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11 Relatório - ANA Routelab - ANA Aeroportos de Portugal

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.<strong>11</strong> Relatório& ContasA NOSSA VISÃO“Ser reconhecida pela segurança da operação, pela excelência e competitivida<strong>de</strong> nos serviços prestados epela sustentabilida<strong>de</strong> da ativida<strong>de</strong>”.


.<strong>11</strong> Relatório& Contas


NOTADO PRESIDENTE.<strong>11</strong> Relatório& ContasA<strong>ANA</strong>M, SA, concessionária da exploração do serviço público aeroportuário <strong>de</strong> apoio à aviaçãocivil na RAM, tem vindo <strong>de</strong> forma continua e sistemática a relevar a prepon<strong>de</strong>rância da ativida<strong>de</strong>turística enquanto principal sustentáculo <strong>de</strong> economia regional.A a<strong>de</strong>quada gestão das infraestruturas aeroportuárias é condição necessária ao <strong>de</strong>senvolvimento económicoe social e seu principal pilar o que lhe confere uma dimensão estratégica para a sustentabilida<strong>de</strong> da RegiãoAutónoma.A ativida<strong>de</strong> da <strong>ANA</strong>M, SA, no quadro referido, rege-se pelo Contrato <strong>de</strong> Concessão outorgado com oGoverno da RAM, regulada pelo INAC e por extensa regulamentação internacional <strong>de</strong>signadamente aemanada pela Organização da Aviação Civil Internacional.No sentido <strong>de</strong> reforçar a concessão encetou-se um processo <strong>de</strong> renegociação do respetivo contrato, quecontempla a extensão do seu prazo até 2053.A <strong>ANA</strong>M, SA enquanto concessionária assume as obrigações <strong>de</strong> investimento em infraestruturas, os riscos<strong>de</strong> construção, financiamento, disponibilida<strong>de</strong> e procura e não dispõe <strong>de</strong> qualquer direito incondicional <strong>de</strong>receber meios financeiros, estando sujeita ao risco do tráfego.Em 20<strong>11</strong>, numa atuação muito estreita com a Secretaria Regional responsável pelo setor, foi possível obteracréscimos <strong>de</strong> passageiros <strong>de</strong> 3,5% ou seja mais 81.<strong>11</strong>1 em relação ao ano anterior, o que já não severificava há dois anos consecutivos.Foi, também, possível obter Resultados Operacionais positivos <strong>de</strong> 5.450 mil Euros, com redução <strong>de</strong> CustosOperacionais mantendo o nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do serviço oferecido, sem aumento <strong>de</strong> taxas aeroportuáriasque se mantêm ao nível <strong>de</strong> 2005.Continuamos empenhados na promoção da Ma<strong>de</strong>ira, como <strong>de</strong>stino turístico exclusivo, captando novasfontes <strong>de</strong> tráfego ou mitigando os efeitos adversos com o envolvimento das entida<strong>de</strong>s oficiais regionais edo Turismo <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.A Empresa reconhece que a gestão do relacionamento com os clientes é estratégico e que no atual cenário<strong>de</strong> abrandamento económico é fundamental continuar a i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s para o crescimentodas receitas. O novo <strong>de</strong>safio consiste em gerir o relacionamento com clientes chave no atual contextoeconómico.Em 20<strong>11</strong> a Empresa continuou fortemente empenhada no aperfeiçoamento <strong>de</strong> boas práticas <strong>de</strong> gestãoempresarial, estando incluída na lista das empresas internacionais reconhecidas pela EFQM e certificadapelo ACI.Definimos, também, a política <strong>de</strong> comunicação interna e o plano que a concretiza, visando garantir quea VISÃO, MISSÃO e a ESTRATÉGIA seriam <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong> todos, assegurando a sua transmissão <strong>de</strong>forma correta e oportuna.


.<strong>11</strong> Relatório& ContasNos negócios Não Aviação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há anos uma aposta estratégica, foi possível crescer 5,6%, face ao anoanterior.A crise económica e financeira atual apela para o papel central dos serviços por nós prestados em matéria<strong>de</strong> coesão social e territorial, sendo indiscutível continuar a assegurar os serviços e procurar melhorar a suaqualida<strong>de</strong>.Em 20<strong>11</strong> a Empresa obteve uma melhoria <strong>de</strong> Resultados Líquidos e Operacionais com o empenho <strong>de</strong> todosos colaboradores na redução dos custos e no aumento dos proveitos.A Empresa continuou a adaptar-se às novas Orientações Estratégicas para o SEE sobretudo no que dizrespeito aos FSE, Custos Laborais e Endividamento.Deste modo, é nossa convicção, que a concretização da estratégia empresarial assumida pelo Conselho <strong>de</strong>Administração e por todos os colaboradores, permite garantir a sustentabilida<strong>de</strong> da Empresa, pese emboratodas as vicissitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes da crise europeia, nacional e regional <strong>de</strong> cariz fortemente restritivo erecessivo.Concluo com alguns agra<strong>de</strong>cimentos. Aos nossos Clientes, razão última da própria existência da <strong>ANA</strong>M, SA,aos Acionistas e ao Governo da Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira, cujo apoio e cooperação, que não nos têmfaltado, são cruciais para o êxito do nosso trabalho. E, por fim, aos nossos Colaboradores, a sua energia, oseu entusiasmo, a forma generosa e abnegada como se envolvem nos projetos e esforços da Empresa sãoa condição e o segredo <strong>de</strong> tudo o que temos conseguido. Para eles e por tudo isso, o nosso especial MuitoObrigado.A. Guilhermino RodriguesPresi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração


ÍNDICE.<strong>11</strong> Relatório& ContasI. GOVERNO DA SOCIEDADE 81. PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO 101.1. Missão, Objetivos e Políticas da Empresa 101.2. Regulamentos Internos e Externos a que a Empresa está sujeita 121.3. Informação sobre Transações relevantes com Entida<strong>de</strong>s relacionadas 141.4. Informações sobre Outras Transações 151.5. Indicação do Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Governo e I<strong>de</strong>ntificação dos Membros dos Órgãos Sociais 181.6. Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais 241.7. Análise <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> Económica, Social e Ambiental 281.8. Avaliação do Grau <strong>de</strong> Cumprimento dos Princípios <strong>de</strong> Bom Governo 391.9. Código <strong>de</strong> Ética 391.10. Informação sobre a Existência <strong>de</strong> Sistema <strong>de</strong> Controlo compatível com aDimensão e Complexida<strong>de</strong> da Empresa 391.<strong>11</strong>. I<strong>de</strong>ntificação dos Mecanismos Adotados com vista à Prevenção dos Conflitos <strong>de</strong> interesse 401.12. Explicitação <strong>de</strong> Divulgação <strong>de</strong> Informação atualizada 412. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS 432.1. Objetivos <strong>de</strong> Gestão 432.2. Gestão do Risco Financeiro 432.3. Prazo Médio <strong>de</strong> Pagamentos (PMP) 442.4. Divulgação dos Atrasos nos Pagamentos 452.5. Deveres Especiais <strong>de</strong> Informação 452.6. Resultados obtidos no âmbito do Cumprimento das Recomendações do Acionista,emitidas aquando da aprovação das contas <strong>de</strong> 2010 462.7. Remunerações 472.8. Contratação Pública 492.9. Medidas previstas no Plano <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> e Crescimento (PEC) 502.10. Acréscimos <strong>de</strong> Endividamento 502.<strong>11</strong>. Plano <strong>de</strong> Redução <strong>de</strong> Custos 502.12. Princípio <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tesouraria 512.13. Divulgação do cumprimento das Orientações Legais 52II. RELATÓRIO DE GESTÃO 531. NOTA PRÉVIA 542. SÍNTESE DO DESEMPENHO 563. PRINCIPAIS INDICADORES 594. ESTRUTURA DA EMPRESA 60


.<strong>11</strong> Relatório& Contas5. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO 645.1. Envolvente Económica 645.2. Tráfego nos <strong>Aeroportos</strong> do Grupo <strong>ANA</strong>, SA 685.3. Tráfego nos <strong>Aeroportos</strong> da <strong>ANA</strong>M, SA 696. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL 717. EVOLUÇÃO DE NEGÓCIOS 787.1. Aviação 787.2 Não Aviação 837.3. Segurança 847.4. PMR 857.5. Principais Clientes 858. INVESTIMENTOS 878.1. Infraestruturas Aeroportuárias 888.2. Investimentos <strong>de</strong> Exploração 888.3. Investimentos Correntes 898.4. Resumo dos Investimentos Totais 898.5. Investimentos em Curso 908.6. Financiamento dos Investimentos 959. RECURSOS HUMANOS 969.1. Efetivos 969.2. Programa <strong>de</strong> Otimização do Efetivo 979.3. Formação 989.4. Massa Salarial 999.5. Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Trabalho e Absentismo 999.6. Ações em Desenvolvimento 10010. ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA 10<strong>11</strong>0.1. Situação Económica 10<strong>11</strong>0.2. Situação Financeira 10910.3. Situação da Dívida (evolução da taxa média anual dos financiamentos) <strong>11</strong><strong>11</strong>1. PERSPETIVAS FUTURAS <strong>11</strong>212. PROPOSTA PARA APLICAÇÃO DOS RESULTADOS <strong>11</strong>413. ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO <strong>11</strong>5III. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS <strong>11</strong>7IV. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 123V. RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃO E CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 177


GOVERNODA SOCIEDADE.<strong>11</strong> Relatório& Contas


I. GOVERNO DA SOCIEDADE.<strong>11</strong> Relatório& Contas1. PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO1.1. MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICA INTEGRADAConstitui Missão da nossa Empresa:“Prestar um serviço <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> aos seus Clientes, salvaguardar os interesses dos Acionistas, promover avalorização dos Colaboradores e contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento da Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira”.Sendo a ativida<strong>de</strong> da nossa Empresa a prestação <strong>de</strong> serviços, o seu principal foco é colocado no Cliente.Com efeito, a partir <strong>de</strong> indicadores obtidos nos Inquéritos <strong>de</strong> Satisfação, periodicamente realizados, a<strong>ANA</strong>M, SA procura a<strong>de</strong>quar as infraestruturas e os recursos financeiros e humanos aos fins em vista.Acresce que, com a implementação do Marketing Aeroportuário, a <strong>ANA</strong>M, SA tem <strong>de</strong>senvolvido umconjunto <strong>de</strong> valências, para a atração à Região <strong>de</strong> novas companhias, rotas aéreas e mercados.Com início em 2006, o lançamento <strong>de</strong>stas iniciativas tem ao longo dos anos vindo a ser reforçado contando,presentemente, com quatro programas autónomos, <strong>de</strong>stinados a alavancar o crescimento do tráfego:a) “Initiative:pt-Developing Tourism and Aviation” – em parceria com o Turismo <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> e aAssociação <strong>de</strong> Promoção da Ma<strong>de</strong>ira;b) “Fundo para o Investimento em Promoção Turística” – em parceria com a Secretaria Regional<strong>de</strong> Turismo e Transportes e entida<strong>de</strong>s privadas com interesse na economia turística da Região;c) “Plano Táctico e Outros” – <strong>de</strong> iniciativa própria e <strong>de</strong>stinado a ações <strong>de</strong> promoção maisindividualizadas, com interesse específico no fomento da ativida<strong>de</strong> aeroportuária;d) “Programa <strong>de</strong> Incentivos dos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira” - <strong>de</strong> iniciativa própria e para situaçõesexcecionais não contempladas nos outros programas.Não obstante a adoção <strong>de</strong> programas e iniciativas, acima referidas, a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> passageiros encontra-se,presentemente, ao nível dos valores atingidos uma década atrás.No que aos Negócios Não Aviação respeita, assiste-se a um crescimento mo<strong>de</strong>rado cujo peso no volume <strong>de</strong>negócios não é expressivo, face ao seu ainda reduzido peso (cerca <strong>de</strong> 16,0%), sendo priorida<strong>de</strong> da Empresao seu crescimento.10


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• Objetivos e Política IntegradaEm termos quantitativos, a ativida<strong>de</strong> operacional da <strong>ANA</strong>M, SA teve por base o cumprimento dos IPG– Instrumentos Previsionais <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, com <strong>de</strong>sempenho globalmente positivo.Com efeito, o orçamento então efetuado, foi cumprido com um ligeiro <strong>de</strong>svio <strong>de</strong>sfavorável nos Proveitos <strong>de</strong>(1,6%) e uma melhoria nos Custos Operacionais <strong>de</strong> 2,7%, se for retirado o efeito da IFRIC 12.Os Resultados Operacionais e Líquidos são positivos e o Cash-Flow ascen<strong>de</strong>u a 10.162 mil Euros, sensivelmente<strong>de</strong>ntro dos parâmetros do orçamentado.Em paralelo, a ativida<strong>de</strong> da Empresa encontra-se alicerçada em quatro principais Objetivos Estratégicos:• Crescimento Sustentado;• Eficiência Operacional;• Valorização <strong>de</strong> Colaboradores;• Equilíbrio da Estrutura Financeira.A nossa Política Integrada foi alinhada com os Objectivos Estratégicos da Empresa, e tendo em vista a suasustentabilida<strong>de</strong>. Desta salientamos:• A priorida<strong>de</strong> da nossa atuação assenta em servir os nossos clientes com um elevado índice <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong>, garantindo um elevado grau <strong>de</strong> satisfação, comodida<strong>de</strong>, conforto e segurança.• Esforçamo-nos por compreen<strong>de</strong>r as suas necessida<strong>de</strong>s e expectativas e a<strong>de</strong>quamos o nosso serviço <strong>de</strong>forma a correspon<strong>de</strong>r à sua satisfação.• Temos presente o compromisso da melhoria contínua dos nossos processos e da forma como estacontribui para criação <strong>de</strong> valor na organização. A melhoria contínua concretiza-se através da satisfaçãodos clientes, da execução eficaz, eficiente e segura das operações, bem como da nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>adaptação às alterações e exigências do mercado e da entida<strong>de</strong> reguladora.• Tendo como base a preservação e proteção do meio ambiente a <strong>ANA</strong>M, SA presta os seus serviçosadotando sempre estratégias <strong>de</strong> minimização do impacte das suas ativida<strong>de</strong>s.• A <strong>ANA</strong>M, SA compromete-se a manter os Sistemas <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Segurança Operacional (Safety)<strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Segurança Contra Atos Ilícitos (Security) e <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança no Trabalho, nos<strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira e Porto Santo, com o objetivo <strong>de</strong> prevenir e reduzir o nível <strong>de</strong> risco e, porconseguinte, minimizar os aci<strong>de</strong>ntes e inci<strong>de</strong>ntes nas vertentes <strong>de</strong> segurança em apreço.<strong>11</strong>


.<strong>11</strong> Relatório& ContasAdiante, em pontos próprios, procurar-se-á <strong>de</strong>senvolver alguns dos aspetos consi<strong>de</strong>rados neste âmbito.1.2. REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS A QUE A EMPRESA ESTÁ SUJEITAEnquanto gestora aeroportuária a Empresa é concessionária dos <strong>Aeroportos</strong> da Região Autónoma daMa<strong>de</strong>ira e a sua ativida<strong>de</strong> nas relações com o Conce<strong>de</strong>nte rege-se pelo Contrato <strong>de</strong> Concessão, publicadopelo DLR 8/92/M, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Abril e alterações subsequentes DLR 7-A/M/2000, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Março e Aditamentoao Contrato <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2010.A sua ativida<strong>de</strong> é regulada pelo Instituto Nacional <strong>de</strong> Aviação Civil (INAC), que tem por missão promovero <strong>de</strong>senvolvimento seguro, eficiente e sustentado das ativida<strong>de</strong>s da aviação civil, através da regulação,regulamentação, certificação, licenciamento, homologação, fiscalização e supervisão <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s, dosrespetivos agentes e <strong>de</strong>stinatários, conforme consta do Plano Estratégico dos Transportes, aprovados pelaRCM 45/20<strong>11</strong>, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Novembro e por extensa regulamentação internacional, em particular emanada daOrganização da Aviação Civil Internacional (ICAO).Igualmente, o exercício da sua ativida<strong>de</strong> é regulado pelas leis gerais aplicáveis às Socieda<strong>de</strong>s ComerciaisPortuguesas, pelos seus Estatutos e por um amplo conjunto <strong>de</strong> Acordos e Convenções Internacionais, bemcomo por vários diplomas e orientações <strong>de</strong> âmbito nacional, enquanto Empresa <strong>de</strong> capitais exclusivamentepúblicos.Porém, a sua natureza societária, <strong>de</strong> empresa <strong>de</strong> capitais públicos, <strong>de</strong>termina o enquadramento no SectorEmpresarial do Estado, estando, portanto, sujeita ao Regime Jurídico do Sector Empresarial do Estado edas Empresas Públicas: Dec-Lei 558/1999, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Dezembro, com a nova redação dada pelo Dec-Lei300/2007, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Agosto (replica o Dec-Lei 558/99).Supletivamente é-lhe aplicado um conjunto <strong>de</strong> legislação, normas e regulamentos, estes últimos emanadosda SETF, DGTF, IGF e Parpública, que se enunciam:12


.<strong>11</strong> Relatório& ContasNatureza Data Objecto ObsDec-Lei 191/99 05.Jun.1999 Regime <strong>de</strong> Tesouraria do EstadoRCM 121/2005 23.Jun.2005 Política Contenção Custos Limita Desp. Represent. a 12 mesesDL 71/2007 27,Mar.2007 Estatuto Gestor Público Contrato <strong>de</strong> Gestão Art. 6 nº 3 e Art. 18RCM 49/2007 01.Fev.2007 Princípios <strong>de</strong> Bom Governo nas Empresas do SEE Em termos globais e, em particular, ponto 19,ponto 22.RCM 65/2007 25.Jan.2007 Compras Públicas EcológicasDL 300/2007 23.Ago.2007 Orientações Estratégicas para o SEE Alt. DL 558/99, 17.DezRCM 70/2008 22.Abr.2008 Orientações <strong>de</strong> Gestão para o SEE Especiais áreas <strong>de</strong> orientaçãoDesp.14.277/2008-MEF 23.Mai.2008 Contenção na Despesa Pública e rigor na Gestão Desmaterialização <strong>de</strong> Informação (SIRIEF).dos Recursos disponíveisDeveres esepciais <strong>de</strong> informaçãoRCM 34/2008 22.Fev.2008 Pagar a Tempo e Horas Optimização do Prazo Médio PagamentosDL 18/2008 29.Jan.2008 Código dos Contratos Públicos Aquisição <strong>de</strong> Bens e ServiçosDesp. 101/09-SETF 30.Jan.2009 Gestão <strong>de</strong> Risco Financeiro Aplicável às EPNFDesp.<strong>11</strong>.420/09-SETF 30.Abr.2009 Orientações Acionista Estado na Representação<strong>de</strong> Empresas ParticipadasDesp.9.870/2009-MEF 13.Abr.2009 Monitorização do Programa Pagar a Tempo e Horas Aprovação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> MonitorizaçãoRCM 47/2010 25.Jun.2010 Regras <strong>de</strong> Contratação <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong> Institucional Divulgação no Relatório <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>sRAR 29/2010 12.Abr.2010 PEC 2010-2013 - Consolidação Orçamental Limites máximos acréscimo <strong>de</strong> endividamentoDesp.438/2010-SETF 10.Mai.2010 Aplicação Normas <strong>de</strong> Contratação Pública Divulga of. 6.132-DGTF, <strong>de</strong> 06.Ago.2010Desp.510/10-SETF 01.Jun.2010 Explícita a RAR 29/2010 e Comunicado Of.Circular 4.384,<strong>de</strong> 01.Jun da DGTFLei 3-B/2010 28.Abr.2010 Orçamento Estado para 2010 Aplicação Art. 172 - não atribuição <strong>de</strong> remunerações variáveisDesp. MEF 25.Mar.2010 Não atribuição <strong>de</strong> Prémios <strong>de</strong> Gestão aos membros dos Cfr: Of. Circular 2.590, <strong>de</strong> 26.Mar.2010Órgãos <strong>de</strong> Gestão 2010 e 20<strong>11</strong>Lei 12-A/2010 30.Jun.2010 Medidas adicionais <strong>de</strong> Consolidação Orçamental previstas Aplicação Art. 12 e 17 (redução vencimentos; Princípio Unida<strong>de</strong>no PECTesouraria)Of. Circ. 6132-DGTF 06.Ago.2010 Auditoria às Consultorias Técnicas e Serviços contratos Divulgado Desp. 438/10-SETF 10.Maipor Empresas PúblicasOf.7.688-DGTF 07.Out.2010 Normas <strong>de</strong> lei do OE para 20<strong>11</strong> Congelamento <strong>de</strong> Promoções e ProgressõesDocumento DGTF 21.Out.2010 Orientações Estratégicas para 20<strong>11</strong> - SEE Medidas do PEC para SEEOf. 8.784-DGTF 15.Nov.2010 Orientações Estratégicas para 20<strong>11</strong> - SEE Medidas <strong>de</strong> Recionalização e Contenção <strong>de</strong> CustosDesp. 1.315/2010-SEFF 15.Nov.2010 Diminuição do Esforço Financeiro Diversas medidasRCM 101-A/2010 15.Dez.2010 Cumprimento Obj. Orçamentais para 20<strong>11</strong> Reforço Controlo Orçamentale Programa <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> e CrescimentoPortaria 1.297/2010 21.Dez.2010 Competências do GMCSLei 55-A/2010 31.Dez.2010 OGE-Disposições Remuneratórias Art. 19 e art. 29RCM 1/20<strong>11</strong> 04.Jan.20<strong>11</strong> Redução Remuneratória>1.500 Euros Conforme Tabelas <strong>de</strong>finidasDesp.1.246/20<strong>11</strong>-MAP 07.Jan.20<strong>11</strong> Gabinete para os Meios <strong>de</strong> Comunicação Social (GMCS) Base DadosDesp.155/20<strong>11</strong>-MEF 28.Abr.20<strong>11</strong> Limites ao Endividamento e aos Investimentos Autorização AG para Investimentos individuais superiores a 5%do Capital SocialDec. Lei 65-A/20<strong>11</strong> 17.Mai.20<strong>11</strong> Compromisso Financeiro e atrasos no PagamentoDesp.896/20<strong>11</strong>-SEFF 09.Jun.20<strong>11</strong> Gestão do Risco Financeiro (alterado pelo Desp.101/2009) Aplicação EPNFRCM 45/20<strong>11</strong> 10.Nov.20<strong>11</strong> Plano Estratégico <strong>de</strong> TransportesOf. Circular 7.405-DGTF 09.Dez.20<strong>11</strong> Suspensão <strong>de</strong> Pagamento dos 13º e 14º meses Of. Parpública ref. 18.864, <strong>de</strong> 22.Dez.20<strong>11</strong>Of. Circular 653-DGTF 25.Jan.2012 Instruções s/Processo Prestação Contas 20<strong>11</strong> Divulgam 6 anexos <strong>de</strong> procedimentos obrigatórios13


.<strong>11</strong> Relatório& ContasRegista-se, também, a utilização pela DGTF e IGF do Sistema SIRIEF para o acompanhamento e controlo<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> da Empresa, o qual contempla as principais Demonstrações Financeiras e uma matriz própriapara o acompanhamento das orientações estratégicas para o SEE 20<strong>11</strong>, no âmbito do Plano <strong>de</strong> Redução <strong>de</strong>Custos / Gastos Operacionais.1.3. INFORMAÇÃO SOBRE TRANSACÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADASNo exercício normal da sua ativida<strong>de</strong> com entida<strong>de</strong>s relacionadas, a <strong>ANA</strong>M, SA tem contactos privilegiadoscom a <strong>ANA</strong>, SA, que <strong>de</strong>tém 70% do Capital da Empresa e colateralmente com a PORTWAY, empresa 100%<strong>de</strong>tida pela <strong>ANA</strong>, SA.Com a <strong>ANA</strong>, SA este relacionamento, encontra-se formalizado num Contrato <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong>Assessoria, <strong>de</strong>stinado ao apoio técnico e assessoria na gestão e exploração dos <strong>Aeroportos</strong>.Encontram-se, complementarmente, celebrados Protocolos específicos para as seguintes áreas:• Administração <strong>de</strong> Pessoal;• Segurança, Higiene e Saú<strong>de</strong> no Trabalho;• Tecnologias <strong>de</strong> Informação.Esta estreita colaboração que permite beneficiar do know-how da <strong>ANA</strong>, SA, em diversas áreastécnicas e <strong>de</strong> gestão da Empresa, através da prestação <strong>de</strong> apoio especializado, é fundamentalpara a <strong>ANA</strong>M, SA e economicamente vantajosa, porque os custos <strong>de</strong> referência praticados são<strong>de</strong>terminados em função <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> mercado.Beneficia, igualmente, no que respeita à aquisição <strong>de</strong> outros Bens e Serviços <strong>de</strong> economias <strong>de</strong>escala em procedimentos <strong>de</strong> aquisição comuns às empresas do Grupo, através da utilização doCentro <strong>de</strong> Serviços Partilhados da <strong>ANA</strong>, SA.Em relação à PORTWAY, que se encontra licenciada para a prestação <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Handling aoperadores aéreos, nos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira e Porto Santo, são praticadas as tarifas legalmenteaprovadas para a Região, pelo Governo Regional da Ma<strong>de</strong>ira, enquanto Conce<strong>de</strong>nte e nos termosdo Contrato <strong>de</strong> Concessão.Paralelamente, a PORTWAY presta serviço à <strong>ANA</strong>M, SA no Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, através <strong>de</strong> umContrato <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Mão-<strong>de</strong>-Obra na Assistência aos Passageiros <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong>Reduzida, com utilização da marca extensiva ao Grupo <strong>ANA</strong> “My Way”.Nas Notas às Demonstrações Financeiras encontram-se individualizadas e quantificadas as14


.<strong>11</strong> Relatório& Contastransações realizadas em 20<strong>11</strong>, com as referidas entida<strong>de</strong>s.1.4. INFORMAÇÕES SOBRE OUTRAS TRANSACÇÕES• Procedimentos Adoptados em Matéria <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Bens e ServiçosA fim <strong>de</strong> dar cumprimento às exigências legais constantes do Decreto-Lei 18/2008, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Janeiro e legislaçãocomplementar, a <strong>ANA</strong>M, SA utiliza, para efeitos <strong>de</strong> contratação pública, a Plataforma Eletrónica VORTAL,on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rão ser consultados os Procedimentos lançados, em termos <strong>de</strong> empreitadas e fornecimento <strong>de</strong>bens <strong>de</strong> serviços.Em 20<strong>11</strong> foram lançados naquela plataforma, 27 procedimentos, resumindo-se no quadro abaixo osprocedimentos adotados na formação <strong>de</strong> contratos (segundo a tipologia <strong>de</strong>finida no art. 16 do Dec-Lei18/2008, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Janeiro):Nº Total Nº Total Nº Valor Total Prazo MédioNatureza Consultas Propostas Adjudicações Adjudicações AdjudicaçãoAjuste Direto 17 39 15 261.505 36Concurso Público 10 105 10 1.671.524 67Conc. Limitado p/ Prévia Qualificação -- -- -- -- --Procedimento p/ Negociação -- -- -- -- --Diálogo Concorrencial -- -- -- -- --Como se po<strong>de</strong> verificar, a <strong>ANA</strong>M, SA apenas adotou dois tipos <strong>de</strong> procedimentos: i) Ajuste Direto, com 15adjudicações, totalizando 261.505 Euros; e ii) Concurso Público, com 10 adjudicações e o montante <strong>de</strong>1.671.524 Euros.• Contratos <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> ServiçosComplementarmente, o Despacho nº 438/10-SETF, <strong>de</strong> 10.MAI.2010, divulgado pela DGTF, conforme ofíciocircular6.132, <strong>de</strong> 06.AGO.2010, <strong>de</strong>fine alguns procedimentos a adotar na contratação <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong>serviços <strong>de</strong> valor igual ou superior a 125.000 Euros (sem IVA).São 5 os Contratos <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Serviços que se encontram nas condições previstas no Despacho acimae que se resumem no quadro que segue:15


.<strong>11</strong> Relatório& ContasNacionalida<strong>de</strong> doNIF adjudicatário ou PreçoRefª do Proc Tipo <strong>de</strong> Procedimento Descrição do Procedimento Tipo <strong>de</strong> contrato Nome do Adjudicatário do do lí<strong>de</strong>r do contratualAdjudicado agrupamento (sem IVA)adjudicatário017/20<strong>11</strong> Concurso Público Reformulação <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dados Prestação Thales <strong>Portugal</strong>, S.A. 507775597 Portuguesa 340.698,00€do Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira<strong>de</strong> Serviços005/20<strong>11</strong> Concurso Público Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira - “Projecto Prestação Thales <strong>Portugal</strong>, S.A. 507775597 Portuguesa 195.196,00€<strong>de</strong> Sistema Integrado <strong>de</strong> Telecomu- <strong>de</strong> Serviçosnicações e Informação - Procedimentopara Aquisição <strong>de</strong> Equipamentos<strong>de</strong> Comunicação <strong>de</strong> Voz - CentralTelefónica006/20<strong>11</strong> Concurso Público Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira - “Projecto Prestação Bigsystems 5<strong>11</strong>188455 Portuguesa 191.000,00€<strong>de</strong> Sistema Integrado <strong>de</strong> Telecomu- <strong>de</strong> Serviçosnicações e Informação - Procedimentopara Aquisição <strong>de</strong> EquipamentoCCTV007/20<strong>11</strong> Concurso Público Prestação <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> “Remoção Prestação Tra<strong>de</strong>Target, Lda. 507843533 Portuguesa 139.600,00€<strong>de</strong> Borracha e Medição do Coeficiente <strong>de</strong> Serviços<strong>de</strong> Atrito da Pista do Aeroportoda Ma<strong>de</strong>ira018/20<strong>11</strong> Concurso Público Aquisição <strong>de</strong> uma solução <strong>de</strong> virtua- Prestação Thales <strong>Portugal</strong>, S.A. 507775597 Portuguesa 252.234,00€lização e storage para a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> Serviçosdo Aeroporto da Ma<strong>de</strong>iraOs procedimentos 005, 006, 017 e 018 fazem parte do projeto <strong>de</strong>nominado SITI – Sistema Integrado <strong>de</strong>Telecomunicações e Informação.Estes projetos têm o apoio do FEDER e a sua realização está a ser acompanhada e auditada pelo IDR– Instituto <strong>de</strong> Desenvolvimento Regional da Ma<strong>de</strong>ira.O procedimento 007/20<strong>11</strong>, diz respeito a uma necessida<strong>de</strong> periódica dos <strong>Aeroportos</strong>. Com efeito, afrequência <strong>de</strong> aterragem em <strong>de</strong>terminadas zonas da pista cria um <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> borracha vulcanizada, que énecessário remover, <strong>de</strong> modo a manter as condições <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> travagem das aeronaves.O trabalho a efetuar exige disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> alta tecnologia que a Empresa não dispõeinternamente.Para além <strong>de</strong>stes procedimentos, outros existem mas que se encontram excluídos do âmbito da aplicaçãodo Dec-Lei 18/2008, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Janeiro.Trata-se da atribuição <strong>de</strong> licenciamentos <strong>de</strong> espaços do domínio público aeroportuário que se regulam pelosDLR 7/2000/M, <strong>de</strong> 01 <strong>de</strong> Março e DLR 3/2003/M, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Março.• Agência Nacional <strong>de</strong> Compras Públicas (ANCP)Também, face à dimensão e localização da Empresa, esta não tem recorrido à Agência Nacional <strong>de</strong> ComprasPúblicas (ANCP) nem à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), situação que no futuro po<strong>de</strong>rá vir aconsi<strong>de</strong>rar, se as condições se apresentarem economicamente mais vantajosas.16


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• Aquisição <strong>de</strong> Espaços Publicitários na Comunicação SocialA RCM 47/2010, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Junho, estabelece as regras da contratação pública quanto à aquisição <strong>de</strong> espaçospublicitários na comunicação social ou às regras <strong>de</strong> colocação <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> na imprensa local e regional.Com a criação da base <strong>de</strong> dados GMCS (prevista na Portaria 129/2010, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> Dezembro e do Despacho1.246/20<strong>11</strong>, <strong>de</strong> 07 <strong>de</strong> Janeiro, do Ministro dos Assuntos Parlamentares), a <strong>ANA</strong>M, SA passou, com efeitos a2010, a reportar a informação, nos termos requeridos, no Anexo I ao referido Despacho <strong>de</strong>vendo proce<strong>de</strong>rseao seu reporte durante o mês <strong>de</strong> Abril do ano subsequente.No sentido <strong>de</strong> reportar a informação em publicida<strong>de</strong> institucional, julga-se <strong>de</strong>ver salientar que a <strong>ANA</strong>M, SA,em 20<strong>11</strong>, dispen<strong>de</strong>u com publicida<strong>de</strong> e propaganda, 77.846 Euros, dos quais: i) jornais e revistas → 12.556Euros; ii) feiras e exposições → 3.020 Euros; e, iii) outros meios → 62.270 Euros e foram maioritariamenteincluídos no âmbito do Marketing Aeroportuário e na promoção do <strong>de</strong>stino Ma<strong>de</strong>ira.Acresce que, em 20<strong>11</strong>, a <strong>ANA</strong>M, SA não efetuou quaisquer campanhas publicitárias <strong>de</strong> valor igual ousuperior a 15.000 Euros.No entanto, foram realizadas campanhas publicitárias em órgãos <strong>de</strong> comunicação social, no total <strong>de</strong> 12.155Euros, como indicado no quadro que se segue:Ação Designação OCS NIPC Tipo <strong>de</strong> Meio Montante AnualInserção na Revista Sirius Revista SIRIUS 500787620 Imprensa 8.000,00Anúncio Blandy 200 anos Diário Notícias da Ma<strong>de</strong>ira 5<strong>11</strong>000235 Imprensa 500,00Diversos anúncios Conc. Públicos Diário da República 500792887 Imprensa 3.655,1012.155,10• Transações não ocorridas em condições <strong>de</strong> MercadoNo entendimento da Empresa, não existem transações efetuadas, fora do contexto <strong>de</strong> mercado.• Fornecedores mais RepresentativosOs fornecedores que representam mais <strong>de</strong> 5% dos Fornecimentos e Serviços Externos para um volume <strong>de</strong>faturação superior a 1 milhão <strong>de</strong> Euros (IVA incluído), em 20<strong>11</strong>, evi<strong>de</strong>nciam-se no quadro que segue:Un: mil EurosFornecedor Natureza ValorSECURITAS Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Segurança Privada AM e APS 1.980<strong>ANA</strong>, SA Diversos 1.48517


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• A SECURITAS é a entida<strong>de</strong> contratada para a vigilância, posições <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> passageiros e <strong>de</strong>rastreio da bagagem <strong>de</strong> porão.• A <strong>ANA</strong>, SA, presta um conjunto <strong>de</strong> serviços especializados à <strong>ANA</strong>M, SA <strong>de</strong> natureza regular que seencontram formalizados num Contrato e em três Protocolos.Por cedência temporária encontram-se também <strong>de</strong>slocados na <strong>ANA</strong>M, SA dois quadros superiores da<strong>ANA</strong>, SA.1.5. INDICAÇÃO DO MODELO DE GOVERNO E IDENTIFICAÇÃO DOS ORGÃOS SOCIAIS• Órgãos SociaisA actual composição dos Membros dos Órgãos Sociais da <strong>ANA</strong>M - <strong>Aeroportos</strong> e Navegação Aérea daMa<strong>de</strong>ira, SA, é a seguinte(1):MESA DA ASSEMBLEIA GERALPresi<strong>de</strong>nteAntónio Manuel Rebelo QuintalVice–Presi<strong>de</strong>nte José Clemente Gomes (2)SecretárioMaria Octávia Ferreira CarrilhoCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresi<strong>de</strong>nteVogaisAntónio Guilhermino RodriguesDuarte Nuno Fraga Gomes Ferreira(3)Rui Manuel Sarmento VeresAlda Maria <strong>de</strong> Araújo Ribeiro Borges CoelhoAntónio José do Amaral Ferreira <strong>de</strong> LemosCONSELHO FISCALPresi<strong>de</strong>nteVogaisVogal SuplenteVíctor Hugo Amaro Bettencourt CaladoAna Beatriz <strong>de</strong> Azevedo Dias Antunes FreitasPaulo Guilherme LajosoAntónio Sérgio Correia Mendonça(1) Eleitos para o Triénio 2008-2010, conforme <strong>de</strong>liberação e Assembleia Geral Universal <strong>de</strong> Acionistas, <strong>de</strong> 16.MAI.2008, não tendo a Assembleia Geral<strong>de</strong> <strong>11</strong>.ABR.20<strong>11</strong>, <strong>de</strong>liberado sobre o mandato dos Órgãos Sociais, que terminou em 31.DEZ.2010.(2) Falecido em 24.JUN.2010 e não substituído.(3) Acumula esta função com as <strong>de</strong> Diretor do Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira e Porto Santo.18


.<strong>11</strong> Relatório& ContasREVISOR OFICIAL DE CONTAS (4)ROC Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas Batista da Costa &Associados, SROC, representada por Gabriel Correia AlvesROC Suplente Luís Francisco Pereira RosaCOMISSÃO DE FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES (5)Embora não faça parte dos Órgãos Sociais, a Comissão <strong>de</strong> Fixação <strong>de</strong> Remunerações, é composta por:Presi<strong>de</strong>nteVogaisVítor Manuel Batista AlmeidaCristina Soares <strong>de</strong> VasconcelosMaria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Pereira Moreira Correia <strong>de</strong> Castro• Funções e Responsabilida<strong>de</strong>sA Assembleia Geral representa o órgão máximo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da Socieda<strong>de</strong>, competindo-lhe:a) Deliberar sobre o Relatório <strong>de</strong> Gestão e as Contas do exercício;b) Deliberar sobre a aplicação dos Resultados do Exercício;c) Eleger os titulares dos Órgãos Sociais;d) Deliberar sobre quaisquer alterações dos Estatutos e Aumentos <strong>de</strong> Capital;e) Deliberar sobre as remunerações dos membros dos Corpos Sociais;f) Tratar <strong>de</strong> qualquer outro assunto para que tenha sido convocada.Ao Conselho <strong>de</strong> Administração compete, além da prossecução das atribuições gerais que por Lei lhe sãoconferidas:a) Gerir os negócios sociais e praticar todos os atos e operações relativas ao objeto social, que nãocaibam na competência atribuída a outros órgãos da Socieda<strong>de</strong>;b) Representar a Socieda<strong>de</strong>, em juízo e fora <strong>de</strong>le, ativa e passivamente, po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>sistir, transigir,(4) Conforme Deliberação Social Unânime <strong>de</strong> 29.SET.2008.(5) Nomeação por Deliberação da Assembleia Geral Universal <strong>de</strong> Acionistas <strong>de</strong> 16.MAI.2008.19


.<strong>11</strong> Relatório& Contasconfessar em quaisquer pleitos e, bem assim, comprometer-se em convenções <strong>de</strong> arbitragem;c) Adquirir, ven<strong>de</strong>r ou por outra forma alienar ou onerar direitos;d) Estabelecer a organização técnico-administrativa da socieda<strong>de</strong> e as normas <strong>de</strong> funcionamentointerno, <strong>de</strong>signadamente sobre o pessoal e sua remuneração;e) Constituir mandatários com po<strong>de</strong>res que julgue convenientes, incluindo os <strong>de</strong> subestabelecer.Ao Presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração compete, essencialmente:a) Representar o Conselho em juízo ou fora <strong>de</strong>le;b) Coor<strong>de</strong>nar a ativida<strong>de</strong> do Conselho <strong>de</strong> Administração e convocar e dirigir as respetivas reuniões;c) Exercer o voto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>;d) Zelar pela correta execução das <strong>de</strong>liberações do Conselho <strong>de</strong> Administração.Nas suas faltas ou impedimento, o presi<strong>de</strong>nte será substituído pelo vogal do conselho <strong>de</strong> administração porsi <strong>de</strong>signado para o efeito.O Conselho <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong>ve reunir, pelo menos, uma vez por mês e sempre que seja convocado pelopresi<strong>de</strong>nte, por sua iniciativa ou a pedido <strong>de</strong> dois administradores.Em relação ao Conselho <strong>de</strong> Administração indicam-se, seguidamente, os principais elementos curriculares.António Guilhermino Rodrigues (Eng.) – Presi<strong>de</strong>nteFormação:• Engenharia Eletrotécnica – Ramo <strong>de</strong> Energia e Sistema <strong>de</strong> Potência do Instituto SuperiorTécnico.Activida<strong>de</strong> Profissional:• Administrador do Metropolitano <strong>de</strong> Lisboa, EP (2001/2003).• Secretário <strong>de</strong> Estado dos Transportes, nos XIII e XIV Governos Constitucionais (1996/2001).• Assessor do Primeiro Ministro Eng. António Guterres para as áreas <strong>de</strong> Transporte e Or<strong>de</strong>namentodo Território (1995/1996).• Assessor do Conselho <strong>de</strong> Gerência do Metropolitano <strong>de</strong> Lisboa para a área do Planeamento e20


.<strong>11</strong> Relatório& ContasProjetos <strong>de</strong> Inovação Tecnológica (1994/1995).• Diretor Geral da Empresa Transroda – Empresa <strong>de</strong> Transporte <strong>de</strong> Mercadorias na área daDistribuição e Sistemas Integrados <strong>de</strong> Logística (1993).• Diretor do Departamento <strong>de</strong> Infraestruturas Viárias da Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa(1990/1992).• Responsável pelo Gabinete <strong>de</strong> Estudos e Planeamento da Exploração da Carris.• Coor<strong>de</strong>nador do Grupo <strong>de</strong> Transportes da Or<strong>de</strong>m dos Engenheiros.Duarte Nuno Fraga Gomes Ferreira (Eng.) – VogalFormação:• Licenciado em Engenharia Civil, pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia da Universida<strong>de</strong> do Porto.• Frequência com aproveitamento do XXVIII Programa <strong>de</strong> Alta Direcção <strong>de</strong> Empresas da AESE– Associação <strong>de</strong> Estudos Superiores <strong>de</strong> Empresa, nos anos <strong>de</strong> 2002-2003.Habilitações Profissionais:• Inscrito na Or<strong>de</strong>m dos Engenheiros sob o número 15575 com a qualificação <strong>de</strong> MembroSénior.Activida<strong>de</strong> Profissional Recente:• Des<strong>de</strong> 1991: requisitado na empresa <strong>ANA</strong>M - <strong>Aeroportos</strong> e Navegação Aérea da Ma<strong>de</strong>ira, SAon<strong>de</strong> tem <strong>de</strong>sempenhado as funções <strong>de</strong> vogal no Conselho <strong>de</strong> Administração da Empresa emrepresentação do acionista Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 20.NOV.1998.Outras:• Agraciado por Sua Excelência o Presi<strong>de</strong>nte da República com o grau <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> Oficial daOr<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Mérito, em 15 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2000.• Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Geral da Secção Regional da Ma<strong>de</strong>ira da Or<strong>de</strong>m dos Engenheiros<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007.Rui Manuel Sarmento Veres (Dr.) – VogalFormação:• Licenciatura em Economia, pelo Instituto Superior <strong>de</strong> Ciências Económicas e Financeiras,Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa.• Curso <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Transportes e Transporte Aéreo, do Massachussets Institute ofTechnology.Activida<strong>de</strong> Profissional:• Administrador da <strong>ANA</strong> – <strong>Aeroportos</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, SA <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Janeiro 1999.• Administrador da NAER – Novo Aeroporto, SA <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1998.• Administrador da <strong>ANA</strong>M - <strong>Aeroportos</strong> e Navegação Aérea da Ma<strong>de</strong>ira, SA <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Maio <strong>de</strong>2005.21


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• Integrou o Conselho Fiscal da TAP, e a Administração da SESI.• Foi Diretor dos Serviços <strong>de</strong> Transporte Aéreo da DGAC – Direcção Geral <strong>de</strong> Aviação Civil (1982-1992) e Subdiretor Geral da DGAC (1992-1997).• Diretor-Geral da Aviação Civil (interinamente e em substituição, <strong>de</strong> 1995 a 1996) e Presi<strong>de</strong>nteda Comissão Sectorial do Transporte Aéreo, e Assessor do Gabinete do Secretário <strong>de</strong> Estadodos Transportes (1997/1998).Alda Maria <strong>de</strong> Araújo Ribeiro Borges Coelho (Dra.) – VogalFormação:• Licenciatura em Economia, pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Economia da Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa.• Curso Retail Executive Program – CORNELL University – E.U.A.Activida<strong>de</strong> Profissional:• Administradora da <strong>ANA</strong> - <strong>Aeroportos</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, SA <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Abril 2008.• Diretora Geral na Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa <strong>de</strong> Rugby <strong>de</strong> 2007 a 2008.• Diretora Desenvolvimento na Jerónimo Martins <strong>de</strong> 2002 a 2006.• Diretora Sourcing na Gestiretalho <strong>de</strong> 2001 a 2002.• Category Manager na Gestiretalho <strong>de</strong> 2000 a 2001.• Coor<strong>de</strong>nadora do Projeto na Feira Nova Hipermercados <strong>de</strong> 1998 a 2000.António José do Amaral Ferreira <strong>de</strong> Lemos (Dr.) – VogalFormação:• Licenciatura em Finanças pelo ISCEF – Instituto Superior <strong>de</strong> Ciências Económicas e Financeirasda Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa.• Curso <strong>de</strong> Política, Planeamento e Programação <strong>de</strong> Transportes do EDI – Economic DevelopmentInstitute do World Bank (Fellow <strong>de</strong> World Bank).Activida<strong>de</strong> Profissional:• Vice-Presi<strong>de</strong>nte da <strong>ANA</strong> – <strong>Aeroportos</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, SA (2002-2005).• Administrador da <strong>ANA</strong> – <strong>Aeroportos</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> (2004/2008).• Administrador da CP (2000-2002).• Administrador do Instituto Marítimo Portuário (1998/2000).• Presi<strong>de</strong>nte do Instituto Nacional <strong>de</strong> Pilotagem dos Portos (1997/1998).• Administrador do Porto <strong>de</strong> Sines (1996/1997).• Administrador da Soponata (1991/1994).• Administrador dos CTT/TLP (1986/1989).• Administrador da Carris (1984/1986). Administrador da CTM (1981-1984), Diretor dos Serviços<strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação e Controlo <strong>de</strong> Programas do GEP/TC (1976/1981).22


.<strong>11</strong> Relatório& ContasOutras:• Comendador da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Mérito (2006).• Vereador da Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa (1989/1993).• Deputado Municipal <strong>de</strong> Lisboa (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004/2008 e 2008/2013).• Deputado Metropolitano <strong>de</strong> Lisboa (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009).• Secretário <strong>de</strong> Estado Adjunto do Ministro da Habitação, Obras Públicas e Transportes(1981/1983).• Professor convidado do ISCTE (1976/1989) – Contabilida<strong>de</strong> Analítica e Gestão Orçamental.• Presi<strong>de</strong>nte da Gravura – Socieda<strong>de</strong> Cooperativa <strong>de</strong> Gravadores.O Conselho <strong>de</strong> Administração, rege-se pelo Regimento do Conselho <strong>de</strong> Administração, aprovado em12.NOV.2009 e reúne-se duas vezes por mês, tendo em 20<strong>11</strong> realizado 27 reuniões, constando as suas<strong>de</strong>cisões em atas próprias.O Conselho Fiscal e o Revisor Oficial <strong>de</strong> Contas ou Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas têm ospo<strong>de</strong>res e <strong>de</strong>veres atribuídos pelo Código das Socieda<strong>de</strong>s Comerciais, <strong>de</strong>signadamente, emitir parecer acercado orçamento, do balanço, do inventário e das contas anuais.O Conselho Fiscal <strong>de</strong>verá enviar trimestralmente aos acionistas, com pelo menos 10% <strong>de</strong> participaçãono Capital, um relatório sucinto que refira os controlos efetuados, as anomalias <strong>de</strong>tetadas e os principais<strong>de</strong>svios face às previsões.A Socieda<strong>de</strong> está sujeita à fiscalização do Tribunal <strong>de</strong> Contas nas operações que estiverem direta ouindiretamente relacionadas com a construção e ampliação dos <strong>Aeroportos</strong> da Região Autónoma daMa<strong>de</strong>ira.• Comissões EspecializadasUm vogal do Conselho <strong>de</strong> Administração exerce, simultaneamente, as funções <strong>de</strong> Diretor dos <strong>Aeroportos</strong> daMa<strong>de</strong>ira e <strong>de</strong> Porto Santo.(6)• Comissão <strong>de</strong> Ética e CondutaPor <strong>de</strong>liberação do Conselho <strong>de</strong> Administração, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2009, foi nomeada aComissão <strong>de</strong> Ética e Conduta, constituída por um presi<strong>de</strong>nte e dois vogais.Nos termos do Regulamento da Comissão <strong>de</strong> Ética e Conduta, o seu mandato é coinci<strong>de</strong>ntecom o do Conselho <strong>de</strong> Administração que a nomeou.(6) Esta acumulação verifica-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 06.FEV.2004.23


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• Auditor ExternoA <strong>ANA</strong>M, SA tem um contrato <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços profissionais <strong>de</strong> auditoria com aPriceWaterhouseCoopers (PWC). O contrato, por um período inicial <strong>de</strong> 3 anos foi, em 29 <strong>de</strong> Junho<strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, prorrogado por mais um ano (para o exercício <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>). A PWC acompanha a ativida<strong>de</strong> daEmpresa e sempre que enten<strong>de</strong> relevante comunica as eventuais <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong>tetadas na estrutura efuncionamento do controlo interno.Durante o ano <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, a Empresa pagou à PWC, pela prestação <strong>de</strong> serviços e <strong>de</strong>spesas diversas, omontante <strong>de</strong> 15.500 Euros, conforme <strong>de</strong>talhe, que compara com os valores <strong>de</strong> 2010, <strong>de</strong> 17.522 Euros.Ano Honorários Outros Trabalhos Especializados Despesas Diversas Total2010 10.500 5.450 1.572 17.52220<strong>11</strong> 10.500 4.750 250 15.500Aos honorários auferidos pelo Auditor Externo não foi, em 20<strong>11</strong>, aplicado o art. 22 da Lei 55-A/2010 (LeiOE 20<strong>11</strong>), mantendo-se o mesmo valor do ano anterior.1.6. REMUNERAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAISPor ata da Comissão <strong>de</strong> Fixação <strong>de</strong> Remunerações, <strong>de</strong> 12.JUL.2009, foram fixadas as novas Remuneraçõesdos Órgãos Sociais.Em Junho 2010 as remunerações dos membros do Conselho <strong>de</strong> Administração foram reduzidas em 5%, porforça da Lei 12-A/2010, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Junho, a que se seguiu em 20<strong>11</strong> uma redução <strong>de</strong> 10%, conforme art. 19da lei 55-A/2010, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro.Julga-se, entretanto, ser <strong>de</strong> referir que o Conselho <strong>de</strong> Administração e o Conselho Fiscal suportam,individualmente, a custas próprias, os prémios <strong>de</strong> seguro <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Civil, a que se encontramobrigados, pelo que as remunerações indicadas nos quadros correspon<strong>de</strong>ntes à remuneração <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>,<strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>duzidas dos valores <strong>de</strong>stes seguros, no montante individual <strong>de</strong> 700 Euros/ano, relativos aosdois elementos do Conselho <strong>de</strong> Administração remunerados pela <strong>ANA</strong>M, SA, aos três elementos do ConselhoFiscal e, ainda, aos três elementos do Conselho <strong>de</strong> Administração que não são remunerados pela Empresa.Mesa da Assembleia GeralDurante o ano <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, realizou-se uma Assembleia Geral Universal, em <strong>11</strong> <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> e os seusmembros foram remunerados através <strong>de</strong> senhas <strong>de</strong> presença, como se indica:24


