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<strong>Jornal</strong>DE LEIRIANúmero<strong>de</strong> jovensagricultoresmultiplicou poroito em 5 anosPrémio ÑH9<strong>Jornal</strong> commelhor <strong>de</strong>signda PenínsulaIbéricaSemanário RegionalDirector <strong>de</strong> MéritoJosé Ribeiro VieiraDirector João NazárioAno XXVIIIEdição 1520Quinta-feira, 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013€ 1,00www.jornal<strong>de</strong>leiria.ptPUBLICIDADERICARDO GRAÇACrescimento É caso para dizer que osjovens portugueses se <strong>de</strong>dicam cadavez mais à agricultura. Actualmentesão cerca <strong>de</strong> oito mil, quando em 2008não passavam o milhar SuplementoActual presi<strong>de</strong>nte refuta acusaçõesÁlvaro Pereira quis impugnarmovimentos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesna Marinha Gran<strong>de</strong>Revista nesta ediçãoDistrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>assume-se como<strong>de</strong>stino turísticopara todosos gostos56 Páginas❚ O presi<strong>de</strong>nte da Câmara da MarinhaGran<strong>de</strong> e candidato do PS às eleiçõesautárquicas, Álvaro Pereira, interpeloua juíza que li<strong>de</strong>rou o sorteio daslistas candidatas, questionando-asobre os prazos e medidas <strong>de</strong> impugnação.Uma vez que se encontravana sala apenas a assistir, a magistradaor<strong>de</strong>nou silêncio. O autarcanega a situação ao JORNAL DE LEI-RIA, mas outros presentes em tribunalgarantiram que a situação aconteceue foi até surpreen<strong>de</strong>nte. Pág. 12Utentes indignadosCentro HospitalarOeste acusado<strong>de</strong> <strong>de</strong>smantelarhospital<strong>de</strong> AlcobaçaPág. 10O que ganham (e per<strong>de</strong>m)os alunos comos trabalhos <strong>de</strong> casa?❚ Pais, docentes e especialistasdivi<strong>de</strong>m-se quanto à importânciados trabalhos para casa (TPC).Segundo um estudo, os alunosportugueses com 15 anos são dosque mais pressão dos trabalhos <strong>de</strong>casa sentem, sendo ultrapassadosapenas pelos jovens da Turquia.Se os TPC servem para consolidara matéria das aulas e ajudara estudar, também po<strong>de</strong>m sermais uma tarefa no já longo horário<strong>de</strong> trabalho diário escolar, on<strong>de</strong>entram ainda as activida<strong>de</strong>s extra--curriculares. Págs. 4/ 6PUBLICIDADE


2 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013RadarOs intelectuais estão em vias <strong>de</strong>extinçãoVasco Graça Moura, escritor, iSe queremos ter uma carreiralonga, com relevância artística,não po<strong>de</strong>mos lançar discos todosos anosAlex Kapranos, vocalista dos FranzFerdinand, VisãoComentário enigmático João dos SantosOlho clínicoCarlos MatosAo fim <strong>de</strong> quatro ediçõesdo festival Entremuralhas,<strong>Leiria</strong> alcançou, indiscutivelmente,o estatuto <strong>de</strong> capital góticanacional. A “culpa” é da Fa<strong>de</strong>In - Associação <strong>de</strong> Acção Cultural,presidida por Carlos Matos,que organiza este evento alternativoúnico no Mundo, e que aolongo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma décadatem sabido levar a uma cida<strong>de</strong>,fora <strong>de</strong> Lisboa e Porto, artistasconsagrados e espectáculos quemarcam pela qualida<strong>de</strong>Paulo PintoA La Redoute, loja online<strong>de</strong> moda e <strong>de</strong>coração cominstalações na Barosa, concentrouas operações ibéricas emPortugal, passando a ter em <strong>Leiria</strong>o centro <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. PauloPinto, que até agora ocupa o cargo<strong>de</strong> director-geral da La RedoutePortugal, torna-se agora onovo presi<strong>de</strong>nte executivo paraPortugal e Espanha. Esta <strong>de</strong>cisãoreflecte o excelente trabalho realizadopela equipa <strong>de</strong> colaboradoresportugueses que Paulo Pintotem vindo a conduzir.Vítor PontesO treinador <strong>de</strong> Amor está acausar sensação em Moçambique.Com uma equipa <strong>de</strong> futeboldo interior do país <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>sem um café ou restaurante,Vítor Pontes faz das fraquezas forçase li<strong>de</strong>ra, à 15.ª jornada, o Moçambola.Terá agora <strong>de</strong> se <strong>de</strong>sviardas armadilhas que, com toda acerteza, lhe colocarão.Passado e FuturoFogos FlorestaisOs fogos florestais, que durante o verão fazem aabertura dos telejornais com a mesmanaturalida<strong>de</strong> com que as andorinhas fazem aprimavera, constituem porventura o exemplomais gritante e esclarecedor das causas do atrasoportuguês. Porque se ano após ano se <strong>de</strong>sperdiçamvidas humanas – já três mortes este ano - e se gastamverbas astronómicas no combate aos fogos semnenhum sucesso, como po<strong>de</strong>m os portugueses esperarque os governantes resolvam bem todos os outrosproblemas, alguns bastante mais complexos, com que aNação se confronta? Verda<strong>de</strong>iramente, nesta questãodos incêndios, a única coisa que muda em cada ano é aretórica ministerial. Nuns anos são os acessos difíceis,noutros o verão anormalmente quente, noutros ainda afalta <strong>de</strong> meios, noutros o aparecimento <strong>de</strong> muitosincendiários, tudo vai servindo para justificar oinjustificável. Este ano entrou em cena uma novaversão, “a gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia acumulada”que é o eufemismo usado para dizer que o Governo nãofez cumprir as leis que supostamente implicariam aobrigatorieda<strong>de</strong> dos proprietários limparam asproprieda<strong>de</strong>s. Os estudos feitos acerca dos incêndiossão mais do que muitos e quase sempre dizem o óbvio:que a prevenção é mais importante e mais barata doque o combate, que o País precisa <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>políticas e neste caso <strong>de</strong> uma política para a floresta,que sem um cadastro completo do território e sem umplano nacional <strong>de</strong> reorganização das proprieda<strong>de</strong>s, arepetição anual dos incêndios será uma fatalida<strong>de</strong>. Aúnica questão será, portanto, a <strong>de</strong> saber porque seespera. Existe hoje um consenso geral <strong>de</strong> que oprogresso das nações implica a existência <strong>de</strong> um Estadocentral honrado, inteligente e inclusivo, isto é, colocadoao serviço do bem comum. Ora em Portugal existe umEstado corrupto, estúpido e que trabalha apenas a favordos seus próprios interesses, para o que se afadiga aextrair toda a riqueza possível da socieda<strong>de</strong>. E, como seisso não bastasse, é um Estado que não conseguepensar e actuar com alguma continuida<strong>de</strong>, sabendo-seque cada governo, <strong>de</strong> facto cada ministro, procuraHenriqueNetoalterar tudo o que foi feito pelos antecessores. O casodos incêndios é portanto apenas um dos muitosexemplos do estado a que chegou o Estado que temos.O que não tem nada <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntal, mas é o resultadonatural <strong>de</strong> trinta anos <strong>de</strong> partidarização dos cargosdirigentes da administração pública, gente escolhidaapenas em função da sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> aos interessespartidários, sem níveis mínimos <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>profissional e sem os valores éticos e profissionais quedistinguem os bons servidores públicos, que tambémexistem. Um problema adicional é que a ausência <strong>de</strong>continuida<strong>de</strong> da acção do Estado, em gran<strong>de</strong> parteprovocada pela dança dos cargos políticos, <strong>de</strong>struiu amemória que <strong>de</strong>ve existir em todas as organizações. Oque faz com que sejam sistematicamente repetidosestudos há muito existentes, sejam abandonadasmuitas das experiências com resultados positivos e serecomece tudo <strong>de</strong> novo em cada fase e a partir do zeroque vive na cabeça dos governantes. Acresce, queperiodicamente se lançam programas para enviar paraa reforma, antes <strong>de</strong> tempo, muitos funcionáriosexperimentados e se cortam as novas admissões a favordos escritórios <strong>de</strong> advogados e <strong>de</strong> consultores, nãoapenas caros mas também, a mais das vezes, poucosérios. Vivemos em regime <strong>de</strong> salve-se quem pu<strong>de</strong>r e aindisciplina resultante é a causa principal dos processosnos tribunais se eternizarem, os gastos excessivos einjustificados fazerem o dia a dia do Tribunal <strong>de</strong> Contase que os fogos florestais já façam parte da paisagemportuguesa. O espantoso é que tudo isto sejaconsi<strong>de</strong>rado normal, que tudo seja permitido pelasvitimas que somos quase todos e que não haja qualqueravaliação do <strong>de</strong>sempenho governativo, da mesmaforma que não existem quaisquer normas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cênciapessoal e política. Salve-se que em boa hora o actualGoverno <strong>de</strong>cidiu promover exames para os novosprofessores, seria bom que pensassem em exames paraos governantes. Estou certo que o <strong>de</strong>sastre dosincêndios florestais diminuiria fortemente.Empresário


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 3Usar pele <strong>de</strong> raposa é a mesmacoisa que comer um bifeFátima Lopes, estilista, iFui marginalizado por não ser <strong>de</strong>esquerda. Que raio <strong>de</strong><strong>de</strong>mocracia é esta?Pedro Granger, actor, TabuSe andasse sempre nos fadoscortava os pulsos assim nahorizontal, num instante, ao fimda primeira semanaGisela João, fadista, SábadoMas eu não tenho nada a ver com este Governo,este Governo tem-me roubado. Não estou comeles, estou num projectoMoita Flores, candidato do PSD à Câmara <strong>de</strong> Oeiras,PúblicoFórumdasemanaOs enfermeiros estão preparados para fazera triagem nas urgências dos hospitais?A Or<strong>de</strong>m dos Médicos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a triagem dosdoentes nas urgências dos hospitais <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> serefectuada por enfermeiros passando a ser realizada pormédicos. Des<strong>de</strong> 2000, que a chamada “triagem <strong>de</strong>Manchester” é assegurada por enfermeiros, queatribuem ao utente uma pulseira cuja cor se relacionacom o grau <strong>de</strong> urgência da doença. A Or<strong>de</strong>m dosMédicos alega que "são cada vez mais recorrentes osLuís GuerraMarques,Comissão <strong>de</strong>Utentes SAP/24HMarinha Gran<strong>de</strong>AntónioArnaut,“pai” do ServiçoNacional <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>AmáliaPereira,médicaNão tenho sentido no Serviço <strong>de</strong>Atendimento Permanente daMarinha Gran<strong>de</strong> que haja queixassobre a triagem. Não tenhoconhecimentos médicos que mepermitam afirmar que a triagem<strong>de</strong>va ser feita por médicos ou porenfermeiros, embora admita queos médicos possam ter maisconhecimentos.Estou <strong>de</strong> acordo com o Bastonárioda Or<strong>de</strong>m dos Médicos quandotambém diz que é preferível umaboa triagem feita por umenfermeiro com experiência do quepor um jovem médico inexperiente.Ou seja o que conta é mesmo aexperiência.Mais importante que saber se é ummédico ou um enfermeiro que faz atriagem dos doentes, é fazer amonotorização regular para saberse ela está a ser bem feita, <strong>de</strong> acordocom os critérios <strong>de</strong>finidos. Porquefazer a triagem é fácil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que apessoa que a faz receba formaçãonesse sentido. O importantemesmo é fazer a avaliação regular<strong>de</strong>ssa formação.Quecomentárioslhe mereceeste assunto?CristinaFernan<strong>de</strong>s,enfermeiraDinaMendonça,Sindicato dosEnfermeirosPortugueses,<strong>Leiria</strong>Clarisse Louro,Clarisse Lourorelatos <strong>de</strong> mortes <strong>de</strong> doentes triados com a pulseiraver<strong>de</strong> (consi<strong>de</strong>rada não urgente) nos hospitais". JáGermano Couto, bastonário da Or<strong>de</strong>m dosEnfermeiros, disse, ao Público, que estas são afirmaçõesque "geram <strong>de</strong>sconfiança na população e po<strong>de</strong>mcolocar em causa um sistema com provas dadascientificamente e com elevado grau <strong>de</strong> satisfação porparte dos utentes".Concordo com a posição do bastonário dosEnfermeiros. A maneira como o assunto está a sertratado leva à <strong>de</strong>sconfiança do público. A triagemserve apenas para diagnosticar a priorida<strong>de</strong> doatendimento e não a doença ou seu tratamento. Osenfermeiros têm formação para isso e são cada vezmais qualificados. Os profissionais <strong>de</strong>viamcentralizar esforços para atingir níveis <strong>de</strong> cuidados<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> excelência e não dispersar-se emguerras que não levam a nada.Os enfermeiros já fazem a triagem com sucesso,eventualmente havendo algumas situaçõespontuais, mas que po<strong>de</strong>m ocorrerin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da classe que as executa. Nãovemos qualquer motivo para que a OM tenha feitoagora esta afirmação, até porque esta triagem temtido sucesso e é uma forma <strong>de</strong> rentabiliza recursos.No contexto <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição das políticas da saú<strong>de</strong>,parece-nos que estão a fazer o trabalho do Governo edo Ministério da Saú<strong>de</strong>, quando <strong>de</strong>víamos estartodos unidos pela <strong>de</strong>fesa do SNS. A OM <strong>de</strong>via, antes,confrontar o Governo e não abrir guerras enteprofissionais.Enfermeiros que fazem triagem receberamformação especifica para o efeito e quase todos sãoespecialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica e<strong>de</strong> Reabilitação. A triagem rege-se por programainformático e por olho clínico, humano, que, comotal, po<strong>de</strong> suscitar erros. Mas erros po<strong>de</strong>m acontecercom enfermeiros e médicos. A ser realizada pormédicos, a triagem <strong>de</strong>ve ser feita por especialistasem Medicina Interna. Se não, a situação é a mesmado que com enfermeiros. E quantos exemplos há <strong>de</strong>pessoas que foram observadas por médicos e cujasituação se complicou? Além disso, o SNS não temcondições <strong>de</strong> colocar médicos na triagem.EditorialO que falta ao an<strong>de</strong>bol?Este sábado, dois an<strong>de</strong>bolistas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> alcançarammais um título nacional <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol. A conquistada Supertaça premiou o esforço e o talento <strong>de</strong>Pedro Portela e <strong>de</strong> João Antunes, atletas que cedolargaram as saias das mães para po<strong>de</strong>r crescer neste meio.São ambos internacionais por Portugal, representam umclube que lhes dá estabilida<strong>de</strong> – o Sporting – e que lhespossibilita encarar a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma profissional. OPedro e o João, <strong>de</strong> resto como os benfiquistas JoãoFerreirinho e Inácio Carmo, vivem apenas do que oan<strong>de</strong>bol lhes dá. Durante esta semana ficou a saber-se quemais dois jogadores do concelho rumaram a Lisboa parajogar num outro clube da 1.ª Divisão, no caso oBelenenses. E se André Gomes tem a vida estabilizada nacapital, Filipe Oliveira muda-se para o Restelo com apromessa <strong>de</strong> um emprego. Com eles vai o treinador PedroViolante. A realida<strong>de</strong> é díspar dos craques <strong>de</strong> que falámosem primeiro lugar, mas foi-lhes reconhecida categoriapara alinhar no principal escalão da modalida<strong>de</strong>.Uma equipa <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol tem sete jogadores. Nestescurtos caracteres já falámos <strong>de</strong> seis, mas po<strong>de</strong>mostambém referir Pedro Soares, João Ervilha e João EduardoMarques, que partilham o balneário do Benfica enquantoestudam em Lisboa, Duarte Carregueiro, emprestado peloFC Porto ao Avanca, equipa também ela da 1.ª Divisãoon<strong>de</strong> também alinha Diogo Taboada. E há mais por aí...Ora, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser estranho que um concelho tãoapaixonado pelo an<strong>de</strong>bol, que tem uma equipa femininaque chega <strong>de</strong> forma consistente às competições europeias– há outra em Meirinhas que até pelo título luta – nãoconsiga fazer valer todo este talento e chegar <strong>de</strong> uma vezpor todas à 1.ª Divisão masculina. Se jogadores há, se ostreinadores transitam para clubes <strong>de</strong> topo, se atédirigentes são convidados para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o Benfica, comonoticiámos na semana passada, o que faltará então?Não po<strong>de</strong>m ficar dúvidas <strong>de</strong> que a Associação <strong>de</strong>An<strong>de</strong>bol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> propicia um ambiente favorável a umtrabalho <strong>de</strong> excelência na formação, que existe <strong>de</strong> factotanto no Atlético Clube da Sismaria quanto na Juventu<strong>de</strong>Desportiva do Lis. A chegada <strong>de</strong> atletas às selecçõesnacionais é frequente, os resultados são animadores, maschega-se aos seniores e parece que falta sempre qualquercaracterística diferenciadora. Na temporada passada, aSismaria não ficou longe da subida à 1.ª Divisão, mas nãochegou lá. E porquê? Há uma conjugação <strong>de</strong> factores.Longe vão os tempos em que a cida<strong>de</strong> tinha um pavilhãoon<strong>de</strong> se aglutinava todo o entusiasmo em torno damodalida<strong>de</strong>. E se a mola humana está fraccionada, se acida<strong>de</strong> se mantém dividida, <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser interessante parao meio empresarial da região apostar num projecto, pormuito credível que seja. Por outro lado, os jogadores,muitos <strong>de</strong>les <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> nível, optam por sair da cida<strong>de</strong> naaltura do ingresso no ensino superior, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong>representar os clubes locais ou reduzindo <strong>de</strong> forma radicalo volume <strong>de</strong> treino. E assim, os plantéis ficam mais fracos.À autarquia também cabe um papel importante nestascontas. A cida<strong>de</strong> tem tradição em an<strong>de</strong>bol e atletismo,além, claro, do futebol. Não <strong>de</strong>veria a política <strong>de</strong>sportivado município traduzir isso mesmo?Miguel SampaioPUBLICIDADE


4 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013AberturaPortugueses são osque mais se sentempressionados pelostrabalhos para casaDivergência Será que os trabalhos para casa (TPC) sãoimprescindíveis no percurso escolar dos alunos ou a suaimportância não compensa o tempo que rouba ao convíviofamiliar e aos momentos <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira?Elisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Pais e investigadores divi<strong>de</strong>m--se quanto à importância dos trabalhospara casa (TPC). O <strong>de</strong>bate éantigo e as conclusões não são óbvias.Os alunos portugueses com 15anos são dos que mais pressãodos trabalhos <strong>de</strong> casa sentem, sendoultrapassados apenas pelos jovensda Turquia. A conclusão é dorelatório Health Behaviour inSchool-Aged Children, da OrganizaçãoMundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.Este estudo é feito <strong>de</strong> quatroem quatro anos e envolve alunosdos 6.º, 8.º e 10.º anos <strong>de</strong> 39 paísese regiões. Para a última edição,em 2010, em Portugal, foram inquiridoscinco mil jovens. Cincoem cada <strong>de</strong>z sentem-se pressionados(sentem “alguma” ou “muita”pressão) com os trabalhos quelevam para casa. No grupo dos 13anos, Portugal ocupa também umlugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, embora <strong>de</strong>sçapara o sétimo posto.Este assunto nunca gerou consensoentre profissionais <strong>de</strong> educação,pais e alunos. Para aquelesque dizem “não” aos TPC, as criançaschegam a casa cansadas <strong>de</strong>um dia <strong>de</strong> trabalho, acrescido dasactivida<strong>de</strong>s extra-curriculares e,por isso, tiram pouco partido do estudo.Por outro lado, os pais chegamtar<strong>de</strong> a casa, logo, não lhes sobramuito tempo para ajudar os filhoscom os <strong>de</strong>veres escolares,que ainda lhes roubam tempo parao pouco lazer que tentam ter emfamília ao fim do dia.O tempo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> em famíliaescasseia, pelo que é ao fim-<strong>de</strong>--semana que muitas procuramcompensar esse défice. Se os filhoschegam ao fim-<strong>de</strong>-semana carregados<strong>de</strong> trabalho, que tempo sobrapara o convívio familiar?Os <strong>de</strong>fensores dos TPC, por outrolado, consi<strong>de</strong>ram-nos uma forma<strong>de</strong> incutir hábitos <strong>de</strong> estudo etrabalho autónomo, além <strong>de</strong> ajudara cimentar a matéria dada nas aulase até consolidar a relação triangular<strong>de</strong> escola-família-aluno.Nas férias o tema também não éconsensual. Há quem <strong>de</strong>fenda quenão é só o trabalho da escola queensina. As vivências em casa dostios, dos avós ou numa al<strong>de</strong>ia cheia<strong>de</strong> tradições longe das cida<strong>de</strong>spo<strong>de</strong> valer muito mais do que umatar<strong>de</strong> a fazer contas <strong>de</strong> dividir e somar.“Depois do trabalho temos <strong>de</strong><strong>de</strong>scansar. Para a criança ou para oadolescente, o trabalho escolar,com tudo o que ele comporta <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>, representa o exactoequivalente ao trabalho profissional<strong>de</strong> vida <strong>de</strong> um adulto”, lembraMaria José Araújo, investigadora eprofessora da Escola Superior <strong>de</strong>Educação do Instituto Politécnicodo Porto.A investigadora acrescenta que“enquanto a duração do trabalhoprofissional exige um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>scansopara a maioria dos adultos,o trabalho escolar é cada vez mais<strong>de</strong>senvolvido tanto <strong>de</strong>ntro comofora da sala <strong>de</strong> aula”.Maria José Araújo junta-se àsvozes discordantes dos TPC, referindoque “há mais <strong>de</strong> 20 anosque se <strong>de</strong>nuncia este excesso <strong>de</strong>trabalho e os consequentes malefíciosfísicos, psicológicos e moraispara as crianças”. Segundo diz apedagoga, “para a maior parte dosadolescentes, a vida é dividida segundoum esquema con<strong>de</strong>nadopor todos e que se traduz em trabalhoexcessivo, que <strong>de</strong>veria ser seguido<strong>de</strong> repouso”. Mas, “em vezdisso, é o lazer que é banido, salvose houver um feriado ou férias”.“Brincar é um direito e os adul-tos têm obrigação <strong>de</strong> proporcionaro usufruto do tempo livre e assimdo tempo <strong>de</strong> brincar”, avisa MariaJosé Araújo.A investigadora adverte paraque não se confunda estudo comtrabalhos para casa. “O conceito <strong>de</strong>estudar é muito confuso e as criançassó o vão percebendo com o <strong>de</strong>correrda escolarida<strong>de</strong> e à medidaque se vão confrontando com outrassituações – como estudar a tabuadaou para um teste – e, mesmoassim, tudo isso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong>las.”Quanto aos TPC, Maria JoséAraújo não tem dúvidas <strong>de</strong> que amaior parte das crianças “não gosta”,mas “aceita a obrigatorieda<strong>de</strong>da tarefa mais ou menos pacificamente”.Outras, contudo, “manifestam-se:é uma seca... Tenho <strong>de</strong>estar sempre a escrever... cansa amão... Já estou cheio...”Apesar das dificulda<strong>de</strong>s agravadaspelo cansaço, os TPC “aparecemsempre como alguma coisaque faz parte dos seus quotidianos,que está naturalizada e que, portanto,não se questiona – temos <strong>de</strong>fazer todos os dias e muitos... – oucuja realização é condicionadapelo medo – se não fizer a minhaprofessora ralha-me”.Para a psicóloga clínica SusanaMatos Duarte, “<strong>de</strong> acordo com osistema <strong>de</strong> ensino, os TPC sãoutilizados como uma forma <strong>de</strong>contribuir para o processo <strong>de</strong>aprendizagem dos alunos, consolidandoos conteúdos aprendidosna escola, bem como um meio<strong>de</strong> envolver os pais no processo <strong>de</strong>aprendizagem escolar dos filhos”.Jorge Ascensão, presi<strong>de</strong>nte daConfe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Associação<strong>de</strong> Pais (Confap), enten<strong>de</strong>que os TPC são o “complementodo trabalho na escola e uma forma<strong>de</strong> aferir se o aluno percebeu amatéria que foi tratada nas aulas”.Os trabalhos <strong>de</strong> casa ajudam a consolidar a matéria dada na sala <strong>de</strong> aulaPRÓS...● Ajudam a organizar a rotinadiária● Pressionam os alunos aestudar todos os dias● Obrigam os pais a acompanharo estudo dos filhos● Envolvem os alunos emactivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> treino e prática… E CONTRAS● Retiram tempo à brinca<strong>de</strong>ira● Diminuem o tempo para estarem família● Aumenta o stress do aluno edos pais ao querer“<strong>de</strong>spachar” os TPC● Po<strong>de</strong> criar frustração nacriança, que não consegueconcretizar o TPCAlém disso, contribuem para a“autonomia pedagógica”.Sendo a “consolidação do quese apren<strong>de</strong>u nas aulas”, serve aindapara “preparar a tarefa seguinte”.Jorge Ascensão sublinha,no entanto, a importância da“orientação” do professor. “Não épara o aluno dizer que está feito.Não é só a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exercíciosque os alunos levam paracasa, como se a aprendizagem semedisse ao peso ou ao metro. Acriança tem <strong>de</strong> ter o seu tempo <strong>de</strong><strong>de</strong>scoberta e brinca<strong>de</strong>ira”, refereo presi<strong>de</strong>nte da Confap.Os TPC servem para “reforçar arelação entre aluno e professor”,on<strong>de</strong> este <strong>de</strong>ve “cativar, incentivare captar o interesse do aluno”,mostrando-lhe “a importância <strong>de</strong>apren<strong>de</strong>r”, acrescenta o representantedos pais.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 5Greve aos TPCEm 2005, o psicólogo Eduardo Sá, o pediatra MárioCor<strong>de</strong>iro e a escritora Isabel Stilwell promoveram oSindicato das Crianças, tendo <strong>de</strong>fendido <strong>de</strong>imediato a greve aos TPC. Pretendia-se alertar paraa importância do tempo para brincar.RICARDO GRAÇADepoimentos1 - Para que servem os TPC?2- Concordas com os TPC?Porquê?Maria João Ascenso9 anos, 4.º ano1- Os trabalhos <strong>de</strong>casa são exercíciosque os professoresnos mandam paranão nosesquecermos damatéria.2- Acho que osprofessores não <strong>de</strong>viam mandartrabalhos para casa, para po<strong>de</strong>rmoster mais tempo para brincar e estarcom a família.João Domingos11 anos, 6.º ano1- Para mim os TPCsão a aplicação emcasa do queapren<strong>de</strong>mosdurante as aulas,<strong>de</strong>ssa formacompreen<strong>de</strong>mos oque nos foitransmitido pelos professores. Aomesmo tempo ajudam-nos a criarmétodos <strong>de</strong> estudo em casa.2- Os professores <strong>de</strong>vem passarTPC, mas <strong>de</strong> uma formaequilibrada, pois como temosmuitas disciplinas nem sempre éfácil após um longo dia <strong>de</strong> aulasestudar e fazer trabalhos <strong>de</strong> casa,apesar <strong>de</strong> ser uma forma <strong>de</strong>complementar o nosso estudo.Crianças <strong>de</strong>vem ser estimuladas a estudarMais TPC é sinónimo <strong>de</strong> melhor aprendizagem?❚ “A gran<strong>de</strong> questão dos TPC estáprecisamente no 'peso, conta e medida'.Se os TPC têm um lado positivo,por outro, há muitos casos emque são causadores <strong>de</strong> cansaço estress nos pais e nas crianças”, salientaSusana Matos Duarte. A psicólogarecorda que a realida<strong>de</strong> dascrianças <strong>de</strong> hoje é muito diferente da<strong>de</strong> outros tempos. “Além do horárionormal, as crianças têm tambémActivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Enriquecimento Curricular(AEC) e activida<strong>de</strong>s extraescolares(<strong>de</strong>sportos, dança, música,etc.)”. Existem “muitas crianças”que apresentam “problemas emocionaise <strong>de</strong> comportamento porhiper-estimulação”.“Basta pensarmos que se nós,adultos, sentimos no nosso dia-a-diao impacto do stress do trabalho,imaginemos então uma criança queainda não está preparada para suportartantas pressões. Elas têm umhorário 'laboral', com dias muitopreenchidos e com pouco tempo<strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira e lazer”, acrescentaSusana Matos Duarte, ao salientarque “brincar e jogar são tão importantespara o <strong>de</strong>senvolvimento psíquicodas crianças como a alimentaçãoo é para o crescimento físico”.A 'conta, peso e medida' não entrano método <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> Améliado Vale, professora <strong>de</strong> Matemática,que diz não consi<strong>de</strong>rar o TPC nasua avaliação quantitativa. “Paramim não há um peso nem uma medida.Conta como um indicador, nocampo das atitu<strong>de</strong>s e serve-me paraavaliar se a criança tem já um método<strong>de</strong> estudo que lhe permita irconstruindo a sua autonomia ou, sepelo contrário, eu necessito <strong>de</strong> aajudar na <strong>de</strong>scoberta do seu método.”Para a docente, “é fundamentalque a criança sinta o trabalho <strong>de</strong> casacomo algo que a aproxima afectivamentedo professor e para tal é necessárioque o professor acolha comagrado e naturalida<strong>de</strong> as dúvidasque a criança lhe colocar”.Já Susana Matos Duarte <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>que “na hora <strong>de</strong> planear os TPC<strong>de</strong>ve ser tido em conta o tempo disponívelda criança para os fazer, oapoio que a família lhe po<strong>de</strong>rá dar eo tipo <strong>de</strong> TPC, para que realmenteseja cumprido o objectivo <strong>de</strong> reforçar/melhorara aprendizagem e nãoser mais uma tarefa <strong>de</strong> sobrecarga notempo da brinca<strong>de</strong>ira e da família”.Maria José Araújo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que osTPC, como são conhecidos, <strong>de</strong>veriamser “abolidos” para as criançasmais pequenas. “Em vez dos TPC <strong>de</strong>víamosestimular as crianças ao estudo.Estudar é diferente e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><strong>de</strong> cada criança, da sua curiosida<strong>de</strong>,da forma como vai apren<strong>de</strong>ndo e dasoportunida<strong>de</strong>s que tem.”Alexandre Anastácio12 anos,7.º ano1- Os TPC são umamaneira <strong>de</strong> ter acerteza quecompreendi amatéria que <strong>de</strong>i naaula. Dá para tiraras dúvidas e paraperceber se fiqueicom algumas dificulda<strong>de</strong>s naquelamatéria.2- Sim, porque tiro dúvidas. Não,porque às vezes tenho pouco tempoà noite para os fazer. Às vezestambém é um bocado chato <strong>de</strong>fazer.Ângela Sofia Marques17 anos, 11.º ano1- TPC significatrabalhos paracasa, ou seja, tarefaseducativas queservem <strong>de</strong> complementoparaaquilo que “retemos”na escola.2- Concordo com a marcação <strong>de</strong>TPC, porque é uma forma <strong>de</strong>estudar que nos permite adquirirhábitos <strong>de</strong> trabalho e autonomia noestudo, daí ser tão importante ostrabalhos para casa. Consi<strong>de</strong>ro osTPC importantes no quotidianoescolar, uma vez que, aumenta onúmero <strong>de</strong> tarefas aos alunos pararealizarem fora do contexto da sala<strong>de</strong> aula.


