no molde.A partir de então a moda impõe modelos e trajes elabora<strong>do</strong>s, resultan<strong>do</strong> em modelagenscomplexas, exigin<strong>do</strong> o aprimoramento da arte.Surgin<strong>do</strong> assim o corte masculino e o feminino.Mesmo com a evolução da geometria na elaboração <strong>do</strong>s moldes, eram usadas apenas asmedidas principais <strong>do</strong> corpo. As roupas eram quase todas cortadas e amarradas sobre o corpo dapessoa a quem se destinava a peça.A sociedade <strong>do</strong>s mestres costureiros de Paris, durante quase cem anos, barrou a introduçãoe uso de moldes pelas mulheres, que até então não passavam de modestas ajudantes de costura.Mais tarde, com evolução constante da moda e, o uso de teci<strong>do</strong>s mais delica<strong>do</strong>s a mulher foiimpon<strong>do</strong>-se, conseguin<strong>do</strong> o oficio de modelistas, executan<strong>do</strong> os moldes e modelan<strong>do</strong>-os comodesejavam. Mas para que isto acontecesse, foi necessário um decreto dan<strong>do</strong> autorização elegalizan<strong>do</strong> o oficio desta arte, também as mulheres.Desde então, o oficio evoluiu muito, chegan<strong>do</strong> à invenção <strong>do</strong>s primeiros teares mecânicosnos séculos XV e XVI. No século XVIII, Paris era a rainha da moda.Milão ditava a moda <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s, lá se encontravam os maiores modelistas e modistas. Em1675, a mulher impôs-se na categoria de modelista.Até nossos dias prossegue a dedicação tanto de homens como de mulheres na arte <strong>do</strong>vestuário.4


MODELAGEM INDUSTRIALA <strong>modelagem</strong> em caráter industrial segue algumas etapas e regras próprias, diferente dastécnicas usadas para modelar peças sob - medida, embora às diretrizes sejam basicamente asmesmas.Uma das diferenças consiste no fato de que o modelista trabalhará com padrõesdetermina<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> necessário, portanto, utilizar-se de tabelas de medidas que se assemelham aopadrão médio <strong>do</strong> corpo, dentro de uma numeração pré-estabelecida.É muito importante lembrar, que os moldes industriais exigem cuida<strong>do</strong>s comomarcação das costuras, indicação <strong>do</strong>s moldes das posições <strong>do</strong>s bolsos, botões, casas, pences,zíperes, senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> fio <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>, quantidade de vezes que será cortada à peça, referência, quala <strong>parte</strong> da peça <strong>do</strong> molde. Outro ponto a ser destaca<strong>do</strong>, é que na <strong>modelagem</strong> industrial os moldessão inteiros, isto é, não representam apenas a metade de cada peça como se faz na costura<strong>do</strong>méstica. Isso decorre <strong>do</strong> fato de que, cortan<strong>do</strong>-se dezenas de peças de uma só vez, torna-seimpraticável <strong>do</strong>brar o teci<strong>do</strong> para efetuar o corte. Da mesma forma, as peças duplas (manga, frente,punhos, etc.), são sempre cortadas 2 vezes e não apenas uma.Os moldes básicos podem ser desenvolvi<strong>do</strong>s em papel par<strong>do</strong> e após, testar o protótipo eefetuar as correções necessárias. Isso consideran<strong>do</strong> a <strong>modelagem</strong> feita manualmente.No caso da indústria <strong>do</strong> vestuário que já tenha o sistema CAD/CAM (Desenho Assisti<strong>do</strong>por Computa<strong>do</strong>r e Manufatura Assistida por Computa<strong>do</strong>r), implanta<strong>do</strong>, a <strong>modelagem</strong> poderá serrealizada diretamente no computa<strong>do</strong>r através <strong>do</strong> sistema. O 1° passo é criar as bases e então sobreelas, trabalhar os modelos deseja<strong>do</strong>s ou também, podem-se transferir moldes prontos para ocomputa<strong>do</strong>r, através de uma mesa digitaliza<strong>do</strong>ra, ou por fotografia digital.A partir <strong>do</strong> momento em que a <strong>modelagem</strong> estiver pronta, cria-se um arquivo para salválas.Assim, quan<strong>do</strong> precisar criar um novo modelo, poderá se fazer uso <strong>do</strong>s traça<strong>do</strong>s básicos jáexistentes e arquiva<strong>do</strong>s, bastan<strong>do</strong> apenas, importá-los para a tela, abrí-los em um novo arquivo emanipulá-los para fazer as devidas alterações até se chegar ao modelo deseja<strong>do</strong>. Após aprova<strong>do</strong> oprotótipo e feita a graduação <strong>do</strong>s moldes, deve-se fazer o encaixe no sistema, que pode serautomático ou manual.GabaritosSão elementos considera<strong>do</strong>s como guias, na linha de produção, confecciona<strong>do</strong>s em papéis comespessura mais grossa, com a finalidade de não danificarem pelo uso na linha de montagem daspeças.Exemplos: passar bolsos, riscar lapelas, usa-se o gabaritos, para as peças ficarem com tamanhosiguais.Gabaritos que são de marcação, servem para indicar a posição correta de aplicar ou realizar detalhesque compõe o produto.5