.<strong>11</strong> Relatório& ContasUn: EurosAno Presi<strong>de</strong>nte Vice-Presi<strong>de</strong>nte Secretário Total20<strong>11</strong> 500,00 a) 315,00 815,00a) O Vice-Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Geral faleceu em 24.JUN.2010 e não foi substituído.A senha <strong>de</strong> presença paga ao Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Geral não sofreu qualquer redução prevista no art. 19 da Lei 55-A/2010, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro, enquanto que a do Secretário foi, nos termos do mesmo diploma, reduzida em 10%.Conselho <strong>de</strong> AdministraçãoAs remunerações auferidas pelos membros do Conselho <strong>de</strong> Administração, por parte da <strong>ANA</strong>M, SA,incluindo: i) Outras Regalias e Compensações; ii) Encargos com Benefícios Sociais; iii) Parque Automóvel; eiv) Informações Adicionais, apresentam-se no quadro que segue:1. Importa, a propósito, salientar que, não são pagas aos membros do Conselho <strong>de</strong> Administraçãoquaisquer verbas a título <strong>de</strong> remuneração variável, <strong>de</strong> acordo com as orientações do art. 172 da Lei3-B/2010, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Abril.2. Também os membros do Conselho <strong>de</strong> Administração indicados no quadro que segue, em P(1), V(3)e V(4), exercem funções executivas na <strong>ANA</strong>, SA e não auferem da <strong>ANA</strong>M, SA qualquer tipo <strong>de</strong>remuneração.25


.<strong>11</strong> Relatório& ContasUn: EurosRemunerações 20<strong>11</strong> P(1) V (2) V(3) V(4) V(5)A. Rodrigues D. Ferreira R. Veres A. Coelho A. Lemos1. Remuneração1.1. Remuneração base Anual/Fixa (€) 87.588 87.5881.2. Redução <strong>de</strong>corrente da Lei 12-A/2010 (€) 4.379 4.3791.3. Redução <strong>de</strong>corrente da Lei 55-A/2010 (€) 8.321 8.32<strong>11</strong>.4. Remuneração Anual Efetiva (1.1.-1.2.-1.3.) (€) 74.888 74.8882. Outras regalias e compensações2.1. Plafond Anual em comunicações móveis (€) 1.000 1.0002.2. Gastos na utilização <strong>de</strong> comunicações móveis (€) 224 5642.3. Subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação (€) 395 1.939 450 485 1.4212.4. Subsídio <strong>de</strong> refeição (€) 2.150 2.1322.5. Outras (i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong>talhadamente) (€) (Remição <strong>de</strong> Férias n/ gozadas) 4.195 4.1953. Encargos com benefícios sociais3.1. Regime <strong>de</strong> Protecção Social (€) 5.642 5.9753.2. Seguros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (€) 499 4993.4. Seguro <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes Pessoais (€) 26 263.5. Outros (i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong>talhadamente) (€) (Seg. Aci<strong>de</strong>ntes Trabalho) 355 3554. Parque Automóvel4.1. Marca Merce<strong>de</strong>s BMW4.2. Mo<strong>de</strong>lo C220 5254.3. Matrícula 74-55-ZG 88-BE-524.4. Modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Utilização (Aquisição/ALD/Renting/Leasing) Leasing Leasing4.5. Valor <strong>de</strong> Referência da viatura nova (€) 49.3<strong>11</strong> 54.4714.6. Ano Início 2005 20064.7. Ano Termo 2009 20094.<strong>11</strong>. Combustível gasto com a viatura (€) 3.322 2.4834.12. Plafond anual Combustível atribuído (€) 3.500 3.5004.13. Outros (i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong>talhadamente) (€)5. Informações Adicionais5.1. Opção pela remuneração do lugar <strong>de</strong> origem (s/n) Não Não5.2. Remuneração Ilíquida Anual pelo lugar <strong>de</strong> origem (€)5.3. Regime <strong>de</strong> Proteção social CGA/ADSE CGA/ADSE5.3.1. Segurança social (s/n) Sim Sim5.3.2. Outro (indicar)5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) Não Não5.5. Outros (i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong>talhadamente) Cartão Crédito 175 5.107 1.587Legenda: P - Presi<strong>de</strong>nte; V - Vogal Executivo; V.N.E - Vogal não Executivo.Ainda em relação ao quadro anterior, julgamos <strong>de</strong>ver salientar:a) Os valores do ponto 2.5 correspon<strong>de</strong>m à remição <strong>de</strong> 15 dias <strong>de</strong> férias não gozadas, nos termos dosart. 237 e 238 do Código do Trabalho, equivalente a 5 dias por ano (2008, 2009 e 2010).b) A viatura <strong>de</strong> V(2) foi adquirida em regime <strong>de</strong> Leasing por 4 anos, com uma renda média mensal <strong>de</strong>1.021 Euros, tendo a <strong>ANA</strong>M, SA em Janeiro <strong>de</strong> 2009, exercido a opção <strong>de</strong> compra, pelo valor residual<strong>de</strong> 4.975 Euros. Esta viatura, à data, tem cerca <strong>de</strong> 220 mil quilómetros.b) A viatura (V5) foi adquirida pela <strong>ANA</strong>, SA em regime <strong>de</strong> Leasing por 3 anos, tendo a respetiva rendasido transferida para a <strong>ANA</strong>M, SA no início do mandato (Maio <strong>de</strong> 2008) a qual, no termo do contrato<strong>de</strong> Leasing, exerceu a opção <strong>de</strong> compra pelo montante <strong>de</strong> 13.618 Euros. Entre Junho <strong>de</strong> 2008 e atransferência do leasing, a <strong>ANA</strong>M, SA pagou à <strong>ANA</strong>, SA, rendas médias mensais <strong>de</strong> 1.330 Euros. Estaviatura, tem à data cerca 130 mil quilómetros.26


.<strong>11</strong> Relatório& ContasConselho FiscalOs membros do Conselho Fiscal foram nomeados na Assembleia Geral <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2008.As remunerações e encargos com o Conselho Fiscal em 20<strong>11</strong> foram as seguintes:NaturezaP V(1) V(2)V. Calado A. Freitas P. LajosoUn: EurosTotalRemuneração 17.741 13.306 13.306 44.353Seg. Social (20,3%) 3.601 -- -- 3.601Seg. Saú<strong>de</strong> 379 499 499 1.377Ac. Trabalho e Pessoais 81 61 61 203Em 20<strong>11</strong>, as remunerações do Conselho Fiscal foram reduzidas em 10%, nos termos do art. 19 da Lei 55-A/2010, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro (OGE 20<strong>11</strong>).Revisor Oficial <strong>de</strong> ContasAs remunerações atribuídas à Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas, Batista da Costa & Associados,SROC, nos termos do Contrato <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Revisão Legal <strong>de</strong> Contas, foram <strong>de</strong> 15.264 Euros,para o ano <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, como se indica:Un: EurosAno Honorários Desp. Diversas Total20<strong>11</strong> 15.264,00 0,00 15.264,00Lembra-se que, nos termos da alínea b) do nº 1 do art. 22 da Lei 55-A/2010, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro, o valor docontrato <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços, celebrado com a referida socieda<strong>de</strong>, foi, em 20<strong>11</strong>, reduzido em 10%.27


.<strong>11</strong> Relatório& Contas1.7. ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA, SOCIAL E AMBIENTAL• Estratégias AdotadasA Empresa encontra-se alavancada, como anteriormente já se referiu, em quatro objetivos <strong>de</strong> naturezaestratégica:• Crescimento sustentado;• Eficiência operacional;• Valorização dos colaboradores;• Equilíbrio da Estrutura Financeira.O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les, encontra-se adiante explicitado: Capítulo II – Relatório <strong>de</strong> Gestãoponto 6.• Grau <strong>de</strong> Cumprimento das Metas FixadasOs objetivos fixados no Contrato <strong>de</strong> Gestão do Conselho <strong>de</strong> Administração, para 2010 e para o mandato2008-2010, foram objeto <strong>de</strong> avaliação na Assembleia Geral Universal <strong>de</strong> Acionistas da <strong>ANA</strong>M – <strong>Aeroportos</strong>e Navegação Aérea da Ma<strong>de</strong>ira, SA <strong>de</strong> <strong>11</strong> <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, conforme agenda <strong>de</strong> trabalhos, pontos 3 e 4.Esta apreciação teve por base a Avaliação do Grau <strong>de</strong> Consecução dos Objetivos <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> 2010 aosGestores, nos termos do art. 6, nº 3 do Dec-Lei 71/2007, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Março e, igualmente, do mandato 2008-2010, tendo a Assembleia, por proposta do Acionista Estado <strong>de</strong>liberado: i) Em relação ao exercício <strong>de</strong> 2010– tomado boa nota do nível <strong>de</strong> cumprimento dos objetivos atingidos pelo Conselho <strong>de</strong> Administração,<strong>de</strong>liberando, face ao art. 29 da Lei 55-A/2010, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro, a não atribuição <strong>de</strong> qualquer componentevariável <strong>de</strong> remuneração em 20<strong>11</strong>; ii) Em relação ao mandato 2008-2010, o Acionista Estado <strong>de</strong>clarou nãoestarem reunidas as condições objetivas para <strong>de</strong>liberar sobre este ponto da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos, na medidaem que apenas foram fixados objetivos anuais, tendo ambas as propostas sido votadas favoravelmente eaprovadas por unanimida<strong>de</strong>.Ainda no ponto 12 da Agenda da já referida Assembleia Geral sobre “Proce<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>finição dos objetivos<strong>de</strong> Gestão para os Gestores para o mandato 20<strong>11</strong>-2013, nos termos e para os efeitos do art. 18 <strong>de</strong> Dec-Lei 71/2007, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Março,” foi pelo representante do Acionista Estado proferido a seguinte <strong>de</strong>claração<strong>de</strong> voto “consi<strong>de</strong>rando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição dos objetivos <strong>de</strong> gestão para o mandato 20<strong>11</strong>-2013,<strong>de</strong>verão os membros do Conselho <strong>de</strong> Administração a eleger, para o triénio em apreço, articular com astutelas financeiras e sectorial, sendo a matéria objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação, assim que os mesmos forem <strong>de</strong>finidos.Esta <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>verá contemplar os objetivos <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos operacionais e <strong>de</strong> controlo do nível <strong>de</strong>dívida, conforme previsto no OE-20<strong>11</strong> e no PEC 2010-2013.”28


.<strong>11</strong> Relatório& ContasEntretanto, e dado o pedido <strong>de</strong> esclarecimento do Acionista Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira sobre se a matériaem apreço é <strong>de</strong> competência da Assembleia Geral da Empresa e na ausência <strong>de</strong> resposta o Acionista RAMcondicionou o seu voto favorável à prestação daqueles esclarecimentos no que foi seguido pelo Acionista<strong>ANA</strong>, SA.Em face ao acima exposto e para o mandato 20<strong>11</strong>-2013 não se encontram <strong>de</strong>finidos objetivos <strong>de</strong> gestão.No entanto, apesar do mandato ter terminado em 2010, os membros dos Órgãos Sociais mantêm-se emfunções prosseguindo no exercício das mesmas e dando cumprimento às múltiplas orientações estabelecidaspelas tutelas financeiras e sectoriais para as empresas do SEE.• Políticas Prosseguidas com vista a Garantir a EficiênciaAten<strong>de</strong>ndo aos quatro objetivos estratégicos macroeconómicos, apresentou-se no ponto 1.1 Missão,Objetivos e Políticas da Empresa, síntese daquelas que a <strong>ANA</strong>M, SA enten<strong>de</strong> <strong>de</strong>ver dar mais <strong>de</strong>staque.Um maior <strong>de</strong>senvolvimento encontra-se no ponto 6. do Capítulo II – Estratégia Empresarial.• I<strong>de</strong>ntificação dos Principais RiscosA Empresa encomendou um primeiro trabalho à PWC, cujos resultados em 2010 foram avaliados e objeto<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> ações que permitissem o <strong>de</strong>senvolvimento e implementação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> gestão<strong>de</strong> risco, <strong>de</strong>vidamente estruturado e monitorizável.Implicando o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recurso a apoio externo, com custos acrescidos,num período <strong>de</strong> forte contenção, a <strong>ANA</strong>M, SA optou por uma solução alternativa sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>recurso a meios externos.Com efeito, no quadro do Contrato <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Serviços com a <strong>ANA</strong>, SA, seu maior acionista eaproveitando o mo<strong>de</strong>lo que está a ser <strong>de</strong>senvolvido por esta empresa foi acordado com a a <strong>ANA</strong>, SA atransferência do Sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Risco para a <strong>ANA</strong>M, SA procurando que o mesmo seja adaptadopara as situações específicas.Os trabalhos encontram-se em <strong>de</strong>senvolvimento, cobrindo a Matriz Principal do Risco como riscosprioritários:• Risco Financeiro e <strong>de</strong> Liqui<strong>de</strong>z ➝ Risco associado ao aumento não expectável do custo dadívida, por aumento da taxa <strong>de</strong> referência ou spread, e risco associado à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tesouraria para o cumprimento <strong>de</strong> obrigações;• Risco <strong>de</strong> Negócio ➝ Risco associado a variação não expectável dos diferentes “drivers” <strong>de</strong>negócio com impacto em termos <strong>de</strong> custos e Proveitos;29


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• Risco da Concessão ➝ Risco associado à manutenção do atual Contrato <strong>de</strong> Concessão;• Risco <strong>de</strong> Privatização da <strong>ANA</strong>, SA ➝ Risco associado à ativida<strong>de</strong> da <strong>ANA</strong>M, SA face aocenário <strong>de</strong> privatização da <strong>ANA</strong>, SA;• Risco <strong>de</strong> Crédito ➝ Risco associado ao não cumprimento do pagamento dos montantes emdívida por parte dos principais clientes da <strong>ANA</strong>M, SA.Em paralelo, a <strong>ANA</strong>M, SA elaborou em 2009, o Plano <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Riscos <strong>de</strong> Gestão, incluindo Riscos<strong>de</strong> Corrupção e Infrações Conexas que atualizou em 2010, tendo, nos termos do <strong>de</strong>spacho do Sr. Ministrodas Obras Públicas, Transportes e Comunicações <strong>de</strong> 06.NOV.2009 preparado, igualmente, com o apoio daDAO/<strong>ANA</strong>, o Relatório Anual <strong>de</strong> Execução.Entretanto, na sua reunião <strong>de</strong> 06.JAN.20<strong>11</strong> o Conselho <strong>de</strong> Administração aprovou os documentos atrásreferidos e <strong>de</strong>liberou pelo seu envio ao Conselho Nacional da Corrupção e ao IGOPTC. Os referidosdocumentos encontram-se acessíveis, para consulta, no website: www.anam.pt .Atualmente, a <strong>ANA</strong>M, SA prepara o Relatório Anual <strong>de</strong> Execução <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>.• Formas <strong>de</strong> Cumprimento dos Princípios inerentes a uma a<strong>de</strong>quada Gestão EmpresarialCom a criação da <strong>ANA</strong>, EP, em 1979, o Estado Português conferiu um enquadramento <strong>de</strong> gestão empresarialàs infraestruturas aeroportuárias em mol<strong>de</strong>s, à data, inovadores, unanimemente consensualizados nasinstâncias da comunida<strong>de</strong> aeroportuária europeia.A <strong>ANA</strong>M, SA, empresa maioritariamente participada pela <strong>ANA</strong>, SA, foi criada pelo Dec-Lei nº 453/91, comobjeto principal o estudo, planeamento, construção e exploração dos aeroportos (Funchal e Porto Santo)da RAM. Para a prossecução dos objetivos da <strong>ANA</strong>M, SA, o Estado reconhece neste mesmo diploma aimprescindibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma estreita ligação com a <strong>ANA</strong>, SA, entida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>tém a capacida<strong>de</strong> técnica eexperiência na área dos aeroportos a nível nacional.Deste modo, em 1993, o Governo Regional da Ma<strong>de</strong>ira - como Conce<strong>de</strong>nte – celebra com a <strong>ANA</strong>M, SA, oContrato <strong>de</strong> Concessão, com o direito <strong>de</strong> promover e executar as obras <strong>de</strong> Ampliação do Aeroporto <strong>de</strong> SantaCatarina, hoje Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das infraestruturas, na RAM e ainda executar, sobsua responsabilida<strong>de</strong>, as ativida<strong>de</strong>s em regime <strong>de</strong> serviço público, sendo os montantes das taxas fixadas peloGoverno Regional. Acresce que, em conformida<strong>de</strong> com a Cláusula 25ª do Contrato <strong>de</strong> Concessão, a <strong>ANA</strong>M,SA foi, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, autorizada a contratar à <strong>ANA</strong>, EP a prestação dos Serviços <strong>de</strong> Direção, Estruturação eCoor<strong>de</strong>nação da Gestão e Exploração dos <strong>Aeroportos</strong>, <strong>de</strong> que a primeira é concessionária, assim como asações para o respetivo <strong>de</strong>senvolvimento, excluindo as obras <strong>de</strong> ampliação do Aeroporto <strong>de</strong> Santa Catarina,situação que se manteve até 2004.Assim e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua constituição, a <strong>ANA</strong>M, SA realizou investimentos em infraestruturas aeroportuárias naRAM que, totalizam à data, cerca <strong>de</strong> 585 milhões <strong>de</strong> Euros.30


.<strong>11</strong> Relatório& ContasO mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> financiamento então adotado é consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong>sajustado, quer quanto à natureza estrutural dosseus fundos: cobertos por Capitais Alheios, Fundos Comunitários, e Capital Acionista, quer no que respeitaa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> libertação <strong>de</strong> Cash-Flows compatíveis com a recuperação dos vultuosos investimentosrealizados.Toda esta situação contribui para o endividamento da Empresa que, não obstante ter assegurado nosúltimos 5 anos, uma redução em cerca <strong>de</strong> 30%, enfrentará para os próximos anos necessida<strong>de</strong>s para asquais não dispõe <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z suficiente.No final <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> o endividamento da Empresa totaliza cerca <strong>de</strong> 203,5 milhões <strong>de</strong> Euros a médio elongo prazos repartido por empréstimos(7): i) um empréstimo bancário junto do BEI; ii) dois empréstimosSchuldschein contraídos no ABN Amro Bank e no BGB; iii) um empréstimo Obrigacionista junto do BNPParibas, portanto, todos na or<strong>de</strong>m externa.A situação financeira da <strong>ANA</strong>M, SA continua caracterizada por uma estrutura <strong>de</strong> balanço com um pesosignificativo <strong>de</strong> ativo fixo, fruto dos investimentos realizados nos últimos anos com recurso a dívida financeirae subsídios comunitários. O Capital Próprio é <strong>de</strong> 7.554 mil Euros e a Tesouraria Líquida <strong>de</strong> 40.208 milEuros.O Cash-Flow Operacional da Empresa, insuficiente para cobrir as necessida<strong>de</strong>s futuras <strong>de</strong> exploração e<strong>de</strong>senvolvimento foi, em 20<strong>11</strong>, <strong>de</strong> 10.162 mil Euros, perspetivando-se a sua evolução favorável (conformeproposta <strong>de</strong> revisão do Contrato <strong>de</strong> Concessão, <strong>de</strong>signadamente com a extensão do seu prazo).Os Capitais Próprios <strong>de</strong>verão ser incrementados para cumprimento do estabelecido no art. 35º do Códigodas Socieda<strong>de</strong>s Comerciais, <strong>de</strong>vendo, para o efeito, o Conselho <strong>de</strong> Administração apresentar uma propostapara discussão na próxima Assembleia Geral.Entretanto, a <strong>ANA</strong>M, SA, pelo seu <strong>de</strong>sempenho, pelo forte contributo para o <strong>de</strong>senvolvimento económicoda RAM e pela qualida<strong>de</strong> dos seus Acionistas, prosseguirá <strong>de</strong>senvolvimentos tecnológicos, assegurando umelevado grau <strong>de</strong> segurança (Security e Safety), sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista elevados padrões <strong>de</strong> satisfação dos seusClientes.A <strong>ANA</strong>M, SA nunca foi objeto <strong>de</strong> subsidiação à exploração por parte do Orçamento <strong>de</strong> Estado e doOrçamento Regional da RAM, pese embora o carácter sócio-económico do Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo,estruturalmente <strong>de</strong>ficitário (cerca <strong>de</strong> 3,5 milhões <strong>de</strong> Euros negativos como média anual, nos últimos cincoanos), constituindo uma objetiva obrigação da prestação <strong>de</strong> serviço público.• Responsabilida<strong>de</strong> SocialA <strong>ANA</strong>M, SA acredita no <strong>de</strong>senvolvimento sustentado da sua ativida<strong>de</strong>, enquanto operador aeroportuário,assegurando o equilíbrio entre os benefícios económicos, responsabilida<strong>de</strong>s ambientais e sociais. Esta é aforma como a <strong>ANA</strong>M, SA <strong>de</strong>monstra a sua responsabilida<strong>de</strong> para com as pessoas, o meio ambiente e asgerações futuras.(7) Vi<strong>de</strong> Nota: 16.2 - Termos e Prazos <strong>de</strong> Reembolso dos Empréstimos.31


.<strong>11</strong> Relatório& ContasA <strong>ANA</strong>M, SA reconhece as pessoas como o seu ativo mais importante e, por isso, implementa práticas quevisam o cumprimento dos direitos humanos, direitos laborais, garantindo as condições <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong>, saú<strong>de</strong>e segurança no <strong>de</strong>senvolvimento da sua ativida<strong>de</strong>.A Empresa já <strong>de</strong> há muito pratica uma política <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> entre sexos, cumprindo integralmente toda alegislação aplicável, nomeadamente, sobre licenças <strong>de</strong> parto, parentalida<strong>de</strong>, assistências e apoio à família,permitindo, nos termos do AE da <strong>ANA</strong>M, SA a possibilida<strong>de</strong> da licença <strong>de</strong> um dia por mês, para assuntospessoais e familiares.Também, as férias são sempre marcadas com o acordo do trabalhador, não são impostas horas extraordinárias,muitos dos trabalhadores têm isenção <strong>de</strong> horário e existe um horário <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> 7,2 horas por dia, o quepermite beneficiar <strong>de</strong> algumas “dispensas” ao longo do ano e, assim, facilitar uma maior compatibilida<strong>de</strong>entre as obrigações pessoais e profissionais.A <strong>ANA</strong>M, SA reconhece as suas responsabilida<strong>de</strong>s sociais através do apoio e participação em programas nascomunida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> se encontra inserida e, em conjunto com os seus parceiros, dinamiza projetos alinhadoscom os seus valores.A <strong>ANA</strong>M, SA tem como objetivo consolidar e operacionalizar a sua Política <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social,alinhando-a não só com a estratégia global da organização, mas também direcionando-a para os seusStakehol<strong>de</strong>rs.A <strong>ANA</strong>M, SA reconhece como <strong>de</strong> importância vital a preservação do ambiente e, por isso, tem implementadomecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> aspetos e impactos ambientais e respetivas medidas <strong>de</strong> prevenção e controlo,<strong>de</strong>stacando-se, entre outras, ações para:• Monitorização do ruído;• Redução dos consumos energéticos;• Gestão voluntária do carbono.Importa, ainda, salientar que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua criação, a Empresa tem tido uma preocupação social com omeio envolvente, procurando, <strong>de</strong>ntro das suas possibilida<strong>de</strong>s, contribuir, <strong>de</strong> forma ativa e sem qualquerdiscriminação, para o <strong>de</strong>senvolvimento dos trabalhadores e para o progresso da Região Autónoma daMa<strong>de</strong>ira e do País.Com efeito, no ano <strong>de</strong> 2009 foi efetuada a adaptação do Sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> para a normaNP EN ISO 9001:2008.Ainda em 2009 <strong>de</strong>u-se início à autoavaliação segundo o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Excelência <strong>de</strong> EFQM – Fundação Europeiapara a Gestão da Qualida<strong>de</strong>, tendo a <strong>ANA</strong>M, SA, em 2010, obtido, por parte da APQ – Associação Portuguesa<strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>, o reconhecimento “Committed to Excelence”, que coloca a nossa empresa na restrita listadas empresas internacionais reconhecidas pela EFQM, como tendo estabelecido um compromisso claro einequívoco com uma gestão <strong>de</strong> excelência e igualmente obtido, em 2010, o Certificado “Service QualityAssured”, através da ACI (Airports Council Internacional).32


.<strong>11</strong> Relatório& ContasTambém, em 20<strong>11</strong>, <strong>de</strong>u início à implementação <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> auditorias <strong>de</strong> segurança e higiene alimentar,tendo obtido no culminar <strong>de</strong>ste processo a marca “Hygiene Monitored” da SGS, nossa parceira nesteprojeto.• Desenvolvimento SustentávelNo ano <strong>de</strong> 2010 foi realizado um estudo <strong>de</strong> medição dos impactos do Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira sobre acomunida<strong>de</strong> envolvente, através <strong>de</strong> um inquérito à população resi<strong>de</strong>nte nas freguesias próximas doAeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, com conclusões positivas e resultados satisfatórios.A <strong>ANA</strong>M, SA prossegue os objetivos centrais <strong>de</strong> crescimento sustentado, eficiência operacional e<strong>de</strong>senvolvimento dos colaboradores.As linhas <strong>de</strong> orientação consistem no estímulo ao crescimento proactivo, a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviçoprestado e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> negócios com maior potencial (retalho, Rent-a-Car e estacionamentoautomóvel).O programa contínuo <strong>de</strong> melhoria dos níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e a constante contenção <strong>de</strong> custos operacionais<strong>de</strong>monstram a sua sustentabilida<strong>de</strong> num quadro <strong>de</strong> ética empresarial, cujo código vigente veio reforçar osentimento <strong>de</strong> cultura partilhada e estimular os colaboradores a questionar-se sobre se aquilo que fazem está<strong>de</strong> acordo com os valores <strong>de</strong> Empresa, consolidando as relações <strong>de</strong>sta com os seus múltiplos Stakehol<strong>de</strong>rs.A <strong>ANA</strong>M, SA i<strong>de</strong>ntifica as expectativas e formas <strong>de</strong> comunicação com os seus principais Stakehol<strong>de</strong>rs,conforme tabela seguinte:33


.<strong>11</strong> Relatório& ContasStakehol<strong>de</strong>rs Expectativas Formas <strong>de</strong> ComunicaçãoAccionistas • Defesa dos seus interesses e • Reporting clarorentabilização dos ativos.e transparente• Boa imagem e credibilida<strong>de</strong>.• Crescimento <strong>de</strong> forma sustentada.Comunida<strong>de</strong>s• Desenvolvimento económico-sociale cultural das populações e regiões.• Respeito pelas regras <strong>de</strong> boa gestãoambiental.• Garantir as condições <strong>de</strong>acessibilida<strong>de</strong> na área da comunida<strong>de</strong>.• Ações e eventos• InternetClientes:• Segurança dos passageiros.Passageiros • Conectivida<strong>de</strong>. • Código <strong>de</strong> Ética• Serviço <strong>de</strong> alto valor acrescentadoe Condutacom melhor relação qualida<strong>de</strong>/preço. • Estudos e inquéritos <strong>de</strong>satisfação dos clientesClientes:(ACI). Campanhas <strong>de</strong>Companhias Aéreas • Infraestruturas a<strong>de</strong>quadas. informação. Comunicação• Eficiência e segurança.permanente.• Competitivida<strong>de</strong> comercial.Clientes: • Novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio. • Publicida<strong>de</strong> e acessibilida<strong>de</strong>Não Aviação • Qualida<strong>de</strong> na proposta <strong>de</strong> valor. <strong>de</strong> informação.Clientes:Outros• Respeito na satisfação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>sespecíficas.• Igualda<strong>de</strong> no tratamento.• Respeito na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões epon<strong>de</strong>ração por opiniões ou sugestões.Colaboradores • Reconhecimento do <strong>de</strong>sempenho. • Sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>• Desenvolvimento e gestão<strong>de</strong>sempenho. Formação<strong>de</strong> competências.profissional. Órgãos <strong>de</strong>• Espírito <strong>de</strong> equipa, incentivando concertação e participação.a partilha / integração e respeitandoa diversida<strong>de</strong>.• Intranet.Fornecedores • Corresponsabilização no • Políticacompromisso <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> aprovisionamento.e serviços excelentes.• Cumprimento do prazo <strong>de</strong> pagamento.34


.<strong>11</strong> Relatório& ContasA gran<strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> do relacionamento com as suas partes interessadas exige à <strong>ANA</strong>M, SA consistênciae transparência. Este relacionamento constitui sempre uma priorida<strong>de</strong> para a Empresa. Por esse motivo, éestratégia <strong>de</strong> relacionamento da <strong>ANA</strong>M, SA com os seus Stakehol<strong>de</strong>rs a manutenção <strong>de</strong> um diálogo ativoe permanente.Também, no que se refere ao Conce<strong>de</strong>nte, a transparência e fiabilida<strong>de</strong> apresentada, <strong>de</strong>signadamentepara efeitos <strong>de</strong> atualização das taxas aeroportuárias, pressupõe fórmulas <strong>de</strong> comunicação a<strong>de</strong>quadas,não excluindo a relação formal institucional feita através do Conselho <strong>de</strong> Administração e os contatos emonitorização permanente através dos quadros da Empresa e da RAM.Enquanto Gestora Aeroportuária, a <strong>ANA</strong>M, SA contribui para o crescimento económico das regiões on<strong>de</strong>opera, através da criação e fomento <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong> melhoria <strong>de</strong> condições e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos seuscolaboradores e comunida<strong>de</strong> envolvente.• Serviço Público e <strong>de</strong> Satisfação das Necessida<strong>de</strong>s ColetivasAtravés do Contrato <strong>de</strong> Concessão, outorgado entre o Governo da RAM e a <strong>ANA</strong>M, SA, foi conferido aesta Empresa “o direito <strong>de</strong> promover e executar as obras <strong>de</strong> ampliação do Aeroporto <strong>de</strong> Santa Catarina e<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das infraestruturas, bem como o planeamento e a exploração do serviço público <strong>de</strong>apoio à aviação civil na Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira, nos termos da lei...” e do Contrato <strong>de</strong> Concessão,que regula esta matéria.A prestação do serviço público encontra-se, assim, assegurado na cláusula 4 do Contrato <strong>de</strong> Concessão.Todavia, não foi concretizado qualquer mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> financiamento atinente à prestação do serviço públicoassumido pela Empresa, no âmbito do Contrato <strong>de</strong> Concessão.Entretanto, na Assembleia Geral <strong>de</strong> 26.MAR.2010 os acionistas da <strong>ANA</strong>M, SA, mandataram o Conselho <strong>de</strong>Administração para, iniciar o processo <strong>de</strong> renegociação com o Conce<strong>de</strong>nte, do Contrato <strong>de</strong> Concessão, comvista à sua revisão.No cumprimento <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>liberação foi enviado ainda em 2010, aos Acionistas e ao Conce<strong>de</strong>nte, proposta<strong>de</strong>vidamente fundamentada <strong>de</strong> revisão do Contrato <strong>de</strong> Concessão, a qual foi objeto <strong>de</strong> apreciação naAssembleia Geral <strong>de</strong> <strong>11</strong> <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, como na alínea b) do ponto 2.6 melhor se explicitará, a discussãonão foi favorável ao <strong>de</strong>senvolvimento do processo em termos mais imediatos, tendo o representante doGoverno Regional da Ma<strong>de</strong>ira transmitido a constituição <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> trabalho multidisciplinar, queficará incumbido <strong>de</strong> apresentar, com a maior brevida<strong>de</strong> possível, um clausulado alternativo, situação quese aguarda.• Competitivida<strong>de</strong> da EmpresaNos termos do Contrato <strong>de</strong> Concessão, a <strong>ANA</strong>M, SA <strong>de</strong>tém o monopólio da gestão das infraestruturasaeroportuárias da RAM.35


.<strong>11</strong> Relatório& ContasEsta situação, aparentemente <strong>de</strong> privilégio, contém restrições que não impe<strong>de</strong>m, porém, a procura constante<strong>de</strong> ganhos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>/competitivida<strong>de</strong>.O cumprimento escrupuloso do Contrato <strong>de</strong> Concessão e a sujeição à regulação vigente, colocam à Empresaum <strong>de</strong>safio sistemático <strong>de</strong> mais eficácia e eficiência.A qualida<strong>de</strong> do serviço prestado e a integral satisfação das necessida<strong>de</strong>s dos clientes e <strong>de</strong> todos os“Stakehol<strong>de</strong>rs”, é o objetivo central da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida pela Empresa sempre com um pressupostofundamental <strong>de</strong> segurança.Para tal <strong>de</strong>si<strong>de</strong>rato, a <strong>ANA</strong>M, SA tem vindo a mo<strong>de</strong>rnizar a sua imagem com custos a<strong>de</strong>quados ao nível dasua exploração, procurando não <strong>de</strong>teriorar a situação financeira, promovendo uma gestão orientada paraa racionalização dos custos e o aumento <strong>de</strong> proveitos, para o rejuvenescimento dos recursos humanos, nosentido do reforço da competitivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sse modo posicionar a Empresa no futuro como uma gestoraaeroportuária <strong>de</strong> excelência, na sua categoria e dimensão, segundo a classificação do ACI e outras entida<strong>de</strong>sinternacionais.Em matéria <strong>de</strong> Investigação e Desenvolvimento (Inovação) a situação económico-financeira da <strong>ANA</strong>M, SA,no atual contexto nacional e internacional da aviação comercial, não tem permitido canalizar meios paraativida<strong>de</strong>s puras <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento, tendo-se optado, em áreas específicas diretamenterelacionadas com o “core-business” da Empresa, por constituir parcerias com as entida<strong>de</strong>s e organismosque dispõem <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> científica nessas áreas, <strong>de</strong>signadamente com o seu maior acionista a <strong>ANA</strong>,SA.Nesta perspetiva, mantém também com o LNEC, um protocolo, para um conjunto <strong>de</strong> ações <strong>de</strong>acompanhamento e monitorização das estruturas especiais do Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, através da aquisiçãoe tratamento <strong>de</strong> dados da instrumentação que foi incorporada nos elementos estruturais, consi<strong>de</strong>radosmais representativos, o que permitirá dispor-se <strong>de</strong> informação sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> ações<strong>de</strong> manutenção preventiva e corretiva, com antecedência suficiente para uma a<strong>de</strong>quada gestão <strong>de</strong> meiostécnicos e financeiros.Mantém, também, em curso, com este Laboratório um estudo <strong>de</strong>stinado à caracterização das condiçõesaerológicas do regime <strong>de</strong> ventos, através <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo matemático que, quando comparado com ascaracterísticas técnicas das aeronaves, que normalmente utilizam o Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, permitiráestabelecer, numa base científica, as limitações operacionais que <strong>de</strong>vem ser impostas neste Aeroporto,situação que po<strong>de</strong>rá traduzir-se num número menor <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> penalização.Adicionalmente, mas <strong>de</strong>ntro da mesma linha <strong>de</strong> atuação, está em preparação uma avaliação global daeficiência energética, <strong>de</strong>stinada a diminuir e racionalizar a fatura energética dos <strong>Aeroportos</strong>, sob o ponto <strong>de</strong>vista da potência total consumida, pela implementação <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> produção específicas, tendo em vistaa redução do preço unitário do KW gasto.36


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• Planos <strong>de</strong> Ação para o FuturoEm conformida<strong>de</strong> com os IPG para 20<strong>11</strong>, e consi<strong>de</strong>rando as medidas restritivas à exploração e ao Investimento,incluídas nas Orientações Estratégicas para o SEE 20<strong>11</strong>, a ativida<strong>de</strong> da Empresa permanecerá alavancada,conforme quadro que segue:Objectivos EstratégicosLinhas <strong>de</strong> Orientação1. Crescimento Sustentado a) Garantir a Satisfação dos Clientes;b) Promover o <strong>de</strong>senvolvimento do Tráfego;c) Maximizar os Negócios Não Aviação;d) Desenvolver Sistemas <strong>de</strong> Gestão;e) Garantir a segurança e operacionalida<strong>de</strong> dasInfraestruturas Aeroportuárias.2. Eficiência Operacional a) Promover a eficiência <strong>de</strong> Processos e aRacionalização <strong>de</strong> Recursos;b) Criação <strong>de</strong> rotinas <strong>de</strong> Gestão paramonitorização do Plano Estratégico e dosIndicadores <strong>de</strong> Gestão mensais;c) Promover a a<strong>de</strong>quação e evoluçãoTecnológica.3. Valorização dos Colaboradores a) Desenvolvimento dos Colaboradores;b) Optimizar os Recursos Humanos.4. Equilíbrio da Estrutura Financeira a) Contenção <strong>de</strong> Investimentos;b) A<strong>de</strong>quação dos Recursos Financeiros;c) Reequilíbrio Financeiro da Concessão.As ações <strong>de</strong>senvolvidas em 20<strong>11</strong>, tiveram por base as Linhas <strong>de</strong> Orientação, acima indicadas, sendo que,para 2012 e apesar das restrições orçamentais já mencionadas, a <strong>ANA</strong>M, SA procurará dar seguimento aosProgramas <strong>de</strong> Ação em curso, a maioria dos quais transita <strong>de</strong> 2010 e terá continuida<strong>de</strong> em anos futuros:37


.<strong>11</strong> Relatório& ContasObjetivos EstratégicosAções em Curso1. Crescimento Sustentado • Desenvolvimento dos programas Initiative:pt e FIPT;• Projeto <strong>de</strong> renovação do layout nas áreas comerciais nos pisos 2 e 3 doAeroporto da Ma<strong>de</strong>ira;• Desenvolvimento <strong>de</strong> novos negócios Não Aviação (áreas <strong>de</strong> apoio RAC’s;Gestão <strong>de</strong> parques; imobiliária P.D.A.; Retalho)2. Eficiência Operacional • ASQ Survey – Avaliação do Índice <strong>de</strong> Satisfação dos Passageiros;• Renovação do site <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira;• DINERGIS – Diagnóstico <strong>de</strong> Racionalização <strong>de</strong> Energia e Renováveis;• Outsourcing SLCI 20<strong>11</strong>;• GO – Sistema <strong>de</strong> Gestão Operacional;• Sistema Integrado <strong>de</strong> Telecomunicações e Informação;• Desenvolvimento do SGM (MÁXIMO®);• Reanálise, otimização e alinhamento dos Indicadores;• Projeto ABC;• Pegada <strong>de</strong> Carbono;• RJSCIE;• Renovação do Sistema <strong>de</strong> Monitorização do Ruído;• Grupo <strong>de</strong> Trabalho LIDAR Ma<strong>de</strong>ira;• Projeto Reformulação do circuito <strong>de</strong> passageiros do Aeroporto daMa<strong>de</strong>ira;• Projeto para a execução do auto-silo do AM.3. Valorização dos Colaboradores • Sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Competências;• Motivação Organizacional;• Projeto <strong>de</strong> Comunicação Interna;• Bolsa <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias;• Plano <strong>de</strong> Otimização do Efetivo (2010/2015);• Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento RH (20<strong>11</strong>/2015);4. Equilíbrio da Estrutura • Revisão do Contrato <strong>de</strong> Concessão.Financeira38


.<strong>11</strong> Relatório& Contas1.8. AVALIAÇÃO DO GRAU DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNONos termos da RCM 49/2007, <strong>de</strong> 01 <strong>de</strong> Fevereiro, a <strong>ANA</strong>M, SA no <strong>de</strong>senvolvimento da sua ativida<strong>de</strong> procuracumprir os princípios <strong>de</strong> Bom Governo, dando especial atenção a todas as orientações e recomendações dosorganismos da tutela e supervisão.Nesse sentido, o Conselho <strong>de</strong> Administração assumiu uma postura alinhada com as melhores práticas,visando respon<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada, às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> responsabilização <strong>de</strong> transparência, <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>dos procedimentos internos e <strong>de</strong> divulgação clara e atempada da informação relevante sobre a ativida<strong>de</strong> daEmpresa, po<strong>de</strong>ndo a mesma ser consultada no website: www.anam.pt.Também a apreciação das obrigações impostas pela RCM 34/2008, pela RCM 65/2007, pela RCM 70/2008e pelo Dec-Lei 300/2007, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Agosto, a <strong>ANA</strong>M, SA consta <strong>de</strong> um relatório que será presente àpróxima Assembleia Geral, sobre o grau <strong>de</strong> consecução das obrigações que lhe são impostas, nos termosdos diplomas anteriormente referidos.1.9. CÓDIGO DE ÉTICAEm 2009, foi nomeada uma Comissão <strong>de</strong> Ética e Conduta para a divulgação dos princípios porque se regemas relações entre a Empresa e os diferentes Stakehol<strong>de</strong>rs, para análise <strong>de</strong> questões que lhe forem colocadase para a emissão <strong>de</strong> recomendações, sempre que julgado necessário.Inicialmente a <strong>ANA</strong>M, SA a<strong>de</strong>riu ao Código <strong>de</strong> Ética da <strong>ANA</strong>, SA, tendo sido esta a base <strong>de</strong> orientação dotrabalho <strong>de</strong>senvolvido pela Comissão. Já em 2010, a Comissão <strong>de</strong> Ética e Conduta da <strong>ANA</strong>M, SA propôs aadoção <strong>de</strong> um Código <strong>de</strong> Ética próprio que, nos aspetos essenciais, se encontra alinhado com a versão doCódigo <strong>de</strong> Ética da <strong>ANA</strong>, SA.O Código <strong>de</strong> Ética po<strong>de</strong> ser consultado no website: www.anam.pt.1.10. INFORMAÇÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DE SISTEMA DE CONTROLO COMPATÍVELCOM A DIMENSÃO E COMPLEXIDADE DA EMPRESAEm conformida<strong>de</strong> com o ponto 19 da RCM 49/2007, <strong>de</strong> 01 <strong>de</strong> Fevereiro, a <strong>ANA</strong>M, SA <strong>de</strong>ve dispor <strong>de</strong>um sistema <strong>de</strong> controlo compatível com a dimensão e complexida<strong>de</strong> da Empresa, <strong>de</strong> modo a proteger osinvestimentos e os seus ativos, o qual <strong>de</strong>ve abarcar todos os riscos relevantes da Empresa.Com efeito, a Empresa está formalmente organizada <strong>de</strong> modo a valorizar sistematicamente os seus Ativos,a <strong>de</strong>terminar os Resultados Anuais e a cumprir escrupulosamente as suas Obrigações Fiscais e para comTerceiros.Possui contabilida<strong>de</strong> organizada e gestão orçamental e previsional a um e cinco anos, para prossecução dosseus objetivos estatutários e adota as IFRS (Normas Internacionais <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong>) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005.39


.<strong>11</strong> Relatório& ContasAs contas da <strong>ANA</strong>M, SA são objeto <strong>de</strong> consolidação na <strong>ANA</strong>, SA, empresa <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> 70% do Capital ecom quem mantém estreitas relações <strong>de</strong> âmbito organizativo quer através <strong>de</strong> um Contrato <strong>de</strong> Assessoria ePrestação <strong>de</strong> Serviços, quer <strong>de</strong> vários Protocolos <strong>de</strong>stinados a áreas específicas.Além disso, a <strong>ANA</strong>M, SA <strong>de</strong>têm um Contrato <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Serviços outorgado com a RAM, para aprestação do serviço público aeroportuário na Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira.Por via <strong>de</strong>sse Contrato tornou-se, na Empresa, obrigatório a aplicação da interpretação Contabilística<strong>de</strong>signada por IFRIC 12 (Service Concession Arrangements), com efeitos a 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2010, originando,igualmente, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reexpressão dos valores a 01.JAN.2009, para efeitos comparativos.Assim, a base <strong>de</strong> ativos passou a ser relevada contabilisticamente segundo os princípios da IFRIC 12, conformeexpresso nas Demonstrações Financeiras, como Ativos Intangíveis (Direitos <strong>de</strong> Concessão).Também, neste âmbito, tem em <strong>de</strong>senvolvimento um Sistema Integrado <strong>de</strong> Activity Basis Costs (ABC), quelhe permite analisar o resultado das diversas funções e, neste sentido, estar apta a provi<strong>de</strong>nciar elementosfiáveis, não só para a gestão, como às entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> supervisão e regulação.Os processos em vigor são objeto <strong>de</strong> auditorias regulares aos Sistemas <strong>de</strong> Controlo e Tecnologias <strong>de</strong>Informação, ao Sistema <strong>de</strong> Controlo Orçamental, aos Sistemas Operacionais, Ambientais e <strong>de</strong> Higiene eSegurança no Trabalho, por parte da <strong>ANA</strong>, SA e entida<strong>de</strong>s externas.Adiante, no ponto 2.2 Gestão do Risco Financeiro, dá-se cumprimento ao Despacho 101/2009-SETF, <strong>de</strong> 30<strong>de</strong> Janeiro.1.<strong>11</strong>. IDENTIFICAÇÃO DOS MECANISMOS ADOTADOS COM VISTA À PREVENÇÃO DOSCONFLITOS DE INTERESSENo que respeita à prevenção <strong>de</strong> Conflitos <strong>de</strong> Interesse, os Membros dos Órgãos Sociais da <strong>ANA</strong>M, SA,cumprem integralmente com estas orientações e nunca intervêm, coletiva ou pessoalmente, em <strong>de</strong>cisõesque envolvam os seus interesses particulares.Na Empresa não vigora nenhuma disposição que permita a realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> carácter pessoal ouconfi<strong>de</strong>ncial.Tem sido prática e norma <strong>de</strong> conduta, a entrega por todos os titulares dos Órgãos Sociais da Empresa, da<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção <strong>de</strong> eventuais participações e/ou interesses patrimoniais noutra empresa, ou relaçõesrelevantes com quaisquer parceiros <strong>de</strong> negócio, suscetíveis <strong>de</strong> gerar conflitos <strong>de</strong> interesse, sendo que éprovi<strong>de</strong>nciado o envio das <strong>de</strong>clarações individuais à Inspeção Geral <strong>de</strong> Finanças, ao Tribunal <strong>de</strong> Contas e àProcuradoria-Geral da República.40


.<strong>11</strong> Relatório& Contas1.12. EXPLICITAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO ATUALIZADAA RCM 49/2007, <strong>de</strong> 01 <strong>de</strong> Fevereiro, sobre os Princípios <strong>de</strong> Bom Governo das Empresas do Sector Empresarialdo Estado, no Capítulo III – Princípios relativos à divulgação <strong>de</strong> informação e bem assim o Anexo 3 do ofíciocircularda DGTF 653, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2012 com as Instruções sobre o Processo <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Contas<strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, estabelecem as condições <strong>de</strong> divulgação da informação atualizada prevista nos normativos acima,<strong>de</strong>signadamente:a) No portal da Empresa;b) No portal das Empresas do SEE (via SIRIEF).Na matriz que segue explicita-se, <strong>de</strong> acordo com o formato do Anexo 3, a natureza e local <strong>de</strong> consulta dainformação divulgada:DivulgaçãoInformação a constar no Site do SEE S N N.A. ComentáriosEstatutos atualizados (PDF)Historial, Visão, Missão e EstratégiaFicha síntese da empresa✔✔✔I<strong>de</strong>ntificação da Empresa:Missão, Objetivos, Politicas, Obrig. Serv. Público e Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Financiamento✔Mo<strong>de</strong>lo Governo / I<strong>de</strong>nt. Órgãos Sociais:Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Governo (i<strong>de</strong>ntificação dos Órgãos Sociais)Estatuto Remuneratório fixadoRemunerações auferidas e <strong>de</strong>mais regalias✔✔✔Regulamentos e Transações:Regulamentos Internos e ExternosTransações Relevantes c/ Entida<strong>de</strong>(s) relacionada(s)Outras TransaçõesAnálise <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> Económica, Social e AmbientalAvaliação do Cumprimento dos PBGCódigo <strong>de</strong> ÉticaInformação Financeira histórica e atualEsforço Financeiro do Estado✔✔✔✔✔✔✔✔41


.<strong>11</strong> Relatório& ContasDivulgaçãoInformação a constar no Site da Empresa S N N.A. ComentáriosExistência <strong>de</strong> SiteHistorial, Visão, Missão e EstratégiaOrganigrama✔✔✔Órgãos Sociais e Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Governo:I<strong>de</strong>ntifica dos Órgãos SociaisI<strong>de</strong>ntificação das áreas <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> do CAI<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Comissões existentes na Socieda<strong>de</strong>I<strong>de</strong>ntificar Sistemas <strong>de</strong> Controlo <strong>de</strong> RiscosRemuneração dos Órgãos SociaisRegulamentos Internos e ExternosTransações fora das Condições <strong>de</strong> MercadoTransações relevantes com Entida<strong>de</strong>s relacionadasAnálise <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> Económica, Social e AmbientalCódigo <strong>de</strong> ÉticaRelatório e Contas✔✔✔✔✔✔✔✔✔✔✔Provedor do Cliente✔42


.<strong>11</strong> Relatório& Contas2. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS2.1. OBJETIVOS DE GESTÃOConforme previsto no art. <strong>11</strong> <strong>de</strong> Dec-Lei 300/2007, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Agosto, a Empresa tem dado prosseguimentoàs orientações <strong>de</strong> gestão emanadas dos órgãos da tutela, financeiras e técnicas, <strong>de</strong>signadamente:a) Promover acréscimos <strong>de</strong> receitas, através da dinamização da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tráfego e comerciais, dadoque as taxas se mantêm inalteradas há vários anos;b) Assegurar uma contenção sustentada das <strong>de</strong>spesas correntes e <strong>de</strong> investimentos e garantir o rigor nagestão dos recursos disponíveis, com aplicações económicas e mitigação do risco;c) Prosseguir ações no sentido <strong>de</strong> procurar melhorar continuamente os Resultados Operacionais e oEBITDA e sua manutenção, em patamares positivos;d) Garantir o não acréscimo do endividamento e assegurar que os investimentos a realizar, para além daviabilida<strong>de</strong>, tenham financiamento garantido;e) Desenca<strong>de</strong>ar as ações necessárias à obtenção do equilíbrio económico-financeiro da Concessão e asustentabilida<strong>de</strong> da Empresa.2.2. GESTÃO DO RISCO FINANCEIROO Despacho 101/2009-SETF, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Janeiro, veio estabelecer um conjunto <strong>de</strong> instruções ten<strong>de</strong>ntes àmitigação dos efeitos <strong>de</strong> volatilida<strong>de</strong> dos resultados financeiros sobre a situação financeira das empresas eespecifica a obrigação do reporte <strong>de</strong> informação nesse sentido.Tais instruções, com aplicação à <strong>ANA</strong>M, SA, estabelecem, <strong>de</strong>signadamente:a) A comunicação à DGTF dos projetos <strong>de</strong> Contratação dos Instrumentos <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Risco Financeiro(IGRF), previamente à sua celebração sujeita, igualmente, a parecer prévio do IGCP (Instituto <strong>de</strong> Gestãodo Crédito Público);b) Envio à DGTF <strong>de</strong> análises <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> da variação das taxas <strong>de</strong> juros sobre impostos a médioprazo contabilísticos e Cash-Flow, <strong>de</strong>correntes das posições <strong>de</strong>tidas nos Contratos <strong>de</strong> IGRF, incluindoproposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão que se revele a<strong>de</strong>quada à mitigação dos riscos e maximização da eficiência <strong>de</strong>operações <strong>de</strong> cobertura;43


