13.07.2015 Views

Manual Cooperação Jurídica Internacional Penal - Tribunal ...

Manual Cooperação Jurídica Internacional Penal - Tribunal ...

Manual Cooperação Jurídica Internacional Penal - Tribunal ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Decreto 6.061/2007.Cumpre ao DEEST analisar e tramitar os pedidos de extradição e de transferênciade pessoas condenadas, ao tempo que ao DRCI cabe analisar e tramitar as demais espéciesde pedidos de cooperação jurídica internacional, nas matérias penal e civil.No que concerne à cooperação jurídica internacional em matéria penal, existem,no entanto, duas exceções à regra, em que a Procuradoria-Geral da República funcionacomo Autoridade Central nas questões relativas ao Tratado de Auxílio Mútuo emMatéria <strong>Penal</strong> entre o Governo da República Portuguesa e o Governo da RepúblicaFederativa do Brasil (Decreto nº 1.320, de 30 de novembro de 1994) e ao Tratado de AssistênciaMútua em Matéria <strong>Penal</strong> entre o Governo da República Federativa do Brasil eo Governo do Canadá (Decreto nº 6.747, de 22 de janeiro de 2009).Em matéria não-criminal, existem também “outras autoridades centrais espalhadasno Governo brasileiro” 8 . Tal é o exemplo da Autoridade Central designada para aConvenção sobre Prestação de Alimentos no Estrangeiro da ONU, denominada Convençãode Nova Iorque, localizada na Procuradoria-Geral da República, bem comoa Autoridade Central para as Convenções da Haia Sobre Aspectos Civis do Sequestro<strong>Internacional</strong> de Menores (1980) e Sobre <strong>Cooperação</strong> <strong>Internacional</strong> e Proteção deCrianças e Adolescentes em Matéria de Adoção <strong>Internacional</strong> (1993), localizada naSecretaria Especial de Direitos Humanos.São inegáveis, contudo, os benefícios para o Estado e para a sociedade que advêmdo modelo em que o papel da Autoridade Central é exercido de maneira concentrada,tangenciando um ou o menor número de órgãos possível 9 . Conforme já mencionado,a Autoridade Central adquire a atribuição de coordenar a execução da cooperaçãojurídica internacional realizada por seu país, o que se torna inviável se essa tarefa épulverizada em diversos órgãos governamentais, gerando divisão desnecessária da representaçãoestatal nessa seara.A multiplicidade de vias para entrada e saída dos pedidos pode gerar danos nefastospara a coerência do sistema nacional de cooperação jurídica internacional. A questãopode causar confusão entre os operadores do direito, nacionais e internacionais, que nãosabem a quem recorrer para apresentar seus pedidos de cooperação, acarretando perda8. LOULA, Maria Rosa Guimarães. Auxílio Direto: Novo Instrumento de <strong>Cooperação</strong> <strong>Jurídica</strong> <strong>Internacional</strong>Civil. Belo Horizonte: Fórum, 2010. p. 68.9. Nesse sentido, VALLE, Sandra. <strong>Cooperação</strong> <strong>Jurídica</strong> <strong>Internacional</strong> em Matéria <strong>Penal</strong>/ Organizadores JoséBaltazar Junior, Luciano Flores de Lima. Porte Alegre: Verbo Jurídico, 2010. p. 10. “A princípio, os países designavamas suas autoridades centrais de acordo com a instituição que negociava o tratado bilateral. Tal dispersãocausava grande confusão quando se procurava saber qual era a Autoridade Central para se fazer umpedido de cooperação. O tema foi alvo de acirrado debate nas negociações das Convenções. Daí o UNODCincentivar que a Autoridade Central seja única e centralizada para que possa ser facilmente contatada”.MANUAL DE COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL E RECUPERAÇÃO DE ATIVOS 25COOPERAÇÃO EM MATÉRIA PENAL - 2012 25

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!