21.07.2015 Views

estudo de caso na cidade de altamira - pa - FEA - UFPA/Altamira

estudo de caso na cidade de altamira - pa - FEA - UFPA/Altamira

estudo de caso na cidade de altamira - pa - FEA - UFPA/Altamira

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

SERVIÇO PÚBLICO FEDERALUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁCAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRAFACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÔMICAWeksiley da Silva SodreASPECTO DA COMERCIALIZAÇÃO DA BANANA:ESTUDO DE CASONA CIDADE DE ALTAMIRA - PAMonografia <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso,apresentado como requisito <strong>pa</strong>raobtenção do grau <strong>de</strong> Bacharel emEngenharia Agronômica.Orientador: Prof ª. MsC. Silvia Maia<strong>Altamira</strong>- Pará - Brasil2010


“A confiança em si mesmo é o primeiro segredo do sucesso”(Ralph Waldo Emerson)iii


ivAGRADECIMENTOSA cada conquista alcançada somos auxiliados por pessoas importantes emnossas vidas.Adquirimos valores que são construídos a cada dia, em gesto e com aexperiência dos que nos cercam construímos nosso próprio caminho. Deus nosso Pai,fonte <strong>de</strong> toda a força, nos dá a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecermos e convivermos compessoas que nos ajudam a crescer. Por isso, agra<strong>de</strong>cemos primeiramente a Deus, pelaperseverança durante toda a nossa trajetória <strong>de</strong> vida, on<strong>de</strong> a cada provação po<strong>de</strong>mosencontrar forças nele, <strong>pa</strong>ra po<strong>de</strong>r prosseguir, tomando-o como escudo durante todas asadversida<strong>de</strong>s da vida.Aos meus <strong>pa</strong>is (Zailton Araújo Sodré e Ed<strong>na</strong> da Silva Sodré) que sempre meapoiaram <strong>na</strong> busca <strong>de</strong> objetivos como este, sendo com<strong>pa</strong>nheiros e incentivadores <strong>pa</strong>raesta vitória.Aos meus irmãos Asley e Le<strong>na</strong>dro pelo carrinho, apóio e incentivo, muitoimportante <strong>pa</strong>ra esta conquista.A minha Orientadora Silvia, pela <strong>pa</strong>ciência e conselhos que me levaram a essaconquista.Aos funcionários e aos coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dores do curso <strong>de</strong> agronomia que colaboram<strong>de</strong> forma direta ou indireta <strong>na</strong> formação dos discentes. Aos professores <strong>de</strong> modo geral,que contribuíram com seus ensi<strong>na</strong>mentos, direcio<strong>na</strong>ndo e mostrando o caminho aprosseguir.Aos amigos que contribuíram <strong>na</strong> realização <strong>de</strong>ssa pesquisa e a turma 2002pelas diversas situações hilárias vividas.E a todos que direta ou indiretamente contribuíram, ajudando-me a ser umapessoa melhor e ca<strong>pa</strong>z <strong>de</strong> realizar gran<strong>de</strong>s conquistas. Mesmo sabendo que é ape<strong>na</strong>sum <strong>pa</strong>sso <strong>de</strong> uma longa caminhada.


vASPECTOS DA COMERCIALIZAÇÃO DA BANANA: ESTUDO DE CASO NACIDADE DE ALTAMIRA, PA.RESUMO: A cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> é uma das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque da agriculturabrasileira, sendo um importante componente da balança comercial e geradora <strong>de</strong> divisas. Opresente trabalho teve como proposta, realizar um <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> sobre a comercialização daba<strong>na</strong><strong>na</strong> no município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>, situado no Estado do Pará. O objetivo geral, consistiu <strong>na</strong>a<strong>na</strong>lise dos aspectos que envolvem o ca<strong>na</strong>l <strong>de</strong> comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, observando asquestões que norteiam a produção no campo até a comercialização nos diversos tipos <strong>de</strong>estabelecimentos. Para obtenção dos dados, foram necessárias a realização <strong>de</strong> entrevistas <strong>na</strong>Zo<strong>na</strong> Rural e Zo<strong>na</strong> Urba<strong>na</strong>, sendo escolhidas 10 proprieda<strong>de</strong>s rurais, on<strong>de</strong> a comercializaçãodo produto eram freqüentes, gerando renda e benefícios <strong>pa</strong>ra o produtor e sua família. Asproprieda<strong>de</strong>s rurais situam-se em <strong>Altamira</strong> <strong>na</strong>s localida<strong>de</strong>s do Assurini e Surubim e nomunicípio <strong>de</strong> Medicilândia, on<strong>de</strong> a produção é <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>da princi<strong>pa</strong>lmente <strong>pa</strong>ra o município <strong>de</strong><strong>Altamira</strong>. Com relação às entrevistas <strong>na</strong> zo<strong>na</strong> urba<strong>na</strong>, foram entrevistados 14 pessoas, entre asquais, gerentes <strong>de</strong> supermercados, feirantes, donos <strong>de</strong> comércios e quitandas. O trabalhomostrou que a cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> acom<strong>pa</strong>nha o crescimento da cultura do cacau, por serutilizada como planta <strong>de</strong> sombreamento provisório e que tanto os agricultores como donos <strong>de</strong>estabelecimentos comerciais reclamam das péssimas condições das estradas, da falta <strong>de</strong>incentivo dos governos e <strong>de</strong> tantos outros problemas que prejudicam a comercialização daba<strong>na</strong><strong>na</strong> no município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>.Palavras-chave: Cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>, comercialização.


viSUMÁRIO1- INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------- 12 – REVISÃO DE LITERATURA -------------------------------------------------------------------- 32.1 – LEVANTAMENTO HISTÓRICO: DADOS DO BRASIL E DO MUNDO SOBRE OCULTIVO DA BANANA. ------------------------------------------------------------------------------- 32.1.1 – VARIEDADES ------------------------------------------------------------------------------------- 82.1.2 – FITOPATOLOGIAS ------------------------------------------------------------------------------ 92.1.2.1 – SIGATOKA-AMARELA ---------------------------------------------------------------------- 92.1.2.2 - SIGATOKA-NEGRA ------------------------------------------------------------------------ 112.1.2.3 – MAL-DO-PANAMÁ -------------------------------------------------------------------------- 122.2 – O CULTIVO DA BANANA PELA AGRICULTURA FAMILIAR ---------------------- 133 – COMERCIALIZAÇÃO DO PRODUTO ---------------------------------------------------- 163. 1 –PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA PESQUISA --------------------------- 194 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ----------------------------------------------------------------- 224.1 – PRINCIPAIS AGENTES DA COMERCIALIZAÇÃO DA BANANA NA CIDADE DEALTAMIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------- 224.2 - ASPECTOS GERAIS SOBRE A PRODUÇÃO --------------------------------------------------- 234.3 - ASPECTOS GERAIS SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO REALIZADA PELOSPRODUTORES ------------------------------------------------------------------------------------------ 264.4 – PRÁTICA DE COLHEITA E PÓS-COLHEITA DE BANANA APLICADA PELOSPRODUTORES ------------------------------------------------------------------------------------------ 264.4.1- PRÁTICAS PRÉ E PÓS-COLHEITA DE BANANA: CONSERVAÇÃO DOS FRUTOS-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 274.4.2 – ALGUNS CUIDADOS IMPORTANTES ---------------------------------------------------- 274.4.3 – TRANSPORTE PARA O MERCADO ------------------------------------------------------- 284.5 – ASPECTOS FITOSSANITÁRIOS ---------------------------------------------------------------- 284.6 – FATORES LIMITANTES NA COMERCIALIZAÇÃO DO PRODUTO --------------- 304.7 – ASPECTO DA COMERCIALIZAÇÃO DA BANANA NO MUNICÍPIO DEALTAMIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------- 314.8 - ANÁLISE GERAL DOS VALORES PRATICADOS NA COMERCIALIZAÇÃO DABANANA NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA ------------------------------------------------------ 325 – CONCLUSÕES ------------------------------------------------------------------------------------- 356 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -------------------------------------------------------- 36ANEXOS ------------------------------------------------------------------------------------------------- 39


viiLISTA DE QUADROQuadro 1: Susceptibilida<strong>de</strong> das varieda<strong>de</strong>s as doenças--------------------------------------------29xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx7


viiiLISTA DE FIGURASFigura 1: Gráfico da produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>na</strong>s regiões brasileiras-----------------------------------5Figura 2: Ma<strong>pa</strong> dos municípios <strong>pa</strong>raenses------------------------------------------------------------19Figura 3: Distribuição das varieda<strong>de</strong>s cultivadas pelos agricultores------------------------------25Figura 4: Problemas enfrentados <strong>na</strong> comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>----------------------------------30Figura 5: Ca<strong>na</strong>l <strong>de</strong> comercialização da produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>------------34xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx


ixxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxLISTA DE TABELASTabela 1: Produção brasileira <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> em 2009----------------------------------------------------5Tabela 2: Princi<strong>pa</strong>is produtores <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no Brasil em 2009-------------------------------------23Tabela 3: Produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> nos princi<strong>pa</strong>is municípios <strong>pa</strong>raenses 2009-----------------------24


11- INTRODUÇÃOHomma (2001) enfatiza que no Estado do Pará se <strong>de</strong>stacam culturas como a mandioca(Manihot esculenta) que em sua gran<strong>de</strong> <strong>pa</strong>rte é beneficiada <strong>pa</strong>ra a produção <strong>de</strong> farinha e o<strong>de</strong>ndêzeiro (Elaeis guineensis) on<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>s indústrias produzem o óleo. Contudo, novaspolíticas <strong>de</strong> incentivos <strong>pa</strong>ra setor agropecuário, colocam a cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> como alter<strong>na</strong>tiva<strong>de</strong> ampliação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> renda <strong>pa</strong>ra os agricultores. Segundo Cor<strong>de</strong>iro (2010), ogoverno do estado está montando estratégias <strong>pa</strong>ra a criação e ampliação <strong>de</strong> Pólos <strong>de</strong>ba<strong>na</strong>nicultura em virtu<strong>de</strong> da gran<strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terras férteis no Pará.A ba<strong>na</strong>neira (Musa spp.) é uma fruta <strong>de</strong> consumo universal, sendo comercializada pordúzia, por quilo e até mesmo por unida<strong>de</strong>. É rica em carboidratos e potássio, apresenta médioteor em açúcares e vitami<strong>na</strong> A, proteí<strong>na</strong>s e vitami<strong>na</strong>s B e C (NETO & MELO, 2003). Aba<strong>na</strong>neira é uma planta adaptada ao clima tropical, pertencente à família Musaceae, gêneroMusa, e apresenta como característica própria da espécie a emissão <strong>de</strong> novos rebentos,permitindo que o ba<strong>na</strong><strong>na</strong>l se renove ciclicamente por muitos anos (ALVES, 1999). O tempo<strong>de</strong> vida médio do ba<strong>na</strong><strong>na</strong>l é <strong>de</strong> 25 anos, ocorrendo variação no tempo <strong>de</strong> vida do ba<strong>na</strong><strong>na</strong>l <strong>de</strong>acordo com o manejo adotado pelo produtor.Segundo Silva Neto et al., (2001), com a introdução da cultura do cacaueira,(Theobroma cacao) no Território da Transamazônica nos anos <strong>de</strong> 1976 a 1978, a cultura daba<strong>na</strong><strong>na</strong> começou a ser utilizada como sombreamento provisório e como renda alter<strong>na</strong>tiva <strong>pa</strong>rao produtor <strong>na</strong> fase inicial da cultura do cacaueiro, já que esta só produz a <strong>pa</strong>rtir do 3 ano. Nacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> as áreas com plantios <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> estão aumentando, <strong>de</strong>vido ao crescenteaumento das áreas <strong>de</strong> cacau que são implantadas em função do elevado preço do produto.Atualmente o cacau e a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> são consi<strong>de</strong>radas as culturas mais importantes do setoragrícola do município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>. A produção <strong>de</strong> cacau em 2009 representou 5,75% daprodução do Estado do Pará, sendo 28,06% menor que a produção do município <strong>de</strong>Medicilândia. A cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> representou 3,44% da produção do Estado do Pará, sendoinferiores 1,04% em relação ao município <strong>de</strong> Medicilândia (IBGE, 2010). A diferença <strong>na</strong>produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> entre os municípios <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> e Medicilândia é peque<strong>na</strong>. O últimomunicípio apresenta 2.020 ha <strong>de</strong> área plantada e com rendimento médio <strong>de</strong> 11.108kg/ha.Enquanto o município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> possui 1.555 ha <strong>de</strong> área plantada com rendimento médio<strong>de</strong> 15.700kg/ha, portanto com rendimento maior.


2O ca<strong>na</strong>l <strong>de</strong> comercialização <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> começa com a venda do produto in<strong>na</strong>tura pelo produtor rural <strong>pa</strong>ra os atravessadores e esses re<strong>pa</strong>ssam <strong>pa</strong>ra os atacadistas osquais ven<strong>de</strong>m <strong>pa</strong>ra os varejistas até chegar ao consumidor fi<strong>na</strong>l. Configura-se então um ca<strong>na</strong>l<strong>de</strong> distribuição por não apresentar nenhum beneficiamento neste processo, mas sim agregaçãoquanto a margem <strong>de</strong> comercialização. A cida<strong>de</strong> é o <strong>de</strong>stino da produção <strong>de</strong> diversosmunicípios vizinhos, princi<strong>pa</strong>lmente, Medicilândia que é o maior município produtor <strong>de</strong> cacaudo Brasil.As cida<strong>de</strong>s <strong>pa</strong>raenses enfrentam problemas com as questões fitossanitárias, quecausam a diminuição da produção e até a morte das plantas. Os fungos são os princi<strong>pa</strong>isagentes <strong>pa</strong>togênicos da ba<strong>na</strong>neira, <strong>de</strong>stacando-se aqueles causadores das doenças conhecidascomo sigatoka-amarela, sigatoka-negra e o mal-do-Pa<strong>na</strong>má (FREIRE et al., 2003). A escolha<strong>de</strong> material genético resistente a doenças e adaptáveis às condições climáticas são essenciaisno cultivo da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.Diante da complexida<strong>de</strong> do ca<strong>na</strong>l <strong>de</strong> comercialização que envolve a produção <strong>de</strong>ba<strong>na</strong><strong>na</strong> o trabalho tem como objetivo geral, a<strong>na</strong>lisar os aspectos que envolvem acomercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>, observando as questões que norteiam aprodução no campo até a comercialização nos diversos tipos <strong>de</strong> estabelecimento. Comoobjetivo específico, foi a<strong>na</strong>lisado as dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas por produtores e ven<strong>de</strong>dores <strong>na</strong>comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, verificando o grau <strong>de</strong> atuação dos órgãos e segmentos sociais,direta e indiretamente ligados com a problemática da produção da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Apontando osentraves e perspectivas, observados no ca<strong>na</strong>l <strong>de</strong> distribuição.Este trabalho apresenta como estrutura, além da abordagem introdutória quecorrespon<strong>de</strong> ao primeiro capítulo, mais quatro capítulos, sendo a revisão <strong>de</strong> literatura,metodologia, resultados e discussão e a conclusões, que irá contextualizar o tema.O segundo capítulo apresenta informações do Levantamento histórico do cultivo daba<strong>na</strong><strong>na</strong>, varieda<strong>de</strong>s e dos aspectos das fito<strong>pa</strong>tologias que acometem a cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, aimportância da agricultura familiar no cultivo dos ba<strong>na</strong><strong>na</strong>is, os dados mais recentes sobre acomercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no âmbito mundial, <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, regio<strong>na</strong>l e local. O terceiro capítulobordará os métodos utilizados <strong>pa</strong>ra obtenção dos dados da pesquisa, o <strong>de</strong>lineamento da área<strong>de</strong> <strong>estudo</strong>, as técnicas <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados e técnicas <strong>de</strong> análise. O quarto capítulo, apresentaráos resultados da pesquisa com relação à comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> realizada pelos diferentesagentes <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>. Já o quinto capítulo, apresenta <strong>de</strong> forma sintética, os resultadosdo trabalho sobre a comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>, salientando a extensãoe os resultados <strong>de</strong> sua contribuição, bem como seus méritos.


