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Revista Dr Plinio 191

Fevereiro 2014

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Perspectiva pliniana da história<br />

Johann Jaritz<br />

Da esquerda para a dire<br />

Áustria; Cláustro da Abadi<br />

de Admont, Áustria; Aba<br />

do incursões de inimigos da Igreja, de cátaros, albigenses,<br />

ela chegou a uma espécie de era de ouro, e, portanto,<br />

eles podem praticar a virtude sem a luta, eles são os reitores<br />

do banquete da putrefação.<br />

Acho que isso ocorre frequentemente, porque não é<br />

ensinado o que se deve fazer.<br />

E aqui surge o inesperado mais esperado: como podemos<br />

imaginar o Reino de Maria?<br />

É bom método tomarmos as esperanças, os anelos<br />

que Nossa Senhora nos deu, inclusive com o que havia<br />

de mais infantil, e perguntar de que forma esta luz pode<br />

acender-se na ponta do pavio da mortificação, da penitência<br />

e do arrependimento. Aí nós vemos a possibilidade<br />

do Reino de Maria.<br />

Mas é na feeria da graça misturada, entretanto, com<br />

os suaves fulgores da penitência, da tristeza, do Miserere<br />

mei, da coisa que doeu e que se pagou. É do contato<br />

de duas pedras, a graça da contrição e a da inocência as<br />

quais se juntam, que nós formamos uma ogiva perfeita.<br />

O que resta em nós de inocência, e o que devemos inovar<br />

como contrição forma uma ogiva perfeita, que nos dá o<br />

estilo do Reino de Maria.<br />

Será uma ogiva? Não sei. Será uma coisa que, quando<br />

nós formos como devemos ser, começaremos a culturalizar<br />

nessa direção.<br />

Uma sutil fuga da penitência<br />

O estilo beneditino primitivo era a contrição da sociedade<br />

que tinha sido pagã, havia se putrefeito depois das<br />

catacumbas e não tinha correspondido bem à graça do<br />

eremismo.<br />

Dessa sociedade nasceu uma outra coisa que é a graça<br />

beneditina. Em certo momento, os claustros beneditinos<br />

deixaram de ser elementos de penitência. Ficou<br />

o elemento pureza, o elemento luta, mas não basta ser<br />

mosteiro-fortaleza. É preciso a penitência: “Peccavi, e<br />

eu vou me flagelar a mim mesmo, com as minhas próprias<br />

mãos, porque pequei.” Desta noção, que é indispensável,<br />

eu tenho impressão de que a Ordem beneditina,<br />

em certo momento, começou a escapar.<br />

Creio, não sei se é verdade, ter sido a Alemanha o<br />

país que mais contribuiu para desnaturar nesse sentido<br />

a Ordem beneditina. Aqueles mosteiros beneditinos<br />

na neve, lugares totalmente inóspitos, oferecendo uma<br />

proteção soberba para o corpo, para que este ali procurasse,<br />

sem preocupação, praticar a virtude e a cultura…<br />

Começam a aparecer os pães pretos magníficos,<br />

as cervejas, feitos no claustro. É mais perigoso do que a<br />

sutileza francesa, porque se tornou tão parecido com a<br />

virtude que era preciso amar muito a virtude para não<br />

se cair na contrafação.<br />

Nesse sentido, o claustro alemão me dá um certo receio.<br />

Terá sido assim? A bela Itália como trabalhou nisso?<br />

Que lavorou nisso, lavorou...<br />

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