PODEMOS DISTINGUIR DOIS TIPOS DE MOLDES: SIMÉTRICOS E ASSIMÉTRICOSMOLDES SIMÉTRICOS: são aqueles que vestem os <strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s <strong>do</strong> corpo humano.Importante: apenas por falta de espaço, os nomes das <strong>parte</strong>s menores foram indica<strong>do</strong>s por setas.Normalmente esses nomes ficam escritos na própria <strong>parte</strong>.6


MOLDES ASSIMÉTRICOS: são aqueles que vestem um só la<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo humano.Como você pode ver a <strong>modelagem</strong> sempre traz por escrito, as seguintes referências básicas:• Nome da peça (frente direita, frente esquerda, costas, etc...).• Tamanho da peça (T – 42 = TAMANHO 42)• Referência da peça (ex: 714)• Quantidade de vezes que a <strong>parte</strong> aparece na peça (1x, 2x, 1 par, etc...).• Senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> fio.OURELAURDUMEVIÉS 45°OURELATRAMA7


Você por certo notou que, entre as indicações escritas diretamente sobre as <strong>parte</strong>s <strong>do</strong>s moldes,existem, entre outras, a palavra FIO que sempre acompanha uma linha reta com setas.• Que significa essa palavra?• A que ela se refere?• Qual a utilidade dessa indicação?Fio de urdimento: é aquele que, no teci<strong>do</strong> corre no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu comprimento;Fio de trama: é aquele que, no teci<strong>do</strong> corre no senti<strong>do</strong> da sua largura;Colunas: são seqüências de malhas que se vão superpon<strong>do</strong> umas as outras em senti<strong>do</strong> vertical;Carreiras: são seqüências de malhas dispostas la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> horizontal <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>.8


O MODELISTA INDUSTRIALO modelista é o profissional da moda que dentro de uma indústria <strong>do</strong> vestuário, interpretaos modelos <strong>do</strong>s croquis cria<strong>do</strong>s pelo estilista e os transforma em objeto concreto. Deste modeloserão produzi<strong>do</strong>s milhares de outros, sen<strong>do</strong> por isso a responsabilidade deste profissional muitogrande. A experiência, portanto, é essencial e só será adquirida através <strong>do</strong> trabalho prático.É indispensável para to<strong>do</strong>s os profissionais deste ramo, estar atualiza<strong>do</strong> sobre tendênciasde moda, novos materiais e processos tecnológicos, pois estes darão ao profissional a possibilidadede intervir na qualidade <strong>do</strong>s processos produtivos industriais.Para iniciar a <strong>modelagem</strong> de uma peça <strong>do</strong> vestuário, é preciso conhecer as formasanatômicas <strong>do</strong> corpo humano e o caimento <strong>do</strong>s teci<strong>do</strong>s, possuírem certa habilidade técnica e termuita observação estética. Desde que se conheça o traça<strong>do</strong> básico, qualquer modelo torna-se umadecorrência da base. O traça<strong>do</strong> básico ou as bases dividem-se em bases “modeladas ao corpo oubases amplas”.Na indústria <strong>do</strong> vestuário, o modelista é a peça chave da produção, pois o sucesso de umacoleção também depende da qualidade e <strong>do</strong> caimento de uma <strong>modelagem</strong> perfeita. Vele lembrar,que o conforto da roupa é primordial, e muitas vezes superan<strong>do</strong> ate mesmo a beleza.O PROTÓTIPO E A PEÇA PILOTOApós receber a ficha técnica com o desenho a ser executa<strong>do</strong>, o modelista realizará aprimeira <strong>modelagem</strong> para ser testada. A peça é cortada e montada sob a supervisão <strong>do</strong> modelista,passan<strong>do</strong> por um processo de avaliação, e arquivamento. Durante esta etapa, em que a peça <strong>do</strong>vestuário pode sofrer alterações, temos a peça-protótipo e após a provação, esta passa a ser chamadade peça-piloto.A peça piloto é que irá orientar toda a produção, as demais peças deverão ser exatamenteiguais. Portanto, é essencial que ela seja perfeita.Nesta etapa, de transformação <strong>do</strong> protótipo em peça piloto (desde o traça<strong>do</strong> <strong>do</strong> molde até aconfecção), a responsabilidade é unicamente <strong>do</strong> modelista. Mesmo que ele não costure, deve prestarassistência constante para que esta corresponda fielmente ao traça<strong>do</strong> por ele executa<strong>do</strong>, partin<strong>do</strong> <strong>do</strong>modelo forneci<strong>do</strong> pelo estilista.Enquanto as peças que já estão em produção, pode ser confecciona<strong>do</strong> rapidamente, oprotótipo precisa ser executa<strong>do</strong> devagar, estuda<strong>do</strong>, testa<strong>do</strong> e aprova<strong>do</strong>. Pois será através dele, que ospossíveis defeitos serão corrigi<strong>do</strong>s, ou o momento no qual o estilista ainda pode requisitarmudanças, para melhor adaptá-lo de acor<strong>do</strong> com sua criação.9