32 – REVISÃO DE LITERATURA2.1 – LEVANTAMENTO HISTÓRICO: Dados do Brasil e do Mundo sobre o cultivo daba<strong>na</strong><strong>na</strong>.Os princi<strong>pa</strong>is gêneros que se <strong>de</strong>stacam <strong>na</strong> comercialização <strong>de</strong> frutos são o Theobroma,A<strong>na</strong><strong>na</strong>s, Euterpe, A<strong>na</strong>cardium, Psidium, Anno<strong>na</strong>, além do gênero Musa, ao qual pertence àsba<strong>na</strong>neiras criado por Lineu em home<strong>na</strong>gem a Antonio Musa, médico <strong>de</strong> Otávio Augusto,primeiro imperador <strong>de</strong> Roma (63 – 14 A.C.). A <strong>pa</strong>lavra ba<strong>na</strong><strong>na</strong> é originária das línguas serraleonesae liberia<strong>na</strong> a qual foi simplesmente incorporada pelos portugueses a sua língua(ALVES, 1999).A ba<strong>na</strong>neira é um vegetal herbáceo completo, pois apresenta caule, raízes, flores,frutos e sementes. Quanto a origem, atualmente admite-se que seja oriunda do Oriente, do Sulda Chi<strong>na</strong> ou da Indochi<strong>na</strong>, pois há referência da presença <strong>na</strong> Índia, <strong>na</strong> Malásia e <strong>na</strong>s Filipi<strong>na</strong>s,on<strong>de</strong> tem sido cultivada há mais <strong>de</strong> 4.000 anos, conforme registros históricos (MOREIRA,1999). Os <strong>pa</strong>íses Asiáticos possuem as condições edafoclimáticas perfeitas <strong>pa</strong>ra o cultivo daba<strong>na</strong><strong>na</strong>, sendo esses motivos <strong>de</strong> serem os li<strong>de</strong>res mundiais <strong>na</strong> produção do fruto.Segundo Food and Agriculture Organization (FAO), em 2009 a Índia é o maiorprodutor <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> do mundo com 16,8 milhões <strong>de</strong> toneladas e o Brasil é o segundo comprodução <strong>de</strong> 7 milhões toneladas. A produção brasileira apresentou aumento <strong>de</strong> 0,6 toneladascom<strong>pa</strong>rado com dados <strong>de</strong> 2002, on<strong>de</strong> o Brasil havia produzido 6,4 milhões <strong>de</strong> toneladas eestava em terceiro no mesmo ranking, per<strong>de</strong>ndo <strong>pa</strong>ra a Índia e Equador respectivamente. Oaumento <strong>na</strong> produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no Brasil é resultado dos investimentos <strong>na</strong>s diferentes eta<strong>pa</strong>sque transcorrem a produção da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> como: melhoramento genético das plantas; difusão daspráticas culturais (nutrição a<strong>de</strong>quada, manejo fitotécnico, irrigação e manejo fitossanitário)<strong>pa</strong>ra os agricultores, melhoria da infraestrutura rodoviária e portuária e a construção <strong>de</strong>armazéns com climatizadores <strong>na</strong>s proprieda<strong>de</strong>s agrícolas e nos mercados, evitando perdas dosprodutos <strong>na</strong> fase <strong>de</strong> transporte e armaze<strong>na</strong>mento, além <strong>de</strong> outras melhorias. Entretanto, hánecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses investimentos serem bem maiores, <strong>pa</strong>ra que abranjam <strong>de</strong> forma igualitáriaas regiões brasileiras e <strong>de</strong>ssa maneira, possa aumentar a produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.Os Estados Unidos tem se mantido como maior comprador <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>s nos últimosvinte anos e apresentando aumento constante <strong>na</strong>s importações. O Japão é o segundo maiorimportador efetivo, pois a Alemanha e a Bélgica reexportam (NETO; MELO, 2003). Esses<strong>pa</strong>íses são extremamente exigentes <strong>na</strong> compra do produto, tendo inúmeras regras que <strong>de</strong>vemser atendidas pelos exportadores <strong>pa</strong>ra que as negociações realmente se concretizem.


4A ba<strong>na</strong><strong>na</strong> constitui hoje gran<strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> divisas <strong>pa</strong>ra os <strong>pa</strong>íses inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lmentecognomi<strong>na</strong>dos Repúblicas ba<strong>na</strong>neiras: Colômbia, Costa Rica, Equador, Guadalupe, Honduras,Jamaica, Martinica, México, Pa<strong>na</strong>má e Venezuela (VIEIRA, 2009). Dessa forma, constata-sea importância da cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>na</strong> economia dos <strong>pa</strong>íses da América do Sul e Central queinvestem muito <strong>na</strong> melhoria do produto <strong>pa</strong>ra aten<strong>de</strong>r as exigências dos <strong>pa</strong>íses compradorescomo Estados Unidos, Japão e Euro<strong>pa</strong>.O cultivo <strong>de</strong> ba<strong>na</strong>neira no Brasil talvez seja uma das poucas explorações agrícolasfeitas, em maior ou menor proporção, em quase todos os municípios. É essa freqüência quetor<strong>na</strong> o Brasil um gran<strong>de</strong> produtor. Depois da laranja, a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> é o produto mais explorado noBrasil (NETO; MELO, 2003). Entretanto, o cultivo da ba<strong>na</strong>neira não recebe os investimentosque a cultura da laranja recebe como varieda<strong>de</strong>s altamente produtivas, insumos em geral emão-<strong>de</strong>-obra qualificada. Mas, apresenta a ca<strong>pa</strong>cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento que poucos <strong>pa</strong>ísesapresentam, pois temos solos, clima, áreas agricultáveis em abundância <strong>pa</strong>ra a ex<strong>pa</strong>nsão dacultura.O Brasil é o terceiro maior produtor mundial <strong>de</strong> frutas (FAO, 2009). Apesar disso temmercado interno como princi<strong>pa</strong>l consumidor. De acordo com Lacerda et al apud Bagaiolo(2008), as frutas tropicais in <strong>na</strong>tura não têm acesso aos princi<strong>pa</strong>is mercados inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>iscomo a União Européia, Japão e Estados Unidos, com exceção da laranja e da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.A cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> ocu<strong>pa</strong> o segundo lugar em volume <strong>de</strong> frutas produzidas econsumidas no Brasil e a terceira posição em área colhida. A <strong>pa</strong>rcela da renda gasta pelobrasileiro <strong>na</strong> aquisição <strong>de</strong>sse produto é <strong>de</strong> 0,87% do total das <strong>de</strong>spesas com alimentação(CORDEIRO, 2003). Segundo dados do IBGE (2009), a produção brasileira <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> estádistribuída no território <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, sendo a Região Nor<strong>de</strong>ste a maior produtora (37,28%),seguidas das Regiões Su<strong>de</strong>ste (32,88%), Sul (14,38%), Norte (11,98) e Centro-Oeste (3,47%).(Figura 1).


5Produção brasileira por região fisiográfica em200932,88%3,47%11,98%37,28%Região NorteRegião Nor<strong>de</strong>steRegião SulRegião Su<strong>de</strong>ste14,38%Região Centro-OesteFigura 1: Gráfico da produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>na</strong>s regiões brasileira.Fonte: IBGE (2009)Ainda <strong>de</strong> acordo com IBGE (2009), o Estado <strong>de</strong> São Paulo é o maior produtor<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, com produção <strong>de</strong> 1.257.539 toneladas, seguido pelo estado da Bahia comprodução <strong>de</strong> 1.015.505 toneladas. Em termos <strong>de</strong> rendimento médio, o Rio Gran<strong>de</strong> do Norte éo primeiro colocado, com 26,08 quilos por hectare, seguido do Paraná com 23.20 quilos porhectare e o Pará a<strong>pa</strong>rece <strong>na</strong> 12° colocação. O Rio Gran<strong>de</strong> do Norte é o maior exportadorbrasileiro, superando Santa Catari<strong>na</strong> que em 2009, havia sido o maior exportador <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l(Jor<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Fato, 2010). Na Tabela 1, constata-se os dados atuais sobre a produção brasileira <strong>de</strong>ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.Tabela 1: Produção brasileira <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> em 2009Estados Área Colhida (ha) Produção (t) Rendimento (t/ha)São Paulo 53.078 1.257.539 23,69Bahia 65.487 1.015.505 15,51Santa Catari<strong>na</strong> 30.922 624.204 20,19Mi<strong>na</strong>s Gerais 39.194 620.931 15,84Pará 38.925 501.344 12,88Per<strong>na</strong>mbuco 42.910 437.155 10,19Ceará 44.742 429.506 9,60Paraíba 17.478 267.468 15,30Paraná 9.900 229.683 23,20


6Espírito Santo 19.757 196.678 9,95Goiás 13.497 170.794 12,65Rio <strong>de</strong> Janeiro 22.876 155.216 6,79Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 5.251 136.920 26,08Amazo<strong>na</strong>s 14.650 136.108 9,29Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 12.291 121.640 9,90Maranhão 10.350 109.353 10,57Sergipe 3.898 55.935 14,35Mato Grosso 5.958 50.331 8,45Acre 5.219 50.109 9,60Rondônia 5.812 49.183 8,46Alagoas 4.247 47.282 11,13Roraima 4.640 45.000 9,70Piauí 2.028 29.894 14,74Tocantins 3.540 25.348 7,16Mato Grosso do Sul 1.348 10.797 8,01Amapá 1.432 5.849 4,08Distrito Fe<strong>de</strong>ral 184 3.710 20,16BRASIL 479.614 6.783.482 14,14Fonte: IBGE - Produção Agrícola Munici<strong>pa</strong>l, 2009Em relação aos dados econômicos, no ano <strong>de</strong> 2008, as vendas brasileiras <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>caíram <strong>pa</strong>ra 130,9 mil toneladas, (em 2007 foram 186 mil toneladas) e representaram umvolume fi<strong>na</strong>nceiro <strong>de</strong> 30,1 milhões <strong>de</strong> dólares – contra 44,3 milhões <strong>de</strong> dólares do ano anterior(VIANA, 2009). O Brasil não teve produção maior, <strong>de</strong>vido princi<strong>pa</strong>lmente há ocorrência <strong>de</strong>problemas fitossanitários e climáticos, que reduziram consi<strong>de</strong>ravelmente a produção <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l<strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.Segundo a Secretaria <strong>de</strong> Comércio Exterior SECEX (2010), apontam que asexportações brasileiras <strong>de</strong> fruta mantêm praticamente estáveis os níveis <strong>de</strong> vendas durante osanos <strong>de</strong> 2002 a 2009. Além disso, houve crescente valorização dos preços médios anuais noscentros consumidores inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is no mesmo período a<strong>na</strong>lisado. Isso <strong>de</strong>ve-se aoaprimoramento do sistema <strong>de</strong> produção e a qualificação da mão <strong>de</strong> obra utilizada <strong>na</strong>sativida<strong>de</strong>s.


7O Brasil está longe <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rar as exportações <strong>pa</strong>ra os <strong>pa</strong>íses mais <strong>de</strong>senvolvidos comoos mercados europeus e norte americano, <strong>de</strong>vido não aten<strong>de</strong>rem as exigências dos mesmos,princi<strong>pa</strong>lmente em relação às qualida<strong>de</strong>s organolépticas da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Segundo a SECEX(2009), em torno <strong>de</strong> 80% a 90% da produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> são enviados <strong>pa</strong>ra Mercado Comumdo Sul (Mercosul), pois as exigências <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> são muito menores.Quanto à exportação da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, os Estados das Regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste ven<strong>de</strong>m a maior<strong>pa</strong>rte da produção <strong>pa</strong>ra os <strong>pa</strong>íses que compõem o Mercosul, enquanto os Estados do Nor<strong>de</strong>ste(Rio Gran<strong>de</strong> do Norte e Ceará) exporta <strong>pa</strong>ra os centros consumidores do Reino Unido,Alemanha e Itália (VIEIRA, 2009). A Região do Nor<strong>de</strong>ste, <strong>de</strong>staca-se <strong>na</strong> produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>,<strong>de</strong>vido as condições edafoclimáticas propícias <strong>pa</strong>ra o cultivo da cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, refletindo<strong>na</strong> baixa incidência <strong>de</strong> doenças e alta produtivida<strong>de</strong>, apresentando frutos que se <strong>de</strong>stacamprinci<strong>pa</strong>lmente quanto a qualida<strong>de</strong>. Além disso, possui as menores distâncias portuárias entrea região e os princi<strong>pa</strong>is mercados importadores <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.O Estado do Pará até o fi<strong>na</strong>l da década <strong>de</strong> 80 era o maior produtor <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>chegando a produzir 70% <strong>pa</strong>ra o consumo interno e <strong>pa</strong>rte <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>da <strong>pa</strong>ra o mercado externo(HOMMA, 2001). Atualmente, <strong>de</strong> acordo com os dados da SAGRI <strong>de</strong> 2009, o estado<strong>pa</strong>raense possui a quarta maior área plantada no Brasil com 39.440 hectares e a quinta maiorprodução do Brasil com produção 503.958 toneladas. A produção agrícola da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> teveperda <strong>de</strong> 455 hectares, <strong>de</strong>correntes princi<strong>pa</strong>lmente <strong>de</strong> doenças e pragas e o rendimento médioda produção foi <strong>de</strong> 12.927 kg/ha. Este dado <strong>de</strong> rendimento, mostra que a média do Estado doPará está abaixo da média <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l que é <strong>de</strong> 13.952 kg/ha e bem distante da marca do Estadodo Paraná que obtém o melhor dado <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> rendimento médio que é <strong>de</strong> 23.200 kg/ha.Os princi<strong>pa</strong>is problemas que acarretaram <strong>na</strong> diminuição da produção da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> noEstado do Pará são: a falta <strong>de</strong> estradas <strong>pa</strong>ra escoar a produção, as doenças como a Sigatokaamarela e a negra e o mal do Pa<strong>na</strong>má que tomaram conta dos ba<strong>na</strong><strong>na</strong>is, falta <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong>incentivo <strong>pa</strong>ra o homem do campo (assistência técnica, crédito, fi<strong>na</strong>nciamento etc.), além dafalta <strong>de</strong> técnicas e tecnologia que ajudassem <strong>na</strong> obtenção <strong>de</strong> resultados satisfatórios, entreoutros. Para superar esses problemas relatados, há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos nessas árease somente assim, o Estado do Pará po<strong>de</strong>rá retomar a briga pelo primeiro lugar <strong>de</strong> maiorprodutor <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.Os municípios <strong>pa</strong>raenses que mais produzem ba<strong>na</strong><strong>na</strong> são Novo Re<strong>pa</strong>rtimento eTrairão, sendo a produção 45.500 e 29.120 toneladas, respectivamente. Já <strong>na</strong> Transamazônicaos municípios <strong>de</strong> Uruará e Medicilândia se <strong>de</strong>stacam como maiores produtores, com


