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Apostila de Empreendedorismo Desenvolvida pela ... - Wiki do IF-SC

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<strong>Apostila</strong> <strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo<strong>Desenvolvida</strong> <strong>pela</strong> Prof. Aline Hilsen<strong>de</strong>ger Pereira <strong>de</strong> OliveiraProfessor <strong>de</strong> 1° e 2° Graus da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> AraranguáPara a Disciplina <strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo <strong>do</strong> Curso Técnico emModa e EstiloA reprodução <strong>de</strong>sta apostila <strong>de</strong>verá ser autorizada pelo <strong>IF</strong> - <strong>SC</strong>


3A IMPORTÂNCIA DOS CUSTOS NA EMPRESAEm nossa vida diária fazemos escolhas frequentemente, qual caminho mais rápi<strong>do</strong>para chegar até a escola, que roupa vestir, qual material comprar, qual a melhorconfiguração <strong>do</strong> novo computa<strong>do</strong>r, etc.Para todas essas escolhas precisamos avaliar as alternativas e escolher aquelamais viável, ou seja, aquela que trará maiores benefícios <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com nosso interesse.Nas empresas acontece o mesmo, frequentemente precisam avaliar alternativas eescolher aquelas que trarão maiores resulta<strong>do</strong>s em termos <strong>de</strong> recursos, tecnologias eprocessos.Essa abordagem é feita através <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> custos, que oferecerão subsídiospara as tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, sejam elas para tornar a empresa competitiva ou mesmopara sua sobrevivência.Várias po<strong>de</strong>m ser as ações para obtenção <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> em custos.Determinadas ações, entretanto, estão presentes em to<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> redução <strong>de</strong>custos. As principais são:1. Otimização da qualida<strong>de</strong> em to<strong>do</strong>s os processos da empresa.Qualida<strong>de</strong> ótima é aquela que aten<strong>de</strong> às expectativas <strong>do</strong>s clientes ao menor custo.É um conceito bastante diferente <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> a custo mínimo ou qualida<strong>de</strong>máxima ao custo que for necessário. Abrange pessoas, processos, produtos eserviços. Em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s setores empresariais, suas empresas nunca serãoencanta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> clientes. Para elas, tentar assegurar a satisfação total <strong>do</strong>s clientesseria economicamente inviável. Geralmente são empresas gran<strong>de</strong>s, com umagran<strong>de</strong> carteira <strong>de</strong> clientes e com atuação pre<strong>do</strong>minante no setor <strong>de</strong> serviços.Costumam encabeçar a lista <strong>de</strong> queixas nos órgãos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r.Entretanto, existe um nível mínimo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> a ser ofereci<strong>do</strong> sob pena <strong>de</strong>incorrerem em perdas marginais. O custo <strong>de</strong> recuperar um cliente insatisfeito écomprovadamente maior <strong>do</strong> que o custo <strong>de</strong> conquistá-lo.2. Atenção ao custo globalDada a inter-relação entre os vários tipos <strong>de</strong> custo <strong>de</strong> uma empresa, a meta a serbuscada, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> atendidas <strong>de</strong>terminadas restrições, <strong>de</strong>veria ser a minimização <strong>do</strong>custo total. Em algumas situações este procedimento é bem compreendi<strong>do</strong>. Porexemplo, na escolha da localização <strong>de</strong> uma planta industrial são pesa<strong>do</strong>s, além dasrestrições qualitativas, os custos tributários, <strong>de</strong> logística, <strong>de</strong> pessoal etc. Naturalmente,a localização ótima será aquela que conduz ao menor custo total para a empresa.Em outros casos, entretanto, o custo total po<strong>de</strong> estar sen<strong>do</strong> ignora<strong>do</strong>. Por exemplo,<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a dificulda<strong>de</strong>s financeiras, uma empresa po<strong>de</strong> optar <strong>pela</strong> compra <strong>de</strong> umequipamento mais barato sem consi<strong>de</strong>rar sua vida útil e os custos operacionaisenvolvi<strong>do</strong>s. O custo final po<strong>de</strong>rá ser bem mais eleva<strong>do</strong> <strong>do</strong> que outra opção <strong>de</strong>investimento inicial maior.


43. Compreensão da relação entre custo, preço e receita.O custo influi na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> preço, e este afeta o volumevendi<strong>do</strong> por meio da elasticida<strong>de</strong>-preço da procura. Consequentemente, areceita da empresa também é afetada. Então, um processo <strong>de</strong> redução <strong>de</strong>custos afeta o que os economistas <strong>de</strong>nominam receita marginal. O ponto ótimo <strong>de</strong>redução <strong>de</strong> custo seria aquele on<strong>de</strong> a receita marginal se mantém constante.Investimentos adicionais em redução <strong>de</strong> custos não trariam receita adicional. Éverda<strong>de</strong> que i<strong>de</strong>ntificar o comportamento da receita marginal não po<strong>de</strong> ser feito<strong>de</strong> forma intuitiva.1. Aprimoramento da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> custo.Esta ação exige coragem para rejeitar meto<strong>do</strong>logias tradicionais, mas ineficazespara apuração e análise <strong>de</strong> custos e capacida<strong>de</strong> para avaliar criticamentemeto<strong>do</strong>logias novas e aplaudidas. Em um número expressivo <strong>de</strong> empresas, osda<strong>do</strong>s <strong>de</strong> custo são apresenta<strong>do</strong>s em relatórios burocráticos <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>questionável. Saber quanto custa realmente alguma coisa não é tarefa trivial.5. Explorar toda a potencialida<strong>de</strong> da Análise <strong>de</strong> ValorA análise <strong>de</strong> valor, apesar <strong>de</strong> já ter mais <strong>de</strong> cinquenta anos, ainda é a gran<strong>de</strong>ferramenta a ser utilizada na redução <strong>de</strong> custos. Mesmo quan<strong>do</strong> aparentementenão está sen<strong>do</strong> utilizada num <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos, aobservação mais cuida<strong>do</strong>sa mostrará que a essência da análise <strong>de</strong> valor estarápor trás da meto<strong>do</strong>logia usada. A análise <strong>de</strong> valor fornece uma combinaçãoinsuperável <strong>de</strong> técnica e arte para lidar com problemas <strong>de</strong> custo eleva<strong>do</strong>.Das cinco medidas citadas para redução <strong>de</strong> custos, as três primeiras sãoessencialmente processos <strong>de</strong> otimização. Significam i<strong>de</strong>ntificar a melhor forma <strong>de</strong>conduzir tarefas ou processos. A penúltima <strong>de</strong>staca a importância <strong>de</strong> saber corretamentequanto e porque custa. A última, indica o caminho mais eficaz para fazer custar.Entretanto, existe uma circularida<strong>de</strong> em todas essas medidas, o que torna o processo <strong>de</strong>redução <strong>de</strong> custos ainda mais <strong>de</strong>safiante, mas certamente compensa<strong>do</strong>r.Atualmente o merca<strong>do</strong> não tolera aumentos constantes <strong>de</strong> preços , por isso aimportância <strong>de</strong> se reduzir custos para aumentar a receita.Fonte: http://www.ief.com.br/redcusto.htmQuem fará uso <strong>do</strong>s relatórios <strong>de</strong> custos <strong>de</strong>ntro da empresa?A contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> custos atualmente integra a contabilida<strong>de</strong> gerencial, por isso osprincipais usuários <strong>do</strong>s relatórios <strong>de</strong> custos são:Donos da empresa;Diretores e <strong>de</strong>mais executivos;As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle e o gerenciamento <strong>do</strong>s custos tornaram-se primordiais


5para a manutenção e o crescimento da empresa;Outro importante personagem que precisa compreen<strong>de</strong>r a estrutura <strong>de</strong> custo daempresa é o administra<strong>do</strong>r, principalmente no que diz respeito ao:1. Controle das ativida<strong>de</strong>s rotineiras;2. Gasto excessivo com matéria prima;3.A responsabilida<strong>de</strong> legal <strong>pela</strong>s informações prestadas;O auditor externo e interno, também é um usuário importante <strong>de</strong>stes relatórios,pois:Po<strong>de</strong> constatar possíveis falhas nos procedimentos <strong>de</strong> contabilização;Encontrar <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias ou produtos;I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios;Emitir parecer que po<strong>de</strong>rá influenciar a maneira como o merca<strong>do</strong> observa oposicionamento daquela empresa em relação a socieda<strong>de</strong>;Em suma, as informações fornecidas por um controle eficiente <strong>de</strong> custos são:Custos diretos, indiretos, fixos e variáveis;Fontes Gera<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> custos;Ativida<strong>de</strong>s e processos que agregam ou não valor a seus produtos e serviços;Margem <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong> cada produto ou serviço;Departamentos <strong>de</strong>ficitários, que precisam sofrer processos <strong>de</strong> melhoria;Preços competitivos basea<strong>do</strong>s na <strong>de</strong>terminação e análise <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> equilíbrio daempresa;A análise <strong>do</strong>s custos po<strong>de</strong> tem gran<strong>de</strong> abrangência, como:APLICAÇÃO VINCULADA AO PLANEJAMENTO: Elaboração <strong>de</strong> Orçamentos: consiste na <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> metas <strong>de</strong> receita, custose resulta<strong>do</strong>s, para perío<strong>do</strong>s posteriores; Projeção da produção e das vendas: da mesma forma que na elaboração <strong>de</strong>orçamentos futuros, o planejamento <strong>de</strong> vendas e produção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da avaliação<strong>do</strong>s custos da empresa; Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong>: por exemplo na análise <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> terceirização <strong>do</strong>sserviços, é fundamental <strong>de</strong>terminar se há um custo maior em se fazer talativida<strong>de</strong>, ou se este seria menor caso a terceirização fosse a<strong>do</strong>tada. Ex. facções. Análise <strong>de</strong> Investimentos: o cálculo <strong>do</strong> retorno <strong>de</strong> um investimento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>sobretu<strong>do</strong> da <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> real custo, <strong>de</strong>ste investimento. Ex. o custo <strong>de</strong> umamáquina não se restringe apenas a sua aquisição.APLICAÇÕES NA GESTÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA, MERCADOLÓGICA: Formação <strong>do</strong> preço <strong>de</strong> venda: essa foi a primeira aplicação da teoria <strong>do</strong>s custos.Importante <strong>de</strong>stacar o papel <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> marketing na <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong>preço <strong>de</strong> venda juntamente com o <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> custo; Avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho; com base na idéia <strong>de</strong> que é o merca<strong>do</strong> que <strong>de</strong>termina


