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EFEITO DE HÚMUS DE MINHOCA NO CULTIVO DA ALFACE ...

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SERVIÇO PÚBLICO FE<strong>DE</strong>RALUNIVERSI<strong>DA</strong><strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO PARÁCAMPUS UNIVERSITÁRIO <strong>DE</strong> ALTAMIRAFACUL<strong>DA</strong><strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AGRO<strong>NO</strong>MIA<strong>EFEITO</strong> <strong>DE</strong> HÚMUS <strong>DE</strong> <strong>MINHOCA</strong> <strong>NO</strong> <strong>CULTIVO</strong> <strong>DA</strong> <strong>ALFACE</strong>(Lactuca sativa L.) <strong>NO</strong> MUNICÍPIO <strong>DE</strong>ALTAMIRA, PARÁFrancisco Aldenir do Carmo LúcioAltamira - Pará - Brasil2009


2 iiFrancisco Aldenir do Carmo Lúcio<strong>EFEITO</strong> <strong>DE</strong> HÚMUS <strong>DE</strong> <strong>MINHOCA</strong> <strong>NO</strong> <strong>CULTIVO</strong> <strong>DA</strong> <strong>ALFACE</strong>(Lactuca sativa L.) <strong>NO</strong> MUNICÍPIO <strong>DE</strong>ALTAMIRA, PARÁBANCA EXAMINADORA_________________________________________________________________Profª. Dra. Andréa Hentz de Mello - Universidade Federal do ParáOrientadora_________________________________________________________________Prof. M.Sc. Fernando Kidelmar Dantas de Oliveira - Universidade Federal do ParáExaminador_________________________________________________________________Prof. Dr. Rainério Meireles da Silva - Universidade Federal do ParáExaminador


iii 3<strong>DE</strong>DICOA Deus, criador de tudo o queexiste, inteligência supremae causa primária de todas ascoisas.


5 vEPÍGRAFE“É consenso entre os agricultores familiares de que „aterra que tem minhoca é melhor para a produção dehortaliças e frutas‟. Eles sabem dos benefícios dasminhocas no solo, como a maior aeração, maior capacidadede retenção de água, além, é claro,da melhoria das qualidades químicas”.(Gustavo Schiedeck)


vi 6SUMÁRIO1 - INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 112 - OBJETIVOS ................................................................................................................. 142.1 - GERAL ....................................................................................................................... 142.2 - ESPECÍFICOS............................................................................................................. 143 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 153.1 - IMPORTÂNCIA <strong>DA</strong> OLERICULTURA ..................................................................... 153.1.1 - Importância na Alimentação Humana ................................................................... 153.1.2 - Importância Econômica .......................................................................................... 163.1.3 - Importância Social .................................................................................................. 173.2 - IMPORTÂNCIA <strong>DA</strong> FERTILI<strong>DA</strong><strong>DE</strong> DO SOLO PARA A PRODUÇÃO <strong>DE</strong>OLERÁCEAS ...................................................................................................................... 173.3 - VERMICOMPOSTO E VERMICOMPOSTAGEM ..................................................... 193.3.1 - Vermicomposto ....................................................................................................... 193.3.2 - Vermicompostagem................................................................................................. 213.4 - CARACTERIZAÇÃO <strong>DA</strong> CULTURA <strong>DA</strong> <strong>ALFACE</strong> ................................................. 223.4.1 - Caracterização Botânica ......................................................................................... 223.4.2 - Cultivares ................................................................................................................ 223.4.3 - Características da Alface Americana ..................................................................... 233.4.4 - Descrição da Cultivar Tainá ................................................................................... 243.4.5 - Solo e Adubação ...................................................................................................... 243.4.6 - Clima ....................................................................................................................... 263.4.7 - Implantação e Propagação da Cultura ................................................................... 263.4.8 - Espaçamento ........................................................................................................... 273.4.9 - Tratos Culturais ...................................................................................................... 273.4.10 - Controle Fitossanitário ......................................................................................... 284 - MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................... 344.1 - LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO <strong>DA</strong> ÁREA DO EXPERIMENTO ............. 344.2 - ADUBOS ORGÂNICOS: HÚMUS <strong>DE</strong> <strong>MINHOCA</strong> E ESTERCO BOVI<strong>NO</strong> .............. 344.2.1 - Húmus de Minhoca ................................................................................................. 34


vii 74.2.2 - Esterco Bovino......................................................................................................... 354.3 - SEMEADURA <strong>DA</strong> <strong>ALFACE</strong> CV. TAINÁ .................................................................. 364.4 - INSTALAÇÃO DO EXPERIMENTO ......................................................................... 364.5 - ANÁLISE ESTATÍSTICA........................................................................................... 405 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 425.1 - ANÁLISES QUÍMICAS <strong>DE</strong> SOLO E DO VERMICOMPOSTO................................. 425.2 - <strong>EFEITO</strong> DO HÚMUS <strong>DE</strong> <strong>MINHOCA</strong> <strong>NO</strong> <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO VEGETATIVO <strong>DA</strong><strong>ALFACE</strong> CULTIVAR TAINÁ ............................................................................................ 425.2.1 - Massa Fresca Total, Massa Fresca da Parte Aérea, Massa Fresca da Parte Radicular,Número de Folhas, Diâmetro da Cabeça e Altura da Planta ........................................... 435.2.2 - Pragas e Doenças ..................................................................................................... 476 - CONCLUSÕES ............................................................................................................. 477 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 498 - ANEXO ......................................................................................................................... 54


viii 8LISTA <strong>DE</strong> FIGURASFigura 01 - Planta de alface americana (A) e Alface americana Cultivar Tainá (B). ............. 24Figura 02 - Mosaico da alface (A) e Mosqueado da alface (B)............................................. 29Figura 03 - Big-Vein da alface (A) e - Vira-cabeça em alface (B)........................................ 30Figura 04 - Míldio da alface ................................................................................................ 32Figura 05 - Estrutura do minhocário utilizado na produção do húmus, Altamira-PA, 2009. . 35Figura 06 - Mudas de alface cultivar Tainá com 24 dias após a semeadura, Altamira-PA,2009. .................................................................................................................................... 36Figura 07 - Detalhe da área do experimento, alface americana cultivar Tainá, Altamira-PA, 2009............................................................................................................................................. 37Figura 08 - Croqui da área experimental T = Testemunha; HM = Húmus de Minhoca; EB =Esterco Bovino e NPK = Nitrogênio + Superfosfato Simples + Cloreto de Potássio, Altamira-PA,2009. .................................................................................................................................... 38Figura 09 - Incorporação do húmus de minhoca ao solo com 15 dias antes do transplantio (A) eincorporação do esterco bovino ao solo com 15 dias antes do transplantio (B), Altamira-PA,2009. .................................................................................................................................... 39Figura 10 - Incorporação do Cloreto de potássio e Superfosfato Simples ao solo com 15 diasantes do transplantio, Altamira-PA, 2009. ............................................................................ 39Figura 11 - Fornecimento de Uréia (46% de N) em cobertura, na segunda aplicação aos 18 diasapós o transplantio, Altamira-PA, 2009. ............................................................................... 40Figura 12 - Altura das plantas das alfaces determinadas, com a utilização de régua milimétrica(A) e obtenção do diâmetro de cabeças das alfaces, com utilização de paquímetro (B), Altamira-PA, 2009. ............................................................................................................................. 41Figura 13 - Alface americana cultivar Tainá com 45 dias após o transplantio (T) = testemunha,(HM) = húmus de minhoca, (NPK) = adubação mineral e (EB) esterco bovino, Altamira-PA,2009. .................................................................................................................................... 47


ix 9LISTA <strong>DE</strong> TABELASTabela 01 - Composição nutricional da alface em 100 g da parte utilizável. ......................... 16Tabela 02 - Extração de nutrientes do solo cultivado com alface. ........................................ 26Tabela 03 - Composição dos tratamentos avaliados quanto à eficiência para a produção de alfacecultivar Tainá, Altamira-PA, 2009. ...................................................................................... 37Tabela 04 - Resultado de análise química do solo a 20 cm de profundidade, Altamira-PA, 2009............................................................................................................................................. 42Tabela 05 - Resultado de análise química do vermicomposto, Altamira-PA, 2009. .............. 42Tabela 06 - Dados médios por planta das repetições dos diferentes tratamentos para o cultivo daalface americana cultivar Tainá, Altamira-PA, 2009. ............................................................ 43


x 10RESUMODentre as espécies de hortaliças reconhecidas na demanda do consumo diário dos brasileiros, aalface (Lactuca sativa L.), vem se destacando pela aceitação popular. A utilização dovermicomposto como fonte de fertilidade ao solo, vem sendo utilizado devido os efeitos eeficiências em diversos cultivos, podendo ser produzido a partir de vários resíduos. Este trabalhoteve por objetivo avaliar o efeito do húmus de minhoca produzido com diferentes substratos naprodução da Alface americana, cultivar Tainá. O delineamento utilizado foi o InteiramenteCasualizado (DIC) com 4 tratamentos, 5 repetições, parcelas com 28 plantas. Os tratamentosconsistiram de testemunha T1 - Sem nenhuma adubação, T2 - Húmus de minhoca produzido àbase de diferentes matérias primas, T3 - Esterco Bovino e T4 - NPK, onde foram avaliados asseguintes características da alface: quantidade de folhas, diâmetro de cabeça, altura da planta,quantidade de massa fresca, incidência de pragas e doenças e foi avaliado as característicasquímicas do húmus produzido com diferentes substratos e proposto recomendações para o tipo desubstrato a ser fornecido às minhocas submetidas à produção de húmus para a produção daalface. Para todas as características avaliadas, foram observadas diferenças entre os tratamentos.A produtividade da alface foi: 5,7 t/ha com aplicação de 40 t/ha de húmus minhoca; 11,5 t/hacom aplicação de NPK e 17,5 t/ha com aplicação de 80 t/ha de esterco bovino. Através dodiagnóstico visual, não foram identificadas pragas e nem sintomas de doenças.Palavras-chave: adubação orgânica, hortaliças, vermicompostagem, vermicomposto.