8produções 25.937 e 22.440 toneladas (IBGE, 2009). Essa ex<strong>pa</strong>nsão é atrelada ao aumento dasimplantações <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> cacaueiros nesses municípios.Segundo o IBGE (2009), o município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> apresenta a 9° colocação em termos<strong>de</strong> produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no Estado do Pará, com rendimento <strong>de</strong> 15.700 kg/ha, sendo ape<strong>na</strong>s ovigésimo colocado. Em termos <strong>de</strong> rendimento, Rondon do Pará e Bom Jesus do Tocantins sãoos municípios <strong>pa</strong>raenses que possuem os melhores índices <strong>de</strong> rendimento, sendo colhido26.000 kg/ha e 25.000 kg/há, respectivamente. O rendimento baixo da produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> nomunicípio <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>, <strong>de</strong>ve-se princi<strong>pa</strong>lmente a falta <strong>de</strong> tratos culturais, pois os agricultoresnão fazem análise <strong>de</strong> solo, <strong>de</strong>sbate, <strong>de</strong>sfolha, não implantam projeto <strong>de</strong> irrigação e portanto,não investem <strong>na</strong> melhoria do ba<strong>na</strong><strong>na</strong>l. Dois são os fatores <strong>pa</strong>ra o agricultor não realizarem ostratos culturais, o primeiro é a falta <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong> como manejar a cultura e o outrofator é a falta <strong>de</strong> interesse, por consi<strong>de</strong>rar que não vale a pe<strong>na</strong> investir <strong>na</strong> cultura.O Brasil precisa intensificar os investimentos <strong>pa</strong>ra aumentar a produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> emtodas as regiões princi<strong>pa</strong>lmente <strong>na</strong> Região Norte, pois necessitamos ser auto-suficiente <strong>pa</strong>raabastecer o mercado interno e termos exce<strong>de</strong>ntes <strong>pa</strong>ra exportar. Além disso, não basta ape<strong>na</strong>saumentar a produção, pois o Brasil precisa melhorar a qualida<strong>de</strong> do produto a fim <strong>de</strong> forneceraos <strong>pa</strong>íses Europeus e <strong>pa</strong>ra os Estados Unidos e Japão, o produto da forma que eles exigem,somente assim, o Brasil será competitivo no mercado inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l.2.1.1 – Varieda<strong>de</strong>sAs varieda<strong>de</strong>s mais difundidas no Brasil são a Prata, Pacovan, Prata Anã, Maçã,Mysore, Terra e D’Angola, do grupo AAB, utilizadas unicamente <strong>pa</strong>ra o mercado interno(SILVA; SEREJO; CORDEIRO, 2004). Segundo Cor<strong>de</strong>iro (2000), <strong>pa</strong>ra exportaçãosobressaem o Nanica, Nanicão e Gran<strong>de</strong> Naine, do grupo AAA.Com relação à exportação <strong>pa</strong>ra o mercado inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> do tipo Cavendish éa mais apreciada. Ainda <strong>de</strong> acordo com Cor<strong>de</strong>iro (2000) no Brasil, a comercialização orientase<strong>pa</strong>ra a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> tipo prata. De acordo com Almeida, et al., (2001), dificilmente os <strong>pa</strong>ísesprodutores <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> tipo Prata irão conquistar es<strong>pa</strong>ço no mercado inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, pois os<strong>pa</strong>íses produtores da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> tipo Cavendish possuem maior aceitação no mercado e aprodutivida<strong>de</strong> média da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> tipo Cavendish e o dobro do tipo Prata em condições <strong>de</strong>irrigação. Tentando mudar esse <strong>pa</strong>norama, alguns estados como São Paulo e Santa Catari<strong>na</strong>estão investindo em varieda<strong>de</strong>s do tipo Cavendish, como exemplo a Grand Naine. De acordo


9com dados do Instituto Agronômico <strong>de</strong> Campi<strong>na</strong>s (2003), em São Paulo, 80% das ba<strong>na</strong><strong>na</strong>sproduzidas pertencem ao grupo Cavendish e os outros 20% são Prata. Porém, <strong>na</strong>s regiõesNorte e Nor<strong>de</strong>ste predomi<strong>na</strong>m a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> Prata.Quanto à susceptibilida<strong>de</strong> a doenças, a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> “Maçã” é altamente susceptível ao maldo-Pa<strong>na</strong>má,as varieda<strong>de</strong>s Nanica, Nanicão, Gran<strong>de</strong> Naine, Terra e D’ Angola apresentam altasusceptibilida<strong>de</strong> aos nematói<strong>de</strong>s e a Sigatoka-negra (SILVA; SEREJO; CORDEIRO, 2004).Em <strong>Altamira</strong> o tipo Prata predomi<strong>na</strong> <strong>na</strong>s plantações, entretanto, esta é muitosusceptível a doenças, princi<strong>pa</strong>lmente aquelas causadas por fungos (Sigatoka-amarela enegra), acometendo diversas lavouras, ocasio<strong>na</strong>ndo redução <strong>na</strong> produtivida<strong>de</strong> e reduzindo arenda dos produtores.2.1.2 – Fito<strong>pa</strong>tologiasA ba<strong>na</strong>neira é cultivada em todas as regiões do Brasil, sob diferentes condiçõesedafoclimáticas, sendo que as doenças que ocorrem nessa cultura assumem uma importanciaregio<strong>na</strong>l, po<strong>de</strong>ndo ser influenciada pelas varieda<strong>de</strong>s cultivadas. De acordo com Freire, et al.,(2003), os fungos são os princi<strong>pa</strong>is agentes <strong>pa</strong>togênicos da ba<strong>na</strong>neira, <strong>de</strong>stacando-se aquelescausadores das doenças conhecidas como sigatoka-amarela, sigatoka-negra e o mal-do-Pa<strong>na</strong>má.2.1.2.1 – Sigatoka-amarelaDe acordo com Cor<strong>de</strong>iro, et al., (2004), a Sigatoka-amarela é causada pelo fungoMycosphaerella musicola, é consi<strong>de</strong>rada uma das mais importantes doenças da ba<strong>na</strong>neira,sendo também conhecida como cercosporiose ou mal-<strong>de</strong>-sigatoka. Segundo os mesmosautores, essa doença po<strong>de</strong> reduzir em 50% a produção, trazendo gran<strong>de</strong>s perdas <strong>pa</strong>ra aeconomia dos <strong>pa</strong>íses produtores <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.O primeiro relato ocorreu em 1902 quando foram registrados os primeiros danoseconômicos <strong>na</strong>s Ilhas fiji no vale <strong>de</strong> Sigatoka e hoje presente em todo mundo (FREIRE;CARDOSO; VIANA, 2003). Alves (1999) em sua obra, cita que no Brasil a constataçãoinicia ocorreu no Estado do Amazo<strong>na</strong>s, em 1944. Atualmente, está presente em todo o <strong>pa</strong>ís,


10mas com maior importância econômica <strong>na</strong>quelas regiões e microrregiões on<strong>de</strong> as chuvas sãomais freqüentes e on<strong>de</strong> a temperatura se mantém em torno do ótimo, que é <strong>de</strong> 25°.De acordo com Freire; Cardoso; Via<strong>na</strong> (2003), os sintomas iniciais caracterizam-sepelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma leve <strong>de</strong>scoloração em forma <strong>de</strong> pontos, localizados entre asnervuras secundárias das folhas mais novas, notadamente a segunda, terceira e quarta. Acontagem das folhas é feita <strong>de</strong> cima <strong>pa</strong>ra baixo, on<strong>de</strong> a folha da “vela” é a zero e assubseqüentes recebem os números 1,2,3,4 e assim por diante (CARDOSO, 2000). A<strong>de</strong>scoloração amplia-se formando uma estria <strong>de</strong> coloração amarela. Estás peque<strong>na</strong>s estriascrescem, formando manchas necróticas, elípticas, alongadas dispostas <strong>pa</strong>ralelamente asnervuras secundárias da folha, <strong>de</strong>senvolvendo por fim uma lesão com centro <strong>de</strong>primido, <strong>de</strong>coloração cinza, circundada por um halo amarelo (ALVES, 1999). Sob ataque severo, aslesões coalescem, formam lesões maiores comprometendo gran<strong>de</strong> área foliar e, emconseqüência, reduzindo a ca<strong>pa</strong>cida<strong>de</strong> fotossintética da planta, com reflexos negativos <strong>na</strong>qualida<strong>de</strong> do fruto e <strong>na</strong> produção (FREIRE; CARDOSO; VIANA, 2003). Durante seu<strong>de</strong>senvolvimento, as lesões <strong>pa</strong>ssam por 5 estádios.Com relação aos danos e distúrbios fisiológicos, os prejuízos causados pela sigatokaamarelasão da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 50% da produção, mas, em microclimas muitos favoráveis essesprejuízos po<strong>de</strong>m atingir os 100%, uma vez que os frutos sem nenhum controle da doença, nãoapresentam valor comercial (CORDEIRO; MATOS; FILHO, 2004). Alves (1999), lista aslimitações causadas pela doença: diminuição do número <strong>de</strong> pencas por cachos, redução dotamanho dos frutos, maturação precoce dos frutos no campo, po<strong>de</strong>ndo provocar também amaturação dos frutos durante o transporte, que no <strong>caso</strong> da exportação da mercadoriaocasio<strong>na</strong>ria perda total do produto. Segundo Alves (1999), outras conseqüências seriam oenfraquecimento do rizoma, que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> acumular reservas, refletindo-se no<strong>de</strong>senvolvimento da planta, com a perda <strong>de</strong> vigor e perfilhamento lento.Os tipos <strong>de</strong> controle são mais eficientes são o químico e genético, há também ocontrole cultural que ameniza os sintomas perversos da doença, através do manejo constante<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfolha, dre<strong>na</strong>gem, combate às folhas daninhas, nutrição e outros. O controle químicoutiliza-se produtos que são aplicados sobre a planta, já o genético constitui no<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s resistente a doença.


112.1.2.2 - Sigatoka-NegraConsi<strong>de</strong>rada a mais grave doença da ba<strong>na</strong>neira no mundo, a sigatoka-negra foi <strong>de</strong>scritapela primeira vez em 1963, <strong>na</strong>s Ilhas Fiji, distrito <strong>de</strong> Sigatoka. Atualmente, está presente <strong>na</strong>sprinci<strong>pa</strong>is regiões produtoras <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no mundo, abrangendo Ásia, África, América,Oceania (FREIRE; CARDOSO; VIANA, 2003). Segundo Cavalcante et al., (2003) a doençafoi constatada no Brasil em fevereiro <strong>de</strong> 1998, estando hoje dissemi<strong>na</strong>da por toda a RegiãoNorte e Estado do Mato Grosso.A sigatoka-negra, é causada por Micosphaerella fijiensis Morelet, é a doença maisimportante <strong>pa</strong>ra a cultura da ba<strong>na</strong>neira no mundo, atingindo as princi<strong>pa</strong>is varieda<strong>de</strong>scultivadas, reduzindo significativamente a produção, afetando a qualida<strong>de</strong> dos frutos eelevando o custo da produção (ALVES, 1999). Segundo Cor<strong>de</strong>iro; Matos; Filho (2004), adoença causou a mudança das varieda<strong>de</strong>s mais plantadas <strong>na</strong> Região Norte, com uma fortepenetração das varieda<strong>de</strong>s resistentes, em substituição as susceptíveis.Os sintomas causados pela evolução das lesões produzidas pela sigatoka-negra seassemelham aos <strong>de</strong>correntes do ataque da sigatoka-amarela. A infecção ocorre <strong>na</strong>s folhas maisnovas da planta, sendo que os primeiros sintomas <strong>na</strong> face inferior da folha como estrias <strong>de</strong> cormarrom, evoluem <strong>pa</strong>ra estrias negras, formando halo amarelo (FREIRE; CARDOSO;VIANA, 2003). As lesões amarelas em estádio fi<strong>na</strong>l apresentam também centro <strong>de</strong>primido<strong>de</strong> coloração cinza (CAVALCANTE et al., 2003). No entanto, a alta freqüência <strong>de</strong> infecções,coalescimento das lesões <strong>de</strong>sta doença ocorre ainda <strong>na</strong> fase <strong>de</strong> estrias, não possibilitando aformação <strong>de</strong> halo amarelo em volta da lesão, causando o im<strong>pa</strong>cto visual preto <strong>na</strong>s folhasafetadas e consequentemente necrose precoce da área foliar afetada (FREIRE; CARDOSO;VIANA, 2003). De acordo com Alves (1999), os reflexos da doença são sentidos pela rápida<strong>de</strong>struição da área foliar, reduzindo-se a ca<strong>pa</strong>cida<strong>de</strong> fotossintética da planta e,consequentemente, a sua ca<strong>pa</strong>cida<strong>de</strong> produtiva. O <strong>de</strong>senvolvimento da doença per<strong>pa</strong>ssa por 6estádios.Os danos e distúrbios provocados pela sigatoka-negra causam perdas <strong>na</strong>s produçõesque variam 70% nos plátanos e 100% <strong>na</strong>s varieda<strong>de</strong>s tipo prata e cavendish, on<strong>de</strong> o controlenão é realizado (CORDEIRO, 2000). O Segundo Cavalcante et al., (2003), a presença dadoença aumenta o custo <strong>de</strong> controle, em função, basicamente, do maior número <strong>de</strong> aplicações<strong>de</strong> fungicidas durante o ano. Na América Central este número tem chegado a ultra<strong>pa</strong>ssar em


12algumas épocas, 50 aplicações anuais, ou seja, cinco vezes mais do que o número <strong>de</strong>aplicações que normalmente era utilizado <strong>pa</strong>ra o controle da sigatoka-amarela(CAVALCANTE et al., 2003).Cor<strong>de</strong>iro; Matos; Filho (2004), o fator agravante é o aumento do espectro <strong>de</strong>varieda<strong>de</strong>s atingidas pela doença, que ataca severamente a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> “maçã” e os plátanos, dotipo Terra. Em relação aos distúrbios provocados pela doença, estes são similares aquelescausados pela sigatoka-amarela, embora em maior intensida<strong>de</strong>.Controle ocorre com aplicação <strong>de</strong> produtos químicos, a utilização <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s<strong>de</strong>senvolvidas que possuem resistência a sigatoka-negra e o controle cultural como a <strong>de</strong>sfolha,dre<strong>na</strong>gem, nutrição a<strong>de</strong>quada da planta e combate as ervas daninhas.2.1.2.3 – Mal-do-Pa<strong>na</strong>máConhecida como fusariose ou murcha <strong>de</strong> fusarium da ba<strong>na</strong>neira, o mal-do-Pa<strong>na</strong>má éuma das doenças mais <strong>de</strong>strutivas da cultura. Segundo Cor<strong>de</strong>iro (2000), dados revelam quepor volta 1874 <strong>na</strong> Austrália, ocorreu a primeira constatação da doença. No Brasil, a primeiraconstatação da doença ocorreu em Piracicaba, no Estado <strong>de</strong> São Paulo, em 1930. O mal-do-Pa<strong>na</strong>má é uma doença endêmica por todas as regiões produtoras <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> do mundo. NoBrasil o problema é ainda mais grave em função das varieda<strong>de</strong>s cultivadas, que <strong>na</strong> maioriados <strong>caso</strong>s são suscetíveis (CORDEIRO, 2003).Atualmente o mal-do-Pa<strong>na</strong>má está presente em todas as regiões do mundo. No Brasil,a doença ocorre <strong>de</strong> forma endêmica em todo o território <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, on<strong>de</strong> o cultivo <strong>de</strong>varieda<strong>de</strong>s altamente suscetíveis como a “Maça”, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> aceitação comercial, vemce<strong>de</strong>ndo es<strong>pa</strong>ço, gradativamente, as varieda<strong>de</strong>s resistentes, especialmente aquelas dosubgrupo Cavendish (FREIRE; CARDOSO; VIANA, 2003).O mal-do-Pa<strong>na</strong>má é causado por Fusarium oxysporum f. sp. Cubense (E.F.Smith) Sn eHansen (CORDEIRO, 2003). As princi<strong>pa</strong>is formas <strong>de</strong> dissemi<strong>na</strong>ção da doença são o contatodos sistemas radiculares <strong>de</strong> plantas sadias com esporos liberados por plantas doentes e, emmuitas áreas, o uso <strong>de</strong> material <strong>de</strong> plantio contami<strong>na</strong>do (ALVES, 1999). O fungo também édissemi<strong>na</strong>do por água <strong>de</strong> irrigação, <strong>de</strong> dre<strong>na</strong>gem, <strong>de</strong> inundação, assim como pelo homem, poranimais e equi<strong>pa</strong>mentos.


