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Boletim Setcepar

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A N O 1 1 - N º 1 0 1<br />

BOLETIM<br />

F E V E R E I R O · 2 0 1 7<br />

OS PESOS E MEDIDAS<br />

DO PEDÁGIO<br />

Qual é o verdadeiro retorno do investimento e<br />

o que os transportadores devem saber<br />

(pg. 4 e 5)<br />

<strong>Setcepar</strong> entrevista:<br />

Marli Batagini, coordenadora de<br />

infrações do Detran PR.<br />

(pg. 6)


EDITORIAL<br />

INCT<br />

ÍNDICE NACIONAL DE CUSTOS DO TRANSPORTE<br />

Reflete a variação de custos fixos e variáveis das empresas, sem levar<br />

em conta perdas e falta de reposição anterior.<br />

Marcos Battistella,<br />

Presidente do Sindicato das<br />

Empresas de Transporte de<br />

Cargas no Estado do Paraná<br />

(<strong>Setcepar</strong>).<br />

Greve de motoristas em diversos pontos do país,<br />

aumento do diesel, pedágio mais caro. O ano já começou<br />

movimentado para o setor de transportes. Acima<br />

de tudo, ainda vivemos os reflexos do ápice da crise<br />

econômica de 2016. Ao que tudo indica, 2017 será<br />

espinhoso, mas nem por isso devemos manter o pessimismo.<br />

Afinal, como diz o ditado, há sempre uma luz no<br />

fim do túnel. Há oportunidades, basta enxergá-las.<br />

Médias Distâncias<br />

Carga Lotação<br />

Carga Fracionada<br />

Operação Urbana<br />

Carga Fracionada<br />

Operação Rodoviária<br />

Carga Frigorificada<br />

Combustíveis<br />

Variação<br />

Dezembro (%)<br />

+ 0,30<br />

Variação<br />

últimos 12<br />

meses (%)<br />

+ 0,73 + 4,03<br />

+ 0,26<br />

Não fornecida<br />

Não fornecida<br />

+ 7,75<br />

+ 7,22<br />

Fonte: NTC&Logística - Dezembro/2016<br />

Sabemos que o aumento do pedágio causa discussões<br />

inflamadas no setor. O reajuste feito no final do<br />

ano passado foi alto, ainda mais em um momento de<br />

crise. O inconformismo, portanto, é justificado. Entretanto,<br />

nem tudo são trevas. Temos algumas excelentes<br />

rodovias graças ao retorno do valor pago pelo pedágio.<br />

Por outro lado, também temos rodovias precárias com<br />

pedágios abusivos. Pensando nisso, o <strong>Setcepar</strong> preparou<br />

uma matéria especial sobre o assunto, abordando<br />

os pontos negativos e positivos desta grande balança.<br />

Você também vai conferir uma entrevista com Marli<br />

Batagine, coordenadora de infrações do Detran PR,<br />

que falou sobre a polêmica da indústria da multa. Além<br />

disso, você saberá mais sobre a Ticket Log, sócia mantenedora<br />

do <strong>Setcepar</strong> que realiza gerenciamento de<br />

custos de frota.<br />

Uma ótima leitura e até a próxima edição!<br />

EXPEDIENTE<br />

Presidente: Marcos Egídio Battistella | 1° Vice-presidente: Aldo<br />

Fernando Klein Nunes | 2° Vice-presidente: Silvio Kasnodzei<br />

1ª Diretora Financeira: Rosana Machiavelli | 2º Diretor Financeiro:<br />

Leonir Melnik | Diretores Efetivos: Altair Vailati, Cecílio Gonçalves,<br />

Geraldo Fernandes Junior, Osvaldo H. Brehm, Orlando Zem | Diretores<br />

Suplentes: Gerson Medeiros, Affonso Dotti | Membros Efetivos do<br />

Conselho Fiscal: Amadeu Clóvis Greca, Gilberto Antonio Cantú,<br />

Francisco Bezerra de Vasconcelos Neto | Membros Suplentes do<br />

Conselho Fiscal: Flórido Antônio Kowalski, Edilson Carraro |<br />

Delegados representantes junto a: Agronegócio: Perícles Machado |<br />

Entidades Sindicais: Nestor Ferens | Sintramotos: Pedro Luiz Capilé |<br />

Órgãos de Trânsito (DER/DETRAN/URBS): Glênio Marcelo Cogo |<br />

Resp. Social, Qualidade e Meio Ambiente: Deborah Christine C.<br />

Correa | Superintendente: Antônio da Rocha.<br />

Redação: Talk Assessoria de Comunicação Ltda.<br />

Marisa Valério DRT 5287/RS | Rodrigo de Lorenzi<br />

www.talkcomunicacao.com.br<br />

Projeto Gráfico e Diagramação: Direção de Arte – design<br />

Agência Zero<br />

Fotografias: Agência Zero | Anderson Walter Borges<br />

AWB Produções | Arquivo <strong>Setcepar</strong><br />

Tiragem: 5.000 exemplares | Gráfica: Gráfica Malires<br />

<strong>Setcepar</strong> - Rua Almirante Gonçalves, 1966 – Rebouças<br />

80250-150 | Curitiba – PR/ Tel.: (41) 3014- 5151<br />

setcepar@setcepar.com.br<br />

GENERALIDADES DO TRANSPORTE<br />

Mês de referência<br />

Tipo de Cobrança<br />

1. Taxa de Permanência<br />

por ton/dia ou<br />

fração<br />

2.<br />

- seguro da carga<br />

durante a permanência<br />

Cubagem<br />

Forma de<br />

Cobrança<br />

sobre o valor da<br />

mercadoria<br />

300 kg/m3<br />

1. TAXA DE PERMANÊNCIA DE CARGA - Leva em<br />

consideração o peso, valor e período de permanência<br />

da carga. Seu cálculo tem como base a área de piso ou<br />

posição ocupada, pelo armazenamento da carga em<br />

áreas destinadas a operações de transporte (“cross<br />

docking”), além do prazo estritamente necessário ao<br />

serviço de transporte – atualmente, é consenso que<br />

este período deve ser de, no máximo, sete dias corridos.<br />

Visa ressarcir proporcionalmente os custos com a<br />

locação de armazéns (ou a remuneração de capital das<br />

