Resumo: Este trabalho apresenta um projeto de pesquisa em ...

A QUESTÃO DO TEMPO NOS LIVROS DIDÁTICOS DO 2º AO 5º ANO 1Zena Eisenberg (PUC-Rio) zwe@puc-rio.brJéssica Castro Nogueira (PUC-Rio) jessicastronog@yahoo.com.brAna Carolina Vilar da Silva (PUC-Rio) anacarolina.vilar@hotmail.comNathalia da Motta Xavier (PUC-Rio) Xavier.nathalia@yahoo.com.brFinanciamento: FaperjEm nossa pesquisa buscamos compreender quais conceitos temporais estão maispresentes nos materiais didáticos do Ensino Fundamental nas escolas envolvidas emnosso Projeto. Participam da pesquisa as turmas do 2° ao 5° ano de duas escolaspúblicas do município de Vassouras.Os resultados foram analisados de duas formas distintas. Primeiramente,dividimos os códigos em duas categorias: daqueles que se referem a conceitos temporaiscotidianos e os que se referem a conceitos temporais científicos. Esta divisão foi feita apartir de Eisenberg (no prelo), que usou como base a distinção feita por Vygotsky(1986) entre conceitos espontâneos e científicos, onde o primeiro tipo é aprendido nodia-a-dia da criança, através de sua experiência no mundo e o segundo tipo é aprendidode forma mais consciente e direta, necessitando da mediação do outro na construçãodestes conceitos.O Tempo no desenvolvimento da criançaNa psicologia do desenvolvimento existe uma preocupação crescente com aecologia, isto é, vê-se desenvolvimento como um processo que consiste de váriossistemas (desde os biológicos, passando pela linguagem, contextos micro e macro, até aHistória da cultura) em constante interação no universo infantil. Estes sistemas sãovariáveis que coexistem e influenciam uns aos outros no desenvolvimento do indivíduo(ver Bronfenbrenner, 1979; Nelson, 1996; Oyama, 1993).Desde muito cedo a criança pequena entra no espaço-tempo da forma como oorganizamos em nossa sociedade (Eisenberg, 2009). Quando ingressa na creche se1 Este artigo representa dados iniciais de um projeto maior sendo realizado no Município de Vassouras. Apesquisa é financiada pelo Edital Apoio à Melhoria do Ensino em Escolas Públicas Sediadas no Rio deJaneiro– 2009, número do processo E-26/110.040/2010 da Faperj, sob a coordenação de Zena Eisenberg eem colaboração com a Equipe de Educação em Ciências do Museu de Astronomia e Ciências Afins/MCTdo Rio de Janeiro.

2depara com uma rotina previsível e regular, o que permite que extraia daí noções detempo que usará para se manter segura e com algum controle do seu mundo. Porexemplo, a criança que entende que a mãe virá buscá-la depois da sopa encontra nestacerteza segurança para aproveitar seu dia na creche sem se angustiar com aquelaincerteza que as crianças menores enfrentam.Friedman (2000) nos mostra que aos quatro anos a criança compreende aorganização dos eventos numa linha temporal. Ele argumenta, junto com outros (Sachs,1979) que a criança constrói a noção gradativamente, partindo do aqui e agora eampliando para o “então” ou “depois”. Este desenvolvimento se dá de formaassimétrica, pois o passado é compreendido de forma mais rápida que o futuro. Assim, acriança aprende sobre agora, daqui a pouco, já acabou para mais tarde compreender oamanhã, ontem, dois dias atrás, daqui a uma semana e assim por diante. Estedesenvolvimento começa já dentro do útero da mãe, detectando seus ritmos circadianose continua até a criança atingir seus 9 ou 10 anos.Nelson (1996) faz um apanhado do desenvolvimento do tempo na psicologianorte-americana. Ela argumenta que a criança extrai conceitos temporais de suaexperiência diária com eventos. Os eventos contêm uma seqüência lógica e temporal daqual a criança pode apreender noções de ordem, simultaneidade e duração. Ademais, elavive rotinas que se repetem no dia-a-dia e a auxiliam a prever o futuro e a contar opassado, na medida em que servem de esqueleto para estruturar suas experiências.Assim, as rotinas permitem que a criança direcione sua atenção para o que há denovidade no dia.Argumentamos aqui que a pesquisa nesta área pode contribuir para umaprofundamento teórico e metodológico nas práticas pedagógica do uso do tempo naescola. O Tempo é um conceito que atravessa diversas disciplinas do EnsinoFundamental. Podemos ver seu uso na Matemática, nas Ciências e na História.O Tempo e sua interdisciplinaridadeBuscaremos através desta pesquisa entender que lugar o tempo e os conceitostemporais ocupam no Ensino Fundamental. Na educação infantil, encontra-se maisinteresse no uso do tempo no que se refere à organização do cotidiano infantil na crechee pré-escola. Por exemplo, Oliveira e outras (Oliveira, Mello, Vitória, & Rossetti-Ferreira, 2005) assim como Craidy e Kaercher (2001) discutem os diferentes tempos –biológico, histórico e psicológico – na educação infantil. Há o tempo que respeita a