PUBLICIDADE6 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013AberturaMatéria <strong>de</strong>ve ser explicada na escolaPais e professores não <strong>de</strong>vemmisturar papéis na hora <strong>de</strong> ensinarElisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ As dificulda<strong>de</strong>s que os alunos enfrentamna hora dos TPC é um momento<strong>de</strong> stress para muitas famílias.Susana Tomás, mãe <strong>de</strong> dois alunos,do 1.º e 3.º ciclo, é o exemplo da aflição<strong>de</strong> muitos pais.“Stresso e muito, até porque <strong>de</strong>vidoàs reformas em várias disciplinas,a matéria já não é a mesma... eaí começam as dificulda<strong>de</strong>s.”Esta encarregada <strong>de</strong> educaçãoconsi<strong>de</strong>ra que há professores que“exageram” no número <strong>de</strong> exercíciosque mandam para casa, havendooutros que nem passam. “Concordocom os que passam um ou dois exercíciospara manter a matéria fresca.Por exemplo, acho que se <strong>de</strong>ve trabalhara matemática todos os dias e,por isso, um exercício por dia é importante.Agora discordo <strong>de</strong> fichascompletas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um dia inteiro<strong>de</strong> aulas.”Quando não consegue ajudar, SusanaTomás incentiva os filhos a pediremaos professores para os esclarecerem.“Mas são penalizados, porquenão fizeram os TPC, mesmoque digam que tinham dúvidas ouque nós, mães, pedimos para lhes explicarem.Isso aconteceu-me com omeu filho mais velho. Os professoresdiziam-lhe que explicavam no fim,mas <strong>de</strong>pois tocava e ele vinha com asdúvidas na mesma”, lamenta a mãe.Susana Tomás <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que osTPC <strong>de</strong>vem ser realizados em casa ecorrigidos na escola, embora admitaque nem sempre é possível aos professoresfazê-lo, <strong>de</strong>vido a “turmasmuito gran<strong>de</strong>s e algumas problemáticas”.Mas, “se não forem corrigidosnão faz sentido fazer TPC, porquenão se tiram as dúvidas.”Amélia do Vale, professora <strong>de</strong>Matemática, diz que não há razãopara os pais terem receio, porque asdúvidas são para ser esclarecidascom os docentes. “Cabe exclusivamenteao professor tirar as dúvidasque surgirem na realização dos trabalhos<strong>de</strong> casa. O professor <strong>de</strong>vemesmo incentivar os seus alunos acolocarem-lhe as dúvidas e a comunicarem-lheaquilo que não sabemfazer.”Admitindo que os pais po<strong>de</strong>m ajudara criança nos TPC, a docente alertapara que não o façam “sistemáticae continuamente”, pois “po<strong>de</strong>mcondicionar o <strong>de</strong>senvolvimento daautonomia da criança enquanto estudantee até mostrar-lhe que sozinhaela não consegue”. Aos pais caberáa função <strong>de</strong> “vigiar o cumprimentodo horário <strong>de</strong> estudo em casa,por parte dos seus filhos”.Amélia do Vale <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a divisãoAs dúvidas dos alunos <strong>de</strong>vem ser colocadas na escolaBélgica proibiu TPCO que se fazna EuropaNa Bélgica, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001, oMinistério da Educação proibiuos trabalhos <strong>de</strong> casa para ascrianças até aos 8 anos ereduziu-os a 20 minutos por dianos anos seguintes até ummáximo <strong>de</strong> meia hora para osmais velhos. Outros paísescomo a Finlândia, Dinamarca,Luxemburgo e Gréciaimpuseram limites ao tempo<strong>de</strong>dicado aos trabalhos fora daescola. A cultura <strong>de</strong> educaçãonórdica está organizada parapermitir que nas escolas osalunos tenham tempos nãolectivos, on<strong>de</strong> os TPC sãorealizados pelos alunos, mascom acompanhamento dosprofessores, que os ajudam aesclarecer as dúvidas que vãosurgindo.te e Operacionalizar fazendo um problema/respon<strong>de</strong>ndoa uma questão”,revela.Para a docente, os TPC <strong>de</strong>vem ser“aquilo que o aluno <strong>de</strong>ve fazer sempree autonomamente, para consolidaras matérias que foram trabalhadasnas aulas <strong>de</strong> forma a sentir-se capaz<strong>de</strong> as aplicar/usar na resolução <strong>de</strong>exercícios ou questões” e não osexercícios que os docentes mandampara fazer em casa. Quando os TPCsão entendidos pelos alunos “comouma resposta eficaz para se sentiremmais seguros na auto e hétero avaliaçãodo que lhe é proposto apren<strong>de</strong>r”,são, sem dúvida, “um auxiliarprecioso para a vida”.Além disso, “tornam o indivíduomais exigente consigo próprio, na <strong>de</strong>finição<strong>de</strong> objectivos pessoais e nosseus <strong>de</strong>sempenhos e criam a disciplinanecessária para, sem prescindirdos momentos <strong>de</strong> prazer, se po<strong>de</strong>rser um trabalhador/estudante competente”,acrescenta a docente.Os TPC po<strong>de</strong>m interferir com aquestão do tempo que as famíliastêm para <strong>de</strong>dicar a estas tarefas.Muitos pais chegam tar<strong>de</strong> a casa eainda fazem um esforço para ajudaros filhos.“Quantos pais e encarregados <strong>de</strong>educação não estão, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> umdia <strong>de</strong> trabalho cansativo, a ensinarcontas e tirar dúvidas aos filhos emvez <strong>de</strong> conversarem e aproveitarempara brincar com eles?”, <strong>de</strong>safia a investigadoraMaria José Araújo.“Quantas crianças sofrem por não te-RICARDO GRAÇA<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>: os pais vigiam,os alunos estudam e os professoresesclarecem. “É crucial que o professoraju<strong>de</strong> os alunos que não têm aindaum método <strong>de</strong> estudo a aprendê--lo. O que eu ensino é o RASERO (Rápidaleitura, Atenta leitura, Sublinharas i<strong>de</strong>ias principais, Esquematizaressas i<strong>de</strong>ias, Resumir o que seapren<strong>de</strong>u por escrito e/ou oralmenrempais que os saibam ajudar?Quantas pessoas, sem preparaçãopara o efeito, estão em ATL a ajudaras crianças a fazer trabalhos <strong>de</strong> casa?Para a maioria dos adultos, os TPCnão se questionam, pois fazê-lo seriacolocarem-se em causa e assimquestionarem toda a estrutura sociale educativa.”Maria José Araújo enten<strong>de</strong> que “ospais po<strong>de</strong>m dar muito mais aos filhosdo que ajudar a fazer TPC”.“Dar carinho, afecto, compreendêlos,brincar com eles, estar presentequando eles precisam e conversarcom os filhos é bem mais importantedo que os TPC”, sublinha a docenteda Escola Superior <strong>de</strong> Educação doInstituto Politécnico do Porto.A falta <strong>de</strong> tempo é também umfactor <strong>de</strong>terminante. No entanto,Susana Matos Duarte, enten<strong>de</strong> que“mais do que o tempo, importa salientara disponibilida<strong>de</strong> mental paraesta ajuda, ou seja, o cansaço e ostress diários dos pais po<strong>de</strong> prejudicara sua capacida<strong>de</strong> para estarem <strong>de</strong>uma forma tranquila e colaboranteneste apoio, per<strong>de</strong>ndo facilmente apaciência e prejudicando, mesmoque <strong>de</strong> forma não intencional, a relaçãodo filho com a escola”.Para a psicóloga, “quando seinstala um ciclo <strong>de</strong> frustraçõespais-filhos na realização dos TPC,po<strong>de</strong>m ocorrer situações bastantedramáticas, que perpetuam o insucessoescolar e promovem problemasemocionais e comportamentaisnos filhos”.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 9ENTREVISTA COM O APOIO DE:RICARDO GRAÇACarpinteiro <strong>de</strong> profissãoO amor ao yoga e ao AteneuJaime Silva presi<strong>de</strong> à direcção doAteneu Desportivo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> háquatro anos, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 21como professor <strong>de</strong> yoga, tendo sidoum dos primeiros a ensinar estaterapia oriental na cida<strong>de</strong>. Nasceuem Quintas do Sirol, SantaEufémia, tendo emigrado comapenas cinco anos, com a família,para os arredores <strong>de</strong> Paris. Aos 15anos começou a trabalhar nasobras e fábricas, contraiutuberculose e esteve “a dois <strong>de</strong>dosda morte”. O seu percurso interiore pessoal começou aos 21 anos,com a primeira longa viagem aoOriente, mas foi sobretudo noNepal e na Índia que passoumaiores períodos. Cativado pelacultura indiana, apren<strong>de</strong>u afilosofia do yoga com mestresmundialmente reconhecidos, numespírito <strong>de</strong> i<strong>de</strong>alismo, liberda<strong>de</strong> eamor. Regressou com 27 anos à suaterra natal, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> e cuida daterra. Vegetariano sem serfundamentalista, é casado, pai <strong>de</strong>três filhos e carpinteiro <strong>de</strong>profissão. Continua a viver numi<strong>de</strong>al <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> individual e asonhar com a harmonia colectivada humanida<strong>de</strong>.Como relaciona felicida<strong>de</strong> e criativida<strong>de</strong>?Devemos <strong>de</strong>senvolver a criativida<strong>de</strong>porque ela é expontânea e própriada natureza humana. Criativida<strong>de</strong>é viver o momento, não se limitandoa repetições, tipo papagaio.Só quando ultrapassamos esse reflexocondicionado, chegamos aoestado <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>. Não admiraque haja tantas <strong>de</strong>pressões, porqueas pessoas sabem que estão metidasnuma engrenagem e num mecanismosocial que não lhes <strong>de</strong>ixamargem <strong>de</strong> manobra para se expressaremrealmente. Há uma frasedo cantor e poeta francês Leo Ferréque diz que o que há <strong>de</strong> chato namoral é ela ser sempre a moral dosoutros.Mas cada vez há mais gurus espirituaise literatura afim...Os livros espirituais que se ven<strong>de</strong>mnas estações <strong>de</strong> serviço e nasgran<strong>de</strong>s superfícies são para quemquer satisfazer o ego, <strong>de</strong>ixando aspessoas numa certa ilusão e na satisfaçãoegocêntrica <strong>de</strong> ficar convencidoque sabe. Nada se compreen<strong>de</strong>se não for vivido. O ser humanoama gota a gota sem saberque tem o oceano no peito. Temosum potencial <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós que nãofazemos i<strong>de</strong>ia mas satisfazemo--nos com pequenas gotinhas e brinca<strong>de</strong>iras.Nesse sentido, o ser humanoparece que ainda é uma criança.Uma criança que tem aindamuito para <strong>de</strong>scobrir se aceitar reconhecer-se.Não é por acaso queestamos a passar por todas estas dificulda<strong>de</strong>s.Como vê o facto da maioria dosportugueses jogar a sonhar com oEuromilhões?Sou um pouco i<strong>de</strong>alista mas compreendoque, para lá da libertação dosnossos condicionamentos interiores,está a nossa sobrevivência e sobretudoa dos nossos filhos. É por issoque às vezes me vejo em apuros económicos,por <strong>de</strong>scurar esses aspectosmais materiais, já que tenho três filhos.Reconheço hoje a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> ter uma certa estabilida<strong>de</strong> económica,a qual sempre <strong>de</strong>scurei umpouco. Mas não jogo nem penso jogar,embora respeite as opções e a liberda<strong>de</strong><strong>de</strong> cada um.Qual o seu conceito <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>?A saú<strong>de</strong> é um estado completo doser, em harmonia consigo próprioe com o mundo. Ter saú<strong>de</strong> mentale espiritual e, por consequênciatambém física, é viver integradocom o universo a que estamos ligados.Claro que há muitos interessesno sistema porque a doençadá muito dinheiro à indústria farmacêutica,um dos maiores po<strong>de</strong>resdo mundo. Interessa a muitagente que haja doenças e que nãohaja quem diga que há outras formas<strong>de</strong> solucionar os problemas.Falamos <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> liberalmas estamos todos presos pelo dinheiro.É o dinheiro que manda eos políticos são os primeiros asabê-lo. Porque vivemos num teatro,há sempre altos interesses quenos calam a voz.Por isso diz que a vida não é umadistracção mas sim uma oportunida<strong>de</strong>fantástica?Apostamos no errado ao procurara felicida<strong>de</strong> baseada em factoresexteriores quando ela vem <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> nós. E que po<strong>de</strong> brotar no silênciodo momento ou na contemplação<strong>de</strong> qualquer coisa. Massempre sem rótulos. Porque a realida<strong>de</strong>não tem rótulos. A felicida<strong>de</strong>é sempre possível se não nos<strong>de</strong>ixarmos adormecer, formos activose trabalharmos com o objectivo<strong>de</strong> nos reencontrarmos nomomento presente e no prazer <strong>de</strong>viver. O facto <strong>de</strong> se estar consciente<strong>de</strong> viver é já um milagrefantástico, que se banaliza, embusca <strong>de</strong> outras coisas sem sentido.Faz lembrar a criança que bate o péa chorar com a barriga cheia, quenunca está satisfeita e quer sempremais alguma coisa. Isto apenasprova <strong>de</strong> que há sofrimento e que,inconscientemente, a insatisfaçãoleva à procura constante <strong>de</strong> algopara tapar um buraco que não sesabe <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vem.


10 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013Socieda<strong>de</strong>Utentes acusam Caldas da Rainha<strong>de</strong> <strong>de</strong>smantelar Hospital <strong>de</strong> AlcobaçaEquipamentos Ar condicionado, móveis, fotocopiadoras e mais recentemente um <strong>de</strong>sfibrilhadorterão sido transferidos para outra unida<strong>de</strong> hospitalar <strong>de</strong> Caldas da RainhaRICARDO GRAÇAOs utentes do Hospital <strong>de</strong> Alcobaça esperam melhores condições com a integração em <strong>Leiria</strong>Elisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Alguns utentes do Hospital <strong>de</strong> Alcobaçaafirmam que o Centro Hospitalardo Oeste (CHO) tem sido transferidomaterial da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alcobaçapara o hospital <strong>de</strong> Caldas daRainha. Os utentes criticam ainda afalta <strong>de</strong> manutenção ou reparação dosequipamentos <strong>de</strong>teriorados. A Administraçãodo CHO nega as acusações.Ar condicionado, móveis, fotocopiadorase mais recentemente um<strong>de</strong>sfibrilhador são alguns dos equipamentosque terão sido transferidospara outra a unida<strong>de</strong> hospitalar <strong>de</strong> Caldasda Rainha. Rosa Domingues, representanteda Comissão <strong>de</strong> Utentesdo Hospital <strong>de</strong> Alcobaça, confirma asituação e mostra preocupação como facto do hospital <strong>de</strong> Alcobaça ser integrado“nestas condições” no CentroHospitalar <strong>Leiria</strong>-Pombal a partirdo dia 1 <strong>de</strong> Setembro.“O equipamento <strong>de</strong> esterilizaçãoO número1<strong>de</strong> Setembro é a data em que oCentro Hospital <strong>Leiria</strong>-Pombalvai receber o Hospital <strong>de</strong>Alcobaça, passando a geri-lojuntamente com a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Pombal.está avariado há muito tempo. Paraser esterilizado, o material vai às Caldase volta. Tudo o que se tem avariadoé encostado ou <strong>de</strong>saparece.Neste momento só existe um fax nasecretaria e retiraram uma das fotocopiadorasnovas. Estão a esvaziar ohospital. As coisas só correm bem <strong>de</strong>vidoà boa vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem lá trabalha”,diz Rosa Domingues.Tendo em conta a mobilida<strong>de</strong> nafunção pública, a representante dosutentes afirma ter conhecimento <strong>de</strong>aliciamento por parte do hospital <strong>de</strong>Caldas da Rainha junto <strong>de</strong> algunsfuncionários.“Fomos prejudicados durante muitotempo. Recuperámos as listas <strong>de</strong> esperae o hospital tem tido as condiçõespara prestar um bom serviço aosutentes, <strong>de</strong>ntro daquilo que é a suacondição mo<strong>de</strong>sta”, acrescenta a representanteda Comissão <strong>de</strong> Utentes,salientando que “nada foi feito emprol <strong>de</strong>ste hospital”.“Não ganhámos nada com a integraçãono CHO. Tudo o que tínhamosfomos per<strong>de</strong>ndo. Quando soubemosque íamos ser integrados em <strong>Leiria</strong> ficámossatisfeitas porque acreditamosque será melhor. Criámos umaexpectativa, porque iríamos ter maisespecialida<strong>de</strong>s e o serviço seria melhor,mas tememos que não correspondaporque o hospital tem sido esvaziado”,adianta ainda Rosa Domingues.A representante da Comissão <strong>de</strong>Utentes revela que toda esta situaçãofoi dada a conhecer ao Ministério daSaú<strong>de</strong>, que pediu para que as <strong>de</strong>núnciasfossem dirigidas à AdministraçãoRegional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Centro,o que foi concretizado.“A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> optimização dosrecursos existentes no antigo CentroHospitalar do Oeste Norte (CHON) fezcom que alguns equipamentos fossemtransferidos entre as unida<strong>de</strong>shospitalares que o constituíam - Alcobaça,Caldas da Rainha e Peniche.Deste modo, e no <strong>de</strong>correr dos dois últimosanos, vários foram os equipamentosque, não estando a ser utilizadosna Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alcobaça, foramtransferidos para as outras unida<strong>de</strong>sdo CHON, bem como alguns equipamentosdas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Caldas daRainha e Peniche foram alocados naUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alcobaça, como aconteceno processo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> qualquercentro hospitalar”, explica o Conselho<strong>de</strong> Administração do Centro Hospitalardo Oeste, negando qualquer<strong>de</strong>smantelamento.Os responsáveis negam ainda ter“abordado os profissionais da Unida<strong>de</strong><strong>de</strong> Alcobaça para se transferirempara a Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caldas da Rainha”.Segundo o Conselho <strong>de</strong> Administração“houve alguns colaboradoresque <strong>de</strong>monstraram interesse nosentido <strong>de</strong> passarem a exercer as suasfunções noutra unida<strong>de</strong> hospitalar doCHO, por questões <strong>de</strong> interesse da suavida pessoal, familiar e/ou profissional,situações essas que estão a seranalisadas ao abrigo dos mecanismos<strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> previstos na Lei”.O Conselho <strong>de</strong> Administraçãoadianta ainda que “numa altura emque se proce<strong>de</strong> à transferência <strong>de</strong>competências da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alcobaçado CHO para o Centro Hospitalar<strong>Leiria</strong>-Pombal, houve a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> garantir, com o indispensávelenquadramento orçamental do CHO,que a Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alcobaça fica dotada<strong>de</strong> condições mínimas <strong>de</strong> recursosmateriais/humanos para asseguraro seu actual funcionamento”.O Centro Hospitalar <strong>Leiria</strong>-Pombalnão quis fazer qualquer comentário.


Socieda<strong>de</strong><strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 11Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecimento remo<strong>de</strong>ladaA Câmara da Marinha Gran<strong>de</strong> vai proce<strong>de</strong>r àremo<strong>de</strong>lação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> águapública na Rua Júlio Braga Barros, em Casal <strong>de</strong>Malta, on<strong>de</strong> se tem verificado rupturas <strong>de</strong>vido àida<strong>de</strong> e ao material <strong>de</strong> construção das condutas. Aintervenção está orçada em cerca <strong>de</strong> 32 mil euros.Serviço abre segunda-feira no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Dr. Gorjão Henriques, <strong>Leiria</strong>Mais <strong>de</strong> 11 mil utentes ganham médicocom nova Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> FamiliarPombalRomanos'inva<strong>de</strong>m'Praça Marquês<strong>de</strong> PombalDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.ptCentro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Dr. Gorjão Henriques acolhe segunda Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Familiar❚Cerca <strong>de</strong> 11 mil utentes <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vãoganhar médico <strong>de</strong> família com a aberturada Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Familiar(USF) Cida<strong>de</strong> do Lis, que entra em funcionamentona próxima segundafeira,em instalações anexas ao Centro<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Dr. Gorjão Henriques.De acordo com Ana Barros, coor<strong>de</strong>nadorada nova USF, a estruturairá contar com seis médicos, seisenfermeiros e cinco administrativos,que asseguram o funcionamentoda unida<strong>de</strong> entre as 8 e as 20horas.Através da USF Cida<strong>de</strong> do Lis é garantidoo atendimento <strong>de</strong> todas as situaçõesagudas no próprio dia, sejamconsultas médicas ou <strong>de</strong> enfermagem,e será possível também ter acessoa consultas programadas, que po<strong>de</strong>rãoser marcadas presencialmentepelo utente, através <strong>de</strong> telefone ou <strong>de</strong>internet, por via do portal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> eAgenda.Ana Barros adianta ainda que anova USF vai também disponibilizarconsultas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Infantil, Saú<strong>de</strong>Materna e Planeamento Familiar,além <strong>de</strong> promover rastreios diversos,entre os quais ao cancro do colo doútero, ao cancro da mama e ao cancrodo colo-rectal. O novo serviço prestaráainda consultas <strong>de</strong> diabetes.Para quem não tiver possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> se po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>slocar à USF duranteo dia, a nova unida<strong>de</strong> disponibilizarátambém consultas emhorário pós-laboral.Segundo Ana Barros, a UFS Cida<strong>de</strong>do Lis assentará em trabalho <strong>de</strong> equipa,através da intersubstituição <strong>de</strong> recursoshumanos. “Privilegia-se oatendimento pelo médico <strong>de</strong> família,centrado no doente e nos seus familiares.Mas, na ausência <strong>de</strong>le, a equipadá resposta às situações agudascom o clínico disponível”, explica acoor<strong>de</strong>nadora.A nova USF será a segunda no Centro<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Dr. Gorjão Henriques,on<strong>de</strong> o primeiro serviço do géneroRICARDO GRAÇAfunciona <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, e será a terceira<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, contando com um serviçoidêntico criado no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>Dr. Arnaldo Sampaio, em Marrazes.A USF Cida<strong>de</strong> do Lis irá juntar-se àsunida<strong>de</strong>s já em funcionamento nosconcelhos <strong>de</strong> Alcobaça, Batalha, Caldasda Rainha e Nazaré.Em dois anos IPL gasta mais 1,7 milhões <strong>de</strong> eurosProposta do Orçamento do Estado para 2014aumenta <strong>de</strong>spesa do IPL mais <strong>de</strong> 710 mil eurosO número1,7Em dois anos, o IPL gastou mais1,7 milhões <strong>de</strong> euros, <strong>de</strong>vido aoscortes no financiamento doensino superior, isto porque os<strong>de</strong>scontos para a CGA passaram<strong>de</strong> 15% para 23,75%❚ Os cortes do Governo no ensino superiorestão a estrangular os institutospolitécnicos. De acordo com os dadosque o Ministério da Educação eCiência forneceu ao Conselho Coor<strong>de</strong>nadordos Institutos SuperioresPolitécnicos (CCISP) - embora careçamainda <strong>de</strong> mais esclarecimentos – é esperadoum corte directo no Orçamentodo Estado (OE) para os institutospolitécnicos próximo dos 2,8%,o que correspon<strong>de</strong> a cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z milhões<strong>de</strong> euros.O CCISP refere, em comunicado,que o Governo estará a preparar-separa apresentar na proposta <strong>de</strong> OE <strong>de</strong>2014 um aumento da taxa <strong>de</strong> comparticipaçãodas instituições para aCaixa Geral <strong>de</strong> Aposentações (CGA) <strong>de</strong>3,75%, “o que po<strong>de</strong>rá significar umcorte total <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 6%, o equivalentea mais <strong>de</strong> 20 milhões <strong>de</strong> euros”.No caso do Instituto Politécnico <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> (IPL), o aumento <strong>de</strong> comparticipaçãovai representar um crescimentona <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 710 mileuros anuais. Nuno Mangas, presi-<strong>de</strong>nte da instituição, afirma não serpossível ainda respon<strong>de</strong>r com totalexactidão em relação aos números,uma vez que “ainda não são conhecidasas verbas que serão transferidaspara o pagamento do subsídio <strong>de</strong> fériasem 2013”.Segundo o responsável, “tudoindica que ao nível da receita o valordo plafond atribuído para 2014será idêntico ao <strong>de</strong> 2013”. O maiorimpacto está ao nível da <strong>de</strong>spesa,“com o aumento em 3,75% (<strong>de</strong> 20%para 23,75%) para a CGA que, nocaso IPL, representa uma <strong>de</strong>spesaadicional <strong>de</strong> mais 710 mil euros”.Nuno Mangas salienta que, em doisanos, os <strong>de</strong>scontos para a CGA passaram<strong>de</strong> 15% para 23,75%, o que representampara o IPL um acréscimo<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1,7 milhão <strong>de</strong> euros. “OIPL consi<strong>de</strong>ra fundamental queseja dada estabilida<strong>de</strong> orçamentalàs instituições <strong>de</strong> ensino superior,e que <strong>de</strong>vem ser criadas condiçõespara que estas possam gerar maisreceitas próprias. Refira-se, a título<strong>de</strong> exemplo, os mestrados internacionaisque o IPL está já a <strong>de</strong>senvolver,ministrados em inglês,para captar estudantes estrangeiros”,refere o presi<strong>de</strong>nte do IPL.Para Nuno Mangas, o “ensino e aformação superiores <strong>de</strong>vem, aliás,ser encarados como um investimentoe não como um custo”. Oresponsável lembra ainda que “nocaso do IPL, como ficou recentemente<strong>de</strong>monstrado, em 2012, cadaeuro investido pelo Estado no institutoteve um retorno <strong>de</strong> oito eurosna activida<strong>de</strong> da região”.❚ A Praça Marquês <strong>de</strong> Pombal vaiser 'invadida' por romanos, no próximodia 8, entre as 15 e as 21 horas.O centro histórico <strong>de</strong> Pombal irá serpalco do mercado romano, queterá uma “vertente cultural e comercial”,explica a vereadora da câmaramunicipal, Ana Gonçalves.A realização do evento, em Pombal,enquadra-se no plano <strong>de</strong> promoçãodo Villa Sicó. “Para o Município<strong>de</strong> Pombal este evento irácontribuir para recordar/reviver otempo dos romanos e potenciar avertente turística e cultural da PraçaMarquês <strong>de</strong> Pombal”, refereAna Gonçalves, salientando que oconcelho “<strong>de</strong>tém um patrimónioromano significativo por explorar,recuperar e tornar acessível ao públicona freguesia <strong>de</strong> Vermoil, nomeadamenteos vestígios romanosda Telhada”.A animação contará com apontamentosmusicais, encenações,ateliers e jogos romanos. O artesanatonão foi esquecido e estarão expostosalguns artesãos a trabalharao vivo, nomeadamente olaria,cestaria e as mantas <strong>de</strong> trapos.A autarquia convidou ainda diferentesprodutores e associaçõesda região das Terras <strong>de</strong> Sicó paracomercializarem o azeite, o vinho,as compotas, o pão, as fogaças, osenchidos, os queijos, o pão comchouriço, entre outros.Com o mercado na praça, está reservadauma zona para venda <strong>de</strong>cereais, animais <strong>de</strong> capoeira e algumasfrutas e legumes.O território Villa Sicó situa-se naregião Centro e é constituído pelosconcelhos <strong>de</strong> Alvaiázere, Ansião,Penela, Pombal, Con<strong>de</strong>ixa-a-Novae Soure e tem “como missão a valorizaçãoe promoção <strong>de</strong> um espaço<strong>de</strong> re<strong>de</strong>scoberta e reencontrocom a nossa história”, explica a vereadora.A Praça Marquês <strong>de</strong> Pombalrecebe o evento


12 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013Socieda<strong>de</strong>Nova iluminação pública na Marinha Gran<strong>de</strong>A iluminação pública envolvente ao PatrimónioStephens está a ser remo<strong>de</strong>lada pela Câmara daMarinha Gran<strong>de</strong>. Segundo o município, oinvestimento superior a 25 mil euros visa a utilizaçãosegura dos espaços e uma redução dos custos <strong>de</strong>consumos energéticos, através da tecnologia LED.Tribunal obriga a autenticar 250 proponentes em três dias na Marinha Gran<strong>de</strong>Presi<strong>de</strong>nte da Câmara quis impugnarcandidaturas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesElisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ O presi<strong>de</strong>nte da Câmara da MarinhaGran<strong>de</strong> e candidato do PS às próximaseleições, Álvaro Pereira, assistiu aosorteio das candidaturas para o boletim<strong>de</strong> voto, como cidadão, tendo interpeladoa juíza <strong>de</strong> turno sobre osprazos para impugnar as candidaturase os procedimentos para o fazer.Surpreendida, a magistrada pediu silêncio,referindo não ser permitidoqualquer intervenção da parte dopúblico.Teresa Serrenho, vice-presi<strong>de</strong>nte daAssociação Nacional MovimentosAutárquicos In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes (Amai),consi<strong>de</strong>ra “surreal” e um “abuso <strong>de</strong>po<strong>de</strong>r” a sua presença, mesmo sendocandidato pelo PS às eleições autárquicasdo dia 29 <strong>de</strong> Setembro.“O sorteio é realizado com a presençados mandatários e/ou representantesdas candidaturas. Mesmoque ele quisesse estar presente nãose colocaria como cidadão a assistirao sorteio, pedindo para impugnar,porque foi o que todos enten<strong>de</strong>ramque tentou fazer. Quando seé presi<strong>de</strong>nte e candidato é precisosaber <strong>de</strong>sligar-se da sua condiçãonos momentos próprios”, salientaTeresa Serrenho. A vice-presi<strong>de</strong>nteda Amai revela que “está a serpon<strong>de</strong>rada uma queixa para a ComissãoNacional <strong>de</strong> Eleições”.A <strong>de</strong>núncia que irá fazer tem aindapor base o pedido da juíza do Tribunalda Marinha Gran<strong>de</strong>, que or<strong>de</strong>nouaos dois movimentos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesa apresentação <strong>de</strong> cópias certificadasdo documento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> 250proponentes. “Tratou-se <strong>de</strong> um casoÁlvaro Pereira nega ter questionado a juíza no tribunalinédito no País. Todas as candidaturasin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes foram entregues eaceites e não temos conhecimento <strong>de</strong>nenhuma que tenha precisado <strong>de</strong>qualquer verificação <strong>de</strong> assinaturas.O pedido foi estranho e é uma discriminaçãoem relação aos outros partidos”,lamenta Teresa Serrenho, queadmite que a verificação tenha sidopedida por 'pressão' do PS.O mandatário da candidatura socialista,Curto Ribeiro, nega qualquerpedido <strong>de</strong> impugnação, mas afirmaque houve “um pedido <strong>de</strong> verificação<strong>de</strong> assinaturas por parte do PS, comoconsigna a lei”. “Também tivemos <strong>de</strong>fazer algumas alterações na nossalista, <strong>de</strong>vido à lei da parida<strong>de</strong>.”, sublinhaCurto Ribeiro. Já Álvaro Pereiramostrou-se indignado com as acusações,negando que tenha tido qualquerintervenção no tribunal.Contudo, elementos <strong>de</strong> outros partidospresentes no sorteio confirmaramao JORNAL DE LEIRIA a intervençãodo presi<strong>de</strong>nte da Câmara notribunal. As mesmas fontes referiramter ficado “surpreendidas” comO mesmo tribunal tinha aceitado um pedido <strong>de</strong> impugnaçãoTribunal <strong>de</strong> Loures dá luz ver<strong>de</strong>a candidatura <strong>de</strong> Fernando Costa❚ O Tribunal <strong>de</strong> Loures aceitou acandidatura <strong>de</strong> Fernando Costa(PSD) à Câmara <strong>de</strong> Loures, <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> anteriormente ter <strong>de</strong>cididoem sentido contrário e aceitadoa impugnação do Bloco <strong>de</strong> Esquerda.Há duas semanas, o mesmo tribunaltinha <strong>de</strong>cidido aceitar umpedido <strong>de</strong> impugnação à candidaturada Coligação Loures Sabe Mudar,encabeçada pelo social-<strong>de</strong>mocrataFernando Costa.Após reclamação da coligação, oTribunal <strong>de</strong> Loures <strong>de</strong>cidiu tornarelegível a candidatura <strong>de</strong> FernandoCosta às próximas eleições autárquicas<strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Setembro.Fernando Costa apresenta a suacandidatura à Câmara Municipal<strong>de</strong> Loures <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido durante27 anos presi<strong>de</strong>nte da autarquiadas Caldas da Rainha.No acórdão do Tribunal da ComarcaLoures, citado pela agênciaLusa, é explicado que a <strong>de</strong>cisão favorávela Fernando Costa se <strong>de</strong>veao entendimento que os pressupostosda Lei <strong>de</strong> Limitação <strong>de</strong> Mandatosnão se <strong>de</strong>vem aplicar a quemse candidata a um município diferente.“Caso existam os aludidos perigos<strong>de</strong> <strong>de</strong>svirtuamento do funcionamentoda vida política e da <strong>de</strong>mocraciaa sua relevância <strong>de</strong>sapareceou sofre uma evi<strong>de</strong>nte e significativaerosão se estiver em causaum outro município ou freguesia,um outro território”, po<strong>de</strong> lerseno texto.O documento acrescenta aindaRICARDO GRAÇAa interpelação <strong>de</strong> Álvaro Pereira, que“<strong>de</strong>ixou subentendido a “intenção <strong>de</strong>querer impugnar” as listas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.“Nunca se viu um presi<strong>de</strong>nteda câmara assistir a um sorteio eainda mais perguntar os prazos <strong>de</strong> impugnação”,adianta um dos presentes.Teresa Serrenho critica ainda a formacomo os movimentos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntessão tratados no País e afirmaque irá apresentar uma queixa ao TribunalEuropeu, reclamando a “igualda<strong>de</strong><strong>de</strong> direito e oportunida<strong>de</strong>s” emrelação aos restantes partidos.que “o fundamento da restrição <strong>de</strong>direitos, liberda<strong>de</strong>s e garantias <strong>de</strong>saparecequando se pon<strong>de</strong>ra a candidaturaa outra autarquia que nãoaquela on<strong>de</strong> o candidato exerceu ocargo durante três mandatos consecutivos”.Anteriormente, o Tribunal <strong>de</strong>Loures já tinha consi<strong>de</strong>rado “inoportuna”a providência cautelar domovimento Revolução Branca paraimpedir a candidatura, neste município,do ex-presi<strong>de</strong>nte da Câmara<strong>de</strong> Caldas da Rainha.Caldas da RainhaBE impugna listas<strong>de</strong> duas freguesiasO Tribunal <strong>de</strong> Caldas da Rainhaaceitou o recurso apresentadopelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda (BE),remetendo para o TribunalConstitucional a <strong>de</strong>cisão final. OBE impugnou as candidaturascabeças-<strong>de</strong>-lista do PSD àsfreguesias <strong>de</strong> Tornada e Salir <strong>de</strong>Porto (Henrique Teresa), e <strong>de</strong>Santo Onofre e Serra do Bouro(Abílio Camacho), por enten<strong>de</strong>rque violam a lei <strong>de</strong> limitação <strong>de</strong>mandatos. Em comunicado, o BEsalienta que a impugnação não é“uma questão pessoal”, masporque consi<strong>de</strong>ra que está “emcausa o princípio da renovação,consagrado no artigo 118.º daConstituição, cujo objectivo éimpedir o exercício vitalício <strong>de</strong>cargos políticos”.AMIGrante Jornadassobre migraçõesem <strong>Leiria</strong>A AMIGrante – Associação <strong>de</strong>Apoio ao Cidadão Migrante e oCLAII <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vão promover asjornadas A Face Humana dasMigrações em Portugal, nopróximo dia 5 <strong>de</strong> Setembro, noTeatro Miguel Franco, em <strong>Leiria</strong>.É <strong>de</strong>sta forma que a associaçãopreten<strong>de</strong> assinalar o seu décimoaniversário. As jornadasproporcionarão um espaço <strong>de</strong><strong>de</strong>bate informado einterdisciplinar com especialistase investigadores <strong>de</strong> diversasáreas relacionadas com asmigrações, que contribuirão parao aprofundamento da discussão,e para repensar e perspectivar ofuturo das migrações emPortugal.Fórum Escolasem re<strong>de</strong> em <strong>de</strong>bateno Teatro José LúcioA quarta edição do fórum <strong>de</strong>educação <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vai centrar o<strong>de</strong>bate na eficácia <strong>de</strong> ter escolas afuncionar em re<strong>de</strong>. A iniciativa, quese realiza no próximo dia 10 <strong>de</strong>Setembro, no teatro José Lúcio daSilva, conta com a participação dopresi<strong>de</strong>nte da Universida<strong>de</strong> Católicado Porto, Joaquim Azevedo, assimcomo <strong>de</strong> vários directores <strong>de</strong>agrupamentos <strong>de</strong> escolas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.De salientar ainda a apresentaçãodo projecto Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>e do PLIP – Projecto LeituraInclusiva Partilhada. A participaçãoé gratuita, mas carece <strong>de</strong> umainscrição prévia até ao dia 6, juntodas escolas do concelho ou atravésdo email juventu<strong>de</strong>.educacao@cmleiria.pt.