instalações), imposto predial, serviços de vigilância,<br />

despesas com seguro, etc. Forma de cobrança: por<br />

tonelada/dia ou fração.<br />

2. CUBAGEM - Entende-se por densidade de carga<br />

(peso/volume), o valor obtido dividindo-se o peso da<br />

carga, em quilogramas pelo seu volume em metros<br />

cúbicos (= comprimento X largura X altura em metros).<br />

Cargas de baixa densidade, que lotem a carroceria<br />

antes de completar o limite de peso, sofrerão acréscimo<br />

no frete-peso como forma de compensar a baixa densidade<br />

da carga. Forma de cobrança: conversão do peso<br />

real para o “Peso Cubado” para cálculo sobre o frete<br />

peso.<br />

Sugestões de pauta podem ser encaminhadas para:<br />

rodrigo@talkcomunicacao.com.br<br />

Dezembro<br />

2016<br />

Sugestão de<br />

cobrança<br />

R$ 24,79<br />

0,20%<br />

300 kg/m3<br />

ERRATA: A numeração correta do último boletim é a 100, ano 11.<br />

2 | BOLETIM SETCEPAR


A educação a distância<br />

para os profissionais<br />

do transporte<br />

Por Marcos Battistella, Presidente do <strong>Setcepar</strong><br />

OPINIÃO<br />

Na média, oito em cada dez trabalhadores<br />

que fizeram cursos profissionalizantes<br />

na área de transporte<br />

conseguiram emprego ou uma<br />

melhor colocação no mercado. O<br />

levantamento feito com alunos do<br />

programa Sest Senat, no segundo<br />

semestre de 2016, revelou que 82%<br />

consideram que a qualificação representa<br />

uma vantagem na concorrência<br />

por uma vaga. Ainda conforme a<br />

pesquisa, 62% confirmam que a<br />

busca por cursos no setor abrem<br />

perspectivas para outras formações<br />

profissionais e 35% conseguiram<br />

melhorar seus salários. Os dados<br />

são animadores.<br />

Entretanto, não devemos esquecer<br />

daqueles que já estão no mercado<br />

há algum tempo e não podem, ou<br />

não têm, oportunidades para especializações.<br />

Todos nós sabemos das<br />

dificuldades em encontrar gestores e<br />

especialistas dentro do nosso<br />

segmento e por uma principal razão:<br />

a oferta de cursos ainda é muito<br />

baixa e, quando há demanda, as<br />

aulas apresentadas são somente<br />

presenciais. É aí que a modalidade<br />

de ensino a distância ganha destaque.<br />

Ao não exigir deslocamento em<br />

dias e horários fixos, o modelo de<br />

ensino online colabora para incentivar<br />

a educação. Além do tradicional<br />

computador, o aluno pode utilizar<br />

outros meios, como celulares,<br />

tablets, rádio, TVs corporativas, sites<br />

que auxiliam e complementam os<br />

cursos, tudo isso orientado por<br />

professores comprometidos. Como é<br />

um ambiente virtual, alunos e professores<br />

podem interagir em qualquer<br />

horário e contribuir para um aprendizado<br />

colaborativo e sem barreiras.<br />

O Brasil passa por uma fase de<br />

consolidação da educação a distância<br />

e dados do Ministério da Educação<br />

provam isso: um a cada cinco<br />

alunos de graduação no país ingressa<br />

em um curso online. Isso significa<br />

que 20% dos estudantes universitários<br />

estudam entre aulas online e em<br />

polos presenciais.<br />

Sabemos que a criação de um<br />

ambiente virtual de aprendizagem<br />

está longe de ser simples. É necessário<br />

que se desenvolvam estudos<br />

sobre o metabolismo do sistema para<br />

que se possam definir ferramentas,<br />

instrutores, cursos e escolher o<br />

ambiente correto. Também é neces-<br />

sário fazer o upload de todo o material,<br />

criar um ambiente interativo<br />

entre os participantes e dar vida a<br />

essa relação a ponto de que, ao final,<br />

o processo gere aquilo que buscamos:<br />

resultados.<br />

Por isso, o <strong>Setcepar</strong> produz, desde<br />

2010, um intenso trabalho com a<br />

educação do profissional do transporte.<br />

Por meio do Instituto <strong>Setcepar</strong><br />

de Educação no Transporte (Iset), o<br />

sindicato tem como objetivo proporcionar<br />

às empresas uma maior qualidade<br />

para a equipe. O foco do Instituto<br />

é contribuir para a redução do<br />

número de acidentes nas rodovias<br />

brasileiras e educar profissionais<br />

mais conscientes e qualificados.<br />

Com isso, diminuem também os<br />

custos operacionais das empresas,<br />

tornando-as mais competitivas.<br />

Investir cada vez mais na qualificação<br />

do profissional é necessário,<br />

principalmente com os avanços<br />

tecnológicos que ocorrem nos caminhões<br />

a cada lançamento. Mas,<br />

acima de tudo, a educação do setor é<br />

um imenso incentivo para a economia<br />

e o desenvolvimento do país.<br />

MASTER<br />

SÓCIOS MANTENEDORES<br />

PREMIUM<br />

| 3


ESPECIAL<br />

A balança do<br />

pedágio<br />

Afirmar que o transporte rodoviário<br />

de cargas é essencial para a economia<br />

do país já se tornou uma redundância.<br />

Nas palavras do presidente<br />

da Associação Nacional do Transporte<br />

de Cargas & Logística (NTC&Logística),<br />

José Hélio Fernandes, o<br />

