11.05.2017 Views

Revista Penha | maio 2017

O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.

O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França.
Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

MOBILIDADE<br />

<strong>Penha</strong><br />

<strong>Penha</strong> de França<br />

<strong>Revista</strong> Mensal<br />

Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />

jf-penhafranca.pt<br />

f Freguesia<strong>Penha</strong>DeFranca<br />

nr. 15<br />

mai ‘ 17


JARDIM<br />

IGREJA<br />

ficha técnica<br />

CORREIOS<br />

Propriedade<br />

Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />

Directora<br />

Sofia Oliveira Dias<br />

ESCOLA<br />

Coordenadora<br />

Teresa Oliveira<br />

CENTRO DE SAÚDE<br />

Design e Grafismo<br />

WL Partners<br />

Fotografia<br />

André Roma<br />

Colaboração<br />

Cometa Mágico<br />

Impressão<br />

Sogapal<br />

PENHA DE FRANÇA<br />

Tiragem<br />

23.500 exemplares<br />

Distribuição Gratuita<br />

Depósito Legal 408969/16


editorial<br />

A importância social<br />

da mobilidade<br />

Numa Freguesia como a nossa, do Rio<br />

à Colina, é fácil perceber a importância<br />

da mobilidade, da capacidade de<br />

nos podermos deslocar a pé, de carro<br />

ou de transporte público no interior<br />

ou para fora do território da <strong>Penha</strong>.<br />

Infelizmente, por vezes, a saúde ou a<br />

idade – ou mesmo a distância – não<br />

nos permitem ter a capacidade de ir<br />

a pé ter com os amigos, ao mercado<br />

ou à farmácia, visitar um familiar que<br />

mora mais longe ou levar os netos<br />

às escolas. E surgem situações de<br />

isolamento e solidão que, em meio<br />

urbano, rodeados por uma multidão,<br />

são preocupantes.<br />

Nos últimos anos muitos cidadãos<br />

viram dificultado o seu acesso aos<br />

transportes públicos – o meio de<br />

transporte básico que deve estar<br />

sempre ao serviço de todos. Felizmente,<br />

a passagem da gestão da Carris<br />

para a Câmara Municipal de Lisboa já<br />

significou que desde 1 de Fevereiro de<br />

<strong>2017</strong> o passe Navegante Urbano 3ª.<br />

Idade passasse a ter um desconto de<br />

60% em relação à tarifa anterior.<br />

Além das alterações introduzidas nos<br />

passes sociais, com o reforço da rede<br />

de carreiras e a melhoria dos veículos<br />

de transporte estão a ser dados passos<br />

para recuperar o tempo perdido.<br />

Depois de tanto tempo, não é possível<br />

que o serviço melhore de um momento<br />

para o outro. Mas, pelo menos, as pessoas<br />

já estão onde sempre deveriam<br />

estar: no centro das preocupações do<br />

serviço público de transportes.<br />

Uma nota em relação à mobilidade:<br />

não quero deixar de recordar que temos<br />

disponível o Transporte Solidário<br />

da Junta de Freguesia, acessível a<br />

todos o que dele necessitem, com prioridade<br />

para pessoas em isolamento<br />

e com falta de mobilidade e recursos<br />

económicos.<br />

Nesta revista pode ainda ler uma<br />

entrevista do Presidente da Câmara de<br />

Lisboa, Fernando Medina. Entre outros<br />

assuntos, Fernando Medina revela<br />

que a EMEL está a chegar à <strong>Penha</strong> de<br />

França, e com ela, a organização do<br />

estacionamento que nos permitirá ter<br />

mais lugares para quem aqui reside,<br />

nomeadamente porque há zonas da<br />

freguesia muito pressionadas pelos<br />

residentes em zonas limítrofes onde o<br />

parqueamento já é taxado.<br />

Mudando a agulha para espaços de<br />

lazer, tenho a felicidade de mostrar<br />

nesta revista o novo parque infantil da<br />

Praça Paiva Couceiro, há tanto tempo<br />

aguardado, e que nas poucas semanas<br />

desde que está pronto já foi mais que<br />

Sofia Oliveira Dias<br />

Presidente da Junta de Freguesia<br />

da <strong>Penha</strong> de França<br />

sofia.dias@jf-penhafranca.pt<br />

testado e aprovado pelas crianças da<br />

<strong>Penha</strong>. Este é novo, mas não esquecemos<br />

os restantes parques infantis da<br />

freguesia, que foram alvo de remodelação.<br />

É assim que humanizamos o espaço<br />

urbano.<br />

É assim que criamos melhores condições<br />

de vida. Para os ritmos individuais<br />

ou para o convívio em comunidade.<br />

Juntos, fazemos a <strong>Penha</strong> melhor.<br />

1


Em dezembro iniciou-se o programa<br />

<strong>Penha</strong> Empreende, que visa promover<br />

o empreendedorismo startup, intraempreendedorismo<br />

e empreendedorismo<br />

social na freguesia. O objetivo principal<br />

do <strong>Penha</strong> Empreende passa pela estimulação<br />

da economia local, a criação de<br />

emprego e a modernização das empresas<br />

existentes.<br />

Para atingir este objetivo, a Junta de<br />

Freguesia criou um gabinete de apoio ao<br />

empreendedor onde este poderá esclarecer<br />

todas as dúvidas quanto à sua ideia<br />

de negócio e a abordagem a adotar para<br />

ser bem-sucedido, sendo-lhe dado apoio<br />

desde a ideia inicial até à sua concretização.<br />

Mas também formação, parcerias locais<br />

e programas de estimulo à inovação<br />

e criatividade junto da população.<br />

<strong>Penha</strong> Empreende ajuda<br />

vários negócios. Também<br />

pode ajudar o seu<br />

2


Mas afinal o que significam estes<br />

conceitos?<br />

‘Empreendedorismo startup’ é a<br />

criação de um novo negócio ou organização.<br />

Vem da palavra inglesa<br />

‘start’, que significa ‘início’;<br />

Intraempreendedorismo quer dizer<br />

novas ideias, produtos ou processos<br />

para melhorar negócios ou<br />

organizações já existentes;<br />

Empreendedorismo Social é, como<br />

o nome indica, a área do empreendedorismo<br />

que surge para dar<br />

resposta a problemas sociais.<br />

O <strong>Penha</strong> Empreende tem vindo a reunir-se<br />

com diversas entidades e investidores –<br />

públicos e privados – com o objetivo de<br />

melhorar, divulgar e criar valor para os<br />

empreendedores residentes na <strong>Penha</strong> de<br />

França.<br />

Mas também foram contactadas várias<br />

entidades bancárias de modo a estabelecer<br />

um acordo de cooperação que permita aos<br />

nossos empreendedores recorrer a programas<br />

de financiamento para financiar a sua<br />

ideia ou negócio já existente. Deste modo,<br />

a Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França e<br />

o Millennium BCP assinaram um Acordo de<br />

Cooperação pelo Empreendedorismo (ver<br />

caixa).<br />

Desde uma marca de roupa divertida para<br />

crianças que pretende crescer e vestir<br />

meninas e meninos com padrões vivos e<br />

alegres, a uma Associação com vontade de<br />

ajudar emigrantes que chegam ao nosso<br />

país sem qualquer apoio, o que dificulta a<br />

sua integração. De brinquedos didáticos<br />

criados para os que gostam da criatividade,<br />

mas também de construir algo, a um<br />

projeto inovador na área da restauração de<br />

um empreendedor que viveu muitos anos<br />

fora do país. Ou o gestor que já tem uma<br />

consultora que presta serviços na área da<br />

gestão, mas que necessita de atualizar a<br />

sua oferta de serviços para chegar mais<br />

perto dos seus clientes através do mundo<br />

digital. E não só…<br />

Desde que começou, o <strong>Penha</strong> Empreende<br />

realizou dezenas de atendimentos, muitos<br />

dos quais continua a acompanhar regularmente.<br />

Os empreendedores que nos<br />

procuram têm recorrido, essencialmente, a<br />

consultoria na área do empreendedorismo,<br />

apresentação a possíveis investidores, elaboração<br />

de plano de negócios e ajuda no<br />

