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Revista Dr. Plinio 233

Agosto de 2017

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Luzes da Civilização Cristã<br />

É certo que não foi terminada a construção das torres,<br />

as quais teriam uma parte mais alta. Ninguém pode<br />

imaginar como seria, nem ousa completar uma coisa que,<br />

quando se olha, tem-se a impressão de não pedir complemento.<br />

Onde está o talento para completar uma obra<br />

admirável como essa? Não foram encontradas as plantas<br />

que os arquitetos deviam seguir, ninguém ousou mexer<br />

nisso.<br />

Considerem como a relação desses vários elementos<br />

dá uma impressão de harmonia. Qual? Embaixo, três<br />

portais; o do centro é um pouco maior do que os outros<br />

dois. Mas não se percebe bem, pois é discretíssima a diferença.<br />

Contudo, se os portais fossem da mesma altura,<br />

seriam sem graça.<br />

A ogiva é a nota do andar térreo. O andar de cima começa<br />

com a galeria de estátuas e acaba com a colunata.<br />

No meio há uma rosácea e duas ogivas, uma de cada lado.<br />

Cada ogiva é dividida em duas. E, no ponto em que<br />

as duas se encontram, há outra rosácea.<br />

Assim, o redondo é a nota mais saliente nesse andar,<br />

contrastando com o pontiagudo de tantas outras partes.<br />

Mas observem a harmonia, o bom senso e o equilíbrio de<br />

coisas tão diversas e tão bem reunidas. Notem como fica<br />

leve, quase como um brinquedinho, a estátua colossal de<br />

Nossa Senhora ladeada por duas figuras de Anjos.<br />

Por cima, vê-se a massa enorme das torres, cada uma<br />

com duas notáveis ogivas, onde os sinos tocam gravemente<br />

nas grandes horas do ano litúrgico e, às vezes, nas<br />

grandes horas da História da França, que são as grandes<br />

horas da História do mundo.<br />

A galeria dos reis<br />

DXR (CC 3.0)<br />

Essa galeria com estátuas de reis tem sua história. A<br />

Revolução Francesa, sempre ela mesma, decapitou todas<br />

essas esculturas porque, como os bandidos tinham guilhotinado<br />

o rei e a rainha, quiseram “guilhotinar” também<br />

todos esses reis do Antigo Testamento.<br />

Recentemente, nos alicerces de um banco próximo a<br />

Notre-Dame, quiseram fazer construções e encontraram<br />

essas cabeças, que a Revolução Francesa tinha arrancado,<br />

enterradas no subsolo do banco. Fizeram-se estudos<br />

e verificou-se que foi um homem piedoso, residente nas<br />

cercanias, que enterrou essas cabeças ali, porque ele não<br />

se conformava com essa decapitação.<br />

Dietmar Rabich (CC 3.0)<br />

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