3individualidade de criança (biológico e psicológico) e há o tempo que uniformiza ascrianças como um grupo que deve comportar-se da mesma forma ao mesmo tempo(com horário para dormir, acordar, comer e brincar, por exemplo). O tempo históricotambém é discutido como algo que não é levado em conta na realidade educacional. Elesó aparece nas comemorações de feriados nacionais e dias simbólicos. Além dessasdatas, as crianças na creche e pré-escola frequentemente vivem uma realidade estéril:“asocial” e anistórica. Em pesquisa recente Eisenberg & Lemos (2009) mostrou queeducadores usam estratégias intuitivas e assistemáticas para lidar com questõestemporais postas por suas crianças – quanto tempo cada um terá com o brinquedo, quehoras mamãe vem me buscar, e assim por diante.Com relação à divisão do tempo na escola, Souza e Borges (2002) mostramcomo o dia da criança é segmentado de forma a se preencher cada minuto com umaatividade que a mantenha longe do ócio. A ênfase reside, portanto na produtividade e nabusca constante e ansiosa do conhecimento. Outros exemplos mostram umapreocupação com o uso do tempo no cotidiano e na ausência do tempo histórico-culturalna escola. Assim, torna-se evidente uma carência de um aprofundamento na psicologia ena educação nessa área da construção de conceitos temporais no Ensino Fundamental.MetodologiaA pesquisa, que teve início em maio de 2010 e, ainda está em andamento foirealizada em duas escolas municipais da cidade de Vassouras (Escola A e Escola B)envolvendo alunos e professores de 2º ao 5º anos do Ensino Fundamental. Tanto naEscola A quanto na Escola B são quatro as professoras participantes do Projeto, porém,na Escola B, uma dessas professoras leciona em duas turmas, no 4º ano e no 5º ano. Deacordo com a Secretaria Municipal de Educação de Vassouras, que nos enviou aquantidade de alunos por turma e por escola, a Escola A possui no 2º ano 14 alunos, no3º ano 15, no 4º ano 23 e no 5º ano 19, obtendo um total de 71 alunos. Enquanto isso, aEscola B possui no 2º ano 17 alunos, no 3º ano 20, no 4º a ano 17, no 4º b ano 14 e no 5ºano 21, obtendo um total de 89 alunos. Devido a questões metodológicas foi necessárioexcluir as turmas do 1º ano do Ensino Fundamental, uma vez que a avaliação temporalrequer que as crianças estejam todas alfabetizadas.O principal objetivo do Projeto é fornecer um campo de formação aosprofessores desses anos iniciais com relação aos conceitos temporais, que pode serconsiderado com um dos temas mais recorrentes nos currículos desta etapa de ensino e,