13De acordo com Cor<strong>de</strong>iro (2003), as plantas infectadas exibem um amarelecimentoprogressivo das folhas mais velhas <strong>pa</strong>ra as mais novas, começando pelos bordos do limbofoliar e evoluindo no sentido da nervura princi<strong>pa</strong>l. Cor<strong>de</strong>iro (2003) ainda salienta, que asfolhas murcham, secam e se quebram junto ao pseudocaule dando-as a a<strong>pa</strong>rência <strong>de</strong> umguarda-chuva fechado. É comum constata-se que as folhas centrais das ba<strong>na</strong>neiraspermanecem eretas mesmo após a morte das mais velhas, sendo assim, possível notarpróximo ao solo, rachaduras do feixe <strong>de</strong> bainhas, cuja extensão varia com a afetada no rizoma(FREIRE; CARDOSO; VIANA, 2003). Alves (1999), fala que inter<strong>na</strong>mente, po<strong>de</strong>-se observauma <strong>de</strong>scoloração <strong>pa</strong>rdo-avermelhada <strong>na</strong> <strong>pa</strong>rte mais exter<strong>na</strong> do pseudocaule provocada pelapresença do <strong>pa</strong>tógeno nos vasos.Quanto aos danos e distúrbios fisiológicos, o mal-do-Pa<strong>na</strong>má, quando ocorre emvarieda<strong>de</strong>s altamente susceptíveis como a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> “maça”, provoca perdas <strong>de</strong> 100% <strong>na</strong>produção. Já <strong>na</strong>s varieda<strong>de</strong>s tipo Prata, a susceptibilida<strong>de</strong> é bem menor, ocasio<strong>na</strong>ndo perdas<strong>na</strong> faixa <strong>de</strong> 20% (CORDEIRO; MATOS; FILHO, 2004). Segundo Cor<strong>de</strong>iro (2003), as perdassão influenciadas por características dos solos, que em alguns <strong>caso</strong>s, comporta-se comosupressivo ao <strong>pa</strong>tógeno.O controle químico, rotação <strong>de</strong> culturas, <strong>de</strong>ntre outra práticas não se tem mostradoefetivo no controle do mal-do-Pa<strong>na</strong>má. De acordo com Freire; Cardoso; Via<strong>na</strong> (2003), osprinci<strong>pa</strong>is métodos <strong>de</strong> controle são a exclusões do <strong>pa</strong>tógeno em áreas livres da doença e oplantio <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s resistentes. O controle cultural através da quarente<strong>na</strong> e também daexclusão do <strong>pa</strong>tógeno são medidas eficientes <strong>de</strong> controle do mal-do-Pa<strong>na</strong>má, uma vez quereduzem a movimentação <strong>de</strong> rizomas, mudas e solo, ca<strong>pa</strong>zes <strong>de</strong> introduzir o <strong>pa</strong>tógeno emregiões livres da doença (FREIRE; CARDOSO; VIANA, 2003). O controle genético atravésda introdução <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s resistentes a doença é a medida mais eficaz <strong>de</strong> controle do maldo-Pa<strong>na</strong>má.Desta forma, as varieda<strong>de</strong>s Cavendish são as recomendadas no mercado mundial<strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.2.2 – O CULTIVO DA BANANA PELA AGRICULTURA FAMILIARA agricultura familiar é conceituada como uma forma <strong>de</strong> organização produtiva emque os critérios adotados <strong>pa</strong>ra orientar as <strong>de</strong>cisões relativas à exploração agrícola não sesubordi<strong>na</strong>m unicamente pelo ângulo da produção e rentabilida<strong>de</strong> econômica, mas leva emconsi<strong>de</strong>ração também as necessida<strong>de</strong>s e objetivos da família (CARMO, 1999). Desta forma,


14po<strong>de</strong>mos dizer que agricultura familiar ao mesmo tempo em que é proprietária dos meios <strong>de</strong>produção, assume o trabalho no estabelecimento produtivo.A fruticultura no Brasil <strong>de</strong>sempenha um importante <strong>pa</strong>pel econômico e social, pois gera4 milhões <strong>de</strong> empregos, sendo esta consi<strong>de</strong>rada a ativida<strong>de</strong> que mais emprega no setoragrícola brasileiro (VIEIRA apud BAGAIOLO, 2008). Um exemplo é a ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, sendo amatéria-prima <strong>de</strong> diversas indústrias alimentícias e se constituem como princi<strong>pa</strong>l fonte <strong>de</strong>renda <strong>pa</strong>ra inúmeros agricultores familiares que comercializam a fruta in-<strong>na</strong>tura, além daprodução artesa<strong>na</strong>l/industrial <strong>de</strong> doces, balas ba<strong>na</strong><strong>na</strong>-<strong>pa</strong>ssa, purê, entre outros. A exploraçãoda ba<strong>na</strong>nicultura por produtores familiares é uma realida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificada <strong>na</strong>s diversas regiõesagrícolas brasileiras, representando uma fonte alimentar e <strong>de</strong> renda <strong>pa</strong>ra muitas famílias quesobrevivem da agricultura.Nas Regiões Sul, Su<strong>de</strong>ste e Nor<strong>de</strong>ste a agricultura familiar possui mais acesso aassistência técnica, crédito, tecnologia, então estes agricultores conseguem produzir e ven<strong>de</strong>r<strong>pa</strong>ra o mercado interno e externo sem gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s. Ledo (2010) afirma que aba<strong>na</strong>nicultura possui uma gran<strong>de</strong> importância socioeconômica <strong>pa</strong>ra pequenos agricultoresfamiliares, princi<strong>pa</strong>lmente no Nor<strong>de</strong>ste. Constitui <strong>pa</strong>rte integrante da alimentação <strong>de</strong>populações <strong>de</strong> baixa renda, não só pelo seu valor nutritivo, mas também pelo seu baixo custo,tendo <strong>pa</strong>pel fundamental <strong>na</strong> fixação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra rural. Um exemplo da força daagricultura familiar vem do estado da Bahia, on<strong>de</strong> a produção da fruta concentra-se <strong>na</strong>agricultura <strong>de</strong> base familiar, que representa 60% dos produtores rurais, sendo cultivados cerca<strong>de</strong> 14 mil hectares <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, com uma produção <strong>de</strong> 35 mil toneladas/ano e geração <strong>de</strong>aproximadamente 14 mil empregos diretos e 20 mil indiretos (NOTÍCIA DA BAHIA, 2008).No Estado do Pará, não se tem dados numéricos sobre a contribuição da agricultura familiar<strong>na</strong> produção da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.Em algumas regiões produtoras do Nor<strong>de</strong>ste e do Norte <strong>de</strong> Mi<strong>na</strong>s Gerais, o acesso aoconjunto dos agentes <strong>de</strong> comercialização <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>dos sacolões, supermercados, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>supermercados e gran<strong>de</strong>s varejistas é restrito aos gran<strong>de</strong>s produtores tecnificados. A venda doproduto em feiras livres e a pequenos varejistas do tipo quitandas é praticada princi<strong>pa</strong>lmentepor pequenos e médios produtores não tecnificados (CORDEIRO, 2003).O governo do Pará através da SAGRI está estimulando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009, os agricultoresfamiliares do nor<strong>de</strong>ste <strong>pa</strong>raense a investir <strong>na</strong> produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, com objetivo <strong>de</strong> formar umnovo pólo <strong>de</strong> ba<strong>na</strong>nicultura no estado e diminuir a importação da fruta. O apoio será dado pelaSAGRI, Empresa Brasileira <strong>de</strong> Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Ministério da


15Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que incentivarão a formação <strong>de</strong> cooperativaspor <strong>pa</strong>rte dos agricultores, a fim <strong>de</strong> agregarem maior valor no produto fi<strong>na</strong>l (SAGRI, 2010).Nesse contexto, falta a ampliação do projeto <strong>pa</strong>ra todos os municípios do estado do Pará,beneficiando a todos os agricultores <strong>de</strong> maneira geral.De acordo com Gas<strong>pa</strong>rotto e Pereira (2010), o Pará e a Região Norte em geral, <strong>de</strong>vemcria programas <strong>de</strong> governo voltados <strong>pa</strong>ra agricultura familiar, e dá condições <strong>de</strong> órgãosestaduais e fe<strong>de</strong>rais vinculados a agricultura <strong>pa</strong>ra aten<strong>de</strong>r e orientar os agricultores comfi<strong>na</strong>nciamento e assistência técnica. Com base nesses comentários, se faz necessário a adoção<strong>de</strong> medidas que estimulem o uso <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>s que sejam produtivas e resistentesas diversas doenças, além da introdução <strong>de</strong> tecnologias <strong>pa</strong>ra que a ativida<strong>de</strong> seja ainda maislucrativa. Essas medidas <strong>de</strong>vem ser cuidadosamente planejadas e adaptadas à realida<strong>de</strong> dalocal <strong>de</strong> cada município, pois a compra <strong>de</strong> <strong>pa</strong>cotes tecnológicos pronto <strong>de</strong> outros <strong>pa</strong>ises ouestados, acabam não surtindo os efeitos esperados, <strong>de</strong>corrente da diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> clima, solo,além dos aspectos culturais <strong>de</strong> cada região quanto a forma <strong>de</strong> manejar as culturas.Na Transamazônica três municípios são <strong>de</strong>staques <strong>na</strong> produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, NovoRe<strong>pa</strong>rtimento, Uruará e Medicilândia, com uma produção <strong>de</strong> 45.500 toneladas, 25.937toneladas e 22,440 toneladas respectivamente, sendo que os dois últimos tem aumentadoconsi<strong>de</strong>ravelmente as suas áreas <strong>de</strong> plantio, <strong>de</strong>vido ao gran<strong>de</strong> aumento das áreas comimplantação <strong>de</strong> lavouras <strong>de</strong> cacauais, estimulados pelo preço da amêndoa do cacau. Destamaneira, são implantadas gran<strong>de</strong>s áreas com ba<strong>na</strong><strong>na</strong>is <strong>pa</strong>ra sombrear as mudas novas <strong>de</strong> cacauno campo, refletindo no aumento da produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> nesses municípios, que geram rendaenquanto o cacau não produz. Esses aumento <strong>na</strong> produção da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, estão diretamenterelacio<strong>na</strong>das à agricultura familiar, que implantam e ex<strong>pa</strong>n<strong>de</strong>m suas lavouras, no intuito <strong>de</strong>obter a renda necessária <strong>pa</strong>ra se manter no estabelecimento agrícola.Na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>, os agricultores enfrentam muitas dificulda<strong>de</strong>s <strong>pa</strong>ra escoar aprodução, <strong>de</strong>vido às péssimas condições das estradas ou pela falta <strong>de</strong> transporte. Essa situaçãofaz do atravessador um importante agente <strong>de</strong> compra, pois o mesmo enfrenta todos os tipos <strong>de</strong>obstáculo <strong>pa</strong>ra obter o produto <strong>de</strong>sejado. Entretanto, esses <strong>pa</strong>gam preços bem abaixo do valor<strong>de</strong> mercado, <strong>de</strong>sanimando aqueles agricultores familiares mais humil<strong>de</strong>s a investirem <strong>na</strong>melhora da estrutura da proprieda<strong>de</strong> e consequentemente no aumento qualida<strong>de</strong> do produto.


16Um comércio bastante comum <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> é do artesa<strong>na</strong>to realizado poralgumas comunida<strong>de</strong>s familiares, envolvidas no aproveitamento dos resíduos <strong>de</strong> ba<strong>na</strong>neiras(fibra <strong>de</strong> ba<strong>na</strong>neira) <strong>pa</strong>ra confecção <strong>de</strong> produtos artesa<strong>na</strong>is como esteiras, corti<strong>na</strong>s, assentos <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>iras, sandálias, bolsas, jogo americano e outros objetos <strong>de</strong> uso doméstico e pessoal, além<strong>de</strong> <strong>pa</strong>pel artesa<strong>na</strong>l. A venda <strong>de</strong> doces <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> é bastante comum nos comércios da cida<strong>de</strong>,sendo que muitas vezes são os próprios agricultores que fazem e ven<strong>de</strong>m nos comércios dacida<strong>de</strong>. Portanto, o aproveitamento do fruto e da planta é feito <strong>de</strong> diversas formas, sendo umaimportante fonte <strong>de</strong> renda <strong>pa</strong>ra as famílias que <strong>de</strong>la <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>pa</strong>ra o seu sustento como opovo ribeirinho e indíge<strong>na</strong> da região.3 – COMERCIALIZAÇÃO DO PRODUTOA comercialização envolve uma série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s ou funções através das quais bense serviços são transferidos dos produtores aos consumidores. Essas ativida<strong>de</strong>s resultam <strong>na</strong>transformação dos bens, mediante utilização <strong>de</strong> recursos produtivos – capital e trabalho - queatuam sobre a matéria-prima agrícola. Este contexto caracteriza-se como um processocontínuo e organizado <strong>de</strong> encaminhamento da produção agrícola ao longo <strong>de</strong> um ca<strong>na</strong>l <strong>de</strong>comercialização, no qual o produto sofre transformação, diferenciação e agregação <strong>de</strong> valor.Para produtos agropecuários costuma-se referir ao mercado do produtor, mercadoatacadista e mercado varejista. O mercado do produtor é aquele em que os produtoresoferecem sua produção aos intermediários. O mercado atacadista refere-se aquele segmentodo mercado on<strong>de</strong> as transações mais volumosas. Nesse nível ocorrem fundamentalmentetransações entre intermediários – atacadistas e varejistas, sendo peque<strong>na</strong> a <strong>pa</strong>rtici<strong>pa</strong>ção <strong>de</strong>produtores e consumidores. O mercado varejista é aquele on<strong>de</strong> os consumidores adquiremsuas mercadorias. Os ven<strong>de</strong>dores são chamados varejistas que, colocando a mercadoria nomomento, <strong>na</strong> forma e no lugar <strong>de</strong>sejados pelos consumidores, constituem o último elo daca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> intermediários envolvidos <strong>na</strong> comercialização (BARROS, 2007).Segundo Almeida & Souza (2000), a diferença entre auferir lucro ou prejuízo muitasvezes resi<strong>de</strong> <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> comercializar o produto. A ba<strong>na</strong><strong>na</strong> apresenta algumas característicasque contribuem <strong>pa</strong>ra comercialização, tais como: a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pro<strong>pa</strong>gação, o bom