111 - INTRODUÇÃOA ampla utilização e produção de alimento, são hipóteses explicadas para capacidade deadaptação e fixação do homem aos mais distintos ambientes do globo terrestre. Produção degrãos era a principal atividade econômica do período primitivo até o contemporâneo. Devido abaixa demanda demográfica, era permitido que frutas e hortaliças fossem adquiridos na natureza,sendo desnecessário seu cultivo. Mas, evidenciou-se necessidade de maior complementação nadieta alimentar diária à base de produtos vegetais não cozidos. Entretanto, somente a partir dasegunda metade do século XX, foi que o cultivo de hortaliça foi iniciado (ANDRIOLO, 2002).Também de acordo com ANDRIOLO (2002), no caso do Brasil, a evolução olerículaestá ligado ao desenvolvimento econômico e social do país. Uma matriz cultural herdada pelosportugueses. Essa foi razão pelo qual não houve no início políticas de desenvolvimento agrícola,exclusiva para populações locais. Iniciou primeiramente, através das correntes migratórias,cultivos intensivos de hortaliças, seguindo posteriormente com cultivos de hortaliças domésticas,com maior diversificação.Maior impulso foi com a descoberta das vitaminas, bem como seu papel essencial nometabolismo humano, o qual foi marco ao primeiro passo para o surgimento da horticultura comoatividade econômica (ANDRIOLO, 2002). Segundo FILGUEIRA (2003), são necessáriasingestão diária de cinco princípios nutricionais para se ter uma alimentação saudável eequilibrada, e somente uma alimentação variada é capaz de suprir essas exigências à saúdehumana.Põe-se em prática, baseado em ANDRIOLO (2002) a noção de hábito alimentar,caracterizado pela repetitibilidade de um procedimento no decorrer do tempo. Dessa forma, aolericultura atual, tem um objetivo de ser capaz de fornecer hortaliças de boa qualidade o anotodo, aos consumidores. Dentre as espécies de hortaliças, referente a esse contexto, destaca-se aalface (Lactuca sativa L.), família Asteráceae, originária do Mediterrâneo, planta herbácea,tipicamente folhosa, consumida na forma de salada, que vem se destacando pela sua grandeaceitação popular (FILGUEIRA, 2003).A alface é rica em vitaminas A, Niacina e C, proteínas e minerais, Cálcio, Ferro,Fósforo, Tiamina, sendo muito importante para uma alimentação saudável (FILGUEIRA, 2003;CAETA<strong>NO</strong> et al., 2001). Esta hortaliça é uma das mais produzida no Brasil (KATAYAMA,


121993), no entanto, segundo CAETA<strong>NO</strong> et al., (2001), alface é mais restrita ao mercado nacional,só no estado do Rio de Janeiro, em 1998, a produção de alface foi em torno de 37 mil toneladas,em áreas cultivadas de aproximadamente 1,3 mil hectares. No Município de Altamira, Pará,segundo OLIVEIRA (2007) o cultivo da alface tem grande importância econômica por ser umadas hortaliças mais vendidas nos mercados e feiras dessa cidade, também, trabalho conduzido porOLIVEIRA-JUNIOR (2007) nesse mesmo Município, mostra a alface em segundo lugar, entre ashortaliças mais vendidas.É reconhecida a demanda de consumo diário, das mais variadas espécies de hortaliças namesa dos brasileiros. Por outro lado, para garantir um produto de excelente qualidade com altaprodutividade, o cultivo da alface merece algumas prevenções básicas por parte do produtor.Além dos cuidados fitossanitários, existe um que vem sendo bastante discutido atualmente, omanejo e conservação do solo como forma de garantir os componentes nutricionais e biológicosdo mesmo. Por ser uma olerácea de ciclo curto e sistema radicular superficial, a alface necessitapara essas qualidades, de um solo que tenha capacidade de fornecer água e nutrientesadequadamente para o desenvolvimento da planta, ou seja, pH ideal em torno de 6,0, boafertilidade e rico em matéria orgânica (CAETA<strong>NO</strong> et al., 2001) e textura média (FILGUEIRA,2003) e por necessitar de uma adubação orgânica e em solo pobre os custos se elevam devido osacréscimos de doses de adubação mineral durante o plantio (FILGUEIRA, 2003; HAAG et al.,1993). Por ser uma espécie composta basicamente por folhas, a cultura responde mais aofornecimento de nitrogênio e as deficiências de fósforo e potássio reduzem bastante ocrescimento da planta. Os micronutrientes que mais afetam o desenvolvimento da alface, quandoem níveis deficientes são, o cobre, molibdênio e o boro (CAETA<strong>NO</strong> et al., 2001).Apesar de absorver quantidade relativamente pequenas, quando comparada com outrasculturas, devido ao ciclo curto (de 50 a 70 dias), a alface pode ser considerada como exigente emnutrientes, principalmente no final do ciclo. Fica também evidenciada exigência nutricionaldiferenciada entre cultivares (KATAYAMA, 1993).Observa-se nesse sentido, necessidade de alternativas para recompor ao solo os micro emacronutrientes absorvidos pela planta durante seu cultivo. Assim torna-se indispensável o usode adubação orgânica nas hortaliças, principalmente nas folhosas (KIMOTO, 1993). Para essacultura de raízes delicadas, a adubação orgânica, com esterco de curral é altamente benéfica(FILGUEIRA, 2003), mas, segundo ANDRIOLO (2002), merece cuidado se o esterco for


13proveniente de animais onde se faz uso de medicamento e ou produtos químicos que venha podercontaminar as hortaliças. Além disso, de acordo com TEIXEIRA et al., (2002) tem-se mostradoproblemas com esterco de animais quanto a disponibilidade e fornecimento em algunsMunicípios, como por exemplo em Barcarena-PA. Porém, são diversas as alternativas, devido suagrande disponibilidade de resposta ao crescimento das plantas, bem como também o uso dacompostagem, que vem sendo bastante utilizado como alternativa viável.Nesse sentido, tornam-se necessárias medidas viáveis, como opções, quanto ao tipo deadubos orgânicos a serem usados como forma de estabilização e estruturação das propriedadesfísicas, químicas e biológicas do solo na produção de hortaliças, em especial a alface, por ser umadas mais consumidas diariamente.De acordo com FONTANÉTTI et al., (2006) há uma constante difusão na preocupaçãoambiental e qualidade de vida das pessoas, que vem despertando interesse para produtosorgânicos. O Brasil ocupou em 2006 a 13ª posição quanto à área destinada a esse subsistema deprodução.OLIVEIRA-JUNIOR (2007) observou no Município de Altamira-PA, que o uso doesterco de gado se destaca entre os adubos orgânicos mais utilizados nas hortas urbanas dessacidade, devido ser adquirido em menor custo, mas os horticultores preferem alternativas como:esterco de aviário e ou de ovino. Mesmo não fazendo referência da utilização de húmus deminhoca, percebe-se o interesse por parte dos horticultores em outras alternativas, além doesterco de bovino. O húmus é o termo usado para transformação biológica de resíduos orgânicos,em que as minhocas atuam acelerando o processo de decomposição, promovendo odesenvolvimento de uma grande população de microrganismos, que torna o vermicomposto demelhor qualidade comparado com o composto tradicional (RICCI, 2002). De acordo comLANDGRAF et al., (1999) o húmus produzido pelas minhocas, além de riquíssimo em matériaorgânica, reconstitui a estrutura física e biológica do solo, também neutraliza o pH do solo,atuando como fertilizante químico, elevando a concentração de nutrientes aumentando aresistência das plantas a pragas e doenças.Baseado em FRANCISCO-NETO (2002), na natureza, o húmus é formado a partir dedecomposição de materiais vegetais mortos, que são lentamente atacados, como forma dealimentos, para os microrganismos tais como as minhocas e fungos, e que seus excrementosconstituem os compostos orgânicos utilizados pelas plantas. Segundo RICCI (2002), este


14composto é conhecido como vermicomposto, devido às minhocas serem consideradas vermes,por isso recebe esse nome.A utilização do vermicomposto como fonte de fertilidade ao solo, vem sendoamplamente utilizado devido seus efeitos e eficiências em diversos cultivos. OLIVEIRA et al.,(2001), mostrou efeito positivo no emprego de 25 t/ha de húmus associado à adubação mineral naprodução de cenoura, porém não comparou com outros compostos. SILVA et al., (2005), obtevediferenças significativas em termos de aumento para produção de massa fresca de alface comaplicação de húmus de minhoca em relação ao esterco de bovino, no entanto, não houvediferença, do húmus em relação aos substratos de suíno e de coelho.O vermicomposto, pela sua eficiência, pode ser viável na produção de hortaliças,podendo ser produzido a partir de vários resíduos, como por exemplo estercos de bovino ou avesmisturado com restos de vegetais triturados (RICCI, 2002).2 - OBJETIVOS2.1 - GERALAvaliar o efeito do húmus de minhoca comparado com diferentes adubações usadas naprodução de Alface americana (Lactuca sativa L. cv. Tainá).2.2 - ESPECÍFICOSAnalisar a característica química do húmus produzido com diferentes substratos.Avaliar a quantidade de folhas da alface.Avaliar o diâmetro de cabeça e altura da alface.Avaliar a quantidade de massa fresca da alface.Verificar a incidência de pragas e doenças na cultura.Propor recomendações para o tipo de substrato a ser fornecido às minhocas submetidas àprodução de húmus, que melhor responda na produção de alface.


153 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA3.1 - IMPORTÂNCIA <strong>DA</strong> OLERICULTURA3.1.1 - Importância na Alimentação HumanaA qualidade de frutas e hortaliças corresponde ao conjunto de propriedades que ostornam aceitável como alimentos. De modo abrangente, qualidade pode ser definida comocaracterísticas individuais de um mesmo produto, que tem reflexo na aceitação por parte doconsumidor (MAISTRO, 2001). É importante salientar as perdas sofridas durante as operaçõesque medeiam à colheita até ao consumidor, assim é importante as formas de armazenamentos econservação (FILGUEIRA, 2003).Para FILGUEIRA (2003), o tipo de dieta mais adequada a uma pessoa está relacionada àseu modo de vida, um exemplo seria que para os trabalhadores braçais, a exigência está maisvoltada para alimentação energética, rica em carboidratos. O que não seria indicado para pessoasdedicadas ao trabalho intelectual, uma vez que sendo apropriada pode prevenir ou corrigir umdistúrbio que comumente vem acontecendo em regiões desenvolvidas, a obesidade.De acordo com o desenvolvimento de um país ou região, as atividades que exigemmaiores forças físicas diminuem e, conseqüentemente, reduz também o consumo energético e emcontrapartida maior consumo de hortaliças, ricas em vitaminas e sais minerais. Mas no Brasil, adieta alimentar de seu povo, ainda se caracteriza por baixa ingestão de hortaliças comparadacomo outros povos (FILGUEIRA, 2003).De acordo com CHITARRA (2005), frutas e hortaliças ocupam um importante papel naalimentação humana, por serem fontes de vitaminas, minerais e fibras. Sendo benéfica à saúde doconsumidor, tanto pela fonte reconhecida de nutrientes, como por conter diferentes grupos desubstâncias químicas, que quando ingeridos, atuam como agentes anticancerígeno, reduzindo aorisco de doenças cardiovasculares, entre outras funções importantes no organismo humano. ParaFILGUEIRA (2003), alimentação variada é capaz de fornecer os princípios nutricionaisnecessários a saúde humana, já que essa espécie não dispõe de um alimento completo. SegundoCARDOSO (1997), as hortaliças, por constituírem um grupo de plantas rico em substânciasnutritivas, podem contribuir para amenizar os desequilíbrios nutricionais da população amazônica