preenchimento de candidaturas a financiamentos<br />

e concursos de empreendedorismo<br />

como, por exemplo, o Acredita Portugal ou<br />

Portugal 2020.<br />

O <strong>Penha</strong> Empreende funciona às 3.ªs<br />

feiras, das 9h às 13h, e às 5.ªs feiras, das<br />

14h às 18h, no Polo Morais Soares. Marque<br />

o seu agendamento no Polo, pelo telefone<br />

218 163 290 ou pelo mail<br />

penhaempreende@jf-penhafranca.pt<br />

A Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de<br />

França e o Millennium BCP assinaram<br />

um Acordo de Cooperação pelo<br />

Empreendedorismo para estabelecer<br />

princípios de cooperação mútua com<br />

vista à identificação, apoio e desenvolvimento<br />

de projetos de criação de<br />

microempresas e autoemprego.<br />

Com o objetivo de estimular o empreendedorismo,<br />

o acordo prevê que as<br />

duas entidades:<br />

1. Procurarão sensibilizar para este<br />

tema organizando, em conjunto, ações<br />

de formação junto de potenciais<br />

promotores de projetos de criação de<br />

microempresas e autoemprego;<br />

2. Prestarão apoio técnico à formalização<br />

das candidaturas ao financiamento;<br />

3. Farão acompanhamento das mesmas<br />

na fase de lançamento e consolidação<br />

das iniciativas.<br />

Atualmente o Millennium BCP dispõe<br />

de uma linha de microcrédito com<br />

montante máximo do crédito a<br />

conceder por empreendedor no valor<br />

de 25.000 Euros e mínimo de 1.000<br />

Euros. Para mais informações contate<br />

o programa <strong>Penha</strong> Empreende.<br />

O <strong>Penha</strong> Empreende já está a apoiar ideias<br />

de negócios das mais variadas áreas, em<br />

diversos estágios de desenvolvimento.<br />

O <strong>Penha</strong> Empreende espera por si!<br />

3


entrevista<br />

“A Câmara tem estado<br />

empenhada em encontrar<br />

soluções para o estacionamento<br />

dos moradores”<br />

Fernando Medina<br />

Presidente da Câmara de Lisboa<br />

A <strong>Penha</strong> de França é uma freguesia com subidas<br />

muito acentuadas, parte da população com mais<br />

de 65 anos e sem metropolitano. Com a passagem<br />

da gestão da Carris para a CML que novidades<br />

podemos esperar?<br />

A nossa prioridade é simples. Queremos ter mais pessoas<br />

a andar de transporte público na cidade, para termos<br />

uma cidade ambientalmente mais sustentável e onde seja<br />

possível circular de forma segura e rápida. O que aconteceu<br />

nos últimos anos foi precisamente o contrário. O aumento<br />

dos transportes, e a degradação do serviço que viu a Carris<br />

passar de 42 milhões de quilómetros de viagens para 29<br />

milhões, levou à perda de 100 milhões de passageiros nos<br />

transportes de Lisboa entre 2011 e 2015.<br />

A primeira medida para reverter o estado em que se encontra<br />

a Carris, e que já está a ser aplicada desde o dia em que<br />

a Câmara assumiu a propriedade da Carris, a 1 de fevereiro,<br />

foi a descida de 40% do preço dos passes para os mais idosos<br />

e a gratuitidade para todas as crianças até aos 12 anos.<br />

O próximo passo é a contratação de 220 novos motoristas<br />

e a aquisição de 250 novos autocarros - concurso público<br />

para termos os novos autocarros deverá ser lançado nas<br />

próximas semanas.<br />

Quando é que começaremos a sentir melhorias<br />

no serviço?<br />

A degradação do serviço existente nos últimos anos<br />

teve pesadas consequências na vida das pessoas e na<br />

mobilidade na cidade. É por isso que é tão importante a<br />

aquisição de 250 novos autocarros, nos próximos 3 anos,<br />

e a contratação de mais 220 motoristas. Vamos lançar<br />

o concurso público para adquirir os autocarros nas<br />

próximas semanas. Com a renovação da frota vamos ter<br />

autocarros mais confortáveis, menos poluentes e, acima<br />

de tudo, vamos poder cumprir os horários. Teremos<br />

também wifi gratuito em todos os autocarros e elétricos<br />

ainda em <strong>2017</strong>.<br />

Não vai ser de um dia para o outro, dado o estado em<br />

que se encontra a empresa depois do desinvestimento<br />

dos últimos anos, mas esperar minutos e minutos pelo<br />

autocarro vai passar a ser uma imagem do passado.<br />

4


Os cidadãos queixam-se que os autocarros que<br />

fazem a ligação ao metro não são suficientes,<br />

nem chegam a toda a freguesia. Esta ligação<br />

vai ser reforçada?<br />

Uma das principais apostas do plano estratégico da CML<br />

para a Carris é a nova Rede de Bairros. Foi pensada e desenhada<br />

para facilitar as pequenas deslocações e a mobilidade<br />

e vida dentro do bairro, passando sempre pelos<br />

mercados, centros de saúde, farmácias, escolas de cada<br />

bairro e principais eixos de transporte, como é o caso<br />

das estações do metro. A <strong>Penha</strong> de França vai ter uma<br />

destas 24 novas carreiras, mal tenhamos os autocarros e<br />

motoristas necessários para essa expansão, reforçando<br />

a ligação ao Metro e melhorando as deslocações dentro<br />

da freguesia.<br />

A chegada da EMEL à Freguesia da <strong>Penha</strong> de França vai<br />

acontecer por fases:<br />

> A primeira fase consiste na sinalização horizontal, o<br />

que basicamente significa a pintura das marcas brancas<br />

que limitam o espaço de estacionamento destinado a<br />

cada veículo. Esta pintura ajá teve início em algumas<br />

artérias da Freguesia. Só depois serão instalados os<br />

parquímetros.<br />

> Mal esteja finalizado o processo de sinalização e<br />

parquímetros - o que será feito gradualmente - os<br />

residentes serão informados do início da atividade da<br />

EMEL na Freguesia através de um folheto colocado na<br />

respetiva caixa de correio.<br />

> Para futuramente solicitar um dístico, para residentes,<br />

os documentos necessários são:<br />

• Cartão do Cidadão (é necessário o PIN do<br />

cartão) ou Carta de Condução<br />

• Certificado de Matricula ou Titulo de Registo de<br />

Propriedade do veículo.<br />

O pedido poderá ser feito no site da EMEL www.emel.pt<br />

ou nas lojas da EMEL do Campo Grande e da Loja do<br />

Cidadão das Laranjeiras.<br />

O ministro do Ambiente anunciou recentemente<br />

no Parlamento que a estação de Arroios<br />

encerra a 19 de julho, por um prazo previsto<br />

de dois anos. Durantes estes dois anos, de<br />

onde será feita a ligação Metro – <strong>Penha</strong> de<br />

França?<br />

Mais informações, nomeadamente para cidadãos<br />

estrangeiros e empresas, podem ser recolhidas no site<br />

da EMEL.<br />

A Carris está neste momento, em conjunto com o Metro,<br />

a estudar soluções que minimizem o transtorno causado<br />

por estas obras (absolutamente necessárias) para os<br />

moradores da freguesia.<br />

Um dos grandes problemas desta Freguesia é<br />

a falta de estacionamento. Há datas seguras<br />

para a chegada da EMEL à <strong>Penha</strong> de França?<br />

A EMEL, neste momento, tem tudo pronto para fazer o<br />

parqueamento na <strong>Penha</strong> de França, faltando apenas a<br />

aprovação nos órgãos da Câmara. Os estudos estão realizados<br />

e os equipamentos prontos para ser instalados. A<br />

<strong>Penha</strong> de França será uma das próximas zonas a receber<br />

5


a EMEL e a ver o estacionamento ordenado pela EMEL,<br />

protegendo os moradores do estacionamento abusivo<br />

de quem vem de fora.<br />

Que zonas são prioritárias?<br />

A zona poente da freguesia, isto é: começará gradualmente<br />

nas zonas limítrofes já tarifadas pela EMEL.<br />

Por outro lado, perante a solicitação da Junta de Freguesia<br />

da <strong>Penha</strong> de França, os residentes da <strong>Penha</strong> que<br />