TRC pode ser a solução para a crise<br />

no Brasil. Segundo os últimos dados<br />

consolidados da Confederação<br />

Nacional do Transporte (CNT), são<br />

quase dois milhões de veículos especializados<br />

transportando cargas<br />

(especificamente, 1.993,254 entre<br />

profissionais autônomos, empresas e<br />

cooperativas). O investimento das<br />

transportadoras é intenso, especialmente<br />

em segurança. Diante do<br />

aumento do prejuízo com roubo de<br />

carga – cerca de R$ 5 bilhões nos<br />

últimos cinco anos, segundo dados<br />

da NTC&Logística – as empresas<br />

destinam grandes investimentos em<br />

tecnologia de segurança, aumento e<br />

controle de frota, seguros, escoltas e<br />

gerenciamento de risco. Tudo isso<br />

faz o profissional do TRC questionar<br />

qual é o retorno de todo o investimento,<br />

especialmente quando analisamos<br />

a relação custo-benefício da<br />

cobrança do pedágio, cada vez<br />

menos interessante. Com uma extensa<br />

malha rodoviária, boa parte das<br />

vias ainda está em condições precárias.<br />

Uma pesquisa realizada no segundo<br />

semestre de 2014 pela CNT mostrou<br />

que a maior parte das vias está<br />

em condições ruins ou péssimas:<br />

87% das nossas estradas são de<br />

pista simples; 40% das estradas não<br />

têm acostamento e 50% não têm<br />

nem placa de aviso antes de curvas<br />

perigosas. Do total de estradas<br />

pesquisadas, 62% são consideradas<br />

regulares, ruins ou péssimas e 38%<br />

boas ou ótimas.<br />

O lado positivo<br />

Embora a relação entre o valor<br />

cobrado nos pedágios e as condições<br />

das estradas brasileiras não<br />

seja justa, o presidente do <strong>Setcepar</strong>,<br />

Marcos Battistella, ressalta que o<br />

setor não é contra as rodovias pedagiadas.<br />

"O sindicato jamais foi contra<br />

o pedágio, pelo contrário. Acreditamos<br />

que o valor acumulado das<br />

tarifas seja de vital importância para<br />

a melhoria do transporte rodoviário.<br />

Nós apenas somos contra os abusos<br />

e absurdos que oneram os custos do<br />

TRC, mas sempre coerentes e<br />

respeitosos com as entidades e<br />

contratos estabelecidos", diz.<br />

Segundo Battistella, para melhorar<br />

o problema de infraestrutura das<br />

estradas, o governo deveria ampliar<br />

a parceria público-privada. "Eu<br />

defendo uma maior parceria entre<br />

poder público e iniciativa privada.<br />

Deixar nossas estradas apenas na<br />

mão do Estado é ilusão. Temos rodovias<br />

boas com pedágios aceitáveis e<br />

estradas horríveis com pedágios<br />

abusivos. A iniciativa privada é mais<br />

rápida e tem melhores condições. O<br />

governo precisa transferir algumas<br />

dificuldades para quem pode resolver<br />

o problema", opina.<br />

Aumento do pedágio<br />

No fim do ano passado, o Paraná<br />

teve reajuste médio entre 4% e 5%,<br />

mas para as praças administradas<br />

pela Econorte, devido ao degrau<br />

tarifário acertado entre governo e<br />

concessionárias, o aumento chegou<br />

a 13%. Com isso, o valor pago por<br />

um veículo leve na cancela de Jataizinho,<br />

por exemplo, é de R$ 21, o<br />

mais caro do estado.<br />

Para Battistella, o reajuste é alto,<br />

ainda mais em um momento de crise.<br />

"É salgado, porque existe lei que<br />

exige que o embarcador pague pelo<br />

pedágio. Mas como o caminhão roda<br />

vazio, muitas vezes esse custo<br />

acaba atingindo o transportador”,<br />

afirma.<br />

Nas outras duas praças da Econorte,<br />

o valor foi de R$ 19,30 em Jacarezinho<br />

e de R$ 18 em Sertaneja. O<br />

degrau tarifário de 8,25% foi o terceiro<br />

e último, que serviu para cobrir os<br />

custos de obras não previstas em<br />

contrato, como viadutos e duplicações<br />

ou obras cujo cronograma foi<br />

antecipado. A Econorte administra<br />

340 km de rodovias nas regiões<br />

Norte e Norte Pioneiro do Estado.<br />

As tarifas nas praças das concessionárias<br />

Rodonorte e Ecovia tiveram<br />

reajuste de 4,04%, e as da Ecocataratas,<br />

de 5,19%. A Viapar e a Caminhos<br />

do Paraná, que também<br />

contam com degraus tarifários,<br />

tiveram altas de preço de 10% e 11%,<br />

respectivamente. Sem o aditivo, a<br />

variação ficou abaixo da inflação<br />

medida pelo Índice Nacional de<br />

Preços ao Consumidor Amplo<br />

(IPCA), de 7,87% em 12 meses.<br />

4 | BOLETIM SETCEPAR


Faltam pistas duplicadas<br />

As rodovias duplicadas pavimentadas no Brasil<br />

se concentram na região Sudeste. No Norte, são<br />

apenas 194 km de pistas duplas.<br />

Sudeste:<br />

2.272 km<br />

Sul:<br />

1.492 km<br />

RODOVIAS<br />

DUPLICADAS<br />

Degrau Tarifário é um reajuste<br />

direcionado, de acordo com o<br />

governo estadual, para cobrir<br />

custos de obras não previstas em<br />

contrato, como viadutos e duplicações<br />

ou obras cujo cronograma foi<br />

antecipado.<br />

Nordeste:<br />

1.204 km<br />

Centro-Oeste:<br />

1.059 km<br />

Fonte: Confederação Nacional dos Transportes e Ranking Global da Competividade,<br />