.<strong>11</strong> Relatório& Contasc) Incumbência à IGF para avaliação dos impactos.Em relação a esta matéria, incluiu-se mapa do cumprimento do Despacho acima referido, que constitui oanexo 4, do supracitado Despacho:CumpridoGestão <strong>de</strong> Risco Financeiro – Despacho 101/09-SETF, <strong>de</strong> 30-Janeiro S N N.A. ComentáriosProcedimentos adotados em matéria <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Risco e medidas<strong>de</strong> Cobertura respetivaDiversificação <strong>de</strong> Instrumentos <strong>de</strong> Financiamento✔Diversificação das modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Taxa <strong>de</strong> Juro disponíveisDiversificação <strong>de</strong> Entida<strong>de</strong>s Credoras✔✔Contratação <strong>de</strong> Instrumentos <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Cobertura <strong>de</strong> Riscos em funçãodas condições <strong>de</strong> Mercado✔Adoção <strong>de</strong> Política Ativa <strong>de</strong> Reforço <strong>de</strong> Capitais PermanentesConsolidação passivo remunerado: transformação passivo Curto em M/L prazo,em condições favoráveisContratação da operação que minimiza o custo financeiro (all-in-cost)da operaçãoMinimização da Prestação <strong>de</strong> Garantias ReaisMinimização <strong>de</strong> cláusulas restritivas (covenants)✔✔✔✔Medidas prosseguidas com vista à Otimização da Estrutura Financeirada EmpresaAdoção <strong>de</strong> política que minimize afetação <strong>de</strong> capitais alheios à coberturafinanceira dos investimentosOpção pelos investimentos com comprovada rendibilida<strong>de</strong> social/empresarial,beneficiam <strong>de</strong> FC e <strong>de</strong> CPUtilização <strong>de</strong> auto financiamento e <strong>de</strong> receitas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinvestimento✔✔✔Inclusão nos R&CDescrição da evolução tx média anual <strong>de</strong> financiamento nos últimos 5 anosJuros suportados anualmente com o passivo remunerado e outros encargosnos últimos 5 anosAnálise <strong>de</strong> eficiência da política <strong>de</strong> financiamento e do uso <strong>de</strong> instrumentos<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco financeiro✔✔✔Reflexão nas DF 20<strong>11</strong> do efeito das variações do Justo Valor dos Contratos<strong>de</strong> Swap em carteira✔2.3. PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS (PMP)A RCM 34/2008, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Fevereiro, aprovou o Programa “Pagar a Tempo e Horas”, com a alteraçãointroduzida pelo Despacho 9.870/2009, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Abril, que <strong>de</strong>fine o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> monitorização a utilizar noacompanhamento <strong>de</strong> evolução dos prazos médios <strong>de</strong> pagamento, está integralmente a ser cumprida pela<strong>ANA</strong>M, SA.44


.<strong>11</strong> Relatório& ContasCom efeito, a leitura do quadro abaixo, cujo mo<strong>de</strong>lo nos é facultado (anexo 5), permite observar que oPMP dos fornecedores da <strong>ANA</strong>M, SA se encontra muito abaixo da barreira dos 90 dias, acima do qual esteé consi<strong>de</strong>rado em “atraso”.PMP 1ºT 2010 2ºT 2010 3ºT 2010 4ºT 2010 1ºT 20<strong>11</strong> 2ºT 20<strong>11</strong> 3ºT 20<strong>11</strong> 4ºT 20<strong>11</strong>PMP a Fornecedores (dias) 30 30 31 33 34 32 30 332.4. DIVULGAÇÃO DOS ATRASOS NOS PAGAMENTOSComplementarmente, inclui-se o Mapa da Posição a 31.DEZ.20<strong>11</strong>, dos pagamentos em atraso, nos termosdo Dec-Lei 65-A/20<strong>11</strong>, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Maio.Un: EurosPagamentos em Atraso90-120 dias 120-240 dias 240-360 dias >361 dias4<strong>11</strong>06<strong>11</strong> Viagens Abreu SA (1) 100 99 0 04<strong>11</strong>4121 Direcção Nacional PSP (1) 370 0 0 04<strong>11</strong>5022 <strong>ANA</strong> - <strong>Aeroportos</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, SA (2) 57 228 227 7214<strong>11</strong>5344 Beltrão Coelho (Ma<strong>de</strong>ira) - Equipamentos (1) 218 0 0 04<strong>11</strong>93<strong>11</strong> Publipartners, Design e Publicida<strong>de</strong> (1) 2.214 0 0 0(1) Atrasos na validação da faturação que já foram regularizadas no mês <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2012.(2) Situação a regularizar, após finalização do acordo com a <strong>ANA</strong>, SA, em curso.2.959 327 227 7212.5. DEVERES ESPECIAIS DE INFORMAÇÃOO Despacho 14.277/2008, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Maio, estabelece que, para efeitos <strong>de</strong> acompanhamento e controlofinanceiro, <strong>de</strong>vem as empresas públicas não financeiras, prestar informação mediante o envio à IGF e àDGTF, dos elementos a seguir indicados nos prazos que se estabelecem:a) Planos <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Anuais e Plurianuais, nos 10 dias subsequente e sua aprovação;b) Orçamentos anuais, incluindo estimativa das operações financeiras com o Estado, nos 10 diassubsequentes à sua aprovação;c) Planos <strong>de</strong> Investimento anuais e plurianuais e respetivas fontes <strong>de</strong> financiamento, acompanhadas dospareceres do órgão <strong>de</strong> fiscalização, nos 10 dias subsequentes à sua aprovação;d) Relatórios trimestrais <strong>de</strong> Execução Orçamental, acompanhadas dos relatórios do órgão <strong>de</strong> fiscalização,nos 30 dias subsequentes à data final do período a que respeitam;45


.<strong>11</strong> Relatório& Contase) Cópia das atas da Assembleia Geral e <strong>de</strong>liberações unânimes por escrito, nos 15 dias subsequentes àsua realização.Esta informação tem vindo a ser prestada pela Empresa, <strong>de</strong> um modo geral, <strong>de</strong>ntro dos prazosestipulados.2.6. RESULTADOS OBTIDOS NO ÂMBITO DO CUMPRIMENTO DAS RECOMENDAÇÕESDO ACIONISTA, EMITIDAS AQUANDO DA APROVAÇÃO DAS CONTAS DE 2010A Assembleia Geral <strong>de</strong> aprovação das contas <strong>de</strong> 2010, realizada em <strong>11</strong> <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, recomendou aoConselho <strong>de</strong> Administração, no ponto 1 da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos, respetivamente:a) Recomendação: “…ao órgão <strong>de</strong> administração que diligencie no sentido <strong>de</strong> i) adotar os princípios<strong>de</strong> Estratégia Nacional para as Compras Ecológicas aprovadas pela RCM 65/2007, <strong>de</strong> 07 <strong>de</strong> Maio,e ii) proce<strong>de</strong>r a uma avaliação semestral das orientações constantes das alíneas b) a h) do nº 1 doAnexo II da RCM 70/2008, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Abril, dando a conhecer o resultado <strong>de</strong>ssa avaliação aos ministrosresponsáveis pelos setores <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> até ao final do mês seguinte ao período em causa”.No cumprimento <strong>de</strong>sta recomendação, a <strong>ANA</strong>M, SA apresentou o Relatório do 1º Semestre <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>,que foi aprovado em reunião <strong>de</strong> Conselho <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> 28.JUL.20<strong>11</strong>.b) A apreciação <strong>de</strong> Proposta do Conselho <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> Revisão do Contrato <strong>de</strong> Concessão, nostermos da <strong>de</strong>liberação da Assembleia Geral <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.A este propósito, importa referir que o Conselho <strong>de</strong> Administração “apresentou aos senhores Acionistase ao Conce<strong>de</strong>nte, em Novembro <strong>de</strong> 2010, uma proposta <strong>de</strong> Revisão do Contrato <strong>de</strong> Concessão,consubstanciando-se as principais alterações no prazo <strong>de</strong> concessão (mais 20 anos), no respetivoobjeto, nas obrigações do concessionário, nos po<strong>de</strong>res do conce<strong>de</strong>nte e em princípios <strong>de</strong> regulaçãoa observar. O objetivo das alterações propostas visam por um lado, o equilíbrio económico-financeiroda <strong>ANA</strong>M, SA mas também o financiamento dos investimentos <strong>de</strong> manutenção e <strong>de</strong> reposição epossibilitar o reembolso da dívida”.Neste âmbito e aten<strong>de</strong>ndo a que, segundo o representante do Acionista RAM “…o clausuladoproposto exce<strong>de</strong> os pressupostos da renegociação do Contrato <strong>de</strong> Concessão assumidos e admitidospela RAM, e que se cingiam à prorrogação do prazo <strong>de</strong> concessão e à introdução <strong>de</strong> algumas outrasalterações pontuais ao clausulado em vigor”, a RAM manifestou oposição <strong>de</strong> princípio ao projeto <strong>de</strong>clausulado apresentado, rejeitando-o liminarmente.46Transmitiu, no entanto,” …a constituição, sob a tutela da Secretaria Regional do Turismo e Transportes,


.<strong>11</strong> Relatório& Contas<strong>de</strong> um Grupo <strong>de</strong> Trabalho multidisciplinar, que ficará incumbido <strong>de</strong> apresentar, com a maior brevida<strong>de</strong>possível, um clausulado alternativo que, ainda que em prejuízo das aspirações da <strong>ANA</strong>M, se revelecompatível com os superiores interesses públicos que à RAM cabe <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e prosseguir, bem comocom as orientações políticas pelo Governo Regional.”.Assim, aguarda-se a apresentação, por parte da RAM, do clausulado alternativo, aten<strong>de</strong>ndo a queesta posição foi votada e aprovada por unanimida<strong>de</strong> dos sócios.A <strong>ANA</strong>M, SA apresentou formalmente ao Governo Regional da Ma<strong>de</strong>ira a disponibilida<strong>de</strong> para oapoio técnico a esta iniciativa.2.7. REMUNERAÇÕESEm Princípios <strong>de</strong> Bom Governo, ponto 1.6 anterior, já se <strong>de</strong>talha, com pormenor, as remunerações dosórgãos sociais a que se faz alusão no anexo 2 do ofício-circular 653, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2012, da DGTF.Acresce que, em 20<strong>11</strong>, não houve alteração <strong>de</strong> mandatos, pelo que a informação produzida nos quadrosabaixo, constantes do anexo 2 do referido ofício-circular, é similar à apresentada anteriormente.• Mesa da Assembleia GeralAno Presi<strong>de</strong>nte Vice-Presi<strong>de</strong>nte Secretário Total20<strong>11</strong> 500,00 a) 315,00 815,00a) O Vice-Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Geral faleceu em 24.JUN.2010 e não foi substituído.b) A senha <strong>de</strong> presença do Secretário foi reduzida em 10%, nos termos da Lei 55-A/20<strong>11</strong> (Lei OE 20<strong>11</strong>).Un: Euros• Órgão <strong>de</strong> FiscalizaçãoO Órgão <strong>de</strong> Fiscalização da <strong>ANA</strong>M, SA, nomeado para o mandato 2008-2010, nos termos das <strong>de</strong>liberaçõesda Assembleia Geral, é constituído por um Conselho Fiscal e por um Revisor Oficial <strong>de</strong> Contas.Un: Euros2010 20<strong>11</strong>Conselho Fiscal P V V P V VRemuneração anual fixa (€) 19.712 14.784 14.784 19.712 14.784 14.784Redução <strong>de</strong>corrente da Lei 55-A/2010 (€) N.A. N.A. N.A. 1.971 1.478 1.478Remuneração anual efetiva (€) 19.712 14.784 14.784 17.741 13.306 13.30647


.<strong>11</strong> Relatório& ContasUn: EurosROC 2010 20<strong>11</strong>**Remuneração anual auferida (€) 17.202 15.264** Em 20<strong>11</strong> foi aplicado o artigo 22º da Lei 55-A/20<strong>11</strong> (Lei OE/20<strong>11</strong>).• Conselho <strong>de</strong> AdministraçãoUn: EurosRemunerações 20<strong>11</strong> P(1) V (2) V(3) V(4) V(5)A. Rodrigues D. Ferreira R. Veres A. Coelho A. Lemos1. Remuneração1.1. Remuneração base Anual/Fixa (€) 87.588 87.5881.2. Redução <strong>de</strong>corrente da Lei 12-A/2010 (€) 4.379 4.3791.3. Redução <strong>de</strong>corrente da Lei 55-A/2010 (€) 8.321 8.32<strong>11</strong>.4. Remuneração Anual Efetiva (1.1.-1.2.-1.3.) (€) 74.888 74.8882. Outras regalias e compensações2.1. Plafond Anual em comunicações móveis (€) 1.000 1.0002.2. Gastos na utilização <strong>de</strong> comunicações móveis (€) 224 5642.3. Subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação (€) 395 1.939 450 485 1.4212.4. Subsídio <strong>de</strong> refeição (€) 2.150 2.1322.5. Outras (i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong>talhadamente) (€) (Remição <strong>de</strong> Férias n/ gozadas) 4.195 4.1953. Encargos com benefícios sociais3.1. Regime <strong>de</strong> Protecção Social (€) 5.642 5.9753.2. Seguros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (€) 499 4993.4. Seguro <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes Pessoais (€) 26 263.5. Outros (i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong>talhadamente) (€) (Seg. Aci<strong>de</strong>ntes Trabalho) 355 3554. Parque Automóvel4.1. Marca Merce<strong>de</strong>s BMW4.2. Mo<strong>de</strong>lo C220 5254.3. Matrícula 74-55-ZG 88-BE-524.4. Modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Utilização (Aquisição/ALD/Renting/Leasing) Leasing Leasing4.5. Valor <strong>de</strong> Referência da viatura nova (€) 49.3<strong>11</strong> 54.4714.6. Ano Início 2005 20064.7. Ano Termo 2009 20094.<strong>11</strong>. Combustível gasto com a viatura (€) 3.322 2.4834.12. Plafond anual Combustível atribuído (€) 3.500 3.5004.13. Outros (i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong>talhadamente) (€)5. Informações Adicionais5.1. Opção pela remuneração do lugar <strong>de</strong> origem (s/n) Não Não5.2. Remuneração Ilíquida Anual pelo lugar <strong>de</strong> origem (€)5.3. Regime <strong>de</strong> Proteção social CGA/ADSE CGA/ADSE5.3.1. Segurança social (s/n) Sim Sim5.3.2. Outro (indicar)5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) Não Não5.5. Outros (i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong>talhadamente) Cartão Crédito 175 5.107 1.587Legenda: P - Presi<strong>de</strong>nte; V - Vogal Executivo; V.N.E - Vogal não Executivo.48


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• Auditor ExternoA <strong>ANA</strong>M, SA tem um contrato <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços profissionais <strong>de</strong> auditoria com aPriceWaterhouseCoopers (PWC). O contrato, por um período inicial <strong>de</strong> 3 anos foi, em 29 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong>20<strong>11</strong>, prorrogado por mais um ano.Em 2010 e 20<strong>11</strong>, a Empresa pagou à PWC, pela prestação <strong>de</strong> serviços e <strong>de</strong>spesas diversas, os montantes aseguir indicados:Un: EurosNatureza 2010 20<strong>11</strong>Honorários 10.500 10500Outros Trabalhos Especializados 5.450 4.750Despesas Diversas 1.572 250Como anteriormente já se referiu, não se proce<strong>de</strong>u a qualquer redução nos honorários contratados com aPWC, nos termos do art. 22 da Lei 55-A/2010 do OE 20<strong>11</strong>.• Restantes TrabalhadoresUn: EurosRemunerações 20<strong>11</strong>Remuneração base anual fixa 9.762.929,85Redução <strong>de</strong>corrente da lei 55-A/2010 458.405,72Remuneração anual efetiva 9.304.524,13Conforme estabelecido na RCM 1/20<strong>11</strong>, <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> Janeiro, a Empresa efetuou as reduções remuneratóriassuperiores a 1.500 Euros, <strong>de</strong> acordo com as tabelas <strong>de</strong>finidas para o efeito.2.8. CONTRATAÇÃO PÚBLICAComo referido no ponto 1.4 anterior, a <strong>ANA</strong>M, SA, para efeitos <strong>de</strong> contratação pública, utiliza a PlataformaEletrónica VORTAL, on<strong>de</strong> são lançados todos os procedimentos.Também, face à dimensão e localização da Empresa (Ma<strong>de</strong>ira), esta não tem recorrido à Agência Nacional<strong>de</strong> Compras Públicas (ANCP), nem à Agência Portuguesa <strong>de</strong> Ambiente (APA), situação que, no futuro,po<strong>de</strong>rá vir a consi<strong>de</strong>rar, se as condições se apresentarem economicamente mais vantajosas.49


.<strong>11</strong> Relatório& Contas2.9. MEDIDAS PREVISTAS NO PLANO DE ESTABILIDADE E CRESCIMENTO (PEC)Ao nível da racionalização <strong>de</strong> política <strong>de</strong> aprovisionamento <strong>de</strong> bens e serviços, a Empresa ainda não a<strong>de</strong>riuao Sistema Nacional <strong>de</strong> Compras Públicas (SNCP), estando preparada para o concretizar conjuntamente coma <strong>ANA</strong>, SA, durante 2012. Contudo, a Empresa, efetua parte significativa das suas necessida<strong>de</strong>s aquisitivasatravés do Centro <strong>de</strong> Serviços Partilhados da <strong>ANA</strong>, SA ou, em alternativa, diretamente na região on<strong>de</strong> opera,quando as condições são mais vantajosas, incluindo o custo <strong>de</strong> transporte.2.10. ACRÉSCIMOS DE ENDIVIDAMENTOEm 20<strong>11</strong> houve uma redução do endividamento da Empresa, que passou <strong>de</strong> 207.288 mil Euros para203.479 mil Euros, pelo que, nas circunstâncias, consi<strong>de</strong>ra-se integralmente cumprido o que sobre a matériase estabelece no Despacho 155/20<strong>11</strong>-MEF, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Abril.Lembra-se, a este propósito, que os Acionistas não realizaram o aumento do Capital Social proposto peloConselho <strong>de</strong> Administração da <strong>ANA</strong>M, SA na última Assembleia Geral, por forma a assegurar a recomposiçãodos Capitais Próprios, estabelecido no art. 35 do CSC que, igualmente, previa que a entrada <strong>de</strong> fundos, pelasua realização em dinheiro, se <strong>de</strong>stinasse exclusivamente à amortização da dívida.2.<strong>11</strong>. PLANO DE REDUÇÃO DE CUSTOSA gestão da Empresa tem sido pautada por uma política <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> custos, como se resume noquadro que segue:Custos 20<strong>11</strong> 2010 2009Un: mil EurosVariação20<strong>11</strong>/2009Consumos 103 109 <strong>11</strong>6 (10,8%)FSE’s 8.670 9.708 9.480 (8,5%)Gastos com o Pessoal <strong>11</strong>.917 13.<strong>11</strong>6 15.703 (24,1%)Outros Operacionais 1.976 1.408 1.502 31,5%Total 22.666 24.341 26.801 (15,4%)Não inclui:- Amortizações 8.725 9.150 9.137 (4,5%)- Responsabilida<strong>de</strong>s Assumidas 5.419 3.498 3.039 78,3%Sem a consi<strong>de</strong>ração das amortizações e o acréscimo <strong>de</strong> gastos por Responsabilida<strong>de</strong> Assumidas por forçada aplicação da IFRIC 12 (incluídos nos FSE), registou-se, entre 2009 e 20<strong>11</strong>, nos Cash-Costs uma redução<strong>de</strong> (15,4%).50


.<strong>11</strong> Relatório& Contas2.12. PRINCÍPIO DE UNIDADE DE TESOURARIAO art. 77 da Lei 55-A/2010, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro, estabelece que: “…as empresas públicas não financeiras<strong>de</strong>vem manter as suas disponibilida<strong>de</strong>s e aplicações financeiras junto IGCP, IP, nos termos do nº 1, sendolhespara esse efeito aplicável o regime <strong>de</strong> Tesouraria do Estado aprovado pelo Dec-Lei 191/99, <strong>de</strong> 05 <strong>de</strong>Junho…”.Em 21 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, a <strong>ANA</strong>M, SA remeteu, por ofício SCEN/20<strong>11</strong>/16 ao Senhor Secretário <strong>de</strong> Estadodo Tesouro e Finanças, um pedido formal <strong>de</strong> dispensa <strong>de</strong> aplicação à <strong>ANA</strong>M, SA do princípio <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Tesouraria, previsto na Lei do Orçamento <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>.As conclusões daquele ofício, que se mantêm, referem:“Em síntese, não se prevê exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z que possam resultar em aplicações financeiras com carácter<strong>de</strong> maior permanência.As atuais dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> funding do sistema financeiro em geral e português em particular, recomendamque se inicie, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, um diálogo com a banca comercial, o qual tem necessariamente <strong>de</strong> ser suportadonum relacionamento <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong>, com vista a assegurar a cobertura <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamentopara a amortização da dívida.Finalmente, sublinhamos que estamos perante uma Empresa <strong>de</strong>ficitária, com Capitais Próprios negativose muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Grupo em que se insere, que é no sentido restrito a <strong>ANA</strong>, SA e em sentido lato opróprio Estado.É, neste quadro <strong>de</strong> referência, que solicitamos a V. Exa., a pon<strong>de</strong>ração da dispensa <strong>de</strong> cumprimento doartigo 77º da Lei do Orçamento <strong>de</strong> Estado para 20<strong>11</strong>, com o compromisso <strong>de</strong> que todas as disponibilida<strong>de</strong>sda Empresa possam ser canalizadas para a <strong>ANA</strong>, SA, com consolidação integral <strong>de</strong> tesouraria, nesta Empresaque é o seu maior acionista e totalmente dominada e tutelada pelo Estado.”Assim e em conformida<strong>de</strong> com as necessida<strong>de</strong>s manifestadas pela <strong>ANA</strong>, SA para fazer face aos investimentos,informa-se que parte substancial das disponibilida<strong>de</strong>s da Empresa se encontram na <strong>ANA</strong>, SA, comremuneração sensivelmente idêntica ao mercado.Entretanto, a <strong>ANA</strong>M, SA, abriu conta no IGCP – Instituto <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Crédito Público, <strong>de</strong> acordo com asorientações recebidas.51


.<strong>11</strong> Relatório& Contas2.13. DIVULGAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAISNo quadro que segue é divulgado o grau <strong>de</strong> cumprimento das orientações legais em questão, conformequadro do anexo 6 do ofício-circular da DGTF 653, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2012.CumprimentoCumprimento das Orientações Legais S N N.A. Quantificação JustificaçãoObjectivos <strong>de</strong> GestãoAcréscimos <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> ✔ +3,5 nos passageiros e +5,6 nas Receitas Comerciais Conforme se <strong>de</strong>monstra no ponto 7, do Cap. IIContenção <strong>de</strong> Despesas Correntes e <strong>de</strong> Investimentos ✔Eficiência Operacional - Resultado Operacional ✔ EBITDA: 10.162 mil Euros; ROPER: 5.450 mil Euros Conforme ponto 2.<strong>11</strong> Plano <strong>de</strong> Redução <strong>de</strong>EBITDA positivoCustosControlo do nível <strong>de</strong> Endividamento ✔ Redução <strong>de</strong> 3,7 milhões <strong>de</strong> Euros em 20<strong>11</strong>Equilíbrio Económico-Financeiro da Concessão ✔ Em curso Aguarda <strong>de</strong>senvolvimento por partedo Conce<strong>de</strong>nte (RAM)Gestão do Risco Financeiro ✔ Em curso a adoção do Mo<strong>de</strong>lo <strong>ANA</strong>, SA Ver ponto 2.2Evolução do PMP a fornecedores ✔ Média <strong>de</strong> 33 dias Ver síntese ponto 2.3Atrasos nos Pagamentos (“Arrears”) ✔ Já regularizados ou em regularização Ver quadro ponto 2.3Deveres Especiais <strong>de</strong> Informação✔Recomendações do acionista na aprovação <strong>de</strong> contasRelatório Semestral alíneas b) a h) do nº1 do Anexo ✔ Enviado Relatório 1º Semestre Ver ponto 2.6II da RCM 70/2008Revisão do Contrato <strong>de</strong> Concessão ✔ Em curso Aguarda proposta <strong>de</strong> clausulado da RAMRemuneraçõesNão atribuição <strong>de</strong> prémios <strong>de</strong> gestão ✔ Não são pagas remunerações variáveis aosAdministradoresOrgãos sociais - redução remuneratória em termos ✔do art.º 19º da Lei 55-A/2010Orgãos sociais - redução <strong>de</strong> 5% por aplicação ✔do art.º 12º da Lei 12-A/2010Auditor Externo - redução remuneratória em termos ✔do art.º 22º da Lei 55-A/2010Restantes trabalhadores - redução remuneratória ✔em termos do art.º 19º da Lei 55-A/2010Contratação PúblicaNormas <strong>de</strong> contratação pública✔Normas <strong>de</strong> contratação pública pelas participadas✔A<strong>de</strong>são ao Sistema Nacional <strong>de</strong> Compras Públicas ✔ Em curso conjuntamente com a <strong>ANA</strong>, SALimites <strong>de</strong> Crescimento do Endividamento ✔ Redução do endividamento em 3,7 mil Euros Ver ponto 2.10Plano <strong>de</strong> Redução <strong>de</strong> CustosGastos com pessoal ✔ Redução <strong>de</strong> -24,1% entre 2009 e 20<strong>11</strong> Ver ponto 2.<strong>11</strong>Fornecimentos e Serviços Externos ✔ Redução <strong>de</strong> -8,5% entre 2009 e 20<strong>11</strong> Ver ponto 2.<strong>11</strong>Princípio da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tesouraria ✔ 1.000 Euros e gestão <strong>de</strong> tesouraria integrada com a Ver ponto 2.12<strong>ANA</strong>, SA52


RELATÓRIODE GESTÃO53


II. RELATÓRIO DE GESTÃO.<strong>11</strong> Relatório& Contas1. NOTA PRÉVIA1.1. A <strong>ANA</strong>M, apresenta as suas contas <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> segundo a IFRIC 12 que significa a InterpretaçãoContabilística <strong>de</strong> Relato Financeiro, aplicável aos Acordos <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Serviços.Tendo sido publicada em 30.NOV.2006 e adotada pela Comunida<strong>de</strong> Europeia em 25.MAR.2009(Regulamento (CE) nº 254/2009 da Comissão), a IFRIC 12 foi, obrigatoriamente, aplicada na <strong>ANA</strong>M,SA em 01.JAN.2010 com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reexpressão dos valores a 01.JAN.2009, para efeitoscomparativos.Desta circunstância resulta que, os valores expressos no Relatório <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> só são comparáveisdiretamente com os valores <strong>de</strong> 2009 e 2010. A comparação com os valores dos anteriores exercícios,<strong>de</strong>verá ser objeto dos ajustamentos prévios necessários.1.2. Importa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, salientar as principais alterações contabilísticas com a adoção da IFRIC 12, apósapuramento e evidência, em 2010, dos impactos nos Capitais Próprios e no Resultado Líquido.Com efeito, as principais alterações no sistema contabilístico, operadas em 2010 e com relevância nopresente exercício, encontram-se relacionadas:• Com a classificação dos Ativos afetos à Concessão (Ativos Intangíveis versus Direitos <strong>de</strong>Concessão);• Com a alteração do processo <strong>de</strong> amortizações, face ao período da concessão consi<strong>de</strong>rado;• Com o critério do Reconhecimento dos Subsídios.1.3. Registamos, igualmente, pela sua importância ao nível dos resultados que, à semelhança do anoanterior, foi consi<strong>de</strong>rado neste relatório um prazo <strong>de</strong> Concessão até 2053 (mais 20 anos).A consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong>ste prazo encontra-se suportada na carta ref. 99 E/1.1, <strong>de</strong> 17.JAN.20<strong>11</strong>, que nosfoi enviada pela SRTT.Entretanto, julga-se ser <strong>de</strong> salientar que, um prazo mais alargado para a Concessão, é condiçãonecessária, embora não suficiente para a obtenção da viabilida<strong>de</strong> económico-financeira da Empresa,em termos sustentáveis.Neste contexto, apraz-nos registar a receção do ofício 328 da SRCTT, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2012, o quemanifestamente revela o interesse do Governo Regional da Ma<strong>de</strong>ira em ultrapassar <strong>de</strong>finitivamenteas questões relativas ao Contrato <strong>de</strong> Concessão, <strong>de</strong>signadamente, o reforço da posição já assumidaem 17 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2012, por S. Excelência a Senhora Secretária Regional do Turismo e Transportes,na sequência das diligências em curso do Conselho <strong>de</strong> Administração da <strong>ANA</strong>M, SA, com o GovernoRegional da Ma<strong>de</strong>ira, para a Revisão <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Concessão, como anteriormente já referido.54


.<strong>11</strong> Relatório& Contas1.4. É na perspetiva do referido nos pontos anteriores que a <strong>ANA</strong>M, SA apresenta Capital Próprio positivoe reforçado, face ao ano anterior (ainda que não suficiente para o cumprimento dos requisitos legais)e Resultados Líquidos, igualmente positivos, em 20<strong>11</strong>.Finalmente, enten<strong>de</strong>-se salientar que, os resultados da Empresa <strong>de</strong>verão ser analisados à luz da<strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> dos critérios contabilísticos a que, por força da adoção da IFRIC 12, resulta na falta<strong>de</strong> consistência do Relato Financeiro, na comparação com anos anteriores a 2010.55


.<strong>11</strong> Relatório& Contas2. SÍNTESE DO DESEMPENHOO exercício <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> encerrou com um Resultado Líquido positivo <strong>de</strong> 5.603 mil Euros e um ResultadoOperacional <strong>de</strong> 5.450 mil Euros.No passado recente, os Resultados Líquidos e os Operacionais, apresentavam, em condições normais,<strong>de</strong>sempenhos negativos.A alteração ocorrida é consequência direta da adoção da interpretação IFRIC 12 em 2010 e, ainda, pelaconsi<strong>de</strong>ração da extensão do Contrato <strong>de</strong> Concessão (por mais 20 anos).Embora com um ligeiro crescimento da ativida<strong>de</strong> em 20<strong>11</strong>, recorda-se que, tais Resultados são obtidosem contexto económico-financeiro extremamente difícil, resultam, da alteração <strong>de</strong> um certo paradigmado tráfego (forte contração das rotas com o Continente, principal mercado), da manutenção das tarifasaeroportuárias, inalteradas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005, e da continuação <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> gestão atinentes à contenção <strong>de</strong>custos.A nível da ativida<strong>de</strong>, o acréscimo <strong>de</strong> 3,5% no tráfego <strong>de</strong> Passageiros e um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> (3,6%) nosMovimentos, induziram que os Proveitos Aviação se mantiveram ligeiramente acima do ano anterior 0,5%.A liberalização da rota entre o Continente e a Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira que, no passado recente, haviapossibilitado um incremento significativo <strong>de</strong> tráfego nesta rota em 2009 e 2010, foi, todavia, insuficientepara compensar as perdas nos principais mercados <strong>de</strong> captação turística (Reino Unido e Alemanha).Porém, em 20<strong>11</strong> não só as rotas com o Continente apresentaram significativas reduções do tráfego como,igualmente, se registaram diminuições nos mercados da Dinamarca e Venezuela.Pela positiva, merecem <strong>de</strong>staque, o crescimento do tráfego nos mercados do Reino Unido, França, Holandae Espanha.A nível das companhias aéreas, o Grupo SATA registou uma quebra muito assinalável, com cerca <strong>de</strong> menos67.000 passageiros transportados, enquanto que companhias como a EasyJet, Thomsonfly e TransaviaFrance, transportaram, no conjunto, mais cerca <strong>de</strong> 67.000 passageiros.Assim, a evolução da ativida<strong>de</strong> aviação caracteriza-se, em termos gerais:a) Os Passageiros aumentaram 3,5% em termos globais, sendo que, os acréscimos por aeroporto, foram:3,5% no Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira e 3,1% no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo.b) O Movimento <strong>de</strong> Aeronaves, teve um ligeiro <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> (3,6%), distribuído pelo Aeroporto daMa<strong>de</strong>ira com (3,4%) e no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo com (5,2%), face ao ano anterior.c) A Carga Operada teve um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> (16,6%) nos <strong>Aeroportos</strong> da RAM: diminuiu (16,1%) noAeroporto da Ma<strong>de</strong>ira e (33,3%) no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo. Também a situação do Correio teve56


.<strong>11</strong> Relatório& Contasum <strong>de</strong>sempenho negativo com (7,6%), em relação ao ano anterior, o que é aceite como indicador <strong>de</strong><strong>de</strong>saceleração económico.Em consequência do <strong>de</strong>sempenho do Tráfego, os Proveitos Aviação tiveram, em 20<strong>11</strong>, face a 2010, umligeiro crescimento <strong>de</strong> 0,5%, com <strong>de</strong>sempenhos positivos apenas nos passageiros.As ativida<strong>de</strong>s relativas à Não Aviação, nas componentes: Retalho, Imobiliária, Publicida<strong>de</strong>, Rent-a-Car eParques <strong>de</strong> Estacionamento tiveram, em termos globais, um acréscimo nos Proveitos <strong>de</strong> 5,6%.Este acréscimo ficou a <strong>de</strong>ver-se à evolução positiva do Retalho, dos Rent-a-Car e da Publicida<strong>de</strong>; as receitas<strong>de</strong> Imobiliário mantiveram-se estacionárias e as restantes tiveram <strong>de</strong>sempenhos negativos.Por outro lado, as componentes Segurança e PMR, passaram a representar em 20<strong>11</strong>, no cômputo doVolume <strong>de</strong> Negócios (sem incluir a rubrica “Contrato <strong>de</strong> Construção” associada à IFRIC 12), uma parcela <strong>de</strong>10,3%. Trata-se <strong>de</strong> um proveito não “core” <strong>de</strong>stinado à cobertura <strong>de</strong> custos associados a estas ativida<strong>de</strong>s,não contribuindo, <strong>de</strong> um modo geral, para a obtenção <strong>de</strong> resultados.É, ainda, <strong>de</strong> salientar que em 2010, 70% do volume <strong>de</strong> negócios da Empresa está concentrada em 10clientes: 7 companhias aéreas, 2 handlers e as Lojas Francas <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.A nível da <strong>de</strong>spesa, a <strong>ANA</strong>M, SA <strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong> a uma política <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> custos e à restriçãoaos investimentos relacionados com infraestruturas, mas <strong>de</strong>u cumprimento ao plano <strong>de</strong> investimentos <strong>de</strong>manutenção, exploração e correntes orçamentados, totalizando os Investimentos realizados, em 20<strong>11</strong>,1.559 mil Euros.Julga-se ser <strong>de</strong> referir que, os Investimentos assinalados, têm vindo a ser integralmente suportados com meiospróprios, salvo os do Projeto SITI – Sistema Integrado <strong>de</strong> Telecomunicações e Informação, atualmente emcurso e com um investimento elegível <strong>de</strong> 1.741 mil Euros, se espera obter, nos termos do contrato elaboradocom o IDR da Ma<strong>de</strong>ira, uma comparticipação <strong>de</strong> 80%, através dos Fundos Comunitários (FEDER).O Programa <strong>de</strong> Otimização do Efetivo, que teve o seu início em 2005, colheu, até 20<strong>11</strong>, a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> 91efetivos, contribuindo para uma redução líquida do quadro <strong>de</strong> pessoal em 76 efetivos. No período emcausa, o os efetivos passaram <strong>de</strong> 393 para apenas 317.A contrapartida das saídas verificadas, através <strong>de</strong> rescisões por mútuo acordo, traduziu-se, até à data, numinvestimento <strong>de</strong> 9.252 mil Euros, cujo período médio <strong>de</strong> recuperação se estima em 3/4 anos.A dívida da <strong>ANA</strong>M, SA, <strong>de</strong> 203,5 milhões <strong>de</strong> Euros, foi, em 20<strong>11</strong>, reduzida em 3,7 milhões <strong>de</strong> Euros e estárepresentada por três empréstimos bancários e um empréstimo obrigacionista. Presentemente, a <strong>ANA</strong>M,SA encontra-se a amortizar o empréstimo do BEI, com prestações anuais <strong>de</strong> 3,7 milhões <strong>de</strong> Euros mas terá,já em 2014, que proce<strong>de</strong>r à recompra do empréstimo obrigacionista <strong>de</strong> 50 milhões <strong>de</strong> Euros, po<strong>de</strong>ndo,entretanto, haver necessida<strong>de</strong> da sua antecipação, face ao <strong>de</strong>senvolvimento da privatização da <strong>ANA</strong>, SA,que prestou, para a obtenção <strong>de</strong>ste empréstimo, o respetivo aval. No contrato <strong>de</strong> empréstimo está previstoo reembolso antecipado se existir alteração acionista na <strong>ANA</strong>, SA.57


.<strong>11</strong> Relatório& ContasEm termos globais, a <strong>ANA</strong>M, SA gerou Proveitos Operacionais <strong>de</strong> 42.260 mil Euros, originando um ResultadoOperacional EBIT <strong>de</strong> 5.450 mil Euros. O Cash-Flow Operacional EBITDA, no valor <strong>de</strong> 10.162 mil Euros, épositivo e correspon<strong>de</strong> a 26,7% <strong>de</strong> margem do EBITDA.O Resultado Financeiro <strong>de</strong> (3.875) mil Euros, registou em 20<strong>11</strong>, uma ligeira melhoria, dado que oagravamento face à evolução das taxas ativas com in<strong>de</strong>xante à Euribor, foi compensado pelas taxas <strong>de</strong> juropassivas, provenientes das aplicações financeiras.O Resultado Líquido <strong>de</strong> 5.603 mil Euros em 20<strong>11</strong>, que compara com os 784 mil Euros em 2010, incluiImpostos Diferidos Ativos <strong>de</strong> 4.032 mil Euros, <strong>de</strong>correntes da adoção da IFRIC 12, sendo a melhor estimativadas diferenças temporárias a recuperar em períodos futuros.Em finais do ano <strong>de</strong> 2010, o Conselho <strong>de</strong> Administração, no cumprimento do mandato que lhe foi atribuídopela Assembleia Geral <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2010, apresentou ao Conce<strong>de</strong>nte e aos Acionistas, uma proposta<strong>de</strong> revisão do Contrato <strong>de</strong> Concessão, com vista ao alargamento do seu prazo por mais 20 anos e à criação<strong>de</strong> condições para assegurar o reequilíbrio económico da Concessão.A proposta do Conselho <strong>de</strong> Administração foi apreciada na Assembleia Geral <strong>de</strong> <strong>11</strong> <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, tendo,no âmbito das <strong>de</strong>liberações então tomadas, a Secretaria Regional do Turismo e Transportes, transmitido acriação <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> trabalho multidisciplinar sob tutela da SRTT, para apresentação <strong>de</strong> um clausuladoalternativo.Assim, aguarda-se o <strong>de</strong>senvolvimento do processo, tendo-se a <strong>ANA</strong>M, SA disponibilizado para o apoiotécnico a esta iniciativa.58


.<strong>11</strong> Relatório& Contas3. PRINCIPAIS INDICADORES20<strong>11</strong> 2010 2009 Var. %<strong>Aeroportos</strong>Passageiros (nº)* 2.417.972 2.336.861 2.466.775 3,5Movimento <strong>de</strong> Aeronaves (nº)* 24.162 25.064 25.019 (3,6)Carga (Ton) 5.238 6.283 6.418 (16,6)Pax / Movimentos (nº) 100,1 93,2 98,6 7,3Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tráfego (WLU’s) 2.446.686 2.378.546 2.512.3<strong>11</strong> 2,9PessoalEfetivos Médios no Ativo (nº) 323 325 334 (0,6)Gastos c/ Pessoal (mil Euros) <strong>11</strong>.917 13.<strong>11</strong>6 15.703 (9,1)Gastos c/ Pessoal p. capita (mil Euros) 36,9 40,4 47,0 (8,6)Passageiros por Efetivo (nº) 7.486 7.190 7.386 4,1VAB p. capita (mil Euros) 68,5 70,3 76,4 (2,6)Desempenho EconómicoVolume <strong>de</strong> Negócios (mil Euros) 38.053 37.412 39.169 1,7Volume <strong>de</strong> Negócio por Passageiro (Euros) 15,7 16,0 15,9 (1,7)Custos Operacionais (mil Euros) 36.810 36.989 38.977 (0,5)Cash-Flow Operacional – EBITDA (mil Euros) 10.162 <strong>11</strong>.148 9.575 (8,8)Resultado Operacional – EBIT (mil Euros) 5.450 6.0<strong>11</strong> 4.451 (9,3)Resultado Líquido (mil Euros) 5.603 784 (932) 614,2Prazo Médio <strong>de</strong> Pagamento (dias)** 33 33 30 0,0Proveitos AviaçãoProveitos Aviação (mil Euros) 27.509 27.374 28.326 0,5Proveitos Aviação / Pax (Euros) <strong>11</strong>,4 <strong>11</strong>,7 <strong>11</strong>,5 (2,9)PMR’sProveitos PMR’s (mil Euros) 727 703 742 3,3Proveitos SegurançaProveitos Segurança (mil Euros) 3.133 3.190 3.390 (1,8)Proveitos Segurança / Pax (Euros) 1,3 1,4 1,4 (5,1)Proveitos Não AviaçãoProveitos Não Aviação (mil Euros) 6.271 5.940 6.086 5,6Proveitos Não Aviação / Pax (Euros) 2,6 2,5 2,5 2,0Proveitos <strong>de</strong> Retalho / m 2 (Euros) 308,2 277,2 298,7 <strong>11</strong>,2Proveitos <strong>de</strong> P. Estac. / nº lugares (Euros)*** 383,7 443,9 475,1 (13,6)BalançoAtivo Total (mil Euros) 240.471 236.058 229.456 1,9Capitais Próprios (mil Euros) 7.554 1.952 1.167 287,1Capitais Alheios (mil Euros) 232.917 234.106 228.289 (0,5)Cash-Flows Livres 12.524 13.827 13.120 (9,4)IndicadoresMargem EBITDA (%) 26,7 29,8 24,4 (3,1) p.p.Margem Operacional (%) 14,3 16,1 <strong>11</strong>,4 (1,7) p.p.Peso Proveitos Não Aviação (%) 14,8 13,8 14,0 1,0 p.p.Crescimento Base Custos (%) 0,9 (6,7) 19,0 7,6 p.p.Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Endividamento (2,6) (2,8) (2,3) 0,2 p.p.ROCE - Return on Capital Employed (%) 2,3 2,6 2,0 (0,3) p.p.Autonomia Financeira 0,03 0,01 0,01 0,02 p.p.* Não inclui Tráfego Não Comercial.** PMP calculado <strong>de</strong> acordo com a RCM nº 34/2008, <strong>de</strong> 22Fevereiro.59


.<strong>11</strong> Relatório& Contas4. ESTRUTURA DA EMPRESA• A macroestrutura da <strong>ANA</strong>M, SA, comporta os seguintes órgãos (8):CONSELHOADMINISTRAÇÃOPRESIDENTEEng. António Guilhermino RodriguesDFPCDr. Hilário ValenteDIRECÇÃODIRECTOREng. Duarte FerreiraDIRECTOR ADJUNTODr. Roberto Santa Clara GomesASSESSORIATÉCNICAEng. Estrela MartinsAJGISQAGABINETE DE INOVAÇÃO,SEGURANÇA, QUALIDADEE AMBIENTEDr. Mário GilASSESSORIA JURÍDICADrª. Elsa AssunçãoAMCGPCONTROLO DE GESTÃOE PROJECTOSDrª. Cátia VieiraAMGOP AMGTE AMGFA AMGCM APSGEX AMGREHGESTÃOOPERACIONALGESTÃOTÉCNICAGESTÃOFINANCEIRA EADMINISTRATIVAGESTÃOCOMERCIAL EMARKETINGGESTÃODE EXPLORAÇÃOAPSGESTÃODE RECURSOSHUMANOSDr. Mário GilEngª. ElsaFrancoDr. HenriqueFreitasDrª. CláudiaGonçalvesDrª. IsabelVelosaDrª. ElsaAssunção(8) Alteração da Estrutura orgânica aprovada pelo Conselho <strong>de</strong> Administração: DAM OS 01/2009, <strong>de</strong> 04.MAR.2009 e DFPC OS 02/2009, <strong>de</strong>17.ABR.2009.60


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• Monitorização dos níveis <strong>de</strong> Atribuições e CompetênciasConselho <strong>de</strong> Administração(Conforme <strong>de</strong>scrito no ponto 1.5, do Capitulo I – Governo da Socieda<strong>de</strong>)Direcção Financeira <strong>de</strong> Planeamento e Controlo (DFPC)Estratégia <strong>de</strong> financiamento e gestão financeira, no curto, médio e longo prazo; relevação contabilística epatrimonial; preparação das contas da Empresa; <strong>de</strong>senvolvimento do processo <strong>de</strong> controlling e reporting daEmpresa e controlo do risco.A DFPC está localizada em instalações da <strong>ANA</strong>, SA em Lisboa e relaciona-se diretamente com a Direção dos<strong>Aeroportos</strong> instalada na Ma<strong>de</strong>ira.Assessoria Técnica (AT)Coor<strong>de</strong>nação e controlo dos projetos relacionados com novas infraestruturas aeronáuticas dos <strong>Aeroportos</strong>da Ma<strong>de</strong>ira e Porto Santo e acompanhamento <strong>de</strong> fiscalização das respetivas obras.Direcção dos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira (DAM)Exploração, coor<strong>de</strong>nação operacional e manutenção aeroportuária dos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira e PortoSanto; <strong>de</strong>finição e implementação da estratégia comercial para os negócios não aviação; política <strong>de</strong> gestãoe <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> recursos humanos e formação; aprovisionamentos, compreen<strong>de</strong>ndo:Assessoria Jurídica (AJ)Assegurar a coor<strong>de</strong>nação, apoio e prestação <strong>de</strong> serviços jurídicos às ativida<strong>de</strong>s e o objeto socialda Empresa, compreen<strong>de</strong>ndo entre outras: i) a colaboração na preparação dos normativos dosprocedimentos concursais, incluindo, também, processos aquisitivos, processos <strong>de</strong> negociação, etc.;ii) assegurar a apreciação e atuação jurídica em matérias e processos relacionados com ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> regulamentação aeronáutica, <strong>de</strong> assistência em escala e das licenças <strong>de</strong> exploração e ocupação<strong>de</strong> domínio público aeroportuário; iii) assegurar a consultoria e o apoio jurídico às diversas unida<strong>de</strong>sorganizacionais da Empresa e em todas as matérias <strong>de</strong> índole laboral e <strong>de</strong> pré-contencioso laboral;iv) garantir a análise <strong>de</strong> toda a legislação emitida e assegurar a sua divulgação interna.Controlo <strong>de</strong> Gestão e Projetos (AMCGP)Efetuar o controlo e reporte <strong>de</strong> todos os indicadores <strong>de</strong> gestão, em conformida<strong>de</strong> com as orientações<strong>de</strong>correntes dos Planos Estratégicos e Orçamentos aprovados superiormente para os <strong>Aeroportos</strong>da Ma<strong>de</strong>ira, compreen<strong>de</strong>ndo também: i) a monitorização dos orçamentos, a análise dos <strong>de</strong>sviose, se necessário, a implementação <strong>de</strong> medidas corretivas; ii) assegurar, nas áreas <strong>de</strong> planeamento econtrolo <strong>de</strong> gestão, o cumprimento das orientações dos órgãos centrais da Empresa; iii) efetuar oacompanhamento dos projetos transversais à Empresa, com especial incidência nos <strong>Aeroportos</strong> daMa<strong>de</strong>ira.61


.<strong>11</strong> Relatório& ContasGabinete <strong>de</strong> Inovação, Qualida<strong>de</strong>, Ambiente e Segurança (GISQA)Assegurar, em termos gerais, a coor<strong>de</strong>nação, direta ou por <strong>de</strong>legação, das ações <strong>de</strong> segurança (Safetye Security), Qualida<strong>de</strong> e Ambiente e Gabinete <strong>de</strong> Controlo <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> da Segurança <strong>de</strong> AviaçãoCivil, incluindo também: i) a elaboração e <strong>de</strong>senvolvimento dos Planos <strong>de</strong> Segurança, <strong>de</strong> Emergência,<strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento físico aeroportuário dos Manuais <strong>de</strong> Segurança na Placa <strong>de</strong> Aeródromos e Outras;ii) coor<strong>de</strong>nar as ações relacionadas com a prestação <strong>de</strong> Serviços (SLA) e dos Inquéritos <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>dos Serviços Prestados (ASQ), entre outras ações.Divisão <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Recursos Humanos (AMGREH)Garantir o <strong>de</strong>senvolvimento e políticas dos recursos humanos, em conformida<strong>de</strong> com a <strong>de</strong>finiçãoestratégica da Empresa; assegurar a a<strong>de</strong>quada aplicação do Acordo <strong>de</strong> Empresa e <strong>de</strong>mais legislaçãoe regulamentação laboral aplicável; promover a execução do programa <strong>de</strong> formação da Empresa edos projetos do Sistema <strong>de</strong> Gestão Integrada dos Recursos Humanos, com impacto transversal.Divisão <strong>de</strong> Gestão Comercial e Marketing (AMGCM)Assegurar a coor<strong>de</strong>nação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todas as áreas funcionais <strong>de</strong> si <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, tendocomo objetivo o planeamento, a gestão e o controlo <strong>de</strong> negócios Aviação e Não Aviação dos<strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira, baseados numa prestação <strong>de</strong> serviços eficaz e <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> valor paraa Empresa, incluindo, também: i) <strong>de</strong>senvolvimento e concretização <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> marketing<strong>de</strong> apoio às áreas Aviação, Não Aviação e Institucional, que visem o aumento e consolidação dosProveitos; ii) coor<strong>de</strong>nação da política <strong>de</strong> relações públicas na Empresa e, bem assim, o serviço <strong>de</strong>informação ao Passageiro e Serviços <strong>de</strong> Telefonistas; iii) garantir a operacionalida<strong>de</strong> e sistemáticaatualização do sítio da Empresa na Internet.Divisão <strong>de</strong> Gestão Técnica (AMGTE)Assegurar as boas condições <strong>de</strong> operacionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todas as infraestruturas, sistemas e equipamentosdos aeroportos, nas áreas <strong>de</strong> energia, eletrónica, tecnologias e sistemas <strong>de</strong> informação, construçãocivil, mecânica e gestão <strong>de</strong> incidências, com garantia <strong>de</strong> elevados níveis <strong>de</strong> fiabilida<strong>de</strong>, disponibilida<strong>de</strong>e em condições <strong>de</strong> segurança.Compete-lhe, também, garantir: i) a coor<strong>de</strong>nação do serviço <strong>de</strong> transportes e a gestão da frotaautomóvel; ii) os processos <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> bens e serviços, em conformida<strong>de</strong> com a Lei e o previstono Manual <strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Bens e Serviços; iii) a gestão dos contratos, <strong>de</strong> entre outrasatribuições.Divisão <strong>de</strong> Gestão Financeira e Administrativa (AMGFA)Assegurar a execução dos procedimentos <strong>de</strong> natureza administrativa, financeira e contabilística,necessários ao funcionamento dos <strong>Aeroportos</strong>; planear e coor<strong>de</strong>nar, em articulação com a DireçãoFinanceira <strong>de</strong> Planeamento e Controlo, as ativida<strong>de</strong>s económico-financeiras assegurando, uma vezaprovadas, a sua implementação e controlo; promover a divulgação da informação <strong>de</strong> gestão,incluindo o Controlo Orçamental; garantir os serviços <strong>de</strong> expediente e arquivos.62


