4 Anos de Intervenção Autárquica
O que o Bloco de Esquerda de Torres Novas fez em 4 de Intervenção Autárquica
O que o Bloco de Esquerda de Torres Novas fez em 4 de Intervenção Autárquica
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Título: 4 <strong>Anos</strong> <strong>de</strong> <strong>Intervenção</strong> <strong>Autárquica</strong><br />
Edição: Bloco <strong>de</strong> Esquerda <strong>de</strong> Torres Novas<br />
Fontes: Actas da Câmara Municipal e Assembleia Municipal <strong>de</strong> Torres Novas<br />
Recolha <strong>de</strong> dados até 6 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2017<br />
Julho <strong>de</strong> 2017
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
3<br />
Índice<br />
Orçamentos Municipais..................................................... 7<br />
Orçamento e Plano <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Municipais 2014 .................................. 9<br />
Orçamento e Plano <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Municipais 2015 ................................. 10<br />
Orçamento e Plano <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Municipais 2016 ................................. 11<br />
Orçamento e Plano <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Municipais 2017 ................................. 14<br />
Sobre o orçamento <strong>de</strong> 2013................................................... 16<br />
Sobre o orçamento <strong>de</strong> 2014................................................... 17<br />
Sobre o orçamento <strong>de</strong> 2015................................................... 24<br />
Sobre o orçamento <strong>de</strong> 2016................................................... 32<br />
Sobre o orçamento <strong>de</strong> 2017................................................... 43<br />
Antigo Hospital........................................................... 57<br />
Declarações ............................................................... 57<br />
Comunicados .............................................................. 59<br />
Turrisespaços. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65<br />
Águas do Ribatejo ......................................................... 83<br />
Resitejo................................................................... 101<br />
Almonda Parque ......................................................... 111<br />
Regulamento Municipal <strong>de</strong> Urbanização e Edificação.................... 125<br />
Propostas apresentadas.................................................. 133<br />
Propostas apresentadas em 2013.............................................. 134<br />
Propostas apresentadas em 2014.............................................. 140<br />
Propostas apresentadas em 2015.............................................. 145<br />
Propostas apresentadas em 2016.............................................. 161<br />
Propostas apresentadas em 2017.............................................. 175<br />
Período Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia .......................................... 185<br />
PAOD – Ano <strong>de</strong> 2013....................................................... 185<br />
PAOD – Ano <strong>de</strong> 2014....................................................... 185<br />
PAOD – Ano <strong>de</strong> 2015....................................................... 191<br />
PAOD – Ano <strong>de</strong> 2016....................................................... 207<br />
PAOD – Ano <strong>de</strong> 2017....................................................... 226<br />
Declarações <strong>de</strong> voto .................................................... 241<br />
Declarações <strong>de</strong> voto em 2013 ................................................ 241<br />
Declarações <strong>de</strong> voto em 2014 ................................................ 242<br />
Declarações <strong>de</strong> voto em 2015 ................................................ 244<br />
Declarações <strong>de</strong> voto em 2016 ................................................ 256<br />
Declarações <strong>de</strong> voto em 2017 ................................................ 272
Orçamentos<br />
Municipais
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
7<br />
Durante este mandato autárquico o Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
nunca <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> exercer os seus direitos ao abrigo<br />
do Estatuto do Direito <strong>de</strong> Oposição.<br />
Para todos os Orçamentos Municipais apresentámos<br />
um conjunto <strong>de</strong> propostas alternativas atempadamente,<br />
que a maioria do Partido Socialista nunca consi<strong>de</strong>rou.<br />
Analisámos em <strong>de</strong>talhe as propostas <strong>de</strong> Orçamento<br />
e fizemos as nossas críticas e apontámos erros<br />
e incongruências, em alguns casos corrigidos.<br />
Votámos contra todos os Orçamentos Municipais,<br />
conscientes <strong>de</strong> que as opções aí expressas<br />
não correspondiam às necessida<strong>de</strong>s do Concelho.<br />
Aqui ficam todos os contributos apresentados.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
9<br />
Orçamento e Plano<br />
<strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Municipais 2014<br />
Propostas do Bloco <strong>de</strong> Esquerda a apresentar ao Sr. Presi<strong>de</strong>nte<br />
da CM ao abrigo do Estatuto do Direito <strong>de</strong> Oposição, lei 24/1998<br />
Obras com caráter <strong>de</strong> urgência:<br />
1 – Limpeza e nova imagem do centro histórico.<br />
2 – Renegociação do protocolo com os bombeiros<br />
3 – Ponte do Nicho, tabuleiro sobre a Ribeira da Boa Água para passagem em segurança <strong>de</strong> peões.<br />
4 – Pagamento do prémio Maria Lamas<br />
5 – Plano para o controle da população <strong>de</strong> pombos na cida<strong>de</strong><br />
6 – Limpeza do rio Almonda (Açu<strong>de</strong> Real – ponte do Beira Rio)<br />
7 – Criação <strong>de</strong> hortas municipais<br />
8 – Reabertura da passagem <strong>de</strong> água na vala da central elétrica<br />
9 – Auditoria energética nos edifícios e equipamentos da CM.<br />
10 – Ponte dos Pimentéis em Lapas<br />
11 – Combate às barreiras arquitetónicas<br />
12 – Retomar o pagamento <strong>de</strong> subsídios às associações e coletivida<strong>de</strong>s em 2014.<br />
13 – Or<strong>de</strong>namento e arborização dos espaços junto ao bairro da Sópovo, Meia Via.<br />
14 – Recuperação do campo <strong>de</strong> futebol dos Soudos.<br />
15 – Apoio social para o combate à pobreza e à exclusão.<br />
16 – Abertura <strong>de</strong> caminhos e pistas na serra, freguesias Assentiz, Chancelaria, Pedrogão.<br />
Obras e projetos para <strong>de</strong>bate e aprovação em 2014:<br />
1 – Plano para a reabilitação urbana dos centros históricos <strong>de</strong> Torres Novas e Lapas. Envolvimento<br />
dos técnicos, das forças vivas e da população.<br />
2 – Calçada António Nunes<br />
4 – Estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes urbanos públicos para Torres Novas-Entroncamento.<br />
5 – Festas da cida<strong>de</strong> Torres Novas, intercalar com a feira medieval.<br />
7 – Mercado <strong>de</strong> Riachos, compra do espaço.<br />
8 – Requalificação do espaço no rio Almonda entre as localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ribeira Branca e Ribeira Ruiva.<br />
Obras nas infraestruturas rodoviárias, projeto e calendarização:<br />
– Estrada <strong>de</strong> Liteiros a Zibreira<br />
– Estrada da Quinta do Melo, Riachos a Boquilobo.<br />
– Estrada do Alto das Pedreiras.<br />
– Arruamentos em Pena e Casal da Pena.<br />
– Arruamentos em Pafarrão.<br />
– Pavimentação da variante em Alqueidão.<br />
Torres Novas 10 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2013
10<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Orçamento e Plano<br />
<strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Municipais 2015<br />
Propostas do Bloco <strong>de</strong> Esquerda a apresentar ao Sr. Presi<strong>de</strong>nte<br />
da CM ao abrigo do Estatuto do Direito <strong>de</strong> Oposição, lei 24/1998<br />