Socieda<strong>de</strong> Ciência e Tecnologia<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 13NEL colaborou no projecto com trabalhos <strong>de</strong> exploração da grutaVisita virtual ao Algar das Gralhas VII vence dois prémiosMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Se as pessoas não po<strong>de</strong>m ir à caverna,a caverna <strong>de</strong>ve ser trazidaàs pessoas. Foi esta a máxima queesteve na base do mais recenteprojecto do Centro <strong>de</strong> Estudos eActivida<strong>de</strong>s Especiais da Liga paraa Protecção da Natureza (CEAE-LPN), o trabalho <strong>de</strong> cartografiaespeleológica <strong>de</strong>nominado Visitavirtual ao Algar das Gralhas VII,uma gruta vertical localizada noParque Natural das Serras <strong>de</strong> Airee Can<strong>de</strong>eiros (PNSAC). Este trabalho,que contou com a colaboraçãodo Núcleo <strong>de</strong> Espeleologia<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (NEL), venceu o prémioglobal do concurso, Best of Show ea categoria Interactive presentationdo 16.º Congresso Internacional <strong>de</strong>Espeleologia, que <strong>de</strong>correu emBrno, na República Checa.Este projecto visa sensibilizar opúblico para a região calcáriaameaçada do PNSAC. A activida<strong>de</strong>Imagem da visita virtual ao Algar das Gralhas VIIextractiva nas proximida<strong>de</strong>s estáa cortar o terreno circundante aalta velocida<strong>de</strong>, perigosamenteperto do Algar das Gralhas VII,uma caverna classificada comoum local <strong>de</strong> interesse geológicopelo Instituto Nacional da Conservaçãoda Natureza e das Florestas(ICNF). Se a comunida<strong>de</strong> espeleológicae a população localnão tomarem medidas, esta área eesta caverna em particular po-DR<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>struídas num futuroprevisível.A entrada do Algar das GralhasVII não permite que outras pessoasalém <strong>de</strong> espeleólogos possam explorara gruta e <strong>de</strong>sfrutar das suasbelezas e do património naturalnela oculto e por isso o CEAE-LPN<strong>de</strong>cidiu avançar com este trabalhoque agora está disponível a todosem www.lpn-espeleo.org/ images/gralhasvii_visita_virtual.Depois,é <strong>de</strong>ixar-se fascinar pelas belezasque po<strong>de</strong>m ser encontradasaqui tão perto.Entre Dezembro <strong>de</strong> 2012 e Junho<strong>de</strong> 2013, activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fotografia,topografia, exploração e geologiaforam realizadas na caverna, tornandopossível trazer à luz o Algardas Gralhas VII. Durante este projectofoi <strong>de</strong>scoberta uma novapassagem e atingiu-se um novoponto mais profundo. Além doCEAE-LPN, colaboraram no eventoo Grupo <strong>de</strong> Espeleologia e Montanhismo,a Associação dos Espe-leólogos <strong>de</strong> Sintra, a Associação <strong>de</strong>Estudos Subterrâneos e Defesado Ambiente e o Núcleo <strong>de</strong> Espeleologia<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (NEL). “Quandouma exploração envolve muitomaterial é normal que outros gruposse associem à exploração. Foio que o NEL fez, que apoiou logisticamenteos trabalhos <strong>de</strong> topografiae fotografia”, salientouJoaquim Galvão, o responsávelpela secção <strong>de</strong> espeleologia doNEL.O Algar das Gralhas VII situa--se nos campos <strong>de</strong> lapiás do Cabeçoda Chainça, Pé da Pedreira,Santarém, no Parque Natural dasSerras <strong>de</strong> Aire e Can<strong>de</strong>eiros(PNSAC). A gruta tem 121 metros<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> e 958 metros <strong>de</strong>passagens. Embora não seja umagran<strong>de</strong> caverna numa perspectivamundial, é consi<strong>de</strong>rada uma gran<strong>de</strong>caverna do ponto <strong>de</strong> vista nacional;a sua diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espeleotemas,passagens, poços e lagostorna-a única e importante.A uma profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 20 a 23 metrosEncontradas espéciesnos recifes artificiais da NazaréPUBLICIDADE❚ A Câmara da Nazaré anunciou teremsido encontradas “várias comunida<strong>de</strong>spiscícolas” a residir nosrecifes artificiais durante uma sessão<strong>de</strong> monitorização ao sistema recifalda Nazaré, instalado entre a foz do rioAlcoa e a Praia do Salgado, a uma profundida<strong>de</strong>entre os 20 e os 23 metros.A operação efectuada confirmou a“rápida colonização “<strong>de</strong> um sistemaque procura imitar algumas das característicasdos recifes naturais, eque se encontra totalmente submerso,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2009.O aumento da produção biológica,a diversificação das espécies e acriação <strong>de</strong> abrigo para os juvenis sãoos objectivos <strong>de</strong>ste sistema recifal,pioneiro na costa oci<strong>de</strong>ntal portuguesa,resultado <strong>de</strong> um projectoelaborado pela Câmara da Nazaré,no âmbito do Viver o Mar, e protocoladocom os parceiros científicosInstituto <strong>de</strong> Investigação das Pescase do Mar (IPIMAR) e Instituto Politécnico<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.De acordo com a autarquia, a problemáticada diminuição dos recursospesqueiros, resultante dasobre-exploração, a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>artes <strong>de</strong> pesca e a baixa selectivida<strong>de</strong>muitas vezes associada a esta activida<strong>de</strong>,estiveram na base da adopção<strong>de</strong>ste instrumento <strong>de</strong> gestãointegrada dos ecossistemas marinhose das activida<strong>de</strong>s relacionadascom a exploração dos recursos pesqueirose energéticos.JORGE BARROSOPeixes resi<strong>de</strong>m em recifes artificiais


14 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013LeitoresA direcção do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe com agradopara publicação a correspondência dos leitores quetratem <strong>de</strong> questões do interesse público. Reserva-seo direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais importantesdas Cartas ao Director <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificadas,publicadas nesta secção.direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.ptIncêndiosflorestais -ninguémnos quer ouvirMais <strong>de</strong> 700 incêndios florestais<strong>de</strong>flagraram nos últimos trêsdias. Bombeiro da Covilhã é o104º a morrer em fogos florestais<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980.Pedro Miguel Rodrigues, <strong>de</strong> 41anos, foi o último soldado da paza falecer ao serviço <strong>de</strong> todosnós… na salvaguarda das nossasvidas e dos nossos bens. Atéquando teremos que assistir aestes trágicos acontecimentos,que se por um lado nos <strong>de</strong>ixamtristes, por outro, <strong>de</strong>ixam-nosum sentimento <strong>de</strong> profundarevolta, porque avisos não faltame nós sabemos que háresponsáveis que aos nossosavisos, olham para o ladoassobiando para o ar. Só no dia 14<strong>de</strong> Agosto se verificaram 253ocorrências, tendo estadoenvolvidos 4966 operacionais e1356 veículos. A 15 <strong>de</strong> Agosto,registaram-se 254 ocorrências.Todos os anos em Janeiro, aAsproCivil-AssociaçãoPortuguesa <strong>de</strong> Técnicos <strong>de</strong>Segurança e Protecção Civil,emite um comunicado <strong>de</strong>imprensa apelando aosintervenientes da GestãoFlorestal para tomarem medidaspreventivas nas suas áreas <strong>de</strong>intervenção. Para além do poucoeco que os órgãos <strong>de</strong>comunicação social fazem <strong>de</strong>steapelo, o que lamentamos, poisparece que (a gran<strong>de</strong> maioria)prioriza a <strong>de</strong>sgraça em<strong>de</strong>trimento do serviço público,parece-nos que <strong>de</strong>veriaminterpelar objectivamente, osresponsáveis pela GestãoFlorestal Nacional eprincipalmente municipal, pelaaparente <strong>de</strong>missão das suasobrigações e omissão das acçõesa que estão legalmenteobrigados.Os incêndios florestais, aocontrário do que todos os anosnos preten<strong>de</strong>m fazer acreditar,não são um <strong>de</strong>sígnio. Antes, sãona sua maioria (tanto igniçõescomo área ardida) potenciados eaté “permitidos” pela ineficáciaou inexistência das medidas <strong>de</strong>prevenção! A prevenção não sefaz quando se aproxima a épocados fogos, nem com meia dúzia<strong>de</strong> painéis e/ou anúncios, aprevenção faz-se com umPrograma Nacional <strong>de</strong>Informação permanente durantetodo o ano, que vise atitu<strong>de</strong>s,comportamentos e medidas <strong>de</strong>prevenção dirigidas aoscidadãos. Contudo, maisimportante que essas acções é aresponsabilização dosproprietários (mesmosingulares), associações <strong>de</strong>proprietários, câmarasCoisas do arco da velhaPortugal comprometeu-se a ven<strong>de</strong>r à Roménia (paísmais pobre da EU) 12 aviões <strong>de</strong> combate F16 e,como quem cabritos ven<strong>de</strong> e cabras não têm,chegou à conclusão que para po<strong>de</strong>r fechar onegócio teria que comprar três novos aviões aosestados Unidos da América. De simples ven<strong>de</strong>dores<strong>de</strong> porta a porta <strong>de</strong> Magalhães eis-nostransformados em intermediários <strong>de</strong> venda <strong>de</strong>armas <strong>de</strong> guerra. E para além <strong>de</strong> apenas ter nove<strong>de</strong>stes aviões, os mesmos para voar precisam <strong>de</strong>um conserto no montante <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 108 milhões<strong>de</strong> euros. Será que alguém <strong>de</strong>sta gente que nosgoverna estará <strong>de</strong>ntro do conceito vulgar <strong>de</strong> ter asfaculda<strong>de</strong>s mentais em or<strong>de</strong>m?Num momento em que Portugal ar<strong>de</strong> <strong>de</strong> vergonhaporque não fez o que <strong>de</strong>via dotando Portugal <strong>de</strong>uma pequena esquadrilha <strong>de</strong> aviões tipo Canadair,embrenhou-se na compra <strong>de</strong> dois submarinos à“fraterna” Alemanha e, no Alfeite ou na Praia daVieira, eles estão vigiando pela nossa <strong>de</strong>fesa. Estacompra e as contrapartidas a favor <strong>de</strong> Portugal jáforam julgadas na Alemanha e parece que vãocomeçar a sê-lo em Portugal, apanhando a Escomdo Grupo Espírito Santo na re<strong>de</strong> da corrupção. Nãohá dinheiro para pagar no dia habitual salários àGNR mas existe dinheiro para outros ganharemcomissões. Nos últimos 50 anos, os portuguesestem na sua indústria <strong>de</strong> fogos um maná para a<strong>de</strong>struição e morte <strong>de</strong> pessoas. Porém, cada ano épior do que o anterior. Este 2013 ficará para sempregravado pelo número <strong>de</strong> morte <strong>de</strong> bombeiros, civis,animais domésticos, casas, pequenas hortasessenciais à subsistência <strong>de</strong> pessoas idosas,<strong>de</strong>struição <strong>de</strong> viaturas dos bombeiros. Nem 5 reismunicipais, concessionárias <strong>de</strong>estradas e auto-estradas, e até opróprio Estado, que nãoefectuam a limpeza das suasmatas, nem tão pouco obriga, a sie a todos os outros proprietários(<strong>de</strong> acordo com termos da Lei) aefectuar essas mesmas limpezas.Ao percebermos que em 2012 achuva abundou, era evi<strong>de</strong>nte eprevisível o crescimento doscombustíveis orgânicos nosespaços rurais e principalmentenas zonas peri-urbanas. Estes,por acção das actuais condiçõesmeteorológicas, naturalmentesecaram e transformaram-se emmatéria orgânica com umaaltíssima combustibilida<strong>de</strong>,aumentando assim aprobabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ignições epotenciando as consequências eduração <strong>de</strong>sses incêndios,tornando-os mais violentos e <strong>de</strong>difícil combate, levando àexaustão <strong>de</strong> homens e avarias <strong>de</strong>veículos.O ano <strong>de</strong> 2013 está a servir <strong>de</strong>prova <strong>de</strong> aferição a algumasopções organizativas eoperacionais, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> jáenten<strong>de</strong>mos inoportunas e quena <strong>de</strong>vida altura serão objecto <strong>de</strong>análise pela AsproCivil, no<strong>de</strong> mel coado pagam pela vida <strong>de</strong> um cidadão quese empenhava no combate <strong>de</strong> uma arte tãoapreciada por alguns, que vivem à custa da tragédiaalheia.Pagar anualmente <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> eurospara atirar para a fogueira do aluguer <strong>de</strong>aviões/helicópteros é um gran<strong>de</strong> negócio. Tal comona guerra colonial, a vida dos nossos cidadãoscontinua a valer zero. Eles pensam: <strong>de</strong>ixa ar<strong>de</strong>r queo seu pai é bombeiro!Ora se existe dinheiro para a compra <strong>de</strong> submarinose F16 talvez que os negociadores sofram <strong>de</strong> algumcomplexo Freudiano ou talvez pensem estudar asformas geométricas <strong>de</strong>stes gigantes aparelhos quemais se assemelham a gran<strong>de</strong>s supositórios. Ouserá a psicanálise que os leva a estes rigores tãoprofundos? Como termo comparativo, sabemoshoje que nos Estados Unidos da América osecretário <strong>de</strong> estado da Justiça, Eric Hol<strong>de</strong>r, seprepara a toda apressa para levar ao banco dos réusaqueles que, em 2008, atentaram contra aeconomia daquele país, principalmente asempresas e os gestores da banca e finançaamericana ou <strong>de</strong> outros países. Por cá, os mesmosmas com nomes sonantes como Oliveira e Costa,que foi tirar o tirocínio ao Estado como secretário<strong>de</strong> estado dos assuntos fiscais, levaram à ruína oBPN e até hoje nada lhes aconteceu, porque quemirá pagar serão os mesmos <strong>de</strong> sempre. Aausterida<strong>de</strong> é uma arte ao alcance <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>irossaqueadores das arcas perdidas. Portugal é umaterra sem lei, porque alguém abocanhou esequestrou o 25 <strong>de</strong> Abril.Ernesto Silva- Marinha Gran<strong>de</strong>entanto, pelo que estamos averificar, continuam-se a revelarerros antigos e pouca capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> inverter resultados.A toda esta realida<strong>de</strong> temos <strong>de</strong>acrescentar a falta <strong>de</strong>Planeamento Urbanístico, a falta<strong>de</strong> Planeamento <strong>de</strong> EmergênciaMunicipal, a falta <strong>de</strong> aceiros epontos <strong>de</strong> água (incluindo parameios aéreos) e <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong>acessos em zonas florestais istosem falar na inexistência dosComandantes OperacionaisMunicipais nos termos da Lei, afalta <strong>de</strong> técnicos especializadosno tratamento <strong>de</strong>sta temática eDRaté a entrega dos SMPC’s a“técnicos” completamenteestranhos ao sector da protecçãocivil, estes, são entre outros,factores que igualmentecontribuem para todas estasituação que todos os anos,infelizmente nos assola.Registamos também a difícilsituação dos corpos <strong>de</strong>bombeiros cujo sector tem vindoa registar uma diminuição <strong>de</strong>efectivos, com as consequênciasdirectas na operacionalida<strong>de</strong><strong>de</strong>sses mesmos CB’s. Nãoaceitamos que todos os anos estarealida<strong>de</strong> se abata sobre o nossopaís sem que se tirem as <strong>de</strong>vidasilações do que aconteceu econtinua a acontecer.Ricardo Ribeiro, presi<strong>de</strong>nte daAsproCivil-AssociaçãoPortuguesa <strong>de</strong> Técnicos <strong>de</strong>Segurança e Protecção Civilgeral@asprocivil.ptEstacionamentopara <strong>de</strong>ficientesRelativamente à carta publicadano <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> em 22-08-2013, com o título“Estacionamento para<strong>de</strong>ficientes”, assinada porAntónio Guarda, esclarece-se:No dia 10 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2013, noseguimento duma comunicação<strong>de</strong> que estava a ocorrer ouacabara <strong>de</strong> ocorrer um assaltonum estabelecimento comercial,esta Polícia fez <strong>de</strong>slocar o carro<strong>de</strong> patrulha da Esquadra da áreaà loja do Pingo Doce, sita nasGalerias S. José, na AvenidaMarquês <strong>de</strong> Pombal. Face ao tipo<strong>de</strong> ocorrência e à urgência dasituação, a viatura policial foiparqueada no local maispróximo e disponível, nomomento. O tempo <strong>de</strong>parqueamento no local foimínimo (cerca <strong>de</strong> 5 minutos),mantendo-se sob a visualizaçãopermanente <strong>de</strong> um elementopolicial. Durante o tempo emque a viatura policial esteveparqueada, não foi a PSPabordada por nenhum condutor<strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> reduzida asolicitar o estacionamento noreferido local.Comando Distrital da PSP <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, Gabinete <strong>de</strong> Apoio aoComando, gac.leiria@psp.ptEsclarecimentoOs problemas que referi emrelação ao site da Câmara <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> foram resolvidos até terça--feira, dia 20 <strong>de</strong> Agosto. Emcausa está uma nota (e-mail) pormim enviada e publicada napágina Leitores, na passadaedição do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, com otítulo Falhas no sítio on-line daCâmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Guilherme Correia


Opinião<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 15Um olhar pelas nossas terrinhasPetróleo Ver<strong>de</strong>FranciscoJ. MafraEsta é o último contacto com os leitores do JL atéàs próximas eleições autárquicas <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong>Setembro. Por isso <strong>de</strong>ixo o país macro por umbreve prazo, o que os políticos <strong>de</strong> Lisboa vãotambém fazer ao longo <strong>de</strong>ste pouco mais <strong>de</strong> um mês.Por mais que digam que se estão lixando para aseleições, vão acompanhá-las com muita atenção,porque a guerra agora é outra. As eleições autárquicassão importantes, pois com elas se trata <strong>de</strong> colocar aspeças fulcrais do xadrez político territorial. Quase tudoo que acontece <strong>de</strong> importante na política, sobretudo noseu lado mau, sombrio, tem a sua génese a nível local,ao nível das “terrinhas”, sendo nestes momentos que a“paisagem” se sobrepõe, e <strong>de</strong> que maneira, a Lisboa. Énessas células locais que se cozinham a cultura e aprática das linhas mais ou menos obscuras dosaparelhos partidários, como dizia há dias Paulo Rangelnum artigo que curiosamente titulava <strong>de</strong> “Cuidado,muito cuidado, com a política <strong>de</strong> secção” (Público,13/8). As direcções partidárias vivem da importação<strong>de</strong>ssas obscuras li<strong>de</strong>s locais como se <strong>de</strong> pão para a bocase tratasse. Nas autárquicas os eleitores têm a ilusão <strong>de</strong>que votam em caras conhecidas, o chamadoconhecimento <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong>. Mas mesmo quandonão lhes impõem “paraquedistas”, o que tambémacontece com frequência, são postos perante boletins<strong>de</strong> voto que, em vez dos nomes dos candidatos, exibemsiglas <strong>de</strong> partidos ou <strong>de</strong> movimentos. E assim se per<strong>de</strong>uma excelente oportunida<strong>de</strong> para o eleitor exercerefectivamente o seu voto em consciência, vetando esteou aquele nome que não conhece ou que até conhece<strong>de</strong> “ginjeira”. Por isso, tal como nas parlamentares, asautárquicas são uma oportunida<strong>de</strong> perdida paraexercer uma <strong>de</strong>mocracia verda<strong>de</strong>ira. A maioria dosUm postal para a ÁsiaNesta crónica apetece-me falar sobre váriascoisas. Pensei primeiro <strong>de</strong>senvolverapenas um dos assuntos, <strong>de</strong>ixando osoutros para outras calendas. Mas, porqueacho que <strong>de</strong> alguma forma eles po<strong>de</strong>m estarrelacionados e porque também po<strong>de</strong>riam per<strong>de</strong>r apertinência, <strong>de</strong>cidi abordá-los a todos.Apetecia-me falar <strong>de</strong>sta súbita melhoria dosíndices económicos, esperando que não sejapassageira, pois po<strong>de</strong>rei não ter oportunida<strong>de</strong> queo justifique nos próximos tempos!Apetecia-me falar sobre livros, porque esteperíodo um pouco mais calmo, com um tempoque apela ao lazer, leva a uma disponibilida<strong>de</strong>maior para a leitura. É também através dos livrosque vamos conhecendo a História, atransformação dos povos e percebendo o quemudou e o que nunca muda.Apetecia-me falar sobre postais, porquecontinua a <strong>de</strong>correr até final <strong>de</strong> Setembro, ainiciativa do clube <strong>de</strong> leitura da Livraria Arquivo,on<strong>de</strong> se convida a todos os amantes da leitura, aescrever e enviar postais sobre os livros que leramnesta época estival. Com eles será feita umaexposição, on<strong>de</strong> postais e livros se cruzam peranteos olhares <strong>de</strong> quem partilha este prazer. Eu, pelaparte que me toca já enviei quatro.Apetecia-me também falar <strong>de</strong> passeios esabores, porque temos um país magnífico, lindo erico em diversida<strong>de</strong>. Das paisagens naturais aoscentros históricos, da gastronomia aos eventosculturais, à reinvenção do comércio tradicionalpela mão dos mais jovens, ao retorno a umaagricultura mais pensada ……. temos potencial,ponto.E porque tudo o que mencionei em cima se fazcom uma economia saudável, mas também fazHelenaSerradorchamados eleitos acabam por ser efectivamentenomeados pelas estruturas partidárias, como, aliás,acontece nas eleições nacionais. O sistema proporcionalvigente transforma assim o nosso voto num quase faz <strong>de</strong>conta! Como se não bastassem estas e outras limitaçõesantigas, temos agora também as “novida<strong>de</strong>s” trazidaspela lei da limitação <strong>de</strong> mandados, um casoparadigmático <strong>de</strong> como se fazem más leis em Portugal.Vamos chegar a 29 <strong>de</strong> Setembro com candidatos queainda não sabem se o são, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do arbítrio dostribunais. Noutros casos vamos votar em candidatosque, ainda que eleitos, não resistirão à supremaclivagem do T. Constitucional e ver-se-ão por issoimpedidos <strong>de</strong> ser empossados. Se acrescentarmos a istoa confusão <strong>de</strong>ixada pelo Relvas a nível das freguesias,po<strong>de</strong>mos fazer uma pequena i<strong>de</strong>ia do que aí virá.Termino com um olhar concreto para os concelhos <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> e à sua volta. Ao contrário <strong>de</strong> muitos outrosconcelhos por esse país fora, parece que estamos livres<strong>de</strong> “dinossauros”, pelo menos a nível <strong>de</strong> câmaras.Contudo, o caso <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, como já foi há 4 anos atrás, éum caso “exemplar” das manobras mais ou menosobscuras dos aparelhos partidários. Um conhecidocomentador, ao fazer há dias o balanço provável das(ainda) capitais <strong>de</strong> distrito, vaticinava para <strong>Leiria</strong> que oPSD tinha acabado para os tempos mais próximos. Afazer fé nisso, só me resta o candidato melhorposicionado - pessoa por quem, aliás, nutro estima econsi<strong>de</strong>ração - e felicitá-lo por mais este passeio triunfalem direcção à chefia da CM <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Eis as “políticas <strong>de</strong>secção” no seu máximo esplendor e as malhas que <strong>de</strong>lasse tecem!Economistacom que a economia se torne saudável, apetecemefalar mais um pouco sobre esta súbita inversãona tendência negativa da nossa economia, que severificou neste último trimestre e que tanto se temvindo a falar nestas últimas semanas. Sabemosque a ligeira diminuição do <strong>de</strong>semprego nãoesteve afeto apenas ao emprego sazonal e que oligeiro aumento nos índices económicos, nãoesteve apenas afeto ao turismo. Há sinais <strong>de</strong> algumcrescimento ao nível do investimento interno oque me faz pensar, que as mudanças que se têmvindo a fazer por este país fora, começam a daralguns frutos ainda que muito subtis, não obstantea governação a que temos estado sujeitos nestesúltimos tempos!Curiosamente, também se tem vindo a falar nadiminuição <strong>de</strong> crescimento dos países asiáticos,nomeadamente da China e da Índia!Surpreen<strong>de</strong>nte? Sim, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tudo o que se falousobre estes países, na sua ascen<strong>de</strong>nte supremaciasobre a Europa e a América, quando a América seenterrava à conta das guerras e a Europa se dividiaà conta da moeda única. Mas o que não mesurpreen<strong>de</strong> é assistir a um recuo <strong>de</strong>sta tendência<strong>de</strong> crescimento na Ásia, pois também foiconstruída à custa <strong>de</strong> muito trabalho escravo. A<strong>de</strong>mocracia e o acesso a uma informação alargadatardaram a chegar, mas chegaram e abriram omundo a muitos que hoje reclamam melhorescondições <strong>de</strong> vida e que farão aos poucosprevalecer os seus direitos. Na América reinvestesee acredita-se novamente no seu potencialhumano, cresce o orgulho do produto nacional.O mundo está em permanente mudança, oHomem também.ArquitectaLeonelPontesPortugal ar<strong>de</strong>. E todos os anos éassim; a floresta é reduzida acinzas, as famílias,nomeadamente as dosbombeiros, choram a perda dos seusentes queridos, há equipamentos<strong>de</strong>struídos pelo fogo, as populaçõeslamentam-se, o ministro expressapalavras <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>, os telejornaisrepetem à exaustão imagensmedonhas; há anos que é assim, e,assim continua ano-após-ano esta via--sacra. Uma via-sacra com as mesmasqueixas; escarneceram, cuspiram-lhe,chicotearam-no, enfiaram-lhe umacoroa <strong>de</strong> espinhos, e por fim pregaremnona cruz. Muitas malda<strong>de</strong>s, malda<strong>de</strong>sa expiar pela fé que acaba sempre portocar no sentimento dos crentes.Porém, um dia, um <strong>de</strong>sses crentessabe-se lá <strong>de</strong> quantas vias-sacras,enquanto ouvia o habitual sermão, nãoaguentou mais e <strong>de</strong>sabafou paraquantos o quiseram ouviam “é muitobem-feito, Jesus, já sabe <strong>de</strong> há muitosanos que é sempre assim, porque é quese mete com gente reles; pró anofazem-lhe o mesmo!...” E pró ano nãohá fé que nos salve, temos mais fogos,mais dinheiro gasto ingloriamente,mais perda <strong>de</strong> riqueza nacional, maisfamílias enlutadas, o mesmo, ou outro,ministro a apressar-se-á a dar palavras<strong>de</strong> conforto e mais promessas <strong>de</strong> quevamos ajudar aqueles que tiveramprejuízos – promessas que se per<strong>de</strong>mno tempo. Mas medidas concretas, porcobro à calamida<strong>de</strong>, essas tardam e atécremos que nunca hão-<strong>de</strong> chegar. E háanos que é assim. É assim agora, masnão era assim no noutro tempo, nãohavia canto quer fosse <strong>de</strong> mata ou fosselá o que fosse, que não fosse roçado; eraum <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> cidadania. Ponto. Poroutro lado, as Matas Nacionais tinhamos extintos Guardas Florestais quecuidavam da proprieda<strong>de</strong> pública.Cuidadores que ao menor sinal <strong>de</strong> fogodavam o alerta a partir dos postos <strong>de</strong>vigia. E hoje? Hoje, dirão os maispuristas: mas isso dá trabalho e<strong>de</strong>spesa. Mas se dá trabalho é bom,porque o que mais temos é gente paratrabalhar. Com efeito, não valerá a penafazer uma análise <strong>de</strong> custo/benefício,quantificando tudo quanto é gastodirecta e indirectamente (prevenção,<strong>de</strong>smatação, limpeza, etc.,) E,concomitantemente, quanto gasta oPaís, com pessoal inaproveitado, vidasperdidas, florestas queimadas, riqueza,material reduzido a sucata, etc., Porquenão voltamos às CircunscriçõesFlorestais que, para além do mais,vigiará espaços privados e públicos e acoberto <strong>de</strong> um Plano <strong>de</strong> FomentoFlorestal, zelam pela proprieda<strong>de</strong>, pelamanutenção da floresta, pelapreservação do nosso “petróleo ver<strong>de</strong>”.Seja-me relevada a presunção, mas se oministério da Agricultura fosse coisa daminha lavra, nem que viessemmilhentas excursões <strong>de</strong> cristas do céu àterra, jamais teríamos aquelas viassacras.Noticias tronitruantes como se oflagelo dos fogos fosse uma romaria;essas acabavam. Acabavam.TOC


16 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013EconomiaFurtos <strong>de</strong> cobre continuam a causarenormes prejuízosDanos Os furtos <strong>de</strong> cobre fazem <strong>de</strong>sesperar os empresários da região. Na semana passada, váriasfábricas da Maceira ficaram sem telefone e internet. Per<strong>de</strong>ram-se contactos e encomendasDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.ptRoubos começaram a ser <strong>de</strong>tectados em 2009O número20Vinte milhões <strong>de</strong> euros. Foi esteo prejuízo registado pelasempresas <strong>de</strong> telecomunicações,em 2012, resultante <strong>de</strong> roubos <strong>de</strong>cobre❚ Os furtos <strong>de</strong> cobre, que ocorrem<strong>de</strong> forma recorrente na região,estão <strong>de</strong>ixar os empresários em<strong>de</strong>sespero. Na semana passada, oroubo <strong>de</strong> cabos <strong>de</strong> telecomunicações<strong>de</strong>ixou várias empresasdo Telheiro, na freguesia da Maceira,sem telefones e sem internetvários dias consecutivos. Destavez, nem a GNR nem a PSP tiveramconhecimento da ocorrência,mas, às empresas visadas,a Telecom terá justificado afalha com “roubo <strong>de</strong> cobre”.“É ridículo, só este ano aconteceu-nostrês vezes” diz, em jeito<strong>de</strong> <strong>de</strong>sabafo, António Febra,presi<strong>de</strong>nte da Geco, empresa <strong>de</strong>mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong> injecção para a indústria<strong>de</strong> plásticos. Com instalaçõessediadas na Maceira, a fabricanteconta com empresas em diversospontos do globo, empregandocerca <strong>de</strong> 300 trabalhadores. “Parauma empresa que exporta, é muitograve não po<strong>de</strong>r contactar nemser contactado. Per<strong>de</strong>m-se clientespor não se lhes po<strong>de</strong>r dar resposta”,frisa o empresário, paraquem há que <strong>de</strong>ter os responsáveis.Devido ao furto <strong>de</strong> cabos, aGeco ficou sem telecomunicaçõesentre segunda-feira e quinta-feiraà tar<strong>de</strong>. “Um cliente pediu-nosa cotação para um conjunto<strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s e, por falta <strong>de</strong> comunicação,ficámos fora da corrida”,nota o empresário. “O clientetinha urgência e entregou o trabalhoa outros, sem po<strong>de</strong>rmosexplicar a situação. Foram mais<strong>de</strong> 20 mol<strong>de</strong>s que se per<strong>de</strong>ram”,lamenta António Febra.Fernando Duarte, funcionárioda Dexprom - uma outra fábrica<strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s com instalações noTelheiro e presença em váriosponto do mundo – confirma aoJORNAL DE LEIRIA que a empresaficou sem telefones <strong>de</strong> segundaa quinta-feira. Contactadapela Dexprom, a Telecom terádito à empresa que a falha se <strong>de</strong>viacom roubo <strong>de</strong> cabos.Celeste Sebastião, responsávelpela logística na Bastrans Transportes,da Maceira, consi<strong>de</strong>ra a situação“muito aborrecida”. Bastariaque a falha <strong>de</strong> internet seprolongasse por mais uns instantespara que a transportadora <strong>de</strong>ixasse<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r cumprir com o pagamento<strong>de</strong> IRS e Taxa SocialÚnica, frisa a colaboradora. “Devez em quando acontece”, confirmaa funcionária da ClínicaMédica Dentária Vale da Fonte, localizadana mesma freguesia, sublinhandoque “já ninguém vivesem telecomunicações”, mesmono caso da marcação <strong>de</strong> consultasmédicas.Problema foi reportadoao Governo“É um problema que existe há vá-RICARDO GRAÇArios anos nesta localida<strong>de</strong>, admiteVítor Santos, presi<strong>de</strong>nte daJunta <strong>de</strong> Freguesia da Maceira. Sea situação foi minimizada na zonaSul da freguesia com a instalação<strong>de</strong> cabos <strong>de</strong> fibra óptica, o mesmonão suce<strong>de</strong>u na zona Norte daMaceira, on<strong>de</strong> a Telecom aindanão proce<strong>de</strong>u à substituição doscabos.Além dos constrangimentosque coloca à população, o furtorecorrente <strong>de</strong> cabos causa às empresas“prejuízos <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong>NúmerosMarinha e <strong>Leiria</strong>mais penalizadosSegundo dados da PSP, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>Janeiro a 22 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong>steano, foram registadas na região112 ocorrências <strong>de</strong> furto <strong>de</strong>metais não preciosos, valoridêntico ao mesmo período doano 2012, existindo “umagran<strong>de</strong> incidência no furto <strong>de</strong>fio <strong>de</strong> cobre”. A mesma fonterevela que “o furto <strong>de</strong> metaisnão preciosos ocorremaioritariamente nosconcelhos da Marinha Gran<strong>de</strong>e <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”.Para informar sobre este tipo<strong>de</strong> roubos na sua área <strong>de</strong>actuação, o JORNAL DE LEIRIAcontactou também a GNR que,até ao final da edição, não foipossível ouvir. Já a nívelnacional, e <strong>de</strong> acordo com umareportagem do Porto Canal,apurou-se que, só em 2012,foram registadas mais <strong>de</strong>16600 ocorrências associada aroubo <strong>de</strong> cobre em todo o País,que atingiram cerca <strong>de</strong> 700 milpessoas.Só as empresas <strong>de</strong>telecomunicações tiveramprejuízos na or<strong>de</strong>m dos 20milhões <strong>de</strong> euros. Nasequência <strong>de</strong>stes furtos foram<strong>de</strong>tidas 465 pessoas e o cobrerecuperado chegou às 76toneladas, ou seja, oequivalente a meio milhão <strong>de</strong>euros.O fenómeno do roubo <strong>de</strong> cobre,que começou a ser <strong>de</strong>tectadoem 2009, traduz-seactualmente numa média <strong>de</strong>30 furtos por dia.euros”, porque se “per<strong>de</strong>m encomendas”,reconhece o autarca,que já participou a situação àAssembleia da República e aoMinistério da Administração Interna.A mesma atitu<strong>de</strong> teve a AssociaçãoEmpresarial da Região <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, que há dois anos expôs aquestão a diferentes ministérios.Até ao fecho <strong>de</strong> edição, não foipossível ouvir ao JORNAL DELEIRIA a Telecom sobre esta matéria.