.<strong>11</strong> Relatório& ContasDivisão <strong>de</strong> Gestão Operacional (AMGOP)Coor<strong>de</strong>nar, diretamente ou por <strong>de</strong>legação, as áreas Operacionais e <strong>de</strong> Socorros, da responsabilida<strong>de</strong>dos Serviços <strong>de</strong> Operações Aeroportuários e <strong>de</strong> Salvamento e Luta contra Incêndios, compreen<strong>de</strong>ndo,ainda, entre outros: i) a operacionalização do Centro <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Emergência (COE); ii) orelacionamento com a NAV, EPE, entida<strong>de</strong>s oficiais e outros serviços, instalados no Aeroporto daMa<strong>de</strong>ira no âmbito da ativida<strong>de</strong> Aviação; e iii) a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> todas as operações nas áreas <strong>de</strong>movimento e terminais.Divisão <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Exploração do APSAssegurar, em articulação com a Direção dos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira, a exploração da ativida<strong>de</strong>aeroportuária e comercial do Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo e bem assim <strong>de</strong> todas as ações relativas àmanutenção das infraestruturas, segurança do Aeroporto, ambiente, qualida<strong>de</strong> e aprovisionamentos,em estrita colaboração com os diversos órgãos da Empresa.63


.<strong>11</strong> Relatório& Contas5. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO5.1. Envolvente EconómicaA crise das dívidas soberanas e do sector bancário na Zona Euro está a ser bastante mais acentuada do queas previsões económicas no início apontavam, tendo-se alargado e aprofundado.Os juros da dívida pública dos países mais expostos atingiram novos máximos enquanto o risco <strong>de</strong>contaminação das gran<strong>de</strong>s economias europeias ainda não está afastado. Os mercados acionistasconcretizaram fortes ajustamentos, relacionados com os receios <strong>de</strong> abrandamento da ativida<strong>de</strong>económica.10 year government bond spreads over Germany, % points6.0 -5.0 -4.0 -3.0 -2.0 -ItáliaEspanha1.0 -0.0 --1.0 -20082009201020<strong>11</strong>FrançaReino UnidoSuéciaO nível <strong>de</strong> confiança dos investidores permaneceu em queda e o consumo privado nas economias<strong>de</strong>senvolvidas manteve-se anémico, tendo-se mesmo contraído nalguns casos, fundamentalmente pelasseguintes razões:• O nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego manteve-se em níveis recor<strong>de</strong>;• As perspetivas relativas ao rendimento disponível são bastante negativas, alicerçadas emelevados níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego e <strong>de</strong> baixa criação <strong>de</strong> novo emprego, sendo a disponibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> crédito a custo reduzido agora também escassa;• O preço das habitações continua sem estabilizar nas diversas economias <strong>de</strong>senvolvidas e aoferta é neste momento bastante superior à procura, o que tem reduzido drasticamente ovalor das mesmas;• Gran<strong>de</strong>s perdas dos agregados familiares nos mercados acionistas.64


.<strong>11</strong> Relatório& Contas6 -4 -2 -0 --2 --4 --6 -Employment- 6Emergingeconomies 2 - 4 -Advance<strong>de</strong>conomies 3World- 2 -- 0- -2- -4- -612 -9 -6 -3 -0 --3 --6 -Real Private Consumption(annualized percent change frompreceding quarter)2007- 12Emerging- 9economies 2- 6- 3- 0Advanced- -3economies 32008 2009 2010 20<strong>11</strong>Q2- -62005200620072008 2009 2010 Junho20<strong>11</strong>• O Setor do Transporte AéreoEm termos globais, a ativida<strong>de</strong> do transporte aéreo no contexto mundial está fortemente correlacionadacom a ativida<strong>de</strong> económica, verificando-se ultimamente que o crescimento está a <strong>de</strong>sacelerar para níveiscríticos, abaixo dos 5% nos passageiros e próximo dos 0% na carga aérea.40% -Growth in global air travel (RPK) and air freight (FTK)- 15%30% -20% -10% -Air travelgrowth(right scale)- 10%- 5%0% --10% --20% -Air freightgrown- 0%- -5%-30% -2008 2009 2010 20<strong>11</strong> 2012- -10%Source: IATAAs perspetivas para o final <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> e para o ano <strong>de</strong> 2012 não são, para a Zona Euro e para os EstadosUnidos, muito animadoras. No entanto, a OCDE avança já com um cenário bem mais negativo que configurao prolongamento da crise das dívidas públicas, o que afetará gravemente a liqui<strong>de</strong>z do sistema bancárioprovocando uma crise financeira na Zona Euro. Neste cenário, a Zona Euro entraria em forte recessão, osEUA seguiriam no mesmo sentido, embora em menor escala, enquanto a própria China sofreria tambémcom os efeitos colaterais <strong>de</strong>sta crise por via <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>saceleração das taxas <strong>de</strong> crescimento económico.65


.<strong>11</strong> Relatório& ContasThe OECD´sassessment of thedownsi<strong>de</strong> risk toGDP20<strong>11</strong>2012 central forecast2012 OECD scenario10 -8 -6 -4 -2 -0 --2 --4 -Eurozone US China WorldO preço do combustível continua a configurar-se como fator <strong>de</strong> incerteza, esperando-se que se mantenhaem níveis elevados. No entanto, à medida que a produção industrial <strong>de</strong>sacelera, o preço do combustíveltambém terá tendência a baixar. Em sentido contrário, há a consi<strong>de</strong>rar uma reconhecida instabilida<strong>de</strong>geopolítica <strong>de</strong>rivada <strong>de</strong> uma crescente tensão entre os EUA e o Irão no estreito <strong>de</strong> Ormuz (por on<strong>de</strong> passa20% da produção mundial <strong>de</strong> petróleo) que tem alimentado uma tendência especulativa crescente dospreços.Brent oil price and world industrial production growthUS$ per barrel140 -130 -120 -<strong>11</strong>0 -100 -90 -80 -70 -60 -50 -Industrialproductiongrowth(right scale)Oil price(left scale)- 15%- 10%- 5%- 0%- -5%- -10%% change versus previous year40 -2005200620072008 2009 2010 20<strong>11</strong> 2012- -15%Source: OECDA juntar à anemia económica na Zona Euro e à incerteza dos preços dos combustíveis, haverá ainda que terem conta a introdução do ETS (Emissions Trading Scheme) a partir <strong>de</strong> 2012 e os potenciais impactos dastaxas aplicadas pelos governos dos principais mercados emissores <strong>de</strong> turistas para o Sul da Europa, comosejam o Reino Unido ou a Alemanha.Perante este cenário macroeconómico, as perspetivas <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> das companhias aéreas não são66


.<strong>11</strong> Relatório& Contasmuito otimistas, apontando a IATA para 20<strong>11</strong> um valor próximo dos 7 mil milhões <strong>de</strong> dólares e em 2012,no cenário central, para um EBIT <strong>de</strong> 3,5 mil milhões <strong>de</strong> dólares a nível mundial. No entanto, e ainda <strong>de</strong>acordo com a previsão da IATA, se o cenário <strong>de</strong> crise bancária na Zona Euro previsto pela OCDE se verificar,o resultado po<strong>de</strong>rá traduzir-se em perdas da or<strong>de</strong>m dos 8 mil milhões <strong>de</strong> dólares.6,0 -3,0 -Global commercial airline profitabilityEBIT margin(left scale)Centralforecast- 20- 15- 10-5% revenues0,0 --3,0 --6,0 -Net posttax losses(right scale)Bankingcrisisscenario- 0- -5- -10- -15- -20- -25US$ billion-9,019992000200120022003200420052006200720082009201020<strong>11</strong>F2012F- -30Source: IATANeste contexto, é expectável que a indústria do transporte aéreo coloque uma pressão acrescida sobre osfornecedores <strong>de</strong> serviços às companhias aéreas, entre os quais se encontram os aeroportos.Os aeroportos operarão em 2012 num ambiente que exige cautela e pon<strong>de</strong>ração acrescidas ao nível dasprevisões <strong>de</strong> tráfego:• Fraca ativida<strong>de</strong> económica (PIBs europeus estabilizados ou em queda);• Níveis <strong>de</strong> confiança do consumidor historicamente baixos relacionados com elevado <strong>de</strong>sempregoe redução generalizada do rendimento disponível, dificultando a indução <strong>de</strong> tráfego;• Introdução do ETS a nível europeu;• Introdução governamental generalizada <strong>de</strong> taxas sobre os passageiros que utilizam o transporteaéreo fundamentalmente em mercados emissores <strong>de</strong> passageiros/turistas;• Pressão para redução <strong>de</strong> taxas aeroportuárias e para o diferimento <strong>de</strong> investimentos por partedas companhias aéreas, ampliada pelos movimentos <strong>de</strong> consolidação e respetivo aumento <strong>de</strong>po<strong>de</strong>r negocial;• Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar fontes <strong>de</strong> proveitos não aviação que ainda não estejam exploradas;• Crédito pouco acessível e bastante mais caro.67


.<strong>11</strong> Relatório& ContasSegundo os mais recentes dados do ACI, em 20<strong>11</strong> o tráfego a nível mundial registou um crescimento<strong>de</strong> 4,9%, com a Europa a registar um <strong>de</strong>sempenho bastante melhor (+7,5%), justificado pelo facto <strong>de</strong>estarmos a comparar 20<strong>11</strong> com um ano <strong>de</strong> 2010 atípico em que se verificaram diversos eventos disruptivos,nomeadamente a nível das “cinzas islan<strong>de</strong>sas”, das tempesta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> neve no centro da Europa ou dasdiversas greves <strong>de</strong> controladores <strong>de</strong> tráfego aéreo.Para 2012, o outlook é menos positivo, sendo esperado, ainda <strong>de</strong> acordo com o ACI, um crescimentomundial do tráfego nos aeroportos <strong>de</strong> 3,9% para 2012, e para a Europa um crescimento ainda maisanémico, ficando-se pelos 2,3%.Previsão a Médio Termo por RegiãoActualPrevisão2010 YOY% 20<strong>11</strong> 2012 2013 2014 2015 20<strong>11</strong>-2015África 156,00 9,5% -9,5% 8,8% 5,6% 5,5% 5,4% 2,9%Ásia/Pacífico 1.294,8 <strong>11</strong>,3% 5,0% 6,8% 6,8% 6,7% 6,6% 6,4%Europa 1.466,8 4,3% 7,5% 2,3% 3,5% 3,4% 3,3% 4,0%América Latina/Caribe 403,7 13,2% 8,3% 5,9% 6,2% 6,2% 5,7% 6,4%Médio Oriente 206,6 12,0% 6,8% 5,7% 5,2% 5,1% 4,8% 5,5%América do Norte 1.509,8 2,5% 2,6% 1,9% 2,7% 2,6% 2,5% 2,5%Mundo 5.037,7 6,6% 4,9% 3,9% 4,5% 4,4% 4,3% 4,4%Fonte: ACI World5.2. Tráfego nos <strong>Aeroportos</strong> do Grupo <strong>ANA</strong>, SANos aeroportos da re<strong>de</strong> <strong>ANA</strong>, SA a procura revelou um bom <strong>de</strong>sempenho, registando-se o crescimento <strong>de</strong>6,7% em passageiros comerciais, <strong>de</strong> que se <strong>de</strong>staca o aumento <strong>de</strong> passageiros transportados no segmentoregular tradicional (+10%). A nível da oferta, registou-se igualmente um incremento quer nos movimentos<strong>de</strong> aeronaves (+2,6%) quer na capacida<strong>de</strong> traduzida em lugares oferecidos (+3,7%), mas abaixo dosregistos da procura, o que resultou num crescimento apreciável da taxa média <strong>de</strong> ocupação (+2,0%) emvoos comerciais. Em termos <strong>de</strong> mercados <strong>de</strong> origem/<strong>de</strong>stino, merecem <strong>de</strong>staque os crescimentos do ReinoUnido, França e Espanha. Em sentido contrário, o mercado doméstico registou uma quebra em 20<strong>11</strong>.No que se refere às companhias aéreas, <strong>de</strong>staque positivo para a Ryanair e para a TAP <strong>Portugal</strong> que,juntamente com a britânica easyJet, representaram cerca <strong>de</strong> 65% do tráfego dos aeroportos <strong>ANA</strong>, SA.Ainda que ao Grupo <strong>ANA</strong> respeita, importa registar o nível da distribuição <strong>de</strong> passageiros por aliançasglobais <strong>de</strong> companhias tradicionais, em que a presença da Star Alliance é esmagadora (embora <strong>de</strong>crescendo1% <strong>de</strong> quota <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong> 2010 para 20<strong>11</strong>), sendo as restantes alianças pouco representativas. Aindaassim, o <strong>de</strong>staque vai para a One World, segunda aliança mais representada, que ganhou cerca <strong>de</strong> 2% <strong>de</strong>quota em 20<strong>11</strong>, sob influência da entrada da Air Berlin.68


.<strong>11</strong> Relatório& ContasGrupo <strong>ANA</strong> - tráfego TradicionalDistribuição por Aliança Global 20<strong>11</strong>9%Star Alliance5%One WorldSky TeamNão Alinhadas15%71%De resto, o tráfego <strong>de</strong> passageiros por tipo <strong>de</strong> companhia revelou comportamentos diversos, sendo todavia<strong>de</strong> registar o consi<strong>de</strong>rável crescimento dos passageiros do segmento <strong>de</strong> baixo custo (+10,7%), com cerca <strong>de</strong>mais 0,9 milhões transportados. O segmento tradicional cresceu 6,3%, com mais 1,1 milhões <strong>de</strong> passageiros,ao passo que o não regular (charter) agravou a trajetória <strong>de</strong> queda (-<strong>11</strong>,7%), baixando em 20<strong>11</strong> para 1,7milhões <strong>de</strong> passageiros, consolidando a progressiva perda <strong>de</strong> importância <strong>de</strong>ste segmento nos aeroportosdo Grupo.5.3. Tráfego nos <strong>Aeroportos</strong> da <strong>ANA</strong>M, SAA nível do sector, <strong>de</strong>staca-se em 2010, uma conjugação <strong>de</strong> esforços que todos os aeroportos nacionais<strong>de</strong>senvolveram para minorar os impactos da dispersão <strong>de</strong> cinzas vulcânicas, ocorrida em Abril e Maio. Maispenalizador foi o temporal ocorrido em 20 <strong>de</strong> Fevereiro no arquipélago da Ma<strong>de</strong>ira, que continua a afetar onível <strong>de</strong> tráfego dos seus aeroportos, por via do impacto negativo na ativida<strong>de</strong> turística daquela região.Nos aeroportos <strong>ANA</strong>M, SA, a procura cresceu para 2,42 milhões <strong>de</strong> passageiros (+3,5%) (muito idênticoao do ano <strong>de</strong> 2002), com o Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira a ser responsável por 96,0% do crescimento. É <strong>de</strong><strong>de</strong>stacar a performance no primeiro semestre (+8,9%), que compara com um período homólogo, muitoafetado por ocorrências acima referidas e que resultou num impacto bastante negativo para a ativida<strong>de</strong>turística – principal ativida<strong>de</strong> económica – do arquipélago. Já no segundo semestre, a contração da procurafoi um facto (-1,2%), com o segmento doméstico a revelar um <strong>de</strong>senvolvimento mais negativo do que ointernacional. A nível dos segmentos <strong>de</strong> tráfego, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>stacado o registo claramente superior do charter(+15,0%). Quanto à oferta, registou-se um <strong>de</strong>créscimo nos movimentos <strong>de</strong> aeronaves (-3,6%) e no número<strong>de</strong> lugares oferecidos (-4,4%), sendo a evolução do tráfego apoiada assim pelo aumento consi<strong>de</strong>rável dataxa média <strong>de</strong> ocupação (+5,9 %) em voos comerciais.Nos dois aeroportos <strong>ANA</strong>M, SA, Ma<strong>de</strong>ira e Porto Santo, foram servidos cerca <strong>de</strong> 2,42 milhões <strong>de</strong> passageiros(+3,5% que no ano transato) enquanto que os lugares disponíveis e os movimentos <strong>de</strong> aeronaves<strong>de</strong>cresceram 4,4% e 3,6%, respetivamente, relativamente ao período homólogo do ano anterior, resultandoum consi<strong>de</strong>rável aumento da taxa <strong>de</strong> ocupação média das aeronaves (+5,9 %). Merecem referência os bons69


.<strong>11</strong> Relatório& Contas<strong>de</strong>sempenhos dos mercados do Reino Unido, França, Holanda e Espanha, ao passo que as quedas maismarcantes se verificam nos mercados doméstico, Dinamarca e Venezuela. Ao nível das companhias aéreas,o grupo SATA registou uma queda consi<strong>de</strong>rável, com cerca <strong>de</strong> menos 67.000 passageiros transportados,sendo <strong>de</strong> realçar o aumento dos passageiros transportados pelos operadores easyJet, ThomsonFly e TransaviaFrance, com mais cerca <strong>de</strong> 67.000 passageiros no conjunto.Tendo em conta o clima macroeconómico caracterizado por elevados níveis <strong>de</strong> incerteza, volatilida<strong>de</strong> dolado da oferta e probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arrefecimento da procura por via da queda dos níveis <strong>de</strong> confiança e dorendimento disponível dos consumidores <strong>de</strong> transporte aéreo, as projeções iniciais <strong>de</strong> tráfego para 2012sofreram uma revisão em baixa, a qual já se vem a verificar nos últimos meses <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> e em Janeiro <strong>de</strong>2012.Nos aeroportos <strong>ANA</strong>, SA, o ano <strong>de</strong> 2012 aponta para uma estagnação <strong>de</strong> passageiros, do nível dosmovimentos <strong>de</strong> aeronaves e do segmento <strong>de</strong> carga aérea.70


.<strong>11</strong> Relatório& Contas6. ESTRATÉGIA EMPRESARIALOs objetivos estratégicos da Empresa prosseguidos em 20<strong>11</strong> encontram-se alinhados com os previstos nosIPG <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, nas orientações constantes do Plano <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> e Crescimento 2010-2013 e também dasorientações estratégicas para o SEE e baseia-se como enunciado no ponto 1.7 do Capítulo I – Governo daSocieda<strong>de</strong>:• Crescimento Sustentado;• Eficiência Operacional;• Valorização dos Colaboradores;• Equilíbrio da Estrutura Financeira.6.1. Crescimento SustentadoEm 20<strong>11</strong> a ativida<strong>de</strong> económica do País e da RAM sofreu fortes impactos negativos, resultantes do Pedido<strong>de</strong> Resgate Financeiro às Instâncias Internacionais por parte da República e ao subsequente pedido <strong>de</strong>Assistência Financeira pelo Governo Regional da Ma<strong>de</strong>ira à República.Com estas medidas restritivas acentuou-se, ainda mais, o <strong>de</strong>sequilíbrio entre a oferta e a procura do turismona Ma<strong>de</strong>ira.Assim, os <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira, principal porta <strong>de</strong> entrada na RAM, refletem o quadro anteriormente<strong>de</strong>scrito, pese embora o continuado esforço promocional da Região realizado, pelas entida<strong>de</strong>s maisdiretamente envolvidas nas ativida<strong>de</strong>s económicas da Região.Acresce que, no último quinquénio, o sector da aviação tem sido extremamente mutante, através doaparecimento <strong>de</strong> companhias aéreas <strong>de</strong>nominadas “low-cost” que, com principal incidência na Europa,revolucionaram as estruturas <strong>de</strong> custos, a mobilida<strong>de</strong> dos passageiros e, principalmente, a relação entrecompanhias/aeroportos/regiões captadoras e/ou emissoras <strong>de</strong> tráfego.Os <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira, em conjunto com o Governo Regional e operadores turísticos nacionais eregionais, mantiveram e iniciaram ações, no sentido <strong>de</strong> assegurarem novas companhias, novas operações,novas rotas e novas ofertas tarifárias, <strong>de</strong>stacando-se como principais ações <strong>de</strong> natureza estratégica:6.1.1. Garantir a Satisfação do ClienteA Empresa monitoriza periodicamente, através da realização <strong>de</strong> Inquéritos <strong>de</strong> campo, o grau <strong>de</strong> satisfaçãodos Clientes.Estes inquéritos permitem-lhe, através da construção <strong>de</strong> uma métrica específica, efetuar a Avaliação do nível<strong>de</strong> Satisfação Global do Passageiro.71


.<strong>11</strong> Relatório& ContasO resultado <strong>de</strong>stes Inquéritos, tem-se mantido estável ao longo dos últimos dois anos, com valores médiosanuais <strong>de</strong> 3,8 (numa escala <strong>de</strong> 1 a 5), sendo o mesmo suportado em estudos <strong>de</strong>signados no Airport ServiceQuality (ASQ).Com estas ações associadas a uma forte contenção <strong>de</strong> custos foi possível manter, através do esforço daEmpresa, a qualida<strong>de</strong> do serviço prestado a níveis elevados e reconhecidos internacionalmente.6.1.2. Promover o <strong>de</strong>senvolvimento do TráfegoO ano <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> terminou com um aumento no tráfego <strong>de</strong> passageiros <strong>de</strong> 3,5%, em gran<strong>de</strong> parte conseguidopelas ações promovidas conjuntamente pela <strong>ANA</strong>M, SA, através do Marketing Aeroportuário, pela Associação<strong>de</strong> Promoção da Ma<strong>de</strong>ira, o Turismo <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, a Secretaria Regional do Turismo e Transportes e o sectorprivado da hotelaria ma<strong>de</strong>irense, tendo-se, para o efeito, recorrido aos fundos já i<strong>de</strong>ntificados no ponto 1.1do Capítulo I – Governo da Socieda<strong>de</strong>, como:• Initiative:pt – Developing Tourism and Aviation;• FIPT – Fundo para o Investimento em Promoção Turística;• Plano Táctico e Outros;• Programa <strong>de</strong> Incentivos dos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira.o que, ainda assim, se tornou indispensável e contribuiu para o aumento <strong>de</strong> passageiros atingido.Em termos <strong>de</strong> promoção externa a <strong>ANA</strong>M, SA esteve presente nas mais importantes feiras europeias e nasRoutes, procurando consolidar também, <strong>de</strong>sta maneira, a atratibilida<strong>de</strong> dos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira.6.1.3. Maximização dos Negócios Não AviaçãoNa área <strong>de</strong> Não Aviação são englobados os negócios: Retalho, Imobiliária, Publicida<strong>de</strong>, Rent-a-Car e Parques<strong>de</strong> Estacionamento. Os Proveitos Globais ascen<strong>de</strong>ram a 6.271 mil Euros, o que representa cerca <strong>de</strong> 16% dovolume <strong>de</strong> negócios da Empresa.Nesta área, o ano <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, foi marcado pelo <strong>de</strong>sempenho do novo concessionário <strong>de</strong> exploração daMainShop, as Lojas Francas <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.Manteve-se, também, neste período um acompanhamento muito próximo da ativida<strong>de</strong> dos Concessionários,suportado na marca AIRSHOPING.Nos negócios em <strong>de</strong>senvolvimento, a aposta da <strong>ANA</strong>M, SA concretizou-se no significativo reforço dasativida<strong>de</strong>s das RAC.Em 20<strong>11</strong>, foi também reforçado o projeto Take-It, <strong>de</strong> parceria com a TAP Vitória e realizaram-se campanhas<strong>de</strong> promoção, nos <strong>Aeroportos</strong>, aquando da realização <strong>de</strong> eventos <strong>de</strong> maior relevo na Ma<strong>de</strong>ira.É, ainda, <strong>de</strong> registar o pleno funcionamento dos novos operadores nas áreas dos câmbios e agência <strong>de</strong>viagens.72


.<strong>11</strong> Relatório& ContasA consequência <strong>de</strong>stas ações é evi<strong>de</strong>nciada no crescimento positivo <strong>de</strong> 2,5%, na venda média porpassageiro.6.1.4. Desenvolver Sistemas <strong>de</strong> Gestão• Sistema <strong>de</strong> Gestão Integrado <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> e AmbienteA Empresa dispõe <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Gestão Integrado <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> e Ambiente, certificado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Abril<strong>de</strong> 2007, segundo os referenciais NP EN ISO 9001:2000 e NP EN ISO 14001:2004. No ano <strong>de</strong> 2009 foiefetuada a adaptação do Sistema <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong> para a nova norma NP EN ISO 9001:2008.Após a certificação do Sistema <strong>de</strong> Gestão Integrado, em 2009, <strong>de</strong>u-se início à auto-avaliação, segundo oMo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Excelência da EFQM – Fundação Europeia para a Gestão <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>, tendo-se obtido, em2010, o reconhecimento “Committed to Excellence”, o que foi continuado e assegurado em 20<strong>11</strong>.Para alcançar este objetivo foram implementados em 2010 e melhorados em 20<strong>11</strong>, 5 projetos, resultantes<strong>de</strong> uma auto-avaliação e consequente avaliação dos pontos fortes e oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria:• Delegação <strong>de</strong> Po<strong>de</strong>res;• Gestão <strong>de</strong> Comunicação Interna;• Orientação para o Cliente – Handler;• Gestão <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias;• Medição da Perceção da Socieda<strong>de</strong>.Ainda, em 2010, foi obtida a Certificação <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do Serviço Aeroportuário, <strong>de</strong> acordo com osrequisitos da ACI – Conselho Internacional <strong>de</strong> <strong>Aeroportos</strong>, <strong>de</strong>signado “Airport Service Quality Assured”, queteve por base:• A avaliação dos Processos <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviço;• Os Resultados da ASQ Survey;• A gama <strong>de</strong> serviços disponíveis no Aeroporto.Também, em 20<strong>11</strong>, <strong>de</strong>u-se início à implementação <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> Auditorias <strong>de</strong> segurança e higienealimentar, tendo-se obtido, no culminar <strong>de</strong>sse processo, a marca “Hygiene Monitored” da SGS, nossoparceiro neste projeto.Em termos globais, o Sistema <strong>de</strong> Gestão Integrado <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> e Ambiente, é uma ferramenta indispensávelà monitorização dos objetivos e indicadores, uma vez que, para além <strong>de</strong> permitir acompanhar o seu<strong>de</strong>sempenho, facilita o estabelecimento <strong>de</strong> objetivos mais ambiciosos à medida que as metas <strong>de</strong>finidas vãosendo ultrapassadas, assegurando, em simultâneo, a integração da componente ambiental nos processos<strong>de</strong> planeamento e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.73


.<strong>11</strong> Relatório& Contas6.2. Eficiência OperacionalCom vista a uniformizar os processos e sistemas <strong>de</strong> gestão operacional a <strong>ANA</strong>M, SA tem, em fase <strong>de</strong>conclusão o projeto <strong>de</strong>signado GO.Este projeto, para além das funcionalida<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>radas necessárias à operação, vem permitir uma gran<strong>de</strong>agilida<strong>de</strong> na parametrização dos processos que facilita a sua utilização por qualquer estação <strong>de</strong> trabalho eda sua permanente monitorização.Realça-se, também, o projeto <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> ocorrências, moldado aos requisitos SGSO (Gestão <strong>de</strong> SegurançaOperacional) específicos <strong>de</strong> cada aeroporto, com harmonização global <strong>de</strong> critérios aos aeroportos geridospela <strong>ANA</strong>, SA e <strong>ANA</strong>M, SA.Este projeto <strong>de</strong>stina-se a assegurar o cumprimento das inspeções (SOA e SLCI), garantir a operacionalizaçãodo sistema <strong>de</strong> resposta previsto no SGSO, através do registo <strong>de</strong> dados estatísticos que facilitem uma avaliaçãodo Risco Operacional.6.3. Valorização dos ColaboradoresA <strong>ANA</strong>M, SA, em 20<strong>11</strong>, <strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong> a um conjunto <strong>de</strong> ações <strong>de</strong>stinadas à qualificação e valorizaçãodos colaboradores, ao aumento da produtivida<strong>de</strong> e ao rejuvenescimento gradual dos seus quadros.De entre as diversas ações em execução, salientam-se: i) estudo <strong>de</strong> satisfação dos colaboradores; ii)mobilida<strong>de</strong> interna e a<strong>de</strong>quação dos recursos humanos; iii) plano <strong>de</strong> formação a<strong>de</strong>quado às necessida<strong>de</strong>se recursos da Empresa; iv) Programa para Rescisão <strong>de</strong> Contratos, por mútuo acordo; e v) Sistema integrado<strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Recursos Humanos.Um maior <strong>de</strong>talhe das principais ações dos Recursos Humanos, explicita-se no ponto 9. RecursosHumanos.6.4. Equilíbrio da Estrutura FinanceiraAs principais ações estratégicas atinentes à obtenção do Equilíbrio da Estrutura Financeira da Empresapassam, necessariamente, pelo: i) Reequilíbrio Financeiro da Concessão; ii) Contenção <strong>de</strong> Custos <strong>de</strong>Exploração e Investimentos; e iii) A<strong>de</strong>quação dos Recursos Financeiros.• Reequilíbrio Financeiro da ConcessãoA situação económica e financeira da Empresa, enferma <strong>de</strong> problemas estruturais que, a não seremultrapassados, po<strong>de</strong>rão pôr em causa o seu normal funcionamento.Com Resultados Líquidos estruturalmente negativos no passado recente, não atualização <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong>s<strong>de</strong>2005 e quebras <strong>de</strong> tráfego, a redução <strong>de</strong> custos que tem vindo a ser efetuada é, só por si, manifestamenteinsuficiente para reverter a tendência da sua situação económica e financeira.74


.<strong>11</strong> Relatório& ContasA este propósito, julga-se ser <strong>de</strong> referir as ações <strong>de</strong>senvolvidas pelo Conselho <strong>de</strong> Administração paraassegurar a revisão do Contrato <strong>de</strong> Concessão.O presente assunto foi tratado nas Assembleias Gerais <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Março 2010 e <strong>de</strong> <strong>11</strong>.ABR.20<strong>11</strong>. Apósapresentação, por parte do Conselho <strong>de</strong> Administração, da proposta <strong>de</strong> revisão do Contrato <strong>de</strong> Concessão,nesta última Assembleia, o representante do Acionista RAM manifestou oposição <strong>de</strong> princípio ao clausuladoapresentado, tendo consi<strong>de</strong>rado que o mesmo excedia os pressupostos da renegociação do Contrato.Transmitiu, em se<strong>de</strong> da mesma: ”…a constituição, sob a tutela da Secretaria Regional do Turismo eTransportes, <strong>de</strong> um Grupo <strong>de</strong> Trabalho multidisciplinar, que ficará incumbido <strong>de</strong> apresentar, com a maiorbrevida<strong>de</strong> possível, um clausulado alternativo que, ainda que em prejuízo das aspirações da <strong>ANA</strong>M, se revelecompatível com os superiores interesses públicos que à RAM cabe <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e prosseguir, bem como com asorientações políticas pelo Governo Regional.”.Assim, aguarda-se a apresentação, por parte da RAM, do clausulado alternativo, aten<strong>de</strong>ndo a que estaposição foi votada e aprovada por unanimida<strong>de</strong> dos sócios.• Capitais PrópriosOs Capitais Próprios da Empresa não cumprem com o art. 35 do CSC, dado que mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> do CapitalSocial já se encontra perdido.Esta situação não tem sido mais gravosa por força da obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação da interpretaçãocontabilística IFRIC 12 à <strong>ANA</strong>M, SA (enquanto Concessionária <strong>de</strong> um serviço público).De toda a forma importa, no cumprimento do que se encontra estabelecido no artº 35º do CSC, queo Conselho <strong>de</strong> Administração, nos termos do nº 1 do presente artigo evi<strong>de</strong>ncie tal facto. Para o efeito,será preparada uma proposta <strong>de</strong> recomposição dos Capitais Próprios, a incluir na Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Trabalhos dapróxima Assembleia Geral para: “Deliberar sobre a Proposta do Conselho <strong>de</strong> Administração, elaborada nostermos e para os efeitos do Art. 35 do Código das Socieda<strong>de</strong>s Comerciais”.Recordamos que, o nível <strong>de</strong> Capitais Próprios, é condição necessária para o integral cumprimento do Códigodas Socieda<strong>de</strong>s Comerciais e para o reconhecimento, por parte dos analistas financeiros, do seu grau <strong>de</strong>solvabilida<strong>de</strong>.• TesourariaA <strong>ANA</strong>M, SA priorizou, no passado recente: i) o reembolso antecipado <strong>de</strong> partes do capital em dívida;ii) a aplicação dos exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Tesouraria em condições económicas consi<strong>de</strong>radas vantajosas; e iii) acontenção dos custos e investimentos, procurando, com tais iniciativas, a redução progressiva da dívida edo peso dos encargos financeiros.75


.<strong>11</strong> Relatório& ContasA este nível particular, os juros médios do serviço da dívida, em 20<strong>11</strong>, incluindo a componente fixa, foram <strong>de</strong>2,6%, conforme quadro do ponto 10.3, representando na comparação com o ano anterior, um acréscimo<strong>de</strong> 40bp.• Renegociação da Dívida a Médio e Longo PrazosA Empresa não liberta Cash-Flows suficientes para as necessida<strong>de</strong>s futuras do serviço da dívida, reembolso<strong>de</strong> empréstimos e investimentos.A <strong>ANA</strong>M, SA, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há vários anos, que equaciona o reequilíbrio da sua situação económico e financeiro.A concretização da revisão do Contrato <strong>de</strong> Concessão, presentemente em curso, que inclui o alargamentodo prazo <strong>de</strong> concessão por um período <strong>de</strong> mais 20 anos (até 2053) é, do nosso ponto <strong>de</strong> vista, o primeiropasso.A fase seguinte passará, necessariamente, por criar condições <strong>de</strong> renegociação dos contratos existentes ou,não sendo tal aplicável, procurar alternativas para acesso a outras soluções, que assegurem a sustentabilida<strong>de</strong>futura da <strong>ANA</strong>M, SA.• Infraestruturas do Aeroporto <strong>de</strong> Porto SantoA exploração do Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo é estrutural e altamente <strong>de</strong>ficitária.A sua manutenção, nestas condições, tem retirado competitivida<strong>de</strong> ao Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, pelo impactonegativo dos resultados daquela infraestrutura, para a qual a <strong>ANA</strong>M, SA não recebe qualquer in<strong>de</strong>mnizaçãocompensatória, nem existe uma relação contratual com o Estado ou a Região Autónoma para a prestação<strong>de</strong>ste serviço, que enten<strong>de</strong>mos eminentemente como uma obrigação <strong>de</strong> serviço público.Assim, o novo Contrato <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong>verá incluir um ponto para a contratualização da gestão <strong>de</strong> serviços<strong>de</strong> interesse económico geral.No quadro que segue, regista-se a evolução dos Resultados Operacionais Líquidos e o EBITDA, gerado poresta infraestrutura <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007.Un: mil Euros20<strong>11</strong> 2010 2009 2008 2007Resultado Operacional (2.239) (3.594) (3.935) (3.754) (4.523)Resultado Líquido (2.239) (3.594) (3.615) (3.755) (4.523)EBITDA (2.171) (3.508) (3.840) (3.469) (4.322)Todos os indicadores apresentados se mantém em patamares bastante negativos pelo que a prevalência<strong>de</strong>sta situação retira competitivida<strong>de</strong> ao Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, principal aeroporto concessionado.76


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• Contenção <strong>de</strong> Custos <strong>de</strong> Exploração e InvestimentosA Empresa, tem ao longo dos últimos anos, vindo a <strong>de</strong>senvolver esforços no sentido <strong>de</strong> conter custos <strong>de</strong>exploração reforçando estes esforços, face às orientações estratégicas governamentais para o SEE. Apesar<strong>de</strong> positivos, os resultados alcançados são escassos face à pequena elasticida<strong>de</strong> dos mesmos.Também em relação aos Investimentos, tem a <strong>ANA</strong>M, SA procurado gerir as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma bastanteparcimoniosa o que, sem pôr em causa as condições <strong>de</strong> operacionalida<strong>de</strong> das infraestruturas, tem-seprocurado prolongar no tempo o seu arranque.Acresce que, a maioria dos investimentos previstos para os próximos anos, obe<strong>de</strong>ce mais a uma lógica <strong>de</strong>manutenção e não acrescenta, em consequência, valor económico às operações da Empresa.Em paralelo, a rendibilida<strong>de</strong> dos Investimentos <strong>de</strong> Exploração não permitem, só por si, beneficiar <strong>de</strong>economias <strong>de</strong> escala.Na próxima Assembleia Geral e <strong>de</strong> acordo com o Despacho 155/20<strong>11</strong>, <strong>de</strong> S. Excelência o Sr. Ministro <strong>de</strong>Estado e das Finanças e as orientações governamentais para o Sector Empresarial do Estado, a <strong>ANA</strong>M, SAsubmeterá aos Acionistas os investimentos superiores a 5% do Capital Próprio, que são:• Reforço e Reperfilamento da Pista do AM;• Reforço e Reperfilamento da Pista do APS;• HBS – upgra<strong>de</strong> <strong>de</strong> Standard 1 para S2.• A<strong>de</strong>quação dos Recursos FinanceirosOs recursos financeiros da Empresa são escassos face às suas necessida<strong>de</strong>s futuras e aos Cash-Flows,entretanto, gerados pela ativida<strong>de</strong>.Julga-se que até 2013 a Empresa terá condições <strong>de</strong> cumprir com as suas obrigações relativas aofuncionamento, investimentos e serviço da dívida. Já em 2014, data do resgate do empréstimo obrigacionista<strong>de</strong> 50 milhões <strong>de</strong> Euros, a Empresa terá necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> renegociar a dívida ou contrair novos empréstimospara satisfação dos compromissos vincendos.Acresce que, em 2016 e 2017 tem, igualmente, que reembolsar dois empréstimos Shuldschein,respetivamente, <strong>de</strong> 35 e 47,4 milhões <strong>de</strong> Euros, na or<strong>de</strong>m externa.77


.<strong>11</strong> Relatório& Contas7. EVOLUÇÃO DE NEGÓCIOSOs negócios Aviação tiveram em 20<strong>11</strong> um ligeiro acréscimo <strong>de</strong> 0,5%, em resultado, por um lado, do acréscimoverificado nas receitas <strong>de</strong> passageiros serem praticamente absorvidas pelas quebras verificadas nas receitas dasrestantes rubricas <strong>de</strong> tráfego e, por outro lado, continuar a verificar-se a manutenção das taxas nos níveis aprovadosem 2005.Assim, as principais variações ocorridas em 20<strong>11</strong> resultam da evolução da própria ativida<strong>de</strong>, como, seguidamente,se explícita.• PassageirosOs Passageiros tiveram um acréscimo global <strong>de</strong> 3,5% em 20<strong>11</strong> face ao ano anterior, sendo que se registou umaevolução favorável no tráfego Schengen, UE Não Schengen e Trânsitos e uma substancial quebra no tráfegoInternacional, embora este não seja, em si, materialmente relevante.Regista-se, também, uma forte redução do tráfego nos segmentos Territorial e Interior, que representam cerca <strong>de</strong>48% do tráfego total.O quadro abaixo explícita, com maior <strong>de</strong>talhe, essa evolução entre 2009 e 20<strong>11</strong>.Com efeito, em 20<strong>11</strong>, os <strong>Aeroportos</strong> da RAM movimentaram 2.417.972 Passageiros Comerciais (incluindoTrânsitos), o que representa um acréscimo <strong>de</strong> 3,5%, face ao ano anterior. O acréscimo do Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira foi<strong>de</strong> 3,5%, enquanto que no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo o crescimento é <strong>de</strong> 3,1%.20<strong>11</strong> 2010 2009Var. 20<strong>11</strong>% Ma<strong>de</strong>ira Porto Santo Total %Schengen 1.882.798 1.859.849 1.973.656 1,2 1.795.402 87.396 1.882.798 77,9Interior 78.825 95.817 122.057 (17,7) 39.759 39.066 78.825 3,3Territorial 1.092.355 1.144.708 1.168.897 (4,6) 1.062.571 29.784 1.092.355 45,2Outros Schengen 7<strong>11</strong>.618 619.324 682.702 14,9 693.072 18.546 7<strong>11</strong>.618 29,4UE Não Schengen 484.576 425.323 440.104 13,9 472.642 <strong>11</strong>.934 484.576 20,0Internacional 26.936 30.542 34.369 (<strong>11</strong>,8) 26.931 5 26.936 1,1Total Local 2.394.310 2.315.714 2.448.129 3,4 2.294.975 99.335 2.394.310 99,0Trânsitos 23.662 21.147 18.646 <strong>11</strong>,9 16.405 7.257 23.662 1,0Total* 2.417.972 2.336.861 2.466.775 3,5 2.3<strong>11</strong>.380 106.592 2.417.972 100,0*Não inclui Tráfego não Comercial.78


.<strong>11</strong> Relatório& ContasA caracterização <strong>de</strong> evolução por segmentos <strong>de</strong> tráfego permite concluir:O tráfego “Schengen” teve, face ao ano anterior, um aumento global <strong>de</strong> 1,2%, assim repartido: “Territorial”menos (4,6%), como sendo a principal rubrica; “Interior” menos (17,7%) e um crescimento <strong>de</strong> 14,9% para“Outros Schengen”.O segmento <strong>de</strong> tráfego <strong>de</strong> passageiros “UE Não Schengen” evi<strong>de</strong>ncia um significativo acréscimo <strong>de</strong> 13,9%,<strong>de</strong>vido, essencialmente, à boa performance do mercado Reino Unido, sendo que no Internacional adiminuição do tráfego atingiu os (<strong>11</strong>,8%).No mesmo período registou-se um acréscimo global significativo nos “Trânsitos”, em <strong>11</strong>,9%, essencialmenteem resultado <strong>de</strong> operações circulares nas Rotas Berlim-Canárias-Funchal-Berlim, com incidência no Aeroportoda Ma<strong>de</strong>ira e da rota Bruxelas-Porto Santo-Funchal-Bruxelas, com incidência no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo.Quanto à segmentação <strong>de</strong> passageiros em 20<strong>11</strong>, importa assinalar que 77,9% são passageiros “Schengen”,sendo que <strong>de</strong>stes 58,0% respeitam a passageiros “Territoriais”.O Gráfico seguinte, ilustra o gran<strong>de</strong> peso dos passageiros “Schengen”, em relação aos restantessegmentos.Movimento<strong>de</strong> Passageiros2.000.000 -1.795.4021.500.000 -1.000.000 -ShengenUE Não SchengenInternacionalTrânsitos500.000 -0 -472.64226.931Ma<strong>de</strong>ira16.40587.396<strong>11</strong>.9345Porto Santo7.25779


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• AeronavesO movimento <strong>de</strong> Aeronaves Comerciais registado em 20<strong>11</strong> nos <strong>Aeroportos</strong> da RAM foi <strong>de</strong> 24.162, oque representa uma redução <strong>de</strong> (3,6%), em relação ao ano anterior. No Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, o número<strong>de</strong> movimentos, diminuiu em (3,4%) e no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo o <strong>de</strong>créscimo foi <strong>de</strong> (5,2%), face aoano anterior.20<strong>11</strong> 2010 2009Var. 20<strong>11</strong>% Ma<strong>de</strong>ira Porto Santo Total %Schengen 20.436 21.527 21.430 (5,1) 17.697 2.739 20.436 84,6Interior 4.355 4.727 4.868 (7,9) 2.176 2.179 4.355 18,0Territorial 10.518 <strong>11</strong>.732 <strong>11</strong>.547 (10,3) 10.151 367 10.518 43,5Outro Schengen 5.563 5.068 5.015 9,8 5.370 193 5.563 23,0UE Não Schengen 3.412 3.130 3.213 9,0 3.345 67 3.412 14,1Internacional 314 407 376 (22,9) 304 10 314 1,3Total Comercial 24.162 25.064 25.019 (3,6) 21.346 2.816 24.162 100,0Não inclui Tráfego Não Comercial.Em comparação com o ano anterior, registou-se um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> (5,1%) no espaço “Schengen”,essencialmente <strong>de</strong>corrente das gran<strong>de</strong>s reduções verificadas nos segmentos: “Territorial” e “Interior”, dadoque o comportamento <strong>de</strong> “Outros Schengen” foi positivo em 9,8%.Também, no segmento: “UE Não Schengen”, se apresenta uma evolução positiva, face ao período homólogodo anterior, <strong>de</strong> 9,0%, sendo, contudo, bastante negativo a evolução do segmento “Internacional”.À semelhança do ocorrido com os passageiros, acresce que o movimento <strong>de</strong> Aeronaves do espaço “Schengen”representa 84,6% do total, enquanto os movimentos no espaço “UE Não Schengen” e “Internacional”representam, no conjunto apenas 15,4%.O gráfico seguinte mostra a distribuição das aeronaves por tráfego “Schengen”, “UE Não Schengen” e“Internacional”.80


.<strong>11</strong> Relatório& ContasMovimento<strong>de</strong> Aeronaves20.000 -17.69715.000 -10.000 -ShengenUE Não SchengenInternacional5.000 -3.3452.7390 -Ma<strong>de</strong>ira3046710Porto SantoO Peso Médio <strong>de</strong> Descolagem das Aeronaves a operar nos <strong>Aeroportos</strong> da RAM que em 2010 era <strong>de</strong> 63,5ton. passou, em 20<strong>11</strong>, para 63,8 ton., sendo 68,3 ton. no Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira e 29,5 ton. no Aeroporto<strong>de</strong> Porto Santo.• Carga Operada e CorreioA Carga Operada nos <strong>Aeroportos</strong> da RAM registou um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> (16,6%) em comparação com2010, do qual (16,1%) no Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira e (33,3%) no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo. Por sua vez, oCorreio, movimentado nos mesmos aeroportos, apresentou, uma diminuição <strong>de</strong> (7,6%), sendo <strong>de</strong> (7,3%)no Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira e (13,6%) no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo.Un: TonCarga OperadaCorreio20<strong>11</strong> 2010 2009 Desvio% 20<strong>11</strong> 2010 2009 Desvio%Ma<strong>de</strong>ira 5.095 6.070 6.228 (16,1) 2.194 2.367 2.476 (7,3)Porto Santo 143 214 190 (33,3) 94 109 <strong>11</strong>7 (13,6)Total 5.238 6.283 6.418 (16,6) 2.288 2.476 2.593 (7,6)Não inclui Carga e Correio Não Comercial.Em conclusão, a nível da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tráfego aéreo, nos <strong>Aeroportos</strong> da RAM, verifica-se:1. Uma evolução global positiva <strong>de</strong> 3,5% nos passageiros, com variações negativas nos segmentos“Territorial” e “Interior”.Sem a consi<strong>de</strong>ração dos “Transitos”, o aumento dos passageiros pagantes é ligeiramente inferior a3,4%.81


.<strong>11</strong> Relatório& Contas2. Uma redução verificada <strong>de</strong> (3,6%) no movimento <strong>de</strong> aeronaves, em comparação com o ano anterior,com realce:i. Crescimentos no número <strong>de</strong> aeronaves operadas nos segmentos: “Schengen/Outros Schengen”e “UE Não Schengen” que, no conjunto, representam 37,1% do tráfego.ii.Reduções muito significativas nos restantes segmentos <strong>de</strong> tráfego: “Schengen/Interior”,“Schengen/Territorial” e “Internacional”.3. A Carga e o Correio registaram, em termos globais, <strong>de</strong>créscimos bastante acentuados.• Proveitos <strong>de</strong> AviaçãoCom um total <strong>de</strong> 27.509 mil Euros em 20<strong>11</strong>, a conta reflete um acréscimo <strong>de</strong> 0,5% relativamente a 2010.Apresenta-se, no quadro que segue, o <strong>de</strong>talhe, por natureza, dos Proveitos em questão que, por si só, seexplicam:Un: mil EurosPorto Total Total Total VariaçãoDescriçãoMa<strong>de</strong>iraSanto 20<strong>11</strong> 2010 2009 %Aterragem/Descolagem 7.445 372 7.816 8.291 8.401 (5,7)Passageiros 17.235 660 17.895 17.232 18.141 3,8Estacionamento e Abrigo 212 1 213 234 233 (9,0)Assistência em Escala 1.439 77 1.515 1.549 1.466 (2,2)Outros 62 6 69 68 85 1,2Total Aviação 26.392 1.<strong>11</strong>6 27.509 27.374 28.326 0,5Os Proveitos relacionados com a Aterragem/Descolagem e Passageiros representam 93,5% dos negócios“Aviação”.82


.<strong>11</strong> Relatório& Contas7.2. Não AviaçãoEsta vertente <strong>de</strong> negócios integra a ativida<strong>de</strong> comercial <strong>de</strong>senvolvida nas suas várias componentes: retalho,imobiliária, publicida<strong>de</strong>, Rent-a-Car e parques <strong>de</strong> estacionamento e a rubrica “Outros”, que engloba Serviçose Equipamentos Não Aviação.O quadro que segue evi<strong>de</strong>ncia os Proveitos “Não Aviação” <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> e a sua comparação com 2010 queapresenta um acréscimo global <strong>de</strong> 5,6%, sendo que, os “Parques <strong>de</strong> Estacionamento”” e “Outros”, tiveram<strong>de</strong>sempenhos inferiores aos verificados em 2010.Un: mil EurosDescriçãoMa<strong>de</strong>iraPorto Total Total Total VariaçãoSanto 20<strong>11</strong> 2010 2009 %Retalho 2.959 34 2.992 2.721 2.890 10,0Imobiliária 1.033 <strong>11</strong>9 1.152 1.153 1.196 (0,1)Parques <strong>de</strong> Estacionamento 542 0 542 627 664 (13,6)Rent-a-Car 1.125 <strong>11</strong> 1.136 994 885 14,3Publicida<strong>de</strong> 312 2 313 297 321 5,5Outros 123 13 137 149 129 (8,2)Total não Aviação 6.093 179 6.271 5.940 6.086 5,6• RetalhoNa rubrica Retalho, verifica-se um significativo acréscimo <strong>de</strong> 10%, equivalente a 271 mil Euros, essencialmente<strong>de</strong>vido ao crescimento da faturação das Lojas Francas.Em relação ao Aeroporto do Porto Santo, verifica-se uma quebra nas receitas <strong>de</strong> Retalho <strong>de</strong> (21,5%).No quadro seguinte, apresenta-se a evolução <strong>de</strong> alguns indicadores relacionados com a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Retalho,entre 2009 e 20<strong>11</strong>:Un: EurosAeroporto da Ma<strong>de</strong>iraAeroporto <strong>de</strong> Porto Santo20<strong>11</strong> 2010 2009 Var. % 20<strong>11</strong> 2010 2009 Var. %Vendas Concessionários 14.826.681 13.982.778 14.130.489 6,0 303.041 216.585 314.242 39,9Receitas <strong>ANA</strong>M, SA 2.958.526 2.678.433 2.826.591 10,5 33.728 42.988 63.291 (21,5)Receitas / Vendas 20,0% 19,2% 20,0% 0,8 p.p. <strong>11</strong>,1% 19,8% 20,1% (8,7) p.p.Passageiros Comerciais 2.3<strong>11</strong>.380 2.233.524 2.346.649 3,5 106.592 103.337 120.126 3,1Vendas / Passageiro (€) 6,41 6,26 6,02 2,5 2,84 2,10 2,62 35,6Receitas / Passageiro (€) 1,28 1,20 1,20 6,7 0,32 0,42 0,53 (23,9)83