vivem em zonas contíguas a áreas tarifadas pela EMEL<br />

já podem pedir o seu dístico de estacionamento.<br />

A CML considera que os lugares disponibilizados<br />

com a chegada da EMEL serão suficientes?<br />

Haverá necessidade de construir parques<br />

de estacionamento adicionais? Em caso<br />

afirmativo, onde?<br />

O nosso objetivo não é construir parques de estacionamento<br />

no centro da cidade, mas aumentar o número<br />

de lugares à entrada da cidade. Temos neste momento<br />

4000 lugares a ser concessionados ou construídos,<br />

centenas dos quais em fase de conclusão, à entrada<br />

de Lisboa. Todos os dias entram quase 400 mil carros<br />

em Lisboa, não há forma de melhorar o estacionamento<br />

sem diminuir este número e sem ter uma oferta<br />

de transportes acessível e de qualidade. Posto isto, a<br />

Câmara e a EMEL têm estado empenhadas em encontrar<br />

soluções para o estacionamento dos moradores.<br />

Esperamos, muito em breve, ter negociados 55 lugares<br />

junto ao Caracol da <strong>Penha</strong> e continuamos empenhados<br />

em encontrar soluções que garantam lugar para os residentes.<br />

Espero poder dar (boas) notícias em breve.<br />

6


Mercearia Social<br />

Ajude-nos a ajudar<br />

Apadrinhada pela conhecida atriz<br />

Sílvia Rizzo e pelo empresário<br />

Marco Galinha, jurado do programa<br />

SharkTank Portugal, está prestes a<br />

nascer a Mercearia Social da <strong>Penha</strong><br />

de França.<br />

Esta Mercearia, que ficará instalada<br />

no Bairro Quinta do Lavrado, tem<br />

um duplo objetivo. Por um lado,<br />

o de permitir que moradores do<br />

bairro com mobilidade condicionada<br />

– como seniores e pessoas com<br />

desafios motores – tenham acesso<br />

a produtos essenciais, face à inexistência<br />

de comércio local. Por outro,<br />

apoiar famílias da <strong>Penha</strong> de França<br />

em situação de desvantagem social,<br />

de dentro e de fora da Quinta do<br />

Lavrado, possibilitando-lhes o direito<br />

à escolha destes produtos numa<br />

perspetiva condigna e integradora.<br />

Mas o apoio não se fica pela cedência<br />

de bens e serviços essenciais,<br />

<strong>maio</strong>ritariamente bens alimentares,<br />

produtos de higiene e limpeza. O<br />

projeto da Mercearia Social vai ainda<br />

promover o fortalecimento da economia<br />

familiar e doméstica, proporcionando<br />

ferramentas em áreas como<br />

a gestão do orçamento familiar e<br />

aproveitamento de ‘desperdícios’,<br />

trabalhando para que os clientes<br />

possam tomar decisões de<br />

consumo mais informadas.<br />

O projeto contará ainda com um<br />

espaço de lavandaria que pretende<br />

colmatar situações urgentes,<br />

facilitando o acesso a cuidados de<br />

higiene.<br />

Para que a Mercearia Social seja um<br />

sucesso, é vital o apoio empenhado<br />

dos cidadãos e empresas da <strong>Penha</strong><br />

de França, e não só. Neste momento<br />

já é necessário que nos ajude<br />

a ajudar com o seu contributo de<br />

produtos alimentares não perecíveis,<br />

como arroz, massa, enlatados, leite,<br />

azeite, açúcar, bolachas, farinha,<br />

mas também produtos de higiene,<br />

produtos de limpeza, materiais<br />

didáticos e brinquedos. Os produtos<br />

podem ser entregues nas secretarias<br />

da Junta de Freguesia.<br />

Dentro em pouco será igualmente<br />

criada uma rede local de comerciantes<br />

da Freguesia onde os cidadãos<br />

poderão deixar semanalmente, ou<br />

mensalmente, a sua contribuição em<br />

géneros para a Mercearia. Estão ainda<br />

a ser realizados protocolos junto<br />

de grandes empresas de confeção e<br />

distribuição alimentar.<br />

Falta explicar que haverá critérios<br />

definidos para a atribuição do apoio,<br />

aplicados a pessoas acompanhadas<br />

pelos vários serviços sociais. Depois,<br />

cada indivíduo ou família terá<br />

mensalmente direito a produtos em<br />

quantidade e qualidade adequada<br />

– podendo ainda ser contempladas<br />

situações de emergência pontual.<br />

A Mercearia Social é um projeto BIPZIP – Bairros<br />

e Zonas de Intervenção Prioritária de Lisboa, da<br />

Câmara Municipal de Lisboa, de que a Junta de<br />

Freguesia da <strong>Penha</strong> de França e Associação Sócio<br />

Cultural, Recriativa de Melhoramentos da <strong>Penha</strong> de<br />

França ‘Os Fidalgos da <strong>Penha</strong>’ a são as entidades<br />

promotoras. Os parceiros do projeto são o Centro<br />

Social Paroquial S. Joao Evangelista, o Lar Virgílio<br />

Lopes, o Instituto de Emprego e Formação Profissional,<br />

a Santa Casa de Misericórdia de Lisboa, o<br />

Fórum Dança e o Frame 408.<br />

7


mercado<br />

Rua da <strong>Penha</strong> de França, Mercado<br />

Telefone: 218 140 730<br />

mercado.sapadores@jf-penhafranca.pt<br />

Horário: 3.ª a sábado, das 07h às 14h<br />

A vida e as pessoas que<br />

fazem o Mercado de Sapadores<br />

O icónico Mercado de Sapadores já<br />

conheceu muitos altos e baixos ao longo<br />

da sua existência. Simultaneamente<br />

novo e velho, de fôlego em novo fôlego,<br />

recusa abrir mão de um lugar que<br />

conquistou no coração da cidade.<br />

A ORIGEM<br />

Situado no mesmo local onde outrora<br />

houve um núcleo habitacional que veio a<br />

ser demolido, o Mercado de Sapadores<br />

beneficia de uma localização central,<br />

embora precisamente na fronteira<br />

geográfica entre as freguesias da <strong>Penha</strong><br />

de França e de São Vicente.<br />

As suas origens como mercado<br />

remontam à utilização do espaço por<br />

vendedores ambulantes; para responder<br />

à sedentarização deste tipo de comércio,<br />

a Câmara Municipal de Lisboa dotou<br />

a estrutura de bancas temporárias e o<br />

espaço passou a ter um certo nível de<br />

organização.<br />

Com o passar dos anos, e devido a<br />

preocupações que se prendiam com as<br />

condições higio-sanitárias, o Município<br />

encetou a construção de um edifício<br />

apropriado, em 1991/92, através de um<br />

projeto do arquiteto Souza Oliveira. Até<br />

aos dias de hoje, esse edifício já mudou<br />

muito: em 2012 recebeu uma recuperação<br />

assinalável, com a instalação de novos<br />

equipamentos de frio.<br />

Já em 2014, com a reforma<br />

administrativa da cidade de Lisboa, a<br />

gestão do Mercado de Sapadores foi<br />

