FOLHA DE JACARANDÁ - ANO XX - N.20 - 2016
Jornal elaborado por uma comissão formada por membros da escola, mães e pais voluntários. Publicado bimestralmente, tem distribuição interna e gratuita.
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Dos acasos surgem os melhores<br />
programas<br />
A Alexandra e seu filho Martim sempre preferiram voltar<br />
andando da Jacarandá para casa, e ao longo dessas caminhadas<br />
encontravam outros pais e por que não pararmos todos para<br />
um coco no caminho? O encontro casual transformou-se em<br />
tradição, já que toda sexta feira é dia de happy hour* na Praça<br />
do Coco!<br />
Martin, Guillermo e Tiemi têm cadeira cativa no evento e<br />
sempre convidam os amigos e a professora para se juntar a<br />
eles. Depois da aula, crianças e pais se encontram na Jacarandá<br />
e vão todos juntos para o happy hour. A diversão começa no<br />
caminho: as crianças que a tudo observam, a paradinha para o<br />
lanche e a expectativa de chegar ao ponto de encontro.<br />
Na Praça do Coco, a diversão continua, com direito a<br />
brincadeiras, jogos, pega-pega e tudo mais que a imaginação<br />
permitir. Certa vez, as crianças encontraram uma gatinha na<br />
NA FESTA DAS MÃES,<br />
TODOS IRMÃOS<br />
No dia 14 de maio, tivemos a festa das mães na Jacarandá.<br />
A comemoração acompanhou o eixo do semestre, dedicado à<br />
América Latina. Tivemos salas dedicadas aos vários tipos de milho,<br />
à lã das ovelhas e lhamas, aos vulcões e piñatas, a roupas, fotos e<br />
relatos de diversos países.<br />
Em dia de festa, a escola toda se colore. O empenho e<br />
a energia na preparação da decoração são verdadeiramente<br />
comoventes.<br />
Para nós, pais, é legal que a escola seja festeira, porque<br />
festa é uma festa! Mas nem sempre fica claro que as comemorações<br />
têm também um caráter formativo e pedagógico, não apenas ligado<br />
ao conhecimento, mas como ferramenta de aprendizado para a<br />
comunidade, tema desta edição da Folha de Jacarandá.<br />
Estar em grupo significa conviver em sala de aula, mas<br />
também nos eventos, o que pressupõe investimento de todos:<br />
dos que decoram a escola, dos que imaginam as brincadeiras ou<br />
músicas e interações, dos que deixam seus afazeres de lado para<br />
estar em comunidade. Por incrível que pareça, a festa também é<br />
Praça e brincaram com ela – lembrança que até hoje todos<br />
compartilham.<br />
Quanto aos pais… nada melhor que ver os filhos felizes,<br />
não é? Eles combinam tudo pelo grupo da “Turma do Coco” no<br />
WhatsApp e, quando alguém tem um imprevisto, sem problema!<br />
Basta avisar a Suelen quem da turma ficará responsável por<br />
levar o filho até a Praça. Assim, os problemas podem ser<br />
resolvidos com calma enquanto o filho está sendo cuidado e se<br />
diverte com os amigos.<br />
Como tudo que é bom sempre pode melhorar, toda sexta<br />
tem água de coco, no verão sempre tem picolé e, às vezes, até<br />
uma esticadinha na casa de um amigo que mora perto, para<br />
brincar mais um pouco.<br />
* Happy hour, segundo o Martin, “é o nome de quando todos os amigos se encontram”. Ele<br />
está absolutamente certo!<br />
uma prática a ser desenvolvida e apropriada, para virar patrimônio<br />
de todo mundo.<br />
No G1, nós, pais, vamos às festas pedindo licença e ficando<br />
meio espremidos num cantinho. Mesmo porque os filhos precisam<br />
intensamente de “marcação homem a homem” e ninguém conhece<br />
ninguém. Lá pelo G3, começamos a rezar para os filhos largarem<br />
um pouquinho a barra da saia e a gente aproveitar a festa e bater<br />
papo com os outros (normalmente, sobre eles). No G4, a festa inclui<br />
a família toda: ficamos quase tão ansiosos quanto as crianças para<br />
estar lá. Colocamos trancinhas juninas, pintamos bigode, botamos<br />
sombreiro. Já no G5, a gente vira dono da festa também: contribui<br />
de algum jeito, chega como se fosse da casa, dando oi pra todo<br />
mundo com aquela liberdade de quem é do lugar. E, na formatura<br />
das crianças, isso fica ainda mais claro: são os pais que decidem<br />
a festa toda! Um percurso de apropriação, de pertencimento e de<br />
aprendizado das crianças e dos pais em relação à comunidade<br />
escolar.<br />
As festas cumprem um papel importante de educação para<br />
a comunidade, para o viver junto, para a troca de experiências, para<br />
o “tornar-se disponível”, e isso também faz parte da educação – das<br />
crianças e da nossa.<br />
Então, até a próxima festa! A junina já está aí...<br />
Tatiana Cymbalista<br />
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