4que, além disso, se articula com diferentes áreas do conhecimento. Dessa forma, oProjeto busca propor a discussão do tempo na educação como conceitos em formaçãoque têm impacto direto em diversas áreas de conhecimento; avaliar o conhecimentotemporal de crianças do Ensino Fundamental; avaliar o conteúdo temporal dos livrosdidáticos selecionados pelo PNLD e adotados nas escolas participantes; identificarestratégias utilizadas pelas professoras de 2º ao 5º ano para ensinar conceitos temporaise História em sala; propor um trabalho de formação direcionado ao conhecimento sobreo tempo; avaliar o impacto deste trabalho na prática em sala; e estreitar o diálogo entre apsicologia do desenvolvimento e a educação, focando o conteúdo das disciplinas doEnsino Fundamental.Os resultados apresentados aqui referem-se à análise temporal feita a partir doslivros didáticos de ambas as escolas. A Secretaria Municipal de Vassouras cedeu umexemplar de cada livro didático requisitado do ano anterior à pesquisa assim como osatuais para nossa análise. Obtivemos no total dezenove livros didáticos referentes àsdisciplinas de Geografia, História, Matemática e Ciências. Estes foram analisados deacordo com o ano/série e disciplina, não havendo desta forma uma categorização porescola, uma vez que os livros adotados eram os mesmos (ver lista dos livros em anexo).No entanto, os livros de Geografia disponibilizados foram os do 3º e 4º anos do EnsinoFundamental. (Tabela 1)Os resultados são discutidos tendo em vista as diferenças encontradas nos tiposde conceitos, dentro da perspectiva de Vygotsky (1986), que trata sobre odesenvolvimento de conceitos e significados de palavras, argumentando que osconceitos cotidianos dialogam com os científicos enquanto o primeiro informa eorganiza o segundo.Percebemos com essa análise que estão mais presentes os conceitos construídospelo homem e que são transmitidos culturalmente do que aqueles os conceitos que ascrianças estão mais habituadas em seu dia-a-dia, e que lhe ajudam a construir sua rotinae percepção de tempo.Em nosso estudo buscamos verificar se há diferença entre as disciplinas e osanos escolares no uso de conceitos temporais. Buscamos também comparar os conceitoscientíficos com os conceitos cotidianos, além de analisar quais tipos de conceitos sãomais trabalhados nas diferentes disciplinas.Análise dos livros didáticos

5Os 19 livros foram analisados por duas pesquisadoras. A unidade de análise foicada página dos livros. A contagem desses códigos foi feita por página, desta formamesmo que um código aparecesse mais de uma vez em uma mesma página ele foicontado apenas uma vez. Nas páginas, identificamos termos e conteúdos temporais.Estes foram todos marcados em uma parcela dos livros até esgotar a variedade decódigos encontrados. Em seguida, elaboramos um manual de códigos, para ser aplicadono restante dos livros coletados (ver manual em anexo). Toda a codificação foi feita poruma pesquisadora e conferida pela outra.O manual possui 27 códigos, sendo estes: ano, calendário, ciclo da vida, data,década, dias, dias da semana, estações do ano, evento temporal, História, horas, idade,linha do tempo, localização no tempo/cotidiano, meses, milênio, minuto, passagem detempo, prazo de validade, relógio, rotação/translação, rotina, século, segundos, semana,sequenciamento e xxx anos atrás. Os livros de historia foram analisados de formadiferenciada, por tratarem sempre eventos no tempo não faria sentido analisarmospalavras temporais. Portanto, foram analisados nesta disciplina os códigos ano, data,linha do tempo, localização no tempo, passagem do tempo, século, sequenciamento exxx anos atrás.No decorrer da analise percebemos que havia livros antigos de algumas matériase ocorreram mudanças não só no conteúdo como também nas marcações. Pudemosentão compará-los com os livros novos.Desta forma, notamos que no livro do 3º ano de Ciências utilizado antes havia128 marcações, apresentando mais marcações de passagem de tempo, localizaçãotemporal, estação do ano, ciclo da vida, minuto, rotina e evento temporal. O livro atualtem apenas 98 páginas marcadas e traz mais semana e idade.Um dos livros do 3º ano de História possui 176 marcações enquanto o outrolivro tem 143 páginas marcadas. O primeiro é do Projeto Pitanguá 2008 e apresentamais marcações de ano, localização no tempo, passagem de tempo e xxx anos atrás. Já osegundo livro é do Projeto Buriti e contém mais data, sequenciamento e século.No 4º ano, um dos livros de História possui 225 marcações enquanto o outrolivro tem 88 páginas marcadas. O primeiro é do Projeto Pitanguá 2008 e possui maismarcações de ano, data, linha do tempo, localização no tempo, passagem de tempo,século e xxx anos atrás. Já o segundo livro é do Projeto Buriti e não contem nenhumamarcação a mais que o primeiro.