Economia<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 17Pescado apreendido na Vieira e na NazaréEntre carapau e pescada branca, a GNR apren<strong>de</strong>usexta-feira 840 quilos <strong>de</strong> peixesubdimensionado. As apreensões <strong>de</strong>correram noporto <strong>de</strong> abrigo da Nazaré e na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>. Consi<strong>de</strong>rado próprio para consumo, o pescadofoi distribuído por instituições <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>.Projecto prevê criação <strong>de</strong> emprego na Marinha Gran<strong>de</strong>Promoplás investe 1,3 milhõesem mo<strong>de</strong>rnização tecnológicaRankingBatalha entreos concelhoscom menos<strong>de</strong>sempregoDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ A fabricante <strong>de</strong> produtos plásticosPromoplás, da Marinha Gran<strong>de</strong>,está a avançar para um novo projecto<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e inovaçãoda produção, um investimento <strong>de</strong>cerca <strong>de</strong> 1,3 milhões <strong>de</strong> euros, queconta com apoio comunitário.De acordo com um dos gerentes,Edgar Batista, com este projecto eaté 2015, a Promoplás preten<strong>de</strong>substituir equipamentos mais antigospor tecnologia actual, optimizarprocessos produtivos, eapostar na divulgação dos produtos,através da presença em váriasfeiras internacionais.Até 2015, a Promoplás preten<strong>de</strong>ainda aumentar os recursos humanosqualificados, <strong>de</strong>signadamentena área da produção e daqualida<strong>de</strong>, uma vez que o seu propósitoé obter também certificaçãona área do ambiente e da segurançaalimentar.“Esperamos que, <strong>de</strong> imediato,seja mo<strong>de</strong>rnizado o parque <strong>de</strong> máquinase seja optimizado o processoprodutivo. Nos próximosmeses, consi<strong>de</strong>ramos que a presençaem feiras vá resultar na consolidaçãodas exportações, na expansão<strong>de</strong> algumas áreas <strong>de</strong> negóciomais recentes, como a das embalagens,e numa aposta nos domínioson<strong>de</strong> a Promoplás semprese distinguiu, como é o caso daspromoções”, explica o gerente.❚ A apanha <strong>de</strong> bivalves está temporariamenteproibida em quasetoda a costa <strong>de</strong>vido à presença <strong>de</strong>toxinas, informa o site do InstitutoPortuguês do Mar e da Atmosfera(IPMA). Segundo o IPMA, aproibição resulta da “presença <strong>de</strong>fitoplâncton produtor <strong>de</strong> toxinasmarinhas ou <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> toxinasacima dos valores regulamentares”.Entre outras proibições, estáa comercialização e o consumo <strong>de</strong>todas as espécies <strong>de</strong> bivalves provenientesda costa entre Vila Real<strong>de</strong> Santo António e Tavira, entre Sinese Setúbal (excepto navalha,ameijoa branca e ameijola), entreLisboa e Peniche (excepto castanhola)e na Ria <strong>de</strong> Aveiro (exceptoameijoa japonesa).Diversificar produção tem sido uma das estratégias <strong>de</strong>sta empresaAlém <strong>de</strong>ste investimento, a Promoplásestá a preparar outro projecto,ainda em fase <strong>de</strong> teste, quepassa pela produção <strong>de</strong> dispositivos<strong>de</strong> segurança para colheitas <strong>de</strong>sangue para análises clínicas.Ao longo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 30 anos <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>, a Promoplás tem apostadona produção diversificada,Interdição em várias praias do PaísApanha <strong>de</strong> bivalves proibida<strong>de</strong>vido a toxinasProibição abrange quase toda acostaque lhe permite operar em váriasáreas <strong>de</strong> negócio e em diferentesmercados. Fabrica, entre outrosartigos, produtos <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> doméstica;embalagens para fins industriais;componentes para pequenoselectrodomésticos; e produtosassociados a campanhas<strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> marcas como a❚ A Autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Segurança Alimentare Económica (ASAE) anunciouterça-feira, no portal da internet,a apreensão, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o iníciodo ano, <strong>de</strong> 33470 litros <strong>de</strong> azeite, novalor <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 90 mil euros, e <strong>de</strong>227850 rótulos e etiquetas.As apreensões resultaram <strong>de</strong> acções<strong>de</strong> fiscalização feitas a produtores,embaladores, armazenistase gran<strong>de</strong>s distribuidores. “Emnenhuma das situações <strong>de</strong>tectadasé susceptível <strong>de</strong> pôr em risco a segurançae saú<strong>de</strong> dos consumidores,nacionais ou estrangeiros, tratando-seexclusivamente <strong>de</strong> processos<strong>de</strong> frau<strong>de</strong> económica ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficienteinformação ao consumidor”,sublinha a ASAE. As 46 amostras<strong>de</strong> azeite <strong>de</strong> diferentes marcasPROMOPLÁSDanone, Oreo ou Milka. A exportação(directa) representa 40%das vendas <strong>de</strong>sta empresa, on<strong>de</strong>o volume <strong>de</strong> negócios ascen<strong>de</strong> atrês milhões <strong>de</strong> euros. Espanha,países da Europa Central e <strong>de</strong>Leste são os seus principais mercadosexternos. Emprega 21 trabalhadores.Fiscalização <strong>de</strong>tecta frau<strong>de</strong> económicaASAE apreen<strong>de</strong>u este ano mais<strong>de</strong> 33 mil litros <strong>de</strong> azeitee categorias foram colhidas aleatoriamenteem mercados, feiras eno comércio a retalho.Estes dados foram divulgados odia em que a associação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesados consumidores Deco revelouum estudo que fez a 25 marcas <strong>de</strong>azeite, on<strong>de</strong> concluiu que cinco <strong>de</strong>lasnão respeitavam a legislação:uma não era azeite e quatro eram“azeite virgem” e não “azeite virgemextra”, como <strong>de</strong>screviam osrótulos. A ASAE informa aindaque, na sequência das acções <strong>de</strong> fiscalização,instaurou cinco processos-crimepor géneros alimentíciosfalsificados e seis processos <strong>de</strong>contra-or<strong>de</strong>nação por falta, inexactidãoou <strong>de</strong>ficiência na rotulagem.❚ A seguir a Vila do Bispo e a Alcanena,que ocupam, respectivamenteo primeiro e o segundo lugar,Batalha alcança a terceira posiçãono ranking dos <strong>de</strong>z melhoresconcelhos do País, no que respeitaao <strong>de</strong>semprego. Estas são as conclusõesdo Dinheiro Vivo, que cruzoudados relativos ao número <strong>de</strong><strong>de</strong>sempregados inscritos nos Centros<strong>de</strong> Emprego em Julho <strong>de</strong> 2013e os dados dos Censos 2011 relativosà população em ida<strong>de</strong> activa.Assim, abaixo da taxa média do <strong>de</strong>sempregonacional (16,4%), emVila do Bispo apenas 6,5% da populaçãoem ida<strong>de</strong> activa está <strong>de</strong>sempregada;em Alcanena, a mesmataxa atinge 7,3% <strong>de</strong>sta população;e, na Batalha, atinge 8,1% dapopulação apta a trabalhar. Deacordo com os Censos, na Batalharesi<strong>de</strong>m 7762 pessoas em ida<strong>de</strong>activa. Destas, revela o IEFP, 632 estãoregistadas como <strong>de</strong>sempregadas.Para o presi<strong>de</strong>nte da câmara,os dados evi<strong>de</strong>nciam “enorme dinamismodo tecido empresarialconcelhio que soube antever, comgran<strong>de</strong> mérito, o momento económicoadverso que o País atravessa”.Empreen<strong>de</strong>dorismoMunicípiosdo Pinhal Litoralpromovem i<strong>de</strong>ias<strong>de</strong> negócio❚ A Comunida<strong>de</strong> Intermunicipaldo Pinhal Litoral está a implementarum projecto <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismopara a região, que passapela realização <strong>de</strong> sessões <strong>de</strong>Criativida<strong>de</strong> e Capacitação <strong>de</strong>stinadasa todos os que tenham umai<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> negócio ou pretendamaprofundar competências para o<strong>de</strong>senvolvimento do negócio ouempresa. Na Batalha, as sessões sobreCriativida<strong>de</strong> realizam-se na câmara,dia 2 <strong>de</strong> Setembro (das 9:30às 13horas); em Pombal, as sessõesalusivas ao mesmo tema <strong>de</strong>corremna biblioteca municipal,dia 3 (entre as 9:30 e as 13 horas); naMarinha Gran<strong>de</strong> têm lugar naOpen, dia 4 (das 14:30 às 18 horas);em Porto <strong>de</strong> Mós efectuam-se noEspaço Jovem, dia 2 (das 14:30 às 18horas); e em <strong>Leiria</strong> são promovidasno Centro Associativo Municipal,dia 3 (das 14:30 às 18 horas). Seguem-se,no mesmo mês, váriassessões sobre Capacitação.


18 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013EconomiaMuseu da Batalha na revista da TAPO Museu da Comunida<strong>de</strong> Concelhia da Batalha fazparte dos locais turísticos <strong>de</strong>stacados na revista daTAP. Segundo a publicação da companhia aérea, emcausa está um “projecto museológico inovador, quepromove a cultura, o conhecimento e o património”.Batalha GrupoPestana parceirodo Centro <strong>de</strong> BTTQuase 250 mil penhoras em seis mesesRICARDO GRAÇAFátima RestauranteO Crispim lançanovo siteO Grupo Pestana quer associar-seao Centro <strong>de</strong> BTT da Batalha – Piado Urso, através <strong>de</strong> uma parceriaentre o centro e a Pousada Con<strong>de</strong><strong>de</strong> Ourém, manifestando ointeresse daquela instituição emapostar nas áreas do TurismoActivo e <strong>de</strong> Natureza. Para AntónioLucas, presi<strong>de</strong>nte da autarquia,trata-se <strong>de</strong> uma sinergia capaz <strong>de</strong>gerar fluxo turístico, potenciando,por essa via, mais riqueza eemprego na região.Prestes a celebrar 45 anos, orestaurante O Crispim lança umnovo site, que preten<strong>de</strong> ser o“cartão <strong>de</strong> visita virtual” <strong>de</strong>steespaço típico situado em Lombad'Égua, Fátima. Disponível emPortuguês e Inglês, este sítio dainternet permite <strong>de</strong>scobrir orestaurante e a sua história, amelhor forma <strong>de</strong> chegar ao local,a ementa habitual e atépropostas para quem queiraexperimentar outros pratostípicos.Habitação Bancoslançam créditopara pagar rendasDRResponsável pelo travão no créditopara aquisição <strong>de</strong> habitaçãoprópria, a banca apresenta agoraprodutos para quem quer arrendar.Segundo o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios, essesempréstimos procuram satisfazernecessida<strong>de</strong>s financeiras iniciaisdos contratos, como pagar acaução, mas apresentam juroselevados face àqueles que sepo<strong>de</strong>m obter numa compra.Emprego Portuguesestrabalham maisque a média da UEInvestimento “Vistosdourados” valem 85milhões <strong>de</strong> eurosOs portugueses trabalham maisuma hora por semana do que amédia dos parceiros da UniãoEuropeia, e estão em segundolugar, <strong>de</strong>pois dos ingleses, na lista<strong>de</strong> quem passa mais tempo noemprego. Segundo o estudoOportunida<strong>de</strong>s laborais esatisfação no emprego, feito pelaA<strong>de</strong>cco a partir <strong>de</strong> dados doEurostat, os portuguesestrabalham 41,3 horas semanais. Amédia da UE é <strong>de</strong> 40,4 horas.No primeiro semestre do ano, a Segurança Socialrealizou 249.468 penhoras, mais 36% face aomesmo período <strong>de</strong> 2012. Em causa estão cerca <strong>de</strong>três milhões <strong>de</strong> euros. Citando o Ministério daSolidarieda<strong>de</strong>, Emprego e Segurança Social, oDiário Económico refere que as penhoras são“essencialmente <strong>de</strong> contas bancárias, IVA, IRS ecréditos” e que as “casas <strong>de</strong> morada <strong>de</strong> famíliacontinuam a não ser, em regra, objecto <strong>de</strong>penhora/hipoteca”, uma <strong>de</strong>cisão do ministérioque já tem mais <strong>de</strong> um ano. Confrontados com apenhora, os contribuintes optam na maioria doscasos por um plano <strong>de</strong> pagamento da dívida emprestações. A Segurança Social po<strong>de</strong> então aceitarhipotecas <strong>de</strong> imóveis para garantia do plano e, emcaso <strong>de</strong> incumprimento, as garantias po<strong>de</strong>m serexecutadas se em causa não estiverem imóveisque sirvam <strong>de</strong> habitação, nota a fonte oficial.O programa dos “vistosdourados” (Autorização <strong>de</strong>Residência para Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Investimento), lançado por PauloPortas enquanto ministro dosNegócios Estrangeiros, começa aapresentar resultados. Segundo aVisão, entre 30 <strong>de</strong> Junho e 16 <strong>de</strong>Agosto, o investimentocorrespon<strong>de</strong>nte à atribuição dosglo<strong>de</strong>n visa aumentou 143%, <strong>de</strong>35 milhões para 85 milhões <strong>de</strong>euros. O número <strong>de</strong> vistospassou <strong>de</strong> 47 para 137.Leiturasdasemana (https://www.facebook.com/livraria.arquivo)25 anos <strong>de</strong> Portugal EuropeuCoord.: Augusto MateusEditora: Fund. F. Manuel dos SantosO estudo analisa o <strong>de</strong>senvolvimento da economia e dasocieda<strong>de</strong> portuguesas, ao longo dos primeiros 25 anos<strong>de</strong> integração na União Europeia. O livro encontra-seorganizado em quatro partes. Nos Olhares, observa-se aevolução da economia e da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a a<strong>de</strong>são àUnião Europeia. Nos Retratos, cinquenta indicadoressintetizam o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Portugal face à UniãoEuropeia. Nos Fundos, analisa-se o financiamentoestrutural disponibilizado a Portugal. Nos Roteiros, sãoexemplificados caminhos <strong>de</strong> interpretação quepercorrem a informação estatística concentrada emolhares, retratos e fundos.Tu <strong>de</strong>sejas, tu conquistasDavid C.M. CarterEditora: NascenteTornar-se na melhor versão <strong>de</strong> si próprio é a escolhamais importante que você alguma vez fará. Quem o dizé David C. M. Carter, o coach e mentor exclusivo dosgran<strong>de</strong>s lí<strong>de</strong>res, e autor <strong>de</strong>ste inovador livro, no qualpela primeira vez partilha os seus segredos. Para cadapasso, o autor apresenta exemplos e exercíciospráticos. Defina o que <strong>de</strong>seja, estabeleça metasrealistas e transforme todos os seus <strong>de</strong>sejos emconquistas. Você po<strong>de</strong> obter tudo o que <strong>de</strong>seja. Está<strong>de</strong>stinado a alcançar os seus sonhos! Todas as suasrelações, sejam familiares, laborais ou <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>,<strong>de</strong>vem ser feitas <strong>de</strong> alegria e felicida<strong>de</strong>.


Economia<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 19Empresários dizem-se“prejudicados” e falam em “concorrência <strong>de</strong>sleal”Hoteleiros <strong>de</strong> S. Pedro <strong>de</strong> Moelatacam bungalowsDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ O investimento dos parques <strong>de</strong>campismo na construção <strong>de</strong> bungalows,habitações amovíveis, que chegama disponibilizar quartos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,casa <strong>de</strong> banho, electrodomésticos,aquecimento e utensílios<strong>de</strong> cozinha, estarão, segundo algunsempresários, a “prejudicar” o negócio<strong>de</strong> alguns hotéis e resi<strong>de</strong>nciais.Embora existam casas <strong>de</strong>stas em várioslocais, foi em S. Pedro <strong>de</strong> Moelque o JORNAL DE LEIRIA encontrouvozes <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontentamento.“Po<strong>de</strong>m não prejudicar unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> maior categoria, mas às resi<strong>de</strong>nciaise hotéis <strong>de</strong> duas estrelasos bungalows prejudicam imenso”,expôs um empresário <strong>de</strong> S. Pedro <strong>de</strong>Moel. No seu alojamento, um quartopara dois, com pequeno-almoço,custa 60 euros por dia. Ora, “porpouco mais que isso, põem-se cincoou seis pessoas num bungalow”.Suce<strong>de</strong> que, para ter duas estrelas,a sua unida<strong>de</strong> tem <strong>de</strong> respeitar váriascondições, entre elas, ter casas<strong>de</strong> banho privativas. Além disso,lembra, é preciso pagar aos empregadose pagar Imposto Municipalsobre Imóveis (IMI). “Gostava <strong>de</strong>saber se pagam IMI para teremaquelas casinhas”, atira o empresário,convencido <strong>de</strong> que em causaestá “concorrência <strong>de</strong>sleal”.Na mesma praia, outro hoteleirodiz-se prejudicado, lamentando quenada tenha sido feito para impedir ainstalação <strong>de</strong> bungalows. Uma terceiraempresária admite que aquelasestruturas concorrem com o seu estabelecimento.“A classe média estásem dinheiro” e escolhe locais on<strong>de</strong>po<strong>de</strong> instalar-se e cozinhar, nota aproprietária, para quem “<strong>de</strong>sleais”são aqueles que arrendam casa sem<strong>de</strong>clarar activida<strong>de</strong>.Estanislau Pereira, da AssociaçãoComercial e Industrial da MarinhaGran<strong>de</strong>, “lamenta”, masnem a associação nem a autarquiaBungalows ganham a<strong>de</strong>ptos em vários parques da regiãoOrbitur recorda a leiBungalows são taxados <strong>de</strong> forma diferenteJaime Teixeira lembra que,segundo a Portaria 1320/2008,nos parques <strong>de</strong> campismo ecaravanismo os apartamentos eos bungalows são consi<strong>de</strong>radosalojamentos complementares,tendo lugar previsto nestesserviços, a par das piscinas,campos <strong>de</strong> jogos, minimercados,bares e restaurantes.Sendo cada parque <strong>de</strong> campismoe caravanismo um sóempreendimento, “é como talque é sujeito às diferentescontribuições e impostos,incluindo o IMI, assim comooutras obrigações <strong>de</strong> carácterlegal, que não impen<strong>de</strong>m sobre ageneralida<strong>de</strong> da hotelaria ealojamento local (por exemplo,em matéria <strong>de</strong> custos <strong>de</strong>prevenção <strong>de</strong> fogos das zonasvizinhas)”, prossegue oresponsável. Segundo a lei, “osbungalows, enquantoequipamentos pré-fabricados eamovíveis, são classificadoscomo alojamento complementar<strong>de</strong> campismo e caravanismoquando aí integrados, estandosujeitos a regras <strong>de</strong> instalaçãopróprias, dadas as suaslimitações e características <strong>de</strong>ocupação muito sazonal. Nãosendo edificações, não po<strong>de</strong>mser equiparados a unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>alojamento local ou mesmoestabelecimentos hoteleiros e,por isso mesmo, taxados damesma forma”. Quanto à área <strong>de</strong>ocupação dos parques, no casodas instalações complementaresexistem também limites,fixando um “máximo <strong>de</strong>ocupação da área acampável até25%”.A<strong>de</strong>pombal reabre portas em SetembroA<strong>de</strong>ga Cooperativa prepara-se para receber uvas brancas❚ A A<strong>de</strong>ga Cooperativa <strong>de</strong> Pombal,CRL (ADEPOMBAL) vai voltar aabrir as portas em Setembro, apósum período <strong>de</strong> inactivida<strong>de</strong>. A associaçãovai captar uvas brancas(preferencialmente) produzidas emtoda a região Centro, <strong>de</strong>signadamente<strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> à Bairrada, on<strong>de</strong>se encontram as bagas <strong>de</strong> excelência.O objectivo é concentrar o produtoque será comercializado emforma <strong>de</strong> sumo pela INDUMAPE –Industrialização <strong>de</strong> Frutas, empresacom quem a A<strong>de</strong>pombal estabeleceuuma parceria.As duas entida<strong>de</strong>s, juntamentecom a Caixa <strong>de</strong> Crédito AgrícolaMútuo <strong>de</strong> Pombal, enten<strong>de</strong>ramDANIELA FRANCO SOUSApo<strong>de</strong>m actuar, quando os bungalowsestão em espaço privado efuncionam segundo a lei. Critica,também, a economia paralela geradaem torno do arrendamentoimobiliário.O JORNAL DE LEIRIA solicitouposição à Inatel e à Orbitur, mas sóa segunda respon<strong>de</strong>u até ao fecho <strong>de</strong>edição. “Compreen<strong>de</strong>mos quenuma época em que o sector do turismoatravessa gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s,a oferta possa nalgumas zonasdo País ser superior à procura e, porisso, se levantem questões várias emmatéria <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> dos diferentesoperadores”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> JaimeTeixeira, presi<strong>de</strong>nte da ComissãoExecutiva da Orbitur, associandoas dificulda<strong>de</strong>s à redução <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<strong>de</strong> compra e à supressão <strong>de</strong> dias feriadose <strong>de</strong> férias. Frisa que a Orbitur“sempre cumpriu a legislação nacional”(ver caixa), <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo que“é necessário continuar a trabalharem prol do turismo nacional, promovendoa marca Portugal”.viabilizar as instalações e os equipamentosda A<strong>de</strong>pombal com aprodução <strong>de</strong> mosto fresco amuado<strong>de</strong>stinado ao fabrico <strong>de</strong> sumo concentrado.“Trata-se <strong>de</strong> um produtocom valor e interesse no mercadonacional e internacional, nomeadamenteno sector alimentar<strong>de</strong>ntro e fora da indústria do vinho”,salienta a cooperativa em comunicado.A direcção da cooperativaacredita que a parceria “irá,não só permitir a recuperação <strong>de</strong>uma instituição <strong>de</strong> referência naprodução <strong>de</strong> vinho na região, comotambém revitalizar o sector, emcondições mais favoráveis para osvitivinicultores portugueses”.Caldas da RainhaNova loja <strong>de</strong> roupamultimarcasChama-se A Cartola a maisrecente loja <strong>de</strong> roupa multimarcasdas Caldas da Rainha, situada naRua Miguel Bombarda. É umaaposta em “roupa jovem eirreverente”, vocacionada para opúblico dos três meses aos 16anos. Além <strong>de</strong> outras insígnias,promove valores regionais.Através <strong>de</strong> parcerias com<strong>de</strong>signers locais, entida<strong>de</strong>spúblicas e privadas, preten<strong>de</strong>oferecer produtos <strong>de</strong>senvolvidosna região.Marketing Formaçãopara imobiliáriasem <strong>Leiria</strong>Seja uma imobiliária <strong>de</strong> sucesso,assim espera a Possibilida<strong>de</strong>sInfinitas, empresa organizadora<strong>de</strong>ste workshop, a <strong>de</strong>correr nacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, dia 18 <strong>de</strong>Setembro, entre as 9 e as 18 horas.De acordo com os promotores,esta iniciativa preten<strong>de</strong> ser umworkshop muito prático, on<strong>de</strong>serão abordados diferentes temas,tais como sucesso, planeamentoestratégico, vendas, gestão <strong>de</strong>tempo e marketing pessoal.Alvaiázere Workshopsobre medidas<strong>de</strong> financiamentoMedidas <strong>de</strong> financiamento easpectos financeiros da gestãoserão o tema do workshop, que serealiza dia 5 <strong>de</strong> Setembro noMuseu Municipal <strong>de</strong> Alvaiázere,das 17:30 às22 horas, eventoorganizado pela Comunida<strong>de</strong>Intermunicipal do Pinhal InteriorNorte. A iniciativa conta com oformador Sérgio Póvoas e dirige--se a potenciais empreen<strong>de</strong>dores,empresários, e quadros <strong>de</strong>empresas do Pinhal InteriorNorte.Ourém CET <strong>de</strong>Fabricação Automáticana escola profissionalA Escola Profissional <strong>de</strong> Ourém e aEscola Superior <strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong>Abrantes do Instituto Politécnico<strong>de</strong> Tomar dinamizam o Curso <strong>de</strong>Especialização Tecnológica (CET)na área <strong>de</strong> Fabricação Automática,a iniciar em Outubro. O CET será<strong>de</strong>senvolvido nas instalações daEPO em regime pós-laboral, incluiconcepção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>meios <strong>de</strong> produção, análise <strong>de</strong>produtos e execução <strong>de</strong> trabalhosem CAD/CAM.


20 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013EconomiaPequenas gran<strong>de</strong>s contradiçõesLi<strong>de</strong>rança e ResultadosMiguelGuarinoTodos os ciclos económicos são marcadospor momentos <strong>de</strong> viragem. Essesmomentos po<strong>de</strong>m ser, à data da suaocorrência, imperceptíveis ou malinterpretados pois a sua verda<strong>de</strong>ira relevânciaapenas po<strong>de</strong> ser aferida posteriormente, quando ahistória for contada. Por este motivo, anunciar aperpetuação da crise ou a chegada da retoma sãoexercícios meramente <strong>de</strong> adivinhação. Claro que aretoma chegará, inevitavelmente, e nesse dia oúltimo a gritar por ela colherá os louros própriosdo arauto da bonança. Mas essa é outra questão…Surgem por estes dias notícias <strong>de</strong> sentidocontrário que ora salientam o valor astronómicoda dívida pública ora assinalam a evoluçãofavorável <strong>de</strong> alguns indicadores económicos. O<strong>de</strong>staque é dado a um ou outro lado da questãoem função da mensagem-objectivo; quem anunciaa retoma exulta com as boas notícias e quemprocura caminhos alternativos endurece odiscurso com o avolumar da dívida.Boas notícias primeiro. A imprensa vai dandoconta <strong>de</strong> que o valor dos imóveis tem subido,chegando a variações <strong>de</strong> 10%. O mercadoimobiliário é um exemplo linear <strong>de</strong> oferta eprocura. Se existem casas à venda em excesso, opreço cai; se pelo contrário há mais pessoas aprocurar casas, ou pelo menos as mesmas casas,então o preço sobe. O cenário <strong>de</strong> aumento dopreço das casas reflecte, portanto, um aumento dopo<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra dos (alguns?) portugueses e issosó po<strong>de</strong> ser um bom sinal. Adicionalmente hátambém rumores <strong>de</strong> novas linhas <strong>de</strong> crédito paraempresas e <strong>de</strong> mais algum investimentoOportunida<strong>de</strong> ou ameaça?Nos tempos que correm, ainternacionalização e oempreen<strong>de</strong>dorismo são temas em voga eque pululam nos media enquanto factoresdinamizadores da economia nacional. Se o número<strong>de</strong> vezes em que aparecem referenciados emjornais, revistas, tv e internet contribuísse para aeconomia nacional, <strong>de</strong>certo não estaríamos emrecessão. Urge, por isso, <strong>de</strong>smistificar o seucontributo.Numa das correntes teóricas mais conhecidas noâmbito da internacionalização, é assumido que oprocesso <strong>de</strong> internacionalização <strong>de</strong>ve ser encaradocomo um processo incremental <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong>conhecimento dos mercados externos, obtenção <strong>de</strong>recursos e <strong>de</strong> redução da incerteza. Actualmente,as vicissitu<strong>de</strong>s do comércio internacionalpropiciam o nosso posicionamento peladiferenciação (via inovação, qualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sign,entre outros) dos produtos/serviços oferecidos. Aconsolidação <strong>de</strong>ste posicionamento, <strong>de</strong>sprovido davisão míope da política <strong>de</strong> baixos salários comomo<strong>de</strong>lo competitivo, permitirá criar bases para acompetitivida<strong>de</strong> da economia portuguesa nomundo globalizado em que vivemos. Como tal,ciente <strong>de</strong> que uma relação sustentável com omercado externo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma visão a longoprazo para a economia portuguesa, parece-me claroque o mercado interno não <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scuradocomo tem sido até aqui. No entanto, apesar domercado interno ter caído em esquecimento, existeum fenómeno emergente a que o actual executivonão tem poupado esforços para o tornar visível.Paralelamente ao apelo da internacionalização,última centelha <strong>de</strong> fé para o crescimentoeconómico sebastianista (ele aparecerá um dia),GonçaloNunoRodriguesBrásestrangeiro, principalmente angolano, que po<strong>de</strong>rátrazer alguma dinâmica à nossa necessitadaeconomia.Agora as más notícias. O valor da dívida públicacontinua a subir o que significa que o Paíscontinua a gastar mais do que produz. Tendo porbase os números do último trimestre, se Portugalnão fizesse outra coisa que não pagar a dívida como produto do trabalho <strong>de</strong> todos os contribuintesseriam necessários 1 ano e 4 meses para acabarcom este fardo. Mais, a notícia <strong>de</strong> que este teriasido um trimestre positivo encerra em si umaestranha contradição já que, se é verda<strong>de</strong> que oritmo da recessão abrandou para cerca <strong>de</strong> 1%,também é verda<strong>de</strong> que nela continuamos, ou seja,<strong>de</strong>vemos mais hoje do que há 3 meses atrás.Precisamos <strong>de</strong> mais notícias positivas parasustentar a força <strong>de</strong> uma eventual retoma. Énecessário que as previsões sobre o défice não se<strong>de</strong>sviem muito do verificado, tanto a nível doconsumo interno como <strong>de</strong> receita fiscal; a balançacomercial <strong>de</strong>ve ganhar mais pujança, mais por viado crescimento das exportações do que porretracção das importações; os valores <strong>de</strong>investimento, externo ou público, terãonecessariamente <strong>de</strong> crescer.Assim, verificadas estas premissas, qualquernotícia <strong>de</strong> sentido contrário, que as haverá, nãoserão mais que pequenas contradições que nãoescon<strong>de</strong>rão o caminho. Até lá, a contradição é talque se torna impossível perceber se as boas oumás notícias estão a ganhar este confronto.Consultorassiste-se, no plano interno, a um incentivogeneralizado ao empreen<strong>de</strong>dorismo.O empreen<strong>de</strong>dorismo, associado à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>inovação, criativida<strong>de</strong>, dinamismo, autonomia esentido <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>rá alimentar ainternacionalização da economia portuguesapotenciando a sua diferenciação, a qual, emoposição à competitivida<strong>de</strong> pela redução doscustos <strong>de</strong> produção, po<strong>de</strong>rá fazer a diferença noexigente mercado externo. Neste sentido, convémdiferenciar o empreen<strong>de</strong>dorismo por necessida<strong>de</strong>do empreen<strong>de</strong>dorismo por oportunida<strong>de</strong>. Oprimeiro está associado à criação <strong>de</strong> auto-emprego<strong>de</strong>vido ao emprego que se per<strong>de</strong>u ou à própriasaturação do mercado <strong>de</strong> trabalho. Já na segundatipologia, o empreen<strong>de</strong>dorismo gravita em tornoda i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> para colocarno terreno uma i<strong>de</strong>ia inovadora. Se, no caso doempreen<strong>de</strong>dorismo por necessida<strong>de</strong>, o valoracrescentado gerado é residual e efémero paraeconomia, o empreen<strong>de</strong>dorismo por oportunida<strong>de</strong>,por vezes associado ao empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> basetecnológica, é gerador <strong>de</strong> um elevado valoracrescentado para a economia.Terá a onda empreen<strong>de</strong>dora rebentado no nossopaís por necessida<strong>de</strong> ou por oportunida<strong>de</strong>? Seráque o apelo ao empreen<strong>de</strong>dorismo na economianacional tem como objectivo aproximar-nos dasnações mais empreen<strong>de</strong>doras do mundo, como é ocaso da Zâmbia ou do Uganda? Em benefício do<strong>de</strong>senvolvimento económico nacional, urge que opapel do empreen<strong>de</strong>dorismo se faça em prol doprocesso <strong>de</strong> internacionalização e não em seuprejuízo.EconomistaVítorHugoFerreiraComo investigador (mascertamente não especialistaem li<strong>de</strong>rança), a análise <strong>de</strong>fenómenos em que o sensocomum parece chocar com aevidência torna-se particularmenteinteressante. Steve Ballmer, figurapolémica, tem chefiado a Microsoft(MSFT) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a saída do icónico BillGates. Aquele que é (ou era) o homemmais rico do mundo, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> anos alesar o consu-midor (porque em geral,qualquer monopólio é mau para oexce<strong>de</strong>nte do consumidor) tornou-sehoje num dos maiores beneméritosglobais, ultrapassando países eorganizações, com o seu papel <strong>de</strong> apoioà pesquisa científica na área da saú<strong>de</strong>(vejam-se osimportantes avanços na procura dacura para a malária), agricultura,<strong>de</strong>senvolvimento sustentável eeducação. Steve Ballmer não temcertamente o carisma “geek” <strong>de</strong> Gatese é mais conhecido pelas suas fúrias eexcessos <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>. A suaestadia na MSFT ficou marcada poralguns falhanços notórios (as baixasvendas do Windows 8, a muitíssimobaixa quota <strong>de</strong> mercado nos sistemasoperativos móveis e tablets). Tal é aperceção <strong>de</strong> <strong>de</strong>silusão que, após oanúncio <strong>de</strong> que iria, daqui a 12 meses,<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser CEO da empresa, as açõesda mesma subiram, a dado momento,cerca <strong>de</strong> 8%. Mas analisando maispormenorizadamente o <strong>de</strong>sempenhoda empresa, a mesma teve umcrescimento anualizado das vendas <strong>de</strong>16% e mais do que duplicou o lucrodurante a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Ballmer(números muito positivos para umaempresa <strong>de</strong>sta dimensão). A MSFTmantém uma sólida li<strong>de</strong>rança emsistemas operativos <strong>de</strong> PC, é lí<strong>de</strong>r nasaplicações <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> (como oOffice), em outros softwaresempresariais e lí<strong>de</strong>r em retornono mercado das consolas <strong>de</strong> jogos. Paraalém disso, dado o seu portfólio <strong>de</strong>patentes, a MSFT ganha alguns eurosem todos os telemóveis vendidos como sistema operativo Android. Naverda<strong>de</strong>, como dizia recentementeKrugman no NY Times, a MSFT<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> clientes leais econservadores, enquanto, porexemplo, a Apple <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong>consumidores bastante mais volúveis.Ora, face a estes dados como se po<strong>de</strong>avaliar uma li<strong>de</strong>rança? A maioria dosaccionistas da MSFT seguiu a via docarisma(?), comparação (os resultadossão bons mas po<strong>de</strong>riam ser melhores) edo potencial futuro (que achariamestar a ser <strong>de</strong>sperdiçado). Mas serãoestes os indicadores mais ajustadospara ajuizar um lí<strong>de</strong>r? Obviamente quenos faltam dados para perceber amotivação dos colaboradores ou futuroda empresa, mas pelo menos a opiniãopública, essa, move-se mais pelaaparência <strong>de</strong> resultados, pelo fator coolda tecnologia, do que pelos númerosreais…Membro do Conselho <strong>de</strong>Administração da D. Dinis BusinessSchool e docente do IP<strong>Leiria</strong>