GRADUAÇÃO:Consiste em aumentar ou diminuir o molde base, seguin<strong>do</strong> a tabela de medidas para dar as devidasdiferenças de tamanhos.ENCAIXE:É a distribuição de todas as <strong>parte</strong>s <strong>do</strong> molde que compõe uma <strong>modelagem</strong> sobre o teci<strong>do</strong> ou sobrepapel, aproveitan<strong>do</strong> o máximo o teci<strong>do</strong>, diminuin<strong>do</strong> o desperdício, às vezes sen<strong>do</strong> um processodemora<strong>do</strong>. Através <strong>do</strong> programa CAD o aproveitamento é otimiza<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> um recurso que reduz oconsumo de matéria prima, ocasionan<strong>do</strong> uma maior exatidão e agilidade.Não se aconselha fazer um encaixe diretamente sobre teci<strong>do</strong>s escorregadios ou com muitaelasticidade, pois interferem no resulta<strong>do</strong> final <strong>do</strong> encaixe. Esse também é conheci<strong>do</strong> como mapa derisco.Encaixe par: é aquele que o corta<strong>do</strong>r trabalha com todas as <strong>parte</strong>s da <strong>modelagem</strong> a serem cortadas.Exemplo: camisa, em que a frente esquerda é diferente da frente direita, caracterizan<strong>do</strong> uma<strong>modelagem</strong> assimétrica.Encaixe ímpar: é aquele em que se trabalha com a metade da <strong>modelagem</strong>.Exemplo: a calça que tem <strong>do</strong>is traseiros e <strong>do</strong>is dianteirosEncaixe par e ímpar: é aquele em que se trabalha com os <strong>do</strong>is juntos, ou seja, todas as <strong>parte</strong>scompletas de um modelo ou metade das peças de um modelo.RI<strong>SC</strong>O:Risco é o mesmo que traço. Significa contornar os moldes distribuí<strong>do</strong>s no encaixe.Riscos normais: são aqueles feitos com a colocação <strong>do</strong>s modelos no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> urdume <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>,ou seja, <strong>do</strong> comprimento, paralelo a ourela.Riscos atravessa<strong>do</strong>s: os moldes são coloca<strong>do</strong>s no encaixe, de mo<strong>do</strong> que fiquem na posição da trama<strong>do</strong> teci<strong>do</strong>, ou seja, de sua largura.Riscos normaisRiscos atravessa<strong>do</strong>sTeci<strong>do</strong> sem senti<strong>do</strong> Teci<strong>do</strong> com senti<strong>do</strong>Sem senti<strong>do</strong> Com senti<strong>do</strong>Teci<strong>do</strong> com pé10


CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS DO TECIDOÉ necessária a pessoa que faz o encaixe <strong>do</strong>s moldes conhecerem profundamente o teci<strong>do</strong> que irá serusa<strong>do</strong>, pois existem características a cada teci<strong>do</strong>.Teci<strong>do</strong> sem senti<strong>do</strong> determina<strong>do</strong>: significa dizer que as <strong>parte</strong>s <strong>do</strong> molde poderão ser posicionadas(manten<strong>do</strong> o fio) em qualquer senti<strong>do</strong>.Exemplos: teci<strong>do</strong> índigo blue, malha lisa, Oxford, etc...OBS: maior facilidade para encaixar.11


Teci<strong>do</strong> com senti<strong>do</strong> determina<strong>do</strong>: significa dizer que as <strong>parte</strong>s <strong>do</strong> molde deverão ser posicionadasnum só senti<strong>do</strong>.Exemplos: velu<strong>do</strong> cotelê, velu<strong>do</strong> molha<strong>do</strong>, teci<strong>do</strong>s com estampas em um só senti<strong>do</strong>, etc..12