6o preço <strong>do</strong>s produtos, em certo momento a <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong>s custos seránecessária apenas para a <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> financeiro da empresa;APLICAÇÃO VOLTADAS AO CONTROLE: Controle <strong>do</strong>s materiais: juntamente com a administração orçamentária, o sistema<strong>de</strong> custeio <strong>de</strong>ve se constituir em um instrumento <strong>de</strong> controle e acompanhamento<strong>de</strong> to<strong>do</strong> e qualquer gera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> custo <strong>de</strong>ntro da empresa; Controle <strong>do</strong> ciclo operacional: compreen<strong>de</strong> o tempo entre o recebimento damatéria prima até o recebimento monetário <strong>pela</strong> venda <strong>do</strong>s produtos acaba<strong>do</strong>s,quanto maior este perío<strong>do</strong> maior a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> giro e maior serão osgastos financeiros da empresa;A análise <strong>de</strong> custos compreen<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s exercidas em umaorganização, com o objetivo principal <strong>de</strong> fornecer subsídios para a a<strong>de</strong>quada apuração,controle, acompanhamento e gerenciamento <strong>do</strong>s custos inerentes aos diversosprocessos. Tem por objetivos:Apuração <strong>do</strong>s custos <strong>do</strong>s produtos vendi<strong>do</strong>s;Determinação da rentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s produtos ou serviços comercializa<strong>do</strong>s;Atendimento das exigências legais, sobretu<strong>do</strong> tributárias;Controle da movimentação externa e interna das merca<strong>do</strong>rias;Auxilio na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;Otimização <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s;Para todas estas questões apresentadas, precisaremos utilizar os conhecimentosadquiri<strong>do</strong>s no módulo I nesta matéria <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo. Para relembrar, empreen<strong>de</strong>rsignifica fazer acontecer. E isto po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> a to<strong>do</strong> momento em nossa vidapessoal e profissional.Segun<strong>do</strong> Schmiedicke e Nagy, cita<strong>do</strong>s por Leone, afirmam que o uso <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s<strong>de</strong> custos aten<strong>de</strong>m às <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> marketing, ao custeio <strong>do</strong> produto e ao planejamento econtrole.De acor<strong>do</strong> com a citação acima, salientamos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a empresa temque estar <strong>de</strong>finida no que diz respeito aos processos <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong> administração,comercialização e gestão <strong>de</strong> pessoas. Para que no levantamento <strong>de</strong> custos asinformações sejam bem traduzidas na área <strong>de</strong> interesse. Por to<strong>do</strong>s esses aspectos que amatéria <strong>de</strong> custos está intimamente ligada a to<strong>do</strong>s os conceitos <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismoministra<strong>do</strong>s no módulo I.


7CONCEITUAÇÃO DE CUSTOSPara Leone (2000), custos são o consumo <strong>de</strong> um fator <strong>de</strong> produção, medi<strong>do</strong> emtermos monetários para a obtenção <strong>de</strong> um produto, <strong>de</strong> um serviço ou <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong>que po<strong>de</strong>rá ou não gerar renda.Martins (2001) refere-se a custos como um gasto relativo a bem ou serviço utiliza<strong>do</strong>na produção <strong>de</strong> outros bens ou serviços, isto é, são os gastos no momento da utilização<strong>do</strong>s fatores <strong>de</strong> produção (bens e serviços), para a fabricação <strong>de</strong> um produto ou execução<strong>de</strong> um serviço.Nos nossos estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> custos iremos a<strong>do</strong>tar a seguinte <strong>de</strong>finição : custos sãomedidas monetárias resultantes da aplicação <strong>de</strong> bens e serviços na produção <strong>de</strong> outrosbens e serviços durante o processo <strong>de</strong> fabricação.Fernan<strong>de</strong>s, custos são gastos relativos a um bem ou serviço utiliza<strong>do</strong>s na produção<strong>de</strong> outros bens ou serviços.Assim, observa-se que os autores concordam que custo é um conceito liga<strong>do</strong>diretamente ao processo produtivo, ou seja, para produção <strong>de</strong> bens. Sen<strong>do</strong> que qualquergasto não relaciona<strong>do</strong> à produção não é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> custo, custo e <strong>de</strong>spesa, distinguemse<strong>pela</strong> sua natureza, a forma como será aloca<strong>do</strong> o recurso e a finalida<strong>de</strong> proposta. Queiremos abordar posteriormente.Utilizaremos para a classificação <strong>de</strong> custos:Custos quanto à i<strong>de</strong>ntificação: Diretos e Indiretos.Custos quanto ao volume <strong>de</strong> produção: Variáveis e Fixos.Custos DiretosOs autores <strong>de</strong>finem como custos diretos aqueles que são aloca<strong>do</strong>s diretamente noproduto, por exemplo, para fabricar uma calça o fio é um custo direto. São to<strong>do</strong>s os custosfacilmente i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s com a produção <strong>de</strong> bens ou serviços. Po<strong>de</strong>mos dizer ainda, quesão os ingredientes que compõem o produto. O rateio acontece por medidasmensuráveis.Para Martins (2001), alguns custos po<strong>de</strong>m ser diretamente apropria<strong>do</strong>s aos


8produtos, bastan<strong>do</strong> haver uma medida <strong>de</strong> consumo (quilogramas <strong>de</strong> material consumi<strong>do</strong>s,embalagens utilizadas, horas <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra utilizadas e até quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forçaconsumida. São os custos diretos em relação aos produtos.Leone (2000), resume que custo direto é i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> naturalmente ao objeto <strong>do</strong>custeio.A apropriação <strong>do</strong>s custos diretos <strong>de</strong>ve ser levanta<strong>do</strong> o consumo <strong>de</strong> materiais, bastaa empresa manter um sistema <strong>de</strong> requisições, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a saber sempre para qual produtofoi utiliza<strong>do</strong> o material retira<strong>do</strong> <strong>do</strong> almoxarifa<strong>do</strong>.Para conhecer o consumo <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra direta, é preciso, a empresa mantenhaum sistema <strong>de</strong> apontamentos, por meio <strong>do</strong> qual se verifica quais os operários quetrabalham em cada produto (ou serviço) no perío<strong>do</strong> (dia, semana, mês) e por quantotempo (minutos, horas).Nas empresas <strong>de</strong> serviços, normalmente se faz o acompanhamento da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>serviço, anotan<strong>do</strong> os custos aloca<strong>do</strong>s diretamente (mão <strong>de</strong> obra, materiais aplica<strong>do</strong>s eserviços subcontrata<strong>do</strong>s).Custos IndiretosAo contrário <strong>de</strong> custos diretos, os indiretos não po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar comopertencentes a este ou aquele produto. Por exemplo, o seguro <strong>do</strong> prédio da fábrica.Pa<strong>do</strong>veze aduz que gastos industriais que não po<strong>de</strong>m ser aloca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma diretaou objetiva aos produtos ou a outro seguimento ou ativida<strong>de</strong>s operacionais, e caso sejamatribuí<strong>do</strong>s os produtos, serviços ou <strong>de</strong>partamentos, será através <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong>distribuição ou alocação.Os custos indiretos com relação aos produtos, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Martins, são os quenão oferecem condição <strong>de</strong> uma medida objetiva e qualquer tentativa <strong>de</strong> alocação tem <strong>de</strong>ser feita <strong>de</strong> maneira estimada e muitas vezes arbitrária ( como o aluguel, a supervisão, aschefias).Esses custos incorrem <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> produção, mas que, para seremapropria<strong>do</strong>s aos produtos, nos obrigam ao uso <strong>de</strong> rateios, que são artifícios usa<strong>do</strong>s paradistribuir os custos que não conseguimos ver com objetivida<strong>de</strong> e segurança a quaisprodutos <strong>de</strong> se referem.Os custos indiretos necessitam <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> rateio e relacionam-se com váriosprodutos ao mesmo tempo.No site http://www.portal<strong>de</strong>contabilida<strong>de</strong>.com.br encontramos que custo indireto é ocusto que não se po<strong>de</strong> apropriar diretamente a cada tipo <strong>de</strong> bem ou função <strong>de</strong> custo nomomento <strong>de</strong> sua ocorrência. Os custos indiretos são apropria<strong>do</strong>s aos porta<strong>do</strong>res finais


9mediante o emprego <strong>de</strong> critérios pré-<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s e vincula<strong>do</strong>s a causas correlatas,como mão-<strong>de</strong>-obra indireta, rateada por horas/homem da mão <strong>de</strong> obra direta, gastos comenergia, com base em horas/máquinas utilizadas, etc.Atribui-se parcelas <strong>de</strong> custos a cada tipo <strong>de</strong> bem ou função por meio <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong>rateio. É um custo comum a muitos tipos diferentes <strong>de</strong> bens, sem que se possa separar aparcela referente a cada um, no momento <strong>de</strong> sua ocorrência. Ou ainda, po<strong>de</strong> serentendi<strong>do</strong>, como aquele custo que não po<strong>de</strong> ser atribuí<strong>do</strong> (ou i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>) diretamente aum produto, linha <strong>de</strong> produto, centro <strong>de</strong> custo ou <strong>de</strong>partamento. Necessita <strong>de</strong>taxas/critérios <strong>de</strong> rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto custea<strong>do</strong>.São aqueles que apenas mediante aproximação po<strong>de</strong>m ser atribuí<strong>do</strong>s aos produtos poralgum critério <strong>de</strong> rateio.1. Exemplos:1. Mão-<strong>de</strong>-obra indireta: é representada pelo trabalho nos <strong>de</strong>partamentos auxiliaresnas indústrias ou presta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> serviços e que não são mensuráveis em nenhumproduto ou serviço executa<strong>do</strong>, como a mão <strong>de</strong> obra <strong>de</strong> supervisores,controle <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong>,etc.2. Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à existência <strong>do</strong> setorfabril ou <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços, como <strong>de</strong>preciação, seguros, manutenção <strong>de</strong>equipamentos, etc.Martins trás um exemplo <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong> custos e análises necessárias para aclassificação <strong>do</strong>s custos em diretos e indiretos:Suponhamos que os seguintes Custos <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> precisam seraloca<strong>do</strong>s os quatro diferentes produtos elabora<strong>do</strong>s <strong>pela</strong> empresa:Matéria-Prima.................................................................................. 2.500.000Embalagens..................................................................................... 600.000Materiais <strong>de</strong> Consumo...................................................................... 100.000Mão-<strong>de</strong>-obra.................................................................................... 1.000.000Salários da Supervisão...................................................................... 400.000Depreciação das Máquinas............................................................... 300.000Energia Elétrica................................................................................ 500.000Aluguel <strong>do</strong> Prédio............................................................................. 200.000Total................................................................................................ $ 5.600.000