6O livro utilizado antes para o 3º ano em Matemática havia 207 marcações,apresentando mais marcações de: ano, dias, horas, idade, meses, minuto, passagem detempo, relógio, rotação/translação, rotina, semana e evento temporal. O livro atual tem131 páginas marcadas e apresenta mais linha do tempo, segundos e seqüenciamento.O livro antigo utilizado pelo 4º ano em Matemática havia 96 marcações, nãoapresentando mudanças relevantes em relação ao livro utilizado atualmente. O livroatual tem 181 páginas marcadas e apresenta mais: ano, década, dias, estações do ano,linha do tempo, localização no tempo, meses, minuto, relógio, rotina, segundos,seqüenciamento e evento temporal.Percebemos que os livros do 3º ano antigo e 4° ano atual de Ciênciasapresentam algumas páginas com o mesmo conteúdo, porém as marcações feitas emtodo livro se apresentam de forma diferente, o mesmo pode ser observado nos livros do3º ano antigo e 5º ano atual de Ciências. Ou seja, as matérias que eram do 3º anopassaram alguns conteúdos para o 4º ano e outros conteúdos para o 5º ano.Com a mudança de livros notamos que os conceitos temporais em geralaparecem em menor frequência e, portanto, perde-se o conteúdo.ResultadosAnálise GeralCom base na codificação dos livros didáticos, pudemos perceber que os temasmais tratados nos livros são referentes aos conceitos científicos totalizando 1.669ocorrências (ver Gráfico 1).No geral, os conceitos científicos se sobressaem mais do que os conceitoscotidianos, principalmente na disciplina de Matemática. Apenas em História hádestaque dos conceitos cotidianos em alguns livros escolares (Gráfico 2).Os códigos referentes a conceitos temporais científicos são os mais frequentesnos livros didáticos. Dentre eles, divisões do tempo em anos, dias, meses e horas, com554, 230, 134 e 130 marcações, respectivamente (Tabela 2).Os conceitos cotidianos foram divididos em: localização temporal com 609 erotina 65, somando um total de 674 (Tabela 3).Os conceitos menos frequentes estão relacionados a divisões mais abstratas dotempo, como séculos com 89 marcações, data com 66, minutos com 61, semana com 56,dias da semana com 46, segundos com 14, década com 8 e milênio com 4.

7Em relação a artefatos temporais pudemos notar que só foram utilizados ocalendário em 30 páginas e o relógio em 37, em contraponto aos marcadores doscódigos relacionados a estes artefatos.Os temas menos tratados nos livros estão relacionados às estações do ano com20 marcações, rotação/translação com 9, década com 8 e milênio com apenas 4.Análise por DisciplinaEm Ciências há predomínio de conceitos científicos, de forma que notamos umprogresso ao longo dos anos escolares. Este progresso também está presente nosconceitos cotidianos (Gráfico 3).Já nos livros de História nos anos iniciais há uma maior incidência de casos deconceitos cotidianos enquanto nos dois últimos anos é maior o caso de conceitoscientíficos. Percebemos que enquanto os conceitos científicos evoluem de acordo comos anos escolares, os conceitos cotidianos regridem (Gráfico 4).Nos livros de Geografia do terceiro ano os conceitos cotidianos se equiparamaos científicos, porém no quarto ano os conceitos científicos voltam a aparecer mais(Gráfico 5).Os livros de Matemática têm predomínio de marcações dos conceitoscientíficos dos anos iniciais até os anos finais. No terceiro ano podemos verificar que hámaior incidência deste tipo de código (Gráfico 6).No geral, há uma grande diferença nestas categorias, seguindo a mesma ordemcom uma diferença acentuada dos conceitos científicos para os coditianos, exceto noslivros de História e apenas em um de Geografia.Em relação aos conceitos cotidianos, vemos que em História as referênciascotidianas a localização do tempo caem em frequência quanto maior o ano, em Ciênciase Geografia aumentam, já em Matemática se mantêm igual.Análise por anoNo segundo ano, vimos que em Matemática há uma maior incidência deconceitos científicos seguido de Ciências, já em História os conceitos cotidianos sãomais frequêntes (Gráfico 7).No terceiro ano, há mais casos de conceitos científicos, exceto em História ondeos conceitos coditianos incidem mais e em Geografia onde se igualam (Gráfico 8).