17rendimento por hectare, o fato <strong>de</strong> ser cultura <strong>de</strong> ciclo curto, <strong>de</strong> fácil manipulação quandover<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> fácil armaze<strong>na</strong>mento e maturação acelerada.Os Estados <strong>de</strong> São Paulo, Bahia, Pará, Santa Catari<strong>na</strong>, Mi<strong>na</strong>s Gerais, Per<strong>na</strong>mbuco eCeará são <strong>de</strong> longa data os mais representativos, tanto em área colhida quanto em produção <strong>de</strong>ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no Brasil. Esses setes estados respon<strong>de</strong>m por, aproximadamente 66% da área colhida e72% da produção (IBGE, 2009). Esses dados revelam que <strong>de</strong> 27 unida<strong>de</strong>s da fe<strong>de</strong>ração,incluindo o Distrito Fe<strong>de</strong>ral, ape<strong>na</strong>s 7 estados, concentram praticamente toda a produção ecomercialização no Brasil. Devido a fatores climáticos a exploração da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> estáconcentrada no Estado <strong>de</strong> São Paulo, que respon<strong>de</strong> por 16,5% da produção. Com relação àprodutivida<strong>de</strong>, o <strong>de</strong>staque <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l é o Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte com a expressivamarca <strong>de</strong> 31,4 toneladas/ha, sendo 135% maior que a média do <strong>pa</strong>ís (13,4t/ha). Na seqüência,a<strong>pa</strong>recem Santa Catari<strong>na</strong> com produtivida<strong>de</strong> superior à média brasileira em 64% e São Paulo,em 54,7%.As Regiões Nor<strong>de</strong>ste e Su<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>tém 70% da produção <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> e a regiãoNorte <strong>pa</strong>rtici<strong>pa</strong> do mercado com uma produção <strong>de</strong> 11,98%. No Estado do Pará, a área colhidaequivale a 55% do total da região Norte e, associada à do Estado do Amazo<strong>na</strong>s, perfaz 76%<strong>de</strong> toda a área colhida <strong>na</strong> Amazônia. Apesar <strong>de</strong>sse percentual, a produtivida<strong>de</strong> dos ba<strong>na</strong><strong>na</strong>is <strong>na</strong>região Norte é, ainda, bastante reduzida; sendo <strong>de</strong> aproximadamente 11 toneladas nos estadosdo Pará e Amazo<strong>na</strong>s e ape<strong>na</strong>s 7,96 toneladas nos <strong>de</strong>mais estados da região.A ba<strong>na</strong>nicultura <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, ainda precisa superar a fase <strong>de</strong> baixa eficiência <strong>na</strong> produçãoe comercialização. Na fase <strong>de</strong> comercialização os princi<strong>pa</strong>is problemas são:• Elevadas perdas <strong>na</strong> eta<strong>pa</strong> <strong>de</strong> pós-colheita.• Condições <strong>de</strong>sfavoráveis <strong>de</strong> transporte.• Gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> intermediários.• Baixa qualida<strong>de</strong> da fruta.• Acesso restrito as informações <strong>de</strong> mercado por <strong>pa</strong>rte dos pequenos produtores.Para o produtor rural a gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> se concentra <strong>na</strong> manipulação do produto após acolheita, no armaze<strong>na</strong>mento, acondicio<strong>na</strong>mento e transporte. Segundo Cor<strong>de</strong>iro (2003) a falta<strong>de</strong> cuidados <strong>na</strong> fase <strong>de</strong> comercialização é responsável por aproximadamente 40% <strong>de</strong> perdas dototal <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> produzida no Brasil. As perdas são maiores <strong>na</strong>s Regiões Norte e Nor<strong>de</strong>ste,


18on<strong>de</strong> a ativida<strong>de</strong> é menos organizada. As perdas estão assim distribuídas: <strong>na</strong> lavoura (mais <strong>de</strong>5%); no processo <strong>de</strong> embalagem (mais <strong>de</strong> 2%); no atacado (6 a 10%); no varejo (10 a 15%); e,no consumidor (5 a 8%).O transporte é uma das mais importantes eta<strong>pa</strong>s ao longo do ca<strong>na</strong>l <strong>de</strong> distribuição, poisagrega-se valor ao preço do produto. Para evitar perdas quanto a qualida<strong>de</strong> do produtorecomenda-se que as mesmas estejam acondicio<strong>na</strong>das em caixas apropriadas. Fato que <strong>pa</strong>ramaioria dos agricultores familiares entrava a produção. É difícil aten<strong>de</strong>r todas as exigências, eter estrutura totalmente apropriada requer alto investimento o que tor<strong>na</strong>-se um entrave <strong>pa</strong>raagricultura familiar.De acordo com Neves (2005) existem três formas <strong>de</strong> comercialização do produto nomercado brasileiro, que são:i) transações com ba<strong>na</strong><strong>na</strong> ver<strong>de</strong>, em cachos ou a granel ou em pencas em caixas;ii) transações com ba<strong>na</strong><strong>na</strong> madura no atacado, em caixas ou em cachos;iii) transações com ba<strong>na</strong><strong>na</strong> madura no varejo, em dúzias ou por peso.Estas são alter<strong>na</strong>tivas <strong>de</strong> comercialização por <strong>pa</strong>rte dos agricultores nos seusrespectivos estados. Segundo Almeida & Souza (2000), nos Estados <strong>de</strong> São Paulo, Rio <strong>de</strong>Janeiro, Espírito Santo, Mi<strong>na</strong>s Gerais, Goiás, Santa Catari<strong>na</strong> e Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, <strong>pa</strong>rteconsi<strong>de</strong>rável da produção é transportada em caixas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras (cabem 18 kg <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>), nãosendo apropriadas ao seu volume. No estado do Pará, os cachos <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>na</strong> sua maioria sãotransportados sobre a carroceria <strong>de</strong> caminhões, sem nenhuma proteção ou acondicio<strong>na</strong>mentodo produto em caixas.A Sagri (2010) sobre a comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> mostram que 88% da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>consumida em Belém são provenientes <strong>de</strong> outros estados, princi<strong>pa</strong>lmente da região nor<strong>de</strong>ste.O Estado do Pará <strong>pa</strong>gou somente <strong>pa</strong>ra o estado <strong>de</strong> Per<strong>na</strong>mbuco cerca <strong>de</strong> 3,8 milhões <strong>na</strong>compra <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Isso mostra que mesmo sendo o 5° colocado no ranking <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, o estado não consegue produzir <strong>pa</strong>ra abastecer o mercado interno.


19Figura 2: Ma<strong>pa</strong> dos municípios <strong>pa</strong>raensesNa Figura 2 constata-se os municípios <strong>pa</strong>raenses que produzem ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. O municípioque se <strong>de</strong>staca atualmente é Novo Re<strong>pa</strong>rtimento com produção <strong>de</strong> 45.500 toneladas. Em 2003o município <strong>de</strong> São Felix do Xingu foi o maior produtor com produção <strong>de</strong> 172.125 toneladasregistrada, porém em 2009 sua produção foi <strong>de</strong> ape<strong>na</strong>s 12.000 toneladas. Essa queda <strong>de</strong>produção é <strong>de</strong>corrente do surgimento das doenças como a Sigatoka amarela e negra e tambémdo mal-do-Pa<strong>na</strong>má, on<strong>de</strong> as varieda<strong>de</strong>s eram susceptíveis ao ataque <strong>de</strong>sses <strong>pa</strong>tógenos.3. 1 –PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA PESQUISAA pesquisa teve como foco a realização <strong>de</strong> <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> sobre os princi<strong>pa</strong>is aspectosda comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> - Pará. A cida<strong>de</strong> é consi<strong>de</strong>rada o maiormunicípio do mundo em extensão territorial e que segundo Umbuzeiro (1999) apresenta área<strong>de</strong> 159695,938 Km². As princi<strong>pa</strong>is ativida<strong>de</strong>s econômicas do município são a Pecuária (gadobovino) e Agricultura (arroz, cacau, feijão, milho, pimenta-do-reino e ba<strong>na</strong><strong>na</strong>), além daextração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, borracha e castanha-do-<strong>pa</strong>rá.Para a realização do <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>caso</strong> foi utilizado a pesquisa qualitativa e quantitativacomo ferramenta da pesquisa. Segundo Chizzotti (1998), a qualitativa se fundamenta em


20dados reunidos, coligidos <strong>na</strong>s interações interpessoais, <strong>na</strong> co-<strong>pa</strong>rtici<strong>pa</strong>ção das situações dosinformantes, a<strong>na</strong>lisadas a <strong>pa</strong>rtir da significação que estes dão aos seus atos. No <strong>caso</strong>,pesquisador <strong>pa</strong>rtici<strong>pa</strong>, compreen<strong>de</strong> e interpreta, enquanto a quantitativa prevê a mensuração<strong>de</strong> variáveis preestabelecidas, procurando verificar e explicar sua influencia <strong>de</strong> incidências e<strong>de</strong> correção estatística. A coleta dos dados, foi realizada por meio <strong>de</strong> visitas in loco,proce<strong>de</strong>ndo à i<strong>de</strong>ntificação dos produtores, atravessadores e comerciantes. Foi utilizada aobservação estruturada ou sistemática, <strong>de</strong> acordo com Chizzotti (1998). O método consiste <strong>na</strong>coleta e registro <strong>de</strong> eventos observados que foram previamente <strong>de</strong>finidos, o qual o observadormunido <strong>de</strong> listagem <strong>de</strong> comportamento, registra a ocorrência <strong>de</strong>stes comportamentos num<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do período <strong>de</strong> tempo, classificando-os <strong>pa</strong>ra tanto algumas informações relevantes,adquiridas em conversas informais com os proprietários dos estabelecimentos agrícolas eurbanos.O trabalho conforme os objetivos traçados apresenta três eta<strong>pa</strong>s, sendo os quais:• Definição dos locais das entrevistas e o número <strong>de</strong> entrevistados.• Elaboração e aplicação do questionário.• Sistematização dos dados; consulta e revisão <strong>de</strong> literatura; discussão dos dadose elaboração do diagnóstico.Foram realizadas entrevistas <strong>na</strong> Zo<strong>na</strong> Rural e Zo<strong>na</strong> Urba<strong>na</strong> on<strong>de</strong> em 10 proprieda<strong>de</strong>srurais selecio<strong>na</strong>das por forte comercialização do produto a qual garantia renda e benefícios<strong>pa</strong>ra o produtor e sua família. As proprieda<strong>de</strong>s rurais situam-se em <strong>Altamira</strong> <strong>na</strong>s localida<strong>de</strong>sdo Assurini e Surubim e no município <strong>de</strong> Medicilândia, on<strong>de</strong> a produção é <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>daprinci<strong>pa</strong>lmente <strong>pa</strong>ra o município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>. Com relação às entrevistas <strong>na</strong> zo<strong>na</strong> urba<strong>na</strong>,foram entrevistadas 14 pessoas, entre as quais, gerentes <strong>de</strong> supermercados, feirantes, donos <strong>de</strong>comércios e quitandas. Foi utilizada a aplicação <strong>de</strong> um questionário pré-elaborado (anexo I eII), o qual foi estruturado <strong>de</strong> forma a obter uma gama <strong>de</strong> informações que pu<strong>de</strong>sse serrelacio<strong>na</strong>das com os objetivos do trabalho. As conversas formais e informais revelavammuitas informações importantes sobre a comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, como exemplo, a<strong>de</strong>sti<strong>na</strong>ção da produção, o porquê da implantação dos ba<strong>na</strong><strong>na</strong>is, a renda, os compradores, asvarieda<strong>de</strong>s produzidas, aquisição <strong>de</strong> mudas e etc. Após a realização das entrevistas ocorreu asistematização dos dados.Como fonte <strong>de</strong> informações secundárias utilizou-se o site da SAGRI e IBGE queapresentam dados <strong>de</strong> 2009, sobre a produção, o rendimento e a colheita <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> nos


21municípios Paraense. Foram também consultadas algumas literaturas como referência <strong>pa</strong>ra aelaboração da revisão <strong>de</strong> literatura e <strong>pa</strong>ra a discussão dos resultados. Para se chegar aoresultado da pesquisa, cruzou-se as informações coletadas <strong>na</strong>s entrevistas com os bancos <strong>de</strong>dados do IBGE e SAGRI <strong>de</strong> 2009, sobre o município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>, relativos à comercializaçãoda ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.6666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


224 - RESULTADOS E DISCUSSÃO4.1 – PRINCIPAIS AGENTES DA COMERCIALIZAÇÃO DA BANANA NA CIDADE DEALTAMIRAOs produtores <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> são os pequenos e médios agricultores que utilizamgeralmente a mão-<strong>de</strong>-obra familiar <strong>pa</strong>ra cuidar da proprieda<strong>de</strong> rural. Estes têm comoprinci<strong>pa</strong>is ativida<strong>de</strong>s agropecuárias o plantio <strong>de</strong> cacau e/ou rebanho bovino, sendo o comércioda ba<strong>na</strong><strong>na</strong> uma ativida<strong>de</strong> secundária, que ajuda <strong>na</strong> renda familiar.A comercialização do produto no município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> ocorre basicamente com avenda do produtor <strong>pa</strong>ra o intermediário que vai até a proprieda<strong>de</strong> comprar a produção por umpreço baixo, em torno <strong>de</strong> R$ 1,50 a 3,00 reais. Ou o mesmo ven<strong>de</strong> diretamente <strong>pa</strong>ra osupermercado, que é mais exigente <strong>na</strong> compra dos produtos princi<strong>pa</strong>lmente quanto àqualida<strong>de</strong>, mas remunera melhor o produtor. Alguns supermercados só compram<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>s e no <strong>caso</strong>, os frutos não po<strong>de</strong>m apresentar podridão,amassado, queimadura, danos mecânicos, tendo uma a<strong>pa</strong>rência perfeitaOs atravessadores são os agentes que compram o produto do agricultor por um preçobaixo e reven<strong>de</strong>m o mesmo produto por preços mais elevados. A venda da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> ocorre noatacado e varejo. Os atacadistas são comerciantes que compram gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>,tanto dos produtores como dos atravessadores, e ven<strong>de</strong>m <strong>pa</strong>ra varejistas, a outros atacadistas econsumidores, sendo as vendas volumosas. Os varejistas compram os produtos dosatravessadores e atacadistas e reven<strong>de</strong>m diretamente aos consumidores. Inclui-se aqui umagama <strong>de</strong> situações: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as quitandas, mercearias, armazéns, até os gran<strong>de</strong>s supermercados.Quanto à comercialização do produto no município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>, o produtorbasicamente tem duas opções, ven<strong>de</strong>r <strong>pa</strong>ra o intermediário que vai até a proprieda<strong>de</strong> comprara produção por um preço baixo, em torno <strong>de</strong> R$ 1,50 a 3,00 reais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> váriosfatores o qual será abordado no tópico 4.8 do trabalho ou ven<strong>de</strong>r diretamente <strong>pa</strong>ra osupermercado, que é mais exigente <strong>na</strong> compra dos produtos princi<strong>pa</strong>lmente quanto àqualida<strong>de</strong>, entretanto, remunera melhor o produtor. A segunda opção é restrita <strong>pa</strong>ra algunsprodutores, pois os supermercados só compram <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>s e no<strong>caso</strong>, os frutos não po<strong>de</strong>m apresentar podridão, amassado, queimadura, danos mecânicos,tendo uma a<strong>pa</strong>rência perfeita. Com relação aos atravessadores, estes não fazem muitasexigências, o que <strong>de</strong>fine a compra do produto é o valor a ser aceito pelo produtor pela suamercadoria. Após a compra realizada pelo atravessador, esse <strong>de</strong>ixa a mercadoria no atacadoque distribui pela cida<strong>de</strong>, mais especificamente nos supermercados; feiras dos produtores;