Obras com caráter <strong>de</strong> urgência:<br />
1 – Limpeza e nova imagem do centro histórico.<br />
2 – Renegociação do protocolo com os bombeiros<br />
3 – Plano para o controle da população <strong>de</strong> pombos na cida<strong>de</strong><br />
4 – Obras urgentes e Limpeza do rio Almonda<br />
5 – Criação <strong>de</strong> hortas municipais<br />
6 – Reabertura da passagem <strong>de</strong> água na vala da central elétrica<br />
7 – Reabilitação do espaço conhecido como “Azulada” freguesia <strong>de</strong> Assentiz.<br />
8 – Ponte dos Pimenteis em Lapas<br />
9 – Or<strong>de</strong>namento e arborização dos espaços junto ao bairro da Sopovo, Meia Via.<br />
10 – Recuperação do campo <strong>de</strong> futebol dos Soudos.<br />
11 – Apoios sociais para o combate à pobreza e à exclusão.<br />
12 – Abertura <strong>de</strong> caminhos e pistas na serra, freguesias Assentiz, Chancelaria, Pedrogão.<br />
13 – Finalização da obra ponte do Nicho.<br />
Obras e projetos para <strong>de</strong>bate e aprovação em 2015:<br />
1 – Plano para a reabilitação urbana dos centros históricos <strong>de</strong> Torres Novas e Lapas. Envolvimento<br />
dos técnicos, das forças vivas e da população.<br />
2 – Calçada António Nunes<br />
3 – Estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes urbanos públicos para Torres Novas-Entroncamento.<br />
4 – Festas da cida<strong>de</strong> Torres Novas, intercalar com a feira medieval.<br />
5 – Mercado <strong>de</strong> Riachos, compra do espaço.<br />
6 – Compra <strong>de</strong> prédio na rua Luís <strong>de</strong> Camões, freguesia <strong>de</strong> Meia Via, que estrangula o trânsito.<br />
7 – Projeto <strong>de</strong> recuperação das pontes na freguesia <strong>de</strong> Riachos.<br />
Obras nas infraestruturas rodoviárias, projeto e calendarização:<br />
– Estrada <strong>de</strong> Liteiros a Zibreira<br />
– Estrada da Quinta do Melo, Riachos a Boquilobo.<br />
– Arruamentos em Pena e Casal da Pena.<br />
– Arruamentos em Pafarrão.<br />
– Pavimentação da variante em Alqueidão.<br />
– EN 3, troço entre o Nicho e o concelho do Entroncamento.<br />
– Pavimentação da via João Paulo II, saída da A23 e rotunda dos figos.<br />
– Entrada e saída <strong>de</strong> Torres Novas, lado escola <strong>de</strong> polícia.<br />
Devem ser retirados dos planos municipais <strong>de</strong> investimento:<br />
– Museu Alfredo Keill<br />
– Requalificação da via João Paulo II<br />
Torres Novas 27 Outubro <strong>de</strong> 2014
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
11<br />
Orçamento e Plano<br />
<strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Municipais 2016<br />
Propostas do Bloco <strong>de</strong> Esquerda a apresentar ao Sr. Presi<strong>de</strong>nte<br />
da CM ao abrigo do Estatuto do Direito <strong>de</strong> Oposição, lei 24/1998<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda apresenta um conjunto <strong>de</strong> propostas que consi<strong>de</strong>ra fundamentais para o<br />
Município no próximo ano, no sentido <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r aos principais problemas existentes, equilibrando<br />
as respostas por todo o território e não limitando à Cida<strong>de</strong>.<br />
1 – Recuperação das vias <strong>de</strong> circulação<br />
Têm sido sucessivamente adiadas obras <strong>de</strong> pavimentação das vias que há muito se encontram em<br />
adiantado estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação, sobretudo nas freguesias rurais. O BE sempre <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u que<br />
<strong>de</strong>ve existir uma priorização <strong>de</strong>stas obras e que a população <strong>de</strong>ve ser informada, <strong>de</strong> forma clara e<br />
transparente das <strong>de</strong>cisões da Câmara Municipal e dos prazos para a sua execução.<br />
a) Obras a realizar/finalizar:<br />
– Pavimentação Pena/Casal da Pena/Rexaldia<br />
– Pavimentação em Pé <strong>de</strong> Cão<br />
– <strong>Intervenção</strong> na Calçada António Nunes<br />
– Pavimentação em Vale da Serra<br />
– Pavimentação Rua do Lavradio e Av. José Loureiro da Rosa em Brogueira<br />
– Pavimentação da Estrada <strong>de</strong> Casais Novos/Alcorochel<br />
– Pavimentação da EN 557 Assentis/Beselga<br />
– Pavimentação Riachos/Boquilobo<br />
(Todas estas obras correspon<strong>de</strong>m a compromissos assumidos pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte, ver a<br />
<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto sobre a 1.ª revisão do Orçamento – 7 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2015)<br />
O BE propõe ainda que seja feito um levantamento <strong>de</strong> outras situações e que se agilize formas <strong>de</strong><br />
intervenção rápida, <strong>de</strong> forma a minorar os efeitos negativos junto das populações e evitar que a<br />
<strong>de</strong>gradação se acentue.<br />
b) Projetos a aprovar em 2016 e abertura do respetivo concurso:<br />
– Estrada “Nicho – Entroncamento”<br />
2 – Obras <strong>de</strong> requalificação/construção <strong>de</strong> equipamentos<br />
– Centro Escolar <strong>de</strong> Santa Maria<br />
– Reparação e recuperação <strong>de</strong> 2 Pontes em Riachos, no âmbito do Projeto já aprovado pela Câmara<br />
Municipal<br />
– Reabilitação do espaço <strong>de</strong> lazer em Azulada, Assentis<br />
– Reabilitação do Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja<br />
– Or<strong>de</strong>namento e arborização dos espaços junto ao Bairro da Sopovo, Meia Via<br />
3 – Projetos <strong>de</strong> requalificação <strong>de</strong> equipamentos a concretizar em 2016:<br />
– Aprovação <strong>de</strong> projeto e abertura <strong>de</strong> concurso para a requalificação da Casa do Povo <strong>de</strong> Riachos<br />
– Concretização da aquisição do Mercado <strong>de</strong> Riachos e do Cinema Olimpia (já aprovadas pela Câmara)<br />
e elaboração dos respetivos projetos
12<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
– Apresentação <strong>de</strong> projeto e discussão pública sobre o Parque Urbano dos Mesiões<br />
– Levantamento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reparação do Estádio Municipal e dos campos <strong>de</strong> futebol<br />
existentes no concelho<br />
– Estudo sobre as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> circuitos <strong>de</strong> eco-pistas, que se concretize num projeto<br />
integrado e funcional que vise promover o lazer, mas também uma perspetiva <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong><br />
sustentável.<br />
4 – Rio Almonda:<br />
– Limpeza geral do Rio e segurança das margens<br />
– Reparação das adufas<br />
– Articulação com as entida<strong>de</strong>s competentes (APA, SEPNA, Águas do Ribatejo) na fiscalização e<br />
combate às fontes poluidoras<br />
5 – Áreas <strong>de</strong> Reabilitação Urbana:<br />
– Elaboração dos projetos para a ARU <strong>de</strong> Riachos e das Lapas (conforme <strong>de</strong>cisão da Câmara<br />
Municipal)<br />
– Implementação das Ações Imediatas constantes do documento da ARU – Centro Histórico –<br />
UrbNovas<br />
AÇÕES IMEDIATAS (retirado do texto aprovado em CM e AM, sublinhados nossos)<br />
1. Sessões <strong>de</strong> esclarecimento, sensibilização e apresentação pública do projeto Urbnovas<br />
2. Reabilitação <strong>de</strong> edifícios ao abrigo do «Protocolo <strong>de</strong> parceria <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> edificado privado<br />
– PPREP» (consiste em estabelecer acordos com os proprietários dos edifícios do centro histórico,<br />
com vista a agilizar processos burocráticos e outros constrangimentos que, muitas vezes, atrasam<br />
ou bloqueiam o curso dos trabalhos).<br />
3. Realização <strong>de</strong> vistorias aos imóveis <strong>de</strong>gradados e proposta <strong>de</strong> obra (reabilitação <strong>de</strong> edifícios em<br />
mau estado <strong>de</strong> conservação e em ruína, construção <strong>de</strong> edifícios em vazios urbanos, contenção <strong>de</strong><br />
fachadas, proteção dos vazios urbanos com telas impressas com motivos do centro histórico (memória<br />