8No quarto ano, assim como nos demais, os conceitos científicos se destacam.Apenas em um dos livros de História percemos uma diferença menor entre os conceitoscientíficos e cotidianos (Gráfico 9).No quinto ano, prevalecem os conceitos científicos em todas disciplinas.De forma comparativa, notamos que nos livros do segundo e do quinto ano háuma menor frequência das marcações, mesmo dos conceitos científicos. Por outro lado,parece haver mais conceitos científicos no terceiro e quarto anos, principalmente nasdisciplinas de: Ciências, História, Geografia. Já Matemática, não mostra umaprogressão clara.DiscussãoO objetivo deste artigo era fazer uma exploração do conteúdo temporal doslivros didáticos usados no Ensino Fundamental do ensino público de Vassouras. Vimosnos resultados que, como era de se esperar, a presença de conceitos temporaiscientíficos predominou sobre conceitos de rotina, que são aqueles com os quais criançasmenores estão lidando. Enquanto as crianças menores estão organizando conceitoscomo partes do dia, ordem dos eventos em sua rotina, as maiores, já podem sepreocupar com conceitos mais complexos, como ano, mês, datas e assim por diante. Poroutro lado, conceitos mais avançados, como século, década e milênio, aparecem menospara crianças destes anos de formação. Isto demonstra uma sensibilidade dos livrosescolhidos pelo município para com o desenvolvimento das crianças e de seuconhecimento temporal.Vimos também que, com exceção da Matemática, nas demais disciplinas o usode conceitos científicos aumenta com os anos. Ainda assim, o maior uso de conceitoscientíficos comparados com cotidianos no 2º ano não é de se esperar, já que estascrianças estão apenas começando a lidar com estes conceitos.Já no que concerne conceitos relacionados à astronomia, como estações do ano,movimento de rotação e translação da terra, vimos uma incidência pequena nos livrosdidáticos. Isto pode ser explicado pelo fato destes conceitos serem difíceis até paraadultos, pois requerem uma coordenação mental de espaço e tempo mais sofisticadaalém de muito mais abstrata.

9Referências BibliográficasBronfenbrenner, U. (1979). The ecology of human development : experiments by natureand design. Cambridge, Mass.: Harvard University Press.Craidy, C., & Kaercher, G. E. (Eds.). (2001). Educação infantil: pra que te quero? .Porto Alegre: Artmed.Eisenberg, Z. W., & Lemos, G. R. (2009). Minha rotina é o meu relógio. In:Friedman, W. J. (2000). The development of children's knowledge of the times of futureevents. Child Development, 71, 913-932.Nelson, K. (1996). Language in cognitive development: The emergence of the mediatedmind. New York: Cambridge University Press.Oliveira, Z. d. M., Mello, A. M., Vitória, T., & Rossetti-Ferreira, M. C. (2005).Creches: crianças, faz de conta & cia. (13a ed.). Petrópolis: Vozes.Oyama, S. (1993). The problem of change. In M. H. Johnson (Ed.), Brain developmentand cognition : a reader (pp. 19-30). Oxford: Blackwell.Souza, R. C. d., Borges, M. F. S. T., & (orgs) (Eds.). (2002). A práxis na formação deeducadores infantis. Rio de Janeiro: DP&A.Turkewitz, G., & Devenny, D. A. (Eds.). (1993). Developmental Time and Timing.Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates.Vygotsky, L. S. (1986). Thought and Language. Cambridge: MIT Press.

10Tabela 1Livro/Disciplina Ano QuantidadeCiências 2º3º4º5º1211Geografia 3º4º11História 2º3º4º5º1221Matemática 2º3º4º5º1221

11Tabela 2Frequência de códigos referentes a Conceitos CientíficosConceitos Científicos Número de páginascodificadasAno 554Dias 230Meses 134Horas 113Século 89Ciclo da vida 73Idade 69Data 66Minuto 61Semana 56História 49Dias da semana 46Relógio 37Calendário 30Estações do ano 20Segundos 14Rotação/Translação 9Década 8Prazo de validade 7Milênio 4Total 1669

12Tabela 3Frequência de códigos referentes a Conceitos CotidianosConceitos Cotidianos Número de páginascodificadasLocalização no tempo 609Rotina 65Total 674

13Gráfico 1Frequência geral dos conceitos científicos e cotidianos.

14Gráfico 2Tabela geral de frequência de conceitos cotidianos e científicos por Disciplina e ano.Legenda:¹ Projeto Pitanguá 2008² Projeto Buriti³ Coleção A conquista da Matemática: a+novinha

⁴ Projeto Pitanguá 200515

16Gráfico 3Evolução do uso de conceitos científicos e cotidianos através dos anos de livros deCiências

17Gráfico 4Evolução do uso de conceitos científicos e cotidianos através dos anos de livros deHistória

18Gráfico 5Evolução do uso de conceitos científicos e cotidianos através dos anos de livros deGeografia

19Gráfico 6Evolução do uso de conceitos científicos e cotidianos através dos anos de livros deMatemática