16brasileira, como nas demais regiões tropicais. Os nutricionistas afirmam que a maior contribuiçãodas hortaliças gerais, à dieta humana é o fornecimento de vitaminas e sais minerais, as quaisapresentam os seguintes princípios nutricionais; carboidrato, proteína, sais minerais, vitaminas Ae C, vitamina do complexo B e Ferro (CHITARRA, 2005; FILGUEIRA, 2003; KATAYAMA,1993).A alface por sua vez, apresenta elevado teor de umidade, celulose e baixo valor calórico.É rica em vitamina A, elemento importante para o funcionamento dos órgãos da visão; vitaminaC, que ajuda na resistência dos vasos sanguíneos, fragilidade e má formação dos dentes; avitamina Niacina, que evita problema de pele e do sistema nervoso; Cálcio e o Fósforo,participam na formação do sangue; Ferro, contribui na formação do sangue. A alface também éconsiderada como calmante e remédio contra insônia (OLIVEIRA, 2007; PIMENTEL, 1985),A Tabela 01 detalha a composição nutricional da alface.Tabela 01 - Composição nutricional da alface em 100 g da parte utilizável.Proteína Ca Fe P Vit. A Tiamina Riboflavina Niacina Vit. C(g) (mg) (mg) (mg) (U.I.) (µg) (µg) (mg) (g)1,2 35 2,0 26 970 60 60 0,3 8Fonte: Adaptado por FILGUEIRA (2003).3.1.2 - Importância EconômicaA importância da olericultura no cenário agrícola brasileiro se traduz pela altarentabilidade, distribuição de renda e geração de emprego. Entre os produtos nacionais, ahortaliça só perde em valor da produção, para a cana-de-açucar, café, soja e milho. A produçãoolerícula no Brasil atingia em 1998 um valor bruto de 3,9 bilhões de dólares, enquanto o de grão,13,9 bilhões de dólares (CAETA<strong>NO</strong> et al., 2001).O Brasil é um grande produtor de hortaliças, sendo que em 2004 produziu 16 milhões detoneladas (TOFANELLI et al., 2007). Em 2006 a produção foi aproximadamente 17.549 miltoneladas em área cultivada de 771 mil hectares. O valor estimado foi de R$ 11.529 milhões egerou 2.827,28 empregos (EMBRAPA, 2006). A alface por sua vez, apresenta-se entre ashortaliças mais produzidas no Brasil (KATAYAMA, 1993), no entanto, é mais restrita aomercado nacional (CAETA<strong>NO</strong> et al., 2001), destacando-se nesse país por ser a sexta em


17importância econômica e a oitava em volume produzido (CHITARRA, 2005; MAISTRO, 2001).Só no Rio de Janeiro, se mantêm a produção acima das 30 mil toneladas anuais e área ocupadaacima de mil hectares, sendo a produtividade em torno de 27 t/ha (CAETA<strong>NO</strong> et al., 2001).No Município de Altamira, Pará, o cultivo da alface tem grande importância econômica,sendo uma das hortaliças mais vendidas nas feiras livres da cidade. Nesse Município estaatividade apresenta um ótimo lucro aos recursos investidos, principalmente quando não háintermediário entre o produtor e consumidor (OLIVEIRA, 2007), como observou OLIVEIRA-JUNIOR (2007) que 71% das vendas de hortaliças são feitas diretamente ao consumidor e aalface sendo a segunda entre as mais vendidas. As hortas urbanas de Altamira empregam cerca de80 trabalhadores diretos e proporciona aumento na renda familiar dos horticultores dessa cidade.3.1.3 - Importância SocialContribuindo significativamente para o mercado de trabalho, a produção de hortaliças éintensiva em mão-de-obra (COBBE & JABUONSKI, 1993). Para GUSMÃO & GUSMÃO(2007) e OLIVEIRA (2007), destacam o cultivo de hortaliças, como forma de terapia ocupacionalou interação entre grupos, como escolas e centros comunitários, bem como complementação naalimentação dessas comunidades. Também a possibilidade de utilização de pequenas área, comrápido retorno econômico, que possibilita pessoas em situações de desemprego, invista nessaatividade, evitando pressões sociais sobre ela. No município de Altamira, Pará, as horticulturastêm um papel importante na geração de emprego para as famílias que praticam essa atividade(OLIVEIRA-JUNIOR, 2007).3.2 - IMPORTÂNCIA <strong>DA</strong> FERTILI<strong>DA</strong><strong>DE</strong> DO SOLO PARA A PRODUÇÃO <strong>DE</strong>OLERÁCEASPara FILGUEIRA (2003), as culturas oleráceas são altamente exigentes em nutrientes,razão pela qual, produtores acabam errando ao executarem adubação em excesso. O solo, além deservir como meio para sustentação das raízes, precisa fornecer nutrientes necessários ao adequadodesenvolvimento das plantas. Em certo caso, até mesmo o solo pode ser dispensado, deste que


18exista outros meios de fornecimentos de nutrientes para as culturas, como é o caso do cultivohidropônico (ANDRIOLO et al., 2004; CAETA<strong>NO</strong> et al., 2001; FILGUEIRA, 2003).O solo é uma importante fonte de nutrientes minerais para as raízes. Mas, de acordo comCOUTINHO et al., (1993), no caso da olericultura, as vezes o solo não oferece esses nutrientes,devido ao seus ciclos serem curtos. A agrotecnologia pode corrigir essas limitações da fertilidadedo solo.O adequado desenvolvimento das culturas é respondido em função de 14 nutrientes, quede acordo com FILGUEIRA (2003), é reconhecido como essenciais, e na ausência de qualquerum deles, o solo torna-se fonte limitante ao desenvolvimento da planta. Classificam-se em macroe micronutrientes, sendo que os macronutrientes são divididos entre principais, o Nitrogênio (N),Fósforo (P) e Potássio (K) e secundários, Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S); emicronutrientes, Boro (B), Zinco (Zn), Molibdênio (Mo), Cobre (Cu), manganês (Mn), Ferro(Fe), Cloro (Cl) e Níquel (Ni). É irrelevante considerar quais desses 14 são mais importantes,pois, a deficiência de qualquer um, é capaz de comprometer economicamente a cultura. Aimportância dos macro e micronutrientes é evidenciada, de forma clara constituindo-se noscomponentes de formação e todos esses elementos provem do solo, com exceção do nitrogênio,que primeiramente sofre fenômeno da fixação biológica (HAAG et al., 1993).Esses 14 nutrientes são reconhecidos como essenciais ou imprescindíveis para as plantassuperiores, as hortaliças por exemplo. Os macronutrientes são extraídos pelo sistema radiculardas plantas em maior quantidade (kg/ha), em relação aos micronutrientes que são absorvidos emmenores quantidades (g/ha). As espécies oleráceas extraem do solo e exportam, em suas partescomerciáveis, maiores quantidade de nutrientes, por hectares, em relação às outras culturas.O fornecimento de doses adequadas de N favorece o crescimento vegetativo, expande aárea fotossinteticamente ativa e eleva o potencial produtivo da cultura. O excesso de N podeocasionar queima das folhas, em plantas novas, aumenta a suscetibilidade da planta e a certasdoenças fúngicas. Fornecimento de doses adequadas de P e Ca às culturas, favorecem odesenvolvimento e amplo sistema radicular, aumentando absorção de água e de nutrientes. O Kaplicado de dose, favorece a formação e translocação de carboidrato e o uso eficiente da águapela planta, embora eleve a exigência de K, segundo FILGUEIRA (2003), pesquisas temrevelado que maioria dos solos brasileiros, a adubação potássica não propicia elevação naprodutividade devido a esses solos já dispor de K em forma utilizável. O Ca trata-se de um


19macronutriente que favorece a ampliação dos sistemas radiculares e conseqüentemente,melhoram a absorção de água e nutrientes. O Mg é o macronutriente absorvido em menorquantidade, mas mesmo assim, mantém sua importância. É a parte integrante da molécula epodendo ser identificada sua deficiência nas folhas cloróticas. Para o S, muitas culturas, como asbrassicáceas, retiram do solo quantidades mais substanciais de S que de P, o que ilustra arelevância desse macronutriente (FILGUEIRA, 2003).Os micronutrientes, embora extraídos em quantidades pequenas, da ordem de grama porhectares, têm se tornado fator limitante no cultivo de algumas espécies. O B é o micronutriente,cuja, carência tem sido constatada com mais freqüência no campo. O Zn é outro micronutrienteque vem exigindo atenção, ressaltando-se que sinais de carências típicos (listras verdes-claras nolimbo foliar) têm ocorrido em milho-doce. Aplicação pesada de P diminui a absorção de Zn pelasplantas. A carência de Mo tem sido fator limitante importante da produção de brassicáceaherbácea, em especial couve-flor e brócolos. Assim aplicação foliar de Mo tornou-se práticarotineira. No caso de deficiência de Cu têm sido constatado em cultura de alface conduzidas embaixadas turfosas. Carência de Mn, Fe, Cl e Ni não são comumente constatadas nas condiçõesbrasileiras. A calagem por sua vez, deve ser conduzida de forma que o pH do solo corrigido nãoeleve acima de 6,5, a faixa de 6,0-6,5 beneficia a maioria das culturas oleráceas (FILGUEIRA,2003).Estas são mais produtivas e exigentes, razão pelo qual, extraem e exportam do solomaior quantidade de nutriente, em relação às culturas de grãos por exemplo, exigindo adubaçãomais farta.3.3 - VERMICOMPOSTO E VERMICOMPOSTAGEM3.3.1 - VermicompostoO vermicomposto ou húmus é material humificado através do metabolismo da minhocae apresenta em sua composição substâncias que se originadas da degradação química e biológicade resíduos de plantas e da atividade metabólica de microrganismos (LANDGRAF et al., 1999).Além de riquíssimo em matéria orgânica, o vermicomposto reconstitui a estrutura física ebiológica do solo, bem como neutraliza o pH, atuando como fertilizante químico, elevando a