do lugar), entre outras possíveis ações neste âmbito<br />
4. Criação do Gabinete Único <strong>de</strong> Reabilitação Urbana – GURU (gabinete da equipa do projeto<br />
Urbnovas) para respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s várias no âmbito da reabilitação, criando uma relação<br />
<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> com a população resi<strong>de</strong>nte (po<strong>de</strong>ndo auscultar os seus <strong>de</strong>sejos e dúvidas), com os<br />
proprietários (aconselhamento, prestação <strong>de</strong> esclarecimentos, etc.) e os empreiteiros (acompanhamento<br />
<strong>de</strong> obras), obstando à realização <strong>de</strong> obras dissonantes, incentivando a reabilitação <strong>de</strong> edifícios em<br />
mau estado <strong>de</strong> conservação e em ruína, melhorando as condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> e salubrida<strong>de</strong><br />
da população.<br />
5. Criação do Observatório Municipal do Espaço Público/centro histórico – OMEP/CH (possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> se vir a criar uma comissão, constituída por técnicos que recolham e registem todas as necessida<strong>de</strong>s<br />
do centro histórico e em colaboração com entida<strong>de</strong>s como juntas <strong>de</strong> freguesia, associações <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa<br />
do património e ACIS; os resultados do trabalho seriam disponibilizados, através <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong><br />
dados, on-line, para consulta e atualização periódica, acessível a todos os cidadãos).<br />
6. Criação <strong>de</strong> um armazém <strong>de</strong> materiais com interesse relevante (DMIR), resultante <strong>de</strong> <strong>de</strong>molições<br />
e limpeza <strong>de</strong> estruturas edificadas, em ruína, para reaplicação em obras <strong>de</strong> reabilitação/requalificação<br />
no centro histórico. O mesmo resultaria na conjugação <strong>de</strong> materiais e acabamentos compatíveis com<br />
a construção a reabilitar.<br />
7. Propostas <strong>de</strong> manutenção e intervenção para o centro histórico: – para a reavaliação do sistema<br />
<strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> resíduos sólidos urbanos, higiene e limpeza urbana; – para a regulação do trânsito,
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
13<br />
circulação, estacionamento e sistema <strong>de</strong> transportes – para o controlo <strong>de</strong> pragas – para a manutenção do<br />
mobiliário urbano – para a manutenção das infraestruturas – para a manutenção dos pavimentos.<br />
8. Apresentação <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> classificação e imóveis em conformida<strong>de</strong> com o disposto no art.º<br />
68, do regulamento do plano diretor municipal.<br />
9. Elaboração dos projetos <strong>de</strong> reabilitação urbana dos imóveis <strong>de</strong>gradados do centro histórico pelos<br />
técnicos municipais, mediante competente <strong>de</strong>liberação da câmara municipal, com apoio técnico aos<br />
particulares.<br />
10. Equipa <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> edifícios constituída por assistentes operacionais (carpinteiro, eletricista,<br />
pintor, pedreiro, dois serventes) para intervenção diária no centro histórico.<br />
6 – Cultura, associativismo e lazer<br />
– Realização das Festas da Cida<strong>de</strong>, em coor<strong>de</strong>nação com o movimento associativo do concelho<br />
– Apoio à Festa da Benção do Gado<br />
– Apoio às Festas Populares das Freguesias<br />
– Apoio à realização da 2.ª Mostra do Associativismo Torrejano<br />
– Manutenção da ativida<strong>de</strong> do Teatro Virgínia, do Museu Municipal, da Biblioteca e das edições da<br />
Câmara Municipal<br />
– Reforço do apoio às Bandas Filarmónicas e associações do concelho<br />
– Concretização do projeto para a criação <strong>de</strong> hortas urbanas<br />
7 – Apoio Social<br />
– Apoio social para o combate à pobreza e exclusão social<br />
– Integração dos refugiados que o concelho venha a receber<br />
8 – Taxas Municipais<br />
– Redução em 30% das taxas municipais <strong>de</strong> urbanização para as obras <strong>de</strong> reabilitação e recuperação<br />
<strong>de</strong> imóveis que se situem fora das Áreas <strong>de</strong> Reabilitação Urbana<br />
Esta proposta visa criar, por um lado, um incentivo à reabilitação <strong>de</strong> prédios <strong>de</strong>gradados e, por outro,<br />
criar um “mecanismo <strong>de</strong> compensação” para as zonas fora das ARU, promovendo também receitas<br />
para a Câmara Municipal.<br />
Torres Novas, 23 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015
14<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Orçamento e Plano<br />
<strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Municipais 2017<br />
Propostas do Bloco <strong>de</strong> Esquerda a apresentar ao Sr. Presi<strong>de</strong>nte<br />
da CM ao abrigo do Estatuto do Direito <strong>de</strong> Oposição, lei 24/1998<br />
Sobre os investimentos a realizar em 2017:<br />
– Reabilitação <strong>de</strong> todas as vias em mau estado <strong>de</strong> conservação. As populações resi<strong>de</strong>ntes nas freguesias<br />
do concelho tem direito a circular em segurança e ao longo dos anos têm sido prejudicadas neste<br />
aspeto. São cerca <strong>de</strong> 60 vias que estão em mau estado, segundo informação da Câmara. O BE fez<br />
um requerimento on<strong>de</strong> solicitava que lhe fosse informado qual o custo <strong>de</strong> todas as reparações.<br />
Infelizmente ainda não foi respondido. Mas a Câmara sabe exatamente quanto é preciso gastar. Nesse<br />
sentido, propomos que a verba total seja incluída no Orçamento. Anulação do projeto <strong>de</strong> construção<br />
<strong>de</strong> 4 vias na Av. João Paulo II.<br />
– Criação <strong>de</strong> um gabinete ambiental, abrindo lugares no Mapa <strong>de</strong> Pessoal se necessário, para dotar<br />
a Câmara Municipal <strong>de</strong> condições para acompanhar e fiscalizar o comportamento <strong>de</strong> empresas que<br />
contribuem para a poluição da bacia hidrográfica do Almonda.<br />
– Concretização da Área <strong>de</strong> Reabilitação Urbana <strong>de</strong> Riachos e Lapas. Foi <strong>de</strong>cidido criar estas duas<br />
Áreas <strong>de</strong> Reabilitação Urbana e ainda nada foi feito.<br />
– Concretização dos projetos que já têm financiamento comunitário garantido, através do PEDU,<br />
articulando com as intervenções previstas na ARU do Centro Histórico e da ARU Rio, sujeitandoos<br />
ao parecer do Conselho Local <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano e a discussão pública, incluindo a<br />
“valorização do jardim da avenida <strong>de</strong> forma articulada com o jardim das rosas mas mantendo a<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do seu tempo <strong>de</strong> construção” (doc. ARU Rio)<br />
– Entrada em vigor do Regulamento <strong>de</strong> Apoio às Freguesias, estimulando a apresentação <strong>de</strong> projetos<br />
para as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma transparente e equitativa. O Orçamento <strong>de</strong>ve prever dotação financeira<br />
a<strong>de</strong>quada para respon<strong>de</strong>r às 10 freguesias.<br />
– Reforço das verbas <strong>de</strong> apoio ao associativismo quer na componente <strong>de</strong> apoio mensal às Bandas<br />
e Escolas <strong>de</strong> Música, quer na aquisição <strong>de</strong> equipamentos e nos apoios pontuais. Propomos que a<br />
verba duplique.<br />
– Dotar financeiramente a rubrica para posse administrativa <strong>de</strong> imóveis em risco <strong>de</strong> ruína.<br />
– Aumento da verba para o Orçamento Participativo<br />
– Aumento da verba para as Freguesias, na <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências tendo em consi<strong>de</strong>ração o<br />
balanço <strong>de</strong>ste ano e com especial enfoque na verba para as reparações nos Centros Escolares que<br />
não teve nenhum aumento na revisão efetuada a meio do ano<br />