23pequenos mercados e quitandas. A gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> adquirida nesses atacados, dáopção <strong>de</strong> escolha preferencial <strong>pa</strong>ra os supermercados que escolhem os produtos <strong>de</strong> melhora<strong>pa</strong>rência. Os varejistas ficam com o refugo da produção, não tendo o privilégio da escolhasdos produtos.Atualmente, diversas pessoas processam a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> ver<strong>de</strong> <strong>pa</strong>ra a produção <strong>de</strong>ba<strong>na</strong>nica, que são ba<strong>na</strong><strong>na</strong>s fritas em ro<strong>de</strong>las salgadas, bem crocantes, vendidas emembalagens <strong>de</strong> 50g. Nesse comércio, a compra da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>de</strong>ve ser realizada diretamente doprodutor, justamente <strong>pa</strong>ra escolha do cacho e pelo valor do produto ser menor. Essa é umaprática que a cada dia aumenta mais no município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>, gerando renda e seconfigurando como novo agente da ca<strong>de</strong>ia produtiva da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.4.2 - ASPECTOS GERAIS SOBRE A PRODUÇÃOO estado do Pará se configura como 5° maior produtor <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> do Brasil, com umaquantida<strong>de</strong> produzida <strong>de</strong> 501.344 toneladas, plantada em uma área 39.380 hectares, obtendoseum rendimento <strong>de</strong> 12.879 kg/ha (IBGE, 2009). Na Tabela 2 encontra-se os princi<strong>pa</strong>isprodutores <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no Brasil.Tabela 2: Princi<strong>pa</strong>is produtores <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no Brasil em 2009Estados Área Colhida (ha) Produção (t) Rendimento (t/ha)São Paulo 53.078 1.257.539 23,69Bahia 65.487 1.015.505 15,51Santa Catari<strong>na</strong> 30.922 624.204 20,19Mi<strong>na</strong>s Gerais 39.194 620.931 15,84Pará 38.925 501.344 12,88Fonte: IBGE (2009)O Estado do Pará vem apresentando uma queda <strong>na</strong> produção <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004, sendo acausa motivada por diversos fatores como cultivares i<strong>na</strong><strong>de</strong>quadas <strong>pa</strong>ra a comercialização,doenças, falta <strong>de</strong> incentivo gover<strong>na</strong>mental, péssimas condições das estradas entre outrosfatores que serão abordados ao longo do trabalho.O município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> é o 9°colocado em termos <strong>de</strong> produção no estado do Pará,com uma produção <strong>de</strong> 17.270 toneladas registrado no ano <strong>de</strong> 2009, segundo dados do IBGE.A área <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>da à colheita foi <strong>de</strong> 1555 hectares, sendo o sétimo município que mais <strong>de</strong>stinou


24área <strong>pa</strong>ra a produção. Entretanto, houve uma perda <strong>de</strong> 455 hectares, sendo que a área colhidacorrespon<strong>de</strong>u a 1100 ha. Esses dados revelam que a falta <strong>de</strong> conhecimento em manejar acultura, as cultivares propícias aos ataques <strong>de</strong> pragas e doenças e até mesmo o objetivo doprodutor <strong>na</strong> implantação da cultura são os fatores que po<strong>de</strong>m ter ocasio<strong>na</strong>do a perda <strong>de</strong> área.Em termos <strong>de</strong> rendimento, o município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> é o 20° colocado no Estado do Pará, comrendimento <strong>de</strong> 15.700 kg/ha, representando 8 kg/ha a menos que o município <strong>de</strong> Rondon doPará, o qual obteve a melhor média <strong>de</strong> rendimento (kg/ha). Na Tabela 3 constata-se umasíntese da produção da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> nos municípios <strong>pa</strong>raenses.Tabela 3: Produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> nos princi<strong>pa</strong>is municípios <strong>pa</strong>raenses 2009Municípios Área Colhida (ha) Produção (t) Rendimento (t/ha)Novo Re<strong>pa</strong>rtimento 3.500 45.500 13.000Trairão 2.080 29.120 14.000Rurópolis 1.470 29.000 20.000Uruará 1.630 25.937 15.912Itupiranga 1.900 23.750 14.400Medicilândia 2.020 22.440 11.109Parauapebas 1.500 18.750 12.500Tucuruí 1.200 18.000 15.000<strong>Altamira</strong> 1.100 17.270 15.700Fonte: Sagri (2009)O município <strong>de</strong> Novo Re<strong>pa</strong>rtimento apresenta a maior produção do Estado do Pará,com 45.500 toneladas. Entretanto, é o que apresenta o pior rendimento <strong>de</strong>ntre os 9 primeiroscolocados dos municípios <strong>pa</strong>raense. A baixa produtivida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>vido as cultivares <strong>de</strong><strong>pa</strong>drão genético baixo, plantas susceptíveis ao ataque <strong>de</strong> pragas e doenças e a falta <strong>de</strong> manejoa<strong>de</strong>quado.Com relação às entrevistas realizadas com os produtores <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no município <strong>de</strong><strong>Altamira</strong>, 100% dos entrevistados afirmaram plantar a cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> com o objetivo <strong>de</strong>sombreamento das mudas novas <strong>de</strong> cacaueiro. Enquanto a cultura do cacau não inicia aprodução, o agricultor consegue reduzir custos e obter renda com a produção da cultura daba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Portanto, o aumento do preço da amêndoa do cacau, estimula a ampliação da culturacacaueira e também do ba<strong>na</strong><strong>na</strong>l.O tamanho médio das áreas com a implantação do consórcio entre cacaueiros eba<strong>na</strong>neiras é <strong>de</strong> 3,39 ha, sendo que, a maior área registrada entre os entrevistados foi <strong>de</strong> 7,5 hae o menor <strong>de</strong> 0,31 ha.


25Quanto às varieda<strong>de</strong>s produzidas, 40% dos entrevistados plantam e comercializamape<strong>na</strong>s a varieda<strong>de</strong> maçã; 10% plantam e comercializam a varieda<strong>de</strong> Prata e 50% dosprodutores, possuem mais <strong>de</strong> uma varieda<strong>de</strong>, sendo que os mesmos exigem preços diferentes,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da varieda<strong>de</strong>. A exemplo do valor maior da varieda<strong>de</strong> Maça em relação à Prata,chegando essa diferença a ser <strong>de</strong> R$ 1,00 a mais no preço do cacho. Na Figura 3, constata-sea distribuição das varieda<strong>de</strong>s entre os produtores entrevistados.Varieda<strong>de</strong>s Produzidas pelosAgricultoresA<strong>pa</strong><strong>na</strong>s Maçã50%10%40%Ape<strong>na</strong>s PrataMais <strong>de</strong> umavarieda<strong>de</strong>Figura 3: Distribuição das varieda<strong>de</strong>s cultivadas pelos agricultores.Diversos fatores limitantes foram constatados quanto ao manejo da cultura, pois 100%dos entrevistados não fazem análise <strong>de</strong> solo e consequentemente não realizam adubação, nãopossuem sistema <strong>de</strong> irrigação e não contam com a presença da assistência técnica. Alémdisso, as varieda<strong>de</strong>s Prata e Maçã, apresentam respectivamente baixa produção esusceptibilida<strong>de</strong> a doenças, sendo consi<strong>de</strong>radas varieda<strong>de</strong>s ultra<strong>pa</strong>ssadas <strong>pa</strong>ra acomercialização. Então, constata-se a falta <strong>de</strong> conhecimento dos agricultores quanto aomanejo correto que objetiva o aumento da produtivida<strong>de</strong> e consequentemente da produção etambém a ausência dos órgãos <strong>de</strong> assistência técnica no município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>, <strong>pa</strong>ra orientaros agricultores que ficam a mercê das políticas públicas.XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


264.3 - ASPECTOS GERAIS SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO REALIZADA PELOSPRODUTORESA cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> mostrou ser ape<strong>na</strong>s um plantio secundário, on<strong>de</strong> os produtorescom objetivo <strong>de</strong> sombrear o cacaueiro no campo, aproveitam à produção tanto <strong>pa</strong>ra ven<strong>de</strong>rcomo <strong>pa</strong>ra consumir. Segundos os produtores entrevistados, a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> produzida é vendida<strong>pa</strong>ra os atravessadores, varejistas e <strong>pa</strong>ra os supermercados. Conforme a pesquisa realizada,60% da produção é comprada pelos atravessadores, 30% pelos varejistas e 10% pelossupermercados (observar os preços <strong>de</strong> comercialização no tópico 4.8). A média <strong>de</strong> preço <strong>pa</strong>gopelo cacho da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> é <strong>de</strong> R$ 3,00, sendo que a compra do cacho varia entre R$ 0,75 a 5reais. A variação <strong>de</strong> preço ocorre pela negociação que ocorre entre o produtor e o comprador,sendo influenciado pela varieda<strong>de</strong> e o aspecto do cacho com relação a manchas e danosmecânicos.O atravessador é um mal necessário, pois esse vai até a proprieda<strong>de</strong> do agricultor enegocia diretamente com o mesmo. O agricultor não tem condições <strong>de</strong> escoar sua produção,<strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> transporte e <strong>de</strong> estradas. Desta forma o atravessador se tor<strong>na</strong> importante, poisutiliza caminhonetes com tração e consegue <strong>pa</strong>ssar pelas estradas ruins e recolhe <strong>na</strong>proprieda<strong>de</strong> do agricultor toda a sua produção A <strong>de</strong>svantagem é o preço <strong>pa</strong>go, que é bemabaixo do valor <strong>de</strong> mercado variando <strong>de</strong> R$ 0,75 a 2,50 o cacho.De acordo com as informações prestadas pelos produtores, em 1hectare <strong>de</strong> área sãoplantadas 1.111 ba<strong>na</strong>neiras, no es<strong>pa</strong>çamento 3x3m, sendo retirados 15 a 20 cachos a cada 30dias. Segundo relato dos produtores, um dos maiores entraves <strong>pa</strong>ra a comercialização daba<strong>na</strong><strong>na</strong> se encontra no escoamento da produção, pois as estradas ruins e a falta <strong>de</strong> pontesimpe<strong>de</strong>m que o carro chegue aos locais on<strong>de</strong> se encontram o produto. E quando oatravessador consegue chegar ao local <strong>de</strong> produção, exige preços muito baixos, alegando aquestão da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> chegar ao estabelecimento rural. Dessa forma, o produtor épe<strong>na</strong>lizado pela falta <strong>de</strong> obras e ações gover<strong>na</strong>mentais, restringindo a margem <strong>de</strong> lucro.4.4 – PRÁTICA DE COLHEITA E PÓS-COLHEITA DE BANANA APLICADA PELOSPRODUTORES.A ba<strong>na</strong><strong>na</strong> é um dos frutos mais perecíveis, e as perdas do cultivo até o consumidoralcançam <strong>de</strong> 40 a 60% da produção. Por isso, é necessário diminuir os danos causados aosfrutos tanto <strong>na</strong> fase <strong>de</strong> pré-colheita como <strong>na</strong> pós-colheira (Bezerra, 2009).


27As entrevistas realizadas com os produtores do município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> revelaram queas práticas <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> colheita restringem-se em retirar o fruto com facão e amontoar nochão os cachos a espera do transporte. Em seguida, os cachos são colocados em cima docaminhão e forrados com a <strong>pa</strong>lha da ba<strong>na</strong>neira. Ape<strong>na</strong>s um agricultor, relatou lavar o cacho<strong>pa</strong>ra retirar a sujeira e resi<strong>na</strong> que ficam a<strong>de</strong>ridas aos frutos, sendo essa lavagem ape<strong>na</strong>s comágua, o mesmo relatou que realiza essa prática pelo fato <strong>de</strong> fornecer a produção <strong>pa</strong>ra umsupermercado, sendo o comprador exigente.O <strong>de</strong>sconhecimento dos produtores <strong>de</strong> como manejar <strong>na</strong> pré-colheita como <strong>na</strong> póscolheitaé reflexo da falta <strong>de</strong> informação e orientação dos órgãos <strong>de</strong> assistência técnica, quesegundo os agricultores não funcio<strong>na</strong>m no município. Outro problema é o transporte, pois <strong>de</strong>acordo com Almeida & Souza (2000), a eta<strong>pa</strong> <strong>de</strong> transporte é uma das mais importantes,sendo a produção brasileira <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> e plátanos, quando <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>da ao mercado interno, égeralmente transportada <strong>de</strong> forma i<strong>na</strong><strong>de</strong>quada, contribuindo <strong>pa</strong>ra perdas substanciais <strong>na</strong> fase<strong>de</strong> comercialização.4.4.1- Práticas pré e pós-colheita <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>: conservação dos frutosA Embra<strong>pa</strong> recomenda que durante a colheita os cachos não sejam empilhados esempre armaze<strong>na</strong>dos a sombra, evitando queimadura pelo sol. Se houver algum meio <strong>de</strong>transporte <strong>de</strong>ntro da área plantada, o fundo da carroceria do veículo <strong>de</strong>ve ser forrado, assimcomo colocar alter<strong>na</strong>damente as camadas <strong>de</strong> cachos, e sempre em local <strong>de</strong> sombra. A limpezae <strong>de</strong>spistilagem consiste <strong>na</strong> retirada das folhas maiores e dos pistilos dos frutos. Já o<strong>de</strong>spencamento consiste em usar uma ferramenta própria chamada <strong>de</strong> espátula n° 5 <strong>de</strong>vidraceiro, recurvada no diâmetro <strong>de</strong> uma garrafa <strong>de</strong> cerveja ou uma faca tipo “S”.4.4.2 – Alguns cuidados importantesNa retirada dos cachos da ba<strong>na</strong>neira <strong>de</strong>ve-se evitar ferimentos com as ferramentas <strong>na</strong>soutras pencas do cacho; evitar <strong>de</strong>ixar as pencas caírem ao chão; evitar segurar a penca por umfruto, causando o <strong>de</strong>feito “colo roto” entre o pendúculo e a almofada; evitar choque daspencas com a <strong>pa</strong>re<strong>de</strong> dos tanques e entre pencas <strong>de</strong>ntro dos tanques; após o <strong>de</strong>spencamento, aspencas po<strong>de</strong>m ou não ser lavadas; se as pencas não forem lavadas, <strong>de</strong>ixá-las <strong>na</strong> sombra, nochão forrado com folhas, “chorando” por 20 minutos.