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 21Admitem-se (M/F):Técnicos Oficiais <strong>de</strong> ContasLicenciados em Contabilida<strong>de</strong>, Auditoria,Gest.Empresas e/ou EconomiaDescrição da empresa:Empresa <strong>de</strong> consultoria, auditoria e contabilida<strong>de</strong> recruta para o seu escritórioRefª 1:Com experiencia profissional <strong>de</strong> pelo menos 10 anos em empresas <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>, auditoriae/ou consultoria, para funções <strong>de</strong> Direcção, orientado para os resultados e angariação <strong>de</strong> clientesreportando à Administração, com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, comunicação e <strong>de</strong>cisão.Refª 2:Com experiência profissional <strong>de</strong> pelo menos 5 anos em contabilida<strong>de</strong> e fiscalida<strong>de</strong>, reportando àDirecção terá como principais funções:● Classificação e lançamentos contabilísticos● Execução e controle mensal <strong>de</strong> reconciliações bancárias● Preparação e cálculo <strong>de</strong> impostos e processamento <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nados● Acompanhamento e reporte <strong>de</strong> informação contabilística e financeira● Preparação e reporte do fecho mensal <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>s● Preenchimento e envio <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarações fiscais (Iva, Irs, Mos. 22. Ies,Etc.)Perfil dos candidatos:● Profundos conhecimentos <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>, fiscalida<strong>de</strong>, legislação do trabalho e informáticana óptica do utilizador● Forte sentido <strong>de</strong> reporte <strong>de</strong> informação e resultados● Domínio do S.N.C.● Gran<strong>de</strong> espírito <strong>de</strong> equipa, comunicação e relacionamento● Personalida<strong>de</strong> “proactiva” com espírito <strong>de</strong> iniciativa● Sentido <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e organização● Domínio da língua inglesa● Disponibilida<strong>de</strong> para trabalhar fora do horário normal <strong>de</strong> trabalho● Disponibilida<strong>de</strong> para efectuar <strong>de</strong>slocações● Resi<strong>de</strong>ntes no Concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>● Disponibilida<strong>de</strong> imediataSe preenche estes requisitos envie o seu Curriculum Vitae actualizado indicando Refª e Função,para resposta ao n.º 20 do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Parque Movicortes, 2404-006 Azoia ou através doemail: geral@jornal<strong>de</strong>leiria.ptEmpresa <strong>de</strong> Engenharia & Exportação <strong>de</strong> Mol<strong>de</strong>s, sediadana Mª Gran<strong>de</strong>, preten<strong>de</strong> admitir:Técnico Comercial (M/F)Com o seguinte perfil:- Experiencia comprovada na Industria <strong>de</strong> Mol<strong>de</strong>s parainjecção <strong>de</strong> Plásticos- Conhecimento <strong>de</strong> CAD- Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e gestão <strong>de</strong> projectos- Disponibilida<strong>de</strong> para viajar- Ida<strong>de</strong> até 35 anos- Fluência em Inglês ou Alemão (falado e escrito) dá-se preferênciaa quem tiver fluência em AlemãoRespostas para: 916 526 886 (marcação entrevista)Mol<strong>de</strong>s RP ADMITE:ADMITE (M/F)Operador <strong>de</strong> máquinas <strong>de</strong> eletroerosãoTécnico montador <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>sOperador <strong>de</strong> máquinas <strong>de</strong> injeçãoOperador máquinas CNC/centros <strong>de</strong> maquinaçãoExperiência mínima 5 anosEntrada imediataEnviar CV para: famoffice@famol<strong>de</strong>.comOficial <strong>de</strong> Bancada (M/F)Enviar currículo vitae para: geral@mol<strong>de</strong>srp.ptRua Nova Moinho <strong>de</strong> Cima - Cumeiras Embra2430-402 Marinha Gran<strong>de</strong> . Tel: 244 575 370 . Fax 244 575 372Estágios Profissionais (M/F)INDUMAPE, SA empresa lí<strong>de</strong>r nacional no Setor <strong>de</strong> produção/exportação <strong>de</strong> Sumos Concentrados <strong>de</strong> fruta,procura para exercício <strong>de</strong> funções em Pombal, estagiários com o seguinte perfil:Perfil pretendido:- Jovens licenciados;- Formação superior em Gestão, ou Economia, ou Contabilida<strong>de</strong> (Funções na área administrativa e financeira);- Formação superior em Engenharia: Gestão Industrial, Química, Alimentar (Funções na Área Produtiva);- Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resistência à pressão e <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas operacionais <strong>de</strong> forma eficaz;- Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, rigor e cumprimento dos objectivos;- Domínio <strong>de</strong> informática na ótica do utilizador. Excel avançado;- Fluência em Inglês.I. Funções na área administrativa e financeiraDescrição da Função:Com funções a <strong>de</strong>sempenhar integradas na área administrativa e financeira, preten<strong>de</strong>-se que o candidatoapoie a respectiva direção e eventualmente outras áreas da Empresa, <strong>de</strong>vendo <strong>de</strong>senvolver activida<strong>de</strong> naintrodução <strong>de</strong> dados informáticos e exploração do SIG, classificação e lançamento <strong>de</strong> documentos contabilísticos;Recebimentos <strong>de</strong> clientes e pagamentos a fornecedores.II. Funções na Área ProdutivaDescrição da Função:Com funções a <strong>de</strong>sempenhar na área produtiva, preten<strong>de</strong>-se que o candidato apoie a respetiva Direção nasfunções específicas relacionadas com a área, nomeadamente acompanhando a Implantação <strong>de</strong> um novoSetor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> produtiva, po<strong>de</strong>ndo também vir a acompanhar a ligação produção/qualida<strong>de</strong>/cliente e<strong>de</strong>sempenhar outras funções <strong>de</strong> apoio.Proporciona-se:Estágio remunerado <strong>de</strong> 6 meses a um ano. Entrada imediata. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração futura na Empresa.Respostas com carta <strong>de</strong> apresentação e CV para: info@indumape.ptImobiliárioArrendaQuarto estudante, c/coz., WC, Net,acesso in<strong>de</strong>p., junto ESTG <strong>Leiria</strong>.Tm. 918 525 548.T2 equipado e mobiladocentro da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Boa Localização.T2, T3 e Águas Furtadasjunto ao Cinema City(acesso Mobilis) Excelentes preços.Tm: 914 655 373/ 918 724 417.Armazéns c/150, 300 e 1000 m2licenciados p/ indústrialocalizados na Z. Ind.da Barosa junto ao nó da A8, comfrente para a variante <strong>Leiria</strong> - MªGran<strong>de</strong>. Infra-estruturas <strong>de</strong> apoio.Bons Preços.Tm: 914 655 373/ 918 724 417.ImobiliárioTrespassaTrespassa-seCafé barbem localizado,em funcionamentocom boa clientela<strong>Leiria</strong> - Tm. 933 208 336Motor CompraTOYOTAS, c/ mais <strong>de</strong> 10 Anos. Apronto pagamento. Preços e Fotos:bj40@iol.pt ou contactar pelo Tm:917 962 017.PRECISA-SEEXPLICADOR/A PARTICULAR A TEMPO PARCIALCom habilitações na área da Matemática e Ciências Experimentais, para apoio aoestudo personalizado a dois alunos do 9.º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pombal,ao longo do ano letivo 2013/2014.As explicações serão dadas na casa do aluno, no período da tar<strong>de</strong>, após as aulas, nototal <strong>de</strong> 6 horas semanais.Os interessados <strong>de</strong>verão enviar o curriculum vitae para o seguinte en<strong>de</strong>reço<strong>de</strong> correio eletrónico: apoiaoestudo@hotmail.comos trabalhinhosda Laurinda<strong>de</strong>Laurinda TimóteoCosta e OliveiraA cada partida um vazioEm cada momentoO profissionalismoPara apaziguar a sua dor...artesanato . ajours . rendas e afins. arranjos <strong>de</strong> costuraloja: Rua D.António Costa, nº10-<strong>Leiria</strong>tel. 244 112 525/965 481 194e-mail: laurindalptoliveira@gmail.comblog: http://trabalhinhosdalaurinda.tumblr.comfacebook.com/trabalhinhosdalaurinda● Serviço Funerário Permanente 24 horas● Serviço Tanatopraxia | Tanatoestética● Consulte os nosso preços e serviçosLoja I - Batalha | Loja II - MaceiraServiço Funerário Permanente 24 horas244 766 204 | 916 511 369 | afe.santo@gmail.comwww.afes.com.pt | AFES.Agencia.Funeraria.Espirito.SantoAndré Salgueiro Espírito SantoResponsável Técnico Logística FúnebreANDREIA SUSETE F. BARCELOSR. D. José Alves Correia da Silva, 109Cruz da Areia - <strong>Leiria</strong> Tel. 244 835 103andreia_susete@hotmail.com


22 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013Diagnóstico, Tratamento ePrevenção <strong>de</strong>Patologias do PéPODOLOGISTA(Licenciada pelo ISPN)Urb. Vale do Mocho, Lt. 6 Rc/DtoRua Paulo VI (Calçada do Bravo)2410-146 <strong>Leiria</strong>Tel. 244 855 353 (das 15h. às 19h.)Tlm. 914 552 051e-mail: medicpe@iol.ptGRAÇA BARBEIROCLÍNICA OTORRINO| CONSULTAS | CIRURGIAS | EXAMES AUDIOMÉTRICOS || TERAPIA DA FALA | PSICOLOGIA |Acordos: Multicare (Cirurgia) – AdvanceCare - Mondial AssistanceCGD - SAMS Quadros - ADSE (Cirurgia) - Allianz Saú<strong>de</strong>Av. Combatentes Gr. Guerra, 79-B - LEIRIATel.: 244 811 324 - Tm. 963 972 107JOÃO FILIPEMÉDICO ESPECIALISTA DE OFTALMOLOGIAMédico do Hospital dos Covões em CoimbraUrgência todos os diasConsultas . Cirurgias . Lentes <strong>de</strong> Contacto . Laser. Campos Visuais . Exercícios <strong>de</strong> OrtóticaAcordos: SAMS Centro . CGD . SAVIDA . SAMS-SIBRua João <strong>de</strong> Deus, 11, 1º Dtº - <strong>Leiria</strong>Tel. 244 832 801/244 832 870Óptica da BatalhaMarcação <strong>de</strong> consultas:Dr. Miguel Caixinha3.ª feiras e sábadosRua D. Filipa <strong>de</strong> Lencastre, 7 B . 2440-166 BATALHATel.: 244 766 370 . Tm. 927 991 061MAXILENADep. TerapêuticoCentro <strong>de</strong> Tratamentos da Coluna VertebralDIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃOVIVA MELHORVIVA SEM DORESNAS COSTASMARCAÇÕES915 055 003Av. D. João III, Edifício 2000 . 1.º Piso . Loja N.º 53 . 2400-164 <strong>Leiria</strong> . Email: maxilena.unip@sapo.ptVirgolino CardosoMÉDICO RADIOLOGISTARX CONVENCIONAL/ORTOPANTOMOGRAFIARotunda <strong>de</strong> Santana, 12 - 1.º Dt.º2400-223 <strong>Leiria</strong>(Em frente ao Mercado Santana)Tel. 244 832 616Cátia SantosPsicólogae Psicoterapeutaestrada <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, n.º 212 . ed. pinus park,fracção t2430-091 Marinha Gran<strong>de</strong>tlm. 969 463 631catiasantos.psi@gmail.comDulce CastanheiraOFTALMOLOGIAConsultas, exames e cirurgiasTerças, quintas e sextas-feiras a partir das 14h30Largo Cândido dos Reis, n.º 1 | <strong>Leiria</strong>Tel. 244 831 553Dr. Eduardo FatelaESPECIALISTA OUVIDOS, NARIZ E GARGANTAMEDICINA INTERNAConsultas, exames e cirurgiasConvenções: GNR, PSP, PT, SAMS, CGD, EDP, Medis, Advance Care, AMINovaMoradaEUROMEDIC - Olhalvas Park, 1º Andar (Intermarché)Contactos: 244 832 136 / 244 843 720CONVOCATÓRIA<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição 1520 - 29.08.2013Nos termos disposto nos artigos 51º, 58º, nº1, alíneasa) e b), 60º, 70º, 71ºe 72º dos Estatutos da União Desportiva<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, convocam-se os associados do Clubepara a realização <strong>de</strong> uma Assembleia – Geral Ordinária,a realizar no próximo dia 13 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2013,pelas 20H00, na Se<strong>de</strong> do Clube, sita no Estádio MunicipalDr. Magalhães Pessoa em <strong>Leiria</strong>, com a seguinteor<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos:Ponto 1 – Realização do acto eleitoral para o novo mandatodos órgãos sociais do Clube, Mesa da AssembleiaGeral, Direcção, Conselho Fiscal e Disciplinar e ConselhoGeral, para o período <strong>de</strong> 2013 a 2015.● O período <strong>de</strong> votação <strong>de</strong>correrá das 20H00 às 23H00.● A entrega das listas concorrentes aos órgãos sociaisda União Desportiva <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>verá ser realizadaaté às18H00 do dia 10 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2013.<strong>Leiria</strong>, 28 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013O Presi<strong>de</strong>nte da Mesa <strong>de</strong> Assembleia GeralDr. José António Sousa SilvaPaulo VasconcelosAgente <strong>de</strong> ExecuçãoCéd. Prof. 1819ANÚNCIO (1ª PUBLICAÇÃO)<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição 1520 . 29.08.2013Processo: 1724/05.1TBTNV –A – 1º JuízoTribunal Judicial: Comarca <strong>de</strong> Torres NovasExequente: Univeg Portugal – Importação, Exp., Transf. e Distr. Prod. Alim. SaExecutado: António Gonçalves CarvalhoPaulo Vasconcelos, Agente <strong>de</strong> Execução, nos autos acima i<strong>de</strong>ntificados, com escritório no Largo Dr. João Rodriguesdos Reis, n.º 2 - 1º em Torres Novas, faz saber que foi <strong>de</strong>signado o dia 11 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2013, pelas 11:00 horas, no1º Juízo do Tribunal Judicial <strong>de</strong> Torres Novas para a abertura <strong>de</strong> propostas em carta fechada, que sejam entregues atéao momento, na Secretaria <strong>de</strong>ste Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem:Bens a Ven<strong>de</strong>r:Tipo <strong>de</strong> Bens:ImóveisBens Penhorados em: 31/01/2011Verba 1: Prédio urbano, sito na Rua do Outeiro, na freguesia e concelho <strong>de</strong> Castanheira <strong>de</strong> Pêra, composto porcasa <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong> rés-do-chão com 1 divisão e 1 vão e 1.º andar com 4 divisões e 3 vãos. Superfície Coberta com40m2 e logradouros com 47m2. Inscrito na matriz respectiva sob o artigo 4447 da freguesia <strong>de</strong> Castanheira <strong>de</strong> Pêra,com o valor patrimonial <strong>de</strong> 68.67 €.Valor Base da Venda: 18.905,00 €Valor mínimo das propostas: 13.233,50 € (70% do valor base)É Fiel Depositário: António Gonçalves CarvalhoModalida<strong>de</strong> da Venda: Venda mediante proposta em carta fechadaVerba 2: 1/2 do Prédio rústico, sito em Couce na freguesia e concelho <strong>de</strong> Castanheira <strong>de</strong> Pêra, composto porterreno com 9 oliveiras e pastagem com área total <strong>de</strong> 0,009500 ha. Inscrito na matriz respectiva sob o artigo 12335 dafreguesia <strong>de</strong> Castanheira <strong>de</strong> Pêra, com o valor patrimonial <strong>de</strong> 4,15 €.Valor Base da Venda: 112,50 €Valor mínimo das propostas: 78,75 € (70% do valor base)É Fiel Depositário: António Gonçalves CarvalhoModalida<strong>de</strong> da Venda: Venda mediante proposta em carta fechadaVerba 3: 1/2 do Prédio rústico, sito em Outeiro na freguesia e concelho <strong>de</strong> Castanheira <strong>de</strong> Pêra, composto porterreno <strong>de</strong> cultura com 22 oliveiras, com área total <strong>de</strong> 0,048200 ha. Inscrito na matriz respectiva sob o artigo 12830da freguesia <strong>de</strong> Castanheira <strong>de</strong> Pêra, com o valor patrimonial <strong>de</strong> 9,68 €.Valor Base da Venda: 275,00 €Valor mínimo das propostas: 192,50 € (70% do valor base)É Fiel Depositário: António Gonçalves CarvalhoModalida<strong>de</strong> da Venda: Venda mediante proposta em carta fechadaBem Penhorado a:Executado: António Gonçalves Carvalho, resi<strong>de</strong>nte em Estrada <strong>de</strong> Arcena, 12 A, Armazém.Durante o prazo dos editais e anúncios é o Fiel Depositário, obrigado a mostrar o bem a quem pretenda examiná-los,mas po<strong>de</strong> fixar as horas em que, durante o dia, facultará a inspecção, tornando-as conhecidas do público por qualquermodo.Consigna-se que as propostas a apresentar <strong>de</strong>verão especificar no exterior do envelope a referência ao processo a quese <strong>de</strong>stinam, bem como a indicação ou menção <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> uma proposta para compra e no interior do envelope<strong>de</strong>verá vir uma fotocópia do Bilhete <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e Contribuinte do proponente (caso se tratar <strong>de</strong> pessoa singular)ou <strong>de</strong> cópia do cartão <strong>de</strong> pessoa colectiva (no caso <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> empresa), os proponentes <strong>de</strong>vem juntar à sua proposta,como caução, um cheque visado, à or<strong>de</strong>m do Agente <strong>de</strong> Execução no montante correspon<strong>de</strong>nte a 5% do valorbase dos bens ou garantia bancária no mesmo valor.Nos termos do n.º 5 do artigo 890º do CPC, não se encontra pen<strong>de</strong>nte nenhuma oposição à execução ou à penhora.Para constar, se lavra o presente edital e outros <strong>de</strong> igual teor que vão ser afixados nos locais <strong>de</strong>terminados por Lei.O Agente <strong>de</strong> Execução( Paulo Vasconcelos )Céd. Profissional 1819Torres Novas: Largo Dr. João Rodrigues dos Reis, n.º 2 - 1º, 2350-428 Torres NovasLisboa: Av. Eng.º Duarte Pacheco Amoreiras – Torre 2 – 7º Piso, Sala 6 A, 1070-102 LisboaTel. 249 812 665 . Fax249 813 360 . Tm. 919 855 003 . Email: 1819@solicitador.net . www.solicitadorpaulovasconcelos.comCARTÓRIO NOTARIAL DE PENICHENOTÁRIASUSANA MARIA DE JESUS SILVARIBEIROAv. Paulo VI, nº13, Edifício CinemarTelef. 262 798 262 – Fax. 262 798 263E-mail. cnpeniche@mail.telepac.pt2520-207 Peniche<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição 1520 - 29.08.2013Certifico para efeitos <strong>de</strong> publicação que por escrituraoutorgada no dia vinte e um <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong>dois mil e treze, exarada a folhas cento e <strong>de</strong>z eseguintes do Livro <strong>de</strong> Notas para Escrituras Diversasnúmero Noventa e Um- E, <strong>de</strong>ste Cartório Notarial,a cargo da Notária, Susana Maria <strong>de</strong> Jesus SilvaRibeiro, IDALINA GONÇALVES PEDROSARODRIGUES, NIF 111 998 093, e marido JOSÉMARIA RODRIGUES, NIF 116 601 914, casadossob o regime da comunhão geral <strong>de</strong> bens, naturaisela da freguesia <strong>de</strong> Almoster e ele da freguesia<strong>de</strong> Pelmá, ambas do concelho <strong>de</strong> Alvaiázere,resi<strong>de</strong>ntes na Rua do Cerro, Bairro <strong>de</strong> São José,nº 44, rés do chão, Peniche, <strong>de</strong>clararam-se donose legitimos possuidores, com exclusão <strong>de</strong> outrémdo PRÉDIO URBANO, sito na Rua da Serra, nº 95,Vale <strong>de</strong> Couda, freguesia <strong>de</strong> Almoster, concelho<strong>de</strong> Alvaiázere, composto <strong>de</strong> casa <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong>rés do chão, com um piso e duas divisões, comárea total <strong>de</strong> duzentos e oitenta e oito virgula noventae seis metros quadrados, e coberta <strong>de</strong> cento e vintee oito virgula noventa e seis metros quadrados,não <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial<strong>de</strong> Alvaiázere, inscrito na matriz em nome da justificantemulher, sob o artigo 1286, com o valorpatrimonial actual e atribuído <strong>de</strong> 8.390,00 euros.Que o referido prédio veio à posse e domínio dosjustificantes por doação verbal feita aos justificantespelos pais <strong>de</strong>la, José Pedrosa e Luísa Gonçalves,casados sob o regime da comunhão geral<strong>de</strong> bens, resi<strong>de</strong>ntes que foram em Almoster, <strong>Leiria</strong>e actualmente falecidos, por volta <strong>de</strong> mil novecentose setenta e três, doação essa não reduzidaa escritura publica, que ocorreu entre os interessadoshá mais <strong>de</strong> quarenta anos. Des<strong>de</strong> então eaté hoje, pelo que há mais <strong>de</strong> quarenta anos, sãoeles justificantes que sem interrupção e sem oposição<strong>de</strong> quem quer que seja, possuem o prédio,fazem as necessárias obras <strong>de</strong> conservação, pagamcontribuições, usando e fruindo o prédio, consi<strong>de</strong>rando-see sendo consi<strong>de</strong>rados como únicosdonos, na convicção <strong>de</strong> que não lesam quaisqueresdireitos <strong>de</strong> outrem, tendo a sua actuação eposse sido <strong>de</strong> boa fé, sem violência, sem interrupçãoe à vista da generalida<strong>de</strong> ou da maioriadas pessoas que vivem na freguesia on<strong>de</strong> se situao prédio. Tais factos integram a figura jurídica daUSUCAPIÃO, que invocam por não po<strong>de</strong>rem provara transmissão pelos meios extrajudiciais normais.Está conforme o original.Peniche, 21 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013A Notária,Susana Maria <strong>de</strong> Jesus Silva RibeiroRegisto nº PA1100/2013


CERTIFICO,PARA EFEITOS DE PUBLICAÇÃO:<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição 1520 - 29.08.2013Que neste Cartório <strong>de</strong> Lisboa, do Notário Pedro Alexandre Barreiros Nunes Rodrigues, sito naRua Mouzinho da Silveira, nº 32, 1º Andar, foi outorgada em 19/08/2013, a fls 27 e seguintes dolivro <strong>de</strong> notas nº329 uma escritura <strong>de</strong> justificação na qual MANUEL ABREU DOS SANTOS, NIF– 147.690.790, divorciado, natural da freguesia e concelho <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, resi<strong>de</strong>nteno Largo Madalena Perdigão, nº 27, r/c C, em Lisboa, <strong>de</strong>clarou que com exclusão <strong>de</strong> outrem édono e legítimo possuidor dos seguinte bens imóveis: UM – PRÉDIO RÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominadoVALE DE ÁGUA, na freguesia e concelho <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, composto por pinhale mato, com a área <strong>de</strong> mil quatrocentos e sessenta metros quadrados, confrontando <strong>de</strong> Nortecom José Men<strong>de</strong>s dos Santos, <strong>de</strong> Sul e Poente com António Almeida dos Santos e outro e <strong>de</strong>Nascente com Álvaro Herda<strong>de</strong>, não <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong> Figueiródos Vinhos, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo 15643; DOIS - PRÉDIO RÚSTICO,sito ou <strong>de</strong>nominado LADEIRAS, na freguesia e concelho <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, compostopor terra <strong>de</strong> semeadura e trinta cepas, com a área <strong>de</strong> quinhentos e setenta metros quadrados,confrontando <strong>de</strong> Norte com Francisco Rodrigues e outros, <strong>de</strong> Sul com Ribeiro, <strong>de</strong> Poente comManuel Silva Faria e <strong>de</strong> Nascente com Caminho, não <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial<strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo 15598: TRÊS -PRÉDIO RÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominado LADEIRAS, na freguesia e concelho <strong>de</strong> Figueiró dosVinhos, composto por terra <strong>de</strong> semeadura, com a área <strong>de</strong> duzentos e quarenta metros quadrados,confrontando <strong>de</strong> Norte com Manuel da Silva Faria, <strong>de</strong> Sul com Ribeiro, <strong>de</strong> Poente comRamiro Simões e <strong>de</strong> Nascente com Eugénio Simões, não <strong>de</strong>scrito na Concervatória do RegistoPredial <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo 15604; QUA-TRO - PRÉDIO RÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominado LADEIRAS, na freguesia e concelho <strong>de</strong> Figueiródos Vinhos, composto por terra <strong>de</strong> semeadura com quatro tanchas, com a área <strong>de</strong> cento esessenta e oito metros quadrados, confrontando <strong>de</strong> Norte com Acácio Pieda<strong>de</strong> da Silva, <strong>de</strong> Sulcom Rego, <strong>de</strong> Poente com Alexandre Quaresma Vi<strong>de</strong> e outro e <strong>de</strong> Nascente com António Tomás,não <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, inscrito na matrizpredial respectiva sob o artigo 15543, CINCO - PRÉDIO RÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominado LADEI-RAS, na freguesia e concelho <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, composto por terra <strong>de</strong> semeadura comquinze oliveiras, com a área <strong>de</strong> oitocentos e <strong>de</strong>z metros quadrados, confrontando <strong>de</strong> Norte e<strong>de</strong> Nascente com Caminho, <strong>de</strong> Sul com Rego e <strong>de</strong> Poente com Manuel da Silva Faria, não <strong>de</strong>scritona Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, inscrito na matriz predialrespectiva sob o artigo 15554; SEIS – DOIS QUINTOS do PRÉDIO RÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominadoLADEIRAS, na freguesia e concelho <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, <strong>de</strong>scrito na Conservatória doRegisto Predial <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos sob o numero sete mil setecentos e quarenta e cinco,da dita freguesia, sem inscrição <strong>de</strong> aquisição a seu favor dos referidos dois quintos, inscrito namatriz predial respectiva sob o artigo 15529; SETE - PRÉDIO RÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominadoCAVADINHA DA AGRIA, na freguesia e concelho <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, composto por pastageme terra <strong>de</strong> semeadura com três oliveiras, com a área <strong>de</strong> quatrocentos e sessenta metrosquadrados, confrontando <strong>de</strong> Norte com Adriano Filipe Luís e outro, <strong>de</strong> Sul com José da Silva,<strong>de</strong> Poente com Caminho e <strong>de</strong> Nascente com João António Augusto e outro, não <strong>de</strong>scrito naConservatória do Registo Predial <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, inscrito na matriz predial respectivasob o artigo 15402; OITO - PRÉDIO RÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominado COVÃO,na freguesia e concelho<strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, composto por pastagem e mato, com a área <strong>de</strong> quatrocentos equarenta metros quadrados, confrontando <strong>de</strong> Norte com José dos Santos do Canto, <strong>de</strong> Sul comJosé da Silva e outros, <strong>de</strong> Poente com João António Augusto e <strong>de</strong> Nascente com António Tomáz,não <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, inscrito na matrizpredial respectiva sob o artigo 15017; NOVE - PRÉDIO RÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominado SOBREI-RINHA DE BAIXO, na freguesia e concelho <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, composto por pinhal e mato,com a área <strong>de</strong> mil e vinte metros quadrados, confrontando <strong>de</strong> Norte com Luis Vaz Vi<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Sule Nascente com Manuel Almeida e <strong>de</strong> Poente com Florinda Coelho, não <strong>de</strong>scrito na Conservatóriado Registo Predial <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo14910; DEZ - PRÉDIO RÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominado VALE DO BODE, na freguesia e concelho<strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, composto por pinhal e mato, com a área <strong>de</strong> noventa metros quadrados,confrontando <strong>de</strong> Norte, <strong>de</strong> Sul e <strong>de</strong> Nascente com António <strong>de</strong> Almeida dos Santos e <strong>de</strong>Poente com David Nunes, não <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong> Figueiró dosVinhos, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo 14731; ONZE - PRÉDIO RÚSTICO, sitoou <strong>de</strong>nominado VALE DO BODE, na freguesia e concelho <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, compostopor pinhal e mato, com a área <strong>de</strong> mil duzentos e trinta metros quadrados, confrontando <strong>de</strong>Norte com Silvério Antunes Simões, <strong>de</strong> Sul com Ramiro Simões, <strong>de</strong> Poente com Barroco e <strong>de</strong>Nascente com Alexandre Men<strong>de</strong>s Vi<strong>de</strong>, não <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong>Figueiró dos Vinhos, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo 14720; DOZE - PRÉDIORÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominado QUINTAL DA RELVA, na freguesia e concelho <strong>de</strong> Figueiró dosVinhos, composto por mato e dois castanheiros, com a área <strong>de</strong> três mil cento e noventa e oitometros quadrados, confrontando <strong>de</strong> Norte com José Lopes, <strong>de</strong> Sul com Silverio Antunes Simões,<strong>de</strong> Poente com Ramiro Simões e <strong>de</strong> Nascente com José Simões, Her<strong>de</strong>iros, não <strong>de</strong>scrito na Conservatóriado Registo Predial <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, inscrito na matriz predial respectiva sobo artigo 15520; TREZE - PRÉDIO RÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominado HORTA DA FONTE, na freguesiae concelho <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, composto por terra <strong>de</strong> semeadura, com a área <strong>de</strong> oitentae cinco metros quadrados, confrontando <strong>de</strong> Norte e <strong>de</strong> Nascente com António Almeida dosSantos, <strong>de</strong> Sul com José da Silva e <strong>de</strong> Poente com José Simões, Her<strong>de</strong>iros, não <strong>de</strong>scrito na Conservatóriado Registo Predial <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, inscrito na matriz predial respectiva sobo artigo 15444; CATORZE - PRÉDIO RÚSTICO, sito ou <strong>de</strong>nominado HORTA NOVA, na freguesiae concelho <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos , composto por terra <strong>de</strong> semeadura, com a área <strong>de</strong> quinhentose setenta metros quadrados, confrontando <strong>de</strong> Norte com Rego, <strong>de</strong> Sul e Nascente comAlice da Conceição e <strong>de</strong> Poente com Filipe António Coelho e outro, não <strong>de</strong>scrito na Conservatóriado Registo Predial <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo15324. Que os referidos imóveis foram adquiridos pelo justificante por doação verbal feitapor seu pai Francisco Antunes dos Santos, divorciado, resi<strong>de</strong>nte na Rua I, Malha 22.4, lote 47nº24, Alta <strong>de</strong> Lisboa, em Lisboa, no ano <strong>de</strong> 1990. Que, o justificante, à data da doação, entrouna posse e fruição dos mencionados imóveis há mais <strong>de</strong> vinte anos, sem interrupção, ou ocultação<strong>de</strong> quem quer que seja. Que essa posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição,ostensivamente, com conhecimento e toda a gente, em nome próprio e com o aproveitamento<strong>de</strong> todas as utilida<strong>de</strong>s dos imóveis, tendo sempre suportado todos os encargos, impostose <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> conservação, proce<strong>de</strong>ndo às manutenções necessárias, plantando, limpando,e colhendo árvores, agindo <strong>de</strong> forma correspon<strong>de</strong>nte ao exercício do direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>.Que essa posse em nome próprio, pacifica, continua e publica há mais <strong>de</strong> vinte anos, conduziuà aquisição dos imóveis por USUCAPIÃO, que invoca, justificando o seu direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>para efeitos <strong>de</strong> registo predial, dado que esta forma <strong>de</strong> aquisição não po<strong>de</strong> ser comprovadapor qualquer outro titulo formal extrajudicial.Lisboa, 19 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013.O Notário,Pedro Alexandre Barreiros Nunes RodriguesFichaTécnicaJORLIS, LDA.GerênciaMaria Alexandra Vieira,João NazárioDirecção EditorialMaria Alexandra Vieira,Arnaldo Sapinho, Orlando CardosoDirectorJoão Nazário(direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)RedacçãoRaquel <strong>de</strong> Sousa Silva (coor<strong>de</strong>nação)(raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Daniela Franco Sousa, Elisabete Cruz,Graça Menitra, Jacinto Silva Duro, MariaAnabela Silva, Miguel SampaioFotografiaRicardo Graça(ricardo.graca@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Copy<strong>de</strong>skOrlando Cardosoorlandocardososter@gmail.comColaboradores permanentesJoaquim Paulo, Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>,Orlando CardosoDirecção GráficaGabinete Técnico JorlisPaginação e ProduçãoIsil da Trinda<strong>de</strong> (coor<strong>de</strong>nação)(isilda.trinda<strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Rita Carlos (rita.carlos@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Serviços Administrativos/AssinantesCília Ribeiro(cilia.ribeiro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)(assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)TesourariaPatrícia Carvalho(patricia.carvalho@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Serviços ComerciaisMaria Nunes(maria.nunes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Rui Pereira (rui.pereira@movicortes.pt)Proprieda<strong>de</strong>/EditorJorlis - Edições e Publicações, Lda.Capital Social: €600.000NIF 502010401Sócios com mais <strong>de</strong> 10%: Movicortes,Serviços e Gestão, Lda.José Ribeiro VieiraMoradaParque Movicortes2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong>Email geral@jornal<strong>de</strong>leiria.ptTelefonesGeral: 244 800 400Redacção: 244 800 405Fax: 244 800 401Impressão GrafedisportDistribuição VASPDia <strong>de</strong> publicação: Quinta-feiraPreço avulso: 1€Assinatura anual: 35€ (Portugal)65€ (Europa)93€ (outros países do mundo)Tiragem média por ediçãoMês <strong>de</strong> Julho: 15 000 exemplaresN.º <strong>de</strong> registo: 109980Depósito legal n.º 5628/84O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está abertoà participação <strong>de</strong> todos os cidadãos<strong>de</strong> acordo com o ponto 5 do EstatutoEditorialBoletim <strong>de</strong> assinatura<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 23Nome | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | || | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |Morada | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | || | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |CP | | | | | - | | | | Localida<strong>de</strong> | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |País | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Telefone | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |Profissão | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Habilitações Literárias | | | | | | | | | | | | | |N.º Elementos agregado familiar | | | NIF | | | | | | | | | | Data <strong>de</strong> nascimento | | | - | | | - | | | | |Junto envio cheque/vale postal n.º | | | | | | | | | | no valor <strong>de</strong> 35€ (Portugal), 65€ (Europa), 93€ (outros paísesdo Mundo) emitido à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Jorlis, Lda., para pagamento da minha assinatura anual do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (renovável anualmente,salvo indicações em contrário). Para pagamento por transferência bancária para o NIB 003503930008317863056(anexar comprovativo). Para mais informações contactar pelo Tel. 244 800 400 - E-mail: assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.ptAssinaturaPalavras cruzadasHORIZONTAIS: 1- Dá upas ou pequenos saltos. Selha larga e baixa. Vogais iguais. 2-Separara a baganha do linho. Cova para plantio <strong>de</strong> bacelo. 3- A<strong>de</strong>pta <strong>de</strong> uma religiãoque não adopta o baptismo. Árvore do Brasil. 4 - Chama, lume. Ma<strong>de</strong>ira escura, muitodura e pesada. 5 - Sonho (Pref.). Qualquer glícido simples que se não hidrolisa. 6-Duas consoantes. Nome <strong>de</strong> homem. Duas vogais. 7 - Outubro (abrev.). Patrocínio,protecção. 8 - Trabalhe com serra ou serrote. O m. q. ulmo. 9 - Determina lugar certoa. Dê origem, forme. 10- O m.q. snobe. Dá nascimento ou origem. 11- Acto <strong>de</strong> dormir(inf.). Ave galinácea do Brasil, o m. q. jacu. Baía na costa <strong>de</strong> Honshu (Japão).VERTICAIS: 1- Cida<strong>de</strong> da Ca<strong>de</strong>ia. Qualquer erva que se <strong>de</strong>ixa secar, para dar aos animais.Su-Sudoeste (abrev.). 2- Pequena pipa. Essência aromática do lírio. 3- Extingoa luz. Uma das línguas <strong>de</strong> Timor. 4- Que não tem ângulos. Cor muito vermelha. 5- Corescarlate. Repete. 6- Partia. Levanta. Partido Comunista (abrev.). 7- Suprimi. Queainda não tem madureza. 8- Áerea (Pref.). Exalo odor. 9- Nome <strong>de</strong> homem. Suprimi,fiz a elisão. 10- Que causa aftas. Que pertencem à pessoa que fala. 11- Amálgama(abrev.). Filho <strong>de</strong> Júpiter e rei <strong>de</strong> Egina. Homem do povo.Solução do problema anterior: HORIZONTAIS: 1 – APE. PLUMOSO. 2- RINITE.EROS. 3- ARAD. GEMIAM. 4 - COMODATO. MI. 5- APOLO. ARC. O. 6- ORATORIOS.7- I. ETA. IONIO. 8- SN. RIPOSTAR. 9- TAMISA. OIRA. 10- MDCC. RASGAM. 11-OOLOGIA. OSA.VERTICAIS: 1- ARACA. ISTMO. 2- PIROPO. NADO. 3- ENAMORE. MCL. 4- IDOLA-TRICO. 5- PT. DOTAIS. G. 6- LEGA. O. PARI. 7- U. ETARIO. AA. 8- MEMORIOSOS. 9-ORI. CONTIGO. 10- SOAM. SIARAS. 11- OSMIO. ORAMA.Sudoku