– Repor o nível <strong>de</strong> financiamento do Teatro Virgínia aos níveis da antiga Turrisespaços<br />
– Reforço das verbas para o sector cultural da Câmara<br />
– Manter e alargar o acolhimento <strong>de</strong> refugiados/as<br />
– Contratação <strong>de</strong> pessoal auxiliar para os centros escolares aproveitando a norma do Orçamento<br />
<strong>de</strong> Estado<br />
– Adaptação dos parques infantis para crianças com <strong>de</strong>ficiência
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
15<br />
Projetos e compromissos antigos que teimam em não sair do papel:<br />
– Novas instalações para as oficinas da Câmara Municipal<br />
– Revisão do PDM<br />
– Conclusão das obras <strong>de</strong> infraestruturas nas zonas industriais<br />
– Reparação <strong>de</strong> 2 pontes no âmbito do Projeto aprovado sobre “Reabilitação <strong>de</strong> Pontes e Fontes”<br />
– Pintura <strong>de</strong> passa<strong>de</strong>iras, o caso mais emblemático será o Nicho <strong>de</strong> Riachos<br />
– Rebaixamento <strong>de</strong> passeios <strong>de</strong> modo a possibilitar a circulação <strong>de</strong> pessoas com mobilida<strong>de</strong><br />
reduzida<br />
– Aquisição do Mercado <strong>de</strong> Riachos, já aprovado<br />
– Projeto para a reabilitação da Casa do Povo <strong>de</strong> Riachos<br />
– Concretização da reabilitação do Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja<br />
– Pintura da Variante <strong>de</strong> Riachos e realização <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> tráfego<br />
Outras Áreas <strong>de</strong> intervenção da CM:<br />
– Ação <strong>de</strong> estudo e intervenção <strong>de</strong> racionalização da gestão e do trabalho <strong>de</strong>senvolvido pelos serviços<br />
da CM, cujo objetivo <strong>de</strong>ve ser não só a melhoria da qualida<strong>de</strong> dos trabalhos executados, como a<br />
racionalização dos meios e recursos, materiais e humanos, da qual resultariam ganhos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />
no esforço global que é feito pela autarquia. Assume particular importância a reformulação dos<br />
serviços <strong>de</strong> Fiscalização, tendo em conta as alterações legislativas que ao colocarem o enfoque da<br />
responsabilida<strong>de</strong> no particular, implicam um reforço da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fiscalização.<br />
– Situação e perspetivas da área da antiga Fábrica <strong>de</strong> Fiação.<br />
Torres Novas, 26 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2016
16<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Sobre o orçamento <strong>de</strong> 2013<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre a Prestação<br />
<strong>de</strong> Contas e Relatório <strong>de</strong> Gestão relativos ao exercício <strong>de</strong> 2013<br />
Esta prestação <strong>de</strong> contas evi<strong>de</strong>ncia o tipo <strong>de</strong> gestão do anterior Executivo Camarário, salientando-se<br />
dois aspetos fundamentais: o que estava previsto no Orçamento não foi cumprido, ou seja a maioria<br />
das obras programadas não avançaram e o empolamento das receitas, embora não tão significativo<br />
como em anos anteriores, por força do Programa <strong>de</strong> Apoio à Economia Local (PAEL) e do Plano <strong>de</strong><br />
Saneamento Financeiro (PSF).<br />
As contas do ano <strong>de</strong> 2013 são marcadas pela conjuntura nacional, pelas políticas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong><br />
e pelas medidas do Governo que se traduzem num ataque à autonomia do Po<strong>de</strong>r Local, mas são<br />
sobretudo marcadas pela a<strong>de</strong>são ao Programa II do PAEL, pelo Plano <strong>de</strong> Saneamento Financeiro e são<br />
o corolário <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada política e <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governação do município, aliás muito<br />
bem caracterizado no Relatório da Inspeção Geral <strong>de</strong> Finanças, que foi tornado público em 2013.<br />
É incompreensível que não se faça nenhuma referência a este Relatório e às suas recomendações<br />
na Prestação <strong>de</strong> Contas e no Relatório <strong>de</strong> Gestão, quando se afirma que 2013 fecha um ciclo –<br />
torresnovas.pt – uma ponte para todos. Foi exatamente este ciclo das políticas autárquicas (2009-<br />
2013) no nosso concelho que foi objeto do Relatório da Inspeção Geral <strong>de</strong> Finanças, bastante crítico<br />
sobre a anterior gestão.<br />
Se em 2013 se fechou um ciclo, é preciso dizer que 2014 e até 2027, os ciclos vão ser marcados por<br />
uma política local <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong>, fruto do <strong>de</strong>spesismo do ciclo anterior.<br />
Como se constata no documento os <strong>de</strong>svios negativos estão presentes em todas as rubricas:<br />
• Receitas – abaixo do esperado – 16,77% (pág. 11)<br />
• Impostos diretos – abaixo do esperado – 16,10% (pág. 12) – com a exceção do Imposto Único<br />
<strong>de</strong> Circulação)<br />
• Transferências <strong>de</strong> Capital – abaixo do esperado – 61,98% (pág. 12)<br />
• Impostos indiretos – abaixo do esperado, exceto a rubrica <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
• Despesas – abaixo do esperado – 18,93% (pág.20), com particular <strong>de</strong>staque para a rubrica <strong>de</strong><br />
subsídios que supera o previsto em 671.364,00 euros, graças à empresa municipal Turrisespaços,<br />
que como o Relatório do PSF assume não foi ainda internalizada como previsto no Plano (pág. 24<br />
do Relatório do PSF).<br />
Ainda sobre as obras previstas para o ano <strong>de</strong> 2013, o relatório do PSF apresenta um mapa (pág. 25)<br />
on<strong>de</strong> é visível que a maioria das obras não avançaram e outras apenas têm gastos simbólicos.<br />
Este Relatório é um documento factual, não é um documento sobre as opções políticas que se<br />
fazem em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Orçamento, no entanto quer na sua introdução, quer nas notas sobre as GOP,<br />
PPI, PAM (2009-2013) é <strong>de</strong>senvolvida uma narrativa que justifica a gestão e as opções <strong>de</strong>ste período,<br />
acompanhando as suas <strong>de</strong>cisões políticas. Fala-se mesmo em “paradigma construtivista”.<br />
É preciso dizer que o “paradigma construtivista” <strong>de</strong>ixou-nos uma dívida <strong>de</strong> 30.237.251,00 euros<br />
(resultado no final <strong>de</strong> 2013) e um controle apertado sobre as <strong>de</strong>spesas e opções do Município. Deixou<br />
um Município como o próprio Relatório aponta (Pág.76) em perda <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência financeira face<br />
às transferências do Estado.<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista técnico o Relatório é objetivo, claro e permite uma leitura fácil. Cumprimento os<br />
serviços e todas/os as/os técnicos da Câmara Municipal pela sua elaboração.<br />
Não posso acompanhar a narrativa política construída sobre os seus resultados e a ausência <strong>de</strong> crítica<br />
da anterior gestão camarária. Por isso o Bloco <strong>de</strong> Esquerda votou contra.<br />
Torres Novas, 15 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2014
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
17<br />
Sobre o orçamento <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre IMI<br />
Vivemos uma profunda crise social em que os rendimentos das famílias diminuem através <strong>de</strong> cortes<br />
nos salários e pensões, ao mesmo tempo que se verifica um <strong>de</strong>créscimo significativo dos apoios sociais.<br />
Neste contexto o Bloco <strong>de</strong> Esquerda propôs a aplicação da taxa mínima <strong>de</strong> IMI no nosso concelho.<br />
Fruto da avaliação realizada pelo Governo a todos os imóveis, as famílias já são confrontadas com<br />
um significativo aumento do valor <strong>de</strong>ste imposto.<br />
A receita <strong>de</strong> IMI no nosso concelho tem vindo sempre a aumentar, mesmo sendo aplicada uma taxa<br />
reduzida, a prova evi<strong>de</strong>nte do efeito da avaliação dos imóveis.<br />