20concentração de nutrientes e aumentando a resistência das plantas contra pragas e doenças(LANDGRAF et al, 1999; RODRIGUES et al., 2003; KIST et al., 2007), conseqüentemente,importante para produtividade agrícola (MARTINEZ, 2006). A utilização do vermicomposto naagricultura vêm sendo estudada há anos por pesquisadores (KIST et al., 2007).A produção de húmus acontece naturalmente, a partir de decomposição da matériaorgânica (restos vegetais e animais mortos), sendo lentamente atacada, como forma dealimentação, para os microrganismos existentes no solo tais como as minhocas e fungos e queseus excrementos constituem os compostos orgânicos ou húmus utilizados pelas plantas(FRANCISCO - NETO, 2002; PEQUE<strong>NO</strong> et al., 2003; RODRIGUES, 2008). De acordo comRICCI (2002), devido as minhocas serem consideradas vermes, usa-se o termo vermicomposto aohúmus produzido através da decomposição acelerada por esse anelídeo.O húmus apresenta as seguintes propriedades, segundo PEQUE<strong>NO</strong> et al., (2003) e RÍOSet al., (1993). É um produto natural, produzido biologicamente, que não agride o meio ambiente,mantendo a biologia dos solos intacta; Melhora as propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos, ajudando arecuperação de solos quando degradado e infértil; Possui alta concentração de macro e micronutrientes para as plantas, especialmentede N, P, K, Ca e Mg; Melhora as estruturas do solo dando-lhes características granuladas, fazendo com queos solos tenham maior aeração, movimento de água e retenção de umidade tambémimpede a compactação de solos argilosos e promove a agregação de solos arenosos; Aumenta a capacidade de retenção de nutrientes dos solos; Tem maior efeito residual no solo e pode permanecer mais de três meses em estadodinâmico; A liberação dos nutrientes ocorre mais lentamente, diminuindo as perdas por lavagempela água das chuvas ou de irrigação, reduz a erosão do solo e aumenta a resistênciados agregados protegendo contra os impactos provocados pela gota de águas daschuvas e reduz o escorrimento superficial; Potencializa a ação dos adubos químicos quando utilizados em conjunto; Eleva pH dos solos na faixa entre 6,0 a 6,5.


213.3.2 - VermicompostagemA vermicompostagem é o sistema tecnológico usado para a transformação biológica deresíduos orgânicos, em que as minhocas atuam acelerando o processo de decomposição (RICCI,2002; PEREIRA et al., 2005; LANDGRAF et al., 1999), e que esses organismos atuam triturandoos resíduos orgânicos liberando um muco, facilitando o trabalho dos microrganismosdecompositores, acelerando o processo de humificação e promovendo o desenvolvimento degrande população de microrganismos, que forma o vermicomposto de melhor qualidade (RICCI,2002; PEREIRA et al., 2005).A minhoca mais comumente utilizada para o processo é a conhecida como Vermelha-da-Califórnia (Eisenia foetida), preferida para a produção de húmus pois, além de se adaptarfacilmente às condições de cativeiro, apresenta grande capacidade de produção de húmus e altavelocidade de reprodução (SCHIE<strong>DE</strong>CK et al., 2006; STEFFEN, 2008; PEREIRA et al., 2005).Embora outra espécie, como Eisenia andrei, também chamada de Vermelha-da-Califórnia, venhasendo estudada (STEFFEN, 2008).A minhoca come diariamente o equivalente ao seu próprio peso. Toda matéria orgânicaconsumida pela minhoca Vermelha-da-Califórnia, apenas 40% é usada para seudesenvolvimento e reprodução. Os demais 60% é transformado em húmus (LANDGRAF et al.,1999 e RÍOS et al., 1993). Assim, para cada 10 kg de matéria orgânica serão produzidosaproximadamente 6 kg de húmus (SCHIE<strong>DE</strong>CK et al., 2006).Para o processo de vermicompostagem serão adotados alguns cuidados essenciais noalimento à ser fornecido à minhoca como:1) Utilização do esterco - antes de ir para o canteiro, o esterco deve passar por um processo decura (PEREIRA et al., 2005), não deixando ultrapassar os 30°C (SCHIE<strong>DE</strong>CK et al., 2006;PEREIRA et al., 2005).2) Pode ser usado resíduos vegetais da propriedade ou próxima a ela (casca de arroz, palha decafé, restos de capim e cascas de frutas). Deve ser fermentado em separado e triturado quandodecomposto e misturado ao esterco a ser curtido.3) A faixa ótima de umidade do alimento é de 80-85% (SCHIE<strong>DE</strong>CK et al., 2006).4) O pH deverá estar na faixa de 6,9-7,9.


225) Após 50 - 60 dias o substrato está decomposto. Para saber quando estará pronto, coleta-seamostra umedecida e esfrega-se na palma da mão. Se apresentar aspecto de graxa preta overmicomposto estará pronto (RICCI, 2002) ou em observação mais criteriosa, pode-se constatartambém que as minhocas diminuem de tamanho quando o húmus está pronto, sinalizando quenão há mais alimento no canteiro (SCHIE<strong>DE</strong>CK et al., 2006). Existem várias formas para retiraras minhocas dos canteiros de produção: como a captura manual, utilização de luz, sacos-iscas,separação com peneira ou canteiros duplos (SCHIE<strong>DE</strong>CK et al., 2006; RICCI, 2002).3.4 - CARACTERIZAÇÃO <strong>DA</strong> CULTURA <strong>DA</strong> <strong>ALFACE</strong>3.4.1 - Caracterização BotânicaAlface (Lactuca sativa L.) pertence à família Asteráceae, originária do Mediterrâneo,ainda hoje encontradas em regiões de clima temperado, no sul da Europa e na Ásia Ocidental(FILGUEIRA, 2003).É uma planta anual, herbácea, delicada, com caule diminuto, ao qual se prende as folhas.Tipicamente folhosa consumida na forma de salada, folhas grandes e de consistência variada emfunção de variedades, podem ser lisas ou crespas, formando ou não “cabeça”, com coloração emvários tons de verde, ou roxa conforme a cultivar. Vem se destacando no Brasil pela sua grandeaceitação popular e importância econômica (FILGUEIRA, 2003).De acordo com FILGUEIRA (2003), o sistema radicular é muito ramificado esuperficial, explorando apenas os primeiros 25 cm de solo, quando a cultura é transplantada. Emsemeadura direta, a raiz pivotante pode atingir até 60 cm de profundidade.3.4.2 - CultivaresDe acordo com FILGUEIRA (2003), trabalho de melhoramento genético conduzido noBrasil ou no exterior, originou as inúmeras cultivares, disseminadas entre os olericultores docentro sul do país. Desenvolveram cultivares que apresentam maior resistência ao pendoamentoprecoce, ao mosaico-da-folha e à queima-da-saia, sendo estas pesquisas um dos principaisobjetivos dos fitomelhoristas brasileiros. Essas cultivares viabiliza a cultura durante ao longo do


23ano, inclusive na primavera-verão (KATAYAMA, 1993). As cultivares utilizadas, em suamaioria, é de coloração verde, somente em alguns mercados são aceitos aquelas com margensarroxeadas. Mas atualmente, no Brasil, mesmo em pequena escala, está começando o plantio decultivares roxa no cinturão-verde do Estado de São Paulo (MELO &VILELA, 2007).As cultivares segundo FILGUEIRA (2003), podem ser agrupadas de acordo comcaracterísticas das folhas, bem como o fato de reunirem formando cabeça ou não. Desse modo,atualmente, obtêm-se seis grupos ou tipos diferenciados, segundo tais características que são:1) Tipo repolhuda-manteiga, folhas lisas, verde-amareladas e aspecto amanteigada,forma cabeça compacta. Variedades: Brasil 303 e Carolina.2) Tipo repolhuda-crespa (Americana), folhas com característica crespas, bemconsistentes, forma cabeça compacta. Variedades: Cultivar típica é a norte-americana, surgindo apartir dessa outras seleções como, Tainá, Madona, Lucy Brown, Kaeser, Hanson e Rafaela.3) Tipo solta-lisa, folhas lisas e soltas, não forma cabeça. A cultivar típica é a Babá deVerão. Outras cultivares tem sido desenvolvido como, Monalisa, Luisa, Regina 71 e Vitória.4) Tipo solta-crespa, folhas crespas, soltas e consistentes, não forma cabeça. A cultivartípica é a norte-americana Grand Rapids. As demais cultivares são: Marianne, Marisa, Vanessa,Verônica, Simpson, Vera e Mônica.5) Tipo Mimosa, folhas delicadas e aspecto “arrepiado”, não forma cabeça. Ascultivares são: Salad Bowl e Greenbowl.6) Tipo Romana, são grupos de alface de importância econômica restrita pelosconsumidores brasileiros. Possuem folhas alongadas e consistentes, forma cabeça fofas. Ascultivares são: Romana Branca de Paris e Romana Balão.3.4.3 - Características da Alface AmericanaA alface americana é adaptada ao clima seco predominante na Califórnia, EstadosUnidos (EUA), região onde é cultivada. A cultivar típica é a norte-americana Great Lakes,Apresentam cabeças grandes, compactas, com folhas crespas, consistentes e quebradiças, corverde-esbranquiçadas com nervuras verdes destacadas e um aspecto geral pouco delicado. Maisresistentes às temperaturas elevadas, formando cabeças em condições de verão mais severo, comelevado grau de resistência ao florescimento (Figura 01.A). A Great Lakes apresta várias seleções


24(FILGUEIRA, 1972, 1982, 2003), as quais resistem bem ao transporte a longas distâncias(MOTA, 1999).3.4.4 - Descrição da Cultivar TaináCultivar do tipo americano, indicado para mercado de consumo fresco, devido aoexcelente sabor. Apresenta alta compacidade e tamanho das cabeças. Boa formação de ombro,(Figura 01.B). Alta resistência ao pendoamento precoce e alta tolerância a nematóide(Meloidogyne incognita). Semente de coloração preta. Início da Colheita em 60-70 dias (TERRAAGRO SUL, 2008).Figura 01 - Planta de alface americana (A) e Alface americana Cultivar Tainá (B).Fonte: TRANI et al., (2005) (A) e TERRA AGRO SUL, (2008) (B).3.4.5 - Solo e AdubaçãoPor ser uma olerícula de ciclo curto e sistema radicular superficial, recomenda-se que osolo tenha capacidade de fornecer água e nutrientes adequadamente para o desenvolvimento daplanta (CAETA<strong>NO</strong> et al., 2001). Recomendações adaptada por FILGUEIRA (2003) e (1982), acultura da alface se adapta melhor em solos de textura média e com boa capacidade de retenção


