Documento (.pdf) - Biblioteca Digital - Universidade do Porto
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116<br />
Fr. António-José de Almeida, O.P.<br />
1. santas no deserto:<br />
Já anteriormente se falou nesta revista das duas santas mulheres que se<br />
tornaram o símbolo <strong>do</strong> eremitismo – Santa Maria Madalena e Santa Maria<br />
Egipcíaca 41 . Aqui trancreverei somente o texto <strong>do</strong> Flos Sanctorum de 1513<br />
(FSlp.Lis.1513) 42 a respeito de cada uma delas, acompanha<strong>do</strong> de alguns poucos<br />
comentários em ordem à secção dedicada à ilustração das suas legendas, que é o<br />
objecto principal <strong>do</strong> presente artigo.<br />
1.1. Santa Maria Egipcíaca (*ca.344 - †421) 43<br />
1.1.1. O texto:<br />
Maria era uma meretriz de Alexandria, que se converte à porta da Basílica <strong>do</strong><br />
Santo Sepulcro em Jerusalém e vai para o deserto realizar a penitência <strong>do</strong>s seus<br />
maus hábitos. O texto de Fra Iacopo da Varazze O.P. (*ca.1228 - †1298) é uma<br />
versão muito abreviada da vida da Santa escrita por S. Sofrónio I de Jerusalém<br />
(*ca.550/60 - †638) 44 .<br />
(1.) [O abade Zózimo encontra Maria no deserto] 45<br />
«[f. 56 d] [S]Anta maria de egypto que era dita molher muy peca<strong>do</strong>ra viueo<br />
em o deserto quorẽta & seis ãnos & hũ abade que chamauã zozimas<br />
41 María Isabel BARBEITO CARNEIRO, Mujeres eremitas y penitentes. Realidad y ficción, in Via spiritus<br />
9 (2002) 185-215. esp. «II) Las <strong>do</strong>s mujeres símbolo del eremitismo», 191-199: «II.1. María Magdalena»,<br />
191-196; «II. 2. María Egipciaca», 197-199 – . Ver<br />
também: Ana Maria [e Silva] MACHADO, A representação <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> na hagiografia medieval: heranças<br />
de uma espiritualidade eremítica, Coimbra: [s.n.], 2006 [<strong>Documento</strong> electrónico] (Tese de <strong>do</strong>utoramento em<br />
Línguas e Literaturas Modernas, especialidade Literatura Portuguesa, Faculdade de Letras da <strong>Universidade</strong><br />
de Coimbra), 2006, Cap. V – As Vidas de Santas penitentes e o diálogo da luxúria: Mª Egipcíaca, 547-<br />
562 (protagoniza o tipo da prostituta-penitente, 547) e Mª Madalena, 562-583; Carlos Alberto VEGA, El<br />
transformismo religioso. La abnegación sexual de la mujer en la España medieval, Madrid, Pliegos, © 2008,<br />
D.L. 2009 (ISBN 978-84-96045-62-0), esp. 24 (est.2: «Santa María Magdalena»), 51(est.3: «Santa María<br />
Egipciaca»), 182-200: «Las Santas velludas: la dialéctica entre narrativa e iconografía».<br />
42 Salvo no caso <strong>do</strong> terceiro texto, em que faltam as primeiras páginas este exemplar, pelo que as reconstruo,<br />
transcreven<strong>do</strong> o texto em castelhano que figura na Ls.Bur.1499.<br />
43 Sobre esta Santa ver: Ana Maria e Silva MACHADO, Tradição, movência e exemplaridade na vida de<br />
Santa Maria Egipcíaca: subsídios para o estu<strong>do</strong> da hagiografia medieval portuguesa Coimbra, [s.n.],<br />
1988 [Texto policopia<strong>do</strong>] (Tese de mestra<strong>do</strong> em Literatura Portuguesa, apresentada à Faculdade de Letras<br />
da <strong>Universidade</strong> de Coimbra), esp. 102-137; Cristina Maria Matias SOBRAL, Santa Maria Egipcíaca em<br />
Alcobaça: edição crítica das versões medievais portuguesas da lenda de Maria Egipcíaca, Lisboa, [Colibri],<br />
1991 (Tese de mestra<strong>do</strong> em Literatura Portuguesa, apresentada ao Departamento de Literaturas Românicas,<br />
da Faculdade de Letras da <strong>Universidade</strong> de Lisboa).<br />
44 Ver o texto completo, li<strong>do</strong>, no Rito Bizantino, durante o ofício <strong>do</strong> Grande Cânon de Santo André de Creta,<br />
na quinta-feira da quarta semana da Grande Quaresma. – , ou . (traduções em francês).<br />
45 Divisão e títulos de Félix Juan CABASÉS, S.J., na edição de: B. IACOPO da VARRAZZE, O.P., Leyenda<br />
de los Santos (que vulgarmente Flos Santorum llaman). Os títulos foram traduzi<strong>do</strong>s por mim.