Embora o Município esteja abrangido por um Plano <strong>de</strong> Saneamento Financeiro e pelo PAEL, não<br />
existe nenhuma obrigação <strong>de</strong> aumentar as taxas <strong>de</strong> IMI.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda enten<strong>de</strong>, que na atual conjuntura, a única opção política que permite combater<br />
o empobrecimento é aplicação da taxa mínima <strong>de</strong> IMI. Apresentou uma proposta neste sentido e<br />
votou contra a proposta apresentada pelo Partido Socialista <strong>de</strong> fixar a taxa em 0,41.<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre Orçamento Municipal / 2014<br />
1. Análise Global<br />
Memória <strong>de</strong>scritiva do orçamento: O “novo ciclo autárquico” é marcado pelas alterações legislativas<br />
cujo cunho não po<strong>de</strong> ser ocultado: um ataque à autonomia das autarquias locais, princípio consagrado<br />
na Constituição da República Portuguesa. O documento apresentado assume, logo no primeiro<br />
parágrafo, a “alteração significativa” da relação com as freguesias. No entanto, o Plano e Orçamento<br />
são omissos sobre esta matéria. As novas competências das juntas <strong>de</strong> freguesia, reguladas pela Lei<br />
75/2013, implicam a celebração <strong>de</strong> um “acordo <strong>de</strong> execução” (Art.º 133.º), cujo prazo, <strong>de</strong> 180 dias<br />
a contar da data <strong>de</strong> instalação dos órgãos autárquicos, recai no espaço temporal <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong>ste<br />
orçamento. Reconhece-se a importância do acompanhamento permanente, por parte dos responsáveis<br />
autárquicos, nas matérias do orçamento, o que <strong>de</strong>via implicar um maior <strong>de</strong>talhe na sua apresentação,<br />
transparência sobre o <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> todas as verbas e, já agora, um plano para o acompanhamento da<br />
sua execução por parte da vereação. O orçamento para 2014 é marcado e condicionado pelo facto<br />
<strong>de</strong> o município ter a<strong>de</strong>rido ao PAEL, ter elaborado um Plano <strong>de</strong> Saneamento Financeiro, assim como<br />
é condicionado pelo relatório da Inspeção Geral <strong>de</strong> Finanças que, como sabemos, é muito crítico<br />
acerca dos orçamentos <strong>de</strong> mandatos anteriores. Assume-se que, como “fruto <strong>de</strong>stas duas operações<br />
financeiras (PAEL e PSF) será possível iniciar 2014 a conseguir-se pagar os compromissos assumidos,<br />
ou a assumir, <strong>de</strong>ntro do prazo consi<strong>de</strong>rado legal para esse efeito”. Sublinho o “ou a assumir”, como<br />
compromisso que <strong>de</strong>verá ser cumprido. O orçamento municipal para 2014 totaliza 33.524.019,93<br />
euros, menos 18.366.335,55 euros que o orçamento anterior. Saudamos esta redução, pois ela vai<br />
no sentido daquilo que, para o BE, é fundamental: a elaboração <strong>de</strong> orçamentos <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, não<br />
empolados, como aliás o relatório da IGF crítica <strong>de</strong> forma bastante incisiva. A redução é, portanto,<br />
fruto da diminuição das dívidas a curto prazo, da suspensão <strong>de</strong> várias obras, mas também da “obrigação”<br />
<strong>de</strong> não empolar os orçamentos. Assume-se, <strong>de</strong> seguida, que o Plano e Orçamento refletem “uma<br />
visão atual da cida<strong>de</strong> e do concelho, das intervenções necessárias, algumas <strong>de</strong> cariz imediato”, não<br />
<strong>de</strong>scurando a “estratégia regional direcionada (?) pela Comunida<strong>de</strong> Intermunicipal do Médio Tejo”.<br />
Do nosso ponto <strong>de</strong> vista, falta a este orçamento uma visão concreta dos objetivos para 2014, o que
18<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
nos suscita alguns comentários sobre os objetivos enunciados no documento: – “Sustentabilida<strong>de</strong><br />
financeira”: o equilíbrio das contas públicas é correto, mas estamos a ele obrigados. – “Qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vida”: o imposto municipal IMI aumentou, as tarifas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água e saneamento<br />
aumentaram, reduzindo os rendimentos das pessoas e famílias, a juntar às medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong><br />
do Governo. – “Solidarieda<strong>de</strong> Social”: a manutenção dos compromissos com a Re<strong>de</strong> Social parecenos<br />
pouco no contexto <strong>de</strong> agravamento da situação social. A câmara <strong>de</strong>veria ter uma reserva para<br />
fazer face às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> emergência social. – “I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Local”: perguntamos exatamente o<br />
que é e o que significa neste contexto? Sobre as áreas <strong>de</strong>stacadas na proposta <strong>de</strong> orçamento: Proteção<br />
Civil: Fala-se <strong>de</strong> uma “abertura” para uma revisão do protocolo existente com a Associação Humanitária<br />
dos Bombeiros Torrejanos e a manutenção do apoio às equipas <strong>de</strong> <strong>Intervenção</strong> Permanente. Saudamos<br />
a manutenção do apoio e a “abertura”, mas enten<strong>de</strong>mos que <strong>de</strong>ve ser colocado o objetivo <strong>de</strong> revisão<br />
do protocolo. Este problema tem <strong>de</strong> ficar resolvido no início <strong>de</strong> 2014. Se só existe uma “abertura”,<br />
como sabemos que as verbas orçamentadas são suficientes? Não parece estar incluída nenhuma verba<br />
para pagamento da dívida existente. PDM: Enten<strong>de</strong>mos que 14 anos <strong>de</strong> revisão do PDM <strong>de</strong>vem ser<br />
auditados e que a publicação da sua revisão não po<strong>de</strong> acontecer sem a realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate público<br />
e informação à população. Acessibilida<strong>de</strong>s e mobilida<strong>de</strong> no concelho: Saudamos a perspetiva das<br />
sinergias com a empresa “Águas do Ribatejo”, no sentido em que as obras realizadas no âmbito do<br />
abastecimento <strong>de</strong> água e saneamento, sejam complementadas, <strong>de</strong> imediato, com a repavimentação<br />
<strong>de</strong> caminhos, ruas e estradas, que irão ser afetadas com as obras referidas. No entanto, há que<br />
garantir que tudo o que seja responsabilida<strong>de</strong> da “Águas do Ribatejo” será executado pela empresa<br />
e em tempo útil, o que, por alguns exemplos, não se tem verificado. Obras por administração direta:<br />
Compreen<strong>de</strong>mos e apoiamos a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> realizar-se um conjunto <strong>de</strong> obras urgentes por administração<br />
direta. Sobre a “listagem que consta como anexo”, existem obras que não têm qualquer verba e<br />
outras em que a verba é insignificante, e outras ainda que não constam sequer no PPI. Há obras que<br />
são por empreitada e outras por administração direta, o que necessita <strong>de</strong> concretização. Priorida<strong>de</strong>s:<br />
estas obras não <strong>de</strong>veriam obe<strong>de</strong>cer a critérios claros sobre a sua priorização? On<strong>de</strong> está garantido<br />
que estas obras “urgentes” serão executadas este ano? Centros Escolares: O BE acompanha a<br />
estratégia <strong>de</strong> requalificação e construção do parque escolar do concelho. Recordo que o BE viabilizou<br />
o orçamento municipal que consagrou esta priorida<strong>de</strong>. A conclusão do Centro Escolar <strong>de</strong> S. Gião<br />
<strong>de</strong>verá ser uma priorida<strong>de</strong>, assim como a requalificação da Escola Manuel <strong>de</strong> Figueiredo, embora<br />
esta última não implique verbas da câmara municipal. Quanto à questão da construção <strong>de</strong> dois novos<br />
centros escolares, concordamos que esta <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>ve ser estudada e mais aprofundada e enten<strong>de</strong>mos<br />
que tal processo <strong>de</strong>verá ser feito em conjunto com a comunida<strong>de</strong> escolar e a população. Apoio<br />