do Fórum Econômico Mundial.<br />

Olho vivo<br />

Segundo Battistella, os usuários do<br />

TRC precisam perceber as melhorias<br />

das estradas e ficar atentos ao que<br />

não está correto. Um dos principais<br />

retornos de investimento são as<br />

obras que melhoram a sinalização<br />

das estradas, a segurança e, principalmente,<br />

o tráfego. “É necessário<br />

reconhecer o progresso. Entretanto,<br />

para evitar os abusos e o aumento<br />

desmedido, é preciso atenção. Estar<br />

de olho no andamento das obras,<br />

identificar a situação das estradas e a<br />

qualidade das rodovias ajuda não<br />

apenas a reconhecer o destino do<br />

dinheiro, mas a cobrar do poder<br />

público com propriedade", orienta.<br />

Sobe-sobe<br />

Confira quais foram os índices de<br />

reajuste aplicados nos últimos seis<br />

anos:<br />

2011<br />

2012<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

2016<br />

4,53<br />

4,69<br />

5,72<br />

7,05<br />

6,69<br />

4,04 a 5,19<br />

A polêmica do Sem Parar<br />

Recentemente, a empresa Sem<br />

Parar – que fornece um sistema de<br />

pagamento eletrônico de pedágios e<br />

estacionamentos – anunciou aos<br />

seus usuários a cobrança de 3% em<br />

cima da fatura mensal, a título de<br />

ressarcimento pelos serviços prestados.<br />

Quem adiantar o pagamento<br />

poderá pagar apenas 1%. A cobrança<br />

é válida tanto para contratos antigos<br />

quanto novos. Como o valor é relativamente<br />

alto para as transportadoras,<br />

diversas empresas estão se<br />

posicionando contra a cobrança, que<br />

não estava prevista no contrato original.<br />

Nas mãos da ANTT<br />

O presidente da NTC&Logística,<br />

José Hélio Fernandes, encaminhou<br />

ofício ao diretor geral da Agência<br />

Nacional de Transportes Terrestres<br />

(ANTT), Jorge Luiz Macedo Bastos,<br />

relatando o caso. Para a NTC&Logística,<br />

a cobrança resulta em alterações<br />

no contrato de forma unilateral.<br />

No ofício, Fernandes ressalta que<br />

"as concessões das rodovias federais<br />

são reguladas por contratos que<br />

não contemplam a possibilidade da<br />

cobrança de juros nos casos da<br />

utilização de sistema eletrônico de<br />

pagamento do pedágio, que foram<br />

implantados nas rodovias federais<br />

como meio alternativo de pagamento<br />

em benefício da própria concessionária,<br />

que obtém evidente redução dos<br />

custos com a redução de pessoal,<br />

agilidade e segurança na cobrança”.<br />

O texto ainda ressalta que a terceirização<br />

da cobrança mediante uso do<br />

meio eletrônico não poderá ser<br />

pretexto para agravar os custos do<br />

pedágio para o usuário.<br />

O outro lado<br />

O <strong>Setcepar</strong> entrou em contato com<br />

a Sem Parar para obter esclarecimentos.<br />

Em nota, a empresa informou<br />

que a taxa de 3% sempre<br />

existiu, mas não estava sendo repassada<br />

aos clientes já que era absorvida<br />

pela própria empresa.<br />

"Este repasse é necessário no<br />

momento. Quem já utilizou algum<br />

serviço de crédito, como cartão,<br />

financiamento ou empréstimo bancário,<br />

sabe que são incluídos juros e<br />

custos do financiamento no valor das<br />

parcelas. Trata-se de uma prática do<br />

mercado financeiro", declarou a Sem<br />

Parar.<br />

Questionada sobre a cobrança em<br />

cima de contratos antigos, a empresa<br />

lembrou que a cláusula 10.5 do termo<br />

de adesão ao serviço prevê alterações<br />

nos valores, desde que comunicados<br />

com antecedência.<br />

Os transportadores podem pedir<br />

esclarecimentos diretamente com a<br />

empresa, pelo telefone 0800 723<br />

2245.<br />

| 5


ENTREVISTA<br />

Marli<br />

Batagini<br />

O <strong>Setcepar</strong> conversou com a coordenadora de<br />

infrações do Detran PR, Marli Batagini, que<br />

falou sobre a polêmica indústria da multa, as<br />

mudanças no Código Brasileiro de Trânsito e<br />