24 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013DesportoDRSaltos, sustose velocida<strong>de</strong>furiosaPaulo Alberto Entre voos, autógrafose muita alegria, o JORNAL DE LEIRIAfoi acompanhar o dia em competiçãodo piloto <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Nos Parceiros,a jogar em casa, <strong>de</strong>ixou o públicoem êxtaseMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ “Olá Paulinho!”, “Então Paulo, tudojóia?”, “Estás bom? Já não aguentavascom sauda<strong>de</strong>s, não era?” São 17:40horas da tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> sábado. Paulo Albertochega à novíssima pista <strong>de</strong> supercrossdos Parceiros, pronta para recebera última jornada do CampeonatoNacional da modalida<strong>de</strong>. Todosquerem cumprimentar o tetra-campeãonacional que este ano trocou aspistas portuguesas pelas do Brasil,on<strong>de</strong> não pára <strong>de</strong> fazer furor. O JOR-NAL DE LEIRIA foi conhecer um diaem competição do piloto da Azoia.Paulo Alberto não é figura públicaem <strong>Leiria</strong>, mas no meio do motociclismo<strong>de</strong> todo-o-terreno é extremamentepopular. A jogar em casa, respon<strong>de</strong>a todas as solicitações e <strong>de</strong>sfazseem cumprimentos. Mostra-se disponívelpara tirar fotos com todos.Senta os miúdos na sua Honda e sorri.Quer muito, mas mesmo muito ganhara prova disputada na sua cida<strong>de</strong>,mas também sabe que o seu fococompetitivo está do outro lado dooceano.Aos 23 anos, Paulo Alberto é, a par<strong>de</strong> Joaquim Rodrigues, também ele acompetir em terras <strong>de</strong> Vera Cruz, aprincipal referência dos motocross esupercross nacionais. Emigrou embusca <strong>de</strong> novos <strong>de</strong>safios e melhorescondições <strong>de</strong> trabalho e não podia sermais bem sucedido. A forma como superaos obstáculos na pista faz comque se torne praticamente imbatível.Actualmente domina o campeonatobrasileiro <strong>de</strong> MX2 com a sua 250 cc efaz frente a adversários com motasmais potentes (MX1) na categoria Elite.Nos Parceiros, claro está, suce<strong>de</strong>uo mesmo. Mas já lá vamos.O pai mecânicoÀs 18 horas, Paulo Alberto senta-se noexterior do seu motorhome parapreencher papelada. A sua Hondavai ter <strong>de</strong> fazer o teste para ver se nãoultrapassa o limite <strong>de</strong> <strong>de</strong>cibéis permitidos.“Está tudo ok.” Longe <strong>de</strong> SãoPaulo, on<strong>de</strong> está toda a equipa daHonda Brasil, o piloto <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vaicompetir com a máquina que <strong>de</strong>ixaem Portugal para po<strong>de</strong>r treinar naspausas do campeonato brasileiro.Será o pai Carlos a tratar <strong>de</strong> pôr a motoo mais afinada possível. O irmão <strong>de</strong>Paulo, também ele Carlos, vai igualmentecompetir. “Já tinha sauda<strong>de</strong>s<strong>de</strong>sta azáfama”, admite o pai, com umbrilhozinho nos olhos. Também ele foipiloto e ama a adrenalina <strong>de</strong> participarnuma prova <strong>de</strong>stas. Ai se o tempovoltasse para trás...O tempo passa é <strong>de</strong>pressa e às18:45 Paulo Alberto começa a focarsenaquilo que realmente interessa. Éque às 19 horas arrancam os treinos eo piloto <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> começa o ritualcheio <strong>de</strong> superstições <strong>de</strong> vestir o fatoe a calçar as botas, acompanhadopelo irmão Carlos. A concentração éconstantemente interrompida pormais e mais pessoas que querem


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 25MARCELO BRITESMARCELO BRITESUm eventonocturnopermiteimagensespectaculares e PauloAlberto, comas suasacrobacias,fez vibrar oscinco milespectadoresque lotaram ocircuito dosParceiros. Opiloto <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>cumpre umasérie <strong>de</strong>rituais aoequipar-se esempre quepossíveltrocaopiniõescom o irmãoCarlos.Fotos eautógrafos,sempre comum sorriso ,são umaconstantepara otetra--campeãonacionalMIGUEL SAMPAIOMARCELO BRITESMultidãoCinco mil a torcerpor Paulo AlbertoQuem chegava, já noite, aocomplexo <strong>de</strong>sportivo dosParceiros pensava que estar aaterrar numa qualquer pistatexana <strong>de</strong> supercross, tal era aenvolvente. Nesta primeira ediçãodo evento, a última provapontuável para o CampeonatoNacional da modalida<strong>de</strong>,estiveram 5 mil pessoas, umprémio para a Junta <strong>de</strong> Freguesiados Parceiros, que agarrou com asduas mão a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terum evento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> nível nalocalida<strong>de</strong>.“Foram superadas as melhoresexpectativas”, salientou RicardoSebastião, director <strong>de</strong> prova. “Emmédia, uma corrida doCampeonato Nacional é vista por2.500 pessoas e neste eventoestiveram o dobro. Era a primeiraedição, estávamos com algumreceio, mas acabou por tudocorrer bem a nível organizativo.Quanto aos pilotos, estavammotivadíssimos por correremcom casa cheia, o que fez com queestivessem ainda mais perto doslimites.” E problemas, Ricardo? “Ailuminação era <strong>de</strong>ficitária efaltava um pouco <strong>de</strong> consistênciaao piso.” A bancada foiinsuficiente? “A solução éaumentar.” A noite terminou emfesta com a consagração <strong>de</strong> HugoBasaúla como novo CampeãoNacional. A correr em casa, PauloAlberto <strong>de</strong>u show e venceu asegunda final da noite. JoaquimRodrigues, o colega <strong>de</strong> Paulo noBrasil, venceu a primeira manga ea geral da prova. Além <strong>de</strong> PauloAlberto, outro quatro pilotos <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> estiveram em evidência eapuraram-se para os 18 lugares dafinal: o irmão Carlos, MarcoMarques, Gerson Crespo e DiogoVenâncio. Para o ano, é quasecerto, haverá mais.cumprimentar o campeão. E o piloto,como sempre, não recusa um sorrisoe uma palmadinha. “Tento sempreconcentrar-me ao máximo, mas hojeé mais difícil”, confirma. Há pilotosem disputa pelo título nacional, maspara Paulo Alberto a prova serve, acima<strong>de</strong> tudo, para divertir-se e espalharmagia. “Mas quando estamos lá <strong>de</strong>ntrosó pensamos em vencer”, admite.Amigos e famíliaAo mesmo tempo que Paulo se preparapara acelerar nos treinos – alcançouo segundo lugar do grupo,atrás <strong>de</strong> Hugo Basaúla – os amigos, familiarese até os tios <strong>de</strong> França ocupamgran<strong>de</strong> parte do avançado do seumotorhome, em confraternização.Entre um chouriço, um percebe, umcopito <strong>de</strong> vinho e uma mini, a conversaestava animada. Sempre, claro,com a carreira <strong>de</strong> Paulo Alberto empano <strong>de</strong> fundo, já que o orgulho <strong>de</strong> terum super-campeão na família é difícil<strong>de</strong> disfarçar.Paulo regressa do treino. Chega aopaddock e diz aos amigos que a motoestá “fixe”, mas pe<strong>de</strong> ao pai para mexerna cremalheira e “baixar as suspensões”.Desloca-se <strong>de</strong> novo para apista, a fim <strong>de</strong> observar o irmão e osadversários. No fim, Carlos e Paulo trocamimpressões. “Conseguiste fazero duplo? Como fizeste as mesas? Fostepela esquerda, mas se fosses pela direita...”Enquanto a rapaziada se <strong>de</strong>liciacom os petiscos, Paulo Alberto comefranguinho e massa. “Tem <strong>de</strong> ser”,sorri. São 21 horas e está na hora da primeirameia-final. Passam à final ossete primeiros e Paulo Alberto estátranquilo. Antes do sinal <strong>de</strong> partidabenze-se, como sempre. Os motoresrugem. Não partiu muito bem e <strong>de</strong>ixa-seultrapassar por Basaúla, queganha logo um enorme avanço, eSandro Peixe. Não per<strong>de</strong>u tempo aver-se livre <strong>de</strong>ste, mas passou os 12 minutosda prova a aproximar-se daquele.Passou a ban<strong>de</strong>ira ao xadrez coladinhoao primeiro, mas o segundolugar era mais do que suficiente.“Gran<strong>de</strong> show, puto”, diz um amigo,impressionado com um enormes saltose a forma felina <strong>de</strong> conduzir.Concentração e sustoA moldura humana na pista dos Parceirosnão parava <strong>de</strong> crescer e asbancadas estavam cheias que nemum ovo. Paulo está satisfeito, mas lamentaa falta <strong>de</strong> potência da suamoto. “Ganhas na parte técnica, masper<strong>de</strong>s na recta”, comenta um colega.Nada <strong>de</strong> preocupante. As <strong>de</strong>cisõesestavam ainda por vir. O piloto resguarda-semais. A partir da agora,tudo conta. A partida para a primeiramão da final irá dar-se já <strong>de</strong>pois dameia-noite e o piloto procura concentrar-se.Braços, ombros, pernas, joelhos,pés. A praticamente todos os ossos docorpo é exigido muito numa prova <strong>de</strong>supercross. Por isso, Paulo Albertotreina todos os dias para estar emgran<strong>de</strong> forma, seja ginásio, piscina,corrida ou claro, andar <strong>de</strong> moto. Équase uma hora da manhã quando sedisputa a primeira manga. QuandoPaulo sai do paddock para tomar o lugarna grelha <strong>de</strong> partida, os amigos puxampor ele. “Vamos lá, Paulinho! Força!”Mas a prova não foi feliz para o leiriense.Uma “pequena queda” fê-loper<strong>de</strong>r as hipóteses <strong>de</strong> vencer. A família,claro está, ficou preocupada,apesar <strong>de</strong> todos estarem habituadosa estas andanças. “São já 12 anos”, dizPaulo Alberto. Aos 23 anos, a lista <strong>de</strong>ossos partidos já é extensa: tíbia e perónioda perna direita duas vezes, perónioda perna esquerda, pulso esquerdo,clavícula esquerda, clavículadireita. O piloto está ciente do quepo<strong>de</strong>rá estar à espreita em qualquercurva. “É evi<strong>de</strong>nte que penso que umdia me po<strong>de</strong> acontecer alguma coisamais grave e sei que mais tar<strong>de</strong> todasestas lesões me vão fazer sofrer, maseu ando no supercross por gosto e nãome imagino a fazer mais nada”Para o irmão Carlos, ver o mano emprova é um suplício. “Custa muito, éum stress enorme. Então nas provasno Brasil nem se fala!” Suspiro <strong>de</strong> alívio.O Jikler levantou-se num instante,acelera a fundo e termina amanga na quarta posição.A Paulo o que é <strong>de</strong> Paulo“Frustrado”, Paulo Alberto quer vencera segunda mão. Apesar <strong>de</strong> ter umamoto menos potente, acredita quepo<strong>de</strong> vencer. E vence! Seguia na segundaposição quando o amigo JoaquimRodrigues teve um ligeiro aci<strong>de</strong>ntee não lhe dá hipótese <strong>de</strong> recuperar.As cinco mil pessoas que encherampor completo o complexo dosParceiros estão em êxtase. A família,os amigos, os conhecidos e até os <strong>de</strong>sconhecidosabraçam-no. “Era o quemais queria. As pessoas <strong>de</strong>ste meioconhecem-me, mas na minha cida<strong>de</strong>sou ainda pouco conhecido. Queromuito orgulhar <strong>Leiria</strong>.” Alguém temdúvidas?


26 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013DesportoClube <strong>de</strong> Lisboa contrata dois atletas e um treinador <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Proveniência Sismaria: a apostapara o an<strong>de</strong>bol do BelenensesFutebolLiga ZON SagresResultadosAcadémica-Sporting 0-4Arouca-Estoril Praia 1-2Benfica-Gil Vicente 2-1Nacional-V. Guimarães 1-1Olhanense-Paços Ferreira 1-0FC Porto-Marítimo 3-0Rio Ave-V. Setúbal 2-0Sp. Braga-Belenenses 2-1Miguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ A época oficial <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol arrancouno sábado, com a disputada Supertaça e a vitória do Sportingsobre o FC Porto, por 33-32, com<strong>de</strong>staque para nova conquista <strong>de</strong>quatro leões da região – os atletasPedro Portela e João Antunes, otreinador Fre<strong>de</strong>rico Carlos e o fisioterapeutaRui Faria. No entanto,são outros os motivos que estão afazer burburinho no meio. O ilustreBelenenses, sétimo classificadoda 1.ª Divisão da temporada passada,resolveu apostar no mercado<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> para se reforçar. Doisatletas oriundos da Sismaria rumamao clube da Cruz <strong>de</strong> Cristo,acompanhados pelo treinador PedroViolante.Aos 28 anos, Filipe Oliveira vêsurgir nova oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> jogarao mais alto nível. O atleta fez a formaçãono Académico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e noBenfica, foi internacional até ao escalãosub-21, e nos últimos quatroanos vestiu a camisola azul do clubeda Estação. O regresso a Lisboa,para trabalhar e jogar, é uma saídaque encanta o jogador universal,consi<strong>de</strong>rado o mais valioso jogadorda Sismaria nos últimos anos. Ocontrato irá ser assinado na próximasegunda-feira. “Foram dadasgarantias ao nível profissional –irei integrar a estrutura do clube –e isso é fundamental, porque hohedificilmente o an<strong>de</strong>bol oferece condiçõespara se fazer carreira. Irei teroportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> jogar ao mais altonível e <strong>de</strong> mostrar que é este o meulugar.”André Gomes faz o mesmo percurso<strong>de</strong> Filipe Oliveira e assinoucom o Belenenses para a próximatemporada. O jogador, <strong>de</strong> 27 anos,que fez gran<strong>de</strong> parte do percurso<strong>de</strong>sportivo na Juventu<strong>de</strong> do Lis, es-Bodyboard AntónioCardoso venceSintra ProAndré Gomes e Filipe Oliveira irão estar às or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> Pedro Violante no BelenensesMudançaHistóricos daSismaria na Juve LisO plantel sénior da Sismaria estáem processo <strong>de</strong> rejuvenescimentoe alguns dos mais veteranossaíram do clube que irá disputaruma vez mais a 2.ª Divisão. O pivotJoão Sousa e o lateral-esquerdoBruno Carrasco mudam-se para aJuventu<strong>de</strong> do Lis, equipa quedisputará a 3.ª Divisão. Em sentidocontrário chegam ao clube doisinternacionais jovens portuguesesque começaram no clube eestavam nos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Lisboa.Rúben Serrano chega do Benfica eFre<strong>de</strong>rico Malhão do Sporting.João Ribeiro e António Reistambém voltam a vestir <strong>de</strong> azul,numa equipa li<strong>de</strong>rada pelotambém regressado André Crespo,que substitui Rui Rito.tava há três temporadas na Sismariae muda-se para um clube nacida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>. O an<strong>de</strong>bolista,também ele universal, trabalha emLisboa e treinava com o Sporting aolongo da semana para po<strong>de</strong>r ser opçãono clube <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. ”No inícioda época passada tinha-me mentalizadoque essa seria a minhaúltima época como atleta. Conciliara vida profissional em Lisboa como prazer <strong>de</strong> jogar an<strong>de</strong>bol em <strong>Leiria</strong>era muito <strong>de</strong>sgastante. Este anosurgiu o convite do Belenenses e<strong>de</strong>cidi agarrar a oportunida<strong>de</strong> pararealizar o sonho <strong>de</strong> jogar entre osmelhores. Agora espero entrar nos14 eleitos para os jogos e <strong>de</strong>pois espreitarum lugar no sete inicial.”Poucos treinadores conhecerãomelhor estes atletas do que PedroViolante, que os dirigiu na Sismariadurante os últimos anos e que vaicontinuar a orientá-los, agora no Belenenses.O técnico esteve na tem-An<strong>de</strong>bol Rui Machadoorienta meninas daJuventu<strong>de</strong> do Lisporada passada nos quadros da Fe<strong>de</strong>raçãoe aceitou agora o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong>Pedro Alvarez para ser seu adjunto.Aos 38 anos, surge, então, um novo<strong>de</strong>safio. “Vai ser uma nova experiência,vou conhecer uma novarealida<strong>de</strong>. É, claro, um salto quepo<strong>de</strong> abrir novas portas no futuro.”Jovens no BenficaEntretanto, também entre os maisnovos há movimentações, com amudança do ponta-esquerda JoãoErvilha, no seu primeiro ano <strong>de</strong> júnior,para o Benfica, cumprindo atradição dos principais jogadoresjovens da Sismaria se mudarempara os gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Lisboa na alturado ingresso no ensino superior.Quem também rumou ao Benficafoi Pedro Soares, atleta internacionalque jogou na Sismaria atérumar a Lisboa, on<strong>de</strong> nos últimostrês anos jogou no Sporting e se sagroutri-campeão nacional júnior.Ciclismo Célia Vieiraconquista bronze noNacional <strong>de</strong> estradaDRClassificaçãoP J V E D GSporting 6 2 2 0 0 9-1FC Porto 6 2 2 0 0 6-1Rio Ave 6 2 2 0 0 5-0Sp. Braga 6 2 2 0 0 4-1Estoril Praia 6 2 2 0 0 5-2V. Guimarães 4 2 1 1 0 3-1Gil Vicente 3 2 1 0 1 3-2Benfica 3 2 1 0 1 3-3Olhanense 3 2 1 0 1 1-2Marítimo 3 2 1 0 1 2-4Nacional 1 2 0 1 1 2-4Paços Ferreira 0 2 0 0 2 0-3V. Setúbal 0 2 0 0 2 1-5Arouca 0 2 0 0 2 2-7Belenenses 0 2 0 0 2 1-5Académica 0 2 0 0 2 0-6Próxima jornadaSporting-Benfica, V. Guimarães-V. Setúbal (31Agosto), Arouca-Rio Ave, Belenenses-Nacional,Gil Vicente-Sp. Braga, Marítimo-Olhanense,Paços Ferreira-FC Porto (1 Setembro), EstorilPraia-Académica (2 Setembro)Campeonato Nacional <strong>de</strong> Seniores – Série FResultadosAt. Riachense-Mafra 0-2Caldas SC-Alcanenense 0-1CD Fátima-Portomosense 4-1Lourinhanense-Torreense 2-0União <strong>Leiria</strong>-Carregado 1-0ClassificaçãoP J V E D GCD Fátima 3 1 1 0 0 4-1Lourinhanense 3 1 1 0 0 2-0Mafra 3 1 1 0 0 2-0Alcanenense 3 1 1 0 0 1-0União <strong>Leiria</strong> 3 1 1 0 0 1-0Caldas SC 0 1 0 0 1 0-1Carregado 0 1 0 0 1 0-1At. Riachense 0 1 0 0 1 0-2Torreense 0 1 0 0 1 0-2Portomosense 0 1 0 0 1 1-4Próxima jornada 8 <strong>de</strong> SetembroAlcanenense-Lourinhanense, Carregado-At. Riachense,Mafra-Caldas SC, Portomosense-União<strong>Leiria</strong>, Torreense-CD Fátima1.ª Divisão <strong>de</strong> juniores – Zona SulResultadosEstoril Praia-AD Oeiras 0-0Nacional-Atlético 3-0Sporting-Torreense 5-1União Coimbra-Benfica 1-6União <strong>Leiria</strong>-Belenenses 1-0V. Setúbal-Real SC 4-0ClassificaçãoP J V E D GSporting 9 3 3 0 0 12-1Benfica 9 3 3 0 0 12-3V. Setúbal 7 3 2 1 0 7-2Torreense 6 3 2 0 1 6-8Estoril Praia 4 3 1 1 1 3-4AD Oeiras 4 3 1 1 1 2-3Nacional 3 3 1 0 2 3-2União <strong>Leiria</strong> 3 3 1 0 2 2-4Real SC 3 3 1 0 2 6-9Belenenses 3 3 1 0 2 1-5Atlético 1 3 0 1 2 3-8União Coimbra 0 3 0 0 3 1-9O bodyboar<strong>de</strong>r da Nazaré AntónioCardoso venceu no domingo aterceira etapa do Circuito Nacional<strong>de</strong> Bodyboard, na Praia Gran<strong>de</strong>,Sintra, ao bater na final GastãoEntrudo. "A Praia Gran<strong>de</strong> pareciaquase a Praia do Norte. Levei comtrês triângulos muito gran<strong>de</strong>s emcima que me arrancaram a pranchae me fizeram passar um bocadomal", conta o atleta, que conseguiuuma nota máxima na – <strong>de</strong>z – naúltima onda da final.Sai André Afra, por motivospessoais, e entra Rui Machado. Otreinador <strong>de</strong> Pombal é o novotécnico da equipa feminina <strong>de</strong>an<strong>de</strong>bol da Juventu<strong>de</strong> do Lis,que na temporada passada seclassificou na quarta posição doNacional da 1.ª Divisão e garantiuuma vez mais um lugar nascompetições europeias. RuiMachado orientava a equipasénior masculina do clube <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, que milita na 3.ª Divisão.Disputou-se este fim-<strong>de</strong>-semana,na Curia, o Campeonato Nacional<strong>de</strong> Estrada para senhoras. emciclismo. Apesar <strong>de</strong> uma avariana bicicleta, Célia Vieira, daUnião <strong>de</strong> Ciclismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,lutou até ao final dos 59,6quilómetros pela vitória doescalão <strong>de</strong> veteranas, mas nãoconseguiu cumprir o objectivo <strong>de</strong>conquistar o título, já <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>vencer a Taça <strong>de</strong> Portugal,terminando na terceira posição.Próxima jornada 31 <strong>de</strong> AgostoAD Oeiras-União Coimbra, Atlético-Sporting, Belenenses-EstorilPraia, Benfica-V. Setúbal, RealSC-Nacional, Torreense-União <strong>Leiria</strong>


Desporto<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 27Treinador <strong>de</strong> Amor está à frente do campeonato moçambicanoVítor Pontes rules! Clube <strong>de</strong> Chibutocausa sensação e li<strong>de</strong>ra MoçambolaMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ É caso para dizer que Vítor Ponteschegou, viu e venceu. Aterrou emOutubro do ano passado a uma equipahumil<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma pequena cida<strong>de</strong>do interior <strong>de</strong> Moçambique. O Clubedo Chibuto estava com a corda aopescoço e Vítor Pontes conseguiu nãosó salvar a equipa da <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> divisão,como levar a equipa à sétimaposição do Moçambola. Este ano, ascoisas estão a correr ainda melhor.Decorridas 15 jornadas, está à frentedo campeonato moçambicano <strong>de</strong>futebol. Surpresa? Claro que sim,mas não é esse o encanto do futebol?Na pequena cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Chibuto,230 quilómetros a Oeste <strong>de</strong> Maputo,está tudo doido com a prestaçãoda equipa. A li<strong>de</strong>rança do campeonatocolocou a equipa no mapa,naquela que é a segunda época doclube local no Moçambola. “É umaterra pequena e on<strong>de</strong> há muitopouco. O Clube do Chibuto é a únicadiversão que têm e, por isso, háuma alegria enorme. Quando saímosà ruas as pesoas vêm ter connosco.Estão muito felizes.”Com 30 pontos, o Clube do Chibutopartilha a li<strong>de</strong>rança do Moçambolacom a Liga Muçulmana,um dos gigantes daquele país, e temquatro pontos <strong>de</strong> vantagem sobre oFerroviário da Beira, terceiro classificado.Já leva nove jogos consecutivossem per<strong>de</strong>r , nos quais conquistousete vitórias. Na Taça <strong>de</strong>Moçambique, o emblema do treinador<strong>de</strong> Amor está apurado para osquartos-<strong>de</strong>-final, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> eliminarno passado dia 20 o <strong>de</strong>tentor dotroféu, o colosso Liga Muçulmanaapós o <strong>de</strong>sempate através <strong>de</strong> pontapésda marca <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> penalida<strong>de</strong>.“Desportivamente não podia estara correr melhor”, diz Vítor Pontes.“Este ano, com um melhorVítor Pontes e seu adjunto no campo do Clube do ChibutoOs números30é o número <strong>de</strong> pontos do Clubedo Chibuto, os mesmo que a LigaMuculmana, orientada por Litos2esta é a segunda época do Clubedo Chibuto, no Moçambola,<strong>de</strong>pois do 7.º lugar da temporadapassada.conhecimento dos meus jogadorese das outras equipas, assumimosque queríamos fazer melhor doque o sétimo lugar do ano passado.Algo que, à partida, não seria fácil,porque este é um campeonato comseis candidatos assumidos ao título”,adverte o técnico. “Se no iníciodo ano me dissessem que após 15jornadas estava no primeiro lugar,diria logo que estavam a mentir”,admite Vítor Pontes. “Não entrámosbem, mas a equipa ganhouconfiança e moral, fruto <strong>de</strong> muitotrabalho, sobretudo do ponto <strong>de</strong>vista mental. Tivemos <strong>de</strong> fazerpassar a mensagem aos jogadoresdo que é preciso mais rigor e ambição.”O título não é, ainda assim, algoque faça Vítor Pontes per<strong>de</strong>r o sono.No sábado, novo <strong>de</strong>safio frente aum dos clubes mais fortes, o HCBSongo. “O nosso orçamento não nosresponsabiliza, mas queremos continuara vencer todos os jogos. Vamosfazer tudo para conseguir manter aposição, mas não temos as condições<strong>de</strong> outros. Na taça queremos chegaro mais longe possível.”Os dias passam tranquilos paraVítor Pontes. Acorda todos os diasàs seis e meia da manhã numa localida<strong>de</strong>que não tem um café ouum restaurante. “A cida<strong>de</strong> não temre<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água, aelectricida<strong>de</strong> falha com gran<strong>de</strong> frequênciae se quiser comprar umjornal não tenho on<strong>de</strong>. Olhe, <strong>de</strong>dico-meao trabalho.”DRCross country DavidRosa disputa Mundialna África do SulO atleta David Rosa vairepresentar Portugal noCampeonato do Mundo <strong>de</strong> crosscountry olímpico (XCO), que serealiza em Pietermaritzburg,África do Sul. O biker <strong>de</strong> Fátimaentra em competição no sábado,às 14 horas. No ano passado,David Rosa logrou o melhorresultado <strong>de</strong> sempre <strong>de</strong> umcorredor português numa prova<strong>de</strong> elite <strong>de</strong> um mundial <strong>de</strong> XCO,sendo o 39.º classificado. “Já fizum treino <strong>de</strong> reconhecimento apista, tem algumas secçõesdiferentes do ano passado, maisexigentes tecnicamente falando.Esta e das minhas pistas favoritaspois é também das que equilibrada melhor forma as partes físicascom as partes técnicas”, escreveuna sua página oficial do Facebook.Equitação Cavaleiro<strong>de</strong> Alqueidão da Serrano EuropeuRui Diogo Marto foi apurado para aSelecção Nacional <strong>de</strong> JovensCavaleiros, que irá representarPortugal no Campeonato da EuropaTREC - Técnicas <strong>de</strong> RandonéeEquestre <strong>de</strong> Competição, a ter lugarno European Horse Center, emMont-le-Soie, Bélgica, <strong>de</strong> 5 a 8 <strong>de</strong>Setembro. As pontuações docavaleiro <strong>de</strong> Alqueidão da Serra,Porto <strong>de</strong> Mós, irão contar para oranking individual e para o daequipa portuguesa. Nesta suaprimeira internacionalização, RuiDiogo Marto, do Centro Hípico <strong>de</strong>Alcaria, tem como objectivoclassificar-se num dos 15 primeiroslugares. Consigo leva a égua Belize,uma anglo-luso-árabe, <strong>de</strong> 7 anos.Surf GarrettMcNamara regressaà Nazaré em OutubroUnião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>fronta domingo o TorreenseFesta da Taça leva Caçadores<strong>de</strong> Ansião à Ma<strong>de</strong>ira❚ Qual po<strong>de</strong>ria ser o melhor prémiopela conquista da Taça Distrital<strong>de</strong> futebol na época passada?Uma viagem à Ma<strong>de</strong>ira. Os Caçadores<strong>de</strong> Ansião, equipa do últimoescalão distrital, joga no domingona Camacha, frente a uma equipado Campeonato Nacional <strong>de</strong> Seniores.Por sua vez, a União <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> recebe no Magalhães Pessoa,pelas 16 horas, o Torreense, aopasso que o Portomosense visita oSanta Eulália, do distrital <strong>de</strong> Braga,em Vizela. O Desportivo <strong>de</strong> Fátimarecebe o Castro Daire, do distrital<strong>de</strong> Viseu. Mais sorte tiveram o Caldase o Atlético Marinhense, que ficaramisentos <strong>de</strong>sta ronda inaugurale já estão na segunda eliminatória.Clube em diferendo com a autarquiaAtlético Marinhense po<strong>de</strong>utilizar Municipal na Taça❚ A utilização do Estádio Municipalda Marinha Gran<strong>de</strong> pela equipa sénior<strong>de</strong> futebol do Atlético Marinhense(ACM) está a causar um diferendo.“Achamos uma tremenda injustiça estarmosapurados para a Taça <strong>de</strong> Portugale nem assim po<strong>de</strong>rmos jogar noEstádio”, lamentou Delfim Duarte,presi<strong>de</strong>nte do ACM. “A Câmara mostroutoda a abertura para alcançaruma solução consensual entre todosos clubes. Não foi, no entanto, possível.Esta circunstância <strong>de</strong>termina quese mantenha a regra <strong>de</strong> que a utilizaçãodos relvados do Estádio Municipalse cinge às equipas integradas emcompetições <strong>de</strong> nível nacional e quesempre foi aceite”, respon<strong>de</strong>u a autarquia,que “autoriza” o ACM a disputara Taça <strong>de</strong> Portugal no Estádio.A emoção está quase, mas mesmoquase a regressar. GarrettMcNamara e a sua equiparegressam às vagas gigantes daPraia do Norte já em Outubro paramais dois meses <strong>de</strong> aventuras.Des<strong>de</strong> 2010 que o extremewaveri<strong>de</strong>r havaiano tem vindo apassar o Inverno na Nazaré parapromover aquilo que seperspectivava ser uma excelenteimagem <strong>de</strong> promoção para oconcelho: a onda. O mar da Nazarée Garrett McNamara tornaram-seuma dupla <strong>de</strong> sucesso e são, hoje,os <strong>de</strong>tentores do Guinness WorldRecord para a maior onda jamaissurfada. Quem irá também marcarpresença constante no projeto<strong>de</strong>ste ano é o português Hugo Vau.


