Velozes R6 / Mônaco

O Grande Prêmio de Mônaco voltou a ser disputado em
1948, mas a edição do ano seguinte foi cancelada pela
morte do príncipe de Mônaco, Luíz II.
Engarrafamento no Principado! Em 1950 foi assim...
Em 1950, Mônaco passou a integrar o novo campeonato
mundial, instituído pela nova entidade controladora do
automobilismo, a FIA. A prova foi a segunda etapa do
Mundial, disputada em 21 de maio, apenas uma semana
após a corrida inaugural da Fórmula 1, o GP da
Inglaterra.
Juan-Manuel Fangio venceu, conquistando a primeira de
suas 24 corridas em apenas 51 largadas – ou seja, ele
venceu quase a metade das corridas de Fórmula 1 que
participou! Completando o pódio, Louis Chiron, o
mesmo Louis Chiron que apoiou a criação da corrida em
1929 e venceu a edição de 1931!
Novamente não houve corrida em 1951, e a prova de
1952 foi disputada por carros esporte, e não por carros
do Mundial de Pilotos.
Sómente em 1955 votaríamos a ter o Grand Prix Du
Mônaco, que marcaria a vitória de Maurice Trintignant e
mais uma vez uma bela atuação do inesgotável Louis
Chiron, que terminou a prova em sexto lugar e tornouse
ali o homem mais idoso a correr um Grande Prêmio,
aos 55 anos e 292 dias de idade.
E não foi seu último Grand Prix! Ele correria até 1958!
Nesse dia, Alberto Ascari perdeu o controle de seu carro
na chicane e foi tomar um banho no Mediterrâneo.
Stirling Moss foi o primeiro Mister Mônaco, ao
conquistar sua terceira vitória no Principado em 1961.
Um ano antes, ele tinha levado a Lotus à sua primeira
vitória na Fórmula 1, conduzindo o carro da equipe de
Rob Walker.
A pista tinha um traçado diferente do atual em 1961
Mas nem só de alegrias são os dias nas ruas ao redor do
Cassino. Numa pista tão estreita, inúmeros acidentes se
repetem todos os anos e alguns tiveram consequências
trágicas. Quando se fala de acidentes em Mônaco,
sempre nos vem à memória a batida de Lorenzo Bandini
e o horrível incêndio que envolveu sua Ferrari em 1967,
mas outro piloto italiano, igualmente famoso em seu
tempo, Luigi Faglioli, morreu nos treinos da prova de
1952. E ainda teve o piloto Dennis Taylor, que morreu
na prova de Formula Junior de 1962.
Existiram outros momentos em que a tragédia deixou
de acontecer por pouco, como na batida entre Piquet e
Patrese em 1985, a batida na largada de Derek Daly em
1980 e principalmente a de Karl Wendingler em 1994,
que levou ao término da carreira do austríaco na F1.
Voltando ao lado alegre, outro inglês roubou o título de
Mr. Mônaco das mãos de Moss. Graham Hill bateu o
recorde de vitórias, conquistando cinco triunfos nas ruas
douradas. Com três vitórias seguidas em 1963-64-65
pela BRM e mais duas em 1968-69 com Lotus, o pai de
Damon Hill marcou a prova monegasca com atuações
esmagadoras.
A largada (aqui a de 1956) era onde hoje fica a piscina
As dificuldades exclusivas desta pista apertada e sinuosa
levaram a muitas quebras ou batidas entre os favoritos
e a resultados inesperados. Já na segunda corrida, em
1930, Renè Dreyfus venceu com sua Bugatti particular
segurando três Bugattis de fábrica – Chiron incluso.
Denny Hulme aproveitou o acidente de Bandini para
vencer e dar a seu patrão, Jack Brabham, que fez a pole
mas não largou na corrida de 1967, alguma alegria.