outros assuntos.<br />

<strong>Setcepar</strong> - Há uma grande discussão sobre a indústria<br />

da multa. Como ela funciona?<br />

Marli Batagini: Isso é um mito. As pessoas ainda<br />

pensam apenas no individual e quase nunca no coletivo.<br />

Se nós formos verificar o ranking de infrações no estado<br />

do Paraná, por exemplo, o excesso de velocidade<br />

aparece no topo da lista há anos. Ora, a velocidade é<br />

medida por um equipamento eletrônico e o próprio<br />

condutor é quem opta por exceder o limite permitido. Se<br />

alguém considera que isso pode ser uma grande manipulação<br />

da tal indústria da multa, está apenas querendo<br />

justificar seus erros. Isso também vale para quem para<br />

em cima da faixa ou fura o sinal vermelho. Quando<br />

temos uma fiscalização eletrônica, que é o caso de cidades<br />

como Curitiba, Londrina e Cascavel, a opção de<br />

cometer infrações continua sendo do condutor. Veja a<br />

questão do estacionamento. Estacionar irregularmente<br />

é a segunda infração mais recorrente. Se eu paro em<br />

alguma vaga errada, foi uma opção minha, eu não fui<br />

obrigado. Então, a existência de uma indústria da multa<br />

cai por terra.<br />

<strong>Setcepar</strong> - Quais os maiores benefícios das últimas<br />

mudanças do Código de Trânsito Brasileiro?<br />

Marli Batagini: Ainda que não tenhamos dados concretos<br />

até o momento, de um modo geral podemos dizer<br />

que o endurecimento da multa por alcoolemia está<br />

fazendo o número de casos diminuir consideravelmente.<br />

Outro benefício foi o endurecimento da multa por ultrapassagem<br />

incorreta. Uma das situações mais graves<br />

nas rodovias municipais e estaduais é a ultrapassagem<br />

em local proibido. Agora, a infração deixou de ser grave<br />

e passou a ser gravíssima, com fator multiplicador 10 e<br />

valor de R$ 2.934. O período de suspensão da carteira<br />

também aumentou. Dessa forma, temos uma diminuição<br />

de acidentes, o que é bom para todos.<br />

<strong>Setcepar</strong> - Quais as vantagens e desvantagens do<br />

Sistema de Notificação Eletrônica? Pode explicar<br />

em detalhes?<br />

Marli Batagini: O sistema é um aplicativo (android e<br />

iOS), desenvolvido pelo Denatran, com o objetivo de<br />

assegurar aos cidadãos a ciência das eventuais notificações<br />

de infrações de trânsito cometidas. Quando o<br />

cidadão recebe uma infração e não resta dúvida da<br />

culpabilidade do proprietário do veículo, o sistema<br />

possibilita pagar a multa com 40% de desconto. Outra<br />

vantagem é a economia do poder público, visto que o<br />

custo de uma notificação impressa é de R$ 18 cada,<br />

enquanto na versão eletrônica o custo cai pra R$ 5. A<br />

desvantagem é que, se o cidadão reconhece a infração,<br />

ele abdica do direito de entrar com recurso, não importa<br />

a situação. Isso porque a culpabilidade já foi reconhecida<br />

anteriormente.<br />

<strong>Setcepar</strong> - Ano passado foi divulgado que somente<br />

12,15% dos recursos contra multas de trânsito são<br />

aceitos no Paraná. Por que esse número tão baixo?<br />

Marli Batagini: Podemos falar apenas dos recursos do<br />

Detran, porque cada órgão autuador julga seu recurso.<br />

No ano de 2015, nós lavramos 550 mil autos de infração.<br />

Destes, 6.800 entraram com o recurso. Dos 6.800,<br />

somente 12,15% obtiveram êxito. Os motivos para o<br />

insucesso são diversos: os responsáveis perdem o<br />

prazo limite para recurso, delegam pra terceiros, que<br />

não fazem o trâmite correto, não apresentam justificativas<br />

plausíveis e por aí vai.<br />

<strong>Setcepar</strong> - Quais as principais multas ocorridas no<br />

Transporte Rodoviário de Cargas?<br />

Marli Batagini: Ainda continuam sendo excesso de<br />

peso e de velocidade.<br />

6 | BOLETIM SETCEPAR


O <strong>Setcepar</strong> está presente nos meios de comunicação. Na coluna “<strong>Setcepar</strong> na Mídia”,<br />