transferida para a Junta de Freguesia da<br />

<strong>Penha</strong> de França, que decidiu investir na<br />

manutenção corrente do espaço através<br />

de diversas intervenções.<br />

A ATUALIDADE<br />

Hoje, o Mercado possui 12 bancas, sendo<br />

oito de produtos hortofrutícolas e quatro<br />

de venda de peixe fresco. Destas, cinco<br />

bancas de hortofrutícolas estão ocupadas<br />

8


e duas bancas de peixe também, restando<br />

um total de cinco bancas desocupadas.<br />

A conservação destes produtos é feita<br />

através de duas câmaras de frio, uma<br />

para o pescado e outra para os produtos<br />

hortofrutícolas. A título de curiosidade,<br />

o sal adicionado ao gelo laminado nas<br />

bancas de pescado, que assegura a sua<br />

conservação, é fabricado diariamente<br />

pelo Mercado.<br />

Quanto às lojas exteriores, o equipamento<br />

conta com 14 lojas, que estão ocupadas<br />

por dez comerciantes.<br />

A estrutura é ainda servida por um parque<br />

de estacionamento com capacidade<br />

para 46 viaturas, parque que os clientes<br />

podem usar.<br />

AS PESSOAS<br />

Num conjunto de visitas ao Mercado<br />

de Sapadores, conversámos com as<br />

pessoas: comerciantes, clientes, taxistas.<br />

Só deixámos em paz os turistas…<br />

Começando pelas bancas, encontramos<br />

Alice Guerra a lavar e a escamar com<br />

mestria e desenvoltura. Conta-nos que<br />

anda nesta vida “vai para uns quarenta<br />

anos”. Viu o Mercado em todas as suas<br />

fases. “Ao princípio havia muita gente.<br />

Vinham aqui os restaurantes todos e<br />

muita gente de perto e de longe. Hoje<br />

em dia, nós é que vamos entregar aos<br />

restaurantes. Há muito trabalho invisível,<br />

em que o cliente não vem cá”.<br />

Na sua opinião, “as pessoas agora<br />

comem mais peixe”. O público concorda.<br />

“Ouvem dizer se calhar que a carne faz<br />

mal, ou ouvem nos nutricionistas, não<br />

sei”. Há dias melhores e há dias piores:<br />

“Nunca sabemos como vai ser. O pior<br />

é o sábado, porque há gente que sai,<br />

outros que gostam de descansar ao fim<br />

de semana”. Quanto ao público, vem<br />

“gente de todas as idades e de todos os<br />

escalões, agora até estrangeiros se vê<br />

aqui muito”. O que sai mais é a dourada, o<br />

robalo e o salmão. Toda a gente conhece,<br />

toda a gente gosta.<br />

Ali ao lado, José Alfredo escuta a<br />

conversa. Está há trinta e poucos<br />

anos atrás das hortaliças. Trabalhava<br />

ao balcão, mas “na altura ganhava-se<br />

pouco e vim para o mercado porque era<br />

um ramo em ascensão. Aluguei uma<br />

banca no mercado velho e aqui fiquei.<br />

Isto eram barracas que a Câmara tinha,<br />

meio ambulante. Estas condições são<br />

superiores, ninguém apanha chuva, o que<br />

havia era mais freguesia. Hoje há muita<br />

concorrência, mas a vantagem deste<br />

comércio é a qualidade, a frescura do<br />

que a gente vende. Quem<br />

compra, sabe que é bom.<br />

Tenho gente que compra<br />

na minha banca há trinta<br />

anos”.<br />

Descemos e paramos<br />

primeiro no café que<br />

Joaquina Moreira abriu<br />

há dois anos. A simpática<br />

senhora considera que o<br />

Mercado de Sapadores<br />

está melhor agora, “mas<br />

a verdade é que se não<br />

fossem os taxistas não sei se a minha<br />

resposta era igual”. É ali que as pessoas<br />

param para comer um bolinho, uma sopa,<br />

beber um café… “Gosto de brincar com<br />

o cliente, por isso isto é sempre uma<br />

animação. É um ponto de encontro, o<br />

meu café. Ali em frente, a paragem de<br />

autocarros também traz gente. Tive um<br />

café em Alfama durante 9 anos e digo-lhe<br />

com toda a verdade que gosto muito mais<br />

de estar aqui. Tem mais luz, é aberto, tem<br />

movimento”…<br />

Os três taxistas com quem falamos<br />

concordam. Falam-nos das mudanças<br />

na configuração da praça de táxis,<br />

dos problemas de estacionamento, da<br />

questão dos parquímetros, de como “esta<br />

zona até nem é nada má!”.<br />

Já temos uma panorâmica geral, mas<br />

fazemos mais duas paragens: José<br />

Araújo trabalha há cerca de seis anos na<br />

reparação de eletrodomésticos, televisões<br />

e afins. Conta-nos que “de dia para dia,<br />

vai estando pior”: “Está a cair por causa<br />

da própria natureza da tecnologia: vale<br />

mais comprar novo do que reparar o que<br />

se estraga”. Quanto ao Mercado, José<br />

considera que “já esteve melhor, depois<br />

piorou muito – chegaram a estar aqui só<br />

três lojas – e agora melhorou outra vez.<br />

Já não tem nenhum ar de abandono, o<br />

que é bom. O que noto é que nos Santos<br />

Populares há muito movimento à noite e<br />

ao fim do dia, no resto do ano não tanto.<br />

Faz falta essa animação, para chamar<br />

gente, para fixar o movimento turístico”.<br />

E Madalena Martins tem ali o cabeleireiro<br />

há 12 anos. Como já tinha clientes na<br />

zona, porque trabalhava “ali mais em<br />

baixo”, abriu o estabelecimento no<br />

Mercado, porque “havia mais passagem,<br />

mais movimento”. Desde que a gestão<br />

passou para a Junta, melhorou, opina<br />

Madalena. “Está com melhor aspeto.<br />

Sempre tive problemas de humidades,<br />

mas agora não me posso queixar”.<br />

E qual é a vantagem de ir ao Mercado?,<br />

perguntamos, como que pedindo o<br />

derradeiro argumento de defesa do<br />

comércio local. “É a confiança. Tenho<br />

clientes há muitos anos, mães e filhas<br />

sentam-se aqui, como as clientes que<br />

estou a atender agora mesmo. Há uma<br />

relação de confiança”. Tudo dito!<br />

9


fátima<br />

Um dia em Fátima:<br />

recolhimento e convívio<br />

A Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França organizou um passeio a Fátima no dia 1 de<br />

abril. Uma viagem para os seniores da nossa freguesia, pensado para proporcionar<br />

momentos de recolhimento no Santuário, quando se comemora o centenário das<br />

aparições. Mas sem também esquecer o importante convívio entre os participantes.<br />

A iniciativa foi um enorme sucesso, com cerca de 250 pessoas a participarem na<br />

excursão, que envolveu a utilização de cinco autocarros.<br />

O passeio teve início no Santuário de Fátima e depois, para retemperar forças e<br />

cimentar laços de amizade entre os participantes, houve um almoço convívio com<br />