28 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013ViverJACINTO SILVA DUROLendas, mitos<strong>de</strong> terrore histórias<strong>de</strong> encantarMitos Sabia que, conta a lenda, a Arca<strong>de</strong> Noé encalhou junto à vila daBatalha, na al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Alcanadas? Quenas noites <strong>de</strong> Inverno, à meia noite,havia quem <strong>de</strong>safiasse, nasencruzilhas, o Diabo para um jogo dopau? São histórias que fazem parte danossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>Jacinto Silva Durojacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚As lendas, mitos e contos tradicionais são histórias transmitidaspela tradição <strong>de</strong> coisas muito duvidosas ou inverosímeis,firmemente alicerçadas na sabedoria populare que, muitas vezes, marcam a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um povo.Combinam os factos reais e históricos com os irreais, produtoda imaginação humana, <strong>de</strong>ixando-se influenciarpelo espaço geográfico e tradição.Com exemplos bem <strong>de</strong>finidos em todos os países domundo, as lendas fornecem explicações plausíveis e, atécerto ponto, aceitáveis, para coisas que não encontram,na Ciência, um esclarecimento.Muitas <strong>de</strong>las até po<strong>de</strong>m ter um fundamento literárioclássico. “A lenda da águia da Memória é uma apropriaçãopopular do mito do rapto e Ganíme<strong>de</strong>s pela águia quese transformou numa história cristã”, explica o investigadorda Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, Saul António Gomes.Na mitologia original grega, ao contrário da tradição popular,Ganíme<strong>de</strong>s não era uma mulher mas um príncipe,por quem o maior dos <strong>de</strong>uses, Zeus, se apaixonou. Umdia, quando, junto a Tróia, o jovem cuidava dos rebanhosdo pai, Zeus, atordoado pela beleza do mortal, transformou-seem águia e raptou-o, possuindo-o em pleno voo.“A apropriação dos mitos clássicos pela Igreja aconteceumuitas vezes ao longo da história”, adianta o historiadorque exemplifica com o portal do Mosteiro da Batalha(no topo e à direita), datado <strong>de</strong> 1420-30, que tem representações<strong>de</strong> mitos gravados na sua pedra. “É o casoda luta <strong>de</strong> Hércules com Anteu”, diz Saul Gomes.Hércules <strong>de</strong>scobriu que nunca conseguiria vencerAnteu atirando-o contra o chão, porque era da Terra queele tirava a sua força. E Anteu percebeu que não conseguia<strong>de</strong>rrotar Hércules esmagando-lhe o crânio, como faziacom todos os que o <strong>de</strong>safiavam. Por fim, Hércules matouAnteu, levantando-o do chão, mantendo-o suspenso.É por isso que o mito tem sido utilizado como fábulada força espiritual, mantida pela fé nas coisas terrenas.As alturas do mosteiros são ricas em mitos, histórias e seresfantásticos.Além da antiguida<strong>de</strong> clássica, também a Bíblia e acontecimentoscomo o Dilúvio são fonte <strong>de</strong> lendas e histórias.É, aliás, esse evento que, para muitos naturais <strong>de</strong> Alcanadas,na Batalha, explica a origem do nome da localida<strong>de</strong>.Quando as cataratas dos céus já tinham secado,Noé sentiu que as águas baixavam e perguntou à mulher:“a Arca nada?!” “E foi daí que o nome ficou. É uma história...mas até há, em Alcanadas, uma pedra a indicar olocal on<strong>de</strong> a Arca terá encalhado”, conta o etnólogo JoséTravaços Santos, que refere que, histórias como esta, servempara enriquecer a tradição e folclore.“Todas elas mitos, lendas, contos infantis, ou historietas<strong>de</strong> encanto expressam a memória social das comunida<strong>de</strong>se também assumem uma componente pedagógicaporque educam para comportamentos e valores éticos esociais”, adianta Saul António Gomes.Mouras encantadasNa região, tal como em todo o País, há centenas <strong>de</strong> lendas,que dão conta <strong>de</strong> mouras encantadas, com origemna tradição moçarabe, da comunida<strong>de</strong> cristã que viviamsob a autorida<strong>de</strong> árabe.Quase todas as localida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> haja uma gruta têmuma “buraca da moura” ou “cova da moira”. Ali, afirma--se a pés juntos, moraram mouros, escon<strong>de</strong>ndo-se doscristãos, nos idos da Reconquista ou, longe das vistas,mouras encantadas à espera ainda do regresso <strong>de</strong> um príncipecristão. <strong>Leiria</strong> também conta com uma <strong>de</strong>ssa narrativase a história po<strong>de</strong>ria dar uma novela: No tempo emque os mouros dominavam, um cavaleiro cristão foi feitoprisioneiro. Zaida, a filha do alcai<strong>de</strong>, apaixonou-se porele, mas um dia, o cavaleiro foi libertado e pediu-lhe parafugirem juntos. Zaida recusou. Quando os cristãos voltarama atacar, o cavaleiro tombou ferido e a rapariga arrastou-o,através <strong>de</strong> uma passagem secreta, até uma sala


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 29DRROSAS DO LENAInfluências judaicas, mouras gregas e celtasVampiros antes <strong>de</strong> Bram Stoker e TwilightO nosso folclore é um cadinho <strong>de</strong>influências judaicas, mouras,cristãs, romanas, gregas clássica eceltas. Na antiguida<strong>de</strong>, o territórioque hoje é Portugal era habitado anorte do Douro, pelos célticosgalegos, no Douro pelos grouvos,numa pequena parte da Beira peloslusitanos, no Litoral pelos túrdulos,no Alentejo pelos célticos, "irmãos"dos galegos, e, no Algarve, peloscónios <strong>de</strong> má memória, porqueajudaram Roma contra Viriato.À excepção dos lusitanos da Beira,todos eram culturalmente celtas.Os Iberos, que <strong>de</strong>ram o nome àPenínsula, é que nunca existirampor cá, pois esses povos habitaramapenas o Leste, a região que hoje éa Catalunha. Actualmente, muitosportugueses <strong>de</strong>sconhecem a razão<strong>de</strong> cada região ter i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s tãomarcadas e lendas tão diferentes,mas elas po<strong>de</strong>m ser explicadas porestas origens. Muitos conhecem anarrativa <strong>de</strong> D. Fuas Roupinho,primeiro almirante da Armadanacional que, no Sítio da Nazaré, foisalvo pela Virgem da morte, aoperseguir o diabo, sob a forma <strong>de</strong>um veado, mas não sabem que esteanimal estava muito ligado àtradição celta. Ou que oaparecimento <strong>de</strong> Nossa Senhorapo<strong>de</strong> ter raízes nas <strong>de</strong>usas pré--cristãs. “A mãe <strong>de</strong> Cristo, apareceuem Portugal, centenas <strong>de</strong> vezes apastores durante a Ida<strong>de</strong> Média eaté ao século XX, não foi apenas emFátima”, concluiu o sociólogo dasreligiões Moisés Espírito Santo,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> estudo sobreeste tema. Infelizmente muitoignoradas pelo Portugal“mo<strong>de</strong>rno”, as lendas históricas,urbanas, etiológicas, sobre aorigem das coisas e topónimos, dosobrenatural, com vampiros –muito antes do Twilight -, o diabo esereias, enriquecem a tradição orale o nosso folclore.JACINTO SILVA DUROescondida numa gruta, mas foi atingida por uma seta.Mais tar<strong>de</strong>, os dois foram encontrados já sem vida. Hoje,em noites <strong>de</strong> luar, aparece junto à gruta uma donzela vestida<strong>de</strong> branco.A cida<strong>de</strong> conta ainda com a lenda da sua conquista porD. Afonso Henriques que terá visto na presença <strong>de</strong> doiscorvos junto às suas tropas, um bom agoiro. Animados,os portugueses venceram a batalha e as aves foram imortalizadasno brasão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Há ainda lendas miraculosas que falam <strong>de</strong> pedras <strong>de</strong>on<strong>de</strong> brota água e que estão ligadas ao culto da RainhaSanta Isabel, a tal que transformava pão em rosas. Outrafala <strong>de</strong> tesouros escondidos na Sé-catedral <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>e relaciona as três portas do templo com três túneis queescon<strong>de</strong>riam ouro e prata, mas também a peste e a fome.Há lendas sobre minas <strong>de</strong> água em que ninguém entra,por medo <strong>de</strong> serpentes gigantes <strong>de</strong>voradoras <strong>de</strong> homens,lobisomens, inspirados nas histórias <strong>de</strong> Esopo, eaté a que o pároco do Souto da Carpalhosa, <strong>Leiria</strong>, relatavaem 1721, sobre uma antiga cida<strong>de</strong> romana que seafundou na Lagoa da Erve<strong>de</strong>ira. Eventualmente, <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> ter escutado a narrativa <strong>de</strong> Atlântida.Já o mosteiro <strong>de</strong> Alcobaça tem, pelo menos, umexemplo <strong>de</strong> lenda hagiográfica. Inscrita nos relevos dotúmulo do rei D. Pedro I, fala <strong>de</strong> S. Bartolomeu que,morto, escalpelizado e <strong>de</strong>capitado, pegou na pele e nacabeça às costas e andou “revivo” diante dos seus carrascos...e o mesmo terá acontecido a D. Pedro. Os cronistascistercienses do século XVII referem que o rei,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> morto, voltou à vida por alguns momentos,apenas para se confessar ao aba<strong>de</strong> do mosteiro e assim,pela admissão dos pecados, não se sujeitar ao Purgatório.Se quiser conhecer mais lendas locais, po<strong>de</strong> consultaro Romanceiro popular português ou os Anais domunicípio <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong> João Cabral, que referem várias,como a <strong>de</strong> arbustos que andavam sozinhos e mudavam<strong>de</strong> lugar.O RanchoRosas do Lenacostumaencenar alenda do mioto,a história <strong>de</strong>uma ave <strong>de</strong>rapina quecomia asmeninasin<strong>de</strong>fesas. Umdia, estasuniram-se eatacaram a avecom um pau.Esta lendaenraizada nofolclore éilustrativa <strong>de</strong>várias lições eníveisinterpretação,alguns mesmofreudianos. Amais explícitaé que a uniãofaz a forçaHá lendassobre túneisque os fra<strong>de</strong>susavam para irnamorar comas freiras e uma<strong>de</strong>las falamesmo <strong>de</strong> umamor proibido<strong>de</strong> um clérigocom umasenhora, <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, aindaantes <strong>de</strong> opadre Amaroser sequer umai<strong>de</strong>ia na mente<strong>de</strong> Eça. O povocastigou-osexpondo osseus rostos àjanela. Aindalá estão, empedra, perto dovelho edifíciodo OrfeãoAinda antes <strong>de</strong>o Estado Novoter dado a famaaoscomunistas,eram os ju<strong>de</strong>usque comiam ascriancinhas,nos seus rituaiscabalísticos...ou recorriam aum “abafador”como o AlmaGran<strong>de</strong>,<strong>de</strong>scrito porTorga, em OsNovos Contosda Montanha.O <strong>de</strong>sconhecimentodooutro semprefoi um gerador<strong>de</strong> ódiosTempos mo<strong>de</strong>rnosNovos mitos elendas urbanas❚ O imaginário das lendas não é apenaspovoado por imaginário feitiçariase bruxas. Algumas das maiscuriosas narrativas que encontrámosdatam já do século XX e iníciodo século XXI. São as chamadas lendasurbanas. Mesmo estas históriasou historietas são, muitas vezes,pouco mais que a transcrição <strong>de</strong> receiosantigos, xenofobia e actualizações<strong>de</strong> folclore antigo.Em 2002, uma <strong>de</strong>ssas histórias davamcomo certo o tráfico <strong>de</strong> órgãosenvolvendo elementos da etnia chinesae foram tão divulgadas através <strong>de</strong>email – as re<strong>de</strong>s sociais ainda davamos primeiros passos com o Myspace eHi5 – que o comando nacional da PSPteve mesmo <strong>de</strong> emitir um comunicado,esse sim verda<strong>de</strong>iro, com o intuito<strong>de</strong> colocar água na fervura dosódios e dos boatos.E tudo por causa <strong>de</strong> lendas urbanascomo a do “roubo <strong>de</strong> rins”, que o siteLendarium, da Universida<strong>de</strong> do Algarve,transcreve. “Dizem que, naMarinha Gran<strong>de</strong>, havia uma loja <strong>de</strong>chineses e um casal entrou. Só que ohomem já estava farto <strong>de</strong> lá estar e esperouno carro. Esperou, esperou,esperou e a não mulher aparecia.Então a porta foi fechada. Ele bateu,entrou e disse:'a minha mulher estáaqui'. Respon<strong>de</strong>ram-lhe e insistiramque não estava. Foi então que viu umalçapão. Atravessando-o, encontroua mulher já sem rins, numa banheira<strong>de</strong> gelo e os órgãos prontos a seremtraficados.”A origem, nestes casos, é sempre“alguém” que “ouviu” ou “a quemcontaram”. Mas a fonte, por maisimprovável é sempre “segura”, muitasvezes, alguém que ouviu a políciaa falar do assunto.Outra lenda curiosa a que o Lendariumfaz referência é a do fantasmaque apanha boleia à saída da discoteca.Normalmente, é uma raparigaque se instala no banco <strong>de</strong> trás do carroe, a <strong>de</strong>terminado momento, apontae diz: “foi nesta curva que eu morri”,<strong>de</strong>saparecendo no ar, <strong>de</strong> seguida.Há ainda a lenda das agulhas infectadasnos cinemas e teatros, bebidasgaseificadas e águas engarrafadascom ácido.O mais curioso, é que mesmo<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>smentidas, tal comoaconteceu com os supostos maus--tratos no canil <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, as lendasurbanas ten<strong>de</strong>m a regressar, bastandopara isso uma simples partilhanas re<strong>de</strong>s sociais. A históriacostuma ser partilhada até à exaustão,por mais estranha e pouco fiávelque seja, através da “onda noticiosa”um mecanismo sociológicosemelhante ao que <strong>de</strong>u origem ao“arrastão <strong>de</strong> Carcavelos”, que, emboratenha sido notícia durante semanasnos media, nunca existiu, entrandodirectamente para o primeiroposto do ranking <strong>de</strong> lenda urbanamais bem sucedida.


30 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013ViverFOTOS: RICARDO GRAÇAEntremuralhas Festival po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>scer à cida<strong>de</strong> em 2014<strong>Leiria</strong> rendida aos encantos góticosJacinto Silva Durojacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚Na sexta-feira, sábado e domingo, <strong>Leiria</strong> e o seu castelogótico-medieval receberam a quarta edição do Entremuralhas,um festival gótico, único no exotismo e naqualida<strong>de</strong> das bandas alternativas com que a organização,ano após ano, insiste em brindar-nos.Com uma lotação limitada e sempre esgotada <strong>de</strong> 737pessoas, a edição <strong>de</strong>ste ano teve três dias, em vez dos habituaisdois, e um concerto com os lendários Deine Lakaien,no Teatro José Lúcio da Silva, no primeiro dia. Nosábado e domingo, a animação mudou-se para o casteloque recebeu 12 concertos <strong>de</strong> música electrónica, postpunk,neofolk ou acústica, e para a discoteca Beat Clube suas after parties. Spiritual Front, Roma Amor, Naevusou Kap Bambino foram apenas algumas das razõespara subir o morro.Princesas dark, cyberpunks e góticos, todos <strong>de</strong> trajese aspecto extremamente cuidados, compuseram o grosso<strong>de</strong> um público tão respeitador que não <strong>de</strong>ixou sequerum copo <strong>de</strong> cerveja abandonado, no chão do cenário únicodisponibilizado por um monumento com mais <strong>de</strong> 850anos.“<strong>Leiria</strong>, capital dos góticos” é um título que agrada aopresi<strong>de</strong>nte da Fa<strong>de</strong> In – Associação <strong>de</strong> Acção Cultura, CarlosMatos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que também integre a expressão “cultural”.“Culturalmente falando, <strong>Leiria</strong> é a capital dos góticos,pois é ali que se realizam os maiores eventos <strong>de</strong>ssetipo. Mas é um título relativamente fácil, porque nãoacontece nada igual em lado algum do País”, admite.O responsável refere que, durante o festival, toda a cida<strong>de</strong>se <strong>de</strong>ixa contagiar e muitos dos habitantes vão aofestival, envergando uma espécie <strong>de</strong> “aura gótica”, quelhes permite usufruir do espírito do evento, fantansiadoum pouco, <strong>de</strong>ntro daquele universo temático. “Deixam-seconquistar por aquele movimento fértil em arrojoestético que tem um intervalo muito longo em termos<strong>de</strong> gosto musical e saem com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> regressarno ano seguinte.”Com oEntremuralhase com eventoscomo asrecriaçõeshistóricas,teatro, yoga ecom o Castel'àEscuta, doCorpo Nacional<strong>de</strong> Escutas, oCastelo <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> vai, atéao fim do ano,ultrapassar afasquia anualdos 50 milvisitantes.Trata-se <strong>de</strong> umnúmero nuncaantesalcançado eque, para overeador daCultura, é umsinal forte <strong>de</strong>que a fortalezase tornou umponto <strong>de</strong>interesseEntremuralhas fora <strong>de</strong> murosEm 2014, a hipótese <strong>de</strong> sair d'Entremuralhas está a ser estudada,<strong>de</strong> modo a envolver mais a cida<strong>de</strong>.Para a autarquia, esta quarta edição foi a “confirmaçãoe afirmação” <strong>de</strong> uma aposta num evento <strong>de</strong> dimensão internacionalque transformou o Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> num “palco<strong>de</strong> cultura”.Gonçalo Lopes, o vereador da Cultura, enten<strong>de</strong> quea intenção da Fa<strong>de</strong> In <strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r o festival para forado castelo é uma pretensão que “faz todo o sentido”,já que se trata <strong>de</strong> um evento que conquistou o respeitodos leirienses. “As pessoas já não lhe são indiferentese é preciso apresentar o Entremuralhas ao resto da cida<strong>de</strong>,com concertos noutros espaços”, diz o responsávelque adianta que a atitu<strong>de</strong> do público tem ajudadoa construir uma imagem muito positiva. “<strong>Leiria</strong>está rendida aos góticos do Entremuralhas. São pessoasextremamente cultas e <strong>de</strong> bom gosto, que procuramviver a cida<strong>de</strong>, com bons impactos na restauraçãoe hotelaria, o que agrada muito aos empresáriosdo sector”, refere Gonçalo Lopes.Em termos <strong>de</strong> retorno financeiro, a organização afirmaque os ganhos cobriram os custos. “Este é um festivalsui generis. O numerus clausus <strong>de</strong> participantespagantes [737] significa que uma lotação esgotadapo<strong>de</strong> não cobrir os gastos e, por isso, é preciso ven<strong>de</strong>rmuita cerveja e comes e bebes”, explica Carlos Matos,que conclui que, tudo somado, o resultado foi positivo:“não per<strong>de</strong>mos dinheiro”.Sexta e sábado foram os dias fortesA autarquia contabilizou um número inferior <strong>de</strong> públicono último dia, ao final da noite, mas enten<strong>de</strong>que isso aconteceu por se tratar <strong>de</strong> véspera do inícioda semana <strong>de</strong> trabalho. “Sexta e sábado foram muitobons, em termos <strong>de</strong> espectáculos e afluência dopúblico”, afirma Gonçalo Lopes. Já Carlos Matos dizque tanto sábado como domingo tiveram lotação esgotada,mas admite que parte do público gótico terá<strong>de</strong>smobilizado logo após o concerto dos Soror Dolorosa.“A última banda, Kap Bambino, não pertenceao circuito gótico e isso fez com que alguns espectadorestenham optado por regressar às suas terras<strong>de</strong> origem sem verem o concerto. Curiosamente,notámos que há muitos casais a levar os filhos, quenão são contabilizados.” Os números positivos levamambos os responsáveis a afirmar que o Entremuralhasjá é quase “uma marca registada”, no calendáriocultural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 310.P.A. Ouve-se Por AíPUBLICIDADEFoi por sinais <strong>de</strong> fumo?Rúben GomesTwitter: rubencgomes❚ Mais uma triste história vinda do senhor AníbalCavaco Silva que já nos habituou a que mesmo nadafazendo também tem o dom <strong>de</strong> dividir o povo aquem apela para estar coeso.Desta vez o nosso Presi<strong>de</strong>nte da República está a sercriticado pelos utilizadores das re<strong>de</strong>s sociais por terdado as condolências públicas no Facebook aosfamiliares do economista António Borges e se ter“esquecido” dos familiares dos bombeiros querecentemente per<strong>de</strong>ram a vida por uma causanobre, que é combater incêndios a troco <strong>de</strong> quasenada.A pergunta é: Qual é a remuneração mensal que setem <strong>de</strong> auferir para se po<strong>de</strong>r ter iguais direitos àsfiguras ilustres e reconhecidas pela socieda<strong>de</strong>, queinfelizmente também partem? É estranho, o senhorPresi<strong>de</strong>nte interromper as suas férias para <strong>de</strong>ixaruma mensagem pública à família <strong>de</strong> uns e esquecersedos outros, principalmente quando habituou osseus seguidores a lerem apenas esse tipo <strong>de</strong>publicações: condolências ou felicitações!Segundo uma pesquisa exaustiva elaborada pormim, <strong>de</strong>morou cerca <strong>de</strong> um minuto, <strong>de</strong>u paraperceber que dos que partem, apenas o Bin La<strong>de</strong>n eos Bombeiros não tiveram direito a um gestopúblico do presi<strong>de</strong>nte. Cavaco <strong>de</strong>ve ter algumproblema com a letra B, se calhar porque é a letrapela qual inicia a sigla BPN ou talvez tenha sofridobullying em Boliqueime.Para mim a questão do <strong>de</strong>u ou não <strong>de</strong>u é um nãoassunto! O que gostava <strong>de</strong> perceber é a atitu<strong>de</strong> e osdiferentes tipos <strong>de</strong> tratamento! Até porque segundouma fonte <strong>de</strong> Belém ele terá enviado umamensagem privada <strong>de</strong> pesar através <strong>de</strong> umassessor! Deve ter dado! Mas para as corporaçõesnão terem conhecimento das duas, uma: Oucolocaram a mensagem no meio dos documentosdos SWAPs que foram <strong>de</strong>struídos e a mesma nãochegou ao <strong>de</strong>stino e ficaram convencidos que simou então a folha serviu <strong>de</strong> pequeno-almoço para ovice-presi<strong>de</strong>nte da câmara <strong>de</strong> Portimão! Há quepoupar! Mas quem é que gere quem recebe mençãopública ou apenas uma mensagem através <strong>de</strong> umassessor? Não somos todos iguais? Já só falta dizerque enviaram por SMS porque é grátis e com oscortes o assessor não teve dinheiro para carregar otelemóvel! Mas, se <strong>de</strong> facto houve umacomunicação privada, porquê o pedido <strong>de</strong> sigilosobre o assunto? Para quê este secretismo todo? OAníbal tem vergonha <strong>de</strong> ter Homens que lutamcorajosamente para que as chamas não <strong>de</strong>struam oPaís porque acha que para acabar com Portugaltem <strong>de</strong> ser única e exclusivamente da maneira queos “companheiros <strong>de</strong> governo” <strong>de</strong>cidam queacabe?De certeza que, tal como eu, milhares <strong>de</strong>portugueses gostariam <strong>de</strong> saber o que aconteceurealmente. Senhores <strong>de</strong> Belém, esclareçam issocomo <strong>de</strong>ve ser, não <strong>de</strong>ixem o assunto morrer ameio como é costume, se faz favor! Nem quetenham <strong>de</strong> inventar uma história <strong>de</strong> falta <strong>de</strong>comunicação, tipo: O Presi<strong>de</strong>nte, como envolviabombeiros, <strong>de</strong>cidiu inovar e achou por bem enviaras condolências através <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> fumo,compreen<strong>de</strong>mos que as corporações po<strong>de</strong>m nãoter captado a mensagem pois estavampreocupadas, em cumprir bem a sua missão! Ou <strong>de</strong>uma forma mais simples: O Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>cidiuenviar as condolências através <strong>de</strong> uma cagarra eaté ao momento não sabemos do para<strong>de</strong>iro damesma. É tão simples sair em gran<strong>de</strong>, não é?Em último caso, se não quiserem esclarecer osportugueses a bem, proponho que se ligue aoBarack Obama para ver se ele tem nos registosalguma chamada entre o Palácio <strong>de</strong> Belém e osbombeiros!Argumentista/Humorista


32 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013CurtasÍndia Portugal é o melhor <strong>de</strong>stino<strong>de</strong> arte e culturaPortugal foi eleito, na Índia, como o melhor <strong>de</strong>stinointernacional nas áreas da arte e cultura. Oreconhecimento aconteceu durante a 7.ª edição dosToday's Traveller Awards 2013, on<strong>de</strong> Portugalvenceu na categoria Outstanding InternationalShwocase for Art & Culture. Portugal ficou a serconhecido na Índia <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o filme Balupu tersido rodado no Algarve e em Lisboa, com algunsdos melhores actores <strong>de</strong> Bollywood. O prémio seráentregue amanhã, dia 30, em Nova Deli peloministro dos Transportes indiano, OscarFernan<strong>de</strong>s, e por Ramesh Sippy, um dos maisimportantes produtores <strong>de</strong> cinema da Índia.RITA GRÁCIO/MUSICALMENTEConcertos parabebés arrancamtemporada na BélgicaA companhia Musicalmente vai levar os Concertos para Bebés aAntuérpia, Bélgica, este fim-<strong>de</strong>-semana, a fim <strong>de</strong> participar no Festival FlamengoLaus Poliphoniae. O maestro Paulo Lameiro e os restantes elementos dosConcertos para Bebés vão participar numa residência artística com a formaçãoflamenga Mezzaluna, especializada em música antiga, com o objectivo <strong>de</strong>preparar quatro concertos que serão apresentados durante aquele evento quemarca a abertura <strong>de</strong> mais uma temporada para a Musicalmente. Este mêstambém, no dia 14, a Musicalmente concorre na final do Prémio EuropeuYEAH, para o qual o projecto <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está nomeado, entre 136projectos <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 20 países europeus. A cerimónia acontece nocastelo <strong>de</strong> Osnabrück, Alemanha.Aljubarrota Museu <strong>de</strong> artesacra abre em OutubroA vila <strong>de</strong> Aljubarrota, Alcobaça, vai passar a contar, apartir do dia 27 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> um novo espaçomuseológico. Trata-se do núcleo do Museu <strong>de</strong> ArteSacra que está a ser instalado na Igreja <strong>de</strong> São Vivente<strong>de</strong> Aljubarrota, apresentado no <strong>de</strong>correr do eventoAljubarrota medieval. Ao todo, serão expostas cerca <strong>de</strong>quatro <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> arte sacra, escolhidasentre o espólio da paróquia, que conta, no total,com 257 artigos e alfaias religiosas, recolhidasao longo <strong>de</strong> décadas. O novo espaço expositivo,que surgiu da iniciativa <strong>de</strong> Ramiro Portelo, opároco local, conta com o apoio da autarquia ecom o trabalho <strong>de</strong> uma equipa composta peloarquitecto João Pedro Evangelista, pelomuseólogo Alberto Guerreiro e peloconservador Rui Medalho.Cortiça <strong>Leiria</strong> Re-inventaa rolha na Caixa AgrícolaNídia Nair Marques é a autora do projecto <strong>de</strong>exposição e residência criativa Re-inventa a rolhaque a se<strong>de</strong> da Fundação Caixa Agrícola <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vaiacolher entre 9 e 27 <strong>de</strong> Setembro. A iniciativaabrange áreas como o artesanato lúdico pedagógico,escultura e pintura, ilustração e mini-mobiliário,usando sempre a cortiça e o sobreiro como matériaprima.A artista <strong>de</strong>senvolve, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, umaabordagem criativa a este recurso naturalsustentável e representativo <strong>de</strong> Portugal, que é oprincipal país produtor e exportador <strong>de</strong> cortiça. Comvárias incursões ao nível da ilustração e das artesplásticas, a artista que estudou arquitectura naUniversida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa promove, ao fim datar<strong>de</strong>, vários espaços <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate com convidados <strong>de</strong>diferentes áreas profissionais.Alcobaça Festival Internacional<strong>de</strong> Metais Graves em SetembroChama-se Gravíssimo! e vai reunir em Alcobaça osmelhores músicos internacionais <strong>de</strong> metais graves,com direcção artística dos músicos Sérgio Carolino eHugo Assunção. A terceira edição do Gravíssimo!Festival e Aca<strong>de</strong>mia Internacional <strong>de</strong> Metais Graves<strong>de</strong>corre entre 4 e 7 <strong>de</strong> Setembro, na Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong>Música <strong>de</strong> Alcobaça e engloba um curso <strong>de</strong>stinado aosestudantes <strong>de</strong> música <strong>de</strong> conservatórios, escolasprofissionais, aca<strong>de</strong>mias, institutos politécnicos,universida<strong>de</strong>s e músicos amadores que estejaminteressados em <strong>de</strong>senvolver o seu nível técnico eartístico. O evento, cujas inscrições tão abertas,contará com masterclasses, colóquios, solistas erecitais, a actuação da pianista húngara Aniko Harangie a estreia da versão júnior dos Mr SC & The WildBones Gang.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 33AlmanaqueJACINTO SILVA DUROJulio CortázarTiago Baptista artista plásticoAdmiro pessoas que não têmestatuto <strong>de</strong> “personalida<strong>de</strong>s”❚ Se não estivesse ligado ao mundo das artes, oque seria?Não sei, estaria perdido. Acho que <strong>de</strong> algumamaneira, a maior parte das activida<strong>de</strong>s que meinteressam estão associadas às áreas cultural ecriativa.O projecto que mais gosto lhe <strong>de</strong>u fazerA exposição Nada em Comum, que <strong>de</strong>senvolvi emparceria com o a9)))) e que aconteceu duas vezesem <strong>Leiria</strong>, que não pô<strong>de</strong> continuar por falta <strong>de</strong>apoios das entida<strong>de</strong>s municipais responsáveis porfazê-lo. Foi um projecto que me <strong>de</strong>u imensoprazer, mas porque a ajuda à produção e aosartistas não estava assegurada, não pu<strong>de</strong>mosvoltar a realizar. Tenho muita pena. Geralmente,os projectos que <strong>de</strong>senvolvo são-me semprebastante queridos.O espectáculo, concerto ou exposição que maislhe ficou na memóriaO concerto dos Swans na Aula Magna, em 2011, e aexposição Atol, <strong>de</strong> Gonçalo Pena, na ZDB.O livro da sua vidaO Processo, <strong>de</strong> Kafka.Um filme inesquecívelStalker do realizador russo Andrei TarkovskySe tivesse <strong>de</strong> escolher uma banda sonora para si,qual seria?Entre outras, o primeiro álbum da Julia Holter,TragedyUm artista que gostaria <strong>de</strong> ter visto no Teatro JoséLúcio da SilvaO Fausto Bordalo Pinheiro, apesar <strong>de</strong> dar poucosconcertos.Uma viagem inevitávelParisUm vício que gostava <strong>de</strong> não terComer bolachinhas à noite.Uma personalida<strong>de</strong> que admiraAdmiro muitas pessoas, mas que não têm amediatização que lhes dê o estatuto <strong>de</strong>“personalida<strong>de</strong>”.Uma actriz que gostasse <strong>de</strong> levar a jantarBéatrice Romand, uma actriz algerianaque participou em muitos filmesdo Rohmer.Um restaurante da regiãoA A<strong>de</strong>ga do Mouzinho e aTasca da Gracinda, porrazões gastronómicasmas tambémemocionais.Um prato <strong>de</strong> eleiçãoBacalhau frito comcebolada. De umamaneira geral gostomuito <strong>de</strong> saborear.Um refúgio (na região)Freiria, na casa dos meuspais.Um sonho para a <strong>Leiria</strong>Os museus e espaços culturaisabertos, melhor promovidos ecom uma programação coerente eaberta às propostas das artescontemporâneas e menos investimentos em infra--estruturas inúteis.Stalker do realizador russo Andrei TarkovskyThe SwansMesa <strong>de</strong>CabeceiraÁlvaroRomãoBéatriceRomandPassaram, esta semana, 99 anossobre a data <strong>de</strong> nascimento <strong>de</strong>Julio Cortázar, que, a par <strong>de</strong>Jorge Luis Borges, representa oexpoente máximo das letrasargentinas. Escritor argentino, escritorque se po<strong>de</strong> colocar <strong>de</strong>ntro do baú dorealismo mágico sul-americano,embora esteja para além <strong>de</strong>le, criandoestórias sem linearida<strong>de</strong> temporal,nasceu na Bélgica e morreu em Paris.Mas a sua vida, pelo menos a dos anos<strong>de</strong> formação, essa foi vivida a sul doequador – lá, on<strong>de</strong> não há pecado.Depois assumiu uma espécie <strong>de</strong> exílioem Paris: foge à ditadura e recebe umabolsa. Figura sedutora, on<strong>de</strong> emmuitas fotografias aparece a fumarum cigarro, coisa difícil <strong>de</strong> acontecernos dias <strong>de</strong> hoje, teve na tradução daobra completa em prosa <strong>de</strong> EdgarAllan Põe o seu primeiroreconhecimento global, consi<strong>de</strong>rado,por muitos, a melhor tradução doautor norte-americano. Politicamentedifícil <strong>de</strong> ser catalogado, numa alturaem que a i<strong>de</strong>ologia marcava a vidaactiva dos intelectuais,<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rado à esquerda e à direita,teve, nas suas lutas contra asditaduras sul-americanas, <strong>de</strong> todos osquadrantes, a sua mais aguerridapostura pública. Solidarizou-se comAllen<strong>de</strong> e foi tornado persona nongrata por Fi<strong>de</strong>l Castro. Tive acesso àsua obra, pela primeira vez, através doexcelente filme <strong>de</strong> MichelangeloAntonioni, A História <strong>de</strong> umFotógrafo, baseado no seu conto LasBabas <strong>de</strong>l Diablo, editado em Portugalpela Europa-América, na sua colecção<strong>de</strong> bolso, com o título <strong>de</strong> Blow Up(aproveitando o sucesso do filme).Mais tar<strong>de</strong> encontrei em ven<strong>de</strong>dores<strong>de</strong> rua os livros Histórias <strong>de</strong> Cronópiose Famas, Todos os Fogos o Fogo eBestiário, <strong>de</strong> editoras já extintas. Eposso dizer que foi uma paixão. Tinhaencontrado ali, o meu escritor <strong>de</strong>eleição (muitos anos passados, jávários autores foram o meu autor <strong>de</strong>eleição, mas <strong>de</strong> vez em quando,quando o sol se escon<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sperto <strong>de</strong>novo para Cortázar e percebo que, narealida<strong>de</strong>, nunca <strong>de</strong>le saí). Só anosmais tar<strong>de</strong> experimentei a beleza dasua obra-prima Rayuela <strong>de</strong> 1963. Como título português <strong>de</strong> O Jogo doMundo, Júlio Cortázar exercita umaescrita estilhaçada que propõe duasleituras ao leitor: ler o livro como foiescrito, com os seus saltos temporais enarrativos, ou seguir,ziguezagueando, pelos diferentescapítulos, uma suposta narrativalinear. Há poucos anos a Cavalo <strong>de</strong>Ferro editou A Volta ao Dia em 80Mundos, uma colectânea <strong>de</strong> contos,textos soltos, ensaios, preocupações,narrativas breves e outros escritos quepossibilitaram ao público umaexperiência nova com a difícil, masfascinante, mente do autor. Paraquem nunca leu Julio Cortázar, aindanão é tar<strong>de</strong> para o <strong>de</strong>scobrir. E valemuito a pena. É uma escrita maior quea vida.Cineasta


