especialDenise Döbbeck e Murillo PessoaFotos: Fábio FigueiredoFeliz idadeno <strong>Paulistano</strong>O tempo não para e passapara todos, o que não quer dizerque seja um fato negativo. Experiência etranquilidade para lidar com os problemas emuita sabedoria são conquistas adquiridascom o passar dos anos. A maturidade tornasemais prazerosa quando as atividadesnão são deixadas de lado e fazem parte darotina diária. No <strong>Paulistano</strong>, diversos sócios namelhor idade mantêm um ritmo de vida dedar inveja a muitos jovens. São pessoas quenão se deram por vencidas porque os anosse foram. Pelo contrário, saíram em busca dachave da longevidade, por meio da práticaLisah: 16 aparelhose muita cargade exercícios físicos ou das mais variadasopções de atividades que o <strong>Club</strong>e oferece.Administrar o processo de envelhecimentopode ser mais fácil do que se imagina. Aspróximas linhas relatam bons depoimentos dehomens e mulheres que chegaram à melhoridade com um estilo de vida saudável. Sãodicas que podem ser utilizadas para quesejam refletidas em bom humor, alegria e,acima de tudo, em qualidade de vida.Difícil de acompanharNão há quem conheça Lisah Caiuby enão a veja como um exemplo de pessoaque sabe aproveitar a vida. E que sabeaproveitar o <strong>Paulistano</strong>. Todas as manhãs,ela está no <strong>Club</strong>e, onde não desperdiçaoportunidades para um viver mais saudável.“Se a gente para, acaba na cadeira derodas”, diz, sem perder o bom humor. Àssegundas e quintas-feiras, a sócia trabalharespiração e alongamento nas aulas deioga. Mas Lisah quer muito mais. Nãotem medo de novidades e ainda deseja<strong>28</strong>
Remar éprecisoaprender. Por isso, às terças equartas-feiras, dedica-se a uma atividadeacrescentada recentemente a seu cotidiano.“Durante viagem no início do ano, vi pessoaspraticando o tai chi chuan e me interessei”,recorda. “Comecei agora, mas já estougostando”, ressalta.Lisah também frequenta o curso de movimentoe equilíbrio, criado justamente para pessoasda terceira idade. “Sinto que as aulas têm meajudado”, revela. As atividades físicas são muitas,mas a sócia tem uma preferida. “A que mais meatrai é a musculação”, conta. Na academia,costuma surpreender a garotada. “Eu uso até16 aparelhos e coloco carga mesmo”, garante.“Muitos se aproximam para me elogiar”, continua.A relação de Lisah com o CAP vem do passado.Desde quando? “Desde sempre”, afirma. “Meupai era sócio de muitos clubes, como Pinheiros,Harmonia, <strong>Club</strong>e de Campo e o <strong>Paulistano</strong>, quefrequento desde que nasci”, esclarece. “Nomomento em que tive de escolher umpara frequentar, optei pelo <strong>Paulistano</strong>, queadoro como se fosse a minha casa”, completa.“Tenho inúmeros amigos e gosto muito dosfuncionários, todos dedicados e atenciosos, unsamores”, elogia.Lisah também aprova atividades como oSunset-Hour, que frequentou durante anos, eeventos culturais. Na recente apresentação deJoão Carlos Martins no auditório, lá estava ela. Osrestaurantes também recebem a sócia, até paraeventos que ela organiza para amigas.Com três filhos, oito netos e 17 bisnetos,Lisah costuma dedicar as tardes à família.Principalmente ao marido, Marcel, que nuncaestá no <strong>Paulistano</strong>. “Ele gosta mesmo de consertarcoisas e ajudar os outros”, explica, sorrindo.Quem jáexperimentou oremo sabe: não édos esportes maisfáceis. Um bompraticante tem dereunir qualidadescomo foco,condicionamentofísico ecoordenaçãomotora paratrabalhar todoo corpo emmovimentosritmados. Nadadisso assustouMaria da Glória Fernandes Brandão. “Foi uma paixãodesde o começo”, conta a sócia. “Meu filho remavana época em que fazia o curso de engenhariada Poli e eu já sentia vontade de praticar oesporte”, completa.Há oito anos, por indicação de colegas do <strong>Paulistano</strong>,inscreveu-se e sua vida mudou. Atualmente, àssegundas, quartas e sextas-feiras, a sócia tem omesmo ritual. Acorda às 5h e, às 6h40, já está naraia da USP para treinar. As remadas constantesvão até as 8h30, percorrendo nada menos do que16 km. “É um vício, não consigo ficar sem”, define.“É um esporte completo, trabalha todo o meu corpo”,elogia. “Tenho o mesmo amor pelo remo e pelavida”, compara.Glorinha, apelido pelo qual é conhecida, tambémtem carinho especial pelo local da prática, em meioà natureza. “Me lembro da infância na fazenda”,revela. Nos últimos meses, para sua felicidade,ganhou um “presente”. “É um barco skiff, levecomo uma pluma, que o pessoal brinca que émeu”, explica.Mas as atividades da associada não são limitadas aoesporte que tanto ama. Quem frequenta a academiasempre vê Glorinha nos exercícios de musculação eaeróbicos. “Estou sempre lá e recebo elogios porquesabem que não sou nenhuma garota e tenho muitadisposição”, explica. “Dedico tempo considerável aoesporte, pois não tem nada a ver comigo ficar emcasa, olhando para o teto”, brinca.Tanta disciplina e gosto pela vida geraram bonsresultados. “Nos meus check-ups anuais, o médicocostuma dizer que estou com a saúde de umajovem”, comemora. “Não me receita um remedinho”,continua. “A gente não pode se impressionar coma passagem do tempo, mas usar isso ao nosso favor,aproveitar nossa sabedoria para sermos mais felizes”,indica. “Descobri no esporte tantos benefícios que meconsidero a pessoa mais feliz do planeta”, finaliza.29