Velozes R6 / Mônaco

De volta à F1, as coisas estão cada vez piores
na BRM e a vitória de Hill sobre Stewart em
Indy não ajuda nada o clima dentro da
equipe. Stewart começa a ter mais atenção
da equipe e Hill deixa de ser ouvido. Assim,
Graham aceita o convite de Colin Chapman e
volta para a Lotus, para formar uma superdupla
ao lado de Jim Clark em 1967.
Chapman tem muitas novidades para 1967.
Primeiro, ele convenceu a Ford a financiar
um motor de 3 litros para a Fórmula 1,
baseado no motor de Indianápolis.
Depois, conquistou o patrocínio da Players e
pintou seus carros nas cores dos cigarros
Gold Leaf – outra lição aprendida com os
americanos!
E, finalmente, ele tinha um novo carro, o
Lotus Mk.49, que tinha a distinção de ser o
primeiro carro onde o motor era parte da
estrutura, onde a caixa de câmbio e a
suspensão traseira eram montados no motor
e não no chassis.
Era a combinação certa!
Enquanto o novo carro não ficava pronto, a
Lotus correu com o motor BRM de 1966, e
Hill fez segundo lugar em Mônaco.
A estréia do Mk.49, em Zandvoort, foi
fulminante! Clark fez a pole e venceu de
lavada. Foi fulminante para Hill também. Ele
largou na primeira fila na Holanda, mas
quebrou ali e em todas as corridas restantes
do campeonato!
Quando aguentou, Hill foi quarto em Monza
e segundo nos Estados Unidos. E só.
No inverno, Chapman corrigiu os problemas
da Lotus e a equipe começou o ano
vencendo na África do Sul, já no primeiro dia
do ano! A corrida foi realizada no dia 1º de
janeiro, e assim os treinos acabaram sendo
realizados no ano anterior, 1967...
Clark venceu em Kyalami e bateu o recorde
de vitórias de Fangio, conquistando seu 25º
triunfo, mas essa acabou sendo a última
corrida de Jimmy Clark na Fórmula 1.
A caminho de seu segundo título, Hill voa em Nürburgring com a Lotus 49B
Quatro meses se passariam entre a corrida
na África e a segunda etapa, na Espanha.
Nesse meio-tempo, Clark e Hill foram correr
de Fórmula 2 no circuito alemão de motos,
Hockenheim. Clark tem um pneu furado, sai
da pista e bate violentamente nas árvores
que margeam a pista.
Jim Clark está morto. Chapman, devastado.
Cumprirá a Hill liderar a equipe rumo ao
título mundial.
Aqui vale um paralelo entre o que aconteceu
na Lotus com a situação que o filho de
Graham, Damon Hill, enfrentou na Williams
quando Ayrton Senna morreu. Assim como
ambos preferiram as motos antes dos
carros, assim como ambos começaram tarde
no automobilismo, ambos tiveram que
juntar os cacos de uma equipe vencedora
que foi esmigalhada pela morte de seu piloto
principal e torná-la vitoriosa novamente!
Como a vida continua, a equipe Lotus vai
para Indianápolis testar a novíssima Lotus 56,
a sensacional Lotus Turbina. E a bruxa ataca a
equipe novamente! Mike Spence, com o
terceiro carro da equipe, bate e morre no
Brickyard, exatamente 1 mês depois de Clark
bater na Alemanha.
Apenas uma semana depois da morte de
Spence, Graham Hill alinhava sua Lotus 49
em Jarama para a segunda etapa do
Mundial. O clima na equipe não podia ser
mais pesado, e Chapman nem vai para lá.
Classificando para a largada em sexto, Hill vai
ganhando posições com os abandonos dos
pilotos à sua frente e assume a liderança na
volta 59 de 90, liderando até a bandeirada e
vencendo o GP da Espanha. Não houve boné
para o alto desta vez, mas Hill assume a
liderança do Mundial com 15 pontos.
Vamos para Mônaco, e lá o boné volta a ser
jogado para o alto, Hill domina a corrida e
vence seu quarto GP de Mônaco.
México/64: Bandini joga Hill para
fora a duas voltas do fim. Surtees
passa e ganha o título mundial
Acima, a BRM P-57 de 1962
Abaixo, a Lola T-360 em Mônaco/74