você confere as principais matérias veiculadas na grande imprensa.<br />

NA MÍDIA<br />

<strong>Setcepar</strong> fecha parceria<br />

com o IBEF-PR<br />

Para debater assuntos de finanças<br />

e economia com o setor de transporte<br />

rodoviário, o Sindicato das Empresas<br />

de Transportes de Cargas no<br />

Estado do Paraná (<strong>Setcepar</strong>) acaba<br />

de firmar uma parceria com o Instituto<br />

Brasileiro de Executivos de Finanças<br />

do Paraná (IBEF-PR). O objetivo<br />

principal é dar apoio aos executivos<br />

de finanças do setor, utilizando todo<br />

o suporte técnico do IBEF, formado<br />

por executivos das áreas de indústria,<br />

comércio, consultorias, empresas<br />

de serviços, entre outras. Para<br />

isso, o <strong>Setcepar</strong> vai criar um Comitê<br />

de Finanças, previsto para começar<br />

ainda no primeiro semestre de 2017.<br />

O trabalho da comissão vai promover<br />

debates e palestras sobre assuntos<br />

relevantes para o segmento, como<br />

fluxo de caixa, riscos de crédito e de<br />

seguro, além de tópicos sobre direito<br />

societário e tributário.<br />

Para o presidente do <strong>Setcepar</strong>,<br />

Gilberto Cantú, a nova comissão vai<br />

ajudar a alavancar alguns assuntos<br />

de extrema importância para as<br />

empresas, especialmente em um<br />

período difícil para o país. “Com a<br />

crise atual do Brasil, assuntos como<br />

finanças e economia são a principal<br />

preocupação das organizações.<br />

Queremos ajudar os transportadores<br />

trazendo especialistas que vão poder<br />

orientá-los e debater temas pontuais<br />

e necessários”, explica.<br />

Para o presidente do IBEF, Clecio<br />

Chiamulera, a parceria é produtiva<br />

porque o instituto poderá ajudar a<br />

comunidade, divulgar o trabalho e<br />

ainda contribuir com o desenvolvimento<br />

econômico do país. “O transporte<br />

de cargas é um dos principais<br />

segmentos que movimentam a<br />

economia do Brasil. Como o IBEF<br />

não tem fins lucrativos, nós queremos<br />

puramente incentivar e promover<br />

o desenvolvimento profissional<br />

dos empresários”, declara.<br />

O <strong>Setcepar</strong> oferece diversas comissões<br />

técnicas e grupos de trabalho<br />

para atender os interesses da categoria<br />

de transportes. As comissões<br />

se dividem em: Carga Fracionada;<br />

Carga Perigosa; Segurança; Jovens<br />

Empresários e Executivos do<br />

Paraná; Logística; Contêineres e RH.<br />

O IBEF é uma instituição sem fins<br />

lucrativos que congrega executivos<br />

de finanças dos vários segmentos da<br />

atividade econômica do Paraná:<br />

executivos das áreas de indústria,<br />

comércio, consultorias, empresas de<br />

serviços, auditorias, instituições<br />

financeiras (bancárias e não-bancárias)<br />

e instituições governamentais.<br />

Mirian Gasparin | Economia & Negócios<br />

COMJOVEM<br />

Se você é um jovem empresário ou executivo de<br />

empresas no setor de transporte de cargas e<br />

Logística, faça parte da Comjovem Curitiba. Para<br />

mais informações, entre em contato:<br />

(41) 3014-5151<br />

ou<br />

secretaria@setcepar.com.br<br />

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ASSOCIADO EM FOCO<br />

Ticket Log se consolida<br />

como a maior empresa<br />

de gestão de frotas<br />

do Brasil<br />

Criada a partir da join venture entre<br />

a Ticket Car e a Ecofrotas, a Ticket<br />

Log é uma empresa do Grupo Edenred,<br />

que atua no segmento de gestão<br />

de despesas corporativas no Brasil,<br />

por meio de gestão de abastecimento,<br />

manutenção e outras soluções<br />

integradas. Acumulando 25 anos de<br />

experiência, a Ticket Log atende 27<br />

mil clientes, administrando um<br />

milhão de veículos em sua base e<br />

conta com uma rede de 24,5 mil estabelecimentos<br />

credenciados.<br />

Segundo o diretor de estratégia e<br />

marketing, Max Fernandes, antes da<br />

aliança entre a Ticket Car e a Ecofrotas<br />

o mercado contava com estas<br />

duas empresas representando os<br />

maiores players de destaque e<br />

pioneirismo no segmento de gestão<br />

de frotas e de abastecimento,<br />

ocupando representativas fatias do<br />

mercado. "Hoje a Ticket Log carrega<br />

a força, pioneirismo e herança da<br />

marca Ticket, com 40 anos de atuação<br />

no Brasil, e o reconhecimento<br />

sustentável e inovador do posicionamento<br />

