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Revista Dr Plinio 191

Fevereiro 2014

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soas, mas recebemos também contrafações, falsos modelos.<br />

E a realidade de nossa situação seria como a de<br />

um homem a quem se tivesse ensinado a teoria da arte,<br />

mas meio falsificada, de maneira que ele percebesse haver<br />

muito de verdadeiro ali, mas algo lhe causasse estranheza.<br />

E isso fosse ilustrado por museus de arte moderna,<br />

com a arte falsificada. Ele, naturalmente, sairia desses<br />

museus com contraimagens, contrafiguras ajustadas a<br />

uma doutrina meio falsificada. Compreendemos assim a<br />

dificuldade desse cérebro gerar a ideia do que é uma verdadeira<br />

obra de arte.<br />

E é isso que sucede conosco porque, devido à Revolução,<br />

temos a mente literalmente povoada, até nos últimos<br />

pormenores, de ideias, impressões e clichês falsos.<br />

E uma obra de saneamento interno, para a aquisição<br />

da plena fidelidade, supõe que a Providência mande homens<br />

que fiel e adequadamente simbolizem aquilo que<br />

ensinam. Quer dizer, eles devem ensinar o que verdadeiramente<br />

a Igreja ensina, e simbolizar aquilo que Ela ensina.<br />

Como é que eles simbolizam?<br />

É aquele que inteiramente, no ponto monárquico de<br />

sua alma, disse sim à Igreja. Mas, o que quer dizer aqui<br />

“inteiramente”?<br />

Primeiro Mandamento: amor entusiástico<br />

A formulação existente no Antigo Testamento para o<br />

primeiro Mandamento é perfeita: “Amarás o Senhor teu<br />

Deus com todo o teu coração, com toda tua alma e com<br />

todas as tuas forças” 1 , quer dizer é um amor entusiástico,<br />

que exprime o amor inteiro.<br />

Então, o católico está constituído segundo a “arquitetura”<br />

harmônica que Deus lhe concedeu e sobre a qual<br />

incide clara, luminosa, a luz de Cristo, a luz da Igreja.<br />

E, incidindo aí, propaga-se por toda a mentalidade da<br />

pessoa, à maneira de algo que vivifica e amolda todo o<br />

seu ser. E não é só isso, porque a graça envolve, circunda<br />

a alma em mil aspectos, mil circunstâncias da vida, mil<br />

ocasiões.<br />

A mentalidade de um católico<br />

Antes de tudo pela mentalidade. Em que<br />

sentido da palavra? O mais adequado dos<br />

símbolos de Deus é o homem, evidentemente.<br />

E quando alguém se refere ao homem,<br />

fala de sua mentalidade porque é o mais nobre,<br />

o por onde ele é homem inteiramente,<br />

porque ele tem uma mente. Então esta mente,<br />

configurada como manda a Igreja, como<br />

quer Deus, é o melhor símbolo do Criador.<br />

Assim, era preciso que a Doutrina Católica<br />

fosse ilustrada com essas mentes à maneira<br />

de Deus, quer dizer, à maneira da Igreja.<br />

Alguém poderia me dizer: “Mas, há aí um<br />

círculo vicioso, porque estar ilustrado com<br />

um exemplo concreto à maneira de Deus e<br />

da Igreja é ter a doutrina de Deus e da Igreja.<br />

De maneira que voltamos à questão, basta<br />

ter a doutrina.”<br />

Respondo: Sem a doutrina, nada feito.<br />

Mas não se pode dizer que simplesmente<br />

com ela tudo esteja feito. Já expliquei e ilustrei,<br />

não preciso mais insistir.<br />

Como é que conhecemos a mente de um<br />

homem?<br />

Um homem, que é membro da Igreja,<br />

não personifica a Igreja inteira nem ele é a<br />

Igreja em abstrato. O que é um homem católico?<br />

Moisés recebe as tábuas da Lei - Catedral de Tortosa, Espanha<br />

Amadalvarez<br />

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