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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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Ao falarmos <strong>de</strong> uma construção coletiva é preciso operar na direção<strong>de</strong> manter aberta a interlocução com outros atores que não apenasa escola (incluindo aqui alunos e família), mas também no apostar emuma articulação intersetorial. É preciso convocar os parceiros e produzirencontros/coletivida<strong>de</strong>.Para discussão mais <strong>de</strong>talhada dos atravessamentos do trabalho,bem como das interlocuções que se fazem necessárias, traremos fragmentos<strong>de</strong> duas atuações da equipe da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Proteção ao Educando/6ªCRE, a partir do Plantão Institucional.A escola a partir do casoCuriosamente a discussão que trazemos à cena não nos chegoupelo campo da educação (escola, CRE), mas a partir <strong>de</strong> um dispositivo<strong>de</strong> atendimento em saú<strong>de</strong> mental a crianças e adolescentes, no caso,um CAPSi (Centro <strong>de</strong> Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil). O caso doadolescente nos foi apresentado por esse serviço em uma reunião comtoda a equipe da instituição e trouxe para a equipe da RPE a questãoda educação inclusiva e da construção <strong>de</strong> uma atuação intersetorial.Apesar <strong>de</strong> a situação parecer insuportável, tanto para a escolaquanto para o adolescente, em nenhum momento foi en<strong>de</strong>reçado qualquerpedido à equipe da RPE. Pelo contrário, para a escola só era possívellidar com a questão <strong>de</strong> modo disciplinar: a <strong>de</strong>núncia do adolescenteà polícia. Aqui cabem algumas poucas consi<strong>de</strong>rações a respeito domodo como este se apresentava e se relacionava no espaço escolar.A situação era a seguinte: P., um adolescente <strong>de</strong> 17 anos, que encontravana escola em que frequentava sérias dificulda<strong>de</strong>s em relação à sua permanência.Em tratamento intensivo no CAPSi, com histórico <strong>de</strong> internações psiquiátricas ediagnóstico <strong>de</strong> esquizofrenia, era ali, naquela instituição escolar, que encontravauma via possível <strong>de</strong> relação com o que não era da or<strong>de</strong>m do patológico. No entanto,a escola − sem qualquer suporte − tendia a enten<strong>de</strong>r suas manifestaçõesnão como sintomas <strong>de</strong> seu modo <strong>de</strong> organização e funcionamento subjetivo,e sim como problemas <strong>de</strong> indisciplina, <strong>de</strong> caráter, o que produzia intervençõesda or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> um registro moral e legal. Intervenções essas que o afetavam <strong>de</strong>tal maneira, que chegava a interferir em seu trabalho subjetivo <strong>de</strong> estabilização,culminando em frequentes <strong>de</strong>sorganizações e crises.45

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