“institucional” ao associativismo: A “aposta” do orçamento, em rigor, significa a redução do subsídio<br />
atribuído às coletivida<strong>de</strong>s e associações. Os subsídios institucionais, que agora se retomam, são<br />
inferiores aos vigentes há dois mandatos. Como é reconhecido, as coletivida<strong>de</strong>s e associações têm<br />
um papel fundamental, “representando a história cultural <strong>de</strong> Torres Novas” e “promovendo o concelho<br />
a nível nacional e internacional”. Acrescentamos que o papel dos clubes e associações vai mais longe:<br />
a sua ativida<strong>de</strong> está diretamente ligada à coesão social, <strong>de</strong>vido ao tipo <strong>de</strong> serviços que prestam à<br />
população e, sobretudo, por garantirem a generalização do acesso a áreas tão importantes como a<br />
música, o teatro, o <strong>de</strong>sporto, entre outras. Esta é que é a mais-valia dos clubes e associações que a<br />
câmara municipal <strong>de</strong>ve valorizar e reconhecer. Protocolos para promoção da ativida<strong>de</strong> física: o que<br />
significam e como vão funcionar? Serão 324.000,00 euros para apoiar os clubes no pagamento <strong>de</strong><br />
taxas? Dinamização <strong>de</strong> alguns setores através da criação <strong>de</strong> equipas <strong>de</strong> projeto específicas: Em primeiro<br />
lugar, enten<strong>de</strong>mos que estas “equipas <strong>de</strong> projeto específicas” necessitam <strong>de</strong> enquadramento funcional<br />
preciso e <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição dos parâmetros para a sua atuação. Em relação ao projetos: Reabilitação do<br />
Centro Histórico da Cida<strong>de</strong>: Não acompanhamos a i<strong>de</strong>ia sobre a “centralida<strong>de</strong>” da recuperação do<br />
Convento do Carmo no contexto da revitalização do centro histórico da cida<strong>de</strong>. Bem pelo contrário,<br />
a “revitalização” <strong>de</strong>via assentar, nesta fase, nos aspetos que aparecem quase como nota <strong>de</strong> rodapé:<br />
a limpeza e <strong>de</strong>sinfestação, aos quais se <strong>de</strong>veria acrescentar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lhe dar uma “nova<br />
imagem”, por exemplo <strong>de</strong>limitando as zonas <strong>de</strong>sabitadas e tirando partido <strong>de</strong> ações criativas (painéis
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
19<br />
e arte pública). Devia compreen<strong>de</strong>r, ainda, a necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> revisão do contrato <strong>de</strong> concessão<br />
do estacionamento no “Parque Almonda”, a limpeza do rio (entre o açu<strong>de</strong> real e a ponte da avenida<br />
8 <strong>de</strong> Julho, nesta fase), a reintrodução <strong>de</strong> água na vala da antiga central elétrica. Quando à reabilitação<br />
do “Mercado do Peixe” (ou melhor dito, “Praça do Peixe”) obra necessária, apoiamos a sua<br />
concretização, mas enten<strong>de</strong>mos que o projeto <strong>de</strong>ve ser dado a conhecer à população. Projeto na<br />
área do Turismo: “Conquista-te”: Vai ser iniciado o processo em 2014: nada temos a opor que se<br />
<strong>de</strong>senvolva um projeto <strong>de</strong> promoção do turismo local baseado nas capacida<strong>de</strong>s endógenas do concelho.<br />
Mas, pouco ou nada se sabe sobre a sua estratégia, o que <strong>de</strong>veria ser discutido em <strong>de</strong>bate público.<br />
Todos os projetos que se preten<strong>de</strong>m duradouros e envolvam o concelho no seu todo, só têm a<br />
ganhar com um processo <strong>de</strong> discussão pública aberto. Des<strong>de</strong> já, parece-nos que a componente da<br />
serra <strong>de</strong>ve ser contemplada, o que não surge claro no texto. O papel da empresa municipal<br />
TURRISESPAÇOS, EM: Quanto à empresa municipal, a posição do BE é conhecida e enten<strong>de</strong>mos<br />
que <strong>de</strong>ve ser realizado um <strong>de</strong>bate sério sobre o seu futuro, tendo em conta que o Plano <strong>de</strong> Saneamento<br />
Financeiro prevê a “internalização” dos seus serviços na câmara municipal. O senhor presi<strong>de</strong>nte já<br />
afirmou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>bate. Nós sublinhamos que o financiamento direto ou indireto à<br />
empresa municipal é, para além <strong>de</strong> outras verbas <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços que habitualmente surgem:<br />
Subsídio à exploração: 660.000 euros; Verba do PAPAF, 312.000 euros: será entregue à Turrisespaços<br />
ou será entregue aos clubes, que por sua vez o entregam à Turrisespaços?<br />
Enquadramento macro económico para 2014: Sobre esta matéria, compreen<strong>de</strong>mos que o enquadramento<br />
seja o que está previsto no Orçamento <strong>de</strong> Estado para 2014. Mas será importante ter uma visão<br />
crítica sobre este enquadramento, até porque, como sabemos, as previsões do orçamento <strong>de</strong> Estado<br />
são geralmente ultrapassadas ainda antes da sua entrada em vigor, facto que não abona em favor do<br />
seu pretenso rigor. Fala-se <strong>de</strong> incerteza associada às perspetivas económicas, que no caso da Zona<br />
Euro se justifica “pela continuação das dívidas soberanas e pela fraca robustez do sistema financeiro<br />
e bancário”. É reconhecido que a relação da Zona Euro com as dívidas soberanas é muito melhor do<br />
que noutras zonas do planeta, como sejam os casos do Japão e dos EUA. O problema da Europa e da<br />
Zona Euro não são as dívidas soberanas, mas sim a austerida<strong>de</strong> que levou ao corte no investimento<br />
público e nos rendimentos das famílias. A perda, em todos os países, mesmo nos do centro da Europa,<br />
não <strong>de</strong>corre da dívida soberana, mas sim da austerida<strong>de</strong>. Quanto ao sistema financeiro, veja-se o<br />
papel do BCE, que empresta a taxas <strong>de</strong> juro mais baratas aos bancos do que aos Estados, e o que<br />
afirmou recentemente o representante do BCE na troika, “que os bancos eram mais confiáveis e<br />
daí terem taxas mais baixas”. É um insulto, quando todos sabemos que a crise financeira começou<br />
exatamente nos bancos. Sobre o crescimento do PIB em 0.8% previsto no OE e a hipótese <strong>de</strong> a<br />
“dinâmica da procura interna vir materializar a normalização da ativida<strong>de</strong> económica para 2014”…<br />
antes assim fosse. Não po<strong>de</strong>mos esquecer que o OE para 2014 corta 3 mil milhões <strong>de</strong> euros nos<br />
rendimentos das famílias, o que vai ter repercussão direta no mercado interno. Quanto à conclusão<br />
do Programa <strong>de</strong> Ajustamento Económico é preciso dizer que a troika é o memorando e a sua política.<br />
O memorando po<strong>de</strong> terminar, mas a política fica. Para o garantir, está aliás o tratado orçamental,<br />
aprovado por PSD e PS, que garante a continuida<strong>de</strong> da austerida<strong>de</strong>. São <strong>de</strong> seguida, elencadas, e bem,<br />
as medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> contidas neste OE. Quanto à passagem que diz “consolida-se o regime <strong>de</strong><br />
horário semanal <strong>de</strong> trabalho 40 horas”, penso que não <strong>de</strong>via utilizar-se a palavra “consolida-se”, até<br />
porque o secretário <strong>de</strong> Estado Hél<strong>de</strong>r Rosalino não fechou a porta a horários inferiores a 40 horas,<br />
fruto da negociação que possa vir a existir entre os serviços da administração central e local e os<br />
sindicatos. Várias autarquias já <strong>de</strong>monstraram a sua disponibilida<strong>de</strong> para esta situação e a câmara <strong>de</strong><br />
Torres Novas <strong>de</strong>via estar aberta à negociação com os sindicatos. Por último, importa referir que a<br />
regulamentação do Fundo <strong>de</strong> Apoio Municipal e do Fundo <strong>de</strong> Investimento Municipal, em preparação<br />
pelo Governo, po<strong>de</strong> vir a ter implicações, nomeadamente nas verbas do IMI (referentes ao acréscimo<br />
por via da reavaliação dos imóveis).
