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Revista Dr Plinio 23

Fevereiro de 2000

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“Digitus Dei est hic”<br />

Editorial<br />

Odedo de Deus está aqui, escreveu D. Bertrand<br />

Laurence, Bispo de Tarbes (sudoeste<br />

da França), na Carta Pastoral em que<br />

reconhecia o caráter sobrenatural dos extraordinários<br />

acontecimentos ocorridos na pequena localidade<br />

de Lourdes. A partir de fevereiro de 1858,<br />

numa gruta nas proximidades deste lugar, uma<br />

bela e majestosa Senhora aparecera algumas vezes<br />

a uma simples e virtuosa adolescente, Bernadette,<br />

declarando ser a Imaculada Conceição. Era o ponto<br />

de partida para uma duradoura série de milagres<br />

portentosos, visando a “restaurar o mundo em<br />

Cristo, por uma nova e incomparável efusão da redenção”<br />

(Pio XII, Carta Encíclica sobre as Aparições<br />

da Santíssima Virgem em Lourdes).<br />

Até hoje, 142 anos depois, quando um visitante<br />

se dirige a Lourdes em espírito de peregrinação,<br />

sente na gruta rios de graças. “Tem-se a impressão<br />

de que Nossa Senhora se retirou há pouco, de que<br />

Bernadette está ainda viva em algum recanto da<br />

gruta, com uma mensagem extraordinária, um desígnio<br />

qualquer de Maria Santíssima para o futuro”,<br />

diz João Clá Dias, que ali esteve não faz muito<br />

tempo. “Pressente-se uma abundância de bênçãos,<br />

concedidas de modo ininterrupto, com vistas a erguer<br />

um povo, a levantar e manter uma civilização<br />

enquanto modelo do mundo inteiro. Lourdes, muito<br />

mais do que atender a todos aqueles fiéis que<br />

por lá passam, parece feita para realizar uma missão<br />

especial. Não sei o que será. Talvez algo relacionado<br />

com o Reino de Maria, profetizado por<br />

São Luís Grignion de Montfort. Tem-se a impressão<br />

de que aquela fonte ultrapassará os séculos, e<br />

suas águas produzirão milagres maiores do que os<br />

operados até hoje. Há qualquer coisa de uma promessa,<br />

de um vigor, de uma generosidade marial<br />

que sobrepuja toda e qualquer expectativa”.<br />

Nestes nossos dias tão conturbados pela violência,<br />

o despudor e a impiedade, a ocorrência de espetaculares<br />

milagres físicos e, sobretudo, espirituais<br />

em Lourdes nos diz que a Providência continua<br />

a velar amorosamente por sua Igreja e por todos<br />

nós. Convida-nos também a discernir a crescente<br />

ação do “dedo de Deus” no mundo, quer dizer, de<br />

sua graça preparando os corações para a hora da<br />

grande conversão. Muitos são os sinais nos quais é<br />

possível entrever essa ação, a começar pelo surto<br />

de religiosidade que vem percorrendo a terra. Surto<br />

no qual a Mãe de Deus tem papel central, como<br />

intercessora para a obtenção das misericórdias divinas,<br />

conforme tem lembrado o Papa João Paulo II:<br />

“Maria anima a Igreja e os fiéis a cumprir sempre a<br />

vontade do Pai, manifestada em Cristo. As palavras<br />

dirigidas aos serventes, no milagre de Caná, ressoam<br />

em cada geração: Fazei o que Ele vos disser”<br />

(Audiência Geral, 13/1/2000).<br />

Para nos tornar partícipes de suas graças, Nosso<br />

Senhor nos pede algo: confiança no auxílio divino e<br />

resignação nos sofrimentos os quais, para nosso<br />

bem, Ele nos enviar. Que vençamos as crises de desânimo<br />

tão comuns em nossa época e recuperemos<br />

a alegria da virtude. Mesmo nos momentos de dor,<br />

angústia e apreensões, se atendermos à voz de<br />

Cristo, ela murmurará em nossas almas palavras de<br />

doçura e de paz, como nos assegura <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> na<br />

“Gesta de um varão católico”. E, como ele também<br />

mostra ao longo das páginas da presente edição,<br />

esta é “a grande lição de Lourdes”.<br />

DECLARAÇÃO: Conformando-nos com os decretos do Sumo Pontífice Urbano VIII, de 13 de março de 1625<br />

e de 5 de junho de 1631, declaramos não querer antecipar o juízo da Santa Igreja no emprego de palavras<br />

ou na apreciação dos fatos edificantes publicados nesta revista.Em nossa intenção, os títulos elogiosos não<br />

têm outro sentido senão o ordinário, e em tudo nos submetemos, com filial amor, às decisões da Santa Igreja.<br />

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