direito a baile animado. Um dia especial para todos.<br />

10


11


parques infantis<br />

Paiva Couceiro tem um novo parque,<br />

e os restantes foram recuperados<br />

Os parques infantis são fundamentais para<br />

que as crianças possam ter momentos de<br />

lazer com total liberdade de movimentos,<br />

em segurança. Equipamentos ainda mais<br />

importantes nas grandes cidades, em<br />

que são poucos os lugares onde os mais<br />

novos podem andar à vontade, correndo,<br />

pulando e brincando uns com os outros sem<br />

preocupações com o trânsito automóvel.<br />

Foi a pensar nas crianças que a Junta de<br />

Freguesia da <strong>Penha</strong> de França promoveu a<br />

construção de um novo parque infantil, na<br />

Praça Paiva Couceiro. Um equipamento há<br />

muito esperado pela população e que está<br />

a cumprir amplamente as expectativas que<br />

levaram à sua construção: são poucas as<br />

horas do dia em que não está ocupado, com<br />

picos de utilização ao final da tarde e ao fim<br />

de semana.<br />

Também os restantes parques infantis da<br />

Freguesia estão a gozar uma nova vida.<br />

Foram todos recuperados para benefício<br />

físico e mental das crianças da <strong>Penha</strong> e, por<br />

consequência também, das suas famílias.<br />

O desejo da Junta de Freguesia é que estes<br />

parques sejam bem estimados pelos mais<br />

crescidos, para que possam proporcionar<br />

horas e horas e horas de diversão e alegria às<br />

nossas meninas e meninos.<br />

12


Praça Paiva Couceiro<br />

Praça Bulhão Pato<br />

Rua Cruzado Osberno<br />

Avenida General Roçadas<br />

13


parques infantis<br />

Avenida Mouzinho de Albuquerque<br />

Praça António Sardinha<br />

14


marchas<br />

As nossas marchas<br />

já ensaiam<br />

As marchas da nossa Freguesia já estão<br />

a ensaiar. Quer no Ginásio do Alto do<br />

Pinha, quer no Sporting Clube da <strong>Penha</strong> já<br />

começou a azáfama para decorar os passos,<br />

acertar os movimentos, afinar as vozes e<br />

os instrumentos, ou confecionar os fatos e<br />

adereços.<br />

É que falta menos de um mês para o desfile<br />

no Meo Arena - Marcha da <strong>Penha</strong> de França a<br />

3 de junho e a Marcha do Alto do Pina a 4 de<br />

junho - e para a grande exibição na noite de<br />

12 de junho na Avenida da Liberdade.<br />

Muito boa sorte para as marchas da<br />

Freguesia da <strong>Penha</strong> de França!<br />

15


a vida na comunidade<br />

Com apenas um ano de atividade, a Academia<br />

MDance já ultrapassou os 150 alunos, dos 3<br />

aos 80 anos de idade. Algo que nem Miguel<br />

Silva, criador da marca, professor de dança<br />

e diretor artístico, imaginava possível em tão<br />

pouco tempo.<br />

M Dance:<br />

dos 3 anos aos 80<br />

O projeto nasceu do inconformismo, paixão e<br />

dinamismo empreendedor deste bailarino profissional<br />

- um dos poucos jovens profissionais<br />

de dança em Portugal - que se quis instalar<br />

de malas e bagagens na Rua Sousa Viterbo,<br />

Bairro Lopes.<br />

Rua Sousa Viterbo, 17A<br />

91 884 98 58<br />

mdancemail@gmail.com<br />

A dança manifestou-se desde muito cedo: aos<br />

3 anos, Miguel já sabia que gostava de dançar;<br />

aos 6 já participava em campeonatos de<br />

danças de salão.<br />

Esta é a sua especialidade numa academia<br />

em que se ensina um pouco de tudo, com<br />

coreógrafos internacionais de renome: além<br />

das latino-americanas, há ballet clássico,<br />

contemporâneo, dança criativa, barra de chão<br />

e pilates, sapateado, hip hop, kizomba, dança<br />

jazz e workshops variados ao fim de semana.<br />

Todas estas disciplinas estão disponíveis para<br />

todos os níveis, sejam iniciados ou avançados,<br />

novos ou… menos novos, incluindo formato de<br />

competição para as danças de salão.<br />

“Os nossos melhores embaixadores são os<br />

nossos alunos, que ficam muito satisfeitos<br />

com o nosso trabalho. A nossa divulgação<br />

faz-se através do passar da palavra”, aponta<br />

o responsável. Sobretudo entre os mais<br />

novos, é frequente serem convidados a fazer<br />

demonstrações nas suas escolas do que<br />

aprendem na Academia.<br />

De resto, não falta qualidade na MDance:<br />

“Afirma-se em particular nas danças<br />

de salão, com vários pares no topo do<br />

ranking nacional”, nota, sendo Miguel<br />

Silva um desses representantes.<br />

Considera que há uma grande procura<br />

pelas danças latino-americanas, uma<br />

modalidade com grande desenvolvimento<br />

em Portugal. O que a MDance tem<br />

para oferecer, segundo o próprio, é “uma<br />

formação contínua e atual, integrada no<br />

contexto europeu de hoje”.<br />

E o que tem a dança para oferecer a<br />

quem a ela se entrega? “Na Escola temos<br />

múltiplos exemplos de alunos a quem<br />

as danças de salão ajudaram a melhorar<br />

a autoestima, a autoconfiança. O facto<br />

de terem de se produzir, de competir,<br />

de mostrar capacidades no meio de um<br />

grupo, com pessoas de outras idades,<br />

ajuda-os bastante. Também o facto de<br />

observarem pessoas noutros estádios de<br />

evolução, de outros contextos… temos<br />

designers, médicos, advogados, fotógrafos…<br />

Tudo isto dá uma grande motivação.<br />

E ainda a transformação do físico, o lado<br />

mais teatral, a criação de uma persona”.<br />

É por todas estas razões que vale a pena<br />

espreitar a MDance, uma Academia integrada<br />

na comunidade envolvente, onde<br />

encontrámos uma exposição de mobiliário<br />

restaurado de uma empresa vizinha.<br />

O diretor artístico explica a preferência:<br />

“Gosto de estar no meio das pessoas,<br />

não gosto de academias que fogem ao<br />

meio do bairro”.<br />

Todos os dias exceto domingo, das 17h<br />

às 23h, com um modelo inovador, uma<br />

formação completa e uma abordagem<br />

personalizada. Porque não experimentar?<br />

16


a vida na comunidade<br />

Sentámo-nos à conversa com Joseia Matos<br />

Mira, professora, escritora e poetisa. Natural<br />

de Baleizão (Beja), andou por longe… mas<br />

o destino trocou-lhe as voltas, e entre Nova<br />

Iorque e Montréal, fê-la aterrar na <strong>Penha</strong> de<br />

França.<br />

‘A escrita para mim<br />

é como respirar’<br />

Antes de mais, Joseia é pseudónimo literário<br />

que acabou por se tornar uma espécie de<br />

segundo nome próprio. Fora do âmbito formal,<br />

raramente a tratam pelo nome verdadeiro. De<br />

modo que também para nós, Joseia ficou.<br />

Licenciada em Filologia Românica na Faculdade<br />

de Letras de Lisboa, fez mestrado<br />

e doutoramento na Universidade McGill, em<br />

Montréal, no Canadá, onde lecionou Literatura<br />

Francesa. Também por cá deu aulas no ensino<br />

secundário e no universitário.<br />

Acaba de editar ‘Tantas Histórias!...’, um<br />

romance que nos traz a Baleizão de outrora e<br />

que dedicou em primeiro lugar à memória da<br />

mãe. “Acho que nasci para escrever. Percebi<br />

desde muito cedo que precisava de uma<br />

outra profissão, mas sempre quis escrever”,<br />

conta-nos alguém que aprendeu a ler ainda<br />

antes dos 5 anos e que com essa mesma<br />

idade escreveu o seu primeiro conto: ‘A galinha<br />

vaidosa’.<br />

Não seria o último; apesar de definir a sua<br />

escrita como o romance, escreveu também<br />

poesia e contos, confessando um fascínio<br />

logo desde a infância pelo incontornável Hans<br />

Christian Andersen.<br />

“A escrita para mim é como respirar. Quando<br />

estou algum tempo sem escrever – um mês,<br />

se tanto – começo a criar ideias, a ter sonhos<br />

estranhos, como se as personagens me<br />