10O responsável por Custos faz os levantamentos e as análises necessárias e verifica oseguinte:• Matéria-Prima e Embalagens: po<strong>de</strong>m ser apropriadas perfeitas e diretamente aosquatro produtos, já que foi possível i<strong>de</strong>ntificar quanto cada um consumiu.• Materiais <strong>de</strong> Consumo: alguns são lubrificantes <strong>de</strong> máquinas, e não há comoassociá-los a cada produto diretamente, e outros são <strong>de</strong> tão pequeno valor queninguém se preocupou em associá-los a cada produto. Caso os materiais <strong>de</strong>consumo sejam relevantes eles serão consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s diretos.• Mão-<strong>de</strong>-obra: é possível associar parte <strong>de</strong>la diretamente com cada produto, poishouve uma medição <strong>de</strong> quanto cada operário trabalhou em cada um e quantocusta cada operário para a empresa. Mas parte <strong>de</strong>la refere-se aos chefes <strong>de</strong>equipes <strong>de</strong> produção, e não há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se verificar quanto atribuirdiretamente aos produtos ($ 200.000 <strong>do</strong>s $ 1.000.000).• Salários da Supervisão: muito mais difícil ainda <strong>de</strong> se alocar por meio <strong>de</strong> umaverificação direta e objetiva <strong>do</strong> que a mão-<strong>de</strong>-obra <strong>do</strong>s chefes <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong>produção, já que essa supervisão é a geral da fábrica. Representa esse custo ogasto da supervisão <strong>do</strong>s chefes <strong>de</strong> equipes e, por isso mesmo, muito mais difícil éa alocação aos produtos.• Depreciação das máquinas: a empresa <strong>de</strong>precia linearmente em valores iguaispor perío<strong>do</strong>, e não por produto. Haveria possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apropriar diretamente acada produto se a <strong>de</strong>preciação fosse contabilizada <strong>de</strong> outra forma.• Energia Elétrica: parte <strong>de</strong>la é possível alocar a 3 <strong>do</strong>s 4 produtos, já que a máquinaque mais consome energia elétrica possuí um medi<strong>do</strong>r próprio, e a empresa fazverificações <strong>de</strong> quanto consome para cada item elabora<strong>do</strong>. Porém, o resto daenergia só é medi<strong>do</strong> globalmente, e não há forma direta <strong>de</strong> alocação ($ 350.000são alocáveis e $ 150.000 não).• Aluguel <strong>do</strong> Prédio: impossível <strong>de</strong> se medir diretamente quanto pertence a cadaproduto.Portanto, a classificação <strong>de</strong> Direto e Indireto que estamos fazen<strong>do</strong> é com relaçãoao produto feito, e não à produção no senti<strong>do</strong> geral ou aos <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong>ntro dafábrica.Alguns custos têm características especiais. Por exemplo, vimos que parte <strong>do</strong>sMateriais <strong>de</strong> Consumo po<strong>de</strong>ria ser apropriada diretamente, mas, dada sua irrelevância,verificou-se não valer a pena esse trabalho; muitas vezes a relação "custo-benefício" é<strong>de</strong>sfavorável para itens <strong>de</strong> pequena importância.Outros, como a Depreciação, po<strong>de</strong>riam também ser apropria<strong>do</strong>s <strong>de</strong> maneira maisdireta, porém, <strong>pela</strong> própria natureza na maior parte das vezes consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> útil talprocedimento. O próprio valor da <strong>de</strong>preciação como um to<strong>do</strong> é tão estima<strong>do</strong> e


11arbitrariamente fixa<strong>do</strong> que chega a ser pouco útil a alocação direta.Finalmente, certos custos, como a Energia Elétrica, são relevantes, mas nãotrata<strong>do</strong>s como diretos, já que para tanto seria necessária a existência <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong>mensuração <strong>do</strong> quanto é aplica<strong>do</strong> a cada produto. Por ser caro esse sistema ou <strong>de</strong> difícilaplicação, ou ainda por não ser muito diferente o valor assim obti<strong>do</strong> daquele que secalcularia com base na potência <strong>de</strong> cada máquina e no volume <strong>de</strong> sua utilização, preferesefazer a apropriação <strong>de</strong> forma indireta, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> assim, apenas como custovariável.Cada vez que é necessário utilizar-se qualquer fator <strong>de</strong> rateio para a apropriaçãoou cada vez que há o uso <strong>de</strong> estimativas e não <strong>de</strong> medição direta, fica o custo incluí<strong>do</strong>como indireto.Logo, o rol <strong>do</strong>s Custos Indiretos incluiu custos Indiretos propriamente ditos eCustos Diretos (por natureza), mas que são trata<strong>do</strong>s como indiretos em função <strong>de</strong> suairrelevância ou da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua medição, ou até <strong>do</strong> interesse da empresa em sermais ou menos rigorosa nas suas informações.Po<strong>de</strong>-se inclusive dizer também que, entre os Indiretos, existem os menos Indiretos(quase Diretos), como Materiais <strong>de</strong> Consumo, e os mais indiretos, como Supervisão dafábrica, Imposto Predial ou Corpo <strong>de</strong> Segurança.Com respeito especificamente à mão-<strong>de</strong>-obra, enten<strong>de</strong>mos então o que seja Diretae Indireta; aquela que diz respeito ao gasto com pessoal que trabalha e atua diretamentesobre o produto que está sen<strong>do</strong> elabora<strong>do</strong>; a outra, a Indireta, é a relativa ao pessoal <strong>de</strong>chefia, supervisão ou ainda ativida<strong>de</strong>s que, apesar <strong>de</strong> vinculadas à produção, nada têm<strong>de</strong> aplicação direta sobre o produto: manutenção, prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, Contabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> Custos, programação e controle da produção, etc.Às vezes ouvimos dizer: "O custo direto <strong>do</strong> almoxarifa<strong>do</strong> foi <strong>de</strong> tantos reais." Maspelo que vimos não há custo direto normalmente no almoxarifa<strong>do</strong>, já que custo direto sóexiste com relação a produto. Esse uso das expressões direto e indireto com relação a<strong>de</strong>partamentos provoca <strong>de</strong> fato dúvidas e <strong>de</strong>ve ser evita<strong>do</strong>. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> direto eindireto é somente com relação a produtos.A classificação <strong>do</strong>s custos quanto ao processo produtivo, em diretos e indiretos,serve para fornecer informações para a <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong>s custos <strong>do</strong> produto ou <strong>do</strong> bemproduzi<strong>do</strong>, para a verificação da rentabilida<strong>de</strong> e da eficiência <strong>de</strong> várias ativida<strong>de</strong>s daempresa.Portanto, somente po<strong>de</strong>mos afirmar que um custo é direto ou indireto, quan<strong>do</strong>tomamos por base um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> produto custea<strong>do</strong>. Por exemplo, na produção <strong>de</strong> umlivro, o papel é um custo direto, entretanto, o salário <strong>do</strong> editor, é indireto. Se for objeto <strong>de</strong>estu<strong>do</strong> o custo da editoração <strong>de</strong> livros, o salário <strong>do</strong> editor passa a ser um custo direto.Conclui-se que, a classificação <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da base <strong>de</strong> comparação utilizadapara formar o custeio.


12CUSTOS VARIÁVEISQuan<strong>do</strong> uma indústria está em pleno funcionamento, ou seja, produzin<strong>do</strong> bens eserviços, ela possui <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> centro <strong>de</strong> custos, que varia conforme o volumeproduzi<strong>do</strong>. Quanto maior for o volume <strong>de</strong> produção, maiores serão os custos variáveistotais. Eles <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m das ativida<strong>de</strong>s da empresa, quan<strong>do</strong> não são produzi<strong>do</strong>s os bens,ele <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> existir.Um custo é variável quan<strong>do</strong> é proporcional ao nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> (o custo totalaumenta à medida que a ativida<strong>de</strong> aumenta). Os custos variáveis somente aparecemquan<strong>do</strong> a ativida<strong>de</strong> ou a produção é realizada (Leone).Martins exemplifica que o valor global <strong>do</strong> consumo <strong>do</strong>s materiais diretos por mês<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> diretamente <strong>do</strong> volume <strong>de</strong> produção. Quanto maior a quantida<strong>de</strong> fabricada,maior seu consumo. Dentro, portanto, <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo (mês, nesse exemplo), ovalor <strong>do</strong> custo com tais materiais varia <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o volume <strong>de</strong> produção; logo,materiais diretos são custos variáveis.Po<strong>de</strong>mos resumir que custos variáveis são aqueles que se alteram conformeo volume <strong>de</strong> produção da empresa. Quanto mais se produz maiores serão os custosvariáveis totais.CUSTOS FIXOSDe acor<strong>do</strong> com Pa<strong>do</strong>veze, apesar da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> classificarmos uma série <strong>de</strong>gastos como custos fixos, é importante ressaltar que qualquer custo é sujeito àmudanças. Custos são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s fixos quan<strong>do</strong> ten<strong>de</strong>m a manter-se constantes nasalterações das ativida<strong>de</strong>s operacionais. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>do</strong> volume <strong>de</strong> produção. Produzin<strong>do</strong>uma ou 1000 unida<strong>de</strong>s o valor total <strong>do</strong> custo permanece o mesmo.Alguns custos já possuem parâmetros tradicionais que <strong>de</strong>finem seucomportamento. É o caso <strong>do</strong> material direto que possui comportamento bastante bem<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> em relação às unida<strong>de</strong>s produzidas. Há uma correlação positiva e significativaem relação entre o montante das unida<strong>de</strong>s produzidas e o volume monetário <strong>do</strong> materialdireto. Por isso mesmo o material direto é um custo variável, em relação ao parâmetro“unida<strong>de</strong>s produzidas”, toma<strong>do</strong> como referência.Estes custos tem relação com a capacida<strong>de</strong> instalada que a empresa possui, seuvalor não varia conforme o volume <strong>de</strong> produção. Portanto, não possuem relação com ovolume <strong>de</strong> produção, eles existem in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da empresa produzir ou não.Por exemplo, o aluguel da fábrica num <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> mês é <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>valor, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> aumentos ou diminuições naquele mês <strong>do</strong> volumeelabora<strong>do</strong> <strong>de</strong> produtos. Por isso, o aluguel é um Custo Fixo, assim como seguro, salário<strong>do</strong>s administrativos, a mão-<strong>de</strong>-obra indireta, conta <strong>do</strong> telefone, etc.Martins faz algumas consi<strong>de</strong>rações importantes:


14em função <strong>do</strong> volume <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> (o volume <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, para essa <strong>de</strong>spesa, sãoas vendas e não a produção).• Existem Despesas Financeiras Fixas (juros e encargos <strong>de</strong> empréstimos) e tambémpo<strong>de</strong>m existir as Variáveis (<strong>de</strong>scontos <strong>de</strong> duplicatas, se a empresa tem por normaa utilização <strong>de</strong>ssa forma <strong>de</strong> financiamento). As Despesas <strong>de</strong> Administração sãoquase todas Fixas, com raríssimas exceções.• To<strong>do</strong>s os custos po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s em Fixos e Variáveis ou em Diretos eIndiretos ao mesmo tempo. Assim, a matéria-prima é um Custo Direto e Variável,os materiais <strong>de</strong> consumo são normalmente Custos Indiretos e Variáveis, osseguros da fábrica são Custos Indiretos e Fixos, etc. Os Custos Diretos sãoVariáveis, quase sem exceção, mas os Indiretos são tanto Fixos como Variáveis,apesar da geral pre<strong>do</strong>minância <strong>do</strong>s primeiros.Resumo• Custos Diretos, Indiretos, dizem respeito ao relacionamento entre o custo e oproduto feito: os primeiros são fácil, objetiva e diretamente apropriáveis ao produtofeito, e os indiretos precisam <strong>de</strong> esquemas especiais para a alocação, tais comobases <strong>de</strong> rateio, estimativas, etc. A<strong>do</strong>taremos o conceito <strong>de</strong> custos diretos eindiretos somente em relação às mão-<strong>de</strong>-obra. Custos Fixos e Variáveis são umaclassificação que não leva em consi<strong>de</strong>ração o produto, e sim o relacionamentoentre o valor total <strong>do</strong> custo num perío<strong>do</strong> e o volume <strong>de</strong> produção. Fixos são os quenum perío<strong>do</strong> têm seu montante fixa<strong>do</strong> não em função <strong>de</strong> oscilações na ativida<strong>de</strong>, eVariáveis os que têm seu valor <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> em função <strong>de</strong>ssa oscilação.• Fixos e Variáveis são uma classificação aplicável também às Despesas, enquantoDiretos e Indiretos são uma classificação aplicável só a Custos.


15REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE CUSTOSGráfico Clássico <strong>de</strong> Custos FixosGráfico Clássico <strong>de</strong> Custos VariáveisGráfico Clássico <strong>de</strong> Custos Fixos e VariáveisGráfico representativo da receita


16Gráfico CompletoCom os conceitos <strong>de</strong> custos, custos fixos, variáveis, diretos e indiretos jáconcebi<strong>do</strong>s e entendi<strong>do</strong>s e para dar sequência aos nossos estu<strong>do</strong>s, precisamos conheceroutros conceitos complementares <strong>de</strong> suma importância. A compreensão <strong>de</strong>sses termosfaz-se necessária,visto que, além <strong>de</strong> complementares são semelhantes. É importanteadvertir que a confusão <strong>do</strong>s mesmos torna o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho totalmente distorci<strong>do</strong>.Gastos - sacrifício financeiro que a entida<strong>de</strong> arca para a obtenção <strong>de</strong> um produto ouserviço qualquer, sacrifício esse representa<strong>do</strong> por entrega ou promessa <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong>ativos (normalmente dinheiro). Note que só existe gasto no ato da passagem para aproprieda<strong>de</strong> para a empresa <strong>do</strong> bem ou serviço. Por exemplo, no momento em que aempresa compra matéria-prima e esta passa a fazer parte da proprieda<strong>de</strong> é on<strong>de</strong> ocorre ogasto.Investimento - gasto ativa<strong>do</strong> em função <strong>de</strong> vida útil ou benefícios atribuí<strong>do</strong>s afuturo(s) perío<strong>do</strong>(s). São os gastos que não serão atribuí<strong>do</strong>s aos custos, propriamente. Osinvestimentos são os gastos que serão <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> da empresa. Exemplo: máquinas,computa<strong>do</strong>res, móveis, automóveis.Despesa - bem ou serviço consumi<strong>do</strong> direta ou indiretamente para a obtenção <strong>de</strong> receita.São os gastos necessários ao <strong>de</strong>senvolvimento das operações da empresa. Por exemplo,a comissão <strong>do</strong> ven<strong>de</strong><strong>do</strong>r, a energia elétrica, a conta <strong>de</strong> telefone, etc.Desembolso - pagamento resultante da aquisição <strong>de</strong> um bem ou serviço. Em geral, umgasto gera <strong>de</strong>sembolso.


19Custo <strong>de</strong> manutenção: total geral/peças= 1074,20/10.000= 0,10742=R$ 0,10742.º Passo: Separação <strong>do</strong> material direto <strong>do</strong> produtoEsta é a próxima etapa para apurar os materiais diretos <strong>do</strong> produto, por isso estarelação difere por peça a ser produzida. Esta relação inclui o teci<strong>do</strong>, aviamentos e outrosmateriais utiliza<strong>do</strong>s.QUADRO DEMONSTRATIVO DE MATÉRIA-PRIMA E AVIAMENTOSMaterial Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Preço unitário Preço TotalJeans cm 0,34 R$ 9,85 R$ 3,35Fio (100%) 15m m 74,34 R$ 0,0005 R$ 0,0372Ribana Kg 0,01 R$ 29,60 R$ 0,296Etiqueta <strong>de</strong>composiçãoEtiqueta <strong>de</strong>marca (cx 1000)Un 2 R$ 0,0163 R$ 0,0326Un 1 R$ 35,00 R$ 0,0350Botão (cx 2000) un 1 R$ 62,20 R$ 0,031Tag (cx 10000) Un 1 R$ 268,00 R$ 0,0268Saco plástico(1000)Un 1 R$ 38,00 R$ 0,0380Total <strong>de</strong> matéria-prima 3,8466Consumo Manutenção 0,11Total Geral 3,953.º Passo: Apurar a <strong>de</strong>preciação das máquinas, equipamentos, móveise utensílios, imóveis e material <strong>de</strong> estoque <strong>de</strong> manutenção.Para o funcionamento <strong>de</strong> todas as instalações da fábrica, produzin<strong>do</strong> ou não, elasvão se <strong>de</strong>svalorizar, seja por <strong>de</strong>sgaste, perda ou obsolescência. Os índices <strong>de</strong><strong>de</strong>preciação são estabeleci<strong>do</strong>s <strong>pela</strong> legislação <strong>do</strong> Imposto <strong>de</strong> Renda da Receita Fe<strong>de</strong>ral econsi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s anualmente. Para cálculo <strong>do</strong>s custos utilizamos valores mensais <strong>de</strong>produção, conseqüentemente os valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação <strong>de</strong>vem ser dividi<strong>do</strong> por 12


20meses. Os principais índices <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação a serem utiliza<strong>do</strong>s estão <strong>de</strong>scrito no quadroabaixo:Descrição Vida útil PercentualMáquinas e equipamentos 10 anos 10%Móveis e utensílios 5 anos 20%Automóveis e sistemas 5 anos 20%Estoques <strong>de</strong> manutenção 10 anos 10%Ferramentas 5 anos 20%Imóveis 25 anos 4%Esses índices po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>do</strong>s no site da receita fe<strong>de</strong>ral:www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ins/ant2001/1998/in16298ane1.htmQUADRO DEMONSTRATIVO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOSDE<strong>SC</strong>RIÇÃO PREÇO UNITÁRIO QUANTIDADE VALOR TOTAL DEPRECIAÇÃOFerro <strong>de</strong> passar industr. R$ 400,00 5 R$ 2.000,00 R$ 200,00Enfesta<strong>de</strong>ira R$ 46.332,00 1 R$ 46.332,00 R$ 4.633,20Máquina <strong>de</strong> corte vertical R$ 2.300,00 2 R$ 4.600,00 R$ 460,00Reta R$ 1.100,00 12 R$ 13.200,00 R$ 1.320,00Overlock R$ 1.400,00 12 R$ 16.800,00 R$ 1.680,00Interlock R$ 1.780,00 3 R$ 5.340,00 R$ 534,00Reta 2 agulhas R$ 2.600,00 5 R$ 13.000,00 R$ 1.300,00Cobertura R$ 2.650,00 7 R$ 18.550,00 R$ 1.855,00Ilhós R$ 1.390,00 1 R$ 1.390,00 R$ 139,00Botão <strong>de</strong> pressão R$ 1.360,00 1 R$ 1.360,00 R$ 136,00Microcomputa<strong>do</strong>r R$ 2.100,00 10 R$ 21.000,00 R$ 2.100,00DEPRECIAÇÃO TOTAL R$ 143.572,00 R$ 14.357,20DEPRECIAÇÃO MENSAL R$ 1.196,43


21QUADRO DEMONSTRATIVO DE MÓVEIS E UTENSÍLIOSDescrição Preço unitário Quantida<strong>de</strong> Valor Total DepreciaçãoArara multi-regulagem R$ 282,49 2 R$ 564,98 R$ 113,00Armário duas portas R$ 255,00 10 R$ 2.550,00 R$ 510,00Armário <strong>de</strong> cozinha R$ 385,00 1 R$ 385,00 R$ 77,00Balança R$ 3.469,00 2 R$ 6.938,00 R$ 1.387,60Balcão <strong>de</strong> pia R$ 287,50 2 R$ 575,00 R$ 115,00Ca<strong>de</strong>ira para costura R$ 140,00 10 R$ 1.400,00 R$ 280,00Celular R$ 299,00 4 R$ 1.196,00 R$ 239,20Impressora R$ 490,00 2 R$ 980,00 R$ 196,00Gela<strong>de</strong>ira R$ 1.270,00 1 R$ 1.270,00 R$ 254,00DVD Player R$ 235,00 1 R$ 235,00 R$ 47,00Ar Condiciona<strong>do</strong> R$ 828,00 3 R$ 2.484,00 R$ 496,80DEPRECIAÇÃO TOTAL R$ 18.577,98 R$ 3.715,60DEPRECIAÇÃO MENSAL R$ 309,63QUADRO DEMONSTRATIVO DE FERRAMENTAL DA OFICINADE<strong>SC</strong>RIÇÃO PREÇO UNITÁRIO QUANTIDADE VALOR TOTAL DEPRECIAÇÃOTrena R$ 9,40 2 R$ 18,80 R$ 3,76Chave <strong>de</strong> fenda simples R$ 5,80 1 R$ 5,80 R$ 1,16chave philips R$ 5,00 1 R$ 5,00 R$ 1,00Jogo <strong>de</strong> chave hexagonal R$ 67,80 1 R$ 67,80 R$ 13,56Alicate universal R$ 18,90 2 R$ 37,80 R$ 7,56Alicate <strong>de</strong> bico curto R$ 22,80 2 R$ 45,60 R$ 9,12Jogo <strong>de</strong> chave combinada R$ 77,20 1 R$ 77,20 R$ 15,44DEPRECIAÇÃO TOTAL R$ 258,00 R$ 51,60DEPRECIAÇÃO MENSAL R$ 4,30QUADRO DEMONSTRATIVO DE INSTALAÇÕESDE<strong>SC</strong>RIÇÃO PREÇO UNITÁRIOm2 QUANTIDADE VALOR TOTAL DEPRECIAÇÃO 4%Galpão industrial parte R$ 300,00 1.758 R$ 527.400,00 R$ 21.096,00ProdutivaGalpão industrial parte R$ 600,00 802 R$ 480.966,00 R$ 19.238,64AdministrativoTerreno da empresa R$ 80,00 3.980 R$ 318.400,00 R$ 12.736,00DEPRECIAÇÃO TOTAL R$ 1.326.766,00 R$ 53.070,64DEPRECIAÇÃO MENSAL R$ 4.422,55