25de água, pH ideal em torno de 6,0 a 6,8. Se necessário, deve-se efetuar a calagem para elevar asaturação de base para 70%.As raízes da alface exploram uma pequena camada superficial do solo. O que parece sermais importante, para o bom desempenho vegetativo dessa planta, é o afofamento dos primeiros20 cm de solo, para que suas raízes se desenvolvam bem, explorando melhor a camada rica ouenriquecida com nutrientes (PIMENTEL, 1985).A maneira ideal, após a aração, é incorporar os materiais orgânicos ao solo, eposteriormente, seguindo com outra gradagem com utilização de enxada rotativa, o que deve serfeito semana antes do plantio.Para essa cultura de raiz delicada e altamente exigente quanto ao aspecto físico do solo,a adubação orgânica, especialmente esterco de gado e de aves pode ser utilizado sendo bemcurtido. A quantidade de aplicação depende do tipo de textura do solo e disponibilidade no local.De acordo com PIMENTEL (1985) e CAETA<strong>NO</strong> et al., (2001), para solo areno-argiloso, asrecomendações satisfatórias são de 60 a 80 t/ha de esterco de curral. Também recomendaaplicação de 40 t/ha em solo de várzea ou terra roxa. Em caso de optar por esterco de aves, aaplicação deve ser um terço da quantidade usada com esterco de curral (PIMENTEL, 1985).Para adubação a base de húmus de minhoca, depende do tipo de matéria prima utilizadopara produzir o vermicomposto (STEFFEN, 2008). Recomenda-se aplicação de 5 kg/m 2 (50 t/ha)de canteiro (RÍOS et al., 1993) ou entre 20 a 40 t/ha (LOPES et al., 2001). TambémMANTOVANI et al., (2003), recomenda-se aplicação de 25 e 50 t/ha em solo argiloso.Quantidade adequada de aplicação tanto de húmus quanto outros tipos de compostosorgânicos, depende da exigência das espécies e de cada cultivar (STEFFEN, 2008; FILGUEIRA,2003), bem como as peculiaridade de cada situação, considerando aspectos físicos e químicos dosolo; e condições agroclimática de cada região (FILGUEIRA, 2003).Para KATAYAMA (1993), a exigência da alface se refere à quantidade de macro emicronutrientes retirado do solo pela cultura, necessária para seu crescimento e reprodução.Dessa forma, de maneira geral, a extração obedece, em ordem decrescente a seguinte forma:K>N>Ca>P>Mg>S>Fe>Zn>Mn>B>Cu (Tabela 02). Destacando-se maior exigência pela alfaceem K, N e Ca.


26Tabela 02 - Extração de nutrientes do solo cultivado com alface.N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn................................. (kg/ha) ........................ ............................ (g/ha) .......................42,0 10,0 84,5 17,0 5,0 2,0 86,5 17,5 581,5 216,5 314,0Devido a falta de dados experimentais para a região oeste do Pará, sugere-se dados deFILGUEIRA (2003), cujas recomendações para macronutrientes em kg/ha, dependendo do tipode solo, podendo ser aplicados no sulco de plantio das mudas ou incorporados nos leitos doscanteiros que são, N: 30, P 2 O 5 : 250-400 e K 2 O: 80-90, sendo a maior parte utilizável da alfaceser constituída por folhas, é recomendado aplicação de N em dose de 70-90 kg/ha, parceladoquinzenalmente em três coberturas.3.4.6 - ClimaA alface é uma espécie de planta anual, florescendo sob dias longos e temperaturas altasna etapa reprodutiva do ciclo, inicia com o pendoamento. Constata-se que todas cultivares sereproduzem melhor com dias curtos e temperaturas amenas, bem como, são capazes de resistiremà baixa temperatura e geadas leves (FILGUEIRA, 2003).Temperaturas amenas são necessárias, durante toda a fase vegetativa de seu ciclo,especialmente durante o desenvolvimento da cabeça. Nota-se que todas as cultivares produzmelhor em temperaturas amenas, sendo que temperatura mais elevada (20 - 30°C) acelera o cicloe resulta em plantas menores, caindo a produtividade, sendo mais exigente em temperaturasamenas às do grupo Repolhuda Manteiga, devido florescerem prematuramente, sob temperaturaselevadas e bem mais tolerantes as cultivares dos demais grupos (FILGUEIRA, 1982).O comportamento da planta da alface é afetado pelas condições climáticas que as mudassão produzidas. Ao longo dos anos, os fitomelhoristas desenvolveram cultivares capazes deadaptabilidade ao plantio, também durante a primavera e verão, resistente ao pendoamentoprecoce. Só assim, é possível produzir alface, de boa qualidade, ao longo do ano (FILGUEIRA,2003).3.4.7 - Implantação e Propagação da Cultura


27A época do semeio pode ser planejado de acordo com o preço e demanda do produto nomercado local (PIMENTEL, 1985), sendo a produção de mudas, segundo ROSSI et al., (2003) eTRANI et al., (2007), uma importante etapa de cultivo no sistema de cultivo de oleráceas, pois édela as viabilidades nutricionais e tempo necessário para produção. Uma muda má formada, daráorigem a uma planta limitada.As recomendações adaptadas por FILGUEIRA (2003), para esse processo, consiste eminiciar com a semeadura em bandeja de isopor e posterior transplante para o canteiro, quando asmudas apresentarem quatro a seis folhas definitivas. Essa é a agrotecnologia mais adotada pelosolericultores de alto nível, com formação das mudas em casa de vegetação. Também, para umíndice de “pegamento” mais eficiente, as mudas podem ser protegidas com torrões.A semeadura também pode ser direto no canteiro, mas no Brasil é menos utilizada, tornando-se apreparação do canteiro mais exigente.3.4.8 - EspaçamentoO espaçamento utilizado no canteiro definitivo, tanto no transplante como na semeaduradireta, é de 25-30 cm x 25-30 cm (FILGUEIRA, 2003; PIMENTEL, 1985). Para alface do tipoamericana pode ser plantada no espaçamento de 35 cm x 35 cm para clima mais ameno(FILGUEIRA, 2003) ou 25 cm x 25 cm; 30 cm x 30 cm para clima mais elevado (GUSMÃO &GUSMÃO, 2007). O canteiro pode ter formato retangular, tamanho variado ou medidas de (1,2 mx 5 m) (PIMENTEL, 1985).3.4.9 - Tratos CulturaisOs tratos culturais são de suma importância principalmente em período mais quente,pois a cultura é bastante exigente em água. Necessita de uma freqüência e abundante irrigação,devido à ampla área foliar e intensiva evapotranspiração, bem como, o sistema radicular delicado,superficial e alta capacidade produtiva (FILGUEIRA, 2003), proporcionando o aumento do pesounitário e a qualidade das folhas. Assim, o teor de água útil no solo, deve-se manter acima de80% (CAETA<strong>NO</strong> et al., 2001; FILGUEIRA, 2003), mas, com certo limite e requer bastante


28cuidados com a qualidade da água, deve ser monitorada para evitar contaminação das folhas commicrorganismos patogênicos a saúde humana.Cobertura morta com uma leve camada de casca de arroz ou até mesmo, caroço de açaícurtido é um trato recomendado por PIMENTEL (1985). FILGUEIRA (2003) também,recomenda além da casca de arroz, cobrindo o leito do canteiro, bagacinho de cana ou outrosmateriais, como sendo bastante favorável, pois, mantêm o solo úmido e temperatura amena.A monda também é indispensável, e deve ser feita quantas vezes forem necessárias, parao controle das ervas daninhas, isso serve para qualquer estádio de desenvolvimento da alface.3.4.10 - Controle FitossanitárioSegundo PAVAN et al., (2005) e FILGUEIRA (2003), entre as várias pragas e doençasque sujeitam a alface destaca-se o mosaico da alface, causado pelo Lettuce mosaic virus - (LMV),pertencente à família Potyviridae, gênero Potyvirus. É uma das doenças mais importantes daalface no Brasil. Transmitido pela semente e disseminado no campo por afídeos.Sintomas - Os sintomas (Figura 02.A) em alface na fase adulta são de fácilreconhecimento; mosaico, amarelecimento foliar, clareamento de nervura, má formação edistorção da cabeça, necrose de nervuras e folhas podendo levar a morte da planta.Controle - tradicionalmente o LMV vem sendo controlado pelo uso de sementes isentasde vírus e por resistência genética.MOSQUEADO - Lecttuce vírus - LeMoV, causado pelo vírus Lettuce mottle virus(LeMoV), pertencente à família Sequiviridae, do gênero Sequivirus.Sintomas - Quando isolados, os sintomas ocasionados em alface pode se confundir comos causados pelo LMV, no entanto mais fracos e apresentado sob forma de um mosqueadosalpicado e ausência de necrose (Figura 02.B).Controle - Recomendam-se medidas básicas, como produzir mudas em condiçõesprotegidas da infestação com pulgões e pulverizações com inseticidas para evitar a proliferaçãodestes.


29Figura 02 - Mosaico da alface (A) e Mosqueado da alface (B).Fonte: KIMATI et al., (2005).“BIG VEIN”- Mirafiori lettuce virus - MiLV, cujo sintomas de “big vein” ouengrossamento da das nervuras da alface, aparentemente causada pelo o gênero Ophiovirus e quehistoricamente foi atribuído a um outro vírus, o Lettuce big vein virus (LBVV), do gêneroVaricosavirus. Ambos os vírus são transmitidos pelo mesmo fungo Olpidium brassicae, o qualpermanece viável por muitos anos no solo.Sintomas - As plantas de alface infectadas peloMiLV apresentam o sintoma deengrossamento generalizado das nervuras, com área de coloração mais clara (Figura 03.A) Oporte da planta é reduzido, a sua maturidade fisiológica é retardada e má formação de cabeça.Controle - O fungo Olpidium brassicae é de difícil controle, principalmente pelacapacidade dos oósporos permanecerem infectivos durante muitos anos no solo. Caso não tenhasido verificada a doença na área, devem ser usadas mudas obtidas em substrato de boa qualidade,livre do fungo.