quisessem visitar. Não tenho blocos de<br />

apontamentos, não faço nenhum plano.<br />

Só sei o título, ou o princípio da história,<br />

ou a personagem central. Depois tudo se<br />

desenvolve, ou então tudo se transforma<br />

e sai algo completamente diferente”.<br />

Como um processo natural, orgânico,<br />

quase biológico.<br />

Essa espontaneidade é avessa a uma<br />

rotina. Não escreve todos os dias, não se<br />

dedica a reescrever tudo do início, não se<br />

obriga a focar-se na escrita quando não<br />

lhe apetece. “Há quem diga que a escrita<br />

é 1% inspiração e 99% transpiração. Eu<br />

digo que esse 1% de inspiração é absolutamente<br />

fundamental. A arte do artesão<br />

na escrita não me convence se isso<br />

diminuir a alma, o que vem de dentro”.<br />

Porque o escritor também lê, adora aquilo<br />

a que chama a Literatura com ‘L’ grande<br />

– de momento, está a ler Eurípedes<br />

e ‘Le Père Goriot’, de Balzac, e considera<br />

que os portugueses têm “péssimos<br />

hábitos de leitura”. “O que as pessoas<br />

consomem hoje é literatura ‘light’, as<br />

historietas. E depois, dá mais trabalho<br />

imaginar as personagens de um livro<br />

que vê-las na televisão ou na internet.<br />

A iliteracia de hoje é tão complicada<br />

como o analfabetismo de antigamente”.<br />

Já o que tem o seu nome, não lê. “Para<br />

quê? Escrevo o livro num contexto<br />

próprio, a que corresponde a pessoa<br />

que eu era, o que eu sentia e pensava no<br />

momento”. Como um retrato!<br />

Alentejana de gema, Joseia Matos Mira<br />

sente que deixa uma obra com qualidade<br />

e uma homenagem ao seu Alentejo.<br />

“Não tenho pretensões de perdurar 500<br />

anos, nem mesmo 50. Escrevo o que<br />

eu quero, o que sinto necessidade de<br />

escrever, não sou escritora profissional”.<br />

Os episódios que povoam a sua<br />

memória, as cantilenas de infância, as<br />

inquietações que sentia, as lições que<br />

aprendeu, tudo isso surge vertido na sua<br />

obra, ao longo de 14 títulos editados.<br />

Tantas histórias são, afinal de contas, o<br />

seu legado.<br />

Joseia termina garantindo que a leitura<br />

nem sempre é prazer: “Por vezes pode<br />

ser dor. Tal como a escrita”. Aguardamos<br />

ansiosamente por mais!<br />

17


espaço público<br />

Lavagens de rua no mês<br />

de <strong>maio</strong> de <strong>2017</strong><br />

03 <strong>maio</strong><br />

4.ª feira<br />

Rua Castelo Branco Saraiva<br />

Torres Alto da Eira<br />

Rua Frei Manuel do Cenáculo<br />

04 <strong>maio</strong><br />

5.ª feira<br />

Rua Francisco Pedro Curado<br />

06 <strong>maio</strong><br />

Sábado<br />

Rua Morais Soares (da Praça Paiva<br />

Couceiro à Praça do Chile, dos dois<br />

lados)<br />

08, 09 e 10 <strong>maio</strong><br />

2.ª, 3.ª e 4.ª feira<br />

Rua Sabino de Sousa<br />

Rua António Luís Inácio<br />

Rua Luís Monteiro<br />

Rua Coronel Luna de Oliveira<br />

Rua Coronel Ferreira do Amaral<br />

11 e 12 <strong>maio</strong><br />

5.ª e 6.ª feira<br />

Avenida Eduardo Galhardo<br />

Rua Themudo Barata<br />

15 e 16 <strong>maio</strong><br />

2.ª e 3.ª feira<br />

Avenida Mouzinho de Albuquerque<br />

(da Praça Paiva Couceiro até à Rotunda<br />

do Tratado de Lisboa)<br />

Praça Aires de Ornelas<br />

Praça João Azevedo Coutinho<br />

17 e 18 <strong>maio</strong><br />

4.ª e 5.ª feira<br />

Rua Barrilaro Ruas<br />

Caminho Alto Varejão<br />

Avenida Mouzinho de Albuquerque<br />

(da Rotunda do Tratado de Lisboa até<br />

ao n.º 109 da Cooperativa)<br />

19 <strong>maio</strong><br />

6.ª feira<br />

Rua Morais Soares (da Parada Alto de<br />

São João à Praça Paiva Couceiro, dos<br />

dois lados)<br />

20 <strong>maio</strong><br />

Sábado<br />

Rua Morais Soares (da Praça Paiva<br />

Couceiro à Praça do Chile, dos dois<br />

lados)<br />

22 e 23 <strong>maio</strong><br />

2.ª e 3.ª feira<br />

Parada do Alto de São João<br />

Rua Joseph Piel<br />

24 e 25 <strong>maio</strong><br />

4.ª e 5.ª feira<br />

Rua Lopes<br />

Rua David Lopes (parte)<br />

Rua Adolfo Coelho (parte)<br />

26 e 27 <strong>maio</strong><br />

6.ª e Sábado<br />

Rua Sousa Viterbo<br />

Rua Braamcamp Freire<br />

Rua David Lopes (parte)<br />

Rua Adolfo Coelho (parte)<br />

29 <strong>maio</strong><br />

2.ª feira<br />

Av. Afonso III (da Parada do Alto São<br />

João até à Calçada das Lajes, do lado<br />

dos prédios)<br />

30 e 31 <strong>maio</strong><br />

3.ª e 4.ª feira<br />

Calçada Cruz da Pedra<br />

Rua Nelson de Barros<br />

Rua José Sobral Cid<br />

Rua da Madre de Deus<br />

* Sujeito a ajustamentos.<br />

As ruas com menor movimento de peões são lavadas mês sim, mês não.<br />

Av. General Roçadas não incluída devido às obras em curso.<br />

18


visita<br />

Azulejo no dia dos<br />

Monumentos<br />

Inserido no programa ‘Todos os meses um museu’ foi o<br />

azulejo que nos contou a história e o folclore da nossa<br />

Freguesia no Dia Internacional dos Monumentos e<br />

Sítios. O roteiro de uma visita guiada os dois grupos da<br />

<strong>Penha</strong> ao Museu do Azulejo, ao Convento de Chelas e à<br />

Igreja da Nossa Senhora da <strong>Penha</strong> de França.<br />

O ‘Todos os meses um museu’ já foi ao MUDE no<br />

Convento da Trindade, à exposição ‘José de Almada<br />

Negreiros: Uma maneira de ser moderno’, ao Museu<br />

Nacional de Arte Contemporânea do Chiado. Em junho,<br />

será a vez do Museu da Marinha - inscreva-se no Espaço<br />

Multiusos.<br />

19


SABIA QUE:<br />

Paio Peres Correia,<br />

um herói do séc. XIII<br />

A 10 minutos a pé do Convento de Santos-o-Novo está a Rua<br />

Paio Peres Correia. Uma proximidade que faz sentido já que<br />

este convento estava ligado à Ordem de Santiago, de quem Paio<br />

Peres foi Grão-Mestre.<br />

Paio Peres Correia nasceu em<br />

Portugal. Supõe-se que em 1205<br />

e em Fralães, Barcelos. Em muito<br />

novo professou a Ordem de<br />

Santiago, uma ordem religiosomilitar<br />

que tinha como principal<br />

objetivo a reconquista do território<br />

peninsular aos mouros. A Ordem<br />

fora fundada por D. Fernando II de<br />

Leão, em 1170, tendo chegado a<br />

Portugal poucos anos depois para<br />

auxiliar os monarcas portugueses<br />

na Reconquista.<br />

Paio Peres Correia foi um estratega<br />

e militar brilhante, de acordo com<br />

os relatos que hoje são conhecidos,<br />

tendo servido reis de Portugal e de<br />

Castela e Leão. A primeira mostra<br />

do seu percurso de sucesso está<br />

em Portugal, onde em 1235 já era o comendador de Alcácer do<br />

Sal, à altura a sede portuguesa da Ordem.<br />

Daqui, no reino de D. Sancho II, conquista várias terras do<br />

Alentejo e Algarve, com principal destaque para Beja, Mértola,<br />

Cacela, Tavira e Silves. Note-se que todas estas conquistas<br />

implicavam a atribuição de terras à Ordem, o que aumentava a<br />

sua riqueza e poderio.<br />

Por esta altura, é escolhido para Grão-Mestre da importante<br />

Ordem de Santiago, o que transforma num dos mais poderosos<br />

homens da Península. Ocupará o posto durante 33 anos, até à<br />

sua morte em 1275.<br />

Os seus feitos passam depois para a atual Espanha, onde<br />

com Fernando III de Leão e Castela participa na campanha<br />

para a reconquista de Sevilha, onde tem um papel crucial.<br />

Conta a lenda que quando a 22 de dezembro de 1248<br />

as tropas cristãs entram em Sevilha, Paio Peres Correia<br />

encabeça o desfile empunhando o estandarte da Ordem de<br />

Santiago.<br />

Volta então a Portugal, onde no ano seguinte usa o seu<br />

engenho e experiência para ajudar Afonso III a reconquistar<br />