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• ImobiliáriaOs Proveitos Imobiliários estão relacionados com a ocupação e consumos das áreas disponibilizadas para onegócio “Aviação”. Em 20<strong>11</strong>, as receitas do Imobiliário, mantêm-se ao nível do período homólogo do anoanterior e representam, com 1.152 mil Euros, 18,4% dos Proveitos gerados pelos negócios “Não Aviação”.Regista-se, ainda, que a libertação <strong>de</strong> espaços, por parte <strong>de</strong> alguns concessionários, ainda não foi compensadapor novas licenças.• Parques <strong>de</strong> Estacionamento, Rent-a-Car e Publicida<strong>de</strong>Os Parques <strong>de</strong> Estacionamento registaram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> (13,6%) em relação ao ano anterior,resultando, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009, uma redução por menor utilização do público em geral <strong>de</strong> (18,4%).Na ativida<strong>de</strong> Rent-a-Car contínua a verificar-se um bom <strong>de</strong>sempenho dos concessionários, com um acréscimo<strong>de</strong> 14,3% em relação ao período homólogo do ano anterior e <strong>de</strong> 28,4% face a 2009.Regista-se, ainda, que as receitas dos Rent-a-Car já representam mais <strong>de</strong> 18% dos Proveitos Não Aviação.A Publicida<strong>de</strong> teve, no <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, um acréscimo <strong>de</strong> 5,5%, relativamente ao ano anterior,recuperando, assim, parte das quebras verificadas em 2010.7.3. SegurançaA adoção dos Sistemas <strong>de</strong> Controlo <strong>de</strong> Segurança é cometida às entida<strong>de</strong>s gestoras aeroportuárias, soba supervisão do Ministério da Administração Interna, sendo tal ativida<strong>de</strong> nos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira ePorto Santo, assegurada por segurança privada, contratada pela <strong>ANA</strong>M, SA, através <strong>de</strong> contrato com aSecuritas.A receita gerada com a aplicação das taxas previstas na Portaria 541/2004, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> Maio, compreen<strong>de</strong>duas Componentes A) e B).O quadro que segue reflete os proveitos apurados pela <strong>ANA</strong>M, SA em 20<strong>11</strong>, no âmbito da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Segurança e a sua comparação com 2010 e 2009.Un: mil EurosDescriçãoMa<strong>de</strong>iraPorto Total Total Total VariaçãoSanto 20<strong>11</strong> 2010 2009 %Componente A) 1.132 46 1.178 1.299 1.395 (9,3)Componente B) 1.875 80 1.955 1.892 1.995 3,3Total Segurança 3.007 126 3.133 3.190 3.390 (1,8%)A receita da Componente A) é <strong>de</strong>vida por passageiro embarcado e cobrada pelo INAC. Apresenta umaredução <strong>de</strong> (9,3%), face ao período homólogo do ano anterior, apesar <strong>de</strong> no mesmo período o volume <strong>de</strong>passageiros ter crescido.84


.<strong>11</strong> Relatório& ContasSendo os pagamentos feitos numa ótica <strong>de</strong> tesouraria, admite-se a existência <strong>de</strong> atrasos na entrega dasreceitas por parte do INAC.Acresce, ainda, que esta redução <strong>de</strong> receitas não tem em conta a cativação <strong>de</strong> 20%, efetuada pelo INAC em2009 e 2010, ainda não regularizada e que atingem o montante <strong>de</strong> 250 mil Euros.No que à evolução da Componente B) respeita, com um acréscimo <strong>de</strong> 3,3%, esta encontra-se sensivelmentealinhada com o crescimento do tráfego <strong>de</strong> passageiros.7.4. PMRÀ semelhança do que se passa com a Segurança, também o apoio a passageiros com <strong>de</strong>ficiência e a pessoascom mobilida<strong>de</strong> reduzida, foi cometida às entida<strong>de</strong>s gestoras aeroportuárias.Por tal facto, a <strong>ANA</strong>M, SA, além <strong>de</strong> ter que se dotar com as infraestruturas técnicas a<strong>de</strong>quadas, recorre, emtermos <strong>de</strong> operação, à contratação externa <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra com formação a<strong>de</strong>quada, utilizando, para oefeito, a marca My Way, aplicável a este serviço <strong>de</strong>ntro do Grupo <strong>ANA</strong>.Presentemente, o valor da taxa em vigor por passageiro embarcado é <strong>de</strong> 0,61€.Os valores recebidos em 20<strong>11</strong> e a sua comparação com 2010, encontra-se no quadro abaixo que evi<strong>de</strong>nciaum acréscimo <strong>de</strong> 3,3%, em linha com a evolução dos passageiros.Un: Mil EurosDescriçãoMa<strong>de</strong>iraPortoVariação2010 2009 2008Santo%Total Proveitos PMR 697 30 727 703 742 3,37.5. Principais ClientesOs 10 principais clientes da <strong>ANA</strong>M, SA, em volume <strong>de</strong> negócios, representam 70% das receitas em 20<strong>11</strong>,geradas pela totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Clientes da Empresa.O quadro que segue, apresenta por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente <strong>de</strong> faturação, o peso dos principais clientesconsi<strong>de</strong>rados, <strong>de</strong>stacando-se, entre eles, 7 companhias aéreas, 2 handlers e as Lojas Francas.85


.<strong>11</strong> Relatório& ContasUn: Mil EurosTotalVariaçãoCliente 20<strong>11</strong> 2010 2009 Valor %TAP-Air <strong>Portugal</strong> SA 10.341 10.557 <strong>11</strong>.309 (216) (2,0)EASYJET Airlines 4.171 4.037 3.808 134 3,3SATA International 2.718 3.378 3.254 (660) (19,5)Thomsonfly Limited 1.992 1.715 1.916 277 16,2Lojas Francas <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> (*) 1.597 407 0 1.190 292,3SPdH 1.566 1.602 1.562 (36) (2,3)Air Berlin 1.563 1.615 1.677 (52) (3,2)SATA Air Açores 880 1.008 1.366 (127) (12,6)Transavia.com France 786 475 69 3<strong>11</strong> 65,5PORTWAY 743 729 626 14 1,9Total 10 Maiores Clientes 26.357 25.521 25.589 835 3,3Restantes Clientes <strong>11</strong>.284 <strong>11</strong>.687 12.955 (404) (3,5)Total Geral (Todos Clientes) 37.640 37.209 38.544 431 1,2(*) Início <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> a 02 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2010 (anteriormente “Elframa”).Em comparação com o ano anterior, realçam-se as alterações mais significativas ocorridas nos principaisclientes:• A EASYJET com um crescimento <strong>de</strong> 3,3%, consolidou a segunda posição no ranking <strong>de</strong>companhias aéreas com <strong>de</strong>stino aos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira;• A SATA Internacional foi o cliente on<strong>de</strong> a quebra no volume <strong>de</strong> negócios, foi mais acentuada;• Por sua vez, as empresas <strong>de</strong> Handling (SPdH e Portway), tiveram <strong>de</strong>sempenhos inversos,enquanto a PORTWAY cresceu 1,9%, face a 2010; a SPdH teve uma quebra <strong>de</strong> (2,3%);• A salientar por último, e apesar <strong>de</strong> não ser possível comparar, dado só ter iniciado a ativida<strong>de</strong>sem 02 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2010, o volume <strong>de</strong> negócios da Loja Franca (Lojas Francas <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>)com um valor bastante superior ao evi<strong>de</strong>nciado nos últimos anos pela anterior concessionária,a ELFRAMA.86


.<strong>11</strong> Relatório& Contas8. INVESTIMENTOSDurante o exercício <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, a <strong>ANA</strong>M, SA realizou Investimentos que totalizam 1.559 mil Euros, os quaiscorrespon<strong>de</strong>m a 35,4% do valor previsto <strong>de</strong> 4.409 mil Euros.O quadro que segue sintetiza os Investimentos realizados nos últimos três anos.Un: mil Euros20<strong>11</strong> 2010 2009Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira 1.413 847 1.098Direito <strong>de</strong> Concessão 412 147 587Investimentos Substituição 960 453 0Bens Patrimoniais 27 29 124Gastos 13 218 387Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo 142 181 <strong>11</strong>4Direito <strong>de</strong> Concessão 1 56 58Investimentos Substituição 138 <strong>11</strong>6 0Bens Patrimoniais 3 0 6Gastos 0 9 50Serviços Centrais 5 4 34Direito <strong>de</strong> Concessão 0 0 0Investimentos Substituição 0 0 0Bens Patrimoniais 5 4 34Gastos 0 0 0Total 1.559 1.033 1.246Também no gráfico que segue se ilustra o <strong>de</strong>talhe dos Investimentos, <strong>de</strong> acordo com a sua natureza:Distribuição do InvestimentoRealizado em 20<strong>11</strong>Direito ConcessãoInvestimento <strong>de</strong> SubstituiçãoBens Patrimoniais1.0983513Gastos41387


.<strong>11</strong> Relatório& Contas8.1. Infraestruturas AeroportuáriasA <strong>ANA</strong>M, SA tem em execução Investimentos em Infraestruturas e, paralelamente, <strong>de</strong>senvolve algunsprojetos <strong>de</strong>stinados à expansão ou melhoramento das infraestruturas aeroportuárias, nos <strong>Aeroportos</strong> daMa<strong>de</strong>ira e Porto Santo.Os Investimentos em curso são trabalhos plurianuais com início em períodos anteriores e cuja execuçãoainda se mantêm.Importa, a este propósito, realçar que, os investimentos realizados pela <strong>ANA</strong>M, SA concluídos, eminfraestruturas nos <strong>Aeroportos</strong> da RAM, totalizam, até à data, cerca <strong>de</strong> 585 milhões <strong>de</strong> Euros, conforme seindica no quadro abaixo:Un: mil EurosAc2009 2010 20<strong>11</strong> TotalAeroporto da Ma<strong>de</strong>ira 564.074 581 93 564.748Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo 20.417 74 69 20.559Total 584.491 655 161 585.308Durante o ano <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> não foram concluídos quaisquer projetos em infraestruturas, os quais se mantêmem curso, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> anos anteriores.8.2. Investimentos <strong>de</strong> ExploraçãoEstes Investimentos são, por norma, <strong>de</strong> realização anual e <strong>de</strong>stinam-se a respon<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>proteção e controlo do meio ambiente, implementação <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong>stinadas à poupança <strong>de</strong> energia,melhoria dos sistemas <strong>de</strong> informação ao público, apetrechamento dos meios <strong>de</strong> socorro e beneficiaçõesdiversas em infraestruturas e serviços.No exercício <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, foram realizados, no Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, Investimentos <strong>de</strong> Exploração no total <strong>de</strong>1.241 mil Euros, conforme se po<strong>de</strong> verificar no quadro do ponto 8.4.Regista-se, também, que em 20<strong>11</strong>, se <strong>de</strong>u início ao Programa Intervir+, presentemente em curso, que temo apoio do FEDER, através do Projeto SITI – Sistema Integrado <strong>de</strong> Telecomunicações e Informação.88


.<strong>11</strong> Relatório& Contas8.3. Investimentos CorrentesDestinados, entre outros, à reposição <strong>de</strong> equipamento informático e respetivo software, equipamentos <strong>de</strong>comunicação e equipamentos administrativos; viaturas ligeiras, ferramentas e utensílios nos <strong>Aeroportos</strong> eServiços Centrais.Durante o exercício <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, foram <strong>de</strong>spendidos em Investimentos Correntes, 156 mil Euros, como seexplícita no quadro do ponto seguinte.8.4. Resumo dos Investimentos TotaisNo quadro que segue resume-se a evolução dos principais investimentos, por natureza e Aeroporto,realizados entre 2009 e 20<strong>11</strong>:Un: mil Euros20<strong>11</strong> 2010 2009Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira1. Infraestruturas 93 581 <strong>11</strong>4Reforço e Reperfilamento da Pista 28 428 0Outros 65 153 <strong>11</strong>42. Exploração 1.241 205 555Projeto SITI 487 0 0Viatura SLCI 317 0 0Projeto GO 220 0 0Outros 217 205 5553. Correntes 79 60 429Total 1.413 847 1.098Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo1. Infraestruturas 69 74 0Reforço e Reperfilamento da Pista 69 59 0Outros 0 15 02. Exploração 0 5 703. Correntes 73 103 45Total 142 181 <strong>11</strong>4Serviços Centrais1. Infraestruturas 0 0 02. Exploração 0 0 03. Correntes 5 4 34Total 5 4 34Total Geral 1.559 1.033 1.24689


.<strong>11</strong> Relatório& ContasNo gráfico que segue, visualiza-se o impacto dos Investimentos por natureza:Natureza do InvestimentoRealizado em 20<strong>11</strong>InfraestruturasExploraçãoCorrentes1.24<strong>11</strong>561618.5. Investimentos em CursoComo anteriormente já referido a Empresa mantém em curso um conjunto <strong>de</strong> Projetos e trabalhos <strong>de</strong>stinadosa futuras obras <strong>de</strong> melhoramento e/ou expansão das infraestruturas nos <strong>Aeroportos</strong>, conforme se assinalano quadro seguinte:Un: mil EurosAc. 20<strong>11</strong>TotalTrabalhos Complementares do HBS 6 356Projeto da Torre <strong>de</strong> Controlo do AM 24 243Remo<strong>de</strong>lação e Desenvolvimento da Aerogare do AM <strong>11</strong>6 8.966Projeto <strong>de</strong> Auto-Silo no AM 261 278Reforço e Reperfilamento das Pistas 584 14.575Remo<strong>de</strong>lação da Aerogare do APS 30 30Estudo <strong>de</strong> Reparação da TWR do APS 30 30Viatura SLCI no AM 317 530Projeto SITI 833 1.577Monitorização do Ruído 1 <strong>11</strong>3Projeto GO 220 284Total 2.422 26.982Para cada um dos investimentos ou projetos, acima consi<strong>de</strong>rados, segue-se uma resumida memória <strong>de</strong>scritivae o ponto <strong>de</strong> situação dos trabalhos.90


.<strong>11</strong> Relatório& Contasa) Trabalhos Complementares do HBSDestina-se a complementar os Sistemas <strong>de</strong> Verificação <strong>de</strong> Bagagem 100% Screening nos <strong>Aeroportos</strong>da Ma<strong>de</strong>ira e Porto Santo com as condições para <strong>de</strong>sativação e/ou explosão <strong>de</strong> bagagens “suspeitas”,consi<strong>de</strong>radas “ameaças” que vierem a ser estabelecidas como “standard” a nível dos aeroportos europeus.A primeira fase do Sistema <strong>de</strong> Bagagem 100% Screening encontra-se concluída e o arranque dos trabalhoscomplementares estará <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da conclusão dos estudos sobre a solução a adotar. Os orçamentosprevisionais estimados para a sua implementação são <strong>de</strong> 156 mil Euros e 200 mil Euros, respetivamente paraAM e APS, consi<strong>de</strong>rando-se que existirá o diferimento <strong>de</strong> um ano entre a Ma<strong>de</strong>ira e o Porto Santo.Estes trabalhos não tiveram qualquer <strong>de</strong>senvolvimento em 20<strong>11</strong>.b) Projeto da TWR do AMEstá prevista, a médio prazo, a construção <strong>de</strong> uma nova Torre <strong>de</strong> Controlo no Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira parasubstituição da atual que não permite uma visibilida<strong>de</strong> direta total sobre as soleiras da pista.O projeto propriamente dito está a ser <strong>de</strong>senvolvido pela <strong>ANA</strong>M, SA, com o apoio da <strong>ANA</strong>/DIA, contandocom a participação e colaboração da NAV, EPE.O valor orçamentado, <strong>de</strong> 243 mil Euros, <strong>de</strong>stina-se exclusivamente a remunerar o trabalho contratado à<strong>ANA</strong>/DIA, que correspon<strong>de</strong> à elaboração dos estudos e projetos <strong>de</strong> arquitetura e especialida<strong>de</strong>s.Durante o ano <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> não se registou qualquer <strong>de</strong>senvolvimento.c) Remo<strong>de</strong>lação e Desenvolvimento da Aerogare no AMA necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar a rentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exploração comercial do Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, combinadacom o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> melhorar as condições <strong>de</strong> conforto do passageiro levam à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudar areformulação dos circuitos <strong>de</strong> embarque/<strong>de</strong>sembarque, nomeadamente através da otimização das áreasdisponíveis nos pisos 2 e 3, intervindo-se em áreas operacionais, comerciais e da restauração, estandoprevisto na sua fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento ultimo a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se instalarem mangas telescópicas.O correspon<strong>de</strong>nte Estudo Prévio <strong>de</strong> Arquitetura foi adjudicado à firma MC Arquitectos, Lda. pelo preço <strong>de</strong><strong>11</strong>6 mil Euros e encontra-se, presentemente, concluído e entregue.A execução dos trabalhos referentes a esta intervenção, para que se prevê uma duração <strong>de</strong> 36 meses e umaestimativa <strong>de</strong> custo na or<strong>de</strong>m dos 8,85 milhões <strong>de</strong> Euros, <strong>de</strong>verá iniciar-se <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 2016.Como fase preliminar <strong>de</strong>ste Projeto, está prevista uma intervenção pontual durante 2012, a nível dorejuvenescimento das atuais áreas comerciais e restauração nos pisos 2 e 3, cujo valor estimado é <strong>de</strong> 395mil Euros.91


.<strong>11</strong> Relatório& Contasd) Projeto <strong>de</strong> Auto-Silo no AMA crescente evolução da procura <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estacionamento, a nível dos parques do Aeroporto,quer por parte <strong>de</strong> utentes, quer pelos Rent-a-Car, levaram a consi<strong>de</strong>rar-se conveniente dispor <strong>de</strong> um projetopara a criação <strong>de</strong> estacionamento através da construção faseada/modulada <strong>de</strong> um auto-silo, integrado naestrutura dos parques e núcleo <strong>de</strong> acesso vertical, já existentes para implementação em função <strong>de</strong> critérios<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> a estabelecer.A posterior execução <strong>de</strong>ste Projeto encontra-se <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da sua oportunida<strong>de</strong> associada à viabilida<strong>de</strong>económica.A elaboração do <strong>de</strong>senvolvimento do Projeto para um auto-silo, a executar <strong>de</strong> forma faseada, foi contratado,em 12 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2008, à firma Segadães Tavares & Associados, pelo valor <strong>de</strong> 278 mil Euros, estandoo Projeto <strong>de</strong> Execução relativo à primeira fase concluído na sua versão preliminar que se encontra em fase<strong>de</strong> apreciação interna.e) Reperfilamento e Repavimentação das Pistas no AM e APSAeroporto da Ma<strong>de</strong>ira - os pavimentos betuminosos da pista e caminhos <strong>de</strong> circulação apresentam umafendilhação e <strong>de</strong>sagregação superficial em evolução rápida e preocupante, consequência <strong>de</strong> uma situaçãopatológica da camada superficial do tipo top-down craking, originada pelo envelhecimento precoce doligante betuminoso.Na sequência <strong>de</strong> concurso público contratou-se à CENORPLAN – Planeamento e Projetos, Lda. a elaboraçãodo Projeto para o Reforço e Reperfilamento da Pista, que já foi entregue em 20<strong>11</strong>, com um custo <strong>de</strong> <strong>11</strong>7mil Euros.A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entretanto assegurar as condições mínimas operacionais dos pavimentos betuminososlevou à realização, através <strong>de</strong> concurso, <strong>de</strong> uma intervenção para reparações pontuais, adjudicado àTECNOVIA Ma<strong>de</strong>ira, com início em 2010 e conclusão em 20<strong>11</strong>, representaram um custo global <strong>de</strong> 394 milEuros e constituí uma primeira fase do trabalho.Assim, a execução da Empreitada correspon<strong>de</strong>nte a este projeto e as intervenções pontuais na pista, têm umvalor estimado <strong>de</strong> 7.894 mil Euros, a realizar em 2010 e anos seguintes.Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo - a pista dispõe <strong>de</strong> um comprimento total <strong>de</strong> 3.000 mts., dos quais 2.450msão em betuminoso, cujo ciclo <strong>de</strong> vida útil se encontra já esgotado e, portanto, em fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradaçãoestrutural.Esta situação, caso não seja efetuada uma intervenção a curto prazo originará, num futuro próximo,uma rutura da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga da estrutura da pista, <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>rá, no limite, vir a inviabilizar asoperações.92


.<strong>11</strong> Relatório& ContasAssim, o Projeto <strong>de</strong> Reforço e Reperfilamento foi realizado pela empresa NORVIA – Consultores <strong>de</strong> Engenharia,SA, na sequência <strong>de</strong> concurso público, por um valor <strong>de</strong> <strong>11</strong>4 mil Euros.A execução global da correspon<strong>de</strong>nte empreitada, com um valor previsto <strong>de</strong> 5.827 mil Euros, está previstaa sua conclusão em 2014.O volume <strong>de</strong>ste investimento obriga a <strong>ANA</strong>M, SA a procurar obter comparticipação financeira para a execução<strong>de</strong>sta empreitada, dado a natureza da utilização civil e militar <strong>de</strong>ste Aeroporto e ser uma infraestruturaaltamente <strong>de</strong>ficitária.De modo a minimizar-se os inconvenientes operacionais resultantes do estado dos pavimentos, realizou-seno 1º trimestre <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> uma intervenção <strong>de</strong> reparações pontuais, que foi adjudicado por 27 mil Euros àEDIMADE – Edificadora da Ma<strong>de</strong>ira, SA, valor este incluído na estimativa da obra.Acrescem, ainda, os trabalhos <strong>de</strong> reperfilamento das pistas dos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira 624 mil Euros,referentes a trabalhos <strong>de</strong> revisão do projeto, fiscalização da obra e acompanhamento do LNEC.f) Remo<strong>de</strong>lação da Aerogare no APSA implementação do Sistema HBS levou à redução (pela criação <strong>de</strong> um corredor retirado à sala <strong>de</strong> recolha<strong>de</strong> bagagem) das áreas <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> bagagens, pelo que se contratou ao Atelier Mota Carvalho Arquitectosum estudo para o aumento <strong>de</strong>sta área à custa da relocalização da Sala VIP, com o consequente arranjo doconjunto das salas <strong>de</strong> embarque.Também se incluiu neste Projeto, a reformulação e substituição da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> combate a incêndios, que ascondições <strong>de</strong> agressivida<strong>de</strong> climática têm <strong>de</strong>teriorado.O projeto foi adjudicado por 30 mil Euros, encontrando-se em fase final <strong>de</strong> adaptação aos comentáriosproduzidos.A efetivação <strong>de</strong>ste projeto, a nível das intervenções na Aerogare fica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da obtenção <strong>de</strong>financiamento a<strong>de</strong>quado.g) Estudo <strong>de</strong> Reparação da TWR do APSFace à verificação <strong>de</strong> fissuras existentes na Torre do APS ao nível das áreas dos pisos ocupados, foi realizadoum Estudo e concluiu-se não existirem <strong>de</strong>ficiências estruturais <strong>de</strong> fundo, sendo, contudo, recomendadauma intervenção <strong>de</strong>stinada a repor uma a<strong>de</strong>quada utilização <strong>de</strong>stas áreas.Para tal, a <strong>ANA</strong>M, SA, facultou aos utentes <strong>de</strong>ste espaço (FA, NAV e Meteorologia), o respetivo Estudo,tendo-se proposto que o custo com as reparações necessárias fosse partilhado entre os utentes, dado quea Empresa não recebe qualquer contrapartida pela ocupação daqueles espaços.Aguarda-se o <strong>de</strong>senvolvimento do processo.93


.<strong>11</strong> Relatório& Contash) Viatura SLCI no AMTrata-se <strong>de</strong> uma viatura “Striker” 3.000 6x6, fabricada pela Oshkosh Corporation, para salvamento e combatea incêndios em aeronaves, com uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agentes extintores <strong>de</strong> <strong>11</strong>.356 litros <strong>de</strong> água, 1.590 litros<strong>de</strong> espuma AFFF e <strong>de</strong> 227 Kg <strong>de</strong> pó químico.A aquisição <strong>de</strong>sta viatura irá permitir <strong>de</strong>slocar para o Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo uma viatura Oshkosh T12.i) Projeto SITI – Sistema Integrado <strong>de</strong> Telecomunicações e InformaçãoO Projeto SITI – Sistema Integrado <strong>de</strong> Telecomunicações e Informação tem por objetivo dotar a Empresa <strong>de</strong>uma convergência <strong>de</strong> comunicações <strong>de</strong> dados, voz, imagem, informação interativa e aplicações <strong>de</strong> serviços<strong>de</strong> valor acrescentado, com base na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> banda larga em fibra ótica sobre a qual os novos equipamentose sistemas se apoiarão a nível dos diversos sistemas específicos aeroportuários.Os atuais sistemas <strong>de</strong> telecomunicações da <strong>ANA</strong>M, SA, estão baseados em tecnologia antiquada que iráser <strong>de</strong>scontinuada, pelo que este facto introduz uma perda <strong>de</strong> fiabilida<strong>de</strong> inaceitável, para além <strong>de</strong> nãopermitir à Ma<strong>de</strong>ira, enquanto região turística, realizar todo o seu potencial <strong>de</strong> que o Aeroporto é uma peçafundamental.Assim este projeto permite realizar um salto qualitativo inerente à integração na socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação,sendo um fator <strong>de</strong> aumento da competitivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> dos serviços aeroportuários prestados.j) Monitorização do RuídoEste sistema irá garantir a revisão e melhoria do atual sistema <strong>de</strong> Monitorização do Ruído que está emfuncionamento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002 estando, nesta altura obsoleto.Este novo sistema irá, igualmente, permitir a acreditação das medições do ruído, realizadas nos <strong>Aeroportos</strong>da Ma<strong>de</strong>ira dando, assim, cumprimento integral às disposições presentes no art. 34 do Regulamento Geraldo Ruído, que se tornaram obrigatórios em Fevereiro <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>.l) Projeto GOConstitui a substituição do anterior Sistema <strong>de</strong> Gestão Operacional por um novo sistema (<strong>de</strong>signado porProjeto GO), tendo em vista a uniformização dos processos e sistemas <strong>de</strong> gestão operacional.Este novo sistema vem permitir uma gran<strong>de</strong> facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parametrização o que tem como vantagem a suautilização por qualquer estação <strong>de</strong> trabalho e uma permanente monitorização dos processos.Irá, igualmente, otimizar a gestão e planeamento dos recursos existentes na infraestrutura aeroportuária,alimentando o sistema <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> voo e disponibilizando os dados dos formulários eletrónicos,preenchidos pelos handlers. Desta forma, po<strong>de</strong>r-se-á alimentar diretamente o sistema <strong>de</strong> faturação “BILL-AS” em tudo o que respeita a taxas <strong>de</strong> tráfego, equipamentos e serviços <strong>de</strong> aviação.94


.<strong>11</strong> Relatório& Contas8.6. Financiamento dos InvestimentosFoi garantido para o Projeto SITI – Sistema Integrado <strong>de</strong> Telecomunicações e Informação, uma comparticipação<strong>de</strong> 80% do FEDER – Programa Intervir+, estando os restantes 20% a serem assegurados através <strong>de</strong> autofinanciamento.Os outros Investimentos realizados pela <strong>ANA</strong>M, SA em 20<strong>11</strong>, foram integralmente efetuados com recursoa auto-financiamento e/ou utilização <strong>de</strong> empréstimos já contratados.95


.<strong>11</strong> Relatório& Contas9. RECURSOS HUMANOSA Gestão <strong>de</strong> Recursos Humanos da <strong>ANA</strong>M, SA tem orientado a sua atuação para o <strong>de</strong>senvolvimentoprofissional e envolvimento dos seus Colaboradores nos objetivos estratégicos da Empresa.Neste sentido foi: i) dada continuida<strong>de</strong> ao Plano <strong>de</strong> Formação Anual, apostando-se não só na formaçãotécnica, mas igualmente na área comportamental, através da candidatura ao Programa Rumos, um programacofinanciado pelos Fundos Europeus; ii) implementada uma nova vertente da Avaliação <strong>de</strong> Desempenho,a qual compreen<strong>de</strong> a Avaliação <strong>de</strong> Objetivos e uma Avaliação <strong>de</strong> Competências; iii) <strong>de</strong>senvolvido um Plano<strong>de</strong> Ações <strong>de</strong> Satisfação <strong>de</strong> Colaboradores, o qual encerrou o Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Bem Estar – Sinta-seBem e proporcionou um Encontro <strong>de</strong> Quadros, especificamente direcionado para Chefias, e iv) mantido oPrograma <strong>de</strong> Otimização do Efetivo.Em 20<strong>11</strong> houve a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reestruturar duas áreas da Empresa, face a saídas <strong>de</strong> efetivos,nomeadamente do Serviço <strong>de</strong> Marketing e <strong>de</strong> Segurança Aeroportuária. Houve também a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>recrutar internamente Oficiais <strong>de</strong> Operações Aeroportuárias para os <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira e Porto Santo.9.1. EfetivosEm termos globais em 20<strong>11</strong>, houve uma redução líquida <strong>de</strong> 9 efetivos da <strong>ANA</strong>M, SA, passando <strong>de</strong> 326colaboradores para 317, como se indica:Evolução <strong>de</strong> Efectivos AM % APS % CEN* % <strong>ANA</strong>M %Efetivos em 01.Jan.20<strong>11</strong> 240 100,0 71 100,0 15 100,0 326 100,0Admissões 1 0,4 0 0,0 1 6,7 2 0,6Saídas (7) (2,9) (4) (5,6) 0 0,0 (<strong>11</strong>) (3,4)Saldos dos mov. do ano (6) (2,5) (4) (5,6) 1 6,7 (9) (2,8)Efetivos em 31.Dez.20<strong>11</strong> 234 97,5 67 94,4 16 106,7 317 97,2* Inclui os 2 administradores pagos pela <strong>ANA</strong>M, SA. Não inclui 3 membros do Conselho Fiscal.A movimentação ocorrida em 20<strong>11</strong> compreen<strong>de</strong>, assim, onze saídas e duas entradas.Realça-se que, das <strong>11</strong> saídas, 2 <strong>de</strong>las ocorreram por <strong>de</strong>svinculação, 4 por rescisão por mútuo acordo, 3 poraposentação, 1 por invali<strong>de</strong>z e outra por falecimento.Em relação às 2 entradas, é <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar: 1 técnico para a Gestão Comercial e Marketing, proveniente domercado trabalho e 1 outro para Assessor do Conselho <strong>de</strong> Administração, que regressou à Empresa apósvários anos em exercício <strong>de</strong> funções no Governo Regional.96


.<strong>11</strong> Relatório& Contas9.2. Programa <strong>de</strong> Otimização do EfetivoEm 20<strong>11</strong>, foi dado continuida<strong>de</strong> ao Programa <strong>de</strong> Otimização do Efetivo que teve o seu início em 2005. Esteprograma possibilitou, até agora, saídas por mútuo acordo, que contribuíram para a redução líquida <strong>de</strong> 76efetivos que passaram <strong>de</strong> 393 no início <strong>de</strong> 2005 para 317 no final <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> e envolveu um dispêndio, noperíodo, <strong>de</strong> 9.252 mil Euros.O quadro que segue evi<strong>de</strong>ncia o impacto financeiro <strong>de</strong>ste programa:Un. 20<strong>11</strong> 2010 2009 2008 2007 2006 2005 TotalEfetivos nº 7 2 24 16 9 19 14 91Incentivos M Euro 764 203 3.030 1.543 1.069 1.218 1.425 9.252Incentivo Médio M Euro 79 102 126 96 <strong>11</strong>9 64 102 102No entanto, consi<strong>de</strong>rando as orientações do SEE 20<strong>11</strong> sobre a redução <strong>de</strong> custos, o Programa <strong>de</strong> Otimizaçãodo Efetivo foi, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010, bastante limitado e extensivo apenas a situações <strong>de</strong>vidamente pon<strong>de</strong>radas eaprovadas pelo Conselho <strong>de</strong> Administração.Cabe, ainda, referir que, face à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rejuvenescer o efetivo dos Serviços <strong>de</strong> Luta e Salvamentocontra Incêndios dos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira, com uma franja significativa <strong>de</strong> OPS a caminho dos 60 anos,o que a breve trecho po<strong>de</strong>rá vir a impossibilitar o cumprimento do que se encontra <strong>de</strong>terminado pelo INAC(CIA 24/2010 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Setembro) no que respeita à proficiência física – a Empresa proce<strong>de</strong>u ao lançamento<strong>de</strong> um Concurso Público Internacional para a contratação, <strong>de</strong> forma faseada, <strong>de</strong> uma Prestação <strong>de</strong> Serviços<strong>de</strong> Socorro e Emergência <strong>de</strong> Aeródromo nos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira e do Porto Santo, pelo prazo inicial<strong>de</strong> 5 anos, prorrogável por períodos sucessivos <strong>de</strong> 3 anos, estando o concurso em fase <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong>propostas (01 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2012).Numa primeira fase, o Concurso contempla a contratação <strong>de</strong> um turno para o Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira e doisturnos para o Aeroporto do Porto Santo.Paralelamente, foi acordado um Plano <strong>de</strong> Otimização do Efetivo SSLCI que possa acolher a saída, igualmentefaseada nos próximos 3 anos, <strong>de</strong> Oficiais <strong>de</strong> Operação <strong>de</strong> Socorros, que se encontram em condições <strong>de</strong> ofazer e venham a a<strong>de</strong>rir ao referido plano.97


.<strong>11</strong> Relatório& Contas9.3. FormaçãoNo <strong>de</strong>curso do ano <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, foram realizadas 53 ações <strong>de</strong> formação, que totalizaram 4.942 horas, àsquais acrescem 775 horas relativas ao Estatuto <strong>de</strong> Trabalhador-Estudante. As referidas ações <strong>de</strong> formaçãoenvolveram, em termos globais, 406 participantes (241 colaboradores).As horas <strong>de</strong> formação e a sua distribuição por natureza e qualificação dos participantes, encontra-se<strong>de</strong>talhado no quadro, que refere:Un: HorasChefias Tec. Sup. T. Alt. Qualif. Outros TotalFormação Interna 0 0 0 0 0Formação Externa 797 157 4.439 324 5.717Total 797 157 4.439 324 5.717De realçar que os gastos com a formação, totalizaram 91.196 Euros, dos quais:• Gastos Directos 61.482 Euros(inscrições com Custos <strong>de</strong> Formação)• Gastos Indirectos 29.714 Euros(aluguer <strong>de</strong> salas, coffee-breaks, almoços, estadas,Ajudas <strong>de</strong> custo, <strong>de</strong>slocações, etc.)Recorda-se que, o Plano anual <strong>de</strong> Formação incidiu maioritariamente em formação técnica nas áreas <strong>de</strong>Engenharia e Manutenção; Higiene e Segurança no Trabalho e Socorros e Operações, nomeadamentea resultante do recrutamento interno para os Serviços <strong>de</strong> Operações Aeroportuárias dos <strong>Aeroportos</strong> daMa<strong>de</strong>ira e Porto Santo, ainda em curso e com continuida<strong>de</strong> em 2012.Assinala-se, também, que ainda em 20<strong>11</strong>, a Gestão <strong>de</strong> Recursos Humanos candidatou-se e obteve aprovaçãopara o Programa Rumos, um Programa <strong>de</strong> Formação cofinanciado pelo Fundo Social Europeu. Com estacandidatura foi e continuará a ser possível em 2012 e 2013 proporcionar formação na área comportamentala um número mais abrangente <strong>de</strong> colaboradores, com uma redução <strong>de</strong> custos significativa.98


.<strong>11</strong> Relatório& Contas9.4. Massa SalarialEm 20<strong>11</strong>, <strong>de</strong> acordo com as orientações da RCM 01/20<strong>11</strong>, <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> Janeiro e <strong>de</strong>mais legislação subsequente,foram aplicadas reduções às remuneratórias totais ilíquidas <strong>de</strong> valor mensal superior a 1.500 Euros e foramvedadas todas as valorizações remuneratórias, nomeadamente progressões e promoções.No quadro seguinte apresenta-se a evolução da massa salarial per capita entre 2009 e 20<strong>11</strong>:Var.Un: mil EurosCADescrição 20<strong>11</strong> 2010 2009 20<strong>11</strong>/2010 20<strong>11</strong>/2009Massa SalarialRemuneração 8.570 9.605 9.859 (10,8) (6,8)Trabalho Suplementar 406 397 387 2,4 2,4Encargos s/ RemuneraçãoSeg. Social + Seg. Ac. Trab. 1.998 2.074 1.912 (3,7) 2,2Outros Gastos com Pessoal 942 1.040 3.544 (9,4) (48,4)Total <strong>11</strong>.917 13.<strong>11</strong>6 15.703 (9,1) (12,9)Efetivos Médios <strong>ANA</strong>M 323 325 334 (0,6) (1,7)Massa Salarial per Capita 36,9 40,4 47,0 (8,6) (<strong>11</strong>,4)9.5. Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Trabalho e AbsentismoNo âmbito da promoção da Segurança e Saú<strong>de</strong> no Trabalho, a Empresa tem em curso um conjunto asmedidas <strong>de</strong> monitorização e controlo <strong>de</strong> alguns indicadores <strong>de</strong> pessoal, entre os quais o Absentismo e osAci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Trabalho.O quadro que segue relaciona o Absentismo e os Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Trabalho nos últimos 3 anos:20<strong>11</strong> 2010 2009Absentismo 5,3% 5,8% 5,9%Nº Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Trabalho 9 9 <strong>11</strong>Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Trabalho* 1,0% 1,0% 0,4%* Peso das horas não trabalhadas por aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho, no total das horas potenciaisDa análise ao quadro supra, verifica-se que a taxa <strong>de</strong> Absentismo em 20<strong>11</strong> foi a mais baixa dos últimostrês anos. No que diz respeito aos Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Trabalho, manteve-se a tendência verificada no anoanterior, quer no total <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Trabalho, quer no peso percentual das horas não trabalhadas, esta<strong>de</strong>corrente essencialmente da existência <strong>de</strong> 3 situações, com um índice <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong> maior gravida<strong>de</strong> (baixaprolongada).99


.<strong>11</strong> Relatório& Contas9.6. Ações em DesenvolvimentoA nível da gestão dos Recursos Humanos, a <strong>ANA</strong>M, SA, <strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong> a processos transversais, noâmbito do Sistema <strong>de</strong> Gestão Integrado dos Recursos Humanos, com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações nas suasprincipais valências: Gestão <strong>de</strong> Competências; Gestão <strong>de</strong> Desempenho; Gestão <strong>de</strong> Formação; e Gestão <strong>de</strong>Desenvolvimento e Seleção, cujas funcionalida<strong>de</strong>s preten<strong>de</strong> integrar em SAP e Portal do Colaborador, noâmbito do Projeto SAP Evolution.Merecem <strong>de</strong>staque: i) a implementação do novo Sistema <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Desempenho, na sua dupla vertente<strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Objetivos e Avaliação <strong>de</strong> Competências; ii) o Plano <strong>de</strong> Satisfação e Envolvimento resultantedo Estudo <strong>de</strong> Satisfação <strong>de</strong> Colaboradores, com o projeto “Sinta-se Bem”; e iii) um Encontro <strong>de</strong> Quadrosem formato outdoor e dirigido exclusivamente para chefias, o qual teve como propósito potencializarcompetências <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança e fomentar a comunicação assertiva a todos os níveis direcionais, inclusive entrepares.Para 2012 e além das ações ainda em <strong>de</strong>senvolvimento, serão priorizadas outras com especial relevânciapara a Segurança e Saú<strong>de</strong> no Trabalho.100


.<strong>11</strong> Relatório& Contas10. ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA10.1. Situação Económica10.1.1. Proveitos OperacionaisOs Proveitos Operacionais da <strong>ANA</strong>M, SA ascen<strong>de</strong>ram, em 20<strong>11</strong>, a 42.260 mil Euros, o que se traduznum <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> (1,7%) face ao ano anterior.No quadro que segue apresenta-se a <strong>de</strong>composição e evolução dos Proveitos, estes, <strong>de</strong> acordo com a suanatureza, agrupados em três rubricas essenciais:DescriçãoMa<strong>de</strong>iraUn: mil EurosPorto Serviços Total Total Total VariaçãoSanto Centrais 20<strong>11</strong> 2010 2009 %RÉDITO 36.640 1.458 0 38.098 37.504 39.285 1,6Prestação <strong>de</strong> Serviços 36.602 1.451 0 38.053 37.412 39.169 2Aviação 26.392 1.<strong>11</strong>6 0 27.509 27.374 28.326 0PMR’s 697 30 0 727 703 742 3,3Segurança 3.007 126 0 3.133 3.190 3.390 (1,8)Não Aviação 6.093 179 0 6.271 5.940 6.086 6Contrato <strong>de</strong> Construção 412 1 0 413 203 626 104Outros Réditos 38 7 0 45 92 <strong>11</strong>5 (51,8)OUTROS RENDIMENTOS 3.969 193 0 4.162 5.495 4.144 (24,3)Reversões <strong>de</strong> Terceiros 0 0 0 0 1.475 <strong>11</strong>2 (100,0)Financeiros 0 0 0 0 1 0 (91,9)Subsídios ao Investimento 3.829 183 0 4.013 4.013 4.013 (0,0)Outros 140 9 0 149 6 19 2.392Total 40.609 1.651 0 42.260 42.999 43.428 (1,7)Da análise ao quadro supra importa <strong>de</strong>stacar:• RéditoA Prestação <strong>de</strong> Serviços engloba o Volume <strong>de</strong> Negócios “core” (Serviços “Aviação” e “Não Aviação”), integra,as rubricas <strong>de</strong> PMR, Segurança e o Contrato <strong>de</strong> Construção.Finalmente, o valor da parcela “Outro Rédito” é, nas atuais circunstâncias, residual.A evolução do Rédito entre 2010 e 20<strong>11</strong> é positiva em 1,6% e o peso do Rédito no total dos Proveitos em20<strong>11</strong> é <strong>de</strong> 90,2%, como se <strong>de</strong>talha:101


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• Prestação <strong>de</strong> Serviços• AviaçãoCom o valor global <strong>de</strong> 27.509 mil Euros, esta rubrica representa 72,2%, em relação ao totaldo Rédito. Para maior <strong>de</strong>talhe dos valores reportamos ao ponto 7.1 anterior.• PMR’sA receita gerada por esta rubrica foi <strong>de</strong> 727 mil Euros e, o seu crescimento face ao ano anterior<strong>de</strong> 3,3%, está alinhado com a evolução do tráfego <strong>de</strong> passageiros.• SegurançaEsta rubrica evi<strong>de</strong>ncia as receitas provenientes da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Segurança, realizada sobresponsabilida<strong>de</strong> da Empresa, nas duas componentes A) e B).As receitas totalizaram 3.133 mil Euros, conforme explicitado no ponto 7.3, anterior erepresentam 8,2% do valor do Rédito.• Não AviaçãoConstituem as receitas provenientes da ativida<strong>de</strong> comercial da Empresa: Retalho, Imobiliária,Publicida<strong>de</strong>, Rent-a-Car e Parques <strong>de</strong> Estacionamento, como se explicita no ponto 7.2anterior.No âmbito “core” estas receitas, no total <strong>de</strong> 6.271 mil Euros, representam 16,5% do Rédito.• Contrato <strong>de</strong> ConstruçãoReflete o valor dos novos Ativos Intangíveis (Direito <strong>de</strong> Concessão) consi<strong>de</strong>rados no âmbito doContrato <strong>de</strong> Concessão, por via da adoção da IFRIC 12.• Outro RéditoA conta não é materialmente relevante e inclui algumas receitas provenientes <strong>de</strong>: ADSE, cedência <strong>de</strong> pessoal,cedência <strong>de</strong> materiais, venda <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> encargos, etc..• Outros RendimentosEsta conta, com 4.162 mil Euros, reflete o reconhecimento em Proveitos dos Subsídios ao Investimentoobtidos, a fundo perdido, imputados ao presente exercício, no total <strong>de</strong> 4.153 mil Euros. Neste âmbito,<strong>de</strong>staca-se o início da participação do FEDER no projeto SITI, <strong>de</strong> que resultou um reconhecimento, em 20<strong>11</strong>,<strong>de</strong> 273 mil Euros.102


.<strong>11</strong> Relatório& ContasAcresce que os 4.153 mil Euros, incluem 140 mil Euros da rubrica Outros, que dizem respeito a Investimentos<strong>de</strong> REPEX associados à utilização <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s, sendo o restante o valor da rubrica <strong>de</strong> Subsídios aoInvestimento.A rubrica “outros Rendimentos” integra, ainda, outros pequenos valores, no montante <strong>de</strong> 9 mil Euros,relativos à alienação <strong>de</strong> imobilizado corpóreo, <strong>de</strong>scontos <strong>de</strong> p.p. obtidos, etc..A evolução dos Proveitos acima caracterizados, entre 2010 e 20<strong>11</strong>, é também ilustrada no gráfico quesegue:Evolução dosProveitos50.000 -45.000 -40.000 -38.09837.50435.000 -20<strong>11</strong>201030.000 -25.000 -20.000 -15.000 -10.000 -5.000 -4.1625.4950 -RéditoOutro RendimentosEntretanto a contribuição dos Proveitos por Aeroporto e Serviços Centrais, apresenta a seguinte distribuição:i) Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira com 96,1% do total <strong>de</strong> Proveitos; ii) o Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo com 3,9%, sendonula a contribuição dos Serviços Centrais.103


.<strong>11</strong> Relatório& Contas10.1.2. Custos OperacionaisEm 20<strong>11</strong>, os Custos Operacionais da <strong>ANA</strong>M, SA, ascen<strong>de</strong>ram a 36.810 mil Euros, o que correspon<strong>de</strong> auma redução <strong>de</strong> (0,5%), face ao ano anterior.A evolução dos Custos Operacionais evi<strong>de</strong>ncia-se no quadro seguinte:Un: mil EurosDescriçãoMa<strong>de</strong>iraPorto Serviços Total Total Total VariaçãoSanto Centrais 20<strong>11</strong> 2010 2009 %Consumos 93 10 0 103 109 <strong>11</strong>6 (4,8)Fornecimentos e Serv. Externos 12.447 791 851 14.089 13.206 12.519 6,7Gastos com Pessoal 8.489 2.762 666 <strong>11</strong>.917 13.<strong>11</strong>6 15.703 (9,1)Amortizações e Depreciações* 8.450 251 24 8.725 9.150 9.137 (4,6)Outros Gastos 1.897 76 3 1.976 1.408 1.502 40,3Total 31.376 3.890 1.544 36.810 36.989 38.977 (0,5)* Este valor não consi<strong>de</strong>ra os Subsídios ao Investimento.A análise das diferentes rubricas dos Custos Operacionais põe em <strong>de</strong>staque o aumento em 6,7% nosFornecimentos e Serviços Externos, <strong>de</strong>vido ao aumento <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s assumidas para investimentos<strong>de</strong> substituição futuros (segundo interpretação da IFRIC 12).Pelo seu impacto, na estrutura <strong>de</strong> custos, <strong>de</strong>talhar-se-á também as contas <strong>de</strong> Gastos com Pessoal e asAmortizações.• Fornecimentos e Serviços ExternosApesar do acréscimo <strong>de</strong> 6,7% nos FSE´s consi<strong>de</strong>ra-se que custos foram no <strong>de</strong>curso do exercício contidos,atingindo-se reduções em várias rubricas.Explicita-se, seguidamente, as principais rubricas dos FSE’s que <strong>de</strong>terminaram a evolução apresentada.• Conservação e Reparação, com mais 31,9% (inclui as responsabilida<strong>de</strong>s assumidas(9));• Vigilância e Segurança, com menos (14,3%);• Trabalhos Especializados, com menos (2,6%);• Limpeza, Higiene e Conforto, com menos (15,6%);• Eletricida<strong>de</strong>, com mais 0,9%;• Estudos Projetos e Pareceres, com mais <strong>de</strong> 2,9%;• Seguros, com menos (2,8%);• Jardinagem e Decoração <strong>de</strong> Interiores, com menos (9,1%).• Deslocações e Estadas, com mais 14,0%;• Assistência Técnica Pessoal <strong>ANA</strong>, SA, com menos (10,5%);(9) Se não tivesse sido consi<strong>de</strong>rada nesta conta o impacto do aumento das responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1.7<strong>11</strong> mil Euros, a rubrica Conservação e Reparaçãoapresentaria uma redução <strong>de</strong> (<strong>11</strong>,9%), face a 2010.104


.<strong>11</strong> Relatório& ContasO <strong>de</strong>sempenho das restantes rubricas dos FSE’s, foi positivo, tendo ficado aquém dos valores previstos, commaior incidência na Publicida<strong>de</strong> e Propaganda, nas Rendas e Alugueres e nas Comunicações.• Gastos com PessoalOs Gastos com Pessoal, em 20<strong>11</strong>, têm uma redução <strong>de</strong> 9,1% face ao ano anterior. Esta redução resulta dadiminuição das tabelas salariais em 20<strong>11</strong> e dos encargos associados ao pessoal, que foram motivados pelaaplicação do Programa <strong>de</strong> Otimização <strong>de</strong> Efetivo e consequentes saídas entretanto verificadas.• Amortizações e DepreciaçõesDurante 20<strong>11</strong>, um conjunto <strong>de</strong> Bens Patrimoniais ficaram totalmente amortizados, o que veio a provocar,em relação a 2010, uma diminuição <strong>de</strong> (4,6%) na rubrica “Amortizações e Depreciações”.• Outros GastosA conta Outros Gastos, evi<strong>de</strong>ncia um aumento <strong>de</strong> 40,3%, face ao ano anterior e incorpora como principalcomponente os incentivos ao tráfego, como se indica:• Programa <strong>de</strong> Incentivos do Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira: 138 mil Euros.• FIPT – Fundo para o Investimento em Promoção Turística: 276 mil Euros.• Initiative:pt. – Developing Tourism and Aviation: 970 mil Euros• Plano Táctico e Outros: 253 mil EurosO montante <strong>de</strong> 1.637 mil Euros <strong>de</strong> incentivos ao tráfego gasto em 20<strong>11</strong>, correspon<strong>de</strong> a um reforço <strong>de</strong> 593mil Euros, em relação a 2010.Consi<strong>de</strong>rando os efeitos da crise económica e financeira, este aumento <strong>de</strong>monstra o esforço da Empresano <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> Marketing Aeroportuário, que incorpora uma filosofia <strong>de</strong> gestãoorientada para o Cliente (companhias aéreas) e para o seu mercado.O gráfico abaixo ilustra a evolução das rubricas <strong>de</strong> Custos Operacionais <strong>de</strong> 2010 para 20<strong>11</strong>.Evolução daEstrutura <strong>de</strong>Custos20<strong>11</strong>201016.000 -14.000 -12.000 -10.000 -8.000 -6.000 -14.08913.206<strong>11</strong>.91713.<strong>11</strong>68.7259.1504.000 -2.000 -0 -103109ConsumosFornecimentos eServiços ExternosGastos como PessoalAmortizaçõese Depreciações1.9761.408Outros Gastos105