30Figura 03 - Big-Vein da alface (A) e - Vira-cabeça em alface (B).Fonte: KIMATI et al., (2005).VIRA-CABEÇA - causada por vírus pertencentes à família Bunyaviridae, do gêneroToposvirus. Esses vírus vem causando perdas significativas nos últimos anos na cultura da alface,principalmente em cultivo de verão.Sintomas - Os sintomas típicos são as manchas necróticas e bronzeamento das folhasque se concentram geralmente de um lado da planta, levando a curvatura. As infecções sistêmicassão caracterizadas por murcha marginal, amarelecimento, bronzeamento das folhas internas e danervura e paralisação generalizada do crescimento da planta (Figura 03.B).Controle - Na fase de pré-lavoura deve-se adotar as seguintes medidas: rotação decultura com plantas não suscetíveis, plantio em locais em que não haja lavoura suscetívelpróximo e controle de hospedeiros alternativos dos vírus e do vetor. Durante a lavoura, devem serusadas mudas isentas de vírus, aplicar regulamente inseticida (viveiro e campo) usar plantasarmadilhas como brócolis, couve-flor e espécies selvagens de tomate tolerantes que florescemintensamente para atrair os tripes.MANCHA BACTERIANA - Pseudomonas cichorii, doenças causada por bactériagram-negativa, bastone-tiforme, que formam colônias lisas e de cor esbranquiçada. A penetraçãonos tecidos ocorre principalmente por ferimentos causados por insetos, pela queima por adubos epor abertura natural. Esta doença não é limitante para o plantio da alface, porém, dependendo dascondições climáticas e do inóculo no local de plantio, pode causar grandes perdas ao produtor.Esta bactéria pode afetar também frutíferas, como, cucurbitácea, batata, tomateiro, pimentão,feijão vargem e cebola.


31Sintomas - A bactéria causa manchas necróticas isoladas no centro ou bordo do limbofoliar, podendo também, atingir extensas áreas da nervura central. No início, as lesões apresentamencharcamento e coloração escura, passando, depois, à cor parda a preta, com a seca dos tecidos.Controle - As medidas de controle devem ser adotadas de maneira integrada comutilização de sementes sadias, rotação de culturas com plantas não hospedeiras, eliminação deplantas doentes e restos de culturas. Deve-se evitar o encharcamento do solo, principalmenteatravés da irrigação por aspersão.SEPTORIOSE - Septoria lactucae, uma doença causada por um fungo, Mitospóricoque produz conídios filiformes, multiseptados e hialinos no interior de picnídios. A penetraçãonormalmente ocorre pela abertura estomatal. Doença muito comum em regiões de climas amenose em épocas chuvosas. Sua importância deve-se às lesões necróticas no limbo foliar queprejudicam o valor comercial do produto.Sintomas - O fungo ataca principalmente as folhas, mas pode afetar também a haste e osórgãos florais no campo de produção de sementes. Os sintomas nas folhas são manchas comcontornos irregulares.Controle - As principais medidas de controle recomendadas são: emprego de sementessadia, rotação de culturas por três ou mais anos, evitar molhamento de folhas, pulverização dasplantas em desenvolvimentos com fungicidas do grupo dos benzimidadazóis, após oaparecimento dos primeiros sintomas ou preventivamente, com mancozeb ou chlorothalonil.MÍLDIO - Bremia lactucae, é uma doença importante em condições ambientais de altaumidade e temperaturas amenas. Na região Sudeste do Brasil, esta doença é um sério problemana produção de alface nos meses mais frescos do ano quando há geadas e muito orvalho. O fungoé muito sensível ao calor e a baixa umidade do ar, uma vez que essas condições influenciamdiretamente na esporulação.Sintomas - O sintomas em folhas manifestam-se, inicialmente, nas mais velhas comáreas cloróticas, de tamanho variável, que mais tarde tornam-se necróticas, de cor parda (Figura04).


32Figura 04 - Míldio da alfaceFonte: KIMATI et al., (2005).Controle - O controle baseia-se em obter mudas sadias, plantio em solo bem drenado,evitar áreas de baixadas mal ventiladas e úmidas, proximidade de lagos, represas ou rios; nãoencharcar o solo com excesso de irrigação; rotação de culturas; pulverização das plantas doentescom fungicidas sistêmicos específicos, como metalaxyl e cymoxanil, ou preventivamente commancozeb ou chlorothalonil.QUEIMA <strong>DA</strong> SAIA - Rhizoctonia solani. A importância dessa doença está relacionadaà quantidade de inóculo no solo onde a alface é cultivada. Plantas bem desenvolvidas e próximasà colheita são mais afetadas. Em geral, as plantas afetadas apresentam folhas basais ou medianascom sintomas de murcha e seca, podendo morrer.Sintomas - Crescimento de micélio vigoroso e frouxo junto à nervura central e na basedo limbo foliar, no início esses sintomas são branco e pardacento no estádio mais avançado.Controle - Rotação de culturas com gramíneas com posterior incorporação das folhas aosolo para melhor drenagem e aumento da população de microrganismos competidores com ospatógenos do solo e preparo com antecedência ao plantio.S. minorPODRIDÃO <strong>DE</strong> SCLEROTINIA OU MOFO BRANCO - Sclerotinia sclerotiorum eFungo do gênero Sclerotinia ataca a alface em qualquer estádio de desenvolvimento dasplantas, porém, ocorre com certa freqüência plantas próximas à época da colheita. As plantas


33afetadas apresentam sintomas parecidos com os da queima da saia, mas a evolução da doença émais rápida porque o fungo coloniza toda a região basal das plantas, provocando o apodrecimentodo caule e da base foliar.Sintomas - Necrose total e um crescimento cotonoso de micélio branco com a presençade escleródios no tecido com formato de grão de arroz, os escleródios são brancos no inicio epreto em estádio mais avançado.Controle - As mesmas recomendadas para a queima da saia da alface.MURCHA OU PODRIDÃO NEGRA <strong>DA</strong>S RAÍZES - Thielaviopsis basicola. É umamurcha, também conhecida como podridão negra das raízes, provocada pelo fungo Thilaviopsisbasicola, e está se expandindo nas principais regiões produtoras de São Paulo.Sintomas - As plantas atacadas pelo o fungo apresentam inicialmente manchas escurasnas raízes, com total apodrecimento, de acordo com o avanço da doença. Em decorrência disto, aplanta emite novas raízes para tentar se estabelecer.Controle - Uso de mudas sadias, substrato livre de patógeno, irrigação e adubaçãoapropriadas, solarização do solo e do substrato, rotação de cultura e utilização de variedades dealface resistentes ao fungo, tipo de crespa por exemplo.OUTRAS DOENÇASBacterioses - Baseado em PAVAN et al., (2005), são reconhecidas as seguintesbactérias: Erwinia carotovora subsp. carotovora, Pseudomoras marginalis pv. marginalis,Xanthomonas campestris pv. vitians - A bacteriose causada por Erwinia carotovora subsp.carotovora ocorre em condições de excesso de irrigação e de nutrição desequilibrada das plantas,principalmente com excesso de nitrogênio, que favorece o ferimento dos tecidos e a colonizaçãopela bactéria. Essa bacteriose ocorre com freqüência em associação com outras doenças, causadapor bactéria ou fungo. A bacteriose ocasionada por Pseudomonas marginalis pv. marginalisprovoca sintomas semelhantes aos causados por Pseudomonas cichorii, o que dificulta adiagnose. A doença decorrente da infestação de Xanthomonas campestris pv. vitians caracterizasepor lesões necróticas nas folhas e podridão do caule.Doenças fungicas - Doenças como mancha de alternaria - Alternaria sonchi, mofocinzento - Botrytis cinerea, ferrugem - Puccinis spp., antracnose ou mancha em anéis -Marssonina panattoniana, damping-off e podridão da raiz - Pythium spp. e Rhizoctonia solani.Pythium pode causar também mucha e morte de planta, resultante da colonização vascular.


34Nematoses - Meloidogyne spp. Os nematóides do gênero Meloidogyne podem afetar asplantas de alface, provocando a formação de galhas nas raízes. Em geral, não constitui um fatorlimitante para a cultura, mas, em função do local, pode causar problema. Além da alface, estesnematóides atacam outras plantas cultivadas como tomate, cenoura e batata (FILGUEIRA, 2003).Controle - O controle é a utilização de cultivares resistentes (GOMES et al., 2003;CHARCHAR & MOITA, 2005), aração profunda e exposição prolongada das camadas inferioresdo solo antes da gradagem, rotação de cultura, arranque e queima dos restos de culturas esolarização do solo (SILVA et al., 2006) e incorporação de leguminosas na área de cultivo(MORAES et al., 2006).4 - MATERIAL E MÉTODOS4.1 - LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO <strong>DA</strong> ÁREA DO EXPERIMENTOO experimento foi instalado em campo no Município Altamira, Pará, pertencente àmicrorregião do Sudoeste paraense. O campo experimental pertence à Secretaria de Estado deAgricultura do Pará – SAGRI/Regional Xingu, localizada a 3 km da sede do Município em umLatossolo Amarelo, relevo plano e textura média. Sua localização está sob coordenadasgeográficas na latitude entre 03º 10‟ 23” Sul e longitude 52º 12‟ 48” Oeste de Greenwich, aaltitude de 125 m. O solo da área experimental foi classificado como Latossolo Amarelo Arenosoe antes do início do experimento foi coletada amostra de solo para análises químicas. A áreaestava antes ocupada por capim forrageiro da espécie Panicum maximum cv. colonião. Aprecipitação do Município durante a pesquisa (Dezembro de 2008 a Fevereiro de 2009), a cadadez dias apresentou média de 94,2 mm, temperatura máxima com média de 27° C ao dia eumidade relativa de 82,6% (INMET, 2009).4.2 - ADUBOS ORGÂNICOS: HÚMUS <strong>DE</strong> <strong>MINHOCA</strong> E ESTERCO BOVI<strong>NO</strong>4.2.1 - Húmus de MinhocaO vermicomposto utilizado foi produzido através de um experimento realizado no


35quintal de uma residência particular no município Altamira (PA), à base de esterco bovino + solo+ casca de arroz carbonizada + serragem + cascas diversas + hortaliça em geral, com asrespectivas proporções (3:3:1:1:1:1), em área de 0,75 m 2 , com três divisões de 0,25 m 2 cada com0,2 m de altura) (Figura 05). A minhoca utilizada para produção do vermicomposto foi aVermelha-da-Califórnia (Eisenia andrei). Antes da incorporação do vermicomposto ao solo foicoletada amostra para análises químicas e o vermicomposto foi incorporado ao solo 15 dias antesdo transplantio. A massa de um dm 3 (1 Litro) do vermicomposto foi de 1,3 kg.Figura 05 - Estrutura do minhocário utilizado na produção do húmus, Altamira-PA, 2009.4.2.2 - Esterco BovinoO esterco bovino foi adquirido na FAZEN<strong>DA</strong> ÁGUA AZUL, localizada ao norte doMunicípio de Altamira, PA. O sistema de criação do gado é de forma extensiva e o esterco foiproveniente da dieta alimentar a base de forragem da espécie braquiarão (Brachiaria brizantha) esal mineral. O esterco foi coletado no curral e deixado para curtir a céu aberto por 15 dias. Aincorporação do esterco ao solo foi feita com 15 dias antes do transplantio.