da Ecofrotas. Esta soma<br />

consolida os pilares desta nova<br />

marca, que possui como atributos<br />

fundamentais a inovação, tecnologia,<br />

inteligência e sustentabilidade",<br />

explica.<br />

Benefícios para o TRC<br />

Para o segmento do TRC, a Ticket<br />

Log trabalha em uma frente voltada<br />

exclusivamente para o transportador:<br />

o pacote Ticket Cargo. Trata-se de<br />

uma solução especializada na<br />

gestão de transporte de carga de<br />

longa distância e rodoviário, que, de<br />

forma integrada, permite planejar<br />

rotas, acompanhar a performance<br />

dos caminhões e motoristas e realizar<br />

negociações de preço de combustível,<br />

garantindo a disponibilidade<br />

da frota e a redução dos maiores<br />

custos do negócio. No leque de<br />

soluções estão os recolhimentos de<br />

notas fiscais, negociação de preços e<br />

gestão de pneus.<br />

De acordo com o diretor de estraté-<br />

gia e marketing, o pacote Cargo<br />

permite uma redução de 25% nas<br />

despesas. “O Ticket Cargo permite<br />

estabelecer parâmetros de controle<br />

de abastecimento em quatro mil<br />

postos em rodovias, realizar aferição<br />

e controle da pressão e desgaste de<br />

pneus e promover recolhimento de<br />

nota fiscal para restituição”, completa<br />

Fernandes.<br />

Investimentos<br />

Desde a joint venture, foi realizada<br />

uma profunda análise do melhor das<br />

duas empresas. O investimento<br />

tecnológico e intelectual foi o maior<br />

incremento a fim de oferecer aos<br />

clientes um serviço cada vez mais<br />

qualificado e eficiente. Para 2017, os<br />

números projetados são robustos.<br />

"Vamos continuar crescendo, em<br />

volume e resultado, a dois dígitos por<br />

ano em comparação com as duas<br />

operações combinadas", revela<br />

Fernandes.<br />

NOVOS ASSOCIADOS<br />

CONFIRA OS ENDEREÇOS DAS BASES DE<br />

ATENDIMENTO DO SETCEPAR<br />

- Bozza Transp de Cargas e Logística Ltda<br />

- TIM Senior - Cristian Bettoni Santos<br />

- Transportadora Asn Ltda<br />

- Prática Admin. de Benefícios Ltda<br />

- Transluchi Transportes Ltda<br />

- Bope Segurança Privada<br />

SETCEPAR LONDRINA<br />

Rua Cambará, 423 | Centro<br />

CEP 86015-530<br />

Fone: (43) 3324-9077<br />

SETCEPAR CAMPO MOURÃO<br />

Rua Miguel Luiz Pereiro, 1496<br />

anexo Posto Andrade<br />

Cep 87305-360<br />

Fone: (44) 98837-8697<br />

SETCEPAR PARANAGUÁ<br />

Av. Gabriel de Lara, 925,<br />

anexo ao Posto Transcap<br />

Fone: 041.98701.6029<br />

Paranaguá - PR<br />

SETCEPAR UMUARAMA<br />

Rua Manoel Ramires,<br />

anexo Posto Gauchão | Sala 03<br />

Cep 87.507-011<br />

Fone: (44) 98837-8750<br />

SETCEPAR PARANAVAÍ<br />

Av. Militão Rodrigues de<br />

Carvalho, 536, anexo ao Posto<br />

Sumaré | Paranavaí-PR<br />

Cep 87.706-000<br />

Fone: (44) 98837-8358<br />

8 | BOLETIM SETCEPAR


REGIONAIS<br />

Paranavaí, Umuarama e Campo Mourão<br />

promovem palestra sobre multas<br />

A assessora jurídica do <strong>Setcepar</strong>, Lucimar Stanziola,<br />

promoveu a palestra "Multas - Diminua Esse Passivo e<br />

Saiba Como Recorrer", nas regionais do <strong>Setcepar</strong> em<br />

Paranavaí, Umuarama e Campo Mourão.<br />

O evento ocorreu nos dias 18 (Paranavaí e Umuarama)<br />

e 19 de janeiro (Campo Mourão) e contou com a presença<br />

do gestor da regional de Londrina, Alexandre Maciel, do<br />

superintendente do <strong>Setcepar</strong>, Antônio da Rocha, além de<br />

associados da região.<br />

As palestras tiveram como objetivo divulgar a importância<br />

de uma boa administração de multas, reduzindo os<br />

custos no transporte de cargas. Lucimar abordou temas<br />

como legislação, multas da ANTT, excesso de velocidade,<br />

pesos permitidos, etapas dos processos administrativos,<br />

entre outros.<br />

Prefeito de Londrina fala com o <strong>Setcepar</strong><br />

O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, falou sobre<br />

o trabalho da atual gestão em benefício do TRC.<br />

O gestor da regional do <strong>Setcepar</strong> em Londrina, Alexandre<br />

Maciel, conversou com o prefeito de Londrina, Marcelo<br />

Belinati, sobre a atuação da prefeitura em benefício do<br />

Transporte Rodoviário de Carga.<br />

A advogada Lucimar Stanziola fala para transportadores de Paranavaí.<br />

O superintendente do <strong>Setcepar</strong>, Antônio da Rocha, em Umuarama.<br />