20Gráfico 7Evolução do uso de conceitos científicos e cotidianos através das disciplinas nosegundo ano

21Gráfico 8Evolução do uso de conceitos científicos e cotidianos através das disciplinas no terceiroano

22Gráfico 9Evolução do uso de conceitos científicos e cotidianos através das disciplinas no quartoano

23Gráfico 10Evolução do uso de conceitos científicos e cotidianos através das disciplinas no quintoano

24Anexo A:Lista dos livros analisadosLivro 2° ano de Ciências: Projeto Pintaguá - Ciências - Organizadora EditoraModerna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;Editor Responsável José Luiz Carvalho da Cruz.- 2ª.ed.- São Paulo: Moderna, 2008Livro 2° ano de História: Projeto Buriti - História - Organizadora Editora Moderna;obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; EditorResponsável Cesar da Costa Junior; 1ª.ed.- São Paulo: Moderna, 2007Livro 2° ano de Matemática: Projeto Buriti - Matemática - Organizadora EditoraModerna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;Editoras Responsáveis Maria Virgília Gastaldi, Mara Regina Garcia Gay.- 1ª. ed.- SãoPaulo: Moderna, 2007Livro 3° ano de Ciências: Projeto Pitanguá - Ciências - Organizadora EditoraModerna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;Editor Responsável José Luiz Carvalho da Cruz.- 1ª.ed.- São Paulo: Moderna, 2005Livro 3° ano de Ciências: Projeto Pitanguá - Ciências - Organizadora EditoraModerna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;Editor Responsável José Luiz Carvalho da Cruz.- 2ª.ed.- São Paulo: Moderna, 2008Livro 3° ano de Geografia: Projeto Pintanguá - Geografia - Organizadora Moderna;obra coletiva concebida,desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; EditoraResponsável Virginia Aoki.-1.ed.- São Paulo : Moderna,2005.Livro 3° ano de História: Projeto Buriti - História - Organizadora Editora Moderna;obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; EditorResponsável Cesar da Costa Junior; 1ª.ed.- São Paulo: Moderna, 2007Livro 3° ano de História: Projeto Pintanguá - História - Organizadora EditoraModerna;obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;Editora Responsável Maria Raquel Apolinário.- 1. ed.- São Paulo: Moderna, 2005Livro 3° ano de Matemática: Giovanni, José Ruy, 1937- A conquista daMatemática: a + novinha - Gionanni, Giovanni Jr. - 1. ed.- São Paulo: FTD, 2005. -(Coleção a conquista da Matemática: a + novinha)Livro 3° ano de Matematica: Projeto Buriti - Matemática - Organizadora EditoraModerna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;Editora Responsável Mara Regina Garcia Gay.- 1ª. ed.- São Paulo: Moderna, 2007

25Livro 4° ano de Ciências: Projeto Pitanguá - Ciências - Organizadora EditoraModerna;obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;Editor responsável José Luiz Carvalho da Cruz- 2. ed.- São Paulo : Moderna,2008Livro 4° ano de Geografia: Projeto Pitanguá - Geografia - Organizadora EditoraModerna; obra concebida,desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; Editoraresponsável Virginia Aoki.- 1. ed.- São Paulo: Moderna,2005Livro 4° ano de História: Projeto Buriti - História - Organizadora Editora Moderna;obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; EditorResponsável Cesar da Costa Junior; 1ª.ed.- São Paulo: Moderna, 2007Livro 4° ano de História: Projeto Pitanguá - História - Organizadora EditoraModerna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;Editor Responsável Maria Raquel Apolinário; 1ª.ed.- São Paulo: Moderna, 2005Livro 4° ano de Matematica: Giovanni, José Ruy, 1937- A conquista daMatemática: a + novinha - Gionanni, Giovanni Jr. - 1. ed.- São Paulo: FTD, 2005. -(Coleção a conquista da Matemática: a + novinha)Livro 4° ano de Matemática: Projeto Buriti -Matemática - Organizadora EditoraModerna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;Editora Responsável Mara Regina Garcia Gay.- 1ª. ed.- São Paulo: Moderna, 2007Livro 5° ano de Ciências: Projeto Pitanguá - Ciências - Organizadora EditoraModerna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;Editor Responsável José Luiz Carvalho da Cruz; 2ª.ed.- São Paulo: Moderna, 2008Livro 5° ano de História: Projeto Buriti - História - Organizadora Editora Moderna;obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; EditorResponsável Cesar da Costa Junior 1ª.ed.- São Paulo: Moderna, 2007Livro 5° ano de Matemática: Projeto Buriti -Matemática - Organizadora EditoraModerna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna;Editora Responsável Mara Regina Garcia Gay.- 1ª. ed.- São Paulo: Moderna, 2007