20<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
2. Dúvidas / Perguntas<br />
Bombeiros: que verba para pagamento da dívida? Delegação <strong>de</strong> competências nas freguesias: não<br />
tem verbas atribuídas, porquê? Ação Social: 200.000,00 euros é suficiente? Cultura: 90 000 Edições:<br />
13.000 euros para o livro <strong>de</strong> fotografias “20 <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> obras comparticipadas”: o município vai<br />
manter este <strong>de</strong>sperdício, uma dívida como se sabe, e aliás uma verba superior à <strong>de</strong> um ano inteiro<br />
<strong>de</strong> livros, filmes e discos para a biblioteca municipal, ao mesmo tempo que não regista a dívida do<br />
prémio Maria Lamas? PAPAF: subsídio directo aos clubes ou à Turrisespaços? PPI – Plano Plurianual<br />
<strong>de</strong> Investimentos: Fonte da Juventu<strong>de</strong>: 7.800,00 para 2014; Fonte dos Heróis <strong>de</strong> Diu: 16.400,00 para<br />
2014; Museu Alfredo Keill: total da obra 2.202.00,00 – este projeto continua? Não se <strong>de</strong>via retirar<br />
do orçamento? Arranjos exteriores do castelo: 76.000,00 – o que é concretamente? Zona Industrial<br />
<strong>de</strong> Riachos: 5.000,00 num total <strong>de</strong> 100.000,00 – fala-se tanto do apoio ao emprego, por que é que<br />
esta obra não tem priorida<strong>de</strong>? Re<strong>de</strong> Viária: Troço do “caminho das cobras”: 178.000 – porque é que<br />
esta obra é prioritária? Empolamento: As verbas previstas para a venda <strong>de</strong> imóveis e para as taxas<br />
<strong>de</strong> urbanização são <strong>de</strong>masiado excessivas e levam a empolamento <strong>de</strong>ste orçamento. Por outro lado,<br />
existem <strong>de</strong>svios acentuados entre aquilo que foi previsto no Plano <strong>de</strong> Saneamento Financeiro e o<br />
Orçamento para 2014.<br />
Propostas do Bloco <strong>de</strong> Esquerda:<br />
1 – Limpeza e nova imagem do Centro Histórico;<br />
2 – Negociação <strong>de</strong> novo protocolo com a Associação Humanitária <strong>de</strong> Bombeiros por forma a permitir<br />
a sua operacionalida<strong>de</strong> e a salvaguarda <strong>de</strong> pessoas e bens e pagamento da dívida nos termos do<br />
protocolo a celebrar;<br />
3 – <strong>Intervenção</strong> na Ponte do Nicho (Ribeira da Boa Água) junto ao Torresshoping, para criação <strong>de</strong><br />
um tabuleiro <strong>de</strong> passagem <strong>de</strong> peões, garantindo uma maior segurança na mobilida<strong>de</strong> quer <strong>de</strong><br />
pessoas quer <strong>de</strong> veículos. Trata-se <strong>de</strong> uma intervenção <strong>de</strong> urgência, sem prejuízo <strong>de</strong> uma futura<br />
intervenção estrutural na EN 3;<br />
4 – Pagamento do Prémio “Maria Lamas” <strong>de</strong> ciências sociais;<br />
5 – Plano integrado para controle da população <strong>de</strong> pombos;<br />
6 – <strong>Intervenção</strong> na Calçada António Nunes em 2014;<br />
7 – Aquisição, pelo município, do terreno do Mercado <strong>de</strong> Riachos;<br />
8 – Limpeza do rio Almonda entre o Açu<strong>de</strong> Real e a Ponte da avenida 8 <strong>de</strong> Julho;<br />
9 – Alocação <strong>de</strong> 0,3% do Orçamento para a eliminação <strong>de</strong> barreiras arquitectónicas;<br />
10 – Pavimentação da variante em Alqueidão em 2014 (30.000,00);<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda apresentou ao Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas, em se<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> reunião realizada ao abrigo do “Estatuto <strong>de</strong> Oposição”, um documento com um conjunto <strong>de</strong><br />
propostas concretas que consi<strong>de</strong>ra prioritárias para o ano <strong>de</strong> 2014. Após estudo dos documentos<br />
apresentados para <strong>de</strong>bate na reunião <strong>de</strong> Câmara, verifica-se que as propostas apresentadas ou não<br />
estão contempladas ou estão <strong>de</strong> modo que consi<strong>de</strong>ramos não vinculativo.<br />
1 – Limpeza e nova imagem do centro histórico – Existe esta intenção, no entanto não está assumido<br />
que se realiza <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já uma intervenção promovendo a limpeza dos espaços e uma nova imagem,<br />
<strong>de</strong>limitando as zonas <strong>de</strong>sabitadas e tirando partido <strong>de</strong> ações criativas (painéis e arte pública).<br />
2 – Renegociação do protocolo com os bombeiros e pagamento da dívida – Existe a intenção <strong>de</strong><br />
rever o protocolo e a manutenção do apoio às equipas <strong>de</strong> <strong>Intervenção</strong> Permanente, o que é<br />
manifestamente insuficiente e não concretiza a solução do problema.<br />
3 – Ponte do Nicho, intervenção urgente para colocação <strong>de</strong> um tabuleiro sobre a Ribeira da Boa<br />
Água junto ao Torreshoping para a passagem em segurança <strong>de</strong> peões. – Não contemplada<br />
4 – Pagamento do Prémio “Maria Lamas” – O Presi<strong>de</strong>nte afirma que o assunto está a ser tratado,<br />
mas o que é um facto é que não existe nenhuma verba para este efeito no Orçamento. O BE<br />
consi<strong>de</strong>ra que não se po<strong>de</strong> adiar por mais tempo o pagamento <strong>de</strong>ste prémio. É a imagem do<br />
Município que está em causa.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
21<br />
5 – Limpeza do rio Almonda (Açu<strong>de</strong> Real – Ponte do Beira Rio) – O Presi<strong>de</strong>nte disse que era “uma<br />
coisa que se po<strong>de</strong>ria fazer”, mas não existe nenhuma verba para a limpeza do rio.<br />
6 – Criação <strong>de</strong> hortas municipais – Não contemplado<br />
7 – Passagem <strong>de</strong> água na vala da central elétrica – Não contemplado, segundo o Presi<strong>de</strong>nte, não é<br />
possível por questões técnicas.<br />
8 – Auditoria energética nos edifícios e equipamentos da CM – segundo o Presi<strong>de</strong>nte está a <strong>de</strong>correr,<br />
mas não existem verbas visíveis, a não ser um projeto <strong>de</strong> “qualificação da iluminação pública”.<br />
9 – Ponte dos Pimentéis em Lapas – Não contemplado<br />
10 – Combate às barreiras arquitetónicas – Não contemplado<br />
11. Retomar o apoio às associações e coletivida<strong>de</strong>s – é contemplado o “subsídio institucional” a 15<br />
associações e o seu valor é reduzido para 200,00 euros/mês (era 300,00 e 350,00 euros/mês)<br />
12 – Or<strong>de</strong>namento e arborização dos espaços junto ao bairro da Sópovo, Meia Via – Não<br />
contemplado<br />
13 – Recuperação do campo <strong>de</strong> futebol dos Soudos – Não contemplado<br />
14 – Apoios sociais, combate à pobreza e à exclusão – contemplado, mas insuficiente do ponto <strong>de</strong><br />
vista do BE.<br />
15 – Abertura <strong>de</strong> caminhos e pistas na Serra, freguesias <strong>de</strong> Assentis, Chancelaria e Pedrogão – Não<br />
contemplado<br />
16 – Plano para a reabilitação urbana dos centros históricos <strong>de</strong> Torres Novas e Lapas – é contemplada<br />
a intenção <strong>de</strong> formar uma equipa <strong>de</strong> projeto.<br />
17 – Renegociação do contrato <strong>de</strong> concessão do Parque <strong>de</strong> Estacionamento do Almonda – Não<br />
contemplado<br />
18 – TUT – estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes urbanos públicos Torres Novas – Entroncamento<br />
– Não contemplado<br />
19 – Festas da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Torres Novas intercaladas com a Feira Medieval – Feira Medieval mantêm-se<br />
anual e Festas do Almonda, cujo conteúdo não se conhece, a não ser que serão realizadas “com<br />
a prata da casa”, da responsabilida<strong>de</strong> da Turrisespaços.<br />
20 – Revisão do Regulamento <strong>de</strong> Taxas – Não contemplado<br />
21 – Aquisição pelo Município do terreno do Mercado <strong>de</strong> Riachos – Não contemplado<br />
22 – Requalificação do rio Almonda entre as localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ribeira Branca e Ribeira Ruiva – Não<br />