Faro – o que lhe permite, depois, intitular-se rei de Portugal<br />

e dos Algarves. E volta a partir, para<br />

auxiliar as campanhas de Afonso X<br />

de Leão e Castela.<br />

Em Espanha, a fama de D. Paio Peres<br />

Correia, chamado Pelay Correa, ainda<br />

não esmoreceu. Aliás é neste país<br />

que lhe atribuem dois milagres: o de,<br />

por interceção de Nossa Senhora,<br />

ter conseguido que o Sol parasse<br />

para acabar uma batalha e o de ter<br />

enterrado a sua espada na terra dela<br />

tendo jorrado uma fonte que saciou<br />

a sede de todo o exército (o lago a<br />

que se atribui esta lenda chama-se<br />

‘Fuente del Rey’ e está localizado nos<br />

arredores de Sevilha).<br />

Terminamos com a referência que<br />

dele faz Camões, no Canto VIII dos<br />

Lusíadas:<br />

“Olha um Mestre que dece de Castela, / Português de nação,<br />

como conquista / A terra dos Algarves, e já nela / Não acha<br />

que por armas lhe resista. / Com manha, esforço e com<br />

benigna estrela, / Vilas, castelos, toma à escala vista. /<br />

Vês Tavila tomada aos moradores, / Em vingança dos sete<br />

caçadores?<br />

Vês, com bélica astúcia ao Mouro ganha / Silves, que ele<br />

ganhou com força ingente: / É Dom Paio Correia, cuja manha<br />

/ E grande esforço faz enveja à gente”<br />

20


evENTOS<br />

Laço Azul nas escolas<br />

As crianças das quatro escolas públicas<br />

de Ensino Básico da <strong>Penha</strong> de França assinalaram<br />

o mês de Prevenção de Maus<br />

Tratos na Infância fazendo Laços Azuis<br />

humanos nos seus estabelecimentos de<br />

ensino. Uma forma de alertar os mais pequenos<br />

para esta questão tão importante.<br />

Tradição em Santos-o-Novo<br />

Tempo de Páscoa é a altura para se realizar<br />

a tradicional procissão anual da Irmandade<br />

dos Passos do Mosteiro de Santos-<br />

-o-Novo da Ordem Militar de São Tiago e<br />

Espada, fundada no início do séc. XVIII.<br />

Nesta histórica procissão que percorre os<br />

sete passos dentro do claustro do convento<br />

participou Sofia Oliveira Dias, presidente<br />

da Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França.<br />

E se fosses Presidente da Junta<br />

por um dia?<br />

Se tens entre 15 e 25 anos apresenta a<br />

tua crónica, conto ou banda desenhada<br />

no Concurso Literário Presidente por um<br />

Dia. Escolhe um pseudónimo, que nós<br />

damos-te o tema: ‘Como seria a minha<br />

freguesia ideal?’ Tens até dia 31 de julho<br />

para apresentar o teu trabalho. Consulta o<br />

regulamento do concurso em www.jf-penhafranca.pt<br />

A importância de uma<br />

alimentação saudável<br />

Saúde e boa alimentação são dois aliados.<br />

Para chamar a atenção para a necessidade<br />

de não esquecer as frutas e os legumes,<br />

a Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />

e a Associação 5 ao Dia promoveram visitas<br />

das crianças das escolas básicas e<br />

seniores da Freguesia ao MARL, Mercado<br />

Abastecedor da Região de Lisboa. Durante<br />

o passeio conheceram este importante<br />

mercado e ouviram dicas sobre uma alimentação<br />

mais saudável. Não esqueça:<br />

é importante comer pelo menos 5 frutas e<br />

legumes por dia<br />

Subbuteo na <strong>Penha</strong> de França<br />

Em colaboração com Associação Portuguesa<br />

de Subbuteo e o Clube Desportivo<br />

de Olivais e Moscavide, a 8 de abril realizou-se<br />

um competitivo torneio desta modalidade<br />

na <strong>Penha</strong> de França. Os nossos<br />

parabéns aos vencedores e a todos os<br />

participantes!<br />

25 de Abril na Paiva Couceiro<br />

As Comemorações do 25 de Abril da Zona<br />

Oriental de Lisboa voltaram a encher a<br />

Praça Paiva Couceiro. Foram vários os<br />

artistas que subiram a palco, numa comemoração<br />

que este ano esteve a cargo da<br />

Voz do Operário.<br />

Teatro Solidário<br />

Uma casa cheia de animados jovens espectadores<br />

descobriu o Segredo da Floresta,<br />

no dia 18 de abril. Com esta peça descobriram<br />

que o lixo não é para deitar para<br />

o chão - nem na floresta nem noutro lado<br />

qualquer. Foi também um grande momento<br />

de ajuda da Mercearia Social da <strong>Penha</strong>.<br />

Obrigado a todos os nossos excelentes<br />

espectadores e artistas.<br />

21


Em memória de<br />

Riço Calado<br />

A 12 de abril de <strong>2017</strong>, a Junta de<br />

Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />

aprovou por unanimidade o<br />

seguinte voto de pesar pela morte<br />

do deputado constituinte António<br />

Riço Calado.<br />

Nascido em Elvas em 1936, António<br />

Riço Calado, residente na Freguesia<br />

da <strong>Penha</strong> de França e com uma<br />

vida dedicada à política e à ajuda às<br />

pessoas com deficiência, morreu no<br />

passado dia 8 de abril.<br />

O seu ativismo político começou<br />

cedo, tendo passado pela prisão<br />

durante a ditadura. Um militar conhecido<br />

do seu pai conseguiu que a<br />

estada na cadeia fosse curta, tendo<br />

fugido para França, país que acolheu<br />

muitos críticos do regime de Oliveira<br />

Salazar. Em 1974, quando chegou a<br />

Revolução, António Riço Calado inscreve-se<br />

no PS. Foi candidato a deputad<br />

o nas primeiras eleições livres<br />

realizadas em Portugal, a 25 de abril<br />

de 1975, de onde saíram os homens<br />

e as mulheres que tomaram assento<br />

na Assembleia Constituinte.<br />

Não fez parte do grupo que inicialmente<br />

tomou posse, mas menos de<br />

dois meses depois foi substituir um<br />

camarada. Ali esteve até à aprovação<br />

da Constituição da República, a 2 de<br />

abril de 1976, e passou por momentos<br />

marcantes como o cerco à Assembleia,<br />

a 13 de novembro de 1975,<br />

quando operários da construção civil<br />

impediram a saída dos deputados<br />

durante dois dias.<br />

A 25 de abril de 1976 foi eleito para<br />

outro Parlamento histórico: a primeira<br />

Assembleia Legislativa. Permaneceu<br />

como deputado até às eleições<br />

intercalares de 1979.<br />

A participação de Riço Calado na<br />

História de Portugal não se ficou por<br />

aqui. Foi o primeiro presidente da Câmara<br />

de Loures eleito em democracia,<br />

onde esteve entre 1977 e 1980,<br />

quando o Município mudou de mãos.<br />

Lidou, nesses tempos, com a difícil<br />

situação dos retornados das antigas<br />

colónias. Casos dramáticos que nunca<br />

deixaram de o emocionar.<br />

Agora, na hora da sua morte, aquela<br />

autarquia homenageou-o com dois<br />

dias de luto municipal.<br />

Formado em Engenharia Técnica<br />

Agrária, em 1980 entrou no Ministério<br />

da Agricultura. Mais tarde dedicou-se<br />

às pessoas com deficiências,<br />

dirigindo o Centro de Reabilitação<br />

Profissional de Alcoitão, que procura<br />

dar respostas e qualificações profissionais<br />

a estes cidadãos. Esteve<br />

também ligado à Associação dos<br />

Cegos e Amblíopes e foi Presidente<br />

da Associação para a Integração de<br />

Pessoas com Necessidades Especiais<br />

(AIPNE).<br />

No ano passado, António Riço Calado<br />

e os antigos constituintes foram<br />

homenageados numa sessão realizada<br />

a 14 de abril, tendo recebido o<br />

título de deputados honorários das<br />

mãos do Presidente da Assembleia<br />

da República, Ferro Rodrigues.<br />

Era pai de sete filhos.<br />

Pelo exposto, a Junta de Freguesia,<br />

reunida a 12 de abril de <strong>2017</strong>, propõe<br />

que a Assembleia de Freguesia da<br />

<strong>Penha</strong> de França, na sua sessão ordinária<br />

de 28 de abril de <strong>2017</strong>, delibere<br />

o seguinte:<br />