22QUADRO DEMONSTRATIVO DE VEÍCULOS E SISTEMASDE<strong>SC</strong>RIÇÃO PREÇO UNITÁRIO QTDE VALOR TOTAL DEPRECIAÇÃOGOL 1000 2007 R$ 24.500,00 1 R$ 24.500,00 R$ 4.900,00Saveiro R$ 33.900,00 1 R$ 33.900,00 R$ 6.780,00Sistema Audacess R$ 49.000,00 1 R$ 49.000,00 R$ 9.800,00Sistema Controle estoques R$ 3.000,00 1 R$ 3.000,00 R$ 600,00DEPRECIAÇÃO TOTAL MENSAL R$ 22.080,00DEPRECIAÇÃO MENSAL R$ 1.840,00QUADRO DEMONSTRATIVO DE ESTOQUE DE MANUTENÇÃODE<strong>SC</strong>RIÇÃO PREÇO UNITÁRIO QUANTIDADE VALOR TOTAL DEPRECIAÇÃOCaça linha R$ 3,50 2 R$ 7,00 R$ 0,70Caixa <strong>de</strong> bobina R$ 26,00 1 R$ 26,00 R$ 2,60Caça<strong>do</strong>r R$ 16,00 2 R$ 32,00 R$ 3,20Lança<strong>de</strong>ira R$ 200,00 12 R$ 2.400,00 R$ 240,00Parafuso <strong>de</strong> agulha R$ 1,00 10 R$ 10,00 R$ 1,00Correia R$ 8,00 2 R$ 16,00 R$ 1,60Motor R$ 340,00 1 R$ 340,00 R$ 34,00Passa fio R$ 3,00 2 R$ 6,00 R$ 0,60Estica fio R$ 4,50 2 R$ 9,00 R$ 0,90Mola <strong>de</strong> tensão R$ 3,80 1 R$ 3,80 R$ 0,38DEPRECIAÇÃO TOTAL R$ 2.849,80 R$ 284,98DEPRECIAÇÃO MENSAL R$ 23,754º Passo: Levantamento das <strong>de</strong>spesas com material <strong>de</strong> expediente e <strong>de</strong>limpezaOs materiais <strong>de</strong> expediente são os materiais <strong>de</strong> pa<strong>pela</strong>ria e os materiais <strong>de</strong> limpezasão os propriamente ditos. Ambos são utiliza<strong>do</strong>s no administrativo e na fábrica, mas quenão fazem parte da composição <strong>do</strong> produto. Portanto, não são custo direto <strong>de</strong> fabricação.Não ten<strong>do</strong> natureza <strong>de</strong> custos, são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s <strong>de</strong>spesas.


23QUADRO DEMONSTRATIVO DE MATERIAL DE EXPEDIENTEDE<strong>SC</strong>RIÇÃO PREÇO UNITÁRIO UNIDADE QUANTIDADE VALOR TOTALAlmofada para carimbo R$ 3,00 Peça 5 R$ 15,00Caneta esferográfica R$ 0,60 Peça 30 R$ 18,00Lápis R$ 0,30 Peça 20 R$ 6,00Borracha R$ 0,20 Peça 20 R$ 4,00Pasta AZ R$ 5,00 Peça 10 R$ 50,00Porta caneta R$ 13,00 Peça 5 R$ 65,00Clips para papel R$ 5,50 Cx 6 R$ 33,00Perfura<strong>do</strong>r R$ 8,00 Peça 3 R$ 24,00CD- RW R$ 5,00 Peça 15 R$ 75,00Duplicatas R$ 16,00 Bloco 5 R$ 80,00Papel form. Contínuo R$ 44,00 Cx 10 R$ 440,00TOTAL R$ 810,00QUADRO DEMONSTRATIVO DE MATERIAL DE LIMPEZADE<strong>SC</strong>RIÇÃO PREÇO UNITÁRIO UNIDADE QUANTIDADE VALOR TOTALVassoura R$ 4,00 Peça 10 R$ 40,00Bal<strong>de</strong> R$ 4,00 Peça 5 R$ 20,00Pano <strong>de</strong> limpeza R$ 1,00 Peça 12 R$ 12,00Álcool R$ 3,00 500 ml 8 R$ 24,00Limpa vidros R$ 2,30 300 ml 5 R$ 11,50Sabão em pó R$ 3,20 1Kg 3 R$ 9,60Ro<strong>do</strong> R$ 4,98 Peça 5 R$ 24,90Saco lixo 100 L R$ 18,00 Cento 10 R$ 180,00Detergente R$ 1,20 500 ml 4 R$ 4,80Desinfetante R$ 2,60 1 L 5 R$ 13,00Copo plástico R$ 8,00 Cento 10 R$ 80,00TOTAL R$ 419,805 º Passo: Levantamento da mão-<strong>de</strong>-obra direta e indireta comencargos sociaisRelembran<strong>do</strong>: são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s mão-<strong>de</strong>-obra direta os produtivos que fazem parte<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> produção e são alocáveis diretamente ao produto, como por exemplo acostureira, o corta<strong>do</strong>r, etc. A mão-<strong>de</strong>-obra indireta é aquela que não é i<strong>de</strong>ntificáveldiretamente ao produto, por exemplo o administrativo, o almoxarifa<strong>do</strong>, a faxineira, oeletricista, etc.Os encargos sociais são os impostos que inci<strong>de</strong>m sobre a folha <strong>de</strong> pagamento.São índices estipula<strong>do</strong>s pelo governo. Esses encargos diferem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong>empresa, como por exemplo, enquadrada no Super Simples ou empresa <strong>de</strong> lucro real


24sofrem tributação distintas.QUADRO DEMONSTRATIVO DE ENCARGOS SOCIAISEncargos Sociais %Sat 2,00%INSS 20,00%Senai 1,00%Senai/Sesc 1,50%Pis 1,65%Confins 7,60%Fgts 8,50%Salário educação 2,50%13º salário 11,32%Auxilio <strong>do</strong>ença 2,00%Seguro <strong>de</strong>semprego 2,00%Aviso prévio ind. 2,23%Multa Fgts 40% 5,08%Aviso prévio 1,13%Licença maternida<strong>de</strong> 0,86%Licença Paternida<strong>de</strong> 0,18%Férias 11,32%Ind. 13º e férias 3,77%Total 84,64%QUADRO DEM ONSTRATIVO DA M ÃO DE OBRA INDIRETA DA COSTURAFunção Quant Sal. un. Sal. Total Encargos Sociais Salário/EncargosEncarrega<strong>do</strong> costura 2 R$ 1.000,00 R$ 2.000,00 R$ 1.692,80 R$ 3.692,80Inspetor qualida<strong>de</strong> 2 R$ 950,00 R$ 1.900,00 R$ 1.608,16 R$ 3.508,16Instrutora 2 R$ 900,00 R$ 1.800,00 R$ 1.523,52 R$ 3.323,52Distribui<strong>do</strong>r 2 R$ 800,00 R$ 1.600,00 R$ 1.354,24 R$ 2.954,24Mecânico 2 R$ 1.200,00 R$ 2.400,00 R$ 2.031,36 R$ 4.431,36Revisor 5 R$ 790,00 R$ 3.950,00 R$ 3.343,28 R$ 7.293,28Embala<strong>do</strong>r 1 R$ 750,00 R$ 750,00 R$ 634,80 R$ 1.384,80Guarda<strong>do</strong>r 2 R$ 750,00 R$ 1.500,00 R$ 1.269,60 R$ 2.769,60Pregar Tag 1 R$ 750,00 R$ 750,00 R$ 634,80 R$ 1.384,80Dobra<strong>de</strong>ira 1 R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 761,76 R$ 1.661,76TOTAL 20 R$ 8.790,00 R$ 17.550,00 R$ 14.854,32 R$ 32.404,32QUADRO DEMONSTRATIVO DA MÃO DE OBRA INDIRETA DO CORTEFunção Quant Sal. un. Sal. Total Encargos Sociais Salário/EncargosEncarrega<strong>do</strong> <strong>do</strong> corte 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 846,40 R$ 1.846,40Preparação 1 R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 761,76 R$ 1.661,76Preparar OP 3 R$ 900,00 R$ 2.700,00 R$ 2.285,28 R$ 4.985,28Risco 1 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 R$ 1.015,68 R$ 2.215,68TOTAL 6 R$ 4.000,00 R$ 5.800,00 R$ 4.909,12 R$ 10.709,12


25QUADRO DEMONSTRATIVO DA MÃO DE OBRA INDIRETA ADMINISTRATIVAFunção Quant Sal. un. Sal. Total Encargos Sociais Salário/EncargosGerente <strong>de</strong> produção 1 R$ 3.200,00 R$ 3.200,00 R$ 2.708,48 R$ 5.908,48Vendas 3 R$ 2.000,00 R$ 6.000,00 R$ 5.078,40 R$ 11.078,40Marketing 2 R$ 2.000,00 R$ 4.000,00 R$ 3.385,60 R$ 7.385,60Programa<strong>do</strong>r 1 R$ 1.800,00 R$ 1.800,00 R$ 1.523,52 R$ 3.323,52Diretor Industrial 1 R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 R$ 6.771,20 R$ 14.771,20Diretor Financeiro 1 R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 R$ 6.771,20 R$ 14.771,20Estilista 1 R$ 2.500,00 R$ 2.500,00 R$ 2.116,00 R$ 4.616,00Office Boy 2 R$ 500,00 R$ 1.000,00 R$ 846,40 R$ 1.846,40Secretária 1 R$ 750,00 R$ 750,00 R$ 634,80 R$ 1.384,80Motorista 2 R$ 900,00 R$ 1.800,00 R$ 1.523,52 R$ 3.323,52TOTAL 15 R$ 29.650,00 R$ 37.050,00 R$ 31.359,12 R$ 68.409,12QUADRO DEMONSTRATIVO DA MÃO DE OBRA DIRETA COSTURAFunção Quant Sal. un. Sal. Total Encargos Sociais Salário/EncargosCostureira 20 R$ 900,00 R$ 18.000,00 R$ 15.235,20 R$ 33.235,20TOTAL 20 R$ 900,00 R$ 18.000,00 R$ 15.235,20 R$ 33.235,20QUADRO DEMONSTRATIVO DA MÃO DE OBRA DIRETA DO CORTEFunção Quant Sal. un. Sal. Total Encargos Sociais Salário/EncargosEnfesta<strong>do</strong>r 2 R$ 850,00 R$ 1.700,00 R$ 1.438,88 R$ 3.138,88Corta<strong>do</strong>r 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 846,40 R$ 1.846,40TOTAL 3 R$ 1.850,00 R$ 2.700,00 R$ 2.285,28 R$ 4.985,286º Passo: Alocação <strong>do</strong>s custos administrativosA alocação ou distribuição <strong>do</strong>s custos administrativos consiste na classificação portipo <strong>de</strong> custos em direto, indireto, fixos e variáveis. Nesta etapa, consi<strong>de</strong>ramos custosdiretos e indiretos com relação a mão-<strong>de</strong>-obra. Estes custos <strong>de</strong>vem ser distribuí<strong>do</strong>s pelossetores, no nosso exemplo, 30% para o corte e 70% para costura, esses da<strong>do</strong>s sãoconvencionalmente utiliza<strong>do</strong>s <strong>pela</strong>s indústrias <strong>de</strong> confecções.