Teci<strong>do</strong> sem senti<strong>do</strong>: é aquele que não modifica de cor ou tonalidade ao ser examina<strong>do</strong>. Ex: tricolineíndigo.Teci<strong>do</strong> com senti<strong>do</strong>: muda de cor e tonalidade ao ser examina<strong>do</strong>. Ex: microfibra, cetim.Teci<strong>do</strong> com pé: o toque <strong>do</strong> desenho modifica de acor<strong>do</strong> com a inclinação de pêlos, estampas. Ex:teci<strong>do</strong>s de velu<strong>do</strong> e teci<strong>do</strong>s com estampas em um só senti<strong>do</strong>.RI<strong>SC</strong>O PARObserve como as costas <strong>do</strong>s tamanhos 2 e 4 foram riscadas pela metade, exatamente na <strong>do</strong>bra <strong>do</strong>teci<strong>do</strong>. Des<strong>do</strong>bran<strong>do</strong> o teci<strong>do</strong>, depois de corta<strong>do</strong>, a peça riscada pela metade aparecera inteira.RI<strong>SC</strong>O MISTOObserve como todas as <strong>parte</strong>s <strong>do</strong> tamanho 1 foram riscadas por inteiro, ao passo que as <strong>do</strong> tamanho4 foram na <strong>do</strong>bra <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>.PENSE: no caso de teci<strong>do</strong>s tubulares (como malhas) ou teci<strong>do</strong>s comuns <strong>do</strong>bra<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> ocorrerque uma <strong>parte</strong> simétrica da <strong>modelagem</strong> só se caracterize pela união <strong>do</strong> la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> ao direito, orisco poderá ser par ou misto, pois a <strong>parte</strong> assimétrica poderá ser riscada pela metade na <strong>do</strong>bra <strong>do</strong>teci<strong>do</strong>.13


RI<strong>SC</strong>OS ÚNICOS:São aqueles em que a quantidade de vezes indicada nas <strong>parte</strong>s componentes <strong>do</strong>s moldes éobedecida, porém, multiplicada pela quantidade de vezes em que o tamanho correspondente entraráno risco.Assim, em um risco único, se houver no molde, a indicação 2x sobre determinada <strong>parte</strong> da peça,será risca<strong>do</strong> 2 x.Neste tipo de risco, caso a <strong>modelagem</strong> seja assimétrica, o enfesto terá de ser único, porem no casode ser simétrica, o enfesto poderá ser tanto par como único.Veja em seguida três diferentes riscos:14


ENFESTO:São as camadas sobrepostas de teci<strong>do</strong> umas sobre as outras, forman<strong>do</strong> um bloco, sen<strong>do</strong> que ocomprimento dessas folhas deve ser o mesmo <strong>do</strong> risco.Fatores que melhoram o enfesto: o alinhamento, onde o teci<strong>do</strong> é alinha<strong>do</strong> nos la<strong>do</strong>s da ourela; atensão deve ser evitada, pois as peças ficarão menores que a <strong>modelagem</strong> depois de cortadas; cortedas pontas, um fator de economia cortan<strong>do</strong> somente o necessário.Existem três méto<strong>do</strong>s de enfestar: o manual, mecaniza<strong>do</strong> e eletrônico. E <strong>do</strong>is tipos de enfesto, o par,onde o teci<strong>do</strong> é posiciona<strong>do</strong> ora direito volta<strong>do</strong> para cima e volta<strong>do</strong> para baixo, o outro tipo é oenfesto impar, quan<strong>do</strong> o teci<strong>do</strong> direito e sempre volta<strong>do</strong> para o mesmo la<strong>do</strong>.CORTE:O corte é uma etapa muito importante <strong>do</strong> processo produtivo, pois um erro nesta operação tempouca possibilidade de ser repara<strong>do</strong>, representan<strong>do</strong> perda parcial ou total <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> e atraso naprodução.15


MÉTODOS DE CORTEPodemos dizer que existem três tipos de cortes:MANUALMECÂNICOELETRÔNICOCorte manual:A indústria não utiliza esse tipo de corte, devi<strong>do</strong> a sua baixa produção. É usa<strong>do</strong> somente para cortede peças para reposição (peças defeituosas). É feito com tesoura manual.Corte mecânico:É feito com o uso de máquinas. Essas máquinas podem ser:Lâmina re<strong>do</strong>nda (máquina de disco)Para enfestos de pouca altura (poucas folhas). Não permitem cortar bem as curvas muitoacentuadas.16


