* Não há estudos controlados randomizados* 2 estudos prospectivos não controlados* 1 estudos retrospectivos não controlados* 2 relatos <strong>de</strong> casoA busca atualizada em maio <strong>de</strong> 2012 encontrou mais:* Continuam não existindo estudos controlados randomizados concluídos* 4 estudos prospectivos não controlados* 3 estudos retrospectivos não controlados* relatos <strong>de</strong> casoAnálise das EvidênciasHá escasso material publicado <strong>para</strong> a avaliação do stent <strong>Silk</strong>.Nos Estados Unidos este dispositivo não tem aprovação pelo Food and DrugAdministration (FDA). Há um estudo clínico em andamento, registrado no US NationalInstitutes of Health que iniciou-se em março/2010 (ClinicalTrials.gov I<strong>de</strong>ntifier:NCT01084681). O mesmo irá com<strong>para</strong>r a performance clínica do <strong>Silk</strong> com o <strong>tratamento</strong>endovascular com micromolas. O estudo está recrutando pacientes e não tem prazoprevisto <strong>para</strong> publicação.Estudos clínicos com o <strong>Silk</strong>, todos <strong>de</strong> muito baixo nível <strong>de</strong> evidência, começaram a serdivulgados no PubMed a partir <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2010.O primeiro estudo é um relato <strong>de</strong> complicação fatal pelo uso do SIlk com uma senhora<strong>de</strong> 69 anos submetida a <strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> aneurisma intracraniano com o dispositivo. Oresultado, inicialmente excelente do ponto <strong>de</strong> vista clínico e radiológico, culminou coma morte da paciente numa hemorragia intracraniana fatal no 20o dia <strong>de</strong> pós-operatório.(1)Outro estudo avaliou retrospectivamente 12 pacientes portadores <strong>de</strong> aneurisma daartéria basilar. Os pacientes não eram <strong>de</strong> forma alguma homogêneos: o autor incluiutanto <strong>aneurismas</strong> rotos e não rotos, pacientes previamente tratados e virgens <strong>de</strong><strong>tratamento</strong>, alem <strong>de</strong> <strong>aneurismas</strong> recidivados. Houve uma complicação aguda (obstruçãoda artéria basilar poucas horas após o implante do stent) e muitas outras complicaçõestardias <strong>de</strong> natureza isquêmica. Pela alta taxa <strong>de</strong> complicações, o autor preconiza o usodo stent apenas em casos intratáveis por outras técnicas. (2)Um relato <strong>de</strong> casos on<strong>de</strong> o <strong>Silk</strong> foi usado em <strong>aneurismas</strong> pequenos (
ifurcação da basilar. Um dos casos cursou com complicação tromboembólica revertidaque exigiu novo procedimento invasivo <strong>para</strong> administração <strong>de</strong> tirofiban intraarterial. Otrabalho não reporta os resultados clínicos do procedimento. (3)Em outubro/2010, Lubicz publicou o primeiro estudo prospectivo com 34 pacientesportadores <strong>de</strong> <strong>aneurismas</strong> <strong>intracranianos</strong> não rotos <strong>de</strong> conformação fusiforme ousaculares <strong>de</strong> colo largo. A curto prazo i<strong>de</strong>ntificou-se falha técnica no dispositivo <strong>de</strong>liberação do stent em 3 pacientes e 4% <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>. Houve 15% <strong>de</strong> complicações,<strong>de</strong>ntre as quais: migração do stent, eventos tromboembólicos, aumento do efeito <strong>de</strong>massa comprimindo estruturas adjacentes. Em 24 pacientes o quadro clínico nãoapresentou nenhuma melhora. Apenas 2 pacientes tiveram melhora dos sintomas e, em4 <strong>de</strong>les, houve piora clínica. Os maus resultados clínicos ocorreram mesmo nospacientes que tinham bom aspecto angiográfico das lesões. Após 6 meses, houveestenose arterial em 33% dos casos. Não há resultados <strong>de</strong>scritos a longo prazo. (4)A maior série <strong>de</strong> casos foi publicada também neste último mês <strong>de</strong> outubro/2010 e alegaser prospectiva, com dados coletados <strong>de</strong> 70 pacientes em vários centros médicos através<strong>de</strong> formulários. Os stents foram implantados em pacientes assintomáticos (43%),sintomáticos com ou sem déficits leves (44%) e com déficits mo<strong>de</strong>rados-graves (13%).63% dos <strong>aneurismas</strong> eram saculares e, os restantes 37%, fusiformes. Tanto <strong>aneurismas</strong>rotos quanto não rotos foram incluídos na análise. Em 10% dos pacientes houvenecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong> com micromolas em adição ao stent. Temos, portanto, outrasérie <strong>de</strong> pacientes bastante heterogênea. Quanto aos resultados, em 4% dos pacienteshouve falha técnica impedindo a realização do procedimento e em outros 4% houvenecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reintervenção <strong>de</strong>vido a problemas relacionados ao dispositivo. Durante oprocedimento, houve problemas em 28% dos casos, como por exemplo: trombosearterial, expansão ou posicionamento ina<strong>de</strong>quado do stent, migração do stent,hemorragias extracranianas, etc. Um paciente piorou nas primeiras 48horas comhemiplegia permanente e apenas dois melhoraram. O seguimento dos <strong>de</strong>mais pacientesfoi curto e variável, com cinco pacientes com piora clínica e 4 mortes. Em 28% dospacientes houve perda <strong>de</strong> seguimento, impedindo a avaliação fi<strong>de</strong>digna dos resultados.Na discussão, o autor comenta a alta taxa <strong>de</strong> complicações e o risco <strong>de</strong> pacientes comalto risco <strong>de</strong> hemorragia usando fármacos anticoagulantes <strong>para</strong> viabilizar a patência dostent. Os autores concluem que são necessários mais estudos <strong>para</strong> <strong>de</strong>finir o real papel dostent <strong>Silk</strong> no <strong>tratamento</strong> endovascular dos <strong>aneurismas</strong> <strong>intracranianos</strong> e que é muito cedo<strong>para</strong> tirar conclusões a seu respeito. Este estudo foi patrocinado pelo fabricante. (5)Gui<strong>de</strong>linesA American Heart Association publicou recentemente diretrizes sobre o <strong>tratamento</strong>endovascular <strong>de</strong> <strong>aneurismas</strong> cerebrais. Consta nestas diretrizes que o uso <strong>de</strong> stents coma finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> excluir o aneurisma da circulação ainda permanece em âmbitoinvestivacional. (6)Outros documentos relevantesEncontramos no site do Irish Medicines Board e outros sites governamentais no ReinoUnido advertências sobre a ocorrência <strong>de</strong> diversas mortes relacionadas ao implante dostent <strong>Silk</strong> ocorridas entre 5 e 150 dias da colocação do implante. O fabricante divulgou