26QUADRO DEMONSTRATIVO DE CUSTOS ADMINISTRATIVOSDE<strong>SC</strong>RIÇÃO INDIRETA FIXO VARIÁVEISSalários+encargos R$ 68.409,12Água R$ 2.100,00Luz R$ 2.150,00 R$ 3.490,00Material <strong>de</strong> limpeza R$ 419,80Telefone R$ 1.250,00Alimentação R$ 173,46Seguro R$ 2.000,00Combustível R$ 2.800,00Propaganda R$ 2.100,00Depreciação mensal R$ 7.796,66Material <strong>de</strong> expediente R$ 419,80TOTAL R$ 68.409,12 R$ 17.009,72 R$ 7.690,00CONFECÇÃO 70% R$ 47.886,38 R$ 11.906,80 R$ 5.383,00CORTE 30% R$ 20.522,74 R$ 5.102,92 R$ 2.307,00Alimentação: n.º funcionários x vale alimentaçãoAlimentação: 49 x 3,54= R$ 173,46Os gastos com combustíveis, seguro, propaganda, telefone, energia, material <strong>de</strong>limpeza são estimativas, ou seja, orçamentos que o diretor financeiro estabelece para ossetores.A energia elétrica possui uma parte fixa, a da administração, e a outra variável, daprodução. As <strong>de</strong>spesas aqui apresentadas em fixas e variáveis, não são <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com ovolume <strong>de</strong> produção, mas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a contingência das ativida<strong>de</strong>s da empresa.Como já vimos anteriormente, uma classificação errada <strong>de</strong>stes componentesdistorcem os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s cálculos <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> um bem ou serviço, ou até mesmo, daempresa como um to<strong>do</strong>. On<strong>de</strong> um custo calcula<strong>do</strong> <strong>de</strong>fasadamente, faz com que aempresa tenha prejuízo e comprometa seriamente suas ativida<strong>de</strong>s. O contrário, um custosupervaloriza<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ixa a empresa sem competitivida<strong>de</strong>. Portanto, a correta classificação<strong>de</strong> custos é <strong>de</strong> suma importância para que o empresário possa ter uma noção real <strong>de</strong> qualé <strong>de</strong> fato a sua lucrativida<strong>de</strong>.Po<strong>de</strong>mos citar como outras <strong>de</strong>spesas que <strong>de</strong>verão constar no quadro <strong>de</strong> custosadministrativos os custos operacionais como: terceirização, manutenção e conservação,impostos diversos, taxas bancárias, treinamento, juros bancários, comunicações, correio,classes empresariais, legais, <strong>de</strong>spesas diversas, IPVA, e outros que a empresa acharnecessário.O lucro <strong>de</strong> uma empresa, isto é, a remuneração <strong>do</strong> capital investi<strong>do</strong>, é afeta<strong>do</strong> maisfortemente pelo custo que <strong>pela</strong>s receitas geradas. Daí surge a importância <strong>de</strong> ressaltarque é o merca<strong>do</strong> quem <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> a competitivida<strong>de</strong> e não a empresa. Po<strong>de</strong>mos até dizerque é esse merca<strong>do</strong> quem regula os custos da nossa empresa.


277º Passo: Cálculo <strong>do</strong> custo minutoO custo minuto consiste no rateio <strong>do</strong>s custos diretos, indiretos e administrativos,que servirão como base para calcular os custos <strong>de</strong> outros produtos sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ratear novamente estes gastos. Ten<strong>do</strong> a informação <strong>do</strong> custo minuto, a empresaprecisará apenas fazer o levantamento <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> manutenção e matéria-prima paraconfeccionar outras peças. O custo direto ou o custo minuto não são estáveis, eles variamem função das ativida<strong>de</strong>s da empresa, aumentos <strong>de</strong> preços, etc. O cálculo <strong>do</strong> custominuto consiste na divisão das <strong>de</strong>spesas totais apuradas pelo total <strong>de</strong> minutos mensais(220 x 60) <strong>de</strong> to<strong>do</strong> pessoal direto e indireto aloca<strong>do</strong>s no setor administrativo e produtivo.O total das <strong>de</strong>spesas administrativas e <strong>do</strong> pessoal são dividi<strong>do</strong>s da seguinte forma: corte(30%) e costura (70%). Para melhor exemplificar, vamos supor que os da<strong>do</strong>sestuda<strong>do</strong>s até agora são da confecção <strong>de</strong> um vesti<strong>do</strong>.QUADRO DEMONSTRATIVO DE CUSTO DO CORTEDespesas administrativa Direta Indireta Fixo VariávelDespesas administrativa R$ 20.522,74 R$ 5.102,92 R$ 2.307,00Sal+enc.Ind. R$ 10.709,12Sal+enc.Direto R$ 4.985,28Manut. Corte 517,50Total R$ 4.985,28 R$ 31.231,86 R$ 5.102,92 R$ 2.824,50Custo total R$ 44.144,56Custo Minuto: Total das <strong>de</strong>spesas R$ 44.144,56 R$ 0,26n.º pessoas x 220 (h) x 60 (min) 13X220X60Número <strong>de</strong> pessoasAdm 4Direto 3Indiretos 6Total 13


28QUADRO DEMONSTRATIVO DE CUSTO DA COSTURADespesas administrativa Direta Indireta Fixo VariávelDespesas administrativa R$ 47.886,38 R$ 11.906,80 R$ 5.383,00Sal+enc.Ind. R$ 32.404,32Sal+enc.Direto R$ 33.235,20Manut. Corte 556,70Total R$ 33.235,20 R$ 80.290,70 R$ 11.906,80 R$ 5.939,70Custo total R$ 131.372,40Custo Minuto: Total das <strong>de</strong>spesas R$ 131.372,40 0,20n.º pessoas x 220 (h) x 60 (min) 51x220x60Número <strong>de</strong> pessoasAdm 11Direto 20Indiretos 20Total 51Cada peça leva 2minutos no corte e 5 minutos na costura, essa peça terá como custominuto o total <strong>de</strong>:2 x 0,26+ 5 x 0,20= R$ 1,528.º Passo: Cálculo <strong>do</strong>s custos industriaisOs custos industriais são <strong>de</strong>scritos <strong>pela</strong> distribuição <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os custos daempresa. Eles compõem a <strong>de</strong>preciação, as mão-<strong>de</strong>-obras, os custos fixos e variáveis eoutros custos que cada empresa po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar, como por exemplo, os serviçosterceiriza<strong>do</strong>s. Para obtermos o custo industrial por peças fabricada dividin<strong>do</strong> o total <strong>de</strong>custos pelo número <strong>de</strong> peças produzidas. Ao adicionarmos o custo da matéria-prima(primeiro quadro), obteremos o custo total <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada peça.Várias relações po<strong>de</strong>rão ser feitas com esse instrumento. Sen<strong>do</strong> útil para avaliar ocusto total da produção, soman<strong>do</strong>-se to<strong>do</strong>s os custos <strong>de</strong> matéria-prima fabricadas com ocusto industrial. Dividin<strong>do</strong> esse resulta<strong>do</strong> com o total <strong>de</strong> peças produzidas resultará numcusto médio por peça produzida.O cálculo <strong>do</strong> custo industrial é obti<strong>do</strong> da seguinte maneira:


29QUADRO DEMONSTRATIVO DO CUSTO INDUSTRIALTotal <strong>de</strong>preciação mensal <strong>de</strong> máquinas e equipamentos R$ 9.372,73Total <strong>de</strong>preciação mensal <strong>de</strong> Móveis e Utensílios R$ 628,95Total <strong>de</strong>preciação mensal <strong>de</strong> Veículos e Sistemas R$ 891,67Total <strong>de</strong>preciação mensal <strong>de</strong> ferramentas R$ 8,90Total <strong>de</strong>preciação mensal <strong>de</strong> estoque <strong>de</strong> mauitenção R$ 282,08Total <strong>de</strong>preciação mensal <strong>de</strong> Imóveis R$ 4.422,55Total mão-obra direta c/encargos R$ 38.220,48Total mão-obra indireta c/encargos R$ 43.113,44Custo fixo (quadro <strong>de</strong>sp adm-<strong>de</strong>preciação) R$ 8.373,46Custo Variável (quadro <strong>de</strong>sp adm+cust.man) R$ 9.394,40Total R$ 114.708,66Custo Industrial= Total =114708,66= 11,47n.º Peças/Mês 10000,00Custos <strong>de</strong> produção= Matéria-prima + Aviamentos + Custo IndustrialCustos <strong>de</strong> produção= 3,96+ 11,47= 15,43


30DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDAConsi<strong>de</strong>rações geraisO ambiente on<strong>de</strong> as empresas encontram-se inseridas está continuamente semodifican<strong>do</strong>. Acompanhan<strong>do</strong>-se no tempo a direção <strong>de</strong>ssas mudanças, percebe-senitidamente que a competição ten<strong>de</strong> a ficar cada vez mais acirrada. A redução <strong>de</strong>barreiras alfan<strong>de</strong>gárias e a criação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> livre comércio( principalmente o Mercosul), mostrou que a concorrência acontece a nível internacional.A pequena empresa <strong>de</strong> confecção também está sen<strong>do</strong> afetada <strong>pela</strong> inserção naeconomia globalizada, a exportação <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser privilégio das gran<strong>de</strong>s indústrias. Abusca por custos baixos faz com que as empresas procurem lugares que ofereçammenores preços, até mesmo fora <strong>do</strong> limite territorial nacional.Alguns exemplos <strong>de</strong>sse turbilhão <strong>de</strong> negócios:A Nike não é proprietária das suas instalações fabris.A cada 5 dólares que a Levi Strauss gasta para confeccionar uma calça jeans,quatro são gastos com informação.Alguns produtores <strong>de</strong> contêineres construíram instalações fabris próximas afabricantes <strong>de</strong> cerveja e entregam os contêineres através <strong>de</strong> esteiras rolantesdiretamente na linha <strong>de</strong> montagem <strong>do</strong> cliente, reduzin<strong>do</strong> custos significativamente.A evolução econômica e tecnológica mundial tem obriga<strong>do</strong> as empresas a semanterem num constante processo <strong>de</strong> aprimoramento para a realização <strong>de</strong> suasativida<strong>de</strong>s, visa<strong>do</strong> sua continuida<strong>de</strong> no merca<strong>do</strong>, obviamente em condições quesatisfaçam aos anseios <strong>de</strong> seus investi<strong>do</strong>res. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> este ambiente <strong>de</strong> acirradacompetição, a gestão econômica da empresa se tornou bastante dinâmica e por vezescomplexa, exigin<strong>do</strong> maior grau <strong>de</strong> atenção por parte <strong>do</strong>s gestores.Essas mudanças no ambiente competitivo, ocasionou uma queda real nas margens<strong>de</strong> lucros, ganhan<strong>do</strong> maior importância uma das estratégias comerciais: a fixação <strong>de</strong>preços.A correta formação <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> venda é questão fundamental para asobrevivência e crescimento das empresas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong> porte e da área <strong>de</strong>atuação. É muito comum observarmos empresas que não tem a menor noção dalucrativida<strong>de</strong> proporcionada por seus produtos e serviços, bem como das necessida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> atingir os respectivos equilíbrios operacionais. (Assef, 1997)Atualmente, a <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> preço <strong>de</strong> venda está sen<strong>do</strong> cada vez maisinfluenciada por fatores <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> e menos por fatores internos. Entretanto, toda


31empresa <strong>de</strong>ve saber o preço <strong>de</strong> venda orientativo, ou seja, o preço mínimo pelo qual <strong>de</strong>veven<strong>de</strong>r seus produtos/merca<strong>do</strong>rias.Rodrigues & Varolo (1992) <strong>de</strong>gen<strong>de</strong>m que, no cálculo <strong>do</strong> preço <strong>de</strong> venda, asempresas <strong>de</strong>vam procurar valores que:a) tragam a empresa maximização <strong>do</strong>s lucros;b) possibilitem aten<strong>de</strong>r as vendas <strong>de</strong>sejadas áquele preço;c) permitam a otimização <strong>do</strong> capital investi<strong>do</strong>;d) proporcionem a otimização da capacida<strong>de</strong> produtiva.Na formação <strong>do</strong> preço <strong>de</strong> venda, <strong>de</strong>vem ser observa<strong>do</strong>s algumas condições.Inicialmente <strong>de</strong>vem ser observa<strong>do</strong>s os impostos inci<strong>de</strong>ntes sobre as vendas, chamaremos<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas variáveis <strong>de</strong> vendas (DVV). Após o levantamento <strong>de</strong>sses da<strong>do</strong>s, fixa-se umamargem <strong>de</strong> lucro. Esses da<strong>do</strong>s são fatores internos da empresa. A partir daí, testa-se opreço às condições <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> volumes distintos, prazos diferentes <strong>de</strong>financiamentos <strong>de</strong> vendas, <strong>de</strong>scontos para prazos mais curtos e comissões sobre vendas.Grell & Belloli (1995), enumeram fatores que interferem na formação <strong>de</strong> preços <strong>de</strong>venda:a) a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto em relação às necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r;b) a existência <strong>de</strong> produtos substitutos a preços ais competitivos;c) a <strong>de</strong>manda esperada <strong>do</strong> produto;d) o controle <strong>de</strong> preço imposto pelo governo;e) os níveis <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> vendas que se preten<strong>de</strong> ou que po<strong>de</strong> operar;f) os custos e <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> fabricar, administrar e comercializar o produto;g) os níveis <strong>de</strong> produção e vendas <strong>de</strong>sejadas;Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> precificaçãoA<strong>do</strong>taremos o méto<strong>do</strong> basea<strong>do</strong> no custo da merca<strong>do</strong>ria, pois é o mais utiliza<strong>do</strong><strong>pela</strong>s empresas e consiste em adicionar uma margem fixa a custo-base, geralmenteconhecida <strong>pela</strong> expressão mark-up.Para fixação <strong>de</strong>ssa margem é imprescindível conhecer os custos totais daempresa. Por esse motivo que <strong>de</strong>ixamos o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> preços para esta parte.Nesta caso, para cálculo <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> preço <strong>de</strong> venda orientativo comercial, énecessário obter o valor <strong>do</strong> custo <strong>de</strong> compra <strong>do</strong>s materiais ou merca<strong>do</strong>rias e a fixação damargem <strong>de</strong> preço.


32O mark-up, segun<strong>do</strong> Santos (1995), tem por finalida<strong>de</strong> cobrir os fatores comotributação sobre vendas (ICMS, IPI, PIS,COFINS,SIMPLES), taxas sobre preço <strong>de</strong> venda(comissões sobre vendas, franquias, comissão da administra<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> cartão <strong>de</strong> crédito,etc), <strong>de</strong>spesas administrativas fixas, <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> vendas fixas, custos indiretos <strong>de</strong>produção, custos fixos e lucro.Cálculo <strong>do</strong> preço <strong>de</strong> vendaTen<strong>do</strong> conheci<strong>do</strong> o custo <strong>de</strong> produção da merca<strong>do</strong>ria, calcularemos o preço <strong>de</strong>venda. Para facilitar o cálculo <strong>do</strong> mark-up po<strong>de</strong>remos utilizar os valores da seguinte tabelaabaixo:DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDADespesas Dentro <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Fora <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>ICMS 17% 12%PIS/COFINS 7,65% 7,65%FRETE 3% 3%COMISSÃO 9% 9%INADIMPLÊNCIA 2% 2%TOTAL 38,65% 33,65%Supon<strong>do</strong> um lucro <strong>de</strong> 20 % e o custo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> R$ 15,43 obteremos o markupsoman<strong>do</strong> todas as <strong>de</strong>spesas variáveis <strong>de</strong> vendas e o lucro menciona<strong>do</strong> acima:Para obtenção <strong>do</strong> mark-up divisor teremos os seguinte procedimento:1. Somar as DVVs mais o lucro <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> por 10038,65% + 20% = 58,65%58,65/100= 0,58652. Esse resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser subtraí<strong>do</strong> <strong>de</strong> 11-0,5865 = 0,41353. O resulta<strong>do</strong> anterior é o mark-up e o utilizamos como quociente <strong>do</strong> preço daaquisição :15,43/0,4135= 37,31


33O preço <strong>de</strong> venda será fixa<strong>do</strong> em R$ 37,31Portanto, para cálculo <strong>do</strong> preço <strong>de</strong> venda teremos a seguinte fórmula:Preço <strong>de</strong> venda = Custo <strong>de</strong> produçãomark-upPo<strong>de</strong>mos a<strong>do</strong>tar uma outra maneira <strong>de</strong> calcular o preço <strong>de</strong> venda:1. Somar todas as DVVs e o lucro <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>O resulta<strong>do</strong> obti<strong>do</strong> anteriormente: 58,65%2. Diminuir o resulta<strong>do</strong> anterior <strong>de</strong> 100%100 – 58,65 = 41,35 %3. O mark-up multiplica<strong>do</strong>r será obti<strong>do</strong> dividin<strong>do</strong> 100 pelo resulta<strong>do</strong> anterior:100/41,35 = 2,41834. O preço <strong>de</strong> venda será obti<strong>do</strong> multiplican<strong>do</strong> o resulta<strong>do</strong> anterior (2,4183) pelo preço<strong>de</strong> custo da merca<strong>do</strong>ria:15,43 x 2,4183 = 37,31 o mesmo resulta<strong>do</strong> obti<strong>do</strong> anteriormente.Para resumir:Preço <strong>de</strong> venda = custo unitário x mark-up.Consi<strong>de</strong>raçõesPara empresas enquadradas no Regime Diferencia<strong>do</strong> Simples Nacional, ou SuperSimples, as <strong>de</strong>spesas variáveis <strong>de</strong> vendas diferem <strong>pela</strong> natureza <strong>de</strong>ssa tributação. Èimportante lembrar que as alíquotas <strong>do</strong> Super Simples são diferentes para cada tipo <strong>de</strong>empresa e faturamento mensal total, no nosso exemplo utilizaremos uma indústria <strong>de</strong>confecção e um faturamento mensal <strong>de</strong> R$ 120.000,00 no mês.DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDASDESPESA %SUPER SIMPLES 4,50%FRETE 3%COMISSÃO 9%INADIMPLÊNCIA 2%COMISSÃO CARTÃO DE CRÉDITO 2,00%TOTAL 20,50%


34Para o cálculo <strong>do</strong> preço <strong>de</strong> venda segue-se o mesmo raciocínio já explica<strong>do</strong>anteriormente acrescentan<strong>do</strong> a margem <strong>de</strong> lucro <strong>de</strong>sejada.DETERMINAÇÃO DO PONTO DE EQUILÍBRIOOs empresários das empresas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> informações para analisar as opçõesque se apresentam para a consequente tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões gerenciais. Uma gran<strong>de</strong>parte <strong>de</strong>ssas informações gerenciais são fornecidas <strong>pela</strong> estrutura <strong>de</strong> custos da empresa.Os controles internos <strong>do</strong>s custos da empresa servem como fonte <strong>de</strong> subsídios para<strong>de</strong>cisões gerenciais <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a<strong>de</strong>quadamente utiliza<strong>do</strong>s. Sem o conhecimento daestrutura <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> uma empresa, dificulta a obtenção <strong>de</strong> informações que seriamúteis para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões importantes, como por exemplo, <strong>de</strong>cidir entre eliminaruma linha <strong>de</strong> produtos ou cortar <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s gastos.O conhecimento <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> custos contribui para que a empresa consiga extrairmelhor proveito <strong>de</strong> seus pontos fortes, bem como, serve como fonte <strong>de</strong> informações on<strong>de</strong>po<strong>de</strong> levar a empresas a incentivar uma linha <strong>de</strong> produtos, trabalhar com um “mix” <strong>de</strong>vendas compatível com suas necessida<strong>de</strong>s, etc.Como vimos anteriormente, a relação <strong>do</strong>s custos na fixação da margem <strong>de</strong> lucro eas condições merca<strong>do</strong>lógicas que influenciam as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> preços, outro instrumento<strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> custos é o Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio (PE).Os autores da contabilida<strong>de</strong> gerencial conceituam o PE como o limite entre aprodução ou o faturamento em que a empresa iguala suas receitas com os custos e<strong>de</strong>spesas variáveis. Neste ponto não há lucro e nem prejuízo. Portanto, o equilíbrioequivale ao nível mínimo <strong>de</strong> vendas ou produção, que uma empresa <strong>de</strong>ve realizar paranão incorrer em prejuízos.Na visão <strong>de</strong> Santos (2000), quan<strong>do</strong> a empresa operar acima <strong>de</strong>sse ponto, terálucro; quan<strong>do</strong> a empresa operar abaixo <strong>de</strong>sse ponto, terá prejuízo. Reforçan<strong>do</strong> o conceitoapresenta<strong>do</strong>, Santos (2000) aduz que o ponto <strong>de</strong> equilíbrio é o ponto da ativida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> oscustos totais se igualam às receitas”.Cálculo <strong>do</strong> Ponto <strong>de</strong> EquilíbrioPE = CF on<strong>de</strong>CF = custos fixosPV-DVV-C unPV = preço <strong>de</strong> vendaDVV= <strong>de</strong>spesas variáveis <strong>de</strong> vendasC un = Custo unitário <strong>do</strong> produto