Lâmina vertical (máquina faca)Para enfestos de grandes alturas. Permite cortar qualquer tipo de risco. Não é aconselhavel paraenfestos baixos.17


Balancim (prensa)Permite melhor qualidade de corte com relação à forma. Não deve ser usa<strong>do</strong> para grandes alturasdevi<strong>do</strong> à deformação <strong>do</strong> material. A construção das formas (gabaritos) custa mais em termos deconsumo de material, devi<strong>do</strong> à necessidade de deixar espaços adicionais entre os moldes paracolocar as formas.18


Serra fitaEsse méto<strong>do</strong> de corte pode ser usa<strong>do</strong> junto com a máquina de faca para cortes onde a precisão éimportante (ex: degolo de camisa). Também não é aconselhável para enfestos baixos. Toda aqualidade <strong>do</strong> corte depende da maneira de segurar as peças. (pinças, grampos etc..)Raio laserEste sistema muito é muito avança<strong>do</strong>. Com uma esteira transporta<strong>do</strong>ra, pode-se fazer enfestos ecorte simultaneamente. Tu<strong>do</strong> dirigi<strong>do</strong> pelo computa<strong>do</strong>r. Todas as exigências de qualidade e deaproveitamento <strong>do</strong> material são satisfeitas.Jato D’ águaPara o corte é usa<strong>do</strong> um jato líqui<strong>do</strong> de alta pressão de 60.000 LBS/pol² (4,200 kg/cm²). Também édirigi<strong>do</strong> pelo computa<strong>do</strong>r, mas tem condições de cortar varias folhas de teci<strong>do</strong>. Tem as mesmasvantagens <strong>do</strong> sistema Laser.Corte Automático (eletrônico)Faca vertical dirigida por computa<strong>do</strong>r. Mesmas vantagens que o sistema anterior.19


Máquina de marcar furosEtiquetagem e empacotamentoDepois que as peças estiverem cortadas em pilhas, elas devem ser identificadas e separadasadequadamente para facilitar o manuseio durante as operações de costura.No corte as cores são cortadas todas juntas, mas depois estas devem ser separadas novamente paraevitar mudanças continuas e excessivas da linha de costura.A tonalidade é outro problema. Dois rolos de teci<strong>do</strong>s da mesma cor têm tonalidades ligeiramentediferentes o que só se nota quan<strong>do</strong> são colocadas juntas. Algumas vezes isso acontece até com aspeças cortadas <strong>do</strong> princípio e <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> mesmo rolo. Portanto, temos que nos certificar que todas aspeças de uma mesma vestimenta venham da mesma camada de teci<strong>do</strong>.Para evitar qualquer mistura cada <strong>parte</strong> componente da vestimenta é identificada em ordemseqüente por meio de máquina de etiquetar ou carimbos marca<strong>do</strong>res. Essa identificação deve conter:tamanho, ordem de fabricação, e o lote da peça.Outros acessórios utiliza<strong>do</strong>s no corte: grampo para enfesto, garras, barras de ferro, pinças, luvaprotetora de aço, etiqueta<strong>do</strong>res, cola e fitas adesivas para a fixação <strong>do</strong>s riscos, etc....20


FICHA TÉCNICA:É um <strong>do</strong>cumento descritivo das peças em uma confecção. Sua funcionalidade vem desde odesenvolvimento <strong>do</strong> produto até a sua expedição, passan<strong>do</strong> pela pilotagem, montagem, corte,costura, acabamento e outros.O desenho técnico faz parceria com os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento. A partir deles o setor de produçãovisualizará detalhes da peça como pespontos, pences, que às vezes costumam passaremdespercebi<strong>do</strong>s, por não entender melhor a montagem da peça.O uso da seqüência operacional também ajuda na melhoria e agilidade da produção. To<strong>do</strong>s osprocessos pelo qual a peça passará, por ordem de montagem e a máquina que será utilizada,poupan<strong>do</strong> tempo e trabalho de supervisores e modelista.A ficha técnica também vem servir na organização <strong>do</strong>s moldes. Pelo desenho ou pelo ano será fácilidentificar qual o molde ele pertence, qual o teci<strong>do</strong> foi utiliza<strong>do</strong>, aviamentos, de qual fornece<strong>do</strong>rforam adquiri<strong>do</strong>s, quantas peças foram produzidas, qual a coleção, quantas <strong>parte</strong>s possuem a<strong>modelagem</strong>, nome <strong>do</strong> modelista, grade, tamanho, e outras informações que devem ser ajusta<strong>do</strong>s ànecessidade de cada empresa.21


USO DA RÉGUA DE ALFAIATE E CURVA FRANCESA24

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