MEMO Fórmula 1 2017

ARTIGO TÉCNICO
Aerodinâmica
F1
Qual a grande diferença entre carros com bicos
baixos, rentes ao solo, e os com bicos altos?
Muito simples: a passagem do ar.
Pode parecer simples, mas o objetivo final é
apenas fazer com que a camada de ar que passa por
cima do carro seja mais veloz que a camada de ar que
passa por baixo do veículo.
Isso é obtido obrigando o ar por baixo da carro percorrer
um caminho mais longo entre o bico e o extrator de ar lá
atrás. O ar por baixo “demora” mais para sair do carro.
Essa diferença de velocidade entre as duas
camadas de ar em contato com a carroceria gera pressão
e empurra o carro contra o solo. Essa diferença é
acentuada ainda mais pelo extrator, que expande o ar
que está em baixo do veículo e assim reduz muito sua
velocidade em relação ao ar em cima dessa peça.
Felipe Massa nos mostra como é o fundo de um F1 atual.
Por força do regulamento, o fundo do carro tem
que ser em níveis: no fundo do chassis, tem aparafusada
uma prancha de 10mm, e as laterais devem estar 50mm
mais altas que o fundo do chassis sem a prancha.
Tudo tem que ser plano, sem saliências ou cavidades até
a altura do eixo traseiro, quando então a altura pode
variar. É nessa área que vai montado o extrator, um
túnel que visa expandir o ar que passa sob o carro.
Aqui dá para ver um pouco da complexidade da
passagem do ar por baixo do carro. Os engenheiros procuram
que o ar passe conforme eles pensaram, mas Isso raramente acontece...
No gráfico à direita, o vermelho indica velocidade mais alta do ar em contato com
o carro, as azul as velocidades mais baixas – e o trabalho do extrator em reduzir essa
velocidade. O ar em cima do carro passando mais velozmente, empurra o carro contra o solo.
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