35Demonstração <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> equilíbrioPV= 37,31DVV=37,31 x 38,65% = 14,42C un= 3,29PE=CFPv-DVV – C unPE= 105.314,2637,31-14,42-3,95Pe= 105.314,26/18,94Pe= 5560,41Aproximan<strong>do</strong> 5560 unida<strong>de</strong>sNo ponto <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> 5560 unida<strong>de</strong>s a empresa cobrirá seus custos fixos, apartir <strong>de</strong>sse nível passará a obter lucro. Isto significa que quan<strong>do</strong> a empresa faturar R$207.443,60 será o ponto <strong>de</strong> equilíbrio em valores monetários. Realmente quan<strong>do</strong> houveresse volume <strong>de</strong> vendas, teremos como custos e <strong>de</strong>spesas totais:A partir da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> número 5560, cada item produzi<strong>do</strong> a mais contribuirá para aformação <strong>do</strong> lucro.


36Leitura ComplementarImportância <strong>do</strong> Controle Interno para redução <strong>de</strong> custoCom o advento <strong>do</strong> SPED, da Nota Fiscal Eletrônica, alteração nalegislação societária no tocante aos princípios <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>geralmente aceitos e os <strong>de</strong>monstrativos financeiros, mesmo porque nomomento atual as empresas <strong>de</strong> qualquer tamanho <strong>de</strong>vem se preocuparespecialmente com sua Gestão Empresarial, precisamente com seuControle Interno, pois sua existência é vital para empresas eprofissionais.Enten<strong>de</strong>mos que Controle Interno é o conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, planos,méto<strong>do</strong>s e procedimentos interliga<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong> com vistas a assegurarque os objetivos <strong>do</strong>s órgãos e entida<strong>de</strong>s sejam alcança<strong>do</strong>s, <strong>de</strong> formaconfiável e concreta, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> eventuais <strong>de</strong>svios ao longo dagestão, até a consecução <strong>do</strong>s objetivos fixa<strong>do</strong>s pelo PlanejamentoEstratégico.1. Princípios <strong>de</strong> controles internos (KROGSTAD, Jack L.; RIDLEY,Anthony J.; RITTENBERG, Larry E. A eficácia <strong>do</strong>s controles internos.São Paulo: IBCB, 1999)."Constituem-se no conjunto <strong>de</strong> regras, diretrizes e sistemas que visamo atingimento <strong>de</strong> objetivos específicos, tais como:a. relação custo/benefício - consiste na minimização da probabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> falhas/<strong>de</strong>svios quanto ao atingimento <strong>do</strong>s objetivos e metas. Esteconceito reconhece que o custo <strong>de</strong> um controle não <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r aosbenefícios que ele possa proporcionar. Há necessida<strong>de</strong>, também, <strong>de</strong><strong>de</strong>finição precisa <strong>de</strong> critérios, mensuração, padrões <strong>de</strong> comparação e <strong>de</strong>outros elementos que permitam a i<strong>de</strong>ntificação e a análise <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios,em relação aos resulta<strong>do</strong>s ou procedimentos previstos;b. qualificação a<strong>de</strong>quada, treinamento e rodízio <strong>de</strong> funcionários - aeficácia <strong>do</strong>s controles internos está diretamente relacionada com acompetência e integrida<strong>de</strong> <strong>do</strong> pessoal. Assim sen<strong>do</strong>, é imprescindívelque haja uma política <strong>de</strong> pessoal que contemple: seleção e treinamento <strong>de</strong> forma criteriosa e sistematizada, buscan<strong>do</strong>melhor rendimento e menores custos; rodízio <strong>de</strong> funções, com vistas a reduzir/eliminar possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> frau<strong>de</strong>s; e obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionários gozarem férias regularmente, comoforma, inclusive, <strong>de</strong> evitar a dissimulação <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s;c. <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res e <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s - a


37<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência, conforme previsto em lei, será utilizadacomo um instrumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização administrativa, com vistas aassegurar maior rapi<strong>de</strong>z e objetivida<strong>de</strong> às <strong>de</strong>cisões. O ato <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação<strong>de</strong>verá indicar, com precisão, a autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>legante, <strong>de</strong>legada e oobjeto da <strong>de</strong>legação. Assim sen<strong>do</strong>, em qualquer órgão/entida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vemser observa<strong>do</strong>s: existência <strong>de</strong> regimento/estatuto e organograma a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s, on<strong>de</strong> a<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> e conseqüentes responsabilida<strong>de</strong>s sejam clarase satisfaçam plenamente as necessida<strong>de</strong>s da organização; e manuais <strong>de</strong> rotinas/procedimentos claramente <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s, queconsi<strong>de</strong>rem as funções <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os setores <strong>do</strong> órgão/entida<strong>de</strong>;d. segregação <strong>de</strong> funções - a estrutura <strong>de</strong> um controle interno <strong>de</strong>veprever a separação entre funções <strong>de</strong> autorização/aprovação, <strong>de</strong>operações, execução, controle e contabilização das mesmas, <strong>de</strong> talforma que nenhuma pessoa <strong>de</strong>tenha competências e atribuições em<strong>de</strong>sacor<strong>do</strong> com este princípio;e. instruções <strong>de</strong>vidamente formalizadas - para atingir um grau <strong>de</strong>segurança a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> é indispensável que as ações, procedimentos einstruções sejam disciplina<strong>do</strong>s e formaliza<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> instrumentoseficazes, ou seja: claros e objetivos e emiti<strong>do</strong>s por autorida<strong>de</strong>competente;f. controles sobre as transações - é imprescindível estabelecer oacompanhamento <strong>do</strong>s fatos contábeis/financeiros e operacionais,objetivan<strong>do</strong> que sejam efetua<strong>do</strong>s mediante atos legítimos, relaciona<strong>do</strong>scom a finalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> órgão/entida<strong>de</strong> e autoriza<strong>do</strong>s por quem <strong>de</strong> direito;eg. a<strong>de</strong>rência à diretrizes e normas legais - é necessário a existência,no órgão/entida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sistemas estabeleci<strong>do</strong>s para <strong>de</strong>terminar eassegurar a observância das diretrizes, planos, normas, leis,regulamentos e procedimentos administrativos internos.2. Finalida<strong>de</strong>O objetivo geral <strong>do</strong>s controles internos é assegurar que não ocorramerros potenciais, através <strong>do</strong> controle <strong>de</strong> suas causas, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-seentre os objetivos específicos, a serem atingi<strong>do</strong>s, os seguintes: observar as normas legais, instruções normativas, estatutos e regimentos; assegurar, nas informações contábeis, financeiras, administrativas eoperacionais, sua exatidão, confiabilida<strong>de</strong>, integrida<strong>de</strong> eoportunida<strong>de</strong>; antecipar-se, preventivamente, ao cometimento <strong>de</strong> erros,


38<strong>de</strong>sperdícios, abusos, práticas anti-econômicas e frau<strong>de</strong>s; propiciar informações oportunas e confiáveis, inclusive <strong>de</strong> caráteradministrativo/operacional, sobre os resulta<strong>do</strong>s e efeitos atingi<strong>do</strong>s; salvaguardar os ativos financeiros e físicos quanto à sua boa eregular utilização e assegurar a legitimida<strong>de</strong> <strong>do</strong> passivo; permitir a implementação <strong>de</strong> programas, projetos, ativida<strong>de</strong>s,sistemas e operações, visan<strong>do</strong> a eficácia, eficiência e economicida<strong>de</strong><strong>do</strong>s recursos; e assegurar a<strong>de</strong>rência às diretrizes, planos, normas e procedimentos <strong>do</strong>órgão/entida<strong>de</strong>.3. Processo <strong>de</strong> controleOs controles internos implementa<strong>do</strong>s em uma organização <strong>de</strong>vem,prioritariamente, ter caráter preventivo; permanentemente, estarvolta<strong>do</strong>s para a correção <strong>de</strong> eventuais <strong>de</strong>svios em relação aosparâmetros estabeleci<strong>do</strong>s; prevalecer como instrumentos auxiliares <strong>de</strong>gestão; e estar direciona<strong>do</strong>s para o atendimento a to<strong>do</strong>s os níveishierárquicos da administração. Quanto maior for o grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação<strong>do</strong>s controles internos, menor será a vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssescontroles."Esse artigo visa chamar atenção <strong>de</strong> gestores, administra<strong>do</strong>res,profissionais <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>mais profissionais para observaremcom clarividência a importância <strong>do</strong> CONTROLE INTERNO, pois diante <strong>do</strong>ssistemas fiscalizatórios existentes, po<strong>de</strong>rá induzir a empresa aredução <strong>de</strong> custos, favorecen<strong>do</strong> a lucrativida<strong>de</strong> das empresas, mas suainexistência, ou até mesmo a sua má existência implicará a pagamento<strong>de</strong> custos e tributos que talvez a empresa não possa conter.Daí, chamamos a atenção para o artigo, pois diante <strong>do</strong>s atuais fatos emvigência a empresa po<strong>de</strong>rá pagar uma conta que seja insuportável paraseu patrimônio, pois a eficiência e eficácia <strong>de</strong> qualquer sistemaimplica na capacitação e qualificação das pessoas envolvidas,possibilitan<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>vidamente exercida agregar valor a empresa.


39Referências BibliográficasLEONE, George Sebastião Guerra. Custos: planejamento, implementação e controle. São Paulo:Atlas, 2000.MARTINS, Eliseu. Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> custos. São Paulo: Atlas, 2001.TUON, Rimenez. Custos industriais. Rio <strong>do</strong> Sul, 2007.WERNKE, Rodney. Gestão Estratégica <strong>de</strong> custos. Araranguá, 2001.Projeto <strong>de</strong> Confecção Carisma Têxtil. CEFET Jaraguá <strong>do</strong> Sul,2007.

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