Agradecimento especial<br />

Em Campo Mourão, mais de 50 pessoas estiveram<br />

presentes na palestra. O evento foi realizado dentro das<br />

instalações da empresa Paraná Diesel Veículos, que<br />

cedeu o espaço ao <strong>Setcepar</strong> e foi fundamental para o<br />

sucesso da palestra.<br />

O <strong>Setcepar</strong> agradece a colaboração da Paraná Diesel e<br />

fica à disposição para treinamentos e outras palestras na<br />

região de Campo Mourão.<br />

O público acompanha palestra sobre multa em Campo Mourão.<br />

Como sua administração atuará no TRC para<br />

Londrina e região metropolitana?<br />

Como prefeito de Londrina, vou trabalhar muito para<br />

fazer com que a cidade cresça cada vez mais e passe a<br />

ocupar melhor o seu espaço com empresas e lideranças<br />

de todos os municípios da nossa região. Vamos batalhar<br />

para que as necessidades sejam atendidas e que nossas<br />

vozes passem a ser mais ouvidas no governo do estado.<br />

Uma cidade se faz de inúmeros serviços que precisam<br />

ser abastecidos constantemente para movimentar a<br />

economia. Para isso, é preciso haver uma logística<br />

eficiente e facilitar o acesso de matérias-primas e de<br />

mercadorias in natura ou manufaturadas.<br />

Que obras estão programadas para este ano?<br />

Londrina e o norte do Paraná são bem servidos de estradas,<br />

principalmente a BR-369, a PR-445 e a PR-323, na<br />

ligação do norte do Paraná com o sul do estado ou o sul<br />

de São Paulo. Mas boa parte das principais estradas<br />

pedagiadas é de pista simples.<br />

O governo do Paraná, juntamente com a concessionária<br />

de rodovias responsável pelo Lote 1 do anel de integração,<br />

anunciou recentemente a duplicação do trecho entre<br />

Jataizinho e Cornélio Procópio, na BR-369. Isso realmente<br />

vai ajudar o tráfego na nossa região, não temos<br />

dúvidas. Porém é preciso fazer muito mais.<br />

Pode nos dar exemplos do que deve melhorar?<br />

Necessitamos de pista dupla nos principais acessos que<br />

levam a São Paulo e ao sul do Paraná, fazendo com que<br />

o transporte de cargas flua com agilidade e, principalmente,<br />

segurança, diminuindo custos e agregando valor aos<br />

produtos transportados, tudo isso com um pedágio mais<br />

em conta.<br />

Londrina, em especial, também está bem servida de<br />

outras duas formas de transportes de cargas: aérea e<br />

ferroviária. Precisamos trabalhar mais para garantir o<br />

melhor funcionamento do porto seco já existente e a<br />

liberação de cargas de maneira mais ágil e eficiente.<br />

| 9


RH<br />

RH lança curso para<br />

formação de líderes<br />

nas empresas<br />

Dedicado a todos que exercem ou pretendem exercer<br />

cargos de liderança, o curso "Formação em Liderança"<br />

apresenta as principais ferramentas estratégicas e abordagens<br />

de um líder dentro de uma empresa. O curso terá<br />

10 módulos, de 18 de fevereiro a 11 de novembro, e os<br />

interessados podem escolher módulos específicos ou<br />

participar da formação completa. Estão disponíveis<br />

apenas 25 vagas.<br />

Os interessados devem mandar e-mail com nome completo,<br />

cargo, telefone e CNPJ da empresa para o endereço<br />

lucia.fernandes@setcepar.com.br.<br />

O valor completo do curso é de R$ 2.500, com opção de<br />

parcelamento em cinco vezes. Para quem quiser participar<br />

de apenas alguns módulos, o valor individual é de R$<br />

290.<br />

Informações adicionais devem ser solicitadas por e-mail.<br />

A importância de um bom líder<br />

A liderança é completamente diferente da chefia. Ao<br />

contrário do chefe, o líder se torna peça-chave no sucesso<br />

de uma empresa, já que ele sabe exatamente como envolver<br />

sua equipe, reconhecer talentos, fortalecer os laços<br />

entre os colaboradores e aumentar a produtividade de seu<br />

time.<br />

O problema é que nem todos possuem naturalmente<br />

uma postura de líder. Para que isso seja possível, é<br />

necessário disciplina e treinamento.<br />

O curso "Formação em Liderança" pretende aprimorar<br />

os líderes das empresas e desenvolver futuros profissionais<br />

de liderança.<br />

Confira todos os módulos:<br />

FORMAÇÃO EM LIDERANÇA – MÓDULOS<br />

1) Elaboração de Planejamento<br />

Estratégico (18.02)<br />

Consultores: Renata Salvia e<br />

Oscir Zancan<br />

2) Análise do Ambiente de Negócios (18.03)<br />

Consultor: Hário Tieppo Jr<br />

3) Liderança com Pessoas (08.04)<br />

Consultora: Vera Lúcia Mattos<br />

4) Líder Coaching (13.05)<br />

Consultor: Marcos Ronsoni<br />

5) Gestão de mudança e cultura<br />

organizacional (10.06)<br />

Consultor: Em negociação<br />

6) Construção de equipes para<br />

performance (07 e 08.07)<br />

Consultor: Marcelo Karam<br />

7) Administração de conflito, negociação<br />

e feedback (12.08)<br />

Consultora: Ione Nadolny<br />

8) Produtividade em Gestão (02.09)<br />

Consultor: Fernando Brito<br />

9) Gestão do cliente (21.10)<br />

Consultor: Alessandro Lunardon<br />

10) Jogos de negócios e gestão por<br />

competências (11.11)<br />

Consultora: Leia Cordeiro<br />

10 | BOLETIM SETCEPAR


ISET<br />

A relevância do Iset<br />

nas empresas<br />

Por Wilson Rebello, diretor do Instituto <strong>Setcepar</strong> de Educação do Transporte (Iset)<br />

Entramos em 2017 com um grande objetivo: reforçar a<br />

presença do Iset junto aos associados. Mas como<br />

faremos isso?<br />

Lançaremos novos cursos, atualizaremos os existentes<br />

e desenvolveremos um programa de minicursos, palestras<br />

e consultorias para dentro das próprias empresas<br />

associadas.<br />

Veja abaixo o que já disponibilizamos para este primeiro<br />

semestre:<br />

• Teste prático para seleção de motoristas;<br />

• Treinamento prático em direção defensiva e econômica;<br />

• Palestra sobre custos operacionais e orçamento<br />

doméstico;<br />

• Palestra sobre administração de unidade móvel;<br />

• Palestra sobre comportamento ético e profissional;<br />

• Consultoria em controle de média de combustível;<br />

• Consultoria em qualidade operacional do transporte;<br />

• Consultoria em gestão de motoristas.<br />

Além deste cardápio de atividades, temos ainda o importante<br />

curso “Formação de Instrutores de Motorista”. Nele,<br />

contamos com o apoio de montadoras que já participam<br />

com palestras sobre seus produtos. Este curso tem a<br />

duração de 40 horas e inclui um dia inteiro de direção<br />

prática.<br />

A importância do desenvolvimento constante<br />

Para os transportadores, a visibilidade da empresa está<br />

diretamente vinculada à qualidade dos serviços que ela<br />

pode prestar. É muito importante que se faça uma reflexão<br />

sobre o papel das pessoas dentro das empresas. A<br />

capacidade de uma organização sobreviver em um<br />

mercado tão competitivo é proporcional à somatória das<br />

competências das pessoas que nela trabalha.<br />

Portanto, desenvolver a equipe é aumentar as chances<br />

de perenizar o CNPJ. Dentro da estrutura deve haver uma<br />

visão forte de RH estratégico, conceito que ultrapassa os<br />

tímidos limites de um DP (departamento pessoal), algo<br />

estreito, antigo e superado.<br />

Quando se tem uma equipe que não está à altura dos<br />

desafios do mercado e das exigências dos clientes, a<br />

empresa corre o risco de sofrer danos irreparáveis na sua<br />

imagem. Os erros sucessivos e falhas no atendimento<br />

podem causar cicatrizes que nenhum bom trabalho posterior<br />

irá reparar.<br />

Assim, é papel do comando da empresa desenvolver as<br />

competências nos colaboradores, estimular, liderar o<br />

grupo e mostrar o que se espera da equipe. Obter o comprometimento<br />

e o desenvolvimento das pessoas é o<br />

grande caminho e é este o grande mote do ISET.<br />

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