10Segundo Swain e Davis (1978), em algumas espécies deárvores, quando decresce a produção de clorofila, destaca-se a ação de outropigmento, a antocianina, a qual reflete bem na faixa vermelha do espectro,produzindo uma aparência avermelhada brilhante na folha.Outros pigmentos presentes nas folhas, são os carotenóides eas xantofilas, ambos pigmentos amarelos, os quais apresentam uma banda deabsorção na porção azul do espectro, aproximadamente em 0,45 µm.Swain e Davis (1978) verificaram que a reflectância de umafolha decresce com a idade, já que com a senescência a clorofila desaparece,deixando os carotenóides e as xantofilas como dominantes. Tal fato explicatambém a coloração amarela das folhas no outono, já que nesta época aprodução de clorofila também decresce. Este decréscimo de produção declorofila em algumas espécies de árvores, gera a produção de antocianina emgrandes quantidades, o que resulta em uma aparência vermelha brilhante dasfolhas.Entre a porção visível do espectro e o infravermelho próximo, avegetação apresenta uma notável mudança na sua reflectância, sendo estafaixa denominada red edge (Horler et al. 1983).A face dorsal da folha geralmente tem uma reflectância maiordo que a face ventral devido à existência de pigmentos nos cloroplastos, osquais se encontram em maior proporção na parte superior do mesófilo, que seencontra na face dorsal da maioria das folhas. Esta diferenciação é evidentesomente na região do visível, já que no infravermelho próximo a reflectância éaproximadamente igual para as duas superfícies (Kumar, 1972).2.1.2.2. REGIÃO DO INFRAVERMELHO PRÓXIMO (0,7 - 1,3 µm)Nesta região a absortância é muito baixa (menos do que 10%)e a radiação recebida pela folha é refletida ou transmitida. Segundo Swain eDavis (1978), muitos tipos de vegetação apresentam aproximadamente 45 a50% de reflectância, 45 a 50% de transmitância e menos de 5% de absortâncianesta região do espectro.A elevada reflectância nesta faixa deve-se à estrutura celularinterna da folha e mais especificamente à descontinuidade do mesófilo(Gausman, 1985). Assim, folhas com mesófilos compactos têm umareflectância relativamente baixa e uma alta transmitância, quando comparadascom folhas com mesófilo mais esponjoso.A estrutura interna da folha varia de acordo com as espécies,sendo portanto possível discriminar plantas na faixa do infravermelho próximo,mesmo aquelas que não sejam distinguíveis no visível (Chuvieco 1990).
11A luz incidente em uma planta com mesófilo compacto(predominância de parênquima paliçádico) é mais transmitida do que refletida,já que este tipo de mesófilo apresenta pouca superfície de contato com o ardos espaços intercelulares. No entanto, as plantas com predominância doparênquima lacunoso, tendem refletir mais a radiação recebida. Esse aumentopode ser explicado pela grande quantidade e disposição das superfícies decontato com o ar, promovendo o espalhamento múltiplo e portanto uma maiorenergia de retorno (Valeriano, 1988).Para Bowker et al. (1985), durante o crescimento da planta, areflectância decresce no visível e aumenta no infravermelho próximo, sendoque na senescência ocorre o oposto, porém em menor proporção. Isto éexplicado pelo fato de que durante o crescimento da planta há uma maiorquantidade de clorofila e portanto uma maior absorção de energia. Por outrolado, as folhas mais velhas têm uma estrutura interna menos compacta, ummesófilo mais esponjoso, e portanto, uma maior reflectância (Gausman, 1985).2.1.2.3. REGIÃO DO INFRAVERMELHO MÉDIO (1,3 - 3,0 µm)Nesta faixa espectral, as propriedades ópticas das folhasdependem em grande parte, do conteúdo da água presente. Quando aumidade das folhas decresce, a reflectância nesta região aumentasignificativamente. Desta forma, a observação desta região do espectro permiteconhecer o vigor da folha em função de seu conteúdo de umidade (Guyot et al.,1989).Nesta porção do espectro eletromagnético, ocorrem trêsbandas de absorção da água (Figura 2.1), localizadas em 1,4, 1,9 e 2,7 µm(Swain e Davis, 1978). A banda de absorção em 2,7 µm é a maior e emrealidade resulta da combinação de duas bandas de absorção localizadas em2,66 e 2,73 µm.2.1.2.4. COMPORTAMENTO ESPECTRAL DO DOSSELEm estudos de sensoriamento remoto, a estrutura do dossel éimportante já que descreve como os indivíduos absorvem e espalham o fluxoincidente. Estes parâmetros estruturais variam espacial e temporalmente com otipo, o grau e as condições de desenvolvimento da vegetação (Kimes eKirchner, 1983).As propriedades ópticas do dossel de uma floresta dependemdas características espectrais das árvores (folhas, copa, tronco), do solo e daprópria tipologia vegetal (Guyot et al., 1989).Existem vários fatores que afetam a resposta espectral dodossel da vegetação, segundo Asrar (1989) estes fatores são:
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