364.3 - SEMEADURA <strong>DA</strong> <strong>ALFACE</strong> CV. TAINÁA semeadura da alface "Tainá" foi realizada no dia 13 de Dezembro de 2008 embandejas de isopor contendo 128 células cada, e colocada sobre bancada de madeira suspensa a1,2 metro de altura, coberta com filme agrícola transparente de 100 μ, com altura de 1,2 metrosacima das bandejas. O substrato utilizado foi casca de arroz carbonizado. Foi adicionado três aquatro sementes por célula e efetuado o desbaste oito dias pós a semeadura, deixando uma plantapor célula. As mudas foram irrigadas diariamente somente e não receberam nenhuma adubação(Figura 06).Figura 06 - Mudas de alface cultivar Tainá com 24 dias após a semeadura, Altamira-PA, 2009.4.4 - INSTALAÇÃO DO EXPERIMENTONo campo o delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC)com quarto tratamentos, cinco repetições, parcelas individuais com 28 plantas cada, totalizandoem 560 plantas (Figura 07). Os tratamentos consistiram (Tabela 03), todos distribuídos em áreade 67,2 m 2 (Figura 08).


37Tabela 03 - Composição dos tratamentos avaliados quanto à eficiência para a produção de alfacecultivar Tainá, Altamira-PA, 2009.TratamentosT1T2T3T4ComposiçãoSem AdubaçãoHúmus de MinhocaEsterco BovinoNPKOs tratamentos compostos por esterco bovino e NPK foram formas de comparação, afim de verificar o efeito do húmus além da testemunha, de forma que não fosse alterado oobjetivo do trabalho, já que na região estudada, o esterco bovino é uma das principais fontes deadubação orgânica usada nos cultivos.Figura 07 - Detalhe da área do experimento, alface americana cultivar Tainá, Altamira-PA, 2009.


388,0 mNPK EB EB THM T EB EBHM T NPK HMNPK HM EB TNPK T HM NPK8,4 mFigura 08 - Croqui da área experimental T = Testemunha; HM = Húmus de Minhoca; EB =Esterco Bovino e NPK = Nitrogênio + Superfosfato Simples + Cloreto de Potássio,Altamira-PA, 2009.Os canteiros foram construídos com 8 metros de comprimento por 1,2 metro de largura e0,2 metros de altura, onde foram plantadas 4 linhas de alface espaçadas de 0.25 m, combordadura de 0,22 m na lateral do canteiro. Dentro de cada linha de plantio, o espaçamento foi de0,25 m, totalizando 28 plantas por parcela. A área útil da parcela foi formada por 10 plantas dasduas linhas centrais de cada parcela. Foi realizada a separação de 0,6 m entre canteiros, cadacanteiro com quatro parcelas de dois metros de comprimento. Não houve separação entretratamentos, somente entre as plantas de um tratamento e outro (50 cm). A adubação orgânicados tratamentos com húmus de minhoca e esterco bovino foram realizados 15 dias antes doplantio. Para o tratamento com húmus, foi utilizado quatro kg por m 2 e incorporando ao solo(Figura 09.A). Para o tratamento com esterco bovino curtido, utilizou-se 8 kg por m 2 e misturadocom o solo (Figura 09.B).


39Figura 09 - Incorporação do húmus de minhoca ao solo com 15 dias antes do transplantio (A) eincorporação do esterco bovino ao solo com 15 dias antes do transplantio (B),Altamira-PA, 2009.A adubação com NPK foi feito à base de Cloreto de potássio, Superfosfato simples eNitrogênio, sendo utilizadas 10 gramas de Cloreto de potássio por m 2 e 90 gramas deSuperfosfato simples por m 2 . O Cloreto de potássio e o Superfosfato simples foram incorporadosao solo 15 dias antes do transplantio (Figura 10).Figura 10 - Incorporação do Cloreto de potássio e Superfosfato Simples ao solo com 15 diasantes do transplantio, Altamira-PA, 2009.


40Para o fornecimento de fertilizante nitrogenado utilizou-se Uréia (46% de N) emcobertura parcelado em três vezes, sendo a primeira aplicação de 10 gramas por m 2 (com 8 diasapós transplantio), a segunda aplicada 20 gramas por m 2 (com 18 dias após o transplantio) e aterceira, aplicada 30 gramas por m 2 (com 28 dias após o transplantio) (Figura 11).Figura 11 - Fornecimento de Uréia (46% de N) em cobertura, na segunda aplicação aos 18 diasapós o transplantio, Altamira-PA, 2009.O transplantio foi efetuado com 25 dias após a semeadura (mudas com duas a quatrofolhas definitivas). Para eliminar as plantas daninhas do experimento, foi utilizado a monda e osistema de irrigação utilizado por meio do regador.4.5 - ANÁLISE ESTATÍSTICAA coleta foi efetuada quando a cultura da alface apresentou o máximo crescimentovegetativo aos (45 dias) após o transplantio sendo avaliadas as seguintes características:quantidade de folhas, diâmetro de cabeça, altura da planta, quantidade de massa fresca eincidência de pragas e doenças.A altura das plantas foi determinada, com a utilização de régua milimétrica, definidapela distância vertical da superfície do solo até o topo da planta. Este processo foi feito um diaantes da colheita (Figura 12.A). Para obtenção do diâmetro de cabeças, foi utilizado o paquímetro


41(universal 150 mm / 6‟ 0,05 mm) (Figura 12.B).Figura 12 - Altura das plantas das alfaces determinadas, com a utilização de régua milimétrica(A) e obtenção do diâmetro de cabeças das alfaces, com utilização de paquímetro (B),Altamira-PA, 2009.A massa fresca da parte aérea foi avaliada com auxílio de balança eletrônica com trêscasas decimais (modelo UDI 10000/1 capacidade máxima 10 kg e mínimo 25 g divisão 1,0 g).Durante a colheita o arranquio foi efetuado com as raízes. Foi efetuada a pesagem das plantascompletas e em seguida as mesmas receberam cortes no colo da planta para separar as raízes daparte aérea e posteriormente, foi realizada a pesagem da parte aérea.Para quantidade de folhas por planta, este processo foi realizado após a pesagem, sendoque para isto foi separado as folhas do caule da planta e realizado a contagem. As folhas dacabeça da planta também foram inclusas no cálculo.Para a incidência de pragas e doenças, foi utilizado diagnóstico visual a partir do décimodia após o transplantio.Para obtenção da produção, as 10 plantas colhidas na área útil foram pesadas eposteriormente extrapoladas para um hectare, com 96.000 plantas (cerca de 60% de área útil),baseado no espaçamento de 25 cm x 25 cm, e também no espaçamento entre canteiros de 60 cm(para circulação, cerca de 40% da área total). Após a pesagem, efetuou-se a medida da suacircunferênciaOs dados obtidos foram submetidos à análise de variação (teste F) e as médiascomparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, através do software aplicativopara microcomputador SISVAR, versão 5.0 (FERREIRA, 2002).


425 - RESULTADOS E DISCUSSÃO5.1 - ANÁLISES QUÍMICAS DO SOLO E DO VERMICOMPOSTOAntes da instalação do experimento a 20 cm de profundidade, o solo (Tabela 04) e overmicomposto (Tabela 05) apresentavam os seguintes atributos químicos, segundo FULLIN -Laboratório de Analise Agronômico e Ambiental (em anexo).Tabela 04 - Resultado de análise química do solo a 20 cm de profundidade, coletado antes dainstalação do experimento, Altamira-PA, 2009.Prof. pH MO P K Na Ca Ca+Mg Al H+Alcm Água dag/kg ...........mg/dm 3 .......... ...............cmol c /dm 3 ............0 - 20 5,7 3,1 6,0 84,0 42,0 2,0 2,7 0,0 5,0Tabela 05 - Resultado de análise química do vermicomposto, coletado antes da instalação doexperimento, Altamira-PA, 2009.pH MO P K Na Ca Ca+Mg Al H+AlÁgua dag/kg ...........mg/dm 3 .......... ...............cmol c /dm 3 ............8,7 5,4 348,0 4.400,0 1.140,0 3,6 6,2 0,0 0,75.2 - <strong>EFEITO</strong> DO HÚMUS <strong>DE</strong> <strong>MINHOCA</strong> <strong>NO</strong> CRESCIMENTO VEGETATIVO <strong>DA</strong>CULTIVAR ESTU<strong>DA</strong><strong>DA</strong>Para todos os parâmetros analisados: massa fresca total, massa fresca da parte aérea,massa fresca da parte radicular, número de folhas, diâmetro da cabeça e altura da planta, foramobservadas diferenças estatísticas entre si em todos os tratamentos, sendo o maiordesenvolvimento para o esterco bovino, seguido pelo NPK e húmus, em relação à testemunha(Tabela 06).


43Tabela 06 - Dados médios por planta das repetições dos diferentes tratamentos para o cultivo daalface americana cultivar Tainá, Altamira-PA, 2009.Massa Fresca (g)Número Diâmetro da AlturaTratamentos Total Parte Partede folhas Cabeça (cm) (cm)Aérea RadicularTestemunha 16,7 d* 15,0 d 1,7 d 6,2 d 0 d 4,63 dHúmus 63,3 c 60,3 c 3,0 c 9,8 c 3,76 c 6,34 cEsterco Bovino 189,5 a 182,7 a 6,8 a 18,1 a 7,82 a 16,6 aNPK 125,1 b 119,8 b 4,3 b 15,6 b 6,18 b 9,2 bCv (%) 11,2 12,1 13,8 12,8 22,5 12,2* Letra diferente na coluna, diferem estatisticamente entre os tratamentos pelo teste de Tukey a5% de probabilidade.Cv = Coeficiente de variação.5.2.1 - Massa Fresca Total, Massa Fresca da Parte Aérea, Massa Fresca da Parte Radicular,Número de Folhas, Diâmetro da Cabeça e Altura da PlantaCom relação à massa fresca total das plantas, entre os tratamentos, foi observadadiferença significativa entre si e um coeficiente de variância de 11,2 %. A testemunha apresentouresultado inferior comparado aos demais tratamentos, tendo média de 16,7 g/ planta. Constatandoa importância da adubação orgânica no cultivo da alface nas condições de Altamira-PA.O tratamento com húmus de minhoca apresentou média de 63,3 g/planta para a massafresca total, estatisticamente bem superior á testemunha, porém inferior aos tratamentos comesterco bovino e NPK. Esse resultado foi bem inferior comparado com PASQUALETTO et al.,(1998), que obtiveram resultado de 340,95 g/planta com utilização de 1,85 kg/m 2 devermicomposto na produção da alface americana cultivar Hanson em LATOSSOLOVERMELHO-ESCURO. Esse resultado se deve ao tipo de substrato e a proporção de soloutilizado na produção desse vermicomposto, pois segundo STEFFEN (2008), o estado nutricionale eficiência do vermicomposto, bem como a quantidade a ser utilizado está diretamenterelacionado ao tipo de matéria-prima usada na produção. Os dados desses autores não sãoregionais, e sim de locais com algumas situações diferentes como por exemplo, solo e clima.O tratamento com NPK para a massa fresca total da planta foi superior a testemunha eao tratamento com vermicomposto e inferior ao tratamento com esterco bovino, obtendo médiade 125,1 g/planta. Resultados inferior ao trabalho conduzido por MOTA et al., (2003), onde