28A lavagem do fruto é um procedimento que ajuda a elimi<strong>na</strong>r as impurezas que estãosobre os frutos. Se a água não for tratada, então fazer a cloração que consiste em colocar acada litro <strong>de</strong> água, 10mL <strong>de</strong> hipoclorito <strong>de</strong> sódio (2% <strong>de</strong> cloro ativo). Em tanques com 100litros <strong>de</strong> água, colocar 1.000mL ou 1 litro <strong>de</strong> hipoclorito <strong>de</strong> sódio. Outra forma <strong>de</strong> lavagem é autilização <strong>de</strong> <strong>de</strong>tergente orgânico neutro com do<strong>de</strong>cil benzeno sulfo<strong>na</strong>do, on<strong>de</strong> <strong>pa</strong>ra cada 1litro <strong>de</strong> água colocar 2 mL <strong>de</strong> <strong>de</strong>tergente (0,2%). Em tanques com 100 litros <strong>de</strong> água, colocar200 mL <strong>de</strong> <strong>de</strong>tergente orgânico neutro. Po<strong>de</strong>-se também promover a cicatrização dos cortes eprecipitação <strong>de</strong> resíduos com sulfato <strong>de</strong> alumínio, sendo necessário <strong>pa</strong>ra cada 1 litro <strong>de</strong> águacolocar 0,5 grama <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> alumínio. No tanque <strong>de</strong> 100 litros <strong>de</strong> água, colocar 50 gramas<strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> alumínio. As pencas <strong>de</strong>vem permanecer no tanque por 15 a 30 segundos.4.4.3 – Transporte <strong>pa</strong>ra o mercadoCom relação ao transporte, observar o horário <strong>de</strong> transporte, o clima, o tipo <strong>de</strong>carroceria e as condições <strong>de</strong> estradas e ramais. Evitar queimaduras <strong>de</strong> sol, <strong>de</strong>sidratação dafruta, cozimento da pol<strong>pa</strong>, maturação precoce e os danos por atrito.4.5 – ASPECTOS FITOSSANITÁRIOSNas entrevistas realizadas com os produtores, 60% reclamaram da existência <strong>de</strong> pragase doenças em seus ba<strong>na</strong><strong>na</strong>is, on<strong>de</strong> relatavam o surgimento <strong>de</strong> folhas amareladas, com o <strong>pa</strong>ssardo tempo, secavam no pé e também a questão da broca no rizoma (Cosmopolites sordidus)que eram comuns em vários pés <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Os outros agricultores, afirmaram não existirnenhum tipo <strong>de</strong> praga ou doença presente <strong>na</strong> cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.Os agricultores que <strong>pa</strong>rtici<strong>pa</strong>ram das entrevistas, mostraram não ter conhecimento dosnomes das doenças que acometem a ba<strong>na</strong>neira, on<strong>de</strong> dos 10 entrevistados, ape<strong>na</strong>s 6<strong>de</strong>screveram os sintomas que ocorriam <strong>na</strong>s folhas das ba<strong>na</strong>neiras. Em relação às pragas, doisagricultores apontaram a existência da broca da ba<strong>na</strong>neira <strong>na</strong> cultura, on<strong>de</strong> os mesmosi<strong>de</strong>ntificavam pela galeria formada no rizoma.Com base <strong>na</strong>s <strong>de</strong>scrições dos agricultores, po<strong>de</strong>mos supor que as doenças queprovocam amarelecimento <strong>na</strong>s folhas e consequentemente secam no pé <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, são aSigatoka-amarela ou mal-do-Pa<strong>na</strong>má, pois os sintomas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do estádio <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento da doença, apresentam uma semelhança, sendo diferenciado mais pelosprofissio<strong>na</strong>is que trabalham <strong>na</strong> área <strong>de</strong> Ciências Agrárias. Além disso, todos os agricultores


29possuem varieda<strong>de</strong>s susceptíveis as doenças Sigatoka-amarela e mal-do-Pa<strong>na</strong>má, no <strong>caso</strong>, asvarieda<strong>de</strong>s Maça e Prata. No quadro 1, po<strong>de</strong>mos a<strong>na</strong>lisar a susceptibilida<strong>de</strong> das varieda<strong>de</strong>s asdoenças.Quadro 1: Susceptibilida<strong>de</strong> das varieda<strong>de</strong>s as doençasVarieda<strong>de</strong> Sigatoka-negra Sigatoka-amarela Mal-do-Pa<strong>na</strong>máPrata Susceptível Susceptível SusceptívelPacovan Susceptível Susceptível SusceptívelPrata Anã Susceptível Susceptível SusceptívelMaça Susceptível Mediamente Susceptível Altamente SusceptívelNanica Susceptível Susceptível ResistenteGran<strong>de</strong> Naine Susceptível Susceptível ResistentePreciosa Susceptível Resistente ResistenteTerra Susceptível Resistente ResistenteFonte: Embra<strong>pa</strong>Muitas vezes, os sintomas <strong>de</strong> um ataque <strong>de</strong> praga po<strong>de</strong> ser <strong>pa</strong>recido com <strong>de</strong> algumasdoenças, pois no <strong>caso</strong> da broca do rizoma, Fancelli (2004), <strong>de</strong>screve que as plantas infectadaspela praga, apresentam <strong>de</strong>senvolvimento limitado, amarelecimento e consequentemente osecamento das folhas, redução no peso do cacho e morte da gema apical. Então, hápossibilida<strong>de</strong> das <strong>de</strong>scrições da sintomatologia das plantas, fornecidos pelos agricultores,terem sido provocados pela broca do rizoma, como citado por dois produtores que observarampequenos buracos nos rizomas das ba<strong>na</strong>neiras. Além disso, a varieda<strong>de</strong> Prata é bastantesusceptível a essa praga que causa redução <strong>de</strong> até 30% <strong>na</strong> produção (FANCELLI, 2004).Com relação ao combate das doenças e pragas, 100% dos agricultores afirmaram nãorealizar nenhum tipo <strong>de</strong> manejo ou aplicação <strong>de</strong> fungicida ou inseticida, pois não possuemorientação dos órgãos <strong>de</strong> assistência técnica e também não compensa investir no combate dasdoenças e pragas, <strong>de</strong>vido o preço baixo do cacho da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> e pelo fato da cultura do cacau sera princi<strong>pa</strong>l <strong>na</strong> área. Entretanto, é importante salientar, que os manejos são imprescindíveis<strong>pa</strong>ra obtenção <strong>de</strong> boas produções, no <strong>caso</strong>, utilização <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s resistentes; o controlecultural como a dre<strong>na</strong>gem, combate às plantas invasoras, <strong>de</strong>sfolha sanitária e adubação; ocontrole químico também é importante <strong>pa</strong>ra combater as pragas e doenças que muitas vezesprovocam danos irre<strong>pa</strong>ráveis a cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


304.6 – FATORES LIMITANTES NA COMERCIALIZAÇÃO DO PRODUTODiversos foram os fatores apontados pelos agricultores como limitante <strong>na</strong>comercialização, <strong>de</strong>ntre os quais foram citados os preços baixos, doenças, barreiras sanitáriase estradas. O princi<strong>pa</strong>l problema citado <strong>pa</strong>ra a comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> foi a questão daspéssimas condições das estradas, on<strong>de</strong> 50% dos entrevistados apontaram como entrave oescoamento da produção, pois muitos locais não tem estradas e quando tem, são muito malconservadas, pela falta <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> das prefeituras munici<strong>pa</strong>is dacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> e dos municípios circunvizinhos, pois uma <strong>pa</strong>rte da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> vem <strong>de</strong>proprieda<strong>de</strong>s pertencentes a outros municípios. Já 30% dos entrevistados, comentaram que aquestão fitossanitária é a princi<strong>pa</strong>l limitação da comercialização, <strong>de</strong>vido à redução daprodução, <strong>de</strong>corrente da morte <strong>de</strong> ba<strong>na</strong>neiras ou da diminuição dos cachos, ocasio<strong>na</strong>das porpragas ou doenças. Os outros 20% dos produtores reclamaram do preço baixo do produto quenão estimula investimentos <strong>pa</strong>ra aumentar a produção <strong>pa</strong>ra a comercialização, a falta <strong>de</strong>armazéns <strong>pa</strong>ra estocar a produção e a questão das barreiras fitossanitárias que são burocráticas<strong>na</strong>s exigências feitas aos agricultores. A figura 4 mostra a relação <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s apontadaspelos agricultores <strong>na</strong> comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.Problemas <strong>pa</strong>ra efetuar acomercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>20%30%50%EstradasDoençasPreço BaixoFigura 4: Problemas enfrentados <strong>na</strong> comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>


314.7 – ASPECTO DA COMERCIALIZAÇÃO DA BANANA NO MUNICÍPIO DEALTAMIRANo município <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>, a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> é uma das frutas mais procuradas pelosconsumidores. Em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>ssa procura, foram entrevistados 14 estabelecimentos, on<strong>de</strong>foram entrevistados gerentes e donos dos princi<strong>pa</strong>is comércios da cida<strong>de</strong>, <strong>pa</strong>ra obterinformações sobre a comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Nas entrevistas, i<strong>de</strong>ntificou-se 3 tipos <strong>de</strong>estabelecimentos, sendo as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> supermercados (2), feirantes (10) e pequenos comércios(2), no total <strong>de</strong> 14 estabelecimentos, no qual se diferenciam em diversos aspectos quanto acomercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Os dois supermercados adquirem o produto diretamente <strong>de</strong>agricultores ou <strong>de</strong> intermediários. Nesse <strong>caso</strong>, a compra é realizada <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> penca, on<strong>de</strong> opreço é <strong>de</strong> R$ 0,80 centavos o quilograma. Já os pequenos comerciantes e os feirantes,compram o cacho princi<strong>pa</strong>lmente dos intermediários, sendo o preço do cacho entre R$ 1,50 a6,00 reais.Quanto à origem do produto 50% dos entrevistados afirmaram comprar produtos <strong>de</strong>produtores e intermediários que trazem a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> ape<strong>na</strong>s do município <strong>de</strong> Medicilândia; 15%compram <strong>de</strong> produtores e intermediários que trazem a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> ape<strong>na</strong>s do município <strong>de</strong><strong>Altamira</strong> e outros 35% compram o produto advindo tanto <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> quanto <strong>de</strong>Medicilândia. De acordo com a entrevista, percebeu-se que a maior <strong>pa</strong>rte da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>comercializada em <strong>Altamira</strong> é produzida em Medicilândia o 5° maior produtor do estado doPará.Os estabelecimentos apresentaram uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s, entre as quais: aPrata; Maça; chifre <strong>de</strong> boi conhecida também como ba<strong>na</strong><strong>na</strong> da terra; Peruá; Pacovan; Ourinhoe ba<strong>na</strong><strong>na</strong> Roxa, sendo a varieda<strong>de</strong> Maça e Prata as mais procuradas e consumidas pelosconsumidores. Com relação à freqüência <strong>de</strong> compra do produto pelos estabelecimentos, varia<strong>de</strong> uma a duas vezes por sema<strong>na</strong>, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo muito da quantida<strong>de</strong> que se ven<strong>de</strong> ao longo dasema<strong>na</strong>. Todos os entrevistados afirmaram comercializar a produção ape<strong>na</strong>s no município <strong>de</strong><strong>Altamira</strong>.Os supermercados comercializam sema<strong>na</strong>lmente 800 a 900 kg <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Já ospequenos mercados e feirantes, ven<strong>de</strong>m entre 10 a 500 cachos por sema<strong>na</strong>. Essa variaçãoocorre, <strong>de</strong>vido alguns feirantes realizarem a revenda <strong>de</strong> mercadorias <strong>pa</strong>ra quitandas e outrosfeirantes. O mercado consumido da fruta é bastante exigente, pois segundo os entrevistados,os frutos só tem boa aceitação se não houverem manchas, arranhões ou amassados. Além


32disso, os frutos <strong>de</strong>vem ser gran<strong>de</strong>s e suculentos. As perdas do produto variam entre 5 a 30%,conforme informações dos entrevistados, sendo os motivos diversos, entre os quais: oarmaze<strong>na</strong>mento i<strong>na</strong><strong>de</strong>quado das frutas; a maturação rápida da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> e a manipulação doproduto pelos clientes.Quanto ao armaze<strong>na</strong>mento do produto os supermercados <strong>de</strong>ixam a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> guardadaem caixotes <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> armazéns. Os pequenos comerciantes guardam o produtoem caixas <strong>de</strong> <strong>pa</strong>pelão, que ficam em <strong>de</strong>pósitos. Já os feirantes, <strong>de</strong>positam as mercadoriassobre lo<strong>na</strong>s estendidas no chão, em suas residências e outros <strong>de</strong>ixam em bancadas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,ficando o produto exposto ao sol, poeira e insetos.O intermediário quando transporta o produto <strong>pa</strong>ra distribuir nos estabelecimentos, nãoo faz <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada, sendo os cachos e pencas amontoados diretamente <strong>na</strong>s carrocerias<strong>de</strong> caminhões, sem nenhuma proteção, causando diversos danos aos frutos. Segundo osentrevistados, princi<strong>pa</strong>lmente feirantes e pequenos comerciantes, os produtos chegamempoeirados, amassado e arranhado <strong>na</strong> casca, causando prejuízo <strong>pa</strong>ra quem ven<strong>de</strong> o produto,pois este arca com as <strong>de</strong>spesas do <strong>de</strong>sperdiço. Para os supermercados, o produto chega emcaixotes, bem acondicio<strong>na</strong>dos.Nenhum estabelecimento apresenta câmaras <strong>de</strong> climatização <strong>pa</strong>ra controlar amaturação do fruto. Desta forma, a falta <strong>de</strong> um ambiente a<strong>de</strong>quado, ocasio<strong>na</strong> aumento darespiração e eleva a produção <strong>de</strong> etileno, sendo este um hormônio que acelera aamadurecimento do fruto. Por isso, os frutos amadurecem todos quase ao mesmo tempo,causando perdas se os frutos não forem comercializados rápidos, isso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do grau <strong>de</strong>maturação dos frutos.4.8 - ANÁLISE GERAL DOS VALORES PRATICADOS NA COMERCIALIZAÇÃO DABANANA NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA.Os preços praticados <strong>na</strong> comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> variam muito, <strong>de</strong> acordo com osagentes (produtores, atravessadores, atacadista, varejista e supermercados) envolvidos <strong>na</strong>negociação do produto. Vários são os fatores <strong>de</strong>finidores dos preços <strong>de</strong> comercialização, entreos quais po<strong>de</strong>mos citar a qualida<strong>de</strong>, o tamanho e princi<strong>pa</strong>lmente a varieda<strong>de</strong> da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> que iráinfluir no preço fi<strong>na</strong>l do produto.Os atravessadores que realizam as compras nos estabelecimentos rurais,princi<strong>pa</strong>lmente no município <strong>de</strong> Medicilândia <strong>pa</strong>ga em torno <strong>de</strong> R$ 1,50 a 3,00 pelo cacho daba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>pa</strong>ra o produtor, sendo o preço <strong>de</strong>finido nesse <strong>caso</strong>, pela varieda<strong>de</strong> e pelo tamanho dos


33frutos. As varieda<strong>de</strong>s Ourinho e Prata peque<strong>na</strong> custam R$ 1,50 reais; a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> Prata médiacusta R$ 2,00 reais; a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> Maça e Comprida R$ 2,50 reais e a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> Peruá (ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>de</strong>fritar) custa R$ 3,00 a 4,00 reais.Após a realização das negociações com os produtores, os atravessadores distribuem asmercadorias nos atacados, varejos e supermercados da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>. A negociaçãoentre esses agentes é mais complexo, pois além do tamanho e varieda<strong>de</strong> da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>, um novoelemento é <strong>de</strong>finidor dos preços, no <strong>caso</strong> a qualida<strong>de</strong> do produto. Os preços variam entre R$2,00 a 5,00 reais o cacho. A varieda<strong>de</strong> ourinho custa R$ 4,00 reais; a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> Prata e Pacovancustam R$ 4,00 a 5,00 reais, conforme tamanho e qualida<strong>de</strong>; a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> Maçã e Compridacustam R$ 5,00 reais e a Ba<strong>na</strong><strong>na</strong> Peruá custa R$ 6,00 a 7,00 reais.Quando o varejista não consegue comprar do atravessador, o produto é adquiridodiretamente no atacado. Os preços não variam muito, pois como a maturação da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> émuito rápida pela falta <strong>de</strong> Câmaras que controlem a maturação do produto, os atacados nãotêm como cobrar preços superiores aos comprados dos atravessadores, ao contrário, muitasvezes tem que ven<strong>de</strong>r mais barato, <strong>de</strong>vido ao ponto <strong>de</strong> maturação avançado dos frutos. Ovarejista compra o cacho da varieda<strong>de</strong> comprida por R$ 6,00 reais, quando o cacho apresentamuitos frutos em estágio avançado <strong>de</strong> maturação consegue comprar a R$ 3,00 reais; a ba<strong>na</strong><strong>na</strong>Maçã e Prata custam R$ 4,00 a 5,00 reais, conforme a qualida<strong>de</strong> e o tamanho (quando o frutoestá muito maduro, o atacadista compra por R$ 2,00 a 3,00 reais o cacho).A comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>pa</strong>ra o consumidor é feita em atacado, varejo esupermercado. As varieda<strong>de</strong>s Maçã, Prata, Pacovan, Comprida e Ourinho são vendidas a R$1,00 a 1,50 a dúzia, ocorrendo à variação <strong>de</strong> preço conforme o tamanho do fruto. Já a ba<strong>na</strong><strong>na</strong>Peruá é vendida a fruta pela unida<strong>de</strong>, custando R$ 0,50 centavos ou 3 por R$ 1,00 real.Na Figura 5, po<strong>de</strong>mos verificar quais os ca<strong>na</strong>is <strong>de</strong> distribuição da produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong><strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong> e os preços praticados no mercado.