.<strong>11</strong> Relatório& Contas10.1.3. ResultadosA <strong>ANA</strong>M, SA registou, no exercício <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, um Resultado Líquido, após impostos <strong>de</strong> 5.603 mil Eurospositivos, o que representa uma melhoria <strong>de</strong> 4.818 mil Euros, face a 2010.A obtenção <strong>de</strong>ste resultado encontra-se associado ao apuramento <strong>de</strong> Impostos Diferidos, no montante <strong>de</strong>4.032 mil Euros, consi<strong>de</strong>rados como a melhor estimativa das diferenças temporárias a recuperar em períodosfuturos (vi<strong>de</strong> Gasto do Imposto sobre o Rendimento, Nota 26 do Anexo às Demonstrações Financeiras).Para além do Resultado Líquido, o quadro seguinte i<strong>de</strong>ntifica alguns dos resultados obtidos em 20<strong>11</strong> e asua comparação com 2010.DescriçãoMa<strong>de</strong>iraUn: mil EurosPorto Serviços Total Total Total VariaçãoSanto Centrais 20<strong>11</strong> 2010 2009 Valor %Prestação <strong>de</strong> Serviços 36.602 1.451 0 38.053 37.412 39.169 642 1,7Cash-Flow Operacional (EBITDA) 13.853 (2.171) (1.520) 10.162 <strong>11</strong>.148 9.575 (986) (8,8)Resultado Operacional (EBIT) 9.233 (2.239) (1.544) 5.450 6.0<strong>11</strong> 4.451 (561) (9,3)Resultado Financeiro (5.314) 0 1.439 (3.875) (3.924) (3.616) 49 1,2Imposto sobre o Rendimento 0 0 4.028 4.028 (1.303) (1.767) 5.330 409,2Resultado Líquido 3.919 (2.239) 3.923 5.603 784 (932) 4.818 614,2• Cash-Flow Operacional EBITDAO Cash-Flow Operacional (EBITDA), como expressão do resultado entre Proveitos Operacionais e os CustosOperacionais (excluindo as Amortizações), é positivo em 10.162 mil Euros, apesar <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciar um<strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> (8,8%), face ao ano anterior.• Resultado Operacional (EBIT)O Resultado Operacional (EBIT) é positivo em 5.450 mil Euros.Realça-se, também, um EBIT positivo no Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> 9.233 mil Euros e negativo no Aeroporto<strong>de</strong> Porto Santo e Serviços Centrais, respetivamente, com (2.239) mil Euros e (1.544) mil Euros.• Resultado FinanceiroO Resultado Financeiro, com o montante <strong>de</strong> (3.875) mil Euros melhorou ligeiramente em relação a 2010.Esta melhoria resulta por um lado, <strong>de</strong> um agravamento das taxas <strong>de</strong> juro ativas variáveis com in<strong>de</strong>xanteà Euribor e, por outro, à aplicação <strong>de</strong> maiores exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> tesouraria com taxas <strong>de</strong> juro passivas maiselevadas, conforme se explicita:106


.<strong>11</strong> Relatório& ContasUn: mil Euros20<strong>11</strong> 2010 2009 Variação %Juros dos Empréstimos (5.314) (4.529) (6.251) (17,3)Justo Valor dos Swaps 0 0 1.379 0,0Outros 1.439 603 644 138,5Operações <strong>de</strong> Financiamento (3.875) (3.925) (4.228) 1,3Outros Resultados Financeiros 0 2 612 0,0Resultados Financeiros (3.875) (3.924) (3.616) 1,2Os juros suportados, relativos aos empréstimos bancários contraídos pela <strong>ANA</strong>M, SA, bem como oscustos <strong>de</strong> locação financeira, tiveram em 20<strong>11</strong> um aumento <strong>de</strong> 17,3%, <strong>de</strong>vido essencialmente às alteraçõesregistadas nas taxas variáveis, com in<strong>de</strong>xante à Euribor.O Justo Valor dos Swaps, os Swaps <strong>de</strong>tidos pela <strong>ANA</strong>M, SA foram cancelados em 2009 pelo que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> essadata, o resultado financeiro não reflete qualquer variação proveniente <strong>de</strong>stes instrumentos financeiros.Em Outros encontram-se registados os Proveitos Financeiros <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> aplicações financeiras emcontas <strong>de</strong> curto prazo. O crescimento <strong>de</strong>sta rubrica está associado ao aumento das taxas <strong>de</strong> juro passivasobtido nas aplicações financeiras da Empresa.• Gasto do Imposto sobre o RendimentoO Gasto do Imposto sobre o Rendimento no total <strong>de</strong> 4.028 mil Euros compreen<strong>de</strong> o Imposto Corrente eDiferido, sendo explicitado no Anexo às Contas(10).A evolução dos resultados po<strong>de</strong>, também, ser visualizada no gráfico seguinte:Evolução dosresultados50.000 -40.000 -38.05337.41230.000 -20<strong>11</strong>201020.000 -10.000 -0 -10.162<strong>11</strong>.1485.4506.0<strong>11</strong>-3.875-3.9244.028-1.3035.003784(10.000) -Prestação <strong>de</strong>ServiçosCash-FlowOperacional(EBITDA)ResultadoOperacional(EBIT)ResultadoFinanceiroImposto sobre oRendimentoResultadoLíquido(10) Impostos Diferidos107


.<strong>11</strong> Relatório& Contas10.1.4. Valor AcrescentadoO quadro que segue espelha a evolução do Valor Acrescentado Bruto (VAB):20<strong>11</strong> 2010 2009Un: mil EurosVariaçãoValor %Valor Acresc. Bruto 22.<strong>11</strong>9 22.841 25.501 (722) (3,2)Nº <strong>de</strong> Efetivos Médios 323 325 334 (2) (0,6)VAB per capita 68,5 70,3 76,4 (2) (2,6)O Valor Acrescentado Bruto, em 20<strong>11</strong>, apresenta um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 722 mil Euros, face ao ano anterior, aque correspon<strong>de</strong> uma diminuição <strong>de</strong> (3,2%).Por sua vez, o número <strong>de</strong> efetivos médios teve uma diminuição <strong>de</strong> (0,6%), em resultado do número médio<strong>de</strong> saídas verificadas ao longo do ano.Assim, a redução <strong>de</strong> (2,6%) registada em 20<strong>11</strong>, face ao ano anterior e apesar da saída <strong>de</strong> 2 efetivos médios,traduzida pelo rácio VAB per capita, reflete, ainda assim, uma perda da eficiência da Empresa.108


.<strong>11</strong> Relatório& Contas10.2. Situação Financeira10.2.1. Estrutura Patrimonial10.2.1.1. AtivoO total do Ativo da <strong>ANA</strong>M, SA registava, no final do exercício, o valor <strong>de</strong> 240.471 mil Euros. Este valorrepresenta um acréscimo <strong>de</strong> 1,9% relativamente ao valor <strong>de</strong> 2010.• Ativos não CorrentesOs Ativos não Correntes, no montante <strong>de</strong> 205.348 mil Euros, tiveram uma diminuição <strong>de</strong> (2.993) mil Euros,como se indica:• A redução <strong>de</strong> (245) mil Euros na rubrica <strong>de</strong> bens patrimoniais, pelo efeito conjugado <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong>ativos e das amortizações;• Uma redução <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> (3) mil Euros na conta Investimentos em Curso, resultado da corporizaçãodos investimentos patrimoniais em curso;• A redução <strong>de</strong> (4.257) mil Euros na rubrica Direitos <strong>de</strong> Concessão, <strong>de</strong>corrente das amortizações a queos ativos da Concessão estão sujeitos e a novos aumentos;• A redução <strong>de</strong> (57) mil Euros na rubrica Outros Ativos Intangíveis resulta da aplicação das taxas <strong>de</strong>amortização previstas no Decreto Regulamentar nº 25/2009, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Setembro.• A diminuição <strong>de</strong> (25) mil Euros nas contas <strong>de</strong> Dívidas a Receber Comerciais e Outras. O saldo <strong>de</strong>staconta inclui a aplicação <strong>de</strong> médio prazo, <strong>de</strong> 15 milhões <strong>de</strong> Euros, efetuada na <strong>ANA</strong>, SA.• O aumento <strong>de</strong> 1.594 mil Euros na conta <strong>de</strong> Ativos por Impostos Diferidos, relativa às responsabilida<strong>de</strong>sassumidas.• Ativos CorrentesO saldo atual da conta <strong>de</strong> Ativos Correntes é <strong>de</strong> 35.123 mil Euros e representa um aumento <strong>de</strong> 7.406 milEuros, em relação a 2010.Como principais contas importa <strong>de</strong>stacar:• Dívidas a Receber Comerciais e Outras, com 8.525 mil Euros. O aumento <strong>de</strong>sta conta, em comparaçãocom o ano anterior, é <strong>de</strong> 2.235 mil Euros, está relacionado com a atribuição do Subsídio do FEDERreferente ao Projeto SITI e ao crescimento das Dívidas <strong>de</strong> Clientes.109


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• A conta Caixa e Equivalentes <strong>de</strong> Caixa, com um saldo <strong>de</strong> 25.208 mil Euros, teve no <strong>de</strong>curso doexercício um acréscimo <strong>de</strong> 4.916 mil Euros, proveniente dos exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> tesouraria obtidos.O gráfico que se segue ilustra a evolução do Ativo entre 20<strong>11</strong> e 2010.Evolução doActivo250.000 -200.000 -205.348208.34<strong>11</strong>50.000 -20<strong>11</strong>2010100.000 -50.000 -0 -Activos NãoCorrentes35.12327.717Activos Correntes10.2.1.2. Capital Próprio e Passivo• Capital PróprioNo final <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, os Capitais Próprios ascen<strong>de</strong>m a 7.554 mil Euros e apenas cobrem cerca <strong>de</strong> <strong>11</strong>,2%do Capital.• PassivoCom 232.917 mil Euros, o Passivo, teve uma ligeira redução <strong>de</strong> (0,5%), relativamente ao ano anterior,sendo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar:• Passivo Não CorrentesEsta rubrica com 218.006 mil Euros, no final <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, registou um pequeno <strong>de</strong>créscimo, em relação a2010, <strong>de</strong> (0,6%).Para além dos Empréstimos <strong>de</strong> 199.387 mil Euros, que se encontram estruturados a Médio e Longo Prazo,existe outra conta, cuja natureza e pelo seu peso no Passivo, importa referir:• Dívidas a Pagar e Outros PassivosO valor <strong>de</strong>sta conta <strong>de</strong> 17.066 mil Euros, reflete, quase exclusivamente as responsabilida<strong>de</strong>s assumidas parafazer face a obrigações futuras da Concessão (renovação/substituição <strong>de</strong> ativos)(<strong>11</strong>).(<strong>11</strong>) Nota: 17 - Dívidas a Pagar e outros Passivos<strong>11</strong>0


.<strong>11</strong> Relatório& Contas• Passivo CorrentesOs Passivos Correntes apresentavam no final do exercício o montante <strong>de</strong> 14.910 mil Euros, representandoum acréscimo <strong>de</strong> 0,9%, em relação ao ano transato e integra as seguintes rubricas:• Acréscimos <strong>de</strong> Custos 3.663 mil Euros• Empréstimos <strong>de</strong> Curto Prazo 3.601 mil Euros• Fornecedores 2.839 mil Euros• Responsabilida<strong>de</strong>s Contratuais 2.572 mil Euros• Proveitos Diferidos 920 mil Euros• Outros 1.315 mil EurosO gráfico que segue ilustra a evolução do Capital Próprio e do Passivo:Evolução doCapital Próprioe do Passivo250.000 -200.000 -150.000 -218.006219.33320<strong>11</strong>2010100.000 -50.000 -0 -7.5541.952CapitalPróprioPassivos NãoCorrentes14.91014.774PassivoCorrentes10.3. Situação da Dívida (evolução da taxa média anual dos financiamentos)No quadro seguinte apresenta-se a evolução da Taxa Média Anual dos financiamentos e encargos com elesassociados, ao longo dos últimos 5 anos.Un: mil EurosDescrição 2007 2008 2009 2010 20<strong>11</strong>Dívida no início do Período 282.152 257.855 207.261 207.240 207.228Dívida no fim do Período 257.855 207.261 207.240 207.228 203.479Total dos Encargos(Juros + Tx. Garantia)12.263 12.388 6.252 4.529 5.314Taxa Média Anual 4,5% 5,3% 3,0% 2,2% 2,6%Da análise ao quadro supra, verifica-se que entre 2010 e 20<strong>11</strong>, o custo médio do capital teve um agravamento<strong>de</strong> 40 bp. Esta média encontra-se, todavia, influenciada pela taxa fixa do empréstimo obrigacionista, que é<strong>de</strong> 5,34%(12).(12) Nota: 16.2 – Termos e Prazos <strong>de</strong> Reembolso <strong>de</strong> Empréstimos.<strong>11</strong>1


.<strong>11</strong> Relatório& Contas<strong>11</strong>. PERSPETIVAS FUTURASA <strong>ANA</strong>M, SA iniciará um período crítico em termos económico-financeiros a partir <strong>de</strong> 2012 (com especialincidência em 2014), resultado do mo<strong>de</strong>lo financeiro utilizado para garantir a realização dos pesadosinvestimentos do Projeto <strong>de</strong> Ampliação do Aeroporto do Funchal, baseado em apoios a fundo perdido eno endividamento da Empresa, que se revelou pela dimensão, <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quado e penalizador à obtenção doequilíbrio económico-financeiro da Concessão.Com resultados líquidos estruturalmente negativos, face à impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar Cash-Flows suficientes paraprover às necessida<strong>de</strong>s operacionais, <strong>de</strong> investimentos e do serviço da dívida, assistiu-se a uma <strong>de</strong>lapidaçãodos Capitais Próprios, apesar <strong>de</strong> no passado (em 2004) se ter concretizado uma “operação harmónio”, paraa sua recomposição, embora insuficiente, conforme relato <strong>de</strong>talhado nas últimas Assembleias Gerais.Este <strong>de</strong>sequilíbrio estrutural que tem sido agravado <strong>de</strong>gradou-se, nos últimos anos, pela gran<strong>de</strong> quebra <strong>de</strong>tráfego sem atualização das taxas <strong>de</strong> tráfego, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005. Esta <strong>de</strong>saceleração no tráfego, inicialmente comorigem na grave crise internacional que afetou as economias em geral, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008, e subsequentementepelos trágicos acontecimentos ocorridos em Fevereiro <strong>de</strong> 2010 na Ma<strong>de</strong>ira, a que se seguiram várias limitaçõese condicionamentos <strong>de</strong> tráfego que afetaram os principais mercados <strong>de</strong> origem do <strong>de</strong>stino Ma<strong>de</strong>ira eigualmente o da própria Ma<strong>de</strong>ira, ainda não foi <strong>de</strong>belada, não se prevendo a sua inversão no próximo ano,também em função do Programa <strong>de</strong> Ajustamento da RAM, resultante do pedido <strong>de</strong> assistência financeirado Governo Regional da Ma<strong>de</strong>ira à República.Deste modo, o equilíbrio económico-financeiro da Concessão está, no nosso entendimento, muito<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do prazo <strong>de</strong> concessão que, <strong>de</strong> acordo com os estudos já realizados, apontam para o seualargamento até 2053 (mais 20 anos) que, embora sendo consi<strong>de</strong>rado necessário, não é, per si, suficiente.De acordo com as orientações da Assembleia Geral <strong>de</strong> 26.MAR.2010, o Conselho <strong>de</strong> Administraçãoapresentou, ao Conce<strong>de</strong>nte e aos Acionistas, em Novembro <strong>de</strong> 2010 uma proposta <strong>de</strong> revisão do Contrato<strong>de</strong> Concessão, com explicitação dos impactos financeiros na empresa das alterações preconizadas.Esta proposta, para além <strong>de</strong> dar cumprimento, à <strong>de</strong>liberação dos Acionistas visava:i) Equilibrar a situação económico-financeira da <strong>ANA</strong>M, SA procurando assegurar asustentabilida<strong>de</strong> do serviço aeroportuário concessionado e, consequentemente, aacessibilida<strong>de</strong> da Região;ii)Adaptar os termos do atual contrato mais centrado no projeto <strong>de</strong> ampliação do Aeroporto daMa<strong>de</strong>ira às condições <strong>de</strong> uma exploração aeroportuária continuada e eficiente.iii)Clarificar as responsabilida<strong>de</strong>s e po<strong>de</strong>res da Concessionária, Conce<strong>de</strong>nte e Regulador.As negociações com o Conce<strong>de</strong>nte foram iniciadas com a entrega da proposta em 21 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong>2010, aguardando-se o <strong>de</strong>senvolvimento das mesmas, tendo em conta as <strong>de</strong>liberações da Assembleia Geral<strong>de</strong> <strong>11</strong>.ABR.20<strong>11</strong>.<strong>11</strong>2


.<strong>11</strong> Relatório& ContasA alteração do Contrato <strong>de</strong> Concessão que prevê o alargamento do prazo por mais 20 anos é condiçãoindispensável para a futura renegociação da dívida da Empresa, cujo atual calendário <strong>de</strong> reembolsos seconsi<strong>de</strong>ra incompatível <strong>de</strong>, por si só, a <strong>ANA</strong>M, SA o po<strong>de</strong>r cumprir, já em 2014.Também os Capitais Próprios não cumprem os requisitos do art. 35º <strong>de</strong> CSC e apesar <strong>de</strong> ser matéria discutidamas não <strong>de</strong>liberada nas últimas Assembleias Gerais, a <strong>ANA</strong>M, SA, propõe-se, igualmente, apresentar napróxima Assembleia Geral, uma proposta para a sua recomposição, cujos fundos, ao concretizar-se, a referidarecomposição, <strong>de</strong>verão ser canalizados direta e exclusivamente para amortização da dívida da Empresa, queatinge, presentemente, cerca <strong>de</strong> 203.5 milhões <strong>de</strong> Euros.Neste aspeto particular, é <strong>de</strong> realçar que em 20<strong>11</strong> se iniciou o reembolso do Empréstimo do BEI, cujaprimeira prestação anual foi <strong>de</strong> 3,7 milhões <strong>de</strong> Euros, e que entre 2014 e 2017 a empresa necessita <strong>de</strong>amortizar e/ou renegociar empréstimos no valor <strong>de</strong> 132,4 milhões <strong>de</strong> Euros.Entretanto a adoção em 2010 da IFRIC 12 e a consi<strong>de</strong>ração do alargamento do prazo <strong>de</strong> Concessão até2053 (mais 20 anos) veio permitir uma redução substantiva dos custos <strong>de</strong> amortização e do reconhecimentodos subsídios, com consequências diretas na obtenção do break-even operacional <strong>de</strong> forma sustentada, eResultados Líquidos já positivos em 20<strong>11</strong>.Agravou, por outro lado, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecimento prévio dos acréscimos <strong>de</strong> gastos <strong>de</strong>stinadosà realização dos investimentos futuros, <strong>de</strong> substituição/manutenção dos bens afetos aos Direitos <strong>de</strong>Concessão.Relativamente ao tráfego e após uma quebra <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 10% nos últimos 2 anos, verificou-se em 20<strong>11</strong>uma retoma <strong>de</strong> 3,5% nos passageiros, prevendo-se, no entanto, uma nova quebra para 2012.A realçar, entretanto, que a Empresa continua a promover o <strong>de</strong>stino Ma<strong>de</strong>ira através do MarketingAeroportuário, com o incentivo a novas rotas e ou <strong>de</strong> reforço <strong>de</strong> rotas já existentes e continua fortementeempenhada em parcerias com o Turismo <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> e Associação <strong>de</strong> Promoção da Ma<strong>de</strong>ira e algunsoperadores com interesse no Turismo, sendo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar, para além da manutenção <strong>de</strong> dois Programas <strong>de</strong>Incentivos próprios dos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira, as parcerias existentes com:• Initiative:pt. – Developing Tourism and Aviation• FIPT – Fundo <strong>de</strong> Investimento em Promoção TurísticaOs negócios Não Aviação apesar <strong>de</strong> representarem um peso <strong>de</strong> aproximadamente 16%, evi<strong>de</strong>nciam umpotencial crescimento que importa dinamizar, como é o caso da nova Main Shop, cuja exploração se iniciouem finais <strong>de</strong> 2010. É, neste contexto, que se encontra em <strong>de</strong>senvolvimento a reformulação dos pisos 2 e 3da Aerogare do Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, para maior dinamização das áreas comerciais.Aguarda-se os <strong>de</strong>senvolvimentos <strong>de</strong> revisão do Contrato <strong>de</strong> Concessão, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Conce<strong>de</strong>nte, esperandoseque do mesmo possam resultar, para além <strong>de</strong> um novo Mo<strong>de</strong>lo Regulatório aplicável aos <strong>Aeroportos</strong> geridospela <strong>ANA</strong>M, SA, o reconhecimento da prestação <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> interesse económico geral do Aeroporto <strong>de</strong>Porto Santo e, em consequência, ser garantido a médio prazo o equilíbrio Financeiro da Concessão.<strong>11</strong>3


.<strong>11</strong> Relatório& Contas12. PROPOSTA PARA APLICAÇÃO DOS RESULTADOSO exercício <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> encerrou com um Resultado Líquido positivo <strong>de</strong> 5.602.620,94 Euros, valor que sepropõe seja transferido para a conta <strong>de</strong> Resultados Retidos.Santa Cruz, 03 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2012O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio Guilhermino RodriguesPresi<strong>de</strong>nteDuarte Nuno Fraga Gomes FerreiraVogalRui Manuel Sarmento VeresVogalAlda Maria <strong>de</strong> Araújo Ribeiro Borges CoelhoVogalAntónio José do Amaral Ferreira <strong>de</strong> LemosVogal<strong>11</strong>4


.<strong>11</strong> Relatório& Contas13. ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO• Acionistas em 31.DEZ.20<strong>11</strong>Relação a que se refere o nº 4 do Artº 448º do Código das Socieda<strong>de</strong>s Comerciais.Acionistas Nº Ações % Capital<strong>ANA</strong> – <strong>Aeroportos</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, SA 9.450.000 70%Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira 2.700.000 20%Estado Português 1.350.000 10%O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio Guilhermino RodriguesPresi<strong>de</strong>nteDuarte Nuno Fraga Gomes FerreiraVogalRui Manuel Sarmento VeresVogalAlda Maria <strong>de</strong> Araújo Ribeiro Borges CoelhoVogalAntónio José do Amaral Ferreira <strong>de</strong> LemosVogal<strong>11</strong>5


<strong>11</strong>6.<strong>11</strong> Relatório& Contas


DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS.<strong>11</strong> Relatório& Contas<strong>11</strong>7


DEMONSTRAÇÃODA POSIÇÃO FINANCEIRA.<strong>11</strong> Relatório& ContasDescrição Notas Dezembro 20<strong>11</strong> Dezembro 2010ACTIVOActivos Não CorrentesActivos Fixos TangiveisBens Dominiais 6 0,00 0,00Bens Patrimoniais 6 458.270,80 703.695,05Activos Tangíveis em Curso 6 0,01 2.903,34Direitos <strong>de</strong> Concessão 7 185.216.490,68 189.473.170,45Outros Activos Intangíveis 6 8.278,68 65.274,04Dívidas a Receber Comerciais e Outras 9.1 15.000.000,00 15.025.464,35Activos por Impostos Diferidos 10 4.664.596,10 3.070.621,25205.347.637,27 208.341.128,48Activos CorrentesInventários <strong>11</strong> 313.415,63 318.005,34Dívidas a Receber Comerciais e Outras 9.2 8.524.902,34 6.289.835,25Imposto Corrente 12 1.076.843,42 816.637,82Caixa e Equivalentes <strong>de</strong> Caixa 13 25.207.975,86 20.292.463,1035.123.137,25 27.716.941,51Total do Activo 240.470.774,52 236.058.069,99CAPITAL PRÓPRIOCapital 14 67.500.000,00 67.500.000,00Reservas 15 17.254.263,13 17.254.263,13Resultados Retidos - (77.200.064,53) (82.802.685,47)Total do Capital Próprio 7.554.198,60 1.951.577,66PASSIVOPassivos Não CorrentesEmpréstimos 16.1 199.387.273,22 202.988.739,42Passivos por Impostos Diferidos 10 1.553.3<strong>11</strong>,01 3.991.157,41Dívidas a Pagar e Outros Passivos 17.1 17.065.794,82 12.352.809,02218.006.379,05 219.332.705,85Passivos CorrentesDívidas a Pagar e Outros Passivos 17,2 <strong>11</strong>.308.730,67 <strong>11</strong>.164.046,48Empréstimos 16.1 3.601.466,20 3.609.740,0014.910.196,87 14.773.786,48Total do Passivo 232.916.575,92 234.106.492,33Total do Capital Próprio e Passivo 240.470.774,52 236.058.069,99O Conselho <strong>de</strong> AdministraçãoAntónio Guilhermino RodriguesDuarte Nuno Fraga Gomes FerreiraRui Manuel Sarmento VeresAlda Maria <strong>de</strong> Araújo Ribeiro Borges CoelhoAntónio José do Amaral Ferreira <strong>de</strong> LemosO Técnico Oficial <strong>de</strong> ContasHilário da Paz ValenteAs Notas nas páginas 127 a 176 fazem parte integrante <strong>de</strong>stas Demonstrações Financeiras.<strong>11</strong>8


DEMONSTRAÇÃODO RENDIMENTO INTEGRAL.<strong>11</strong> Relatório& ContasUn: EurosDescrição Notas Dezembro 20<strong>11</strong> Dezembro 2010Rédito 18 38.097.882,77 37.503.980,39Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas <strong>11</strong> (103.408,69) (108.657,18)Fornecimentos e Serviços Externos 20 (14.089.088,76) (13.205.856,35)Gastos com o Pessoal 21 (<strong>11</strong>.916.941,33) (13.<strong>11</strong>5.643,01)Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dívidas a Receber e Outros Ativos 22 (39.571,40) 1.422.804,30Outros Rendimentos 19 149.398,13 7.405,39Outros Gastos 23 (1.936.012,60) (1.356.013,03)EBITDA 10.162.258,12 <strong>11</strong>.148.020,51Amortizações e Depreciações 24 (4.712.212,16) (5.137.201,21)Resultado Operacional 5.450.045,96 6.010.819,30Custos <strong>de</strong> Financiamento 25.1 (3.875.043,50) (3.925.357,00)Outros Resultados Financeiros 25.2 0,00 1.728,79Resultado Financeiro (3.875.043,50) (3.923.628,21)Resultado antes <strong>de</strong> Imposto 1.575.002,46 2.087.191,09Gasto <strong>de</strong> Imposto sobre o Rendimento 26 4.027.618,48 (1.302.781,29)Resultado Líquido 5.602.620,94 784.409,80Total do Rendimento Integral do Exercício 5.602.620,94 784.409,80Resultados por AçãoBásico 27 0,42 0,06Diluído 27 0,42 0,06O Conselho <strong>de</strong> AdministraçãoAntónio Guilhermino RodriguesDuarte Nuno Fraga Gomes FerreiraRui Manuel Sarmento VeresAlda Maria <strong>de</strong> Araújo Ribeiro Borges CoelhoAntónio José do Amaral Ferreira <strong>de</strong> LemosO Técnico Oficial <strong>de</strong> ContasHilário da Paz ValenteAs Notas nas páginas 127 a 176 fazem parte integrante <strong>de</strong>stas Demonstrações Financeiras.<strong>11</strong>9


DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕESNO CAPITAL PRÓPRIO.<strong>11</strong> Relatório& ContasCapital Reservas Resultados Retidos TotalSaldo em 01.JAN.2010 67.500.000,00 17.254.263,13 (83.587.095,27) 1.167.167,86Aplicação do Resultado do ano anterior - - - -Total do Rendimento Integral do período - - 784.409,80 784.409,80Capital Próprio em 31.DEZ.2010 67.500.000,00 17.254.263,13 (82.802.685,47) 1.951.577,66Aplicação do Resultado do ano anterior - - - -Total do Rendimento Integral do período - - 5.602.620,94 5.602.620,94Capital Próprio em 31.DEZ.20<strong>11</strong> 67.500.000,00 17.254.263,13 (77.200.064,53) 7.554.198,66O Conselho <strong>de</strong> AdministraçãoAntónio Guilhermino RodriguesDuarte Nuno Fraga Gomes FerreiraRui Manuel Sarmento VeresAlda Maria <strong>de</strong> Araújo Ribeiro Borges CoelhoAntónio José do Amaral Ferreira <strong>de</strong> LemosO Técnico Oficial <strong>de</strong> ContasHilário da Paz ValenteAs Notas nas páginas 127 a 176 fazem parte integrante <strong>de</strong>stas Demonstrações Financeiras.120


DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA.<strong>11</strong> Relatório& ContasMétodo Direto Dez-<strong>11</strong> Dez-10Ativida<strong>de</strong>s operacionaisRecebimentos <strong>de</strong> clientes 35.889.280,26 37.233.8<strong>11</strong>,65Pagamentos a fornecedores (9.678.668,96) (9.452.364,65)Pagamentos ao pessoal (12.838.078,30) (12.877.260,77)Pagamentos e Recebimento <strong>de</strong> imposto s/ rendimento (264.408,37) (107.716,39)Outros Recebimentos e Pagamentos relativos à activida<strong>de</strong> operacional (374.640,96) (438.196,64)Fluxo das activida<strong>de</strong>s operacionais 12.733.483,67 14.358.273,20Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimentoRecebimentos provenientes <strong>de</strong>:Activos fixos tangíveis 0,00 32.540,35Activos intangíveis 0,00 0,00Subsídios ao investimento 0,00 0,00Pagamentos respeitantes a:Ativos fixos tangíveis e intangíveis (55.649,03) (10.395,51)Direito <strong>de</strong> Concessão (153.402,28) (553.794,45)Fluxo das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento (209.051,31) (531.649,61)Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamentoRecebimentos provenientes <strong>de</strong>:Empréstimos Concedidos 0,00 0,00Empréstimos Obtidos 0,00 0,00Acionistas 0,00 0,00Juros e Proveitos Similares 1.277.107,79 606.317,46Pagamentos respeitantes a:Empréstimos Obtidos (3.740.984,20) 0,00Empréstimos Concedidos 0,00 0,00Juros e Custos Similares (5.145.043,19) (4.501.720,98)Fluxo das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento (7.608.919,60) (3.895.403,52)Variação <strong>de</strong> caixa e seus equivalentes 4.915.512,76 9.931.220,07Caixa e equivalentes no inicio do período 20.292.463,10 10.361.243,03Caixa e equivalentes no fim do período 25.207.975,86 20.292.463,10O Conselho <strong>de</strong> AdministraçãoAntónio Guilhermino RodriguesDuarte Nuno Fraga Gomes FerreiraRui Manuel Sarmento VeresAlda Maria <strong>de</strong> Araújo Ribeiro Borges CoelhoAntónio José do Amaral Ferreira <strong>de</strong> LemosO Técnico Oficial <strong>de</strong> ContasHilário da Paz ValenteAs Notas nas páginas 127 a 176 fazem parte integrante <strong>de</strong>stas Demonstrações Financeiras.121


122.<strong>11</strong> Relatório& Contas


NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS.<strong>11</strong> Relatório& Contas123


ÍNDICE.<strong>11</strong> Relatório& Contas1. INFORMAÇÃO GERAL 1271.1. Objetivo e Enquadramento <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> 1271.2. Concessão do Serviço Público Aeroportuário 1271.3. Quadro Legal <strong>de</strong> Regulação 1282. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 1292.1. Bases <strong>de</strong> Apresentação 1292.2. Novas Normas e Interpretações 1292.3. Adoção da IFRIC 12 – Acordos <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Serviços 1332.4. Relato por Segmentos 1372.5. Conversão Cambial 1372.6. Ativos Fixos Tangíveis 1382.7. Ativos Intangíveis 1382.8. Direito <strong>de</strong> Concessão 1382.9. Imparida<strong>de</strong> 1392.10. Inventários 1392.<strong>11</strong>. Ativos Financeiros 1392.12. Dívidas a Receber Comerciais e Outras 1402.13. Caixa e Equivalentes <strong>de</strong> Caixa 1402.14. Passivos Financeiros 1412.15. Empréstimos 1412.16. Dívidas a Pagar e Outros Passivos 1412.17. Provisões 1412.18. Instrumentos Financeiros Derivados 1422.19. Subsídio ao Investimento 1422.20. Imposto sobre o Rendimento 1432.21. Locação Financeira 1432.22. Rédito 1442.23. Custos Financeiros 1442.24. Justo Valor <strong>de</strong> Ativos e Passivos Financeiros 145124


ÍNDICE.<strong>11</strong> Relatório& Contas3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO 1463.1 Fatores do Risco Financeiro 1463.2. Gestão do Risco <strong>de</strong> Capital 1483.3. Contabilização <strong>de</strong> Instrumentos Derivados 1484. ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS IMPORTANTES E JULGAMENTOS 1494.1. Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ativos 1495. RELATO POR SEGMENTOS 1506. MOVIMENTOS NOS BENS PATRIMONIAIS, ATIVOS TANGÍVEISEM CURSO E OUTROS ATIVOS INTANGÍVEIS 1517. DIREITO DE CONCESSÃO 1528. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIA 1539. DÍVIDAS A RECEBER COMERCIAIS E OUTRAS 1549.1. Dívidas a Receber Não Correntes 1549.2. Dívidas a Receber Correntes 1549.3. Maturida<strong>de</strong> dos Saldos a Receber 1569.4. Movimento nas rubricas <strong>de</strong> Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ativos 15610. IMPOSTOS DIFERIDOS 158<strong>11</strong>. INVENTÁRIOS 15912. IMPOSTO CORRENTE 15913. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 15914. CAPITAL 16015. RESERVAS 16016. EMPRÉSTIMOS 16<strong>11</strong>6.1. Empréstimos Não Correntes e Correntes 16<strong>11</strong>6.2. Termos e Prazos <strong>de</strong> Reembolso dos Empréstimos 16<strong>11</strong>6.3. Empréstimo Obrigacionista 16216.4. Responsabilida<strong>de</strong>s com Locações Financeiras 16216.5. Linhas <strong>de</strong> Crédito 162125


.<strong>11</strong> Relatório& Contas17. DÍVIDAS A PAGAR E OUTROS PASSIVOS 16317.1. Dívidas a Pagar Não Correntes 16317.2. Dívidas a Pagar Correntes 16318. RÉDITO 16519. OUTROS RENDIMENTOS 16620. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 16621. GASTOS COM O PESSOAL 16722. CONSTITUIÇÃO E REVERSÃO DE IMPARIDADES 16823. OUTROS GASTOS 16824. AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES 16925. RESULTADO FINANCEIRO 16925.1. Custos <strong>de</strong> Financiamento 16925.2. Outros Resultados Financeiros 17026. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 17027. RESULTADO POR AÇÃO 17128. COMPROMISSOS 17129. SALDOS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 17230. INFORMAÇÃO SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS 17431. AÇÕES JUDICIAIS E OUTRAS CONTINGÊNCIAS 17532. GARANTIAS PRESTADAS A TERCEIROS 175DECLARAÇÃO 176V. RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃO E CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 177126


NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS.<strong>11</strong> Relatório& Contas1. INFORMAÇÃO GERAL1.1. Objetivo e Enquadramento <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>A <strong>ANA</strong>M - <strong>Aeroportos</strong> e Navegação Aérea da Ma<strong>de</strong>ira, SA (abreviadamente <strong>ANA</strong>M, SA), é umasocieda<strong>de</strong> anónima, <strong>de</strong> capitais exclusivamente públicos.A sua ativida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>senvolvida em regime <strong>de</strong> Concessão e dado o serviço público que presta, tem no seuativo e administra os bens e direitos do domínio público aeroportuário da RAM, licenciando a respetivaocupação e o exercício <strong>de</strong> quaisquer ativida<strong>de</strong>s e cobrando, em conformida<strong>de</strong>, as respetivas taxas, conforme<strong>de</strong>finido, no Decreto Legislativo Regional 8/92/M, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> Abril e a aplicação supletiva dos Dec-Lei 102/90,<strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> Março e 275/99, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Julho, consoante o tipo e natureza.A exploração do serviço público aeroportuário <strong>de</strong> apoio à aviação civil na Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira,bem como a realização <strong>de</strong> operações comerciais relacionadas, constitui o seu principal objeto, que constamnos termos do Contrato <strong>de</strong> Concessão:• No estudo, planeamento, construção e exploração dos <strong>Aeroportos</strong> da Região Autónoma daMa<strong>de</strong>ira;• Na manutenção e <strong>de</strong>senvolvimento das infraestruturas aeroportuárias dos <strong>Aeroportos</strong> daRegião Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira.1.2. Concessão do Serviço Público AeroportuárioPor Decreto Legislativo Regional 8/92/M <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> Abril, o Governo Regional da Ma<strong>de</strong>ira concessionou à<strong>ANA</strong>M, SA o “direito <strong>de</strong> promover e executar as obras <strong>de</strong> ampliação do Aeroporto <strong>de</strong> Santa Catarina e <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento das infraestruturas, bem como o planeamento e a exploração do serviço público <strong>de</strong> apoioà aviação civil na Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira, nos termos da lei e das cláusulas seguintes.” (Contrato <strong>de</strong>Concessão):• Cláusula 3ª → Âmbito da Concessão;• Cláusula 4ª → Serviço Público.O Contrato <strong>de</strong> Concessão, inicialmente por 25 anos, com início em 01 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1993, foi posteriormenteprorrogado, nos termos do Decreto Legislativo Regional 7-A/2000/M, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Março, por períodos <strong>de</strong> 5anos até ao limite máximo <strong>de</strong> 15 anos, (ou seja, até 2033), por forma a atingir-se uma taxa interna <strong>de</strong>rentabilida<strong>de</strong> nominal dos investimentos efetuados <strong>de</strong> 7,1% + 0,4% para cada período <strong>de</strong> renovação e aamortização integral do serviço da dívida que foi contratada para o projeto <strong>de</strong> ampliação do aeroporto.Entretanto, na Assembleia Geral <strong>de</strong> 26.MAR.2010 e perante as “dificulda<strong>de</strong>s económico financeiras queenquadram a ativida<strong>de</strong> da <strong>ANA</strong>M, SA, traduzida numa situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>lapidação sucessiva do nível dosCapitais Próprios, <strong>de</strong>verá o Conselho <strong>de</strong> Administração da Empresa, reiniciar o processo <strong>de</strong> renegociação doContrato <strong>de</strong> Concessão com vista ao alargamento do seu prazo (...)”.127


.<strong>11</strong> Relatório& ContasAssim e em cumprimento do mandato que lhe foi conferido, o Conselho <strong>de</strong> Administração promoveu osestudos necessários e apresentou, em Novembro <strong>de</strong> 2010, ao Conce<strong>de</strong>nte e aos Acionistas, uma proposta<strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Concessão que contemplam, para além do alargamento do seu prazo até 2053,prazo já consi<strong>de</strong>rado nas contas que se apresentam, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atingir os objetivos preconizados nareferida proposta, visando:• Equilibrar a situação económica e financeira da <strong>ANA</strong>M, SA, procurando assegurar asustentabilida<strong>de</strong> do serviço aeroportuário e, consequentemente, da acessibilida<strong>de</strong> da Região;• Adaptar os termos do atual contrato mais centrado no projeto <strong>de</strong> ampliação do Aeroporto daMa<strong>de</strong>ira, às condições <strong>de</strong> uma exploração aeroportuárias continuada e eficiente;• Clarificar as responsabilida<strong>de</strong>s e postura da Concessionária, Conce<strong>de</strong>nte e Regulador.Julga-se ser <strong>de</strong> lembrar que, o Reforço da Situação Económico-Financeira da <strong>ANA</strong>M, SA, já foi objeto <strong>de</strong>anteriores estudos <strong>de</strong>senvolvidos por consultores externos que apresentaram três cenários base:• Revisão do Método do Cálculo <strong>de</strong> Amortização;• Alargamento do Prazo <strong>de</strong> Concessão; e• Separação da Proprieda<strong>de</strong> e das Infraestruturas.Estes cenários foram apresentados ao Conce<strong>de</strong>nte que então consi<strong>de</strong>rou <strong>de</strong>ver ser privilegiado o Alargamentodo Prazo <strong>de</strong> Concessão, tendo em conta uma alteração dos pressupostos, ao nível das receitas, combinadoscom o aumento <strong>de</strong> tráfego com a alteração das taxas, aliado a incentivos específicos e incrementos nasáreas comerciais (Ofício S5349, da SREST <strong>de</strong> 17.MAI.2006).1.3. Quadro Legal <strong>de</strong> RegulaçãoA ativida<strong>de</strong> da Empresa é regulada pelo Instituto Nacional <strong>de</strong> Aviação Civil (INAC), que tem por missãopromover o <strong>de</strong>senvolvimento seguro, eficiente e sustentado das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aviação civil, através daregulação, regulamentação, certificação, licenciamento, homologação, fiscalização e supervisão <strong>de</strong>ssasativida<strong>de</strong>s, dos respetivos agentes e <strong>de</strong>stinatários, conforme consta do Plano Estratégico dos Transportes,aprovado pela RCM 45/20<strong>11</strong>, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Novembro e da extensa regulamentação internacional, em particularemanada pela Organização <strong>de</strong> Aviação Civil Internacional – (ICAO).Para além disso <strong>de</strong>ve ter-se em conta as obrigações <strong>de</strong>terminadas pela sua natureza societária e oenquadramento no sector Empresarial do Estado, conforme se <strong>de</strong>screve no ponto 1.2 do Capítulo I –Governo da Socieda<strong>de</strong>.128


.<strong>11</strong> Relatório& Contas2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICASAs políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação <strong>de</strong>stas Demonstrações Financeiras,encontram-se <strong>de</strong>scritas abaixo. Estas políticas foram aplicadas, <strong>de</strong> forma consistente aos exercíciosapresentados, salvo indicação em contrário.Se não expressamente mencionado, os valores apresentam-se em Euros.2.1. Bases <strong>de</strong> ApresentaçãoAs Demonstrações Financeiras foram preparadas <strong>de</strong> acordo com as IFRS adotadas pela União Europeia(“IFRS”), emitidas e em vigor ou emitidas e adotadas antecipadamente à data <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong>20<strong>11</strong>.Assim, as Demonstrações Financeiras foram preparadas segundo o princípio do custo histórico, exceto noque respeita a instrumentos financeiros <strong>de</strong>rivados, que se encontram registados pelo seu justo valor.A preparação das Demonstrações Financeiras, em conformida<strong>de</strong> com as IFRS, requer o uso <strong>de</strong> algumasestimativas importantes que afetam as quantias <strong>de</strong> ativos e passivos, bem como as quantias <strong>de</strong> custos eproveitos durante o período <strong>de</strong> relato. Estas estimativas e assunções resultam do melhor conhecimento dagestão, em relação aos eventos e ações correntes, não se esperando, no entanto, que daí possam resultarajustamentos significativos aos valores dos ativos e passivos em exercícios futuros. As áreas que envolvem ummaior grau <strong>de</strong> julgamento ou on<strong>de</strong> as estimativas são mais significativas para as Demonstrações Financeirasencontram-se <strong>de</strong>scritas na Nota 4.2.2. Novas Normas e InterpretaçõesNovas Normas:a) Os impactos da adoção das normas e interpretações que se tornaram efetivas a 01.JAN.20<strong>11</strong> são osseguintes:Normas:• IAS 32 (alteração), “Instrumentos Financeiros: Apresentação – Classificação <strong>de</strong> Direitos Emitidos”.Esta alteração refere-se à contabilização <strong>de</strong> direitos emitidos <strong>de</strong>nominados em moeda diferente damoeda funcional do emitente. Se os direitos forem emitidos pro-rata aos acionistas por um montantefixo em qualquer moeda, consi<strong>de</strong>ra-se que se trata <strong>de</strong> uma transação com acionistas a classificar emCapitais próprios. Caso contrário, os direitos <strong>de</strong>verão ser registados como instrumentos <strong>de</strong>rivadospassivos. Esta alteração não tem impacto nas <strong>de</strong>monstrações financeiras.• IFRS 1 (alteração), “Adoção pela primeira vez das IFRS”. Esta alteração permite às entida<strong>de</strong>s que adotemIFRS pela primeira vez, usufruírem do mesmo regime transitório da IFRS 7 – ‘Instrumentos financeiros– Divulgações’, o qual permite a isenção na divulgação dos comparativos para a classificação do justovalor pelos três níveis exigidos pela IFRS 7, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o período comparativo termine até <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong>129


.<strong>11</strong> Relatório& ContasDezembro <strong>de</strong> 2009. Esta alteração não tem impacto nas <strong>de</strong>monstrações financeiras, por já aplicar asIFRS.• IAS 24 (alteração) “Partes relacionadas”. A alteração à norma elimina os requisitos gerais <strong>de</strong>divulgação <strong>de</strong> partes relacionadas para as entida<strong>de</strong>s públicas sendo contudo obrigatória a divulgaçãoda relação da Entida<strong>de</strong> com o Estado e quaisquer transações significativas que tenham ocorrido como Estado ou entida<strong>de</strong>s relacionadas com o Estado. Adicionalmente a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> parte relacionadafoi alterada para eliminar inconsistências na i<strong>de</strong>ntificação e divulgação das partes relacionadas. Estaalteração tem impacto nas Demonstrações financeiras e adotada quando aplicável.• Melhoria anual das normas em 2010, a aplicar maioritariamente para os exercícios que se iniciemem ou após 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>. O processo <strong>de</strong> melhoria anual <strong>de</strong> 2010 afeta as normas: IFRS 1,IFRS 3, IFRS 7, IAS 1, IAS 27, IAS 34 e IFRIC 13. Estas melhorias foram adotadas, quando aplicáveis,exceto quanto às melhorias à IFRS 1 por a <strong>ANA</strong>M, SA já aplicar IFRS.Interpretações:• IFRIC 14 (Alteração) “IAS 19 - Limitação aos Ativos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> Planos <strong>de</strong> Benefícios <strong>de</strong>finidose a sua Interação com Requisitos <strong>de</strong> Contribuições Mínimas”. Esta alteração clarifica que quando éapurado um saldo ativo resultante <strong>de</strong> pagamentos antecipados voluntários por conta <strong>de</strong> contribuiçõesmínimas futuras, o excesso positivo po<strong>de</strong> ser reconhecido como um ativo. Esta alteração não temimpacto nas Demonstrações financeiras.• IFRIC 19, “Regularização <strong>de</strong> Passivos Financeiros com Instrumentos <strong>de</strong> Capital’. Esta interpretaçãoclarifica qual o tratamento contabilístico a adotar quando uma entida<strong>de</strong> renegoceia os termos <strong>de</strong> umadívida que resulta no pagamento do passivo através da emissão <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> capital próprio(ações) ao credor. Um ganho ou uma perda é reconhecido nos resultados do exercício, tomando porbase o justo valor dos instrumentos <strong>de</strong> capital emitidos e comparando com o valor contabilístico dadívida. A mera reclassificação do valor da dívida para o capital não é permitida. Esta alteração nãotem impacto nas Demonstrações Financeiras.Normas Futuras:b) Existem novas normas e alterações a normas existentes, que apesar <strong>de</strong> já estarem publicadas, a suaaplicação apenas é obrigatória para períodos anuais que se iniciem a partir <strong>de</strong> 01.JUL.20<strong>11</strong> ou emdata posterior, que a <strong>ANA</strong>M, SA <strong>de</strong>cidiu não adotar antecipadamente:Normas:• IFRS 1 (alteração), “Adoção pela primeira vez das IFRS” (a aplicar nos exercícios que se iniciemem ou após 1 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>). Esta alteração está ainda sujeita ao processo <strong>de</strong> adoção pelaUnião Europeia. Esta alteração visa incluir uma isenção específica para as entida<strong>de</strong>s que operavamanteriormente em economias hiperinflacionárias, e adotam pela primeira vez as IFRS. A isençãopermite a uma Entida<strong>de</strong> optar por mensurar <strong>de</strong>terminados ativos e passivos ao justo valor e utilizaro justo valor como “custo consi<strong>de</strong>rado” na <strong>de</strong>monstração da posição financeira <strong>de</strong> abertura paraas IFRS. Outra alteração introduzida refere-se à substituição das referências a datas específicas por“data da transição para as IFRS” nas exceções à aplicação retrospetiva da IFRS. Esta alteração não tem130


.<strong>11</strong> Relatório& Contasimpacto nas Demonstrações Financeiras, por a <strong>ANA</strong>M, SA já aplicar IFRS.• IRFS 7 (alteração), “Instrumentos Financeiros: Divulgações – Transferência <strong>de</strong> Ativos Financeiros” (aaplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>). Esta alteração à IFRS 7 refereseàs exigências <strong>de</strong> divulgação a efetuar relativamente a ativos financeiros transferidos para terceirosmas não <strong>de</strong>sreconhecidos do balanço por a entida<strong>de</strong> manter obrigações associadas ou envolvimentocontinuado. Esta alteração não tem impacto nas Demonstrações Financeiras.• IAS 12 (alteração), ‘”Impostos sobre o Rendimento” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ouapós 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2012). Esta alteração está ainda sujeita ao processo <strong>de</strong> adoção pela UniãoEuropeia. Esta alteração requer que uma Entida<strong>de</strong> mensure os impostos diferidos relacionados comativos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo se a Entida<strong>de</strong> estima recuperar o valor líquido do ativo através do uso ou davenda, exceto para as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento mensuradas <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo do justovalor. Esta alteração incorpora na IAS 12 os princípios incluídos na SIC 21, a qual é revogada. Estaalteração não tem impacto nas Demonstrações Financeiras.• IAS 1 (alteração), “Apresentação <strong>de</strong> Demonstrações Financeiras” (a aplicar nos exercícios que seiniciem em ou após 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2012). Esta alteração está ainda sujeita ao processo <strong>de</strong> adoçãopela União Europeia. Esta alteração requer que as Entida<strong>de</strong>s apresentem <strong>de</strong> forma separada os itenscontabilizados como Outros Rendimentos Integrais, consoante estes possam ser reciclados ou não nofuturo por resultados do exercício e o respetivo impacto fiscal, se os itens forem apresentados antes<strong>de</strong> impostos. Esta alteração não tem impacto nas Demonstrações Financeiras.• IFRS 9 (novo), “Instrumentos Financeiros – Classificação e Mensuração” (a aplicar nos exercíciosque se iniciem em ou após 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo <strong>de</strong>adoção pela União Europeia. A IFRS 9 refere-se à primeira parte da nova norma sobre instrumentosfinanceiros e prevê duas categorias <strong>de</strong> mensuração: o custo amortizado e o justo valor. Todos osinstrumentos <strong>de</strong> capital são mensurados ao justo valor. Um instrumento financeiro é mensurado aocusto amortizado apenas quando a Entida<strong>de</strong> o <strong>de</strong>tém para receber os cash-flows contratuais e oscash-flows representam o nominal e juros. Caso contrário os instrumentos financeiros, são valorizadosao justo valor por via <strong>de</strong> resultados. A <strong>ANA</strong>M, SA aplicará a IFRS 9 no exercício em que a mesma setornar efetiva.• IFRS 10 (novo), “Demonstrações Financeiras Consolidadas”(a aplicar nos exercícios que se iniciemem ou após 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo <strong>de</strong> adoção pela UniãoEuropeia. A IFRS 10 substitui todos os princípios associados ao controlo e consolidação incluídos naIAS 27 e SIC 12, alterando a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> controlo e os critérios aplicados para <strong>de</strong>terminar o controlo.O princípio base <strong>de</strong> que o consolidado apresenta a empresa mãe e as subsidiárias como uma entida<strong>de</strong>única mantém-se inalterado. A <strong>ANA</strong>M, SA aplicará a IFRS 10 no exercício em que a mesma se tornarefetiva.• IFRS <strong>11</strong> (novo), “Acordos Conjuntos” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 01 <strong>de</strong>Janeiro <strong>de</strong> 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo <strong>de</strong> adoção pela União Europeia. A IFRS <strong>11</strong>centra-se nos direitos e obrigações dos acordos conjuntos em vez da forma legal. Acordos conjuntospo<strong>de</strong>m ser Operações conjuntas (direitos sobre ativos e obrigações) ou Empreendimentos conjuntos(direitos sobre o ativo líquido por aplicação do método da equivalência patrimonial). A consolidaçãoproporcional <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser permitida. A <strong>ANA</strong>M, SA aplicará a IFRS <strong>11</strong> no exercício em que a mesma setornar efetiva.• IFRS 12 (novo) – “Divulgação <strong>de</strong> Interesses em Outras Entida<strong>de</strong>s” (a aplicar nos exercícios que seiniciem em ou após 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo <strong>de</strong> adoção pela131


