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A Raízen Energia, o maior<br />
produtor brasileiro de etanol<br />
de cana, está planejando ampliar<br />
a produção em uma<br />
nova usina de biocombustíveis<br />
de "segunda geração",<br />
em um movimento que aumentará<br />
drasticamente a produtividade<br />
de uma das<br />
indústrias mais importantes<br />
Um tipo de biodiesel feito<br />
com microalgas pode prover<br />
energia para ônibus e caminhões<br />
e reduzir as emissões<br />
de gases do efeito estufa em<br />
até 80%, possivelmente reduzindo<br />
a poluição em cidades,<br />
segundo cientistas do Departamento<br />
de Engenharia Química<br />
e Bioprocessos da Universidade<br />
Católica do Chile.<br />
Eles cultivaram algas suficientes<br />
para fragmentá-las e extrair<br />
seu óleo, que pode ser<br />
Raízen<br />
Biodiesel<br />
Irrigação<br />
A cultura da cana, que vem<br />
penando para assegurar seus<br />
níveis de produtividade, ainda<br />
usa a irrigação muito mais<br />
para garantir sua sobrevivência<br />
e dar um destino para a<br />
vinhaça do que para ampliar<br />
seu rendimento. Nas áreas<br />
mais antigas de canaviais,<br />
concentradas no Estado de<br />
São Paulo, a irrigação é basicamente<br />
para salvar a cultura.<br />
Mas nas fronteiras mais<br />
recentes, em regiões que<br />
chovem menos, como Goiás,<br />
a irrigação é mais intensiva.<br />
O cenário da irrigação da<br />
cana no Centro-Sul foi traçado<br />
por um estudo feito pela<br />
Agência Nacional de Águas<br />
(ANA) e a consultoria Agrosatélite.<br />
O trabalho considerou<br />
apenas áreas produtivas<br />
que responderam à irrigação.<br />
do país. A empresa diz que<br />
aumentará a produção mais<br />
do que cinco vezes em dois<br />
anos, tornando a nova tecnologia<br />
competitiva com o etanol<br />
tradicional e aproveitando<br />
potencialmente milhões de<br />
toneladas de material vegetal<br />
que atualmente são desperdiçadas.<br />
convertido em biodiesel após<br />
a remoção de umidade e detritos.<br />
O principal desafio será<br />
produzir um volume suficiente.<br />
Uma grande variedade<br />
de algas frescas e de água<br />
salgada é encontrada no Chile,<br />
que tem uma longa costa<br />
do Pacífico. Os cientistas estão<br />
tentando melhorar a tecnologia<br />
para crescimento de<br />
algas para incrementar a produção<br />
a um custo baixo e<br />
com menos energia.<br />
De acordo com o levantamento,<br />
a irrigação foi utilizada,<br />
na safra 2015/16, em<br />
1,72 milhão de hectares de<br />
cana, 17% da área total no<br />
Centro-Sul (9,3 milhões de<br />
hectares). Do total da área<br />
irrigada, em 98,4% a técnica<br />
foi considerada de "salvamento",<br />
feita com quantidades<br />
consideradas "mínimas"<br />
de água e vinhaça.<br />
Petrobras<br />
A Petrobras, que vendeu<br />
importantes ativos no setor<br />
sucroalcooleiro, voltará a<br />
atuar em energias renováveis<br />
após fase de transição<br />
para resolver o altíssimo<br />
endividamento. Segundo o<br />
presidente da estatal, Pedro<br />
Parente, a empresa sabe<br />
que tem que buscar caminhos<br />
alternativos para garantir<br />
sustentabilidade de seu<br />
negócio no futuro. Para ele,<br />
a indústria de etanol tem<br />
um grande futuro e "é uma<br />
saída brasileira". "Não há<br />
razão para não nos esforçarmos<br />
para viabilizá-la",<br />
disse.<br />
ANP<br />
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis<br />
(ANP) prorrogou por três anos o prazo para<br />
comprovação de regularidade fiscal dos produtores de<br />
etanol que passam por processo de recadastramento de<br />
suas instalações. Em nota, a ANP destacou que a prorrogação<br />
atende a uma demanda do setor para facilitar o<br />
cumprimento das exigências previstas na Resolução ANP<br />
26/2012. O prazo se encerraria em 31 de agosto.<br />
As usinas sucroalcooleiras<br />
e os plantadores de cana de<br />
São Paulo assinaram durante<br />
o Ethanol Summit, evento na<br />
capital do Estado, no final de<br />
junho, um memorando junto<br />
com o governo estadual que<br />
prevê medidas conjuntas para<br />
contornar problemas de produtividade<br />
causados pela mecanização<br />
da colheita de cana<br />
e para estimular o reflorestamento.<br />
As metas e diretrizes<br />
do documento – que marca<br />
um novo Protocolo Agroambiental<br />
para o setor sucroalcooleiro<br />
– estão sendo definidas<br />
e serão regulamentadas em<br />
120 dias por um grupo de trabalho<br />
composto por representantes<br />
das secretarias do<br />
Em comemoração aos<br />
seus 130 anos, o Instituto<br />
Agronômico (IAC) lançou<br />
duas variedades de cana-deaçúcar:<br />
a IACSP01-3127 e a<br />
IACSP01-5503, que têm perfis<br />
diferentes e alto desempenho,<br />
apresentando ganhos<br />
agroindustriais em torno de<br />
15% quando comparadas<br />
com a variedade mais cultivada<br />
no Centro-Sul do Brasil -<br />
RB867515. A IACSP01-5503<br />
é bastante rústica e muito<br />
Protocolo<br />
Meio Ambiente e da Agricultura,<br />
da Companhia Ambiental<br />
do Estado de São Paulo (Cetesb),<br />
da União das Indústrias<br />
de Cana-de-Açúcar (Unica) e<br />
da Organização dos Plantadores<br />
de Cana (Orplana).<br />
IAC variedades<br />
competitiva em ambientes<br />
restritivos, onde os solos armazenam<br />
pouca água e têm<br />
baixa fertilidade natural. Já a<br />
IACSP01-3127 é uma cana<br />
que apresenta alta performance<br />
em situações de manejo<br />
avançado, que inclui o<br />
uso de vinhaça e outros resíduos<br />
orgânicos. Essa variedade<br />
também possibilita longo<br />
período de utilização industrial,<br />
podendo ser colhida<br />
de maio até outubro.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 15