26Anexo BManual de Códigos dos Livros DidáticosOs códigos apresentados são referentes aos livros do 2° ao 5° ano de Ciências,Geografia, História e Matemática das duas escolas de Vassouras. A contagemrealizada foi feita por página, logo, algumas páginas podem conter mais de um código,porém este não foi levado em consideração. Quando encontramos uma expressão quecontenha, por exemplo, 13 horas 35 minutos e 15 segundos, classificamos de formaseparada “Hora”, “Minuto” e “Segundo”. Nos livros de História quando apareciam, porexemplo, 450 anos atrás este foi atribuído ao código “XXX anos atrás”, que foi adotadosomente nestes livros, e não ao código “Ano”. O código “História” apenas foi adotadonos livros de Ciências, Geografia e Matemática.Ano = quando surge ano, mas sem considerar mês e/ou dia (1998, em 1 ano, daqui 5anos, no ano de 2009, etc.).Não foi considerado ano quando aparecia como referênciade foto.Calendário = informações sobre bimestre, semestre, trimestre, ano bissexto, e tambémao surgir a imagem de um calendário.Ciclo da vida = quando surge ciclo da vida (como reprodução humana, crescimento [“oque é crescer?”]).Data = quando surge data, mas apenas aquelas que tenham dia, mês e ano (21/12/2008,07 de Julho de 2010, etc.).Década = quando surge década (na década de 1980, na década de 50, etc.).Dias = quando surge dia, como unidade e não como período do dia (12 dias, em um dia,etc.).Dias da semana = quando surge dia da semana (segunda-feira, na 5ª feira, etc.).Estações do ano = quando surgem estações do ano (no outono, na primavera, etc.).Evento Temporal = datas ou eventos que ocorrem em datas específicas (férias,carnaval, ano novo,etc)História = quando surge História (da cidade, município, país e mundo [como, porexemplo, “Descobrimento do Brasil”, “Os povos que vieram da África”, etc.],transformações na/da sociedade, etc.).Horas = quando surge hora (às 14 horas, em 2 horas, etc.).Idade = quando surge ano representando idade (com 1 ano Flávia ... , aos 12 anos, etc.).

27Linha do tempo = quando surge linha do tempo (pode ser a imagem de uma linha dotempo, um gráfico com dados montando linha do tempo, etc.).Localização no tempo/Cotidiano = quando surgem palavras ou expressões que passema idéia de tempo, posicionando a criança nessas passagens (manhã, tarde, noite, dia[quando se refere ao período matinal], ontem, hoje, amanhã, ao longo do tempo,atualmente, nessa/naquela época, com o passar do tempo, etc.).Meses = quando surge mês (nos meses seguintes, em Agosto, etc.).Milênio = quando surge milênio (no milênio...).Minuto = quando surge minuto (30 minutos depois, 15 minutos, etc.).Passagem de tempo = quando apresenta comparação de imagens antigas e novas de ummesmo lugar ou de um mesmo objeto (como por exemplo, um relógio de bolso e umrelógio digital).Prazo de Validade = apenas encontrado em dois livros de Matemática, este código serefere a paginas que trazem textos e/ou questões sobre prazo de validade, explicando-ocitando meses e anos, mas não relatando data.Relógio = quando surge a imagem de um relógio.Rotação/Translação = quando surgem movimentos da Terra de Rotação e Translação.Rotina = quando surge rotina (da vida nos municípios, nas cidades, rotina do dia-a-dia,como por exemplo, a hora de dormir, de comer e quando surge a palavra dia-a-dia).Século = quando surge século (no século passado, no século XX, etc.).Segundos = quando surge segundo (3 segundos, após 15 segundos, etc.).Semanas = quando surge semana (3 semanas, na semana anterior, na próxima semana,etc.).Sequenciamento = quando surgem imagens que passem a concepção de seqüência, sejacom ações ou mudanças da imagem.XXX anos atrás = quando surgem referências de anos passados, utilizando-se daexpressão “XXX anos atrás” (somente observado em historia).