34ProdutorVen<strong>de</strong> o cacho por R$1,50 a 3,00 reaisAtravessadorVen<strong>de</strong> o cacho por R$2,00 a 7,00 reaisAtacadoVen<strong>de</strong> o cacho por R$2,00 a 7,00 reais.Ven<strong>de</strong> a dúzia por R$1,00 a 1,50 reaisVarejistaVen<strong>de</strong> a dúzia porR$ 1,00 a 1,50 reaisConsumidorFigura 5: Ca<strong>na</strong>l <strong>de</strong> comercialização da produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Altamira</strong>XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


355 – CONCLUSÕESA ba<strong>na</strong><strong>na</strong> comercializada em <strong>Altamira</strong> é em sua maioria advinda das áreas rurais domunicípio <strong>de</strong> Medicilândia.O princi<strong>pa</strong>l agente comprador <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> dos Agricultores é o intermediário que dita opreço do produto.A ba<strong>na</strong><strong>na</strong> comercializada nos supermercados, pequenos comércios e feiras, nãoapresentam <strong>pa</strong>drão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, sendo que os frutos em sua maior <strong>pa</strong>rte, apresentam manchas<strong>de</strong> podridão, arranhões e levemente amassados.Os maiores problemas da comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> são a falta <strong>de</strong> transportea<strong>de</strong>quado dos produtos e o armaze<strong>na</strong>mento i<strong>na</strong><strong>de</strong>quado dos produtos nos estabelecimento <strong>de</strong>venda.A carência <strong>de</strong> políticas voltadas <strong>pa</strong>ra a fruticultura <strong>de</strong> modo geral e a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>acesso a fi<strong>na</strong>nciamentos, representam os princi<strong>pa</strong>is gargalos <strong>pa</strong>ra que ocorra um aumentoexponencial <strong>na</strong> produção e comercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Contudo, há projetos <strong>pa</strong>ra melhoraresse <strong>pa</strong>norama atual, faltando ape<strong>na</strong>s à execução dos mesmos que trava <strong>na</strong> burocraciaexistente, princi<strong>pa</strong>lmente <strong>na</strong> liberação <strong>de</strong> recursos fi<strong>na</strong>nceiros, dificultando o andamento dosprojetos.Portanto, somente com investimentos em todos os setores da produção ecomercialização da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> é que se po<strong>de</strong> almejar o crescimento <strong>na</strong> produção e melhora <strong>na</strong>qualida<strong>de</strong> do produto.


366 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASALMEIDA, Clóvis Oliveira <strong>de</strong> ; SOUZA, J. S. . Comercialização. In: Zilton José MacielCor<strong>de</strong>iro. (Org.). Ba<strong>na</strong><strong>na</strong>: Produção - Aspectos Técnicos (Frutas do Brasil). 1 ed. Brasília:Embra<strong>pa</strong> Comunicação <strong>pa</strong>ra Transferência <strong>de</strong> Tecnologia, 2000, v. 1, p. 131-135.ALMEIDA, C.O.<strong>de</strong>; SOUZA, J. S.; CORDEIRO, Z.J.M. Aspectos Econômicos. In:MATSUURA, F.C. A.U.; FOLEGATTI, M.I.S. (Ed.) Ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Pós-colheita. Brasília: Embra<strong>pa</strong>Informação Tecnológica, 2001. 71p. (Frutas do Brasil, 16).ALVES, E. J. A cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>: aspectos técnicos, socioeconômicos e agroindustriais.Editora por Alves, E. J. 2° ed., ver – Brasília: Embra<strong>pa</strong> – SPI, 1999. 585 p.ALVES, Élio José. A cultura da ba<strong>na</strong><strong>na</strong>: aspectos técnicos, socioeconômicos eagroindustriais. 2ed. Brasília: Embra<strong>pa</strong>, 1999. 585p.BARROS, Geraldo Sant’A<strong>na</strong> <strong>de</strong> Camargo. Economia da Comercialização Agrícola. SãoPaulo: CEPEA, 2007. 45p.BEZERRA, Valéria Saldanha. Práticas pós-colheita <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong>: Conservando a qualida<strong>de</strong>do fruto. Amapá: Embra<strong>pa</strong>, 2009.BAGAIOLO, G. R.; LOURENZANI, W. L.; LOURENZANI, A<strong>na</strong> Elisa Bressan Smith;RODARTE, T. D. A Fruticultura e sua importância <strong>pa</strong>ra a Região Nova Alta Paulista. In:XLVI Congresso da Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Economia, Administração e Sociologia Rural,2008, Rio Branco. A<strong>na</strong>is do XLVI Congresso SOBER, 2008.CAVALCANTE, Maria <strong>de</strong> Jesus Barbosa. et al. Novas Cultivares <strong>de</strong> Ba<strong>na</strong><strong>na</strong> Resistentes aSigatoka-negra no Acre. 2003, Comunicado Técnico N° 159. Rio Branco,AC: Embra<strong>pa</strong>,2003. 4p. Disponívelem . Acesso em: 16 nov. 2010.CORDEIRO, Zilton José Maciel; MATOS, Aristóteles, Pires <strong>de</strong> Matos; FILHO, PauloErnesto Meissner. Doenças e Métodos <strong>de</strong> Controle. In: BORGES, A<strong>na</strong> Lúcia; Souza, Lucianoda Silva. O Cultivo da Ba<strong>na</strong>neira. Bahia: Embra<strong>pa</strong>, 2004. 279p.CORDEIRO, Zilton José Maciel; Sistema <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>pa</strong>ra o Estado do Pará.Pará: Embra<strong>pa</strong>, 2003. Disponível em . Acesso em: 15nov. 2010.CORDEIRO, Z. J. M. (org.) Ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Fitossanida<strong>de</strong>. Cruz das Almas: Embra<strong>pa</strong> Mandioca eFruticultura/Brasília: Embra<strong>pa</strong> <strong>pa</strong>ra transferência <strong>de</strong> Tecnologia, 2000. 121p. (Frutas doBrasil, 8).CORDEIRO, Zilton José Maciel. Cultivo da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> <strong>pa</strong>ra o Pólo Petroli<strong>na</strong> Juazeiro.Brasília: Embra<strong>pa</strong>, 2003. Disponívem em .Acesso em: 15 nov. 2010.


37COSTA, Amanda Nazareth Campos. Economia da Ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no Estado do Pará. Belém, PA:<strong>UFPA</strong>, 2008. 61p.CHIZZOTTI, A. Pesquisas em ciências huma<strong>na</strong>s e sociais. São Paulo. Cortez. 1998.FAO. Food Agriculture Organization: crops & livestock primary & processed. Disponívelem: . Acesso em: 10 nov. 2010.FANCELLI, Marilene. Doenças e Métodos <strong>de</strong> Controle. In: BORGES, A<strong>na</strong> Lúcia; Souza,Luciano da Silva. O Cultivo da Ba<strong>na</strong>neira. Bahia: Embra<strong>pa</strong>, 2004. 279p.FREIRE, Francisco das Chagas Oliveira; CARDOSO, José Emilson; VIANA, FranciscoMarto Pinto. Doenças <strong>de</strong> Fruteiras Tropicais <strong>de</strong> Interesse Agroindustrial. Brasília:Embra<strong>pa</strong>, 2003. 687p.GASPAROTTO, Luadir; PEREIRA, José Clério Rezen<strong>de</strong>. A cultura da ba<strong>na</strong>neira <strong>na</strong>região norte do Brasil. Brasília, DF: Embra<strong>pa</strong> Informação Tecnológica, 2010. 310p.HOMMA, A. K. O. O <strong>de</strong>senvolvimento da agroindústria no Estado do Pará. CiênciasExatas e Tecnologia, Belém, v.3, p. 49 – 76, jan./<strong>de</strong>z. 2001. Ed. Especial.IBGE. Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística. 2009. Disponível em: . Acesso em: 10 nov. 2010.LÉDO, A<strong>na</strong> da Silva. Fortalecimento da ba<strong>na</strong>nicultura.Aracajú: Embra<strong>pa</strong>, 2010. Disponívelem < www.<strong>pa</strong>gi<strong>na</strong>rural.com.br/.../fortalecimento-da-ba<strong>na</strong>nicultura-em-sergipe >. Acessoem: 15 nov. 2010.MATTHIESEN, Mari<strong>na</strong> L.; BOTEON, Margarete. Análise dos princi<strong>pa</strong>is pólos produtores<strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> no Brasil. Piracicaba (SP): Cepea/Esalq-USP, 2003. 18 p. Disponível em:. Acesso em: 26 nov. 2010.MOREIRA, R. S, Ba<strong>na</strong><strong>na</strong> Teoria e Prática <strong>de</strong> Cultivo. 2ª Edição, Fundação Cargill, SãoPaulo, 1999, 299p.NEVES, Marcelo C. Marques. Ba<strong>na</strong><strong>na</strong>: mercado <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l e perspectivas. São Paulo: ESALQ.2005.NETO, A.R; MELO, B. A cultura da ba<strong>na</strong>neira. Embra<strong>pa</strong>, 2003. Disponível emwww.ebah.com.br/a-cultura-da-ba<strong>na</strong>neira-pdf-a21047.html >. Acesso em: 15 nov. 2010.NOTÍCIAS DA BAHIA. Adab libera exportação <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> produzida <strong>na</strong> Bahia <strong>pa</strong>ra aArgenti<strong>na</strong>. Disponível em http://www.noticiasdabahia.com.br/editoriais. Acesso em: 6 <strong>de</strong>nov. <strong>de</strong> 2010.OLIVEIRA, José A<strong>de</strong>mir <strong>de</strong>; Tempo e Es<strong>pa</strong>ço Urbano <strong>na</strong> Amazônia no Período da Borracha.Revista electrónica <strong>de</strong> Geografia y Ciencias Sociales, Ma<strong>na</strong>us, 1 ago.2006.


38RN volta a ser o maior produtor <strong>de</strong> ba<strong>na</strong><strong>na</strong> do País. Jor<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Fato. Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, 23nov. 2010. Disponível em blogdoedgleysn.blogspot.com/.../rn-volta-ser-o-maior-produtor<strong>de</strong>-ba<strong>na</strong><strong>na</strong>.html >. Acesso em: 15 nov. 2010.SAGRI. Secretaria <strong>de</strong> Agricultura do Estado do Pará. 2009. Disponível em . Acesso em: 10 nov. 2010.STEELE, H. L.; VERA FILHO, F.; WELSH, R. S. Comercialização agrícola. São Paulo:Atlas, 1971.SILVA NETO, P.J. da et al. Sistema <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> cacau <strong>pa</strong>ra a Amazônia Brasileira.Belém, CEPLAC, 2001. 125p.SOUSA, Rainer; Ciclo da Borracha. 2008. Disponível em < www.brasilescola.com >. Acessoem: 16 nov. 2010.SILVA, Sebastião <strong>de</strong> Oliveira e; SEREJO, Ja<strong>na</strong>y Almeida dos Santos; CORDEIRO, ZiltonJosé Maciel. Varieda<strong>de</strong>s. In: BORGES, A<strong>na</strong> Lúcia; Souza, Luciano da Silva. O Cultivo daBa<strong>na</strong>neira. Bahia: Embra<strong>pa</strong>, 2004. 279p.UMBUZEIRO, Ubirajara Marques. <strong>Altamira</strong> e sua História. 3°ed. <strong>Altamira</strong>. 1999. 210p.VIEIRA, Luiz Marcelino. Ba<strong>na</strong><strong>na</strong>. Santa Catari<strong>na</strong>: EPAGRI/CEPA, 2009. 19p. Disponível em< ce<strong>pa</strong>.e<strong>pa</strong>gri.sc.gov.br/Informativos.../ba<strong>na</strong><strong>na</strong>/Ba<strong>na</strong><strong>na</strong>_310709.pdf >. Acesso em: 16 nov.2010.


ANEXOS39


40Roteiro <strong>pa</strong>ra a obtenção dos dados <strong>pa</strong>ra o TCC(Estabelecimentos Comerciais)1. Nome do estabelecimento? ____________________________________________2. Nome do proprietário? _______________________________________________3. Que varieda<strong>de</strong>s comercializam?___________________________________________________________________4. Qual a varieda<strong>de</strong> preferida pelo consumidor? ____________________________5. De on<strong>de</strong> vem a ba<strong>na</strong><strong>na</strong>? ______________________________________________6. Qual a forma <strong>de</strong> aquisição da ba<strong>na</strong><strong>na</strong> (penca, cacho)? ________________________________________________________7. Freqüência <strong>de</strong> compra? ____________________________________________________________________________________________________________________8, Preço <strong>de</strong> compra? _________________________________________________________________________________________________________________________9. Comercializa pra on<strong>de</strong>? ____________________________________________________________________________________________________________________10. Quantida<strong>de</strong> que comercializa? _______________________________________________________________________________________________________________11. Exigência do consumidor? ____________________________________________12. Aceitação do produto?________________________________________________13. Perdas? (muito importante) ___________________________________________14. Motivos <strong>de</strong> perda? _________________________________________________________________________________________________________________________15. Armaze<strong>na</strong>mento do produto? _______________________________________________________________________________________________________________16. Qual o estado em que a ba<strong>na</strong><strong>na</strong> chega? ____________________________________________________________________________________________________________


41Roteiro <strong>pa</strong>ra obtenção <strong>de</strong> dados <strong>pa</strong>ra o TCCProdutor1. Nome do produtor? __________________________________________________2. Localização/en<strong>de</strong>reço? _______________________________________________3. Que varieda<strong>de</strong>s produz e qual predomi<strong>na</strong>? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________4. Tamanho da área ? __________________________________________________5. Forma <strong>de</strong> cultivo? (em consórcio)? ___________________________________________________________________________________________________________6. Qual a fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> do produto? _______________________________________________________________________________________________________________7. Para quem ven<strong>de</strong>? _________________________________________________________________________________________________________________________8. Qual o valor <strong>de</strong> venda? _______________________________________________9. Quantida<strong>de</strong> que ven<strong>de</strong> sema<strong>na</strong>lmente? ________________________________________________________________________________________________________10. Meio <strong>de</strong> transporte e forma <strong>de</strong> transportar? ___________________________________________________________________________________________________11. Como realiza o manejo da colheita e pós-colheita? ______________________________________________________________________________________________12. Qual a princi<strong>pa</strong>l limitação <strong>na</strong> comercialização? _______________________________________________________________________________________________13. Aproveita as ba<strong>na</strong><strong>na</strong>s amassadas? ___________________________________________________________________________________________________________

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!