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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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perna. Nesse dia, quem veio assistir à peça eraRoger, médico brasileiro que morava em NovaYork, amicíssimo meu e de Diogo, e o chameiàs pressas. Plínio corria risco de vida, precisavaser internado imediatamente e saiu do camarimcom uma meia minha toda colorida e com suaverve habitual: porra, agora todo mundo vai tercerteza que eu sou veado.200Depois da peça, que é curta, fomos correndopara hospital e o encontramos sentado, aindaesperando para ser atendido. Fiz o maior discurso:Vocês conhecem Nelson Rodrigues? É o maiordramaturgo do Brasil e morreu. Vocês queremagora matar Plínio Marcos? Ele não gostou demeus argumentos: Porra, você disse que sou osegundo. Internamos Plínio e um médico japonêsveio perguntar se eu me responsabilizava porele, que podia perder o pé ou a perna. Fui atéo Plínio, informei-lhe da situação e ouvi: porra,esse japonês me odeia. Como a mulher dele estavaviajando e não conseguira encontrar seu filho,assinei um documento me responsabilizando eele foi operado. Começamos todos a rezar, Diogoficou nervoso e resolveu passar mal também –quando vi ele estava numa maca.Acho que essa foi a noite mais louca da minhavida, felizmente deu tudo certo e Plínio se recuperou,só vindo a falecer muitos anos depois.

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