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Jornal Cocamar Novembro 2015

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26 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong> | <strong>Novembro</strong> <strong>2015</strong><br />

SOLO<br />

Nível de sedimentos nos<br />

rios volta a níveis críticos<br />

Problema é ainda<br />

mais grave na região<br />

noroeste do estado<br />

RETROCESSO DESCUIDAR DAS CURVAS DE<br />

NÍVEL ABRE CAMINHO PARA A EROSÃO. PARA<br />

ESPECIALISTA, SITUAÇÃO É PREOCUPANTE.<br />

POR CLEBER FRANÇA<br />

Em alguns municípios<br />

como Cambé,<br />

no norte do estado,<br />

produtores estão<br />

sendo reunidos pela promotoria<br />

ambiental para discutir<br />

a conservação do solo. Num<br />

primeiro momento, o objetivo<br />

é a conscientização; posteriormente,<br />

aqueles que<br />

não se adequarem, poderão<br />

ser autuados.<br />

O momento é de alerta<br />

para a agricultura paranaense.<br />

Estudos revelam que<br />

a quantidade de sedimentos<br />

encontrados nos rios, principalmente<br />

nas regiões norte,<br />

noroeste e oeste é bem semelhante<br />

aos valores coletados<br />

antes da implementação<br />

das microbacias na década<br />

de 1980. “Naquela época os<br />

números eram alarmantes<br />

e, infelizmente, em algumas<br />

regiões o panorama se repete.<br />

Isso revela a falta de<br />

curvas de nível”, explicou o<br />

doutor em geociências e professor<br />

da Universidade Estadual<br />

de Maringá (UEM),<br />

Hélio Silveira, que realiza<br />

pesquisas sobre o solo paranaense<br />

há mais de 20 anos.<br />

NOROESTE - Segundo Silveira,<br />

na região noroeste o<br />

problema é ainda mais grave,<br />

uma vez que a temperatura<br />

em média maior na<br />

comparação com o restante<br />

do Paraná, faz com a cobertura<br />

do solo se degrade com<br />

mais rapidez. “Nos últimos<br />

anos muitos agricultores<br />

compraram equipamentos<br />

maiores e, por uma questão<br />

de comodidade, acabaram<br />

eliminando as curvas de nível<br />

e os próprios terraços.<br />

Por conta disso, o volume de<br />

sedimentos levado para os<br />

afluentes aumentou drasticamente”,<br />

citou. “O noroeste<br />

paranaense também<br />

tem uma in-

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