contemplado<br />
23 – Obras em infraestruturas rodoviárias: Estrada <strong>de</strong> Liteiros a Zibreira; Estrada da Quinta do Melo<br />
– Riachos a Boquilobo; Estrada do Alto das Pedreiras; Arruamentos em pena e Casal da Pena;<br />
Arruamentos em Pafarrão: Pavimentação da variante em Alqueidão; Calçada António Nunes<br />
(Torres Novas) – De todas estas obras apenas a Estrada <strong>de</strong> Liteiros a Zibreira e a pavimentação<br />
da variante em Alqueidão têm verbas orçamentadas para 2015, não sendo possível saber quais<br />
serão realizadas por administração direta ou empreitada.<br />
Na análise que fizemos do Orçamento salientámos as alterações, nomeadamente no que diz respeito<br />
ao “empolamento das receitas”, que baixam significativamente, fruto das recomendações do Relatório<br />
da Inspeção Geral <strong>de</strong> Finanças. No entanto mantêm-se o “empolamento” nas rubricas <strong>de</strong> “venda<br />
<strong>de</strong> imóveis” e <strong>de</strong> “taxas <strong>de</strong> urbanização” muito acima do realizado este ano. No caso da venda <strong>de</strong><br />
imóveis as hastas públicas realizadas ficaram vazias!! Por outro lado existe um <strong>de</strong>svio acentuado<br />
entre o previsto no Plano <strong>de</strong> Saneamento Financeiro e o Orçamento para 2014 (+6.754.142,86).<br />
Mantêm-se a opção por “obras <strong>de</strong> fachada” como é o caso dos arranjos para a “Fonte da Juventu<strong>de</strong>”<br />
(7.800,00) e a “Fonte dos Heróis <strong>de</strong> Diu” (16.400,00) – obras completamente dispensáveis neste<br />
período <strong>de</strong> contenção financeira, assim como os arranjos exteriores do castelo (136.357,00),<br />
entre outras. Mantêm-se a opção por projetos cujo interesse para o concelho é muito duvidoso –<br />
Museu Alfredo Keill – que embora não tenha verbas para 2014 se mantêm no Plano Plurianual <strong>de</strong><br />
Investimentos Mantêm-se o financiamento direto e indireto à Empresa Municipal Turrisespaços, agora<br />
reforçado por um novo Programa – PAPAF, que “apoiará” os clubes para pagarem taxas pelo uso dos
22<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
equipamentos à Turrisespaços. Não existe neste Orçamento nenhuma perspetiva sobre o apoio às<br />
Freguesias e a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências prevista na Lei. Em resumo: Mantêm-se o empolamento<br />
<strong>de</strong> receitas. Não existem critérios objetivos para as priorida<strong>de</strong>s que não são explicadas, as opções<br />
não são totalmente transparentes, nomeadamente no que diz respeito às obras por administração<br />
direta ou empreitada. Com este Orçamento não sabemos o que é que vai ser realizado em 2014.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda quer ser parte da solução dos problemas do concelho, por isso apresentou<br />
propostas que iam no sentido da resolução <strong>de</strong> situações urgentes, que seriam um sinal claro sobre<br />
as priorida<strong>de</strong>s da Câmara Municipal e um sinal claro à população sobre o corte com as práticas dos<br />
anteriores mandatos. O Partido Socialista quis persistir nos mesmos erros e apenas contemplou uma<br />
pequena percentagem das propostas do BE. Por todos estes motivos o BE votou contra o Orçamento<br />
Municipal para 2014.<br />
Torres Novas, 16 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2013<br />
Declaração <strong>de</strong> voto do Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
na AM Orçamento Municipal / 2014<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda apresentou nas instâncias próprias, ao abrigo do “Estatuto <strong>de</strong> Oposição”, um<br />
conjunto <strong>de</strong> propostas concretas que consi<strong>de</strong>rava viáveis e pertinentes para o ano <strong>de</strong> 2014.<br />
Verifica-se, entretanto, que as propostas apresentadas ou não estão contempladas, ou estão apenas<br />
referenciadas <strong>de</strong> modo que consi<strong>de</strong>ramos não vinculativo. É óbvio que, no executivo municipal, o<br />
Partido Socialista tem a maioria e a legitimida<strong>de</strong> própria para apresentar as suas opções e, politicamente<br />
falando, ali não precisa dos votos da oposição para fazer aprovar o seu programa.<br />
Mas o facto <strong>de</strong> ter dado passos no sentido <strong>de</strong> cumprir <strong>de</strong> forma mais assertiva o disposto no estatuto<br />
da oposição, passos esses que saudamos, po<strong>de</strong>ria ter-lhe dado motivação para consensualizar um<br />
conjunto significativo <strong>de</strong> propostas e apresentar-se até politicamente mais forte num órgão on<strong>de</strong>,<br />
tecnicamente, não tem a maioria dos membros eleitos directamente pelos eleitores.<br />
As propostas que apresentámos consubstanciavam um sinal político <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ração pelo início<br />
<strong>de</strong> um novo ciclo autárquico, pelo <strong>de</strong>sejo sincero <strong>de</strong> colaborarmos numa solução partilhada para<br />
os problemas mais imediatos do concelho, pela vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> assumirmos o papel <strong>de</strong> uma oposição<br />
construtiva, já que as questões locais e os problemas das populações são, em gran<strong>de</strong> parte, matéria<br />
que ultrapassa as referências i<strong>de</strong>ológicas e as razões estritamente partidárias.<br />
Um programa urgente <strong>de</strong> intervenção no chamado centro histórico <strong>de</strong> Torres Novas, uma pequena<br />
obra como uma passagem pedonal ao lado da ponte da ribeira da Boa Água, a limpeza do rio no<br />
troço entre a antiga central e a ponte do Moinho da Cova, a reavaliação do contrato/protocolo com<br />
a Parque Almonda, a recuperação <strong>de</strong> um pequeno campo <strong>de</strong> jogos como o <strong>de</strong> Soudos, a realização,<br />
apenas bienal, da feira medieval, a aquisição do terreno do mercado <strong>de</strong> Riachos, o pagamento da<br />
dívida do prémio nacional Maria Lamas, um programa <strong>de</strong> limpeza do rio entre as Ribeiras, a inequívoca<br />
realização <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> reasfaltamento em algumas vias municipais, são apenas alguns exemplos <strong>de</strong><br />
propostas e i<strong>de</strong>ias que apresentámos e que não consi<strong>de</strong>rávamos, <strong>de</strong> todo, <strong>de</strong>sproporcionadas, mesmo<br />
no âmbito do papel <strong>de</strong> um partido da oposição.<br />
Ao contrário do que disse <strong>de</strong>pois publicamente o PS, o orçamento não contempla, <strong>de</strong> facto, 12 das<br />
16 propostas apresentadas pelo BE. Nem disso faremos gran<strong>de</strong> questão, politicamente falando, já<br />
que é ao PS que compete governar o município. Mas, efectivamente, essa é uma questão que vincula<br />
o PS e configura como politicamente actuou neste processo <strong>de</strong> elaboração e aprovação do plano e<br />
orçamento do município e, sobretudo, o modo como tratou a participação da oposição.<br />
Na nossa análise ao Orçamento salientámos as alterações, nomeadamente no que diz respeito ao<br />
“empolamento das receitas”, que baixam significativamente, fruto das recomendações do Relatório
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
23<br />
da Inspeção Geral <strong>de</strong> Finanças. No entanto mantêm-se o “empolamento” nas rubricas <strong>de</strong> “venda<br />
<strong>de</strong> imóveis” e <strong>de</strong> “taxas <strong>de</strong> urbanização” muito acima do realizado este ano. No caso da venda <strong>de</strong><br />
imóveis as hastas públicas realizadas ficaram vazias!<br />
Em contraste com a recusa <strong>de</strong> algumas das nossas propostas, <strong>de</strong> inegável interesse público, mantêmse<br />
a opção por “obras <strong>de</strong> fachada” como são os casos dos arranjos para as rotundas da Juventu<strong>de</strong>”<br />
(7.800,00) e a Heróis <strong>de</strong> Diu” (16.400,00) – obras completamente dispensáveis neste período <strong>de</strong><br />
contenção financeira, assim como os arranjos exteriores do castelo (136.357