.<strong>11</strong> Relatório& ContasUnião Europeia. Esta norma estabelece os requisitos <strong>de</strong> divulgação para todos os tipos <strong>de</strong> interessesem outras entida<strong>de</strong>s, incluindo empreendimentos conjuntos, associadas e entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fim específico,<strong>de</strong> forma a avaliar a natureza, o risco e os impactos financeiros associados ao interesse da Entida<strong>de</strong>.Uma Entida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> efetuar algumas ou todas as divulgações sem que tenha <strong>de</strong> aplicar a IFRS 12 nasua totalida<strong>de</strong> ou as IFRS 10 e <strong>11</strong> e as IAS 27 e 28. A <strong>ANA</strong>M, SA aplicará esta norma no exercício emque a mesma se tornar efetiva.• IFRS 13 (novo) – “Justo Valor: Mensuração e Divulgação” (a aplicar nos exercícios que se iniciem emou após 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo <strong>de</strong> adoção pela UniãoEuropeia. A IFRS 13 tem como objetivo aumentar a consistência, ao estabelecer uma <strong>de</strong>finição precisa<strong>de</strong> justo valor e constituir a única fonte dos requisitos <strong>de</strong> mensuração e divulgação do justo valor aaplicar <strong>de</strong> forma transversal por todas as IFRS. A <strong>ANA</strong>M, SA aplicará esta norma no exercício em quea mesma se tornar efetiva.• IAS 27 (revisão 20<strong>11</strong>) “Demonstrações Financeiras Separadas” (a aplicar nos exercícios que se iniciemem ou após 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo <strong>de</strong> adoção pela UniãoEuropeia. A IAS 27 foi revista após a emissão da IFRS 10 e contém os requisitos <strong>de</strong> contabilização edivulgação para investimentos em subsidiárias, e empreendimentos conjuntos e associadas quandouma Entida<strong>de</strong> prepara <strong>de</strong>monstrações financeiras separadas. A <strong>ANA</strong>M, SA aplicará esta norma noexercício em que a mesma se tornar efetiva.• IAS 28 (revisão 20<strong>11</strong>) “Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos” (a aplicar nosexercícios que se iniciem em ou após 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013). Esta norma está ainda sujeita aoprocesso <strong>de</strong> adoção pela União Europeia. A IAS 28 foi revista após a emissão da IFRS <strong>11</strong> e prescreveo tratamento contabilístico dos investimentos em associadas e estabelece os requerimentos para aaplicação do método da equivalência patrimonial. A <strong>ANA</strong>M, SA aplicará esta norma no exercício emque a mesma se tornar efetiva.• IAS 19 (revisão 20<strong>11</strong>),”Benefícios aos Empregados”(a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo <strong>de</strong> adoção pela União Europeia.Esta revisão introduz diferenças significativas no reconhecimento e mensuração dos gastos combenefícios <strong>de</strong>finidos e benefícios <strong>de</strong> cessação <strong>de</strong> emprego, bem como nas divulgações a efetuar paratodos os benefícios concedidos aos empregados. Os <strong>de</strong>svios actuariais passam a ser reconhecidos <strong>de</strong>imediato e apenas nos Outros rendimentos integrais (não é permitido o método do corredor). O custofinanceiro dos planos com fundo constituído é calculado na base líquida da responsabilida<strong>de</strong> nãofun<strong>de</strong>ada. Os Benefícios <strong>de</strong> cessação <strong>de</strong> emprego apenas qualificam como tal se não existir qualquerobrigação do empregado prestar serviço futuro. A <strong>ANA</strong>M, SA aplicará esta norma no exercício emque a mesma se tornar efetiva.• IFRS 7 (alteração), “Divulgações – Compensação <strong>de</strong> Ativos e Passivos Financeiros” (a aplicar nosexercícios que se iniciem em ou após 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013). Esta norma está ainda sujeita aoprocesso <strong>de</strong> adoção pela União Europeia. Esta alteração é parte do projeto <strong>de</strong> “compensação <strong>de</strong> ativose passivos” do IASB e introduz novos requisitos <strong>de</strong> divulgação sobre os direitos <strong>de</strong> compensação (<strong>de</strong>ativos e passivos) não contabilizados, os ativos e passivos compensados e o efeito <strong>de</strong>stas compensaçõesna exposição ao risco <strong>de</strong> crédito. A <strong>ANA</strong>M, SA aplicará esta norma no exercício em que a mesma setornar efetiva.• IAS 32 (alteração) ‘Compensação <strong>de</strong> Ativos e Passivos Financeiros’ (a aplicar nos exercícios que seiniciem em ou após 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2014). Esta norma está ainda sujeita ao processo <strong>de</strong> adoção pelaUnião Europeia. Esta alteração é parte do projeto <strong>de</strong> “compensação <strong>de</strong> ativos e passivos” do IASB a132


.<strong>11</strong> Relatório& Contasqual clarifica a expressão “<strong>de</strong>ter atualmente o direito legal <strong>de</strong> compensação” e clarifica que algunssistemas <strong>de</strong> regularização pelos montantes brutos (câmaras <strong>de</strong> compensação) po<strong>de</strong>m ser equivalentesà compensação por montantes líquidos. A <strong>ANA</strong>M, SA aplicará esta norma no exercício em que amesma se tornar efetiva.Interpretações:• IFRIC 20 (nova),’Custos <strong>de</strong> remoção na fase <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> uma mina <strong>de</strong> superfície’ (a aplicar nosexercícios que se iniciem em ou após 01 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013). Esta interpretação está ainda sujeitaao processo <strong>de</strong> adoção pela União Europeia. Esta interpretação refere-se ao registo dos custos <strong>de</strong>remoção <strong>de</strong> resíduos na fase inicial <strong>de</strong> uma mina <strong>de</strong> superfície, como um ativo, consi<strong>de</strong>rando quea remoção dos resíduos gera dois benefícios potenciais: a extração imediata <strong>de</strong> recursos minerais ea abertura <strong>de</strong> acesso a quantida<strong>de</strong> adicionais <strong>de</strong> recursos minerais a extrair no futuro. A <strong>ANA</strong>M, SAaplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva.2.3. Adoção da IFRIC 12 – Acordos <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> ServiçosA IFRIC 12 – Acordos <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Serviços passou a ser aplicável na <strong>ANA</strong>M, SA a partir <strong>de</strong>01.JAN.2010.O mo<strong>de</strong>lo do Contrato <strong>de</strong> Concessão existente para a <strong>ANA</strong>M, SA tem as seguintes características:• As ativida<strong>de</strong>s concessionadas são <strong>de</strong> serviço público;• O Contrato <strong>de</strong> Concessão regula as ativida<strong>de</strong>s a serem prestadas pela concessionária;• Os serviços objeto do contrato são disponibilizados a todos os utilizadores (operadores aéreos) eutentes (passageiros) das infraestruturas aeroportuárias;• Os preços a praticar (taxas) são fixados pelo Governo Regional;• O Conce<strong>de</strong>nte controla a infraestrutura uma vez que a Concessionária não po<strong>de</strong> onerar os ativos oualiená-los, apesar <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter a sua titularida<strong>de</strong>, sem a aprovação do Conce<strong>de</strong>nte;• No final da concessão, todos os bens da concessão, revertem automaticamente para o Conce<strong>de</strong>ntesem direito a qualquer retribuição.Tais características conferem-lhe a natureza <strong>de</strong> um contrato do tipo: Construir-Operar-Transferir (“Build-Operate-Transfer”).O Contrato <strong>de</strong> Concessão estabelece que a <strong>ANA</strong>M, SA assume, para as obrigações <strong>de</strong> investimentos eminfraestruturas, os riscos <strong>de</strong> construção, financiamento, disponibilida<strong>de</strong> e procura. Assim, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>contabilização aplicado pela Empresa foi o mo<strong>de</strong>lo do ativo intangível.133


.<strong>11</strong> Relatório& ContasNo caso do Contrato <strong>de</strong> Concessão da <strong>ANA</strong>M, SA, por este se ter iniciado há mais <strong>de</strong> 17 anos (em 1993) epor as condições <strong>de</strong> exploração dos aeroportos da Região da Ma<strong>de</strong>ira se terem alterado significativamentenos últimos exercícios (alteração da oferta nos transportes aéreos com o regime “low cost”, liberalização dasrotas, etc.), a aplicação retrospetiva da IFRIC 12 à data <strong>de</strong> início da concessão e a utilização <strong>de</strong> estimativasexistentes àquela data revelou-se impraticável.Assim, como alternativa à aplicação retrospetiva, a Empresa efetuou a aplicação prospetiva da IFRIC 12,adotando os seguintes procedimentos:• Reconheceu o ativo intangível existente no início do primeiro período apresentado (01.JAN.2009);• Utilizou o montante registado como ativos fixos tangíveis como o valor do intangível reconhecido;• Testou o ativo intangível reconhecido nessa data para efeitos <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>.Os impactos da adoção da IFRIC 12 para o período <strong>de</strong> transição (2009) são <strong>de</strong>talhados seguidamente:Demonstração da Posição Financeira31.DEZ.200901.JAN.2009Total do ATIVO antes da IFRIC 12 398.863.202,50 421.174.898,30Ajustamentos em :Ativo não CorrenteAtivos Fixos Tangiveis (365.465.092,65) (391.569.500,26)Direito <strong>de</strong> Concessão 193.667.379,62 197.430.214,04Ativos por Impostos Diferidos 2.390.494,92 1.907.831,06Total do ATIVO após a IFRIC 12 229.455.984,43 228.943.443,15Total do PASSIVO antes da IFRIC 12 398.863.202,50 421.174.898,30Ajustamentos em :Capital PróprioResultados Retidos (7.631.324,25) (7.631.324,25)Resultado Líquido do exercício 6.346.278,49 -Passivo não CorrentePassivos por Impostos Diferidos 2.069.233,55 -Dívidas a Pagar e Outros Passivos (158.919.973,63) (172.603.529,86)Passivo CorrenteDívidas a Pagar e Outros Passivos (<strong>11</strong>.271.432,27) (<strong>11</strong>.996.601,05)Total CAPITAL PRÓPRIO e PASSIVO após a IFRIC 12 229.455.984,43 228.943.443,15a) Os Ativos Dominiais Cedidos, por não terem dado origem a qualquer dispêndio por parte daConcessionária, foram <strong>de</strong>sreconhecidos do balanço por contrapartida dos respetivos subsídiosregistados no passivo.b) Como Direito <strong>de</strong> Concessão foram reconhecidos todos os Ativos Dominiais, Patrimoniais e adquiridos134


.<strong>11</strong> Relatório& Contaspela <strong>ANA</strong>M, SA, com a exceção <strong>de</strong> alguns ativos, dada a sua reduzida necessida<strong>de</strong> para a prossecuçãodo objeto da concessão:• Equipamento Administrativo;• Equipamento <strong>de</strong> transporte referente a viaturas não afectas às ativida<strong>de</strong>s aeroportuárias;• Ferramentas e utensílios que constituam equipamentos <strong>de</strong> reduzida especificida<strong>de</strong> e elevadarotação.A valorização inicial do Direito <strong>de</strong> Concessão resulta: i) da reclassificação dos ativos fixos tangíveisafetos à Concessão, ajustados do recálculo da amortização pelo período remanescente da Concessão;ii) dos subsídios afetos aos ativos da Concessão que foram <strong>de</strong>duzidos ao valor dos mesmos. O Direito<strong>de</strong> Concessão apresentado no ativo como um ativo intangível encontra-se registado pelo valor líquidoà data da reexpressão (01.JAN.2009).Acresce que, <strong>de</strong>corrente das obrigações assumidas no Contrato <strong>de</strong> Concessão, a <strong>ANA</strong>M, SA tem <strong>de</strong>efetuar as renovações/substituições dos ativos da concessão necessárias ao bom <strong>de</strong>sempenho doserviço público.Tais obrigações assumem, em consequência da adoção da IFRIC 12, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se estimaremas responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> renovação/substituição existentes e consi<strong>de</strong>rar o acréscimo <strong>de</strong> custo domontante a <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>r na próxima renovação/substituição. Os ajustamentos efetuados resultaram damelhor estimativa da Empresa sobre os gastos a incorrer, tendo a responsabilida<strong>de</strong> sido <strong>de</strong>terminadacom base nos valores a <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>r a preços correntes e, consi<strong>de</strong>rando o efeito do <strong>de</strong>sconto, resultanteda aplicação da taxa das “yield curve” do custo do financiamento do Estado Português, à data daadoção da IFRIC 12.c) Decorrentes dos impactos da adoção da IFRIC 12 na base contabilística dos ativos e passivos da<strong>ANA</strong>M, SA foram apurados os correspon<strong>de</strong>ntes impostos diferidos.d) Os impactos no Capital Próprio e no Resultado Líquido do período comparativo resultantes da adoçãoIFRIC 12 têm a seguinte composição:Capital Próprio (incluindo Resultado do período)31.DEZ.200901.JAN.2009Total antes da IFRIC 12 2.452.213,62 9.730.229,40Anulação <strong>de</strong> custos capitalizados que nãoqualificam como intangível (437.583,55) -Recálculo das Amortizações-Intangível Amortizadono prazo da Concessão 10.783.751,02 -Acréscimo para renovação / substituição(responsabilida<strong>de</strong>s contratuais) (<strong>11</strong>.952.474,60) (9.539.155,31)Imposto Diferido 321.261,37 1.907.831,06Total dos Ajustamentos (1.285.045,76) (7.631.324,25)Total após a IFRIC 12 1.167.167,86 2.098.905,15135


.<strong>11</strong> Relatório& ContasResultado Líquido do Período31.DEZ.2009Total antes da IFRIC 12 (7.278.015,78)Anulação <strong>de</strong> custos capitalizados que não qualificam como intangível (437.583,55)Recálculo das amortizações-Intangível amortizado no prazo da concessão 10.783.751,02Acréscimo para renovação/substituição(responsabilida<strong>de</strong>s contratuais) (2.413.319,29)Imposto Diferido (1.586.569,69)Total dos Ajustamentos 6.346.278,49Total após a IFRIC 12 (931.737,29)Em 20<strong>11</strong> e no sentido <strong>de</strong> melhorar o planeamento das futuras renovações/substituições dos equipamentose sistemas, foi <strong>de</strong>senvolvido internamente um trabalho com o apoio da área técnica, <strong>de</strong> modo a estabelecerum plano previsional para <strong>de</strong>terminação dos acréscimos <strong>de</strong> gastos a <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>r com as responsabilida<strong>de</strong>sfuturas até ao termo da Concessão.Esta previsão resulta das melhores estimativas, tendo em conta o histórico e as características técnicas dosequipamentos e sistemas que foram agrupados, para efeitos <strong>de</strong> gestão do plano estabelecido.Este mo<strong>de</strong>lo permite acompanhar as necessida<strong>de</strong>s futuras da Concessão, em termos <strong>de</strong> assunção <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>s e permite a sua monitorização.Em paralelo, facilita os ajustamentos que, periodicamente, <strong>de</strong>vem ser efetuadas face à evolução dasnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento e, bem assim, a atualização dos correspon<strong>de</strong>ntes Ativos por ImpostosDiferidos.Sem se preten<strong>de</strong>r alterar as políticas contabilísticas em uso na Empresa, procurou-se i<strong>de</strong>ntificar e avaliar asreais necessida<strong>de</strong>s em renovação/substituição essencialmente <strong>de</strong> equipamentos e sistemas foi, no <strong>de</strong>cursodo trabalho interno realizado, verificado uma insuficiência <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s que foram colmatadascomo a seguir se <strong>de</strong>monstra:Un: EurosAté 2010 20<strong>11</strong> Até 20<strong>11</strong>Antigas Responsabilida<strong>de</strong>s 15.247.440,96 2.526.075,12 17.773.516,08Novas Responsabilida<strong>de</strong>s 17.294.058,89 2.959.448,88 20.253.507,76Alterações efetuadas (2.046.617,93) (443.373,76) (2.479.991,68)136


.<strong>11</strong> Relatório& Contas2.4. Relato por SegmentosA ativida<strong>de</strong> é relatada em segmentos operacionais, sendo que um segmento operacional é uma componenteduma entida<strong>de</strong>:a) Que <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio <strong>de</strong> que po<strong>de</strong> obter Réditos e incorrer em Gastos (incluindoRéditos e Gastos relacionados com transações com outros componentes da mesma entida<strong>de</strong>);b) Cujos Resultados Operacionais são regularmente revistos pelo principal responsável pela tomada<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões operacionais da entida<strong>de</strong>, para efeitos da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões sobre a imputação <strong>de</strong>recursos ao segmento e da avaliação do seu <strong>de</strong>sempenho; ec) Relativamente à qual esteja disponível informação financeira distinta.A <strong>ANA</strong>M, SA i<strong>de</strong>ntificou como responsável pela tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões operacionais, o Conselho <strong>de</strong>Administração, ou seja, o órgão que revê a informação interna, preparada <strong>de</strong> forma a avaliar a perfomancedas ativida<strong>de</strong>s da Empresa e a afetação <strong>de</strong> recursos. A <strong>de</strong>terminação dos segmentos operacionais foiefetuada com base na informação que é analisada pelo Conselho <strong>de</strong> Administração, da qual não resultaramnovos segmentos comparativamente aos já reportados anteriormente.A <strong>ANA</strong>M, SA relata a sua ativida<strong>de</strong> em dois segmentos operacionais: <strong>Aeroportos</strong> e Ativida<strong>de</strong> Comercial.• <strong>Aeroportos</strong> → inclui toda a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida pelos <strong>Aeroportos</strong> como unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio;• Ativida<strong>de</strong> Comercial → inclui toda a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida pelas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio <strong>de</strong> Retalho,Imobiliário e Estacionamento.2.5. Conversão CambialOs elementos incluídos nas Demonstrações Financeiras são mensurados utilizando a moeda do ambienteeconómico em que a Empresa opera (o Euro).As transações em moeda estrangeira são convertidas em Euros aos câmbios oficiais à data das operações.As diferenças <strong>de</strong> câmbio realizadas no exercício, bem como as não realizadas apuradas em relação aossaldos existentes à data do balanço, aos câmbios vigentes nessa data, são reconhecidas na Demonstraçãodo Rendimento Integral.Para a conversão dos ativos e passivos monetários em moeda estrangeira, existentes na data do balanço,foram utilizadas as seguintes taxas <strong>de</strong> câmbio em relação ao Euro:137


.<strong>11</strong> Relatório& ContasMoeda 20<strong>11</strong> 2010USD 1,2939 1,3362GBP 0,8353 0,860802.6. Ativos Fixos TangíveisO Ativo Fixo Tangível da Empresa integra os Bens Patrimoniais adquiridos pela <strong>ANA</strong>M, SA conforme indicaçãona nota 2.3 b).Os Ativos Fixos Tangíveis são apresentados ao custo histórico, o qual inclui todos os dispêndios diretamenteatribuíveis à aquisição dos bens, líquido da <strong>de</strong>preciação.Os ativos adquiridos pela Empresa estão a ser <strong>de</strong>preciados pelo método das quotas constantes (emduodécimos), <strong>de</strong> forma a alocar o seu custo ao seu valor residual, em função da vida útil estimada.Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação, são <strong>de</strong>terminados pela diferença entre osrecebimentos das alienações e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos como rendimentos ougastos na Demonstração do Rendimento Integral.O período <strong>de</strong> vida útil médio dos principais Ativos Fixos Tangíveis resume-se como segue:• Ferramentas e Utensílios 1 a 8 anos• Equipamento <strong>de</strong> Transporte 4 a 7 anos• Equipamento Administrativo 3 a 10 anos• Ativos Tangíveis em CursoInclui os Bens que irão ser capitalizados nos Ativos Fixos Tangíveis, aquando da sua entrada emfuncionamento.2.7. Ativos IntangíveisOs Ativos Intangíveis respeitam unicamente a software e estão valorizados ao custo <strong>de</strong> aquisição líquidodas amortizações, calculadas <strong>de</strong>ntro do período <strong>de</strong> vida útil (3 anos), em conformida<strong>de</strong> com o previsto naIAS 38.2.8. Direito <strong>de</strong> ConcessãoO Direito <strong>de</strong> Concessão inclui todos os bens adquiridos pela <strong>ANA</strong>M, SA, que se encontram implantadosem terrenos e bens do domínio público, sendo estes bens reversíveis para a Conce<strong>de</strong>nte, no termo daConcessão, pelo que, a <strong>ANA</strong>M, SA, não po<strong>de</strong> dispor <strong>de</strong>les livremente.138


.<strong>11</strong> Relatório& ContasOs Bens da Concessão, que integram o Direito <strong>de</strong> Concessão, têm a seguinte natureza:• Edifícios e Outras Construções;• Equipamento Básico;• Terrenos e Recursos Naturais;• Equipamento <strong>de</strong> Transporte afeto à ativida<strong>de</strong> aeroportuária.2.9. Imparida<strong>de</strong>Os Ativos da Empresa são analisados em cada data <strong>de</strong> reporte por forma a <strong>de</strong>tetar eventuais perdas porImparida<strong>de</strong>.Na <strong>de</strong>terminação do valor recuperável dos Ativos, e aten<strong>de</strong>ndo a que os Ativos da Empresa, por si só, nãogeram fluxos <strong>de</strong> caixa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, consi<strong>de</strong>ra-se o sistema aeroportuário, com a totalida<strong>de</strong> dos ativos daEmpresa, como unida<strong>de</strong> geradora <strong>de</strong> caixa.2.10. InventáriosOs inventários são valorizados ao menor do custo <strong>de</strong> aquisição ou do valor líquido <strong>de</strong> realização. Os mesmosreferem-se a materiais utilizados nas ativida<strong>de</strong>s internas <strong>de</strong> manutenção e conservação. Os inventários sãoreconhecidos inicialmente ao custo <strong>de</strong> aquisição, o qual inclui todas as <strong>de</strong>spesas suportadas com a compra.O custo é <strong>de</strong>terminado utilizando o método do custo médio pon<strong>de</strong>rado.2.<strong>11</strong>. Ativos FinanceirosA classificação dos Ativos Financeiros é <strong>de</strong>terminada, na data do reconhecimento inicial <strong>de</strong> acordo com oobjetivo da sua compra, sendo esta classificação reavaliada a cada data <strong>de</strong> relato.Os Ativos Financeiros po<strong>de</strong>m ser classificados como:i) Ativos Financeiros ao Justo Valor por via <strong>de</strong> Resultados - incluem os Ativos Financeiros Não Derivados,<strong>de</strong>tidos para negociação, respeitantes a investimentos <strong>de</strong> curto prazo e Ativos ao Justo Valor por Via<strong>de</strong> Resultados à data do reconhecimento inicial;ii)Empréstimos Concedidos e Contas a Receber – inclui os Ativos Financeiros Não Derivados compagamentos fixos ou <strong>de</strong>termináveis não cotados num mercado ativo;Empréstimos Concedidos e Contas a Receber são classificados no balanço como “Dívidas a ReceberComerciais e Outras” e são reconhecidos ao custo amortizado usando a taxa efetiva <strong>de</strong> juro, <strong>de</strong>duzidos<strong>de</strong> qualquer perda <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>. O ajustamento pela imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contas a receber é efetuadoquando existe evidência objetiva <strong>de</strong> que a <strong>ANA</strong>M, SA não terá a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber os montantesem dívida <strong>de</strong> acordo com as condições iniciais das transações que lhe <strong>de</strong>ram origem.139


.<strong>11</strong> Relatório& Contasiii)Investimentos <strong>de</strong>tidos até à Maturida<strong>de</strong> – incluem os ativos financeiros não <strong>de</strong>rivados com pagamentosfixos ou <strong>de</strong>termináveis e maturida<strong>de</strong>s fixas, que a entida<strong>de</strong> tem intenção e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter atéà maturida<strong>de</strong>;iv)Ativos Financeiros disponíveis para Venda – incluem os Ativos Financeiros Não Derivados, que são<strong>de</strong>signados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial, ou não seenquadram nas categorias acima referidas. São reconhecidos como Ativos Não Correntes exceto sehouver intenção <strong>de</strong> os alienar nos 12 meses seguintes à data do balanço.Os Ativos Financeiros são <strong>de</strong>sreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos monetáriosoriginados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos ebenefícios associados à sua posse.2.12. Dívidas a Receber Comerciais e OutrasOs saldos a receber <strong>de</strong> clientes e outros <strong>de</strong>vedores são reconhecidos inicialmente ao justo valor, sendosubsequentemente registados ao custo amortizado, <strong>de</strong>duzido <strong>de</strong> eventuais perdas <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>.As perdas por imparida<strong>de</strong> das contas a receber são reconhecidas quando há evi<strong>de</strong>ncia objetiva <strong>de</strong> que aEmpresa não receberá a totalida<strong>de</strong> dos montantes em dívida, conforme as condições originais das contas areceber. Na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong> são utilizados diversos indicadores:i) Análise <strong>de</strong> incumprimento;ii) Incumprimento há mais <strong>de</strong> 6 meses;iii) Dificulda<strong>de</strong>s financeiras do <strong>de</strong>vedor.As Perdas por Imparida<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>m à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atualdos fluxos <strong>de</strong> caixa futuros estimados (consi<strong>de</strong>rando o período <strong>de</strong> recuperação), <strong>de</strong>scontados à taxa <strong>de</strong>juro efetiva original do ativo financeiro. As Perdas por Imparida<strong>de</strong> são reconhecidas na Demonstração doRendimento Integral.2.13. Caixa e Equivalentes <strong>de</strong> CaixaA rubrica Caixa e Equivalentes <strong>de</strong> Caixa inclui caixa, <strong>de</strong>pósitos bancários, outros investimentos <strong>de</strong> curtoprazo <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z elevada e com maturida<strong>de</strong>s iniciais até 3 meses e <strong>de</strong>scobertos bancários. Os <strong>de</strong>scobertosbancários são apresentados na Demonstração da Posição Financeira, no Passivo Corrente, na rubrica“Empréstimos Obtidos Correntes”.140


.<strong>11</strong> Relatório& Contas2.14. Passivos FinanceirosA IAS 39 prevê a classificação dos Passivos Financeiros em duas categorias:i) Passivos Financeiros ao justo valor por via <strong>de</strong> resultados;ii)Outros Passivos Financeiros.Os Passivos Financeiros ao Justo Valor por Via <strong>de</strong> Resultados, referem-se a instrumentos <strong>de</strong>rivados contratadosno âmbito da gestão dos riscos financeiros da Empresa.Os Instrumentos Financeiros Derivados são reconhecidos na data da sua negociação (“tra<strong>de</strong> date”), pelo seujusto valor. Subsequentemente, o justo valor <strong>de</strong> instrumentos financeiros <strong>de</strong>rivados é reavaliado numa baseregular, sendo os ganhos ou perdas resultantes <strong>de</strong>ssa reavaliação registados diretamente nos resultados doperíodo (vi<strong>de</strong> Nota 2.18).Os Outros Passivos Financeiros incluem Empréstimos (Nota 2.15) e Dívidas a Pagar e Outros Passivos (Nota2.16).Os Passivos Financeiros são <strong>de</strong>sreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelopagamento, são cancelados ou expiram.2.15. EmpréstimosOs Empréstimos são inicialmente reconhecidos ao justo valor líquido <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> transação incorridos.Os empréstimos são subsequentemente mensurados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre osrecebimentos (líquidos <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> transação) e o valor amortizado é reconhecida na Demonstração doRendimento Integral ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa efetiva.Os Empréstimos são classificados no Passivo Não Corrente, com exceção dos valores a reembolsar, noexercício seguinte que são transferidos para o Passivo Corrente.2.16. Dívidas a Pagar e Outros PassivosAs Dívidas a Pagar e Outros Passivos são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo mensuradassubsequentemente ao custo amortizado, <strong>de</strong> acordo com o método da taxa <strong>de</strong> juro efetiva.2.17. ProvisõesAs Provisões são mensuradas ao valor presente dos dispêndios estimados para liquidar a obrigação utilizandouma taxa antes <strong>de</strong> impostos, que reflete a avaliação <strong>de</strong> mercado para o período do <strong>de</strong>sconto e para o riscoda provisão em causa.141


.<strong>11</strong> Relatório& ContasAs Provisões para Custos com Reestruturação e Reclamações Judiciais são reconhecidas quando a Empresatem:• Uma obrigação legal, contratual ou consuetudinária, como resultado <strong>de</strong> acontecimentos passados;• Seja provável que um ex-fluxo <strong>de</strong> recursos será necessário para extinguir a obrigação;• Possa ser efetuada uma estimativa fiável do montante da obrigação.As Provisões para reestruturação compreen<strong>de</strong>m normalmente penalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> rescisão <strong>de</strong> contratos<strong>de</strong> locação e pagamento <strong>de</strong> in<strong>de</strong>mnizações por cessação <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> trabalho dos empregados.Não são reconhecidas Provisões para perdas operacionais futuras.Quando há um número <strong>de</strong> obrigações similares, a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar o ex-fluxo é <strong>de</strong>terminado emconjunto. A Provisão é reconhecida mesmo que a probabilida<strong>de</strong> do ex-fluxo, relativo a um elemento incluídona mesma classe <strong>de</strong> obrigações, possa ser reduzida.2.18. Instrumentos Financeiros DerivadosA <strong>ANA</strong>M, SA contrata Instrumentos Financeiros Derivados, normalmente operações <strong>de</strong> Swap <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong>juro, para cobertura dos riscos financeiros a que se encontra exposta <strong>de</strong>correntes das variações das taxas<strong>de</strong> juro.Os Instrumentos Financeiros Derivados são registados inicialmente ao justo valor da data da transação,sendo valorizados subsequentemente ao justo valor. O método do reconhecimento dos ganhos e perdas <strong>de</strong>justo valor, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da <strong>de</strong>signação que é feita dos Instrumentos Financeiros Derivados.Quando se tratem <strong>de</strong> Instrumentos Financeiros Derivados <strong>de</strong> Negociação, os ganhos e perdas <strong>de</strong> justo valor,são reconhecidos no resultado do exercício, nas rubricas <strong>de</strong> custos ou proveitos financeiros.Quando <strong>de</strong>signados como Instrumentos Financeiros Derivados <strong>de</strong> Cobertura, o reconhecimento dos ganhose perdas do justo valor, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da natureza do item que está a ser coberto, po<strong>de</strong>ndo tratar-se <strong>de</strong> umacobertura <strong>de</strong> justo valor ou <strong>de</strong> uma cobertura <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> caixa.2.19. Subsídio ao InvestimentoOs Subsídios são reconhecidos pelo seu justo valor, quando existe uma segurança razoável que será recebidoe que a <strong>ANA</strong>M, SA cumprirá as obrigações inerentes.• Os Subsídios recebidos, a fundo perdido, para financiamento <strong>de</strong> aquisições <strong>de</strong> ativos tangíveis sãoregistados no passivo, como um proveito diferido, e reconhecidos no Demonstração do RendimentoIntegral, proporcionalmente às amortizações dos ativos tangíveis subsidiados.142


.<strong>11</strong> Relatório& ContasOs Subsídios são classificados como Passivos Não Correntes, na rubrica <strong>de</strong> “Dívidas a Pagar e OutrosPassivos”, quando o período <strong>de</strong> diferimento é superior a 12 meses. O saldo remanescente é classificadocomo “Dívidas a Pagar e Outros Passivos – Correntes”.• Os Subsídios afetos ao Direito <strong>de</strong> Concessão, são reconhecidos numa base sistemática (quotasconstantes), na Demonstração do Rendimento Integral.Os valores dos Subsídios ao Investimento, que não foram ainda reconhecidos, estão apresentados em<strong>de</strong>dução ao montante dos Ativos.2.20. Imposto sobre o RendimentoO Imposto sobre Rendimento inclui o Imposto Corrente e os Impostos Diferidos.A estimativa para Impostos sobre o Rendimento é contabilizada tendo por base o resultado fiscal apuradono exercício, <strong>de</strong> acordo com a legislação aplicável.Os Impostos Diferidos, são calculados tendo por base o efeito das diferenças temporárias entre a base fiscale contabilística dos Ativos e Passivos.Os Impostos Diferidos são registados na Demonstração do Rendimento Integral, exceto quando estãorelacionados com itens que sejam reconhecidos diretamente nos Capitais Próprios.Os Impostos Diferidos são reconhecidos na globalida<strong>de</strong>, usando o método do passivo, sobre diferençastemporárias provenientes da diferença entre a base fiscal <strong>de</strong> ativos e passivos e os seus valores nasDemonstrações Financeiras. No entanto, se o Imposto Diferido surge pelo reconhecimento inicial <strong>de</strong> umativo ou passivo numa transação que não seja uma concentração empresarial, que à data da transação nãoafeta nem o resultado contabilístico nem o resultado fiscal, este não é contabilizado. Os Impostos Diferidossão <strong>de</strong>terminados pelas taxas fiscais (e leis) <strong>de</strong>cretadas ou substancialmente <strong>de</strong>cretadas na data do balançoe que se espera sejam aplicáveis no período <strong>de</strong> realização do Imposto Diferido Ativo ou <strong>de</strong> liquidação doImposto Diferido Passivo.Os Impostos Diferidos Ativos são reconhecidos na medida em que seja provável que os lucros tributáveisfuturos estarão disponíveis para utilização da diferença temporária.2.21. Locação FinanceiraOs Ativos Tangíveis, adquiridos mediante contratos <strong>de</strong> Locação em que a <strong>ANA</strong>M, SA <strong>de</strong>tém todos os riscose benefícios inerentes à proprieda<strong>de</strong> dos mesmos, são contabilizados pelo método financeiro, pelo que osativos e as correspon<strong>de</strong>ntes responsabilida<strong>de</strong>s são reconhecidos na Demonstração da Posição Financeira.Consequentemente, as amortizações daqueles bens e os juros incluídos no valor das rendas são registadosnos resultados do exercício a que respeitam.143


.<strong>11</strong> Relatório& ContasAs Locações Financeiras são capitalizadas no início da locação pelo menor entre o justo valor do ativo locadoe o valor presente dos pagamentos mínimos da locação, <strong>de</strong>terminados à data <strong>de</strong> início do contrato. A dívidaresultante <strong>de</strong> um contrato <strong>de</strong> locação financeira é registada, líquida <strong>de</strong> encargos financeiros, na rubrica <strong>de</strong>“Empréstimos Correntes e Não Correntes”. Os Encargos Financeiros, incluídos na renda e a <strong>de</strong>preciaçãodos ativos locados são reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral, no período a que dizemrespeito.Aten<strong>de</strong>ndo à sua natureza (viaturas) os Ativos Fixos Tangíveis adquiridos, através <strong>de</strong> locação financeira, são<strong>de</strong>preciados pelo período <strong>de</strong> vida útil <strong>de</strong> 4 anos.2.22. RéditoO Rédito compreen<strong>de</strong> o justo valor da prestação <strong>de</strong> serviços, líquido <strong>de</strong> impostos e <strong>de</strong>scontos. O Rédito éreconhecido como se segue:a) Prestação <strong>de</strong> ServiçosA Prestação <strong>de</strong> Serviços é reconhecida no período contabilístico em que os serviços são prestados,com referência à fase <strong>de</strong> acabamento da transação à data da Demonstração da Posição Financeira.Engloba essencialmente a prestação <strong>de</strong> serviços nas áreas <strong>de</strong> tráfego, segurança <strong>de</strong> passageiros,assistência em escala, taxas <strong>de</strong> ocupação e outras prestações <strong>de</strong> serviços relacionadas com a áreacomercial.b) Serviço <strong>de</strong> ConstruçãoRegista o rédito que resulta da aquisição/construção <strong>de</strong> Ativos adicionais para as infraestruturas daConcessão, que aumentem os benefícios económicos obtidos do Direito da Concessão.c) Proveitos SuplementaresSão reconhecidas conforme alínea a) anterior e incluem: cedência <strong>de</strong> pessoal, cedência <strong>de</strong> materiais,faturação <strong>de</strong> telefones, entre outros.2.23. Custos FinanceirosOs Custos Financeiros representam o custo <strong>de</strong> utilização dos empréstimos contraídos, <strong>de</strong>stinadosessencialmente a garantir os investimentos realizados pela Empresa. Esta rubrica inclui, também, os jurosobtidos das aplicações junto da Banca comercial dos exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> tesouraria e, bem assim, o impacto dosinstrumentos <strong>de</strong>rivados (operações <strong>de</strong> Swap).144


.<strong>11</strong> Relatório& Contas2.24. Justo Valor <strong>de</strong> Ativos e Passivos FinanceirosNa <strong>de</strong>terminação do Justo Valor <strong>de</strong> um Ativo ou Passivo Financeiro, se existir um mercado ativo, a cotaçãodo mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor, conforme <strong>de</strong>finido na IFRS 7 eutilizado pela <strong>ANA</strong>M, SA.No caso <strong>de</strong> não existir um mercado ativo, o que é o caso para alguns ativos e passivos financeiros, sãoutilizadas técnicas <strong>de</strong> valorização geralmente aceites pelo mercado, baseadas em pressupostos <strong>de</strong> mercado.Este constitui o nível 2 da hierarquia do justo valor, conforme <strong>de</strong>finido na IFRS 7 e utilizado pela <strong>ANA</strong>M,SA.A <strong>ANA</strong>M, SA aplica técnicas <strong>de</strong> valorização para os instrumentos financeiros não cotados, tais como,<strong>de</strong>rivados, instrumentos financeiros ao justo valor através <strong>de</strong> resultados e para ativos financeiros disponíveispara venda. Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> valorização que são utilizados mais frequentemente, são mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong>caixa <strong>de</strong>scontados e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> opções que incorporam, por exemplo, as curvas <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong>juro e volatilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado.Para alguns tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivados mais complexos, são utilizados mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> valorização mais avançadoscontendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para os quais a <strong>ANA</strong>M,SA utiliza estimativas e pressupostos internos. Este constitui o nível 3 da hierarquia do justo valor, conforme<strong>de</strong>finido na IFRS 7.À data do relato financeiro e para o período comparativo, a <strong>ANA</strong>M, SA não tem quaisquer ativos ou passivosfinanceiros mensurados ao justo valor.145


.<strong>11</strong> Relatório& Contas3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO3.1. Fatores do Risco FinanceiroAs ativida<strong>de</strong>s da Empresa estão expostas a uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> riscos financeiros: risco <strong>de</strong> crédito,risco <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z e risco <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> caixa associado à taxa <strong>de</strong> juro. A Empresa utilizou, até 2009, instrumentosfinanceiros <strong>de</strong>rivados para efetuar a cobertura a certos riscos a que se encontrava exposta tendo, então,procedido ao seu cancelamento.a) Risco <strong>de</strong> CréditoO risco <strong>de</strong> crédito resulta <strong>de</strong> saldos <strong>de</strong> Caixa e Equivalentes <strong>de</strong> Caixa, <strong>de</strong>pósitos e instrumentos financeiros<strong>de</strong>rivados em instituições financeiras, bem como dos saldos a receber dos clientes e outros <strong>de</strong>vedores.No que se refere aos saldos a receber das instituições financeiras, a tabela seguinte apresenta um resumo,a 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> e 2010, da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crédito dos <strong>de</strong>pósitos, aplicações e instrumentosfinanceiros <strong>de</strong>rivados com justo valor positivo:Instituições Financeiras 20<strong>11</strong> 2010Rating*A 0 20.239.958


.<strong>11</strong> Relatório& ContasA seguir apresenta-se a análise <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z da Empresa, <strong>de</strong>composta em bandas <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>randonos fluxos <strong>de</strong> caixa contratuais, as datas esperadas <strong>de</strong> liquidação dos respetivos passivos.Un: Euros0 a 6 meses 6 a 12 meses 1 a 5 anos >a 5 anosFornecedores c/c 1.820.416 0 0 0Fornecedores Imobilizado 416.259 0 0 0Fornecedores Imobilizado - Locação Financeira 0 0 0 0Partes Relacionadas 700.377 0 0 0Outros Credores 3.193 0 437.448 74.572Garantias Prestadas por Terceiros 74.744 100 21.865 62.494Acréscimos <strong>de</strong> Custos 1.991.816 2.459.127 16.019.376 0Empréstimos Bancários* 5.126.371 3.695.521 171.795.997 51.857.055Derivados 0 0 0 010.133.175 6.154.748 188.274.686 51.994.121* Esta rubrica inclui os Encargos Financeiros.A gestão do risco <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z é assegurada pelos:i) Exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Tesouraria, os quais apresentam no final <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, um montante <strong>de</strong> 25.208 milEuros;ii. Aplicações <strong>de</strong> médio longo prazos, no total <strong>de</strong> 15.000 mil Euros, conforme alínea b) da Nota 29.iii)A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> renegociação/alargamento do prazo <strong>de</strong> reembolso da dívida do BEI (71.079 milEuros). O Contrato <strong>de</strong> Financiamento da Tranche B, com período <strong>de</strong> reembolso que se iniciou em20<strong>11</strong> e termo em 2020, apresenta a opção do mutuário po<strong>de</strong>r solicitar ao Banco, que o reembolso dosaldo do capital em dívida, correspon<strong>de</strong>nte à prestação <strong>de</strong>vida em Março <strong>de</strong> 2020 (41.151 mil Euros),se faça em prestações anuais consecutivas e constantes em capital, vencendo-se a primeira em 2020e a última em Março <strong>de</strong> 2030.c) Risco <strong>de</strong> Fluxos <strong>de</strong> Caixa e <strong>de</strong> Justo valor associado à Taxa <strong>de</strong> JuroComo a Empresa não tem ativos significativos remunerados, o lucro e os fluxos <strong>de</strong> caixa operacionaisgerados são substancialmente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes das alterações da taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> mercado.O risco da taxa <strong>de</strong> juro da Empresa advém <strong>de</strong> empréstimos obtidos <strong>de</strong> longo prazo. Sendo que: empréstimosemitidos com taxas variáveis expõem a Empresa ao risco <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> caixa associado à taxa <strong>de</strong> juro;empréstimos emitidos com taxas fixas expõem a Empresa ao risco do justo valor da dívida.A análise <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> a variações <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> juro permite obter os seguintes impactos em Resultados:147


.<strong>11</strong> Relatório& ContasNatureza Cenário c/ Taxa Actual* Cenário +1% Cenário -1%Financiamentos a Tx. Variáveis (2.048.769,20) (3.257.502,90) (840.035,51)ABN (444.862,06) (775.417,61) (<strong>11</strong>4.306,50)BGB (691.554,68) (1.023.354,68) (359.754,68)BEI (912.352,47) (1.458.730,61) (365.974,33)Financiamentos a Tx. Fixas (2.670.000,00) (2.670.000,00) (2.670.000,00)Juros Obtidos D.P 1.045.375,05 1.045.375,05 1.045.375,05Total Líquido (3.673.394,15) (4.882.127,85) (2.464.660,45)Impacto Aproximado --- (1.208.733,70) 1.208.733,70em Resultados / Cenário Taxa Atual* Custo dos juros em 2012.3.2. Gestão do Risco <strong>de</strong> CapitalO objetivo da Empresa em relação à gestão do capital, que é um conceito mais lato do que o capital própriorelevado na face da Demonstração da Posição Financeira é:i) salvaguardar a capacida<strong>de</strong> da Empresa, continuar a sua ativida<strong>de</strong> e efetuar os investimentos necessáriosà prossecução do objeto da concessão;ii) manter uma estrutura <strong>de</strong> capital ótima que lhe permita reduzir o custo <strong>de</strong> capital; eiii) criar valor a longo prazo para os acionistas.Esta gestão é efetuada através <strong>de</strong> medidas como: a emissão <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> dívida (empréstimoobrigacionista); a negociação e reescalonamento da divida; e entradas <strong>de</strong> capital dos Acionistas.3.3. Contabilização <strong>de</strong> Instrumentos DerivadosOs Derivados são classificados como <strong>de</strong> negociação, sendo reconhecidos ao Justo Valor (vi<strong>de</strong> Nota 2.18) emcada data <strong>de</strong> relato financeiro, com o impacto das variações nos Resultados.O justo valor dos Instrumentos Derivados transacionados em mercado ativo é baseado na cotação <strong>de</strong>mercado à data do balanço. A cotação a utilizar para a valorização <strong>de</strong> instrumentos financeiros ativos é acotação “bid”.O justo valor dos Instrumentos Derivados que não são transacionados num mercado ativo é <strong>de</strong>terminado combase em técnicas <strong>de</strong> avaliação. A <strong>ANA</strong>M, SA utiliza o método dos Cash-Flows <strong>de</strong>scontados, consi<strong>de</strong>randopressupostos baseados nas condições <strong>de</strong> mercado existentes a cada data da Demonstração da PosiçãoFinanceira, na <strong>de</strong>terminação do justo valor <strong>de</strong>stes instrumentos.148


.<strong>11</strong> Relatório& Contas4. ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS IMPORTANTES E JULGAMENTOSAs estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outrosfatores, incluindo expectativas sobre eventos futuros que se acredita serem razoáveis nas circunstâncias emcausa.4.1. Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> AtivosOs ativos da Empresa são analisados à data <strong>de</strong> cada Demonstração da Posição Financeira por forma a<strong>de</strong>tetar eventuais perdas por Imparida<strong>de</strong>.Na <strong>de</strong>terminação do valor recuperável dos ativos, e tendo em atenção que os ativos da <strong>ANA</strong>M, SA, por si só,não geram fluxos <strong>de</strong> caixa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, é consi<strong>de</strong>rada uma única unida<strong>de</strong> geradora <strong>de</strong> caixa, o sistemaaeroportuário, que inclui a totalida<strong>de</strong> dos ativos da Empresa.Sempre que o valor contabilístico do conjunto <strong>de</strong> ativos que constituem a unida<strong>de</strong> geradora <strong>de</strong> caixa exce<strong>de</strong>a quantia recuperável, é reduzido até ao montante recuperável sendo esta perda por imparida<strong>de</strong> reconhecidanos resultados do exercício.A Empresa tem em curso um conjunto <strong>de</strong> estudos relativos à estruturação da sua ativida<strong>de</strong>, que passarãopelo alargamento do seu prazo <strong>de</strong> Concessão, o que condiciona a <strong>de</strong>terminação do valor atual dos Ativos eos consequentes fluxos <strong>de</strong> caixa futuros.De resto, como é referido no ponto 6.4 do Relatório, a <strong>ANA</strong>M, SA já apresentou ao Conce<strong>de</strong>nte e aosAcionistas, uma proposta <strong>de</strong> aumento do prazo <strong>de</strong> Concessão por mais 20 anos, consi<strong>de</strong>rado essencial paraa viabilida<strong>de</strong> económica e financeira da Concessão e da sustentabilida<strong>de</strong> da própria Empresa.Contudo, a Administração, em face da ida<strong>de</strong> das infraestruturas aeroportuárias existentes, enten<strong>de</strong> que nãose encontram por registar Perdas por Imparida<strong>de</strong> nos Ativos Fixos.De resto, em recente avaliação aos Ativos Fixos efetuados pela CPU-Consultores <strong>de</strong> Avaliação e reportadaa 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2010, proce<strong>de</strong>u-se à <strong>de</strong>terminação do Valor do Uso Continuado dos Ativos e daoperação <strong>de</strong>senvolvida nos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira e Porto Santo, respeitando as exigências do InternationalFinancial Reporting Standards (IFRS), <strong>de</strong> que resultou um Valor <strong>de</strong> Uso Continuado dos terrenos edifícios,infraestruturas e equipamentos <strong>de</strong> 28,6% acima do valor líquido contabilístico.149


.<strong>11</strong> Relatório& Contas5. RELATO POR SEGMENTOSExercício <strong>de</strong> 20<strong>11</strong><strong>Aeroportos</strong> Comerciais <strong>ANA</strong>MProveitos Operacionais s/Subsidios 33.399.368,37 5.126.991,62 38.526.360,00Rédito 32.972.164,32 5.125.718,45 38.097.882,77Prestação Serviços - Aviação 27.508.609,06 0,00 27.508.609,06Prestação Serviços - Segurança 3.133.233,86 0,00 3.133.233,86Prestação Serviços - PMR`s 727.002,88 0,00 727.002,88Prestação Serviços - Não Aviação 1.151.796,92 5.<strong>11</strong>9.663,04 6.271.459,96Outros Réditos 38.464,60 6.055,41 44.520,01Serviços <strong>de</strong> Construção 413.057,00 0,00 413.057,00Outros Proveitos Operacionais 148.124,95 1.273,18 149.398,13Proveitos Inter-Segmentos 279.079,10 0,00 279.079,10Custos Operacionais S/Amortizações (25.222.744,08) (3.141.,357,80) (28.364.101,88)Custos Operacionais S/ Amortizações (25.222.744,08) (2.862.278,70) (28.085.022,78)Custos Inter-Segmentos 0,00 (279.079,10) (279.079,10)EBITDA 8.176.624,29 1.985.633,83 10.162.258,12Subsídios ao Investimento 4.012.582,31 0,00 4.012.582,31Amortizações (8.724.794,47) 0,00 (8.724.794,47)Resultado Operacional 3.464.412,13 1.985.633,83 5.450.045,96Custos / Proveitos Financeiros --- --- (3.875.043,50)Imposto sobre o Rendimento --- --- 4.027.618,48Resultado Líquido --- --- 5.602.620,94Ativos Fixos Tangíveis 458.271,81 --- 458.271,81Ativos Fixos Intangíveis 185.224.769,36 --- 185.224.769,36Investimento 448.381,25 --- 448.381,25Exercício <strong>de</strong> 2010<strong>Aeroportos</strong> Comerciais <strong>ANA</strong>MProveitos Operacionais s/Subsidios 34.386.237,22 4.899.032,63 39.285.269,85Rédito 32.605.900,63 4.898.079,76 37.503.980,39Prestação Serviços - Aviação 27.374.467,18 0,00 27.374.467,18Prestação Serviços - Segurança 3.190.479,37 0,00 3.190.479,37Prestação Serviços - PMR`s 703.458,71 0,00 703.458,71Prestação Serviços - Não Aviação 1.152.697,89 4.787.782,24 5.940.480,13Outros Réditos 80.560,76 <strong>11</strong>.896,80 92.457,56Serviços <strong>de</strong> Construção 104.236,72 98.400,72 202.637,44Outros Proveitos Operacionais 1.429.256,82 952,87 1.430.209,69Proveitos Inter-Segmentos 351.079,77 0,00 351.079,77Custos Operacionais S/Amortizações (24.507.861,58) (3.629.387,76) (28.137.249,34)Custos Operacionais S/ Amortizações (24.507.861,58) (3.278.307,99) (27.786.169,57)Custos Inter-Segmentos 0,00 (351.079,77) (351.079,77)EBITDA 9.878.375,64 1.269.644,87 <strong>11</strong>.148.020,51Subsídios ao Investimento 4.012.899,95 0,00 4.012.899,95Amortizações (9.150.101,16) 0,00 (9.150.101,16)Resultado Operacional 4.741.147,43 1.269.644,87 6.010.819,30Custos / Proveitos Financeiros --- --- (3.923.628,21)Imposto sobre o Rendimento --- --- (1.302.781,29)Resultado Líquido --- --- 784.409,80Ativos Fixos Tangíveis 706.598,39 --- 706.598,39Ativos Fixos Intangíveis 189.538.444,49 --- 189.538.444,49Investimento 235.979,64 --- 235.979,64150