34 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013ObrigatórioExposição Anfíbios no Centro <strong>de</strong>Interpretação Ambiental <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>❚ Até 24 <strong>de</strong> Setembro, o Centro <strong>de</strong> interpretaçãoAmbiental <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> acolhe a exposição Anfíbios,uma pata na água, outra na terra. Esta mostraconta, além <strong>de</strong> painéis com informação, comtritões, salamandras, sapos e rãs, numaquaterrário, anfíbios da fauna nacional e áreaspedagógicas, <strong>de</strong>stinadas aos mais novos, comjogos electrónicos e activida<strong>de</strong>s lúdicas. Entre osobjectivos <strong>de</strong>sta exposição está a sensibilização dopúblico para a importância ecológica econservação dos frágeis anfíbios além <strong>de</strong>promover a melhoraria da imagem <strong>de</strong>stes animais.O horário <strong>de</strong> visita é <strong>de</strong> segunda a sexta-feira, das9 às 12:30 horas e das 14 às 17:30 horas. A entrada égratuita.Pedrógão Summer Fest queimaos últimos cartuchos do Verão❚ Para queimar os últimos cartuchos do Verão <strong>de</strong>2013, na região, a Praia <strong>de</strong> Pedrógão, <strong>Leiria</strong>, recebea partir <strong>de</strong> hoje, 29, até sábado, 31, a 2.ª edição dofestival Summer Fest. Muita música, animação eboa disposição estão garantidas pela presença <strong>de</strong><strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> DJ como Pedro Cazanova, DiegoMiranda, Massivedrum ou Mari Ferrari, artistaitaliana e DJ oficial da revista Playboy, na foto.Mas, este fim-<strong>de</strong>-semana há mais. Muitos maisatractivos. A começar pelo sli<strong>de</strong>, continuandopelos insufláveis e terminando numa festa cheia<strong>de</strong> espuma. Mais uma vez, esta é uma iniciativa daAssociação Cultural Desportiva e Promotora daPraia <strong>de</strong> Pedrógão.Novos talentosnacionais vão darmúsica à regiãoDREste fim <strong>de</strong> semana, o Parque Fluvial dasLoureiras, em Alpedriz, Alcobaça, recebe maisuma edição do Festival Loureiras Beats. Em palco,vão estar as bandas The Glockenwise (na foto),Si<strong>de</strong>walkers, Bass Brothers, Fast Eddie Nelson,entre muitos outros grupos e artistas quecompõem o cartaz <strong>de</strong>ste evento que prometemostrar muita música e animação, num cenárionatural. Des<strong>de</strong> que foi criado, em 2011, por umgrupo <strong>de</strong> amigos amantes da música, o LoureirasBeats aposta nos novos talentos nacionais queaparecem ao longo do ano em compilações como aNovos Talentos Fnac ou Optimus discos. Alémdisso, sem fins lucrativos, o evento tem comoobjectivo apoiar a sustentabilida<strong>de</strong> e omelhoramento do espaço on<strong>de</strong> se realiza. Estaedição do festival conta ainda com váriasinstalações artísticas que vão <strong>de</strong>corar o espaço doparque fluvial. O bilhete diário tem um custo <strong>de</strong>seis beats, na sexta-feira, e <strong>de</strong> cinco beats, noSábado. Além da entrada no recinto, o bilheteinclui ainda o acesso à zona <strong>de</strong> camping dofestival.LeiturasdasemanaSe não po<strong>de</strong>s juntar-te a eles,vence-osFilipe Homem FonsecaEditora: Divina Comédia)Podia ter acontecido por causa <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sastre natural, oterramoto. À falta <strong>de</strong>le, aconteceu o que bem sabem, estáa passar em todos os canais. Acabam-se os sítios paraocupar, que os sítios estão a <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser sítios, estão a<strong>de</strong>saparecer os lugares do mundo. Sente-se o tempo adoer-nos sem darmos por ele a passar. Tudo está perfeitocomo está, por pior que esteja, o futuro não é coisa que seleve até ao fim. Dois homens abandonam umairrepreensível vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter medo da mudança. Portugalestá cheio <strong>de</strong> crimes violentos, paixões loucas e boapastelaria. A Europa, o mundo inteiro, é isto: as pessoasvão morrendo aos poucos, às vezes morrem muitas <strong>de</strong>uma vez. O mundo acaba com um encolher <strong>de</strong> ombros.O Talentoso Mr. RipleyPatricia HighsmithEditor: Relógio dÁgua«Uma escritora que criou o seu mundo próprio…assustadoramente mais real do que a casa do nossopróprio vizinho.» Graham Greene.Tom Ripley tenta estar sempre um passo à frentedos seus credores e da lei. Mas tudo muda quando,inesperadamente, lhe oferecem uma viagem àEuropa, uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recomeçar a vida.Ripley ambiciona ter dinheiro, sucesso e uma boavida, e está disposto a matar para o conseguir.Quando a sua nova felicida<strong>de</strong> é ameaçada, a suareação é tão repentina como chocante.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 35EntrevistaVERAMARMELODavid Santos, músico e mentor do projecto noiservUma caça<strong>de</strong>ira foi o “instrumento”menos ortodoxo que já useiJacinto Silva Durojacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Today is the same as yesterday, but yesterday isnot today é o pontapé <strong>de</strong> saída para que versão donoiserv? 2.0, 3?Não sei se haverá uma versão exacta para aquilo queé este novo disco. Fazendo uma analogia a um software<strong>de</strong> computador, e tendo em conta que este é omeu quarto registo, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dois EP e um longa duração,se calhar será um disco noiserv 4.0.O que po<strong>de</strong>mos esperar do disco Almost Visible Orchestraque será apresentado a 7 <strong>de</strong> Outubro, em termos<strong>de</strong> sonorida<strong>de</strong> e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>?Este é o disco que imaginei como continuação daquiloque tenho vindo a fazer, <strong>de</strong>ssa forma julgo que a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>se mantém. A pessoa que o fez é a mesma e asmotivações também. Em termos <strong>de</strong> sonorida<strong>de</strong>,acredito que é um disco melodicamente mais rico, doque aquilo que tinha feito até hoje, sendo por issotambém mais <strong>de</strong>nso e complexo.Sente-se con<strong>de</strong>nado a ser um “one man band” ou jánão consegue viver sem os jogos e layers rítmicas?Não me sinto con<strong>de</strong>nado a isso, porque é uma escolhaminha. Este projecto surgiu da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> teralgo meu, em que eu fosse o único a tomar todas as<strong>de</strong>cisões e, por esse motivo, “faz-me sentido” que assimcontinue. Ao vivo, tento ser o mais fiel possívelcom o que existe em disco, pois tenho <strong>de</strong> conseguirlidar com algumas restrições e, uma <strong>de</strong>las, é, claramente,ter <strong>de</strong> tocar num formato “one man band”,com base em diferentes layers melódicas.Qual foi o "instrumento" menos ortodoxo que já usou?Hoje em dia, é-me complicado perceber o que po<strong>de</strong>ou não ser consi<strong>de</strong>rado instrumento, pois tudo o quefaça algum som, claramente musical, po<strong>de</strong> apelidado<strong>de</strong> tal. Neste disco, talvez tenha sido o uso do som<strong>de</strong> uma caça<strong>de</strong>ira real, que usei no primeiro single Todayis the same as yesterday but yesterday is not today,o “instrumento” menos ortodoxo.A sua prima e os seus <strong>de</strong>senhos vão continuar aacompanhar-te nos teus concertos?À partida sim, mas ainda não consegui chegar ao conceitofinal para a sua participação neste novo disco.Várias pessoas referem que o projecto noiserv é uma“harmonia que se agiganta através da criativida<strong>de</strong>e liberda<strong>de</strong> interiores”... Sente-se <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma relaçãosimbiótica e siamesa? Ou, para já, David Santosnão faz sentido como entida<strong>de</strong> musical singular?Penso que, quando se tem um projecto <strong>de</strong> uma sópessoa, durante tanto tempo, tornamo-nos o projectoe o projecto torna-se em nós próprios. Dessa forma,e muito sinceramente o noiserv é o David Santos, talcomo o David Santos é o noiserv, não há gran<strong>de</strong> diferença,são um só.Quando se apresenta noutras formações e projectos,como You Can't Win Charlie Brown, a sua linguagemmúsical é... diferente? Como?David Santos,jovem músiconascido emLisboa que dáa cara peloprojecto a solonoiserv, foiatingido pelaflecha doCupidomusical aos 12anos, quandoos pais lheofereceramuma guitarra.Hoje, a chegaraos 30,confun<strong>de</strong>-secom o seumais conhecidoprojectoque criou emmeados <strong>de</strong>2005. A 7 <strong>de</strong>Outubro lançao seu quartodisco, AlmostVisibleOrchestra.Não muda, a minha linguagem musical nasce principalmenteda minha sensibilida<strong>de</strong> em relação ao queestou a fazer e ao que me ro<strong>de</strong>ia. Dessa forma, se quiserser honesto comigo mesmo, nunca sou diferente,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente daquilo que esteja a fazer, outrosprojectos como o cinema, teatro ou outra coisa.Os seus temas têm um certo saudosismo e alegrianostálgica... como se fosse um mestre sorveteiro quejunta sabores e texturas opostas e improváveis,como o amargo e o doce, ou o áspero e macio, numbouquet rico e com muitas nuances?...Fico muito feliz em sentir que aquilo que mais gosto<strong>de</strong> fazer faz sentir tantas coisas, e tão diferentes.Tal como me fazem sentir as músicas que mais gosto<strong>de</strong> ouvir.Escreve/faz música directamente para o coração? Épor isso que diz tanto nos 47 segundos <strong>de</strong> 47 SecondsAre Enough If You Only Have One Thing To Do?As músicas que escrevo nascem da minha sensibilida<strong>de</strong>em relação aquilo que me ro<strong>de</strong>ia. Não as façocom nenhum intuito <strong>de</strong>finido ou uma inspiração concreta.Tento apenas ser o mais honesto comigomesmo e apenas dar por terminada uma músicaquando sinto que nada mais lhe posso dar. Nessetema em concreto, quis mostrar que 47 segundos po<strong>de</strong>mser suficientes se apenas tivermos uma coisapara fazer... Neste caso, que tudo po<strong>de</strong> mudar <strong>de</strong> umdia para o outro, se realmente quisermos que issoaconteça.


36 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 do Agosto <strong>de</strong> 2013AgendaPUBLICIDADEEventosMetard´Artes Criações Urbanasregressa sábado, 31, entre as 17e as 24 horas, no Mercado <strong>de</strong>Sant’Ana, <strong>Leiria</strong>. Integradono Praça Viva, o eventoconta, a partir das 22horas, com aapresentação daanimação musical UmaFloresta Animada (nafoto) pelos SpaceEnsemble, programapreparado para celebrar osanos internacionais daBiodiversida<strong>de</strong> e da FlorestaEspectáculo <strong>de</strong> magia Luís <strong>de</strong>Matos Chaos, o novo one manshow <strong>de</strong>ste magico <strong>de</strong> Avelar,Ansião, no próximo dia 4(quarta-feira), pelas 21:30 horas,no Cine-Teatro <strong>de</strong> Monte Real,<strong>Leiria</strong>Arraial à Portuguesa, sábado, 31,a partir das 22 horas, no Largo daCapela da Praia do Pedrógão,<strong>Leiria</strong>Coreto em festa é o tema <strong>de</strong> maisBaile <strong>de</strong> Verão marcado paraamanhã, 30, às 22 horas, nojardim Luís <strong>de</strong> Camões, <strong>Leiria</strong>,animado pela AssociaçãoFilarmónica BidoeirenseArtesRostos com História, umaexposição <strong>de</strong> fotografia daautoria <strong>de</strong> Miguel Costa, emcolaboração com Artur Gomes, éinaugurada hoje, 29, pelas 14:30horas, no Centro <strong>de</strong> Dia Camposdo Lis, em Gândara dos Olivais,<strong>Leiria</strong>. Patente até 30 <strong>de</strong>Setembro, a mostra insere-se noâmbito das comemorações do 4ºaniversário da instituiçãoMatin D´Automne, exposição <strong>de</strong>pintura sobre o castelo <strong>de</strong>Ourém, <strong>de</strong> Emma Henriot, éinaugurada no próximodomingo, 1 <strong>de</strong> Setembro, pelas18 horas, na sala <strong>de</strong> exposiçõesdos Paços do Concelho <strong>de</strong>Ourém. Natural <strong>de</strong> Anadia, vivee trabalha em LyonCOOLagens (papel, cartão,tecido, ma<strong>de</strong>ira, plástico) é otítulo da exposição que JoãoVi<strong>de</strong>ira Santos apresenta naBiblioteca Municipal da Nazaré,até 15 <strong>de</strong> SetembroEntre o Céu e o Mar, <strong>de</strong> VitorEstrelinha, e Arte Xávega, <strong>de</strong>António Balau, são as mostras<strong>de</strong> fotografia patentes no CentroCultural da Nazaré, até sábado,31Hermafroditas com Pedras,exposição <strong>de</strong> escultura <strong>de</strong> AbílioFebra e pintura <strong>de</strong> Clotil<strong>de</strong> Fava,na galeria municipal da MarinhaGran<strong>de</strong>, até 31 <strong>de</strong> OutubroA exposição <strong>de</strong> cerâmica Tempo<strong>de</strong> Férias, <strong>de</strong> Teresa Cortez,permanece até 8 <strong>de</strong> Setembro,na Galeria Municipal <strong>de</strong> OurémMúsicaMostra <strong>de</strong> pintura Igrejas e Capelasdo concelho <strong>de</strong> Óbidos, <strong>de</strong> InêsNeves, até 15 <strong>de</strong> Setembro, nacapela <strong>de</strong> São Marcos, Gaeiras,ÓbidosJardins da Pedra, exposição <strong>de</strong>escultura <strong>de</strong> Mário Lopes, continuapatente no Claustro <strong>de</strong> D. João I,mosteiro da Batalha, até 29 <strong>de</strong>SetembroViagem <strong>de</strong> Cosme III <strong>de</strong> Médicis emPortugal no ano <strong>de</strong> 1669, exposição<strong>de</strong> gravuras com organização <strong>de</strong>Jorge Estrela, no Centro CulturalJoão Soares, Cortes, <strong>Leiria</strong>Concerto com a Orquestra <strong>de</strong>Sopros formada pelosparticipantes do VIII cursoIntensivo Técnico-Instrumental eEstágio <strong>de</strong> Orquestra, organizadopela Filarmónica da Guia,amanhã, 30, às 21:30 horas, noTeatro-Cine <strong>de</strong> Pombal. Sobdirecção do maestro convidado,Leandro Alves, esta orquestraintegra 80 músicos <strong>de</strong> todo o PaísA praia <strong>de</strong> Pedrógão, <strong>Leiria</strong>,recebe a 2ª edição do festival <strong>de</strong>praia Summer Fest, a partir <strong>de</strong>hoje, 29, até sábado, 31. Entre<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> Dj´s, PedroCazanova, Diego Miranda,Massivedrum e Mari Ferrari(italiana DJ oficial da Play Boy),são alguns das cabeças <strong>de</strong> cartaz.Sli<strong>de</strong>, insufláveis e espuma sãotambém atractivos. A iniciativa éda Associação CulturalDesportiva e Promotorada Praia <strong>de</strong> PedrógãoO músicoleiriense XL(feat. Deo) &AlternativaLive Bandactua nopróximosábado, dia 31,pelas 22:30 horas,no Sport ImpérioMarinhense, naMarinha Gran<strong>de</strong>. Comorganização da Rádio Dom Fuas,o concerto ao vivo conta aindacom a presença <strong>de</strong> Mambo e o DJFlavic (Urban Vibes)O grupo <strong>de</strong> música popularLeiricanta actua sábado, 31, pelas21:30 horas, no Jardim OlímpioDuarte Alves, Monte Real, <strong>Leiria</strong>,no âmbito do projecto PraçaViva. Entrada livreExposição <strong>de</strong>fotografia, noâmbito doaniversário doCentro <strong>de</strong> DiaCampos do LisPercursos, exposição <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho,pintura e escultura <strong>de</strong> alunos daEscola Secundária DomingosSequeira, <strong>Leiria</strong>, no Edifício Banco<strong>de</strong> Portugal, <strong>Leiria</strong>, até dia 20 <strong>de</strong>SetembroO Museu Dr. Joaquim Manso,Nazaré, tem patente até domingo, 1<strong>de</strong> Setembro, a mostra fotográfica<strong>de</strong> Gisela e Antti Sarkilahti, sobre Oúltimo calafate da NazaréO músicoleiriense XL(feat. Deo) &AlternativaLive Bandactua sábadona MarinhaGran<strong>de</strong>Concerto por Jaqueline Con<strong>de</strong>(piano) e Sandra Azevedo(soprano), hoje, 29, às 21:30horas, no Museu José Malhoa,Caldas da Rainha, integrado nociclo Música à QuintaFilarmónica Pedroguense emconcerto amanhã, 30, às 22horas, no Jardim da Devesa,Pedrógão Gran<strong>de</strong>, encerrando ainiciativa Noites da Junta


38 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013Gente&lustreLiteratura PauloAssim vence mais umconcursoPequenos CantoresAluna <strong>de</strong> Pombaldança na RTPS. Tomé Jorge Paivafilma documentáriobotânicoParlamento EuropeuAna Gomes chefiamissão ao PaquistãoCidadão HonorárioBatalha distinguehistoriador❚ O XV Concurso LiterárioManuel Maria Barbosa du Bocage(poesia e prosa), promovido pelaLiga dos Amigos <strong>de</strong> Setúbal eAzeitão, foi ganho por PauloJorge Carreira (Paulo Assim),com De Corpo para Corpo(conjunto <strong>de</strong> 30 poemas a editarno final <strong>de</strong>ste ano). Natural <strong>de</strong>Porto <strong>de</strong> Mós e a residir naBatalha, este escritor tem já noseu currículo vários prémios.❚ Matil<strong>de</strong> Carvalho, da Aca<strong>de</strong>miaFAPdança, dirigida por Kelly Lisboae ligada à Filarmónica ArtísticaPombalense, foi seleccionada paradançar na abertura da Gala dospequenos Cantores 2013, produzidarecente-mente pela RTP 1 e CAE naFigueira da Foz. Já este ano, estapequena aluna e Diogo Luís,obtiveram um 1º lugar noconcurso Vem Dançar 2013, emPorto <strong>de</strong> Mós.❚ Jorge Paiva participa numdocumentário sobre antigasexpedições botânicas portuguesasem São Tomé, no âmbito doprojecto No trilho dos naturalistas,do QREN/Ciência Viva. Colector <strong>de</strong>plantas, este ambientalista,professor e investigador naUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, já estevenaquela ilha diversas vezes, assimcomo em Moçambique e Angola,on<strong>de</strong> nasceu em 1933.❚ A euro<strong>de</strong>putada socialista AnaGomes (ex-colaboradora do <strong>Jornal</strong><strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>) li<strong>de</strong>ra, esta semana, umamissão da Comissão <strong>de</strong> DireitosHumanos do Parlamento Europeuao Paquistão. A <strong>de</strong>legação oficialreune-se com autorida<strong>de</strong>spaquistanesas em Islamabad,nomeadamente o primeiro--ministro e titulares do governo(pastas dos Negócios Estrangeiros,Justiça e Direitos Humanos).❚ Saul António Gomes,historiador <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, recebeu adistinção inédita <strong>de</strong> CidadãoHonorário do concelho da Batalha,por parte da câmara municipal,no âmbito das comemorações doDia do Município. Professoruniversitário (doutorado emHistória Mediveal), tem-se<strong>de</strong>dicado à investigação <strong>de</strong>diversas temáticas, entre elas ahistória da Alta Estremadura.História<strong>de</strong>VidaMadalena SantosA ceramista da Batalha que conquistou ItáliaGraça Menitragracamenitra@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Corajosa e <strong>de</strong>stemida. Estas são duas dasqualida<strong>de</strong>s da ceramista e empresária MadalenaSantos, 42 anos, natural <strong>de</strong> Casal do Arqueiro,Batalha, on<strong>de</strong> vive e trabalha no seu atelier, Alma<strong>de</strong> Artista, e explora também uma pequenaempresa <strong>de</strong> transportes. Foi essa coragem eespírito <strong>de</strong> aventura que a levaram a percorrer,sózinha, milhares e milhares <strong>de</strong> quilómetros, aovolante <strong>de</strong> uma carrinha, para participar em feiras<strong>de</strong> artesanato. A sua estreia fora do país, e por suaconta e risco, <strong>de</strong>u-se em 2000, na FeiraInternacional <strong>de</strong> Milão, on<strong>de</strong> fez sucesso e voltounos 11 anos seguintes. Durante esse período,participou também em exposições por toda aItália, exemplo <strong>de</strong> Florença, Bari ou Macerata(on<strong>de</strong> acabou por abrir uma loja), mas também emFrança, Luxemburgo, Mónaco e Espanha. Ganhouprémios e distinções mas também coleccionouroubos <strong>de</strong> dinheiro e documentos e alguns sustosno asfalto. Em Portugal, mostrou pela primeiravez as suas obras na sua terra natal, na FeiraInternacional <strong>de</strong> Artesanato da Batalha, mastambém foi presença frequente na Bolsa <strong>de</strong>Turismo <strong>de</strong> Lisboa, na Feira <strong>de</strong> Gastronomia <strong>de</strong>Santarém ou nos Casinos Solver<strong>de</strong>, em Espinho,entre muitos outros certames.Madalena Santos apenas frequentou aescolarida<strong>de</strong> obrigatória (antigo 6º ano), emboramais tar<strong>de</strong> tenha feito cursos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>formadores. Ainda muito jovem, começou atrabalhar numa fábrica <strong>de</strong> cerâmica perto da casados pais (ele carpinteiro e ela a explorar umpequeno comércio), on<strong>de</strong> ficou nove anos, até aoencerramento da mesma. Começou na secção <strong>de</strong>pintura, como aprendiz, mas rapidamente os seuschefes começaram a aproveitar o seu potencialcriativo em novos <strong>de</strong>senhos e tendências. Em1999, tinha então 27 anos, viu-se no <strong>de</strong>semprego e<strong>de</strong>cidiu aproveitou os programas <strong>de</strong> apoio àcriação do próprio emprego, abrindo um pequenoatelier. “Comecei a fazer-me à vida, ia às feiras <strong>de</strong>artesanato e percorria o País, sózinha na minhacarrinha. Tive sempre vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> me aventurarpara fora da região, nomeadamente para o nortedo País, porque santos da terra não fazemmilagres”, diz. Foi <strong>de</strong>ste modo que diz ter ganhoexperiência, nomeadamente na área comercial,começando rapidamente a ver a rentabilida<strong>de</strong> doseu trabalho e contratando três ex-colegas paratrabalhar consigo, sobretudo <strong>de</strong>vido àDRFoi por amorao filho que,há cerca <strong>de</strong>dois anos,MadalenaSantospraticamenteabandonou nacarreirainternacionalinternacionalização.Hoje reconhece que, além da coragem e aventura,em alguns momentos foi até inconsciente. “Sómais tar<strong>de</strong> tive consciência dos perigos que corriaem termos <strong>de</strong> segurança pessoal. Tive nuitossustos e assaltos. Mas tudo isso faz parte da vida efez <strong>de</strong> mim a pessoa que sou hoje”, salienta.Mas como é que se chega assim, do nada, à FeiraInternacional <strong>de</strong> Milão? “Estava na Foz do Douro,no Porto, numa feira e conheci um casal <strong>de</strong> artistasque já fazia Milão e que gostou muito das minhaspeças. Conversa puxa conversa, foram eles que<strong>de</strong>ram o meu nome a uma senhora da organizaçãoem Portugal”, explica. “Foi tudo muito rápido enão estava preparada. Trabalhei <strong>de</strong> noite e <strong>de</strong> dia afazer novas peças e a embalar, pois não tinhatransportadora ou qualquer outro apoio logístico.E mesmo sem gran<strong>de</strong> suporte financeiro,arrisquei”, lembra. Foi <strong>de</strong>ste modo que Milão lheabriu outras portas por toda a Itália, on<strong>de</strong> chegoua trabalhar até para um seminário religioso e alevou à abertura <strong>de</strong> uma loja em Macerata, nonorte do país, numa zona turística <strong>de</strong> montanhamas perto do mar (costa adriática), numa partehistórica da cida<strong>de</strong> do século XIV. Tinha então ofilho apenas 8 anos. Apesar <strong>de</strong> manter a produçãona Batalha e <strong>de</strong> viajar para cá com muitafrequência, ela em Itália que estava praticamentea viver e com projectos até para expandir onegócio.Foi por amor ao filho que, há cerca <strong>de</strong> dois anos,Madalena Santos praticamente abandonou estacarreira internacional. Mas não está arrenpendidanem tão pouco parada. Hoje com 18 anos, o filhofrequenta um curso na área das artes eultrapassado que está o divórcio dos pais, é elepróprio que incentiva a mãe a não <strong>de</strong>sistir do seusonho. Madalena Santos ainda não per<strong>de</strong>u essaesperança, até porque os contactos ficaram.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 29 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2013 39AconteceuNovos Corpos sociais do Turismo do CentroA cerimónia <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> posse dos novos órgãossociais da Turismo Centro <strong>de</strong> Portugal (TCP) <strong>de</strong>correuno passado dia 23, nas instalações do Teatro da VistaAlegre, em Ílhavo. A cerimónia foi presidida pelosecretário <strong>de</strong> Estado do Turismo, Adolfo MesquitaNunes. Pedro Machado, anterior presi<strong>de</strong>nte da TCP,renova a li<strong>de</strong>rança da instituição, agora num mo<strong>de</strong>loterritorial alargado a 100 municípios e por um período<strong>de</strong> cinco anos. Paulo Fonseca e Paulo Inácio,respectivamente, presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Câmara <strong>de</strong> Ourém e<strong>de</strong> Alcobaça, também integram aComissão Executiva do organismo. Para a Mesa daAssembleia foram eleitos, entre outros, os empresáriosAlexandre Marto (Fátima Hotels) e Telmo Faria (Rio doPrado, Óbidos).PontoFuga Sal NunkachovEspecial Entremuralhas 2013DRMilhares <strong>de</strong> pessoas no Nazaré Beach PartyBoss AC, um dos pioneiros do hip hop português, foium dos cabeças <strong>de</strong> cartaz do Nazaré Beach Party,evento musical <strong>de</strong> Verão animado por alguns dosprincipais DJ’s do panorama musical português, que serealizou no areal da praia da Nazaré, no fim-<strong>de</strong>-semana<strong>de</strong> 23 e 24 <strong>de</strong> Agosto. “O balanço é muito positivo. Foidas maiores e melhores Nazaré Beach Party realizadas”,segundo um responsável da Arebiri Eventos,organizadora <strong>de</strong>sta festa, integrada no calendário doOeste Summer Festival, e que teve como parceirosinstitucionais a Câmara Municipal da Nazaré e a NazaréQualifica.DR4ª Semana Aventura no AgroalDezasseis crianças do concelho <strong>de</strong> Ourém tiveram aoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver uma semana diferente noParque Natureza do Agroal. A iniciativa <strong>de</strong>correu estemês, <strong>de</strong>stacando-se momentos lúdicos, activida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>sportivas, sessões <strong>de</strong> movimento e expressãoplástica, aliados ao trabalho <strong>de</strong> estimulação <strong>de</strong>competências sócio emocionais.DR


A gran<strong>de</strong>za do homem consistena sua <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> ser mais forte do que acondição humana.Albert CamusJorlis - Edições e Publicações, Lda.Parque Movicortes2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong>Tel. 244 800 400 Fax 244 800 401geral@jornal<strong>de</strong>leiria.ptConcentração preten<strong>de</strong> melhorar competitivida<strong>de</strong>La Redoute instala centro<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão ibérico em <strong>Leiria</strong>Viagens (fora)da minha terra❚ A La Redoute, loja online <strong>de</strong>moda e <strong>de</strong>coração com instalaçõesna Barosa, concentrou as operaçõesibéricas em Portugal, on<strong>de</strong>passará a ter o seu centro <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Em <strong>Leiria</strong> ficarão centralizadas“todas as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> logística,distribuição, centro informático,área financeira e direcção geral”,nota a empresa em comunicado,adiantando que em Barcelona irámanter-se um escritório, “com umaestrutura comercial que reportaráao CEO ibérico, tal como suce<strong>de</strong>com a equipa comercial portuguesa,também situada em <strong>Leiria</strong>”.Este cargo <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte executivo,para Portugal e Espanha, passaráa ser <strong>de</strong>sempenhado por PauloPinto, que até agora ocupava ocargo <strong>de</strong> director-geral da La RedoutePortugal.“Esta consolidação preten<strong>de</strong>melhorar a competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Paulo Pinto é o novo presi<strong>de</strong>ntepara Portugal e Espanhaambos os mercados, criando sinergiasnum mo<strong>de</strong>lo operacionalibérico e num aproveitamento dascompetências existentes da LaRedoute Portugal nas áreas <strong>de</strong> suporteao negócio, nomeadamentefinanceira e informática”, explicaPaulo Pinto. Além disso, consi<strong>de</strong>rao presi<strong>de</strong>nte, “esta <strong>de</strong>cisão é oreconhecimento do excelente trabalhorealizado pelos nossos colaboradoresem Portugal e da gran<strong>de</strong>aceitação que a marca sempreteve, nestes últimos 25 anos, juntodos consumidores portugueses”.Por último, acrescenta PauloPinto, “tem igualmente como objectivofortalecer a nossa posição<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança no e-commerce, nasáreas da moda e da <strong>de</strong>coração”. ALa Redoute é uma marca do GrupoRedcats. Está presente em 10países, e em Portugal está instaladahá 25 anos.PUBLICIDADEFunchalJoanaPereiraO <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> convidaos seusleitores apartilharemi<strong>de</strong>ias para aregiãoobservadasnoutros locaisdo País ou doestrangeiro.Bastaenviaremduas ou trêsfotografias eum texto com1500caracteresparadireccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ É verda<strong>de</strong> que muitos dos centros históricos das cida<strong>de</strong>sestão <strong>de</strong>gradados. Muitos dos imóveis existentespertenciam a pessoas que já faleceram ou que não têmpossibilida<strong>de</strong>s financeiras para os recuperar. Na cida<strong>de</strong>do Funchal, na Ma<strong>de</strong>ira, apesar dos inúmeros restaurantese comércio tradicional, alguns dos prédios tambémnão estão habitados e exibem um aspecto velho e<strong>de</strong>gradado. A solução encontrada não incidiu apenaspelos prédios abandonados, como também pelos imóveishabitados e rejuvenesceu o espaço, tornando-oagradável a quem passa, ao mesmo tempo que ajuda adivulgar os artistas locais. Nas portas <strong>de</strong> imóveis <strong>de</strong>gradadose ou nas entradas <strong>de</strong> alguns estabelecimentos ehabitações do centro histórico do Funchal foram feitasesculturas ou pinturas, dando cor e vida a quem percorreas ruelas. Mostrando a importância que dá à cultura,o Governo Regional da Ma<strong>de</strong>ira ce<strong>de</strong>u um imóvelpara o Espaço das Artes Criamar – Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong>Social para o Desenvolvimento <strong>de</strong> Jovens eCrianças, on<strong>de</strong> vários artistas dão largas à sua imaginaçãofazendo verda<strong>de</strong>iras obras <strong>de</strong> arte. Os trabalhos estãoexpostos no local e acessíveis aos visitantes <strong>de</strong> formagratuita. Os interessados po<strong>de</strong>m comprar as obras.A <strong>de</strong>gradação do centro histórico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> é umassunto <strong>de</strong>batido há anos. As várias autarquias têmtentado sensibilizar os proprietários para a recuperaçãodos imóveis. Mas, não lhes sendo possível, por que nãopermitir uma solução idêntica? Em vez <strong>de</strong> portasesburacadas, sujas e com aspecto envelhecido, nadaatractivas aos turistas que visitam a cida<strong>de</strong>, por quenão permitir aos artistas locais – e <strong>Leiria</strong> é rica emqualida<strong>de</strong> artística – trabalharem para oembelezamento dos imóveis através <strong>de</strong> pinturas eesculturas? Os habitantes que gostassem do projecto,po<strong>de</strong>riam permitir também a utilização das suas portasaos artistas. Não tenho dúvidas <strong>de</strong> que a rua direita e assuas transversais ganhariam um aspecto mais colorido,acolhedor e talvez até causasse surpresa e curiosida<strong>de</strong>a quem nos visita.Seria uma boa forma <strong>de</strong> mudar o aspecto do centrohistórico, ao mesmo tempo que se estaria a divulgar otrabalho dos artistas leirienses, uma vez que cada obraestaria sempre i<strong>de</strong>ntificada com o nome do seu autor.

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