44obtiveram 1,2 kg/planta para produção total da alface americana cultivar Legacy com aplicaçãode P 2 O 5 em LATOSSOLO VERMELHO; PASQUALETTO et al., (1998), que obtiveramresultado de 363,18 g/plantas com adubação mineral em LATOSSOLO VERMELHO-ESCURO.O tratamento com esterco bovino apresentou maior resultado para a massa fresca total daplanta, obtendo-se média de 189,5 g/planta.Para a massa fresca da parte aérea das plantas teve diferença significativa entre ostratamentos, Cv de 12,1 % apresentado para esta característica e a testemunha apresentado 15,0g/planta resultado inferior comparado com os demais tratamentos.O tratamento com húmus de minhoca apresentou uma de 60,3 g/planta para a massafresca da parte aérea, estatisticamente superior a testemunha, no entanto inferior aos tratamentoscom NPK e esterco bovino, que obtiveram média de 119,8 e 182,7 g/planta, respectivamente.Esse resultado obtido foi inferior ao comparado com alguns autores como PASQUALETTO etal., (1998), que obtiveram resultado de 340,95 g/plantas com utilização de 1,85 kg/m 2 devermicomposto na produção da alface americana cultivar Hanson em LATOSSOLOVERMELHO-ESCURO; SILVA et al., (2005), que obtiveram com 716 g/planta em ambienteprotegido; BRASIL et al., (2007), que obtiveram resultado de 121,52 g/planta com aplicação de10 g/Litro de vermicomposto bovino em experimento conduzido em estufa com utilização devaso e trabalho de CARON et al., (2004), que obtiveram média de 324 g/planta em ambienteprotegido.O tratamento com NPK apresentou massa fresca da parte aérea superior a testemunha eao tratamento com vermicomposto, porém inferior ao tratamento com esterco bovino,apresentando média de 119,8 g/planta (Tabela 06). O resultado foi inferior ao comparado aotrabalho conduzido por MOTA et al., (2003), onde obtiveram 1,02 kg/planta para produção opeso da cabeça da alface americana cultivar Legacy com aplicação de P 2 O 5 em LATOSSOLOVERMELHO; PASQUALETTO et al., (2007), que obtiveram resultado de 363,18 g/plantas comadubação mineral em LATOSSOLO VERMELHO-ESCURO.O tratamento com esterco bovino foi o que apresentou melhor resultado para a massafresca da parte aérea, obtendo-se média de 182,7 g/planta, embora sendo inferior ao resultado detrabalho conduzido por SILVA et al., (2005), que obtiveram média de 510 g/planta com adubaçãode esterco bovino em alface cultivar Anita em ambiente protegido.


45Para a massa fresca da parte radicular das plantas, apresentou diferenças significativasentre todos os tratamentos sendo o Cv apresentado para esta característica de 13,8 %. Atestemunha destacou-se com resultado inferior comparado com os demais tratamentos,apresentando média de 1,7 g/planta (Tabela 06). O tratamento com húmus de minhoca apresentoumédia de 3,0 g/planta, para o peso fresco da parte radicular, estatisticamente superior átestemunha, porém inferior aos tratamentos com NPK e esterco bovino, que apresentaram médiade 4,3 g/planta para o NPK e 6,8 g/planta para o esterco bovino.Para o número de folhas também teve diferença significativa entre todos os tratamentossendo o CV apresentado para esta característica de 12,8 % e da mesma forma a testemunhadestacou-se com resultado inferior comparado com os demais tratamentos, média de 6,2folhas/planta (Tabela 06).O tratamento com húmus de minhoca apresentou uma média de 9,8 folhas/planta para onúmero de folhas, estatisticamente superior á testemunha, no entanto inferior aos tratamentoscom NPK e esterco bovino, que apresentaram média de 15,6 e 18,1 folhas/planta respectivamente(Tabela 06). Esse resultado foi inferior ao comparado com SILVA et al., (2005), que obtiverammédia de 45,33 folhas/planta com cultivar Anita em ambiente protegido; BRASIL et al., (2007),que obtiveram resultado com média de 29,6 folhas/planta com aplicação de 10 g/Litro devermicomposto bovino em experimento conduzido em estufa com utilização de vaso eCASTILHOS et al., (2007), que obtiveram média de 36 folhas/planta em um ARGISSOLOVERMELHO AMARELO distrófico da cultivar Regina em casa de vegetação.Em seguida vem o tratamento com NPK com média de 15,6 folhas/planta, apresentandopara esta característica resultado superior a testemunha e aos tratamentos com vermicomposto,porém inferior ao tratamento com esterco bovino que este apresentou média superior a 18folhas/planta (Tabela 06).O tratamento com esterco bovino foi o que apresentou maior resultado para o número defolhas, obtendo-se para esta característica média de 18,1 folhas/planta (Tabela 06), embora sejaresultado inferior ao comparado com trabalho de SILVA et al., (2005), que obtiveram média de42,66 folhas/planta com adubação de esterco bovino em alface cultivar Anita em ambienteprotegido.Para o diâmetro da cabeça também teve diferença significativa entre todos ostratamentos. Sendo que a testemunha não formou cabeça, apresentando o tratamento inferior para


46esta característica. O tratamento com húmus de minhoca apresentou média de 3,76 cm/planta,superior a testemunha, mas inferior aos tratamentos com NPK e esterco bovino, que estesapresentaram média de 6,18 e 7,82 cm/planta respectivamente (Tabela 06). Esse resultado foiinferior comparado com SILVA et al., (2005), que obtiveram média de 47 cm/planta em ambienteprotegido para cultivar Anita.O tratamento com NPK apresentou média de 6,18 cm/planta, superior comparada com atestemunha e ao tratamento com húmus de minhoca, porém inferior ao tratamento com estercobovino (Tabela 06). Resultado inferior ao comparado com trabalho conduzido por MOTA et al.,(2003), que obtiveram média de 14,3 cm/planta da alface americana cultivar Legacy comaplicação de P 2 O 5 em LATOSSOLO VERMELHO.O tratamento com esterco bovino foi o que apresentou maior resultado para o diâmetroda cabeça, obtendo-se média de 7,82 cm/planta (Tabela 06), resultado inferior ao comparado comSILVA et al., (2005), que obtiveram média de 42 cm/planta com adubação de esterco bovino emalface cultivar Anita em ambiente protegido.A média para o diâmetro da cabeça apresentou Cv de 22,5 % sendo o mais altocomparado com as demais características avaliadas, isto se deu devido todas plantas datestemunha, bem como várias plantas do tratamento com húmus de minhoca também, não teremformado cabeça (Tabela 06).Para a altura média das plantas a Tabela 05 ilustra resultados, onde detalha diferençaestatística entre os tratamentos e o Cv apresentado para esta característica foi de 12,2 %. Atestemunha destacou-se com resultado inferior comparado com os demais tratamentos,apresentando média de 4,63 cm/planta.O tratamento com húmus de minhoca apresentou média de 6,34 cm/planta,estatisticamente superior á testemunha, no entanto inferior aos tratamentos com NPK e estercobovino, que estes dois tratamentos apresentaram média de 9,2 cm e 16,6 cm/plantarespectivamente (Figura 13).


47Figura 13 - Alface americana cultivar Tainá com 45 dias após o transplantio (T) = testemunha,(HM) = húmus de minhoca, (NPK) = adubação mineral e (EB) esterco bovino,Altamira-PA, 2009.5.2.2 - Pragas e DoençasNão foi observadas pragas e doenças no cultivo da alface Tainá, através do diagnósticovisual, embora a cultura tenha sido cultivada em período chuvoso e sem proteção, pois algumasdoenças são favorecidas pelo excesso de umidade. Isto se deve à área onde o experimento foimontado, pois nunca havia sido cultivada espécie de hortaliças e próximo ao local o período decultivo dessa espécie é recente. OLIVEIRA (2007) ressalta a incidência de doenças pelo tipo demanejo, bem como a forma de rotação das culturas associado ao clima favorável ao seudesenvolvimento. LACER<strong>DA</strong> (2008) também constatou incidência de doenças relacionadas coma umidade, sendo mais intensa em local mais úmido.6 - CONCLUSÕESPara todas as características avaliadas, foram observadas diferenças estatísticas entre sipara todos os tratamentos, sobressaindo o tratamento com esterco bovino, seguido pelo NPK ehúmus de minhoca, em relação à testemunha.Os três tratamentos apresentaram as seguintes produtividades de massa fresca da parteaérea com suas respectivas dosagens: 1,4 t/ha para a testemunha; 5,7 t/ha com aplicação de 40t/ha de húmus de minhoca; 12,0 t/ha com aplicação de 100 kg/ha de Cloreto de potássio, 900


48kg/ha de Superfosfato simples e 600 kg/ha de Uréia e 17,5 t/ha com aplicação de 80 t/ha deesterco bovino.Adubação mineral à base de NPK, embora sendo estatisticamente inferior aos ao estercobovino, é segunda alternativa para o cultivo da alface Tainá.A adubação orgânica a base de esterco bovino apresentou maior produtividade para ocultivo da alface americana cultivar Tainá.Recomenda-se para as condições de Altamira-PA à adubação orgânica à base de estercobovino como alternativa para o cultivo da alface cultivar Tainá e verificar o tipo de substratospara produção de vermicomposto destinado à adubação da alface americana cultivar Tainá erespectivas doses do substrato.Através do diagnóstico visual, não foram detectado sintomas de pragas e doenças naalface, até a colheita da cultura.


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548 - ANEXO8.1 - RESULTADO <strong>DA</strong> ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO


8.2 - RESULTADO <strong>DA</strong> ANÁLISE QUÍMICA DO VERMICOMPOSTO55

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