.<strong>11</strong> Relatório& Contas6. MOVIMENTOS NOS BENS PATRIMONIAIS, ATIVOS TANGÍVEISEM CURSO E OUTROS ATIVOS INTANGÍVEISEm 20<strong>11</strong> Dominiais Patrimoniais Outros Intangíveis Em Curso Adiantamentos TotalValor BrutoSaldo em 01-jan-20<strong>11</strong> --- 7.761.189,20 734.663,48 2.903,34 --- 8.498.756,02Aumentos --- 35.324,25 0,00 0,00 --- 35.324,25Capitalização <strong>de</strong> Trabalhos --- --- --- --- --- 0,00Transferências --- 1.508,00 --- (1.508,00) --- 0,00Abates --- (3.408,18) --- (1.395,33) --- (4.803,51)Alienações --- --- --- --- --- 0,00Saldo em 31-<strong>de</strong>z-20<strong>11</strong> --- 7.794.613,27 734.663,48 0,01 --- 8.529.276,76DepreciaçõesSaldo em 01-jan-20<strong>11</strong> --- 7.057.494,15 669.389,44 --- --- 7.726.883,59Reforço --- 282.255,50 56.995,36 --- --- 339.250,86Abates --- (3.408,18) --- --- --- (3.408,18)Alienações --- --- --- --- --- 0,00Saldo em 31-<strong>de</strong>z-20<strong>11</strong> --- 7.336.341,47 726.384,80 --- --- 8.062.726,27Valor LíquidoSaldo em 01-jan-20<strong>11</strong> --- 703.695,05 65.274,04 2.903,34 --- 771.872,43Saldo em 31-<strong>de</strong>z-20<strong>11</strong> --- 458.271,80 8.278,68 0,01 --- 466.550,49Em 2010 Dominiais Patrimoniais Outros Intangíveis Em Curso Adiantamentos TotalValor BrutoSaldo em 01-jan-2010 --- 7.848.646,68 728.138,48 0,01 --- 8.576.785,17Aumentos --- 23.913,87 6.525,00 2.903,33 --- 33.342,20Capitalização <strong>de</strong> Trabalhos --- --- --- --- --- 0,00Transferências --- --- --- --- --- 0,00Abates --- (23.162,59) --- --- --- (23.162,59)Alienações --- (88.208,76) --- --- --- (88.208,76)Saldo em 31-<strong>de</strong>z-2010 --- 7.761.189,20 734.663,48 2.903,34 --- 8.498.756,02DepreciaçõesSaldo em 01-jan-2010 --- 6.479.047,09 573.012,23 --- --- 7.052.059,32Reforço --- 668.512,41 96.377,21 --- --- 764.889,62Abates --- (23.162,59) --- --- --- (23.162,59)Alienações --- (66.902,76) --- --- --- (66.902,76)Saldo em 31-<strong>de</strong>z-2010 --- 7.057.494,15 669.389,44 --- --- 7.726.883,59Valor LíquidoSaldo em 01-jan-2010 --- 1.369.599,59 155.126,25 0,01 --- 1.524.725,85Saldo em 31-<strong>de</strong>z-2010 --- 703.695,05 65.274,04 2.903,34 --- 771.872,43Os Ativos Fixos Tangíveis incluem os bens patrimoniais adquiridos, não afetos à Concessão, que já seencontram em funcionamento.Os Ativos Intangíveis respeitam unicamente a software e estão valorizados ao custo <strong>de</strong> aquisição líquido das<strong>de</strong>preciações, calculadas <strong>de</strong>ntro do período <strong>de</strong> vida útil (3 anos).151


.<strong>11</strong> Relatório& Contas7. DIREITO DE CONCESSÃOOs valores referentes ao Direito <strong>de</strong> Concessão têm o seguinte <strong>de</strong>talhe:Em 20<strong>11</strong> Ativos Líquidos Subsídios Em Curso Valor líquidoValor BrutoSaldo em 01-jan-20<strong>11</strong> 587.845.170,24 276.147.323,00 395.421,15 312.093.268,39Aumentos 7.6<strong>11</strong>,17 272.558,40 405.445,83 140.498,60- - -Saldo em 31-<strong>de</strong>z-20<strong>11</strong> 587.852.781,17 276.419.881,40 800.866,98 312.233.766,99Amortizações AcumuladasSaldo em 01-jan-20<strong>11</strong> 227.267.735,01 104.647.637,07 --- 122.620.097,94Reforço 8.385.543,61 3.988.365,24 --- 4.397.178,37Saldo em 31-<strong>de</strong>z-20<strong>11</strong> 235.653.278,62 108.636.002,31 --- 127.017.276,31Valor LíquidoSaldo em 01-jan-20<strong>11</strong> 360.577.435,23 171.499.685,93 395.421,15 89.473.170,45Saldo em 31-<strong>de</strong>z-20<strong>11</strong> 352.199.502,79 167.783.879,09 800.866,98 185.216.490,68Em 2010 Ativos Líquidos Subsídios Em Curso Valor líquidoValor BrutoSaldo em 01-jan-2010 587.804.322,55 276.147.323,00 233.631,40 3<strong>11</strong>.890.630,95Aumentos 40.847,69 - 161.790,75 202.637,44- - -Saldo em 31-<strong>de</strong>z-2010 587.845.170,24 276.147.323,00 395.421,15 312.093.268,39Amortizações AcumuladasSaldo em 01-jan-2010 218.882.523,47 100.659.272,14 --- <strong>11</strong>8.223.251,33Reforço 8.385.2<strong>11</strong>,54 3.988.364,93 --- 4.396.846,61Saldo em 31-<strong>de</strong>z-2010 227.267.735,01 104.647.637,07 --- 122.620.097,94Valor LíquidoSaldo em 01-jan-2010 368.921.799,08 175.488.050,86 233.631,40 193.667.379,62Saldo em 31-<strong>de</strong>z-2010 360.577.435,23 171.499.685,93 395.421,15 189.473.170,45Os Subsídios relativos aos Ativos afetos à Concessão, são <strong>de</strong>duzidos ao valor do Direito <strong>de</strong> Concessão, pornão ser um dispêndio da Concessionária, mas um Ativo Financeiro Recebido.152


.<strong>11</strong> Relatório& Contas8. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIAAs políticas contabilísticas para instrumentos financeiros <strong>de</strong> acordo com a IAS 39, foram aplicadas aosseguintes Ativos e Passivos Financeiros.Créditos Passivos a Justo Outros Passivos Outros Ativos/ TotalAno 20<strong>11</strong> e Valores Valor por via Financeiros Passivos foraa Receber <strong>de</strong> Resultados âmbito IAS 39AtivosCaixa e Equivalentes <strong>de</strong> Caixa 25.207.975,86 - - - 25.207.975,86Clientes e Out.Contas a Rec. 22.158.182,<strong>11</strong> - - 1.199.436,05 23.357.618,16Outros Activos - - - 167.284,18 167.284,18Total Ativos Financeiros 47.366.157,97 0,00 0,00 1.366.720,23 48.732.878,20PassivosEmpréstimos Obtidos - - 202.988.739,42 - 202.988.739,42Derivados e outros Passivos Financeiros - - - - -Dívidas a Pagar e Outras 4.227.709,82 - 24.146.815,67 - 28.374.525,49Total Passivos Financeiros 4.227.709,82 0,00 227.135.555,09 0,00 231.363.264,91Créditos Passivos a Justo Outros Passivos Outros Ativos/ TotalAno 2010 e Valores Valor por via Financeiros Passivos foraa Receber <strong>de</strong> Resultados âmbito IAS 39AtivosCaixa e Equivalentes <strong>de</strong> Caixa 20.292.463,10 - - - 20.292.463,10Clientes e Out.Contas a Rec. 20.055.900,75 - - 1.070.988,51 21.126.889,26Outros Activos - - - 188.410,34 188.410,34Total Ativos Financeiros 40.348.363,85 0,00 0,00 1.259.398,85 41.607.762,70PassivosEmpréstimos Obtidos - - 206.598.479,42 - 206.598.479,42Derivados e outros Passivos Financeiros - - - - -Dívidas a Pagar e Outras 2.757.661,56 - 20.759.193,94 - 23.516.855,50Total Passivos Financeiros 2.757.661,56 0,00 227.357.673,36 230.<strong>11</strong>5.334,92A <strong>ANA</strong>M, SA não divulga a hierarquia do justo valor utilizado na mensuração <strong>de</strong> ativos e passivos financeirospor não existirem ativos ou passivos mensurados ao justo valor, às datas do relato financeiro.153


.<strong>11</strong> Relatório& Contas9. DÍVIDAS A RECEBER COMERCIAIS E OUTRAS9.1. Dívidas a Receber Não CorrentesEsta rubrica apresenta em 20<strong>11</strong>, um valor <strong>de</strong> 15.000.000 Euros, referente a um empréstimo concedido à<strong>ANA</strong>, SA (vi<strong>de</strong> Nota 29. alínea b).20<strong>11</strong> 2010Outros Acionistas 15.000.000,00 15.000.000,00Pagamentos Antecipados 0,00 25.464,35Total Dívidas a Receber - Não Correntes 15.000.000,00 15.025.464,359.2. Dívidas a Receber CorrentesEsta rubrica, com um saldo <strong>de</strong> 8.524.902 Euros, em 31 <strong>de</strong> Dezembro, apresenta a seguinte<strong>de</strong>composição:20<strong>11</strong> 2010Clientes 5.732.445,95 5.039.812,56IVA a Receber 203.997,47 <strong>11</strong>6.569,98Acréscimos <strong>de</strong> Proveitos 1.199.436,05 1.070.988,51Custos Diferidos – Pagamentos Antecipados 167.354,82 162.945,99Outros Devedores 1.588.817,69 1.619.654,85Outros Devedores - Subsídios 1.392.558,40 0,00Devedores <strong>de</strong> Cobrança Duvidosa 0,00 0,00Sub-Total 10.284.610,38 8.009.971,89Perdas por Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dívidas <strong>de</strong> Clientes (1.759.708,04) (1.720.136,64)Perdas por Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dívidas <strong>de</strong> Terceiros 0,00 0,00Sub-Total (1.759.708,04) (1.720.136,64)Total 8.524.902,34 6.289.835,25a) ClientesO valor contabilístico <strong>de</strong>duzido <strong>de</strong> eventuais perdas <strong>de</strong> imparida<strong>de</strong>, das dívidas comerciais e outras a receber,aproxima-se do seu justo valor.O valor <strong>de</strong> 5.732.446 Euros, apresentado na rubrica Clientes, inclui um valor vencido <strong>de</strong> 884.733 Euros eem imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1.759.708 Euros, para o qual foi reconhecida uma perda por imparida<strong>de</strong> por risco <strong>de</strong>incobrabilida<strong>de</strong>.154


.<strong>11</strong> Relatório& ContasEm 2010, esta rubrica, apresentava um saldo <strong>de</strong> 5.039.813 Euros e em imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1.720.137 Euros.b) IVA a ReceberDo montante total <strong>de</strong> IVA a recuperar do Estado, 203.997 Euros correspon<strong>de</strong> a um reembolso já pedido.c) Acréscimos <strong>de</strong> Proveitos e Pagamentos Antecipados20<strong>11</strong> 2010AtivoAcréscimos <strong>de</strong> ProveitosJuros a receber Depósitos à Or<strong>de</strong>m e a Prazo 370.331,73 208.4<strong>11</strong>,04Proveitos Aeroportuários 829.104,32 862.577,471.199.436,05 1.070.988,51Pagamentos AntecipadosOutros 167.354,82 162.945,99167.354,82 162.945,99Em Acréscimos <strong>de</strong> Proveitos Aeroportuários <strong>de</strong>staca-se o montante <strong>de</strong> 823.085 Euros, relativo às Taxas <strong>de</strong>Segurança (Componente A) a receber do INAC.Este saldo inclui o valor <strong>de</strong> 250.247 Euros cativos pelo INAC, ao abrigo do nº 5 do art. 3 do Dec-Lei 72-A/2010, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Junho.Os Pagamentos Antecipados incluem, essencialmente, prémios <strong>de</strong> seguro, cujo custo respeita a períodossubsequentes. Em 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> os prémios <strong>de</strong> seguro registados em Pagamentos Antecipadostotalizam 102.505 Euros contra 99.981 Euros em 2010.d) Outros DevedoresDo saldo em aberto, à data <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> realça-se o valor <strong>de</strong> 1.149.221 Euros referenteaos juros <strong>de</strong> mora <strong>de</strong>bitados à RAM, por atrasos verificados no pagamento dos trabalhos com a construçãoda ER101 – 2ª Fase do Projeto <strong>de</strong> Ampliação do Aeroporto do Funchal, realizados pela <strong>ANA</strong>M, SA, sobresponsabilida<strong>de</strong> da RAM.e) Outros Devedores – SubsídiosDa análise ao quadro supra verifica-se que a <strong>ANA</strong>M, SA tem o valor <strong>de</strong> 1.392.558 Euros a receber, referente àatribuição <strong>de</strong> um novo Subsídio – FEDER, no âmbito do Projeto SITI – Sistema Integrado <strong>de</strong> Telecomunicaçõese Informação.155


.<strong>11</strong> Relatório& Contas9.3. Maturida<strong>de</strong> dos Saldos a ReceberA seguir apresenta-se mapa com a análise da Maturida<strong>de</strong> dos Saldos a Receber. Este mapa não inclui,todavia, os Saldos do Estado e os Subsídios a Receber, por não se tratarem <strong>de</strong> ativos sujeitos a riscos <strong>de</strong>crédito:Un: EurosNormal Mora sem Imparida<strong>de</strong> Em Imparida<strong>de</strong>0 a 6 meses 6 a 12 meses >12 mesesClientes 2.999.681 725.246 - - 1.759.708Outros Devedores 38.900 127 4.481 392.099 -Subscritores <strong>de</strong> Capital - - - - -Empréstimos Concedidos - P. Relac. 15.000.000 - - - -Partes Relacionadas 89.026 159.486 - 1.149.221 -Garantias Prestadas a Terceiros - - - 3.059 -Derivados - - - - -18.127.608 884.859 4.481 1.544.379 1.759.708Ações diligenciadas com vista a reduzir os riscos <strong>de</strong> crédito:Os Ativos Financeiros em Imparida<strong>de</strong> à data do relato, estão totalmente provisionados, sendo que a quantia<strong>de</strong> 1.759.708 Euros, está integralmente coberta com certidões <strong>de</strong> dívida entregues no Serviço <strong>de</strong> Finançasou reclamações apresentadas junto dos Administradores das massas insolventes. Atualmente, a Empresatem oito processos instaurados.A dívida <strong>de</strong> 1.149.221 Euros, relacionada com a RAM (vi<strong>de</strong> Nota 9.2, alínea d), tem maturida<strong>de</strong> superior a12 meses.Com efeito, em 2008 foi acordado um plano <strong>de</strong> reembolso em 24 prestações mensais (ofício 465 <strong>de</strong> Março2008), que não se concretizou.Posteriormente, por ofício 2356, da SRTT, solicitou-se a inclusão <strong>de</strong>ste valor no Orçamento do PIDDAR 2010,o que em termos orçamentais acabou por não vir a ser concretizado pela RAM, não tendo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, oassunto tido outro <strong>de</strong>senvolvimento, apesar das diligências efetuadas pela Empresa.9.4. Movimento nas rubricas <strong>de</strong> Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> AtivosImparida<strong>de</strong><strong>de</strong> Dívidas a ReceberSaldo InicialAumentosReversão/UtilizaçãoUn: EurosSaldo FinalClientes <strong>de</strong> Cobrança Duvidosa 1.720.136,64 39.591,13 19,73 1.759.708,041.720.136,64 39.591,13 19,73 1.759.708,04156


.<strong>11</strong> Relatório& ContasOs aumentos e reversões <strong>de</strong> Imparida<strong>de</strong>, apurados no exercício, foram reconhecidos na Demonstração doRendimento Integral, como Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dívidas a Receber, conforme <strong>de</strong>talhado na Nota 22.157


.<strong>11</strong> Relatório& Contas10. IMPOSTOS DIFERIDOSAs diferenças temporárias que originaram ativos e passivos por impostos diferidos têm a seguintenatureza:MovimentosDiferenças Temporais Saldo Inicial 2010 Saldo Final Ajustamento Movimentos Saldo Final2010 Movimento 2010 20<strong>11</strong> 20<strong>11</strong> 20<strong>11</strong>Ativos por Impostos DiferidosAtivos Tangíveis - Transição Fiscal 91.065,85 14.599,45 105.665,30 (7.909,05) (24.439,06) 73.317,19Activos Intangíveis - Direito <strong>de</strong> Concessão 12.599.062,80 2.648.378,15 15.247.440,95 1.477.187,67 1.860.438,58 18.585.067,20Total - Ativos por Impostos Diferidos 12.690.128,65 2.662.977,60 15.353.106,25 (7.909,05) 1.835.999,52 18.658.384,39Passivos por Impostos DiferidosAtivos Int. - Dto Concessão - Transição Fiscal 10.346.167,75 9.609.619,00 19.955.786,75 (<strong>11</strong>.671.461,40) (2.071.081,27) 6.213.244,08Total - Passivos por Impostos Diferidos 10.346.167,75 9.609.619,00 19.955.786,75 (<strong>11</strong>.671.461,40) (2.071.081,27) 6.213.244,08Os movimentos ocorridos nas rubricas <strong>de</strong> Impostos Diferidos <strong>de</strong>talham-se como se segue:Movimentos em ResultadosDiferenças Temporais Saldo Inicial 2010 Saldo Final Alteração <strong>de</strong> taxa Ajustamento Movimentos Saldo Final2010 Movimento 2010 20<strong>11</strong> 20<strong>11</strong> 20<strong>11</strong> 20<strong>11</strong>Ativos por Impostos DiferidosAtivos Tangíveis - Transição Fiscal 18.213,17 2.919,89 21.133,06 3.665,86 (1.581,81) (4.887,81) 18.329,30Activos Intangíveis - Direito <strong>de</strong> Concessão 2.390.494,92 658.993,27 3.049.488,19 929.253,36 295.437,53 372.087,72 4.646.266,80Total - Ativos por Impostos Diferidos 2.408.708,09 661.913,16 3.070.621,25 932.919,22 293.855,72 367.199,90 4.664.596,10Passivos por Impostos DiferidosAtivos Int. - Dto Concessão - Transição Fiscal 2.069.233,55 1.921.923,86 3.991.157,41 310.662,20 (2.334.292,35) (414.216,35) 1.553.3<strong>11</strong>,01Total - Passivos por Impostos Diferidos 2.069.233,55 1.921.923,86 3.991.157,41 310.662,20 (2.334.292,35) (414.616,35 1.553.3<strong>11</strong>,01Taxa <strong>de</strong> Imposto 20% 20% 20% - - - 25%A divulgação dos prejuízos fiscais acumulados, que não <strong>de</strong>u origem ao registo <strong>de</strong> impostos diferidos ativos,é a seguinte:AnoPrejuízos Fiscais reportados2005 8.828.961,152006 10.151.375,082007 8.165.959,322008 10.265.003,762009 8.558.535,282010 0,0045.969.834,59158


.<strong>11</strong> Relatório& Contas<strong>11</strong>. INVENTÁRIOSOs Inventários em armazém são compostos, essencialmente, por materiais <strong>de</strong> escritório, peças <strong>de</strong> substituição/conservação relacionadas com os edifícios/equipamentos afetos à ativida<strong>de</strong> da Empresa. Não se verificamperdas por imparida<strong>de</strong>.Os movimentos ocorridos no <strong>de</strong>curso do exercício são os que seguem:Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 20<strong>11</strong> 2010Inventários Iniciais 318.005,34 344.002,31Compras 98.842,47 82.660,21Regularização <strong>de</strong> Inventários (23,49) 0,00Inventários Finais 313.415,63 318.005,34Custos do Exercício 103.408,69 108.657,18O Custo dos Inventários reconhecido como <strong>de</strong>spesa e incluído no custo das mercadorias consumidastotalizou 103.409 Euros; em 2010, 108.657 Euros.12. IMPOSTO CORRENTEO valor em saldo, <strong>de</strong> 1.076.843 Euros, respeita às retenções <strong>de</strong> imposto sobre os rendimentos <strong>de</strong> prediais e<strong>de</strong> capitais, bem como ao pagamento especial e adicional por conta <strong>de</strong> IRC.13. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXADiscriminação dos componentes <strong>de</strong> caixa e seus equivalentes:Rubricas 20<strong>11</strong> 2010Numerário* 7.479,40 7.479,40Depósitos BancáriosDepósitos à Or<strong>de</strong>m <strong>11</strong>9.562,18 618.436,09Aplicações Financeiras 25.080.934,28 19.666.547,61Total 25.207.975,86 20.292.463,10* Fundo Fixo <strong>de</strong> Caixa.As aplicações financeiras indicadas constituem disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tesouraria em <strong>de</strong>pósitos bancários <strong>de</strong>curto prazo. Estas incluem o Fundo Social DRA, no montante atual <strong>de</strong> 437.448 Euros (valor capitalizado)que, conforme Nota 31.3, continua a aguardar uma <strong>de</strong>cisão sobre o processo e ainda o montante <strong>de</strong>418.213 Euros <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos efetuados para a ADSE, que se encontra por regularizar.159


.<strong>11</strong> Relatório& Contas14. CAPITALO Capital da <strong>ANA</strong>M, SA é <strong>de</strong> 67.500.000 Euros, representado por 13.500.000 ações escriturais, no valornominal <strong>de</strong> 5 Euros cada uma.Acionista Nº acções 2010 Nº acções 2009 Participação %<strong>ANA</strong>, SA 9.450.000 9.450.000 47.250.000,00 70,00RAM 2.700.000 2.700.000 13.500.000,00 20,00Estado Português 1.350.000 1.350.000 6.750.000,00 10,0013.500.000 13.500.000 67.500.000,00 100,00O Capital subscrito encontra-se integralmente realizado.15. OUTRAS RESERVAS20<strong>11</strong> 2010Reserva Legal Geral (161.246,06) (161.246,06)Reserva Legal <strong>de</strong> Investimentos(Bens Domínio Público) 17.393.192,18 17.393.192,18Outras Reservas 22.317,01 22.317,01Total 17.254.263,13 17.254.263,13As Reservas não sofreram, no <strong>de</strong>curso do exercício, qualquer alteração.A Reserva Legal Geral é negativa em consequência <strong>de</strong>, em 2001, nela ter sido refletido os diferenciais coma re<strong>de</strong>nominação do Capital Social, <strong>de</strong> Escudos para Euros.A Reserva Legal Geral apenas po<strong>de</strong> ser utilizada na cobertura <strong>de</strong> prejuízos ou aumento <strong>de</strong> capital.160


.<strong>11</strong> Relatório& Contas16. EMPRÉSTIMOS16.1. Empréstimos Não Correntes e CorrentesEsta rubrica, que inclui os empréstimos bancários e obrigacionista, assim como os valores em dívidarelativamente às aquisições <strong>de</strong> imobilizado, em regime <strong>de</strong> Locação Financeira, <strong>de</strong>compõe-se como segue:20<strong>11</strong> 2010Empréstimos não CorrentesEmpréstimos Bancários 149.510.255,02 153.193.709,06Empréstimos por Obrigações 49.877.018,20 49.795.030,36Responsabilida<strong>de</strong>s com Locação Financeira 0,00 0,00199.387.273,22 202.988.739,42Empréstimos CorrentesEmpréstimos Bancários - Curto Prazo 3.601.466,20 3.601.466,20Responsabilida<strong>de</strong>s com Locação Financeira 0,00 8.273,803.601.466,20 3.609.740,00Em 20<strong>11</strong>, iniciou-se o Reembolso da Dívida do BEI, vi<strong>de</strong> 3.1 b) iii).16.2. Termos e Prazos <strong>de</strong> Reembolso dos EmpréstimosA maturida<strong>de</strong> dos Empréstimos Não Correntes é a seguinte:20<strong>11</strong> 2010entre 1 e 2 anos 3.601.466,20 3.601.466,20entre 3 e 5 anos 96.020.729,52 60.927.380,32> 5 anos 99.765.077,50 138.459.892,90199.387.273,22 202.988.739,42As <strong>de</strong>spesas com a emissão dos Empréstimos Obtidos estão a ser <strong>de</strong>preciadas no seu período <strong>de</strong> vigência,resultando um diferencial, face ao quadro seguinte:ContratoAno Data primeiro Data último Taxa Taxa Média Capital em Dívida<strong>de</strong> Desembolso Reembolso Reembolso <strong>de</strong> Juro % (*) Não Corrente CorrenteBEI - Tranche B 2000 15/3/20<strong>11</strong> 15/3/2020 Variavel 1,46% 67.337.716,16 3.740.984,20ABN AMRO Bank 2001 26/7/2016 26/7/2016 Variavel 1,51% 35.000.000,00 -Deutsche Pfandbriebank 2002 24/4/2017 24/4/2017 Variavel 1,55% 47.400.000,00 -Empr. Obrigacionista 2004 29/7/2014 29/7/2014 Fixa 5,34% 50.000.000,00 -199.737.716,16 3.740.984,20* Taxa Média no Exercício.161


.<strong>11</strong> Relatório& ContasÉ <strong>de</strong> referir que, o Justo Valor dos empréstimos <strong>de</strong> médio/longo prazo contratados, era <strong>de</strong> 208.398.869Euros, em 31.DEZ.2010 e <strong>de</strong> 203.204.368 Euros em 31.DEZ.20<strong>11</strong>, consi<strong>de</strong>rando já o reembolso <strong>de</strong>3.740.984 Euros, efetuado em 20<strong>11</strong>.Estes valores são calculados com base nos Cash-Flows <strong>de</strong>scontados às taxas <strong>de</strong> final <strong>de</strong> período.16.3. Empréstimo ObrigacionistaEm Julho <strong>de</strong> 2004, a <strong>ANA</strong>M, SA, emitiu obrigações não convertíveis com valor nominal <strong>de</strong> 1.000, 10.000 e100.000 Euros, cotadas na Bolsa do Luxemburgo, à taxa <strong>de</strong> 5.34%, para financiar as suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>fundo <strong>de</strong> maneio. As obrigações são reembolsáveis integralmente em Julho <strong>de</strong> 2014.16.4. Responsabilida<strong>de</strong>s com Locações FinanceirasÀ data <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, a <strong>ANA</strong>M, SA, não <strong>de</strong>tém quaisquer responsabilida<strong>de</strong>s com locaçõesfinanceiras.16.5. Linhas <strong>de</strong> CréditoAten<strong>de</strong>ndo a uma situação <strong>de</strong> Tesouraria positiva, a <strong>ANA</strong>M, SA não tem, presentemente, negociadasquaisquer condições para linhas <strong>de</strong> crédito.162


.<strong>11</strong> Relatório& Contas17. DÍVIDAS A PAGAR E OUTROS PASSIVOS20<strong>11</strong> 2010Contas a pagar a fornecedores e outros credores 25.944.925,08 22.374.725,29Subsídios ao Investimento 1.076.850,14 121.104,82Dívidas a partes relacionadas 736.507,89 404.094,14Segurança Social e outros impostos 616.242,38 616.931,25Total 28.374.525,49 23.516.855,5017.1. Dívidas a Pagar Não CorrentesEsta rubrica é composta por:20<strong>11</strong> 2010Subsídios ao Investimento 1.052.634,64 96.889,32Responsabilida<strong>de</strong>s Contratuais 16.013.160,18 12.255.919,70Total 17.065.794,82 12.352.809,02Vi<strong>de</strong> Nota 2.3 b): Reconhecimento das Responsabilida<strong>de</strong>s associadas aos Investimentos <strong>de</strong> Renovação/Substituição.17.2. Dívidas a Pagar CorrentesO valor registado nesta conta apresenta a seguinte <strong>de</strong>composição:20<strong>11</strong> 2010Fornecedores Correntes 2.152.984,63 1.504.829,39Fornecedores Fat. Recep. e Conferência 0,00 0,00Fornecedores Imobilizado – exceto Locações 685.768,20 252.821,09Fornec. Imobilizado - Fat. Recep. e Confer. 0,00 17.847,50Estado e Outros Entes Públicos 616.242,38 616.931,25Outros Credores 674.415,70 671.961,77Acréscimos <strong>de</strong> Custos 3.663.037,62 4.821.231,69Responsabilida<strong>de</strong>s Contratuais 2.571.907,00 2.422.091,00Proveitos Diferidos (recebimentos antecipados) 920.159,64 832.<strong>11</strong>7,29Subsídios ao Investimento 24.215,50 24.215,50Total <strong>11</strong>.308.730,67 <strong>11</strong>.164.046,48163


.<strong>11</strong> Relatório& ContasSegue-se, pois, o <strong>de</strong>talhe <strong>de</strong> algumas das rubricas acima i<strong>de</strong>ntificadas.a) Estado e Outros Entes PúblicosA rubrica Estado e Outros Entes Públicos <strong>de</strong>compõe-se da seguinte maneira:Passivo 20<strong>11</strong> 2010Retenções Imposto s/ Rendimento 136.520,99 129.142,73Contribuições Patronais 478.165,33 485.762,28Outros Impostos 1.556,06 2.026,24Total 616.242,38 616.931,25b) Outros CredoresO saldo da rubrica Outros Credores reflete essencialmente:• O valor relativo ao Fundo Social – DRA, incluindo os juros capitalizados das aplicações, totaliza437.448 Euros e encontra-se justificado na Nota: 31.3.c) Acréscimos e Diferimentos (Correntes)Passivo 20<strong>11</strong> 2010Acréscimo <strong>de</strong> CustosRemunerações 1.054.813,18 2.006.300,42Juros a Liquidar 1.679.487,27 1.510.458,48Forn. Serv. Externos 3.500.644,17 3.726.563,796.234.944,62 7.243.322,69Proveitos DiferidosProveitos Aeroportuários 920.159,64 832.<strong>11</strong>7,29Subsídios ao Investimento 24.215,50 24.215,50944.375,14 856.332,79A rubrica Fornecimentos e Serviços Externos inclui 2.571.907 Euros, referente à utilização <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>sassumidas para investimentos a realizar em 2012 no âmbito do Contrato <strong>de</strong> Concessão, relativas àSubstituição/Renovação <strong>de</strong> infraestruturas e equipamentos previstos.164


.<strong>11</strong> Relatório& Contas18. RÉDITO20<strong>11</strong> 2010Aviação 27.508.609,06 27.374.467,18Tráfego 25.924.296,29 25.757.127,38Assistência em Escala 1.515.398,39 1.549.220,52Outras 68.914,38 68.<strong>11</strong>9,28PMR’s 727.002,88 703.458,71PMR’s 727.002,88 703.458,71Segurança 3.133.233,86 3.190.479,37Taxa <strong>de</strong> Segurança (comp. A) 1.177.997,98 1.298.598,33Segurança HBS (comp. B) 1.955.235,88 1.891.881,04Não Aviação 6.271.459,96 5.940.480,13Retalho 2.992.254,53 2.721.421,92Imobiliária 1.151.796,92 1.152.697,89Parque <strong>de</strong> Estacionamento 541.799,93 626.801,46Publicida<strong>de</strong> 313.338,27 297.036,61Rent-a-Car 1.135.755,65 993.755,41Outras 136.514,66 148.766,84Serviço <strong>de</strong> Construção(*) 413.057,00 202.637,44Serviço <strong>de</strong> Construção 413.057,00 202.637,44Total Prestação <strong>de</strong> Serviços 38.053.362,76 37.4<strong>11</strong>.522,83Proveitos Suplementares 44.520,01 92.457,56Rédito 38.097.882,77 37.503.980,39(*) Relativo à aquisição <strong>de</strong> Ativos para o Serviço da Concessão, adicionado ao Ativo Intangível – Direito <strong>de</strong>Concessão.165


.<strong>11</strong> Relatório& Contas19. OUTROS RENDIMENTOS20<strong>11</strong> 2010Reconhecimento Subsidios (Responsabilida<strong>de</strong>s) 140.037,61 0,00Outros 9.360,52 7.405,39Outros Rendimentos 149.398,13 7.405,39O valor <strong>de</strong> 140.038 Euros resulta do reconhecimento em Resultado <strong>de</strong> Subsídios, relativo a gastos jáincorridos pela Empresa.A rubrica Outros inclui os ganhos em alienações <strong>de</strong> Ativos Fixos Tangíveis e penalida<strong>de</strong>s contratuais aosfornecedores.20. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS20<strong>11</strong> 2010Subcontratos 376.402,83 372.089,08Eletricida<strong>de</strong> 846.5<strong>11</strong>,15 838.654,23Água 185.951,41 210.741,82Rendas e Alugueres 108.034,30 134.566,49Comunicação 50.694,92 53.150,65Seguros 362.212,98 372.765,79Deslocações e Estadias 164.641,97 144.400,44Honorários 56.073,30 86.879,29Conservação e Reparação 1.667.998,48 1.763.613,79Publicida<strong>de</strong> e Propaganda 77.846,25 159.552,03Limpeza, Higiene e Conforto 929.254,77 1.094.494,82Vigilância e Segurança 1.7<strong>11</strong>.258,41 1.999.086,13Serviços <strong>de</strong> Jardinagem 294.998,04 324.662,96Estudos, Projetos, Pareceres Assessoria 466.583,12 421.164,74Responsabilida<strong>de</strong>s Assumidas 5.006.066,78 3.294.966,36Outros Trabalhos Especializados 1.359.398,06 1.399.658,08Assistência Pessoal 159.072,37 177.686,97Outros 266.089,62 357.722,6814.089.088,76 13.205.856,35166


.<strong>11</strong> Relatório& Contas21. GASTOS COM O PESSOAL20<strong>11</strong> 2010Remunerações 9.055.383,12 10.095.170,72Encargos s/ Remunerações 1.953.679,65 2.032.629,32Custos Ação Social 347.140,86 418.074,84Outros Custos 560.737,70 569.768,13<strong>11</strong>.916.941,33 13.<strong>11</strong>5.643,01• O número médio <strong>de</strong> trabalhadores ao serviço durante o ano <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> foi <strong>de</strong> 323.• O montante assinalado na rubrica Outros Custos pren<strong>de</strong>-se, <strong>de</strong>signadamente, com encargos <strong>de</strong>rescisões <strong>de</strong> contrato por mútuo acordo e com aposentações voluntárias <strong>de</strong> 4 colaboradores,ocorridas em 20<strong>11</strong>, que totalizam 552.921 Euros.• As remunerações pagas aos membros dos Órgãos Sociais da <strong>ANA</strong>M, SA são como seapresenta:Rubrica 20<strong>11</strong> 2010Assembleia Geral 815,00 850,00Conselho <strong>de</strong> Administração 162.447,62 173.818,88Conselho Fiscal 44.352,00 49.280,00Revisor Oficial <strong>de</strong> Contas 15.264,00 17.201,81222.878,62 241.150,69Não existem responsabilida<strong>de</strong>s assumidas, relativamente a pensões <strong>de</strong> reforma dos antigos membros dosÓrgãos Sociais.O Conselho <strong>de</strong> Administração foi eleito em Assembleia Geral, em 16 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2008. A sua composição,com 5 elementos, encontra-se <strong>de</strong>scrita no ponto 1.5 do Capítulo I. Governo da Socieda<strong>de</strong>.Em Julho <strong>de</strong> 2009, foram fixadas novas remunerações aos Órgãos Sociais, com efeitos retroativos à data dasua nomeação.No entanto, por força da Lei 12-A/2010, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Junho, as mesmas foram reduzidas em 5%, com inícioem Junho <strong>de</strong> 2010. Em 20<strong>11</strong> estas foram reduzidas em mais 10%, em consequência da Lei 55-A/2010, <strong>de</strong>31 <strong>de</strong> Dezembro.167


.<strong>11</strong> Relatório& Contas22. CONSTITUIÇÃO E REVERSÃO DE IMPARIDADESEsta conta, que expressa o saldo entre a constituição por Perdas <strong>de</strong> Imparida<strong>de</strong>s e as Reversões efetuadas,apresenta a seguinte <strong>de</strong>composição:20<strong>11</strong> 2010Perdas para Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dívidas a Receber (39.591,13) (52.287,61)Reversão das Perdas por Imparida<strong>de</strong> 19,73 1.475.091,91(39.571,40) 1.422.804,30As Perdas para Imparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dívidas a Receber, registadas em 20<strong>11</strong>, respeitam à constituição por imparida<strong>de</strong>da SAS Strategic Airlines.A reversão das perdas por imparida<strong>de</strong> respeita ao pagamento parcial da Paralelo Jóias, Lda., <strong>de</strong> 20 Euros.23. OUTROS GASTOS20<strong>11</strong> 2010Impostos 68.315,66 78.133,02Gastos com Serviços Bancários 7.970,89 8.748,52Donativos 10.334,01 7.377,77Perdas em Inventários 52,33 0,00Perdas em Ativos 0,00 165,65Incentivos 1.637.484,62 1.044.518,79Outros Gastos 2<strong>11</strong>.855,09 217.069,281.936.012,60 1.356.013,03• IncentivosPara dinamizar o tráfego nos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira, a <strong>ANA</strong>M, SA tem em vigor dois Programas <strong>de</strong> Incentivosdos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira, da sua inteira responsabilida<strong>de</strong>.Com idêntico objetivo, participa, igualmente, em dois outros fundos: Fundo para o Investimento emPromoção Turística e Initiative:pt – Developing Tourism and Aviation.Em 20<strong>11</strong>, por cumprirem os requisitos necessários, foram atribuídos incentivos financeiros a quinzeoperadores aéreos, num total <strong>de</strong> 1.637.485 Euros (ver Ponto 10.1.2 do Relatório <strong>de</strong> Gestão).168


.<strong>11</strong> Relatório& Contas24. AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES20<strong>11</strong> 2010Subsídio ao InvestimentoAtivos Fixos Tangíveis 24.217,07 24.535,02Bens do Direito <strong>de</strong> Concessão 3.988.365,24 3.988.364,93Subsídio ao Investimento 4.012.582,31 4.012.899,95AmortizaçõesAtivos Fixos Tangíveis e Outros Intangíveis (339.250,86) (764.889,62)Bens do Direito <strong>de</strong> Concessão (8.385.543,61) (8.385.2<strong>11</strong>,54)Amortizações (8.724.794,47) (9.150.101,16)Total Amortizações e Depreciações (4.712.212,16) (5.137.201,21)25. RESULTADO FINANCEIRO25.1. Custos <strong>de</strong> Financiamento20<strong>11</strong> 2010Juros Líquidos dos Empréstimos (3.874.961,64) (3.925.186,60)Juros <strong>de</strong> Locação Financeira (81,86) (170,40)Justo Valor dos Swaps ---- ---(3.875.043,50) (3.925.357,00)A explicitação das principais rubricas indicadas no quadro supra aponta:• Os Custos <strong>de</strong> Financiamento no total <strong>de</strong> (3.875.043) Euros, inclui:• O custo com a utilização dos financiamentos contraídos, <strong>de</strong>stinados a garantir os Investimentosda Empresa, no montante <strong>de</strong> (5.313.990) Euros;• Os Proveitos Financeiros <strong>de</strong> 1.439.028 Euros, que advêm das aplicações temporáriasresultantes <strong>de</strong> exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> tesouraria, provenientes da ativida<strong>de</strong>, dos empréstimos obtidose da recomposição do Capital Próprio (ver ponto 10.1.3 do Relatório <strong>de</strong> Gestão).169


.<strong>11</strong> Relatório& Contas25.2. Outros Resultados Financeiros20<strong>11</strong> 2010GastosJuros Suportados 0,00 (13,73)Outros Gastos Financeiros 0,00 0,00RendimentosJuros Obtidos 0,00 1.742,52Outros Ganhos Financeiros 0,00 0,000,00 1.728,7926. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO20<strong>11</strong> 2010Imposto corrente (14.302,75) (45.544,44)Excesso <strong>de</strong> Estimativa 10.099,98 2.773,85Imposto Diferido (Nota 10) 4.031.821,25 (1.260.010,70)4.027.618,48 (1.302.781,29)A conciliação entre o Imposto Corrente e o Imposto Efetivo é a seguinte:20<strong>11</strong>Imposto correnteImposto do ano 14.302,75Excesso estimativa (10.099,98)Imposto Diferido (4.031.821,25)Gasto <strong>de</strong> Imposto (4.027.618,48)RAI 1.575.002,46Taxa Imposto 20,00%315.000,49Diferenças permanentes (310.797,72)Outros (4.031.821,25)Gasto <strong>de</strong> Imposto (4.027.618,48)170


.<strong>11</strong> Relatório& Contas27. RESULTADO POR AÇÃOO resultado básico por ação é calculado dividindo o Resultado Líquido pelo número médio pon<strong>de</strong>rado <strong>de</strong>ações ordinárias.20<strong>11</strong> 2010Resultado Líquido 5.602.620,94 784.409,80Número médio das ações ordinárias emitidas (milhar) 13.500.000 13.500.000Resultado Básico por ação (€ por ação) 0,42 0,0628. COMPROMISSOSOs Compromissos para Investimentos e Serviços Não Satisfeitos assumidos na data da Demonstração daPosição Financeira mas ainda não registados são:20<strong>11</strong> 2010Contratos firmados com realização em curso 477.720,75 82.555,78Compromissos com serviços não satisfeitos* 3.7<strong>11</strong>.369,15 6.979.842,094.189.089,90 7.062.397,87*Inclui Contratos <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Serviços com prazo <strong>de</strong> vigência superior a 1 ano, nomeadamente contratos <strong>de</strong> limpeza e manutenção <strong>de</strong> sistemas.A <strong>ANA</strong>M, SA não dispõe <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s associadas a contratos <strong>de</strong> locação operacional.171


.<strong>11</strong> Relatório& Contas29. SALDOS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADASA <strong>ANA</strong>M, SA é participada pela <strong>ANA</strong>, SA, pelo Governo Regional da Ma<strong>de</strong>ira e pelo Estado Português, osquais <strong>de</strong>têm respetivamente 70%, 20% e 10% do Capital da Empresa.A PORTWAY é uma empresa <strong>de</strong> Handling, participada a 100% pela <strong>ANA</strong>, SA e a NAER é, igualmente,participada pela <strong>ANA</strong>, SA em 84,41%.A Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira é, para além <strong>de</strong> Acionista, a entida<strong>de</strong> Conce<strong>de</strong>nte e Reguladora.Durante o ano <strong>de</strong> 20<strong>11</strong>, registaram-se operações com estas entida<strong>de</strong>s, cujos saldos existentes a 31 <strong>de</strong>Dezembro <strong>de</strong> 20<strong>11</strong> e 2010, são os seguintes:Saldos com partes relacionadas 20<strong>11</strong> 2010<strong>ANA</strong>, SA 14.706.561,82 14.897.317,70Acionistas – Empréstimos 15.000.000,00 15.000.000,00Fornecedores (445.621,26) (166.423,79)Outros Devedores 701,40 284,90Acréscimos <strong>de</strong> Custos (98.298,91) (<strong>11</strong>0.515,63)Acréscimos <strong>de</strong> Proveitos 249.780,59 173.972,22PORTWAY 55.223,<strong>11</strong> (29.967,17)Clientes 247.810,83 97.187,55Fornecedores (156.456,44) (91.023,44)Acréscimos <strong>de</strong> Custos 0,00 0,00Proveitos Diferidos (36.131,28) (36.131,28)NAER 0,00 3.028,46Outros Devedores 0,00 3.028,46REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 1.149.220,86 1.149.220,86Juros <strong>de</strong> Mora 1.149.220,86 1.149.220,86Total das Dívidas <strong>de</strong> partes relacionadas 15.9<strong>11</strong>.005,79 16.019.599,85172


.<strong>11</strong> Relatório& Contasa) Transações com Partes Relacionadas, por natureza20<strong>11</strong> 2010<strong>ANA</strong>, SARédito 5.623,63 0,00Fornec. e Serviços Externos (880.719,95) (908.524,07)Impostos 0,00 0,00Gastos com Pessoal (26.400,00) (19.200,00)Custos <strong>de</strong> Financiamento 375.829,63 307.138,77PORTWAYRédito 640.783,53 635.367,47Fornec. e Serviços Externos (491.054,92) (493.462,60)NAERRédito 4.968,93 42.637,56b) Empréstimos a Partes Relacionadas20<strong>11</strong> 2010Início do ano 15.000.000,00 15.000.000,00Empréstimos do ano 0,00 0,00Amortização dos empréstimos 0,00 0,00Imposto <strong>de</strong> Selo 0,00 0,00Juros líquidos <strong>de</strong>bitados 235.516,69 270.775,22Valores faturados recebidos (235.516,69) (270.775,22)Valor em aberto em 31.DEZ 15.000.000,00 15.000.000,00No início <strong>de</strong> 2009 e em face duma situação <strong>de</strong> tesouraria positiva, a Empresa elaborou um estudo para aavaliação das alternativas possíveis da aplicação dos exce<strong>de</strong>ntes.Das várias soluções, então equacionadas, a <strong>ANA</strong>M, SA optou pela celebração <strong>de</strong> um contrato com a<strong>ANA</strong>, SA, para um empréstimo <strong>de</strong> 15 milhões <strong>de</strong> Euros, a médio e longo prazo, eventualmente renovávelna data <strong>de</strong> vencimento dos juros e com o limite temporal a 2014 (data <strong>de</strong> amortização do empréstimoobrigacionista).Estes empréstimos foram concedidos nos seguintes termos:• 5 milhões <strong>de</strong> Euros, pelo prazo <strong>de</strong> um ano, renovável por iguais períodos, vencendo jurossemestralmente à taxa Euribor a 6 meses, adicionada <strong>de</strong> um spread <strong>de</strong> 60 pontos base;• 10 milhões <strong>de</strong> Euros, com o limite temporal <strong>de</strong> 2014, vencendo juros anuais à taxa Euribor aum ano, adicionada <strong>de</strong> um spread <strong>de</strong> 80 pontos base.173


.<strong>11</strong> Relatório& Contas30. INFORMAÇÃO SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAISA <strong>ANA</strong>M, SA obteve, em 2007, a Certificação no Sistema <strong>de</strong> Gestão Integrado <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> e Ambiente,segundo os referências NP EN ISO 9001:2000 e NP EN ISO 14.001:2004.No ano <strong>de</strong> 2009, foi efetuada a adaptação do Sistema <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong> para a nova norma NP ENISO 9001:2008.Após certificação do Sistema <strong>de</strong> Gestão Integrado a <strong>ANA</strong>M, SA <strong>de</strong>u início à auto-avaliação segundo oMo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Excelência da EFQM – Fundação Europeia para a Gestão da Qualida<strong>de</strong>, tendo obtido em 2010o reconhecimento “Committed to Excelence” e ainda a Certificação da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviço Aeroportuário,<strong>de</strong> acordo com os requisitos da ACI – Conselho Internacional <strong>de</strong> Aeroporto, <strong>de</strong>signada Airport ServiceQuality Assured.Também, em 20<strong>11</strong>, <strong>de</strong>u-se início à implementação <strong>de</strong> Auditorias <strong>de</strong> Segurança e Higiene Alimentar, tendoseobtido no culimar <strong>de</strong>ste processo, a marca “Hygiene Monitored” da SGS, nossa parceira neste processo.Em paralelo, a Empresa continua a promover ações <strong>de</strong>stinadas a assegurar:• Sensibilização sobre as várias temáticas do ambiente, transversal a toda a Empresa, abrangendoos Stakehol<strong>de</strong>rs, em geral.• Manutenção no Aeroporto da Ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong>dicado ao armazenamento <strong>de</strong>resíduos perigosos produzidos, por forma a dotar este Aeroporto com os meios necessários aoseu armazenamento temporário;• Aproveitamento da captação <strong>de</strong> água, através <strong>de</strong> reservatórios próprios, para rega dos espaçosver<strong>de</strong>s, por forma a diminuir os consumos <strong>de</strong> água potável;• Recolha <strong>de</strong> hidrocarbonatos no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo, através <strong>de</strong> caixas separadorasinstaladas em locais mais suscetíveis <strong>de</strong> produzir efluentes contaminados com estaresistência;• Implementação <strong>de</strong> um plano plurianual para redução dos consumos <strong>de</strong> energia, dandoseguimento às recomendações da Auditoria Energética realizada neste Aeroporto, no sentidoda obtenção da Certificação Energética e QAI dos <strong>Aeroportos</strong> da Ma<strong>de</strong>ira;• Manutenção no Aeroporto <strong>de</strong> Porto Santo <strong>de</strong> infraestrutura específica, <strong>de</strong>stinada à <strong>de</strong>scarga<strong>de</strong> águas residuais provenientes das aeronaves.174


.<strong>11</strong> Relatório& Contas31. AÇÕES JUDICIAIS E OUTRAS CONTINGÊNCIAS31.1. Processos Judiciais em que a <strong>ANA</strong>M, SA é ParteProcessos Judiciais em relação aos quais não se espera que resultem responsabilida<strong>de</strong>s para a <strong>ANA</strong>M, SA:Un: EurosNatureza 20<strong>11</strong> 2010• Processos <strong>de</strong> Expropriação por utilida<strong>de</strong> pública, em Recurso (diferença reclamada) 779.208,00 779.208,00• Ações contra a <strong>ANA</strong>M, no âmbito do Projeto <strong>de</strong> Ampliação do AFU 298.979,00 298.979,00• Ações Administrativas 148.206,74 172.206,7431.2. Processos <strong>de</strong> Execução FiscalPor falta <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> taxas aeroportuárias, foram instaurados, pela Empresa, vários processos <strong>de</strong>execução fiscal a clientes, alguns dos quais já <strong>de</strong>clarados insolventes:Un: EurosNatureza 20<strong>11</strong> 2010• Reclamação <strong>de</strong> Créditos em Insolvência 1.728.585,25 1.728.585,25• Processos em Execução Fiscal 21.559,71 21.559,71Foram constituídas imparida<strong>de</strong>s para estes valores, sendo que do <strong>de</strong>senvolvimento dos processos, aexpectativa do sucesso <strong>de</strong> ressarcimento da dívida é mínimo.31.3. Outros Processos e Responsabilida<strong>de</strong>sUn: EurosNatureza 20<strong>11</strong> 20101. Ações Administrativas – Impugnação Judicial 303.871,00 303.871,00(em que a <strong>ANA</strong>M, SA é Autora – IVA B. Pescadores)2. Processo <strong>de</strong> natureza Civil 5.750,00 5.750,003. Fundo Social – DRA 437.448,00 416.915,0032. GARANTIAS PRESTADAS A TERCEIROSNão existem garantias financeiras ou reais prestadas a terceiros.175


.<strong>11</strong> Relatório& ContasDECLARAÇÃOEstas Demonstrações Financeiras, foram aprovadas pelo Conselho <strong>de</strong> Administração na reunião nº 03/2012,<strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2012.É opinião do Conselho <strong>de</strong> Administração que estas Demonstrações Financeiras refletem <strong>de</strong> forma verda<strong>de</strong>irae apropriada as operações da Empresa, bem como a sua Posição e Desempenho Financeiro e Fluxos <strong>de</strong>Caixa.O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntónio Guilhermino RodriguesPresi<strong>de</strong>nteDuarte Nuno Fraga Gomes FerreiraVogalRui Manuel Sarmento VeresVogalAlda Maria <strong>de</strong> Araújo Ribeiro Borges CoelhoVogalAntónio José do Amaral Ferreira <strong>de</strong> LemosVogal176


RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃOE CERTIFICAÇÃO LEGALDE CONTAS.<strong>11</strong> Relatório& Contas177


178.<strong>11</strong> Relatório& Contas


.<strong>11</strong> Relatório& Contas179


180.<strong>11</strong> Relatório& Contas


.<strong>11</strong> Relatório& Contas181


182.<strong>11</strong> Relatório& Contas


.<strong>11</strong> Relatório& Contas183


184.<strong>11</strong> Relatório& Contas


.<strong>11</strong> Relatório& Contas185


186.<strong>11</strong> Relatório& Contas


.<strong>11</strong> Relatório& Contas187


188.<strong>11</strong> Relatório& Contas

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