1 – Apresentar à família de António<br />

Riço Calado e amigos as mais<br />

sentidas condolências;<br />

2 – Observar um minuto de silêncio,<br />

em sua devida homenagem.<br />

<strong>Penha</strong> de França, 12 de abril de <strong>2017</strong><br />

A Presidente,<br />

Sofia Oliveira Dias<br />

22


assembleia de freguesia<br />

A piscina que não abre<br />

Assembleia<br />

de Freguesia<br />

celebra o 25 de<br />

Abril<br />

Na sua 6.ª Sessão Extraordinária,<br />

realizada no dia 17 de abril, a<br />

Assembleia de Freguesia da<br />

<strong>Penha</strong> de França assinalou o 43.º<br />

aniversário deste dia marcante da<br />

história de Portugal.<br />

Todas as bancadas fizeram as<br />

suas intervenções sobre a ocasião.<br />

Foram ainda lidos poemas por<br />

vários convidados e cantada a<br />

música 'Grândola, Vila Morena', de<br />

Zeca Afonso, que foi transmitida na<br />

madrugada de 25 de Abril de 1974<br />

e se tornou um dos símbolos da<br />

Revolução.<br />

A Piscina Municipal da <strong>Penha</strong> de França<br />

fechou no final de 2010 para a realização de<br />

obras de requalificação.<br />

Passado 6 anos e meio, o que podia ser um<br />

equipamento público de grande utilidade<br />

para a população da freguesia e arredores,<br />

para realização de actividades físicas para<br />

toda a gente mesmo com necessidades específicas,<br />

(grávidas, crianças, idosos), teima<br />

em não reabrir.<br />

A Piscina da <strong>Penha</strong> de França está agora<br />

envolta numa novela de atribuição de culpas<br />

entre a Câmara Municipal (CML), a Junta de<br />

Freguesia e a entidade a quem foi concessionada<br />

a gestão do espaço, Associação<br />

Estrelas de São João de Brito.<br />

A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia<br />

demitiram-se das suas responsabilidades e<br />

enveredaram pela entrega da recuperação<br />

deste equipamento público a um privado.<br />

Na altura, foi dito em Assembleia de Freguesia<br />

pela Presidente da Junta, que o motivo<br />

para esta cedência seria a falta de dinheiro<br />

da CML.<br />

Depois de todo este tempo passado, as<br />

obras pagas com o dinheiro da CML, várias<br />

centenas de milhares de euros do nosso<br />

bolso, afinal estão mal feitas de raiz e têm<br />

de ser repetidas, e nem se sabe bem quando<br />

arrancam nem quanto custarão.<br />

atribuição da piscina, por considerar que só a<br />

CML e a Junta tinham condições para garantir<br />

o serviço público, nomeadamente, garantindo<br />

a qualidade das obras e garantindo o<br />

pleno acesso deste equipamento a todos e a<br />

todas. Os privados, por muito boas intenções<br />

que tenham, movem-se com outras prioridades,<br />

e o interesse público acaba sempre por<br />

ficar refém da margem de lucro.<br />

Será que a CML e a Junta continuam a achar<br />

que os privados são mais eficientes a gerir<br />

equipamentos públicos?<br />

Depois de tudo o que se passou, de todo<br />

este tempo, de tanta irresponsabilidade, não<br />

se compreende que tudo fique na mesma e<br />

por isso o Bloco de Esquerda viu aprovada<br />

em Assembleia Municipal uma proposta<br />

para a criação de uma equipa técnica da<br />

CML e Junta para garantir a correcta requalificação<br />

do equipamento bem como rescisão<br />

do contrato existente com a invocação de<br />

justa causa.<br />

Este equipamento público tem de voltar para<br />

as mãos dos seus donos, os cidadãos de<br />

Lisboa.<br />

Uma coisa é certa, as piscinas continuam<br />

fechadas. Outra coisa é certa, será novamente<br />

com o dinheiro público que as novas obras<br />

serão realizadas.<br />

Tanto a nível da Assembleia de Freguesia,<br />

quer a nível da Assembleia Municipal o Bloco<br />

de Esquerda sempre considerou errado esta<br />

Hugo Evangelista<br />

Bloco de Esquerda<br />

penhadefrancabe@gmail.com<br />

23


Novo posto de atendimento da Junta<br />

CURTAS<br />

A Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França conta<br />

agora com um novo posto de atendimento no Espaço<br />

Multiusos, aumentando para três os locais<br />

onde pode contactar a Junta.<br />

Está localizado na Avenida Coronel Eduardo<br />

Galhardo (sob o viaduto da Avenida General<br />

Roçadas).<br />

Propostas recorde no POP<br />

Um número de propostas recorde foi<br />

apresentado nesta edição do POP <strong>Penha</strong>.<br />

Foram 125 - mais 24 do que em 2016 - as<br />

ideias apresentadas por cidadãos que<br />

vivem, trabalham, estudam ou exercem<br />

funções cívicas na freguesia. Findo o<br />

prazo para a apresentação de propostas,<br />

agora é o tempo de estas serem<br />

analisadas tecnicamente. Anunciaremos<br />

em breve o início do período de votações.<br />

Parabéns à <strong>Penha</strong> de França!<br />

Exposição no Multiusos<br />

Inaugura no dia 17 de <strong>maio</strong> uma<br />

exposição de Expressão Plástica<br />

(crianças da CAF Vítor Palla), Tapetes<br />

de Arraiolos e Cerâmica. Não perca, no<br />

Espaço Multiusos, onde poderá ainda ficar<br />

a par das ofertas desportivas e culturais<br />

que este espaço tem para oferecer.<br />

Vem divertir-te no nosso bairro!<br />

O Diverte-te no Bairro já passou pela ioga<br />

do riso, escrita criativa e judo. De 15 em<br />

15 dias há diversão! A próxima será com<br />

jogos tradicionais, dia 20 na Quinta de<br />

Sto António, uma tarde de jogos, a 3 de<br />

junho no mesmo lugar, e hiphop na Paiva<br />

Couceiro, a 17 de junho. Informações pelo<br />

tlf 218 160 720<br />

Telefone: 218 100 390<br />

E-mail: multiusos@jf-penhafranca.pt<br />

Horário: Entre as 10h00 e as 18h00.<br />

65.º aniversário dos Escuteiros<br />

Os Escuteiros da <strong>Penha</strong> de França –<br />

CNE42, festejaram o seu 65.º aniversário<br />

este sábado com um jantar e uma noite<br />

de fados! Longa vida aos escuteiros da<br />

<strong>Penha</strong><br />

Férias CAF nas AAAF/CAF<br />

120 crianças participaram nas férias de<br />

Páscoa das AAAF/CAF. Houve uma visita<br />

ao Badoka Park, trabalhos realizados<br />

no âmbito do Programa Entre Ajuda,<br />

manhãs desportivas, origami, pintura de<br />

sacos de pano, ciência divertida, gincana<br />

à procura dos ovos da Páscoa, cinema,<br />

jogos musicais… uma animação! Entre 22<br />

de <strong>maio</strong> e 9 junho, pode inscrever os seus<br />

educandos para as férias de junho e julho.<br />

Varejense já tem 78 anos<br />

O 78.º aniversário do Clube Futebol<br />

Varejense foi celebrado com mais uma<br />

exibição do espetáculo de sucesso Big<br />

Show Varejense. Uma instituição bem<br />

enraizada na freguesia a quem a Junta<br />

deseja muitas felicidades<br />

Ajuda ao preenchimento do IRS<br />

Até ao final do mês pode receber ajuda<br />

para o preenchimento do seu IRS. O<br />

serviço é gratuito e está disponível no<br />

Espaço Multiusos, no Polo Morais Soares<br />

e na sede, às 3ª e 5ª feiras, das 14h às<br />

17h, sem necessidade de marcação.<br />

Ainda em <strong>maio</strong>, não perca: dia 20,<br />

Tai-Chi e Zumba, Alameda D.<br />

Afonso Henriques; dia 27, concerto<br />

Casa Pia, Praça Paiva Couceiro; dia<br />

28, Caminhada Solidária para a<br />

Mercearia Social.<br />

Mais informações brevemente disponíveis<br />

no site, Facebook e vitrines da Junta de<br />

Freguesia.<br />

24


CHEGOU<br />

O IPENHA!<br />

A sua aplicação<br />

para participar<br />

ocorrências na<br />

<strong>Penha</strong> de França<br />

!<br />

Descarregue para<br />

IOS e Android<br />

Mais informações em ipenha.pt<br />

JUNTOS POR UMA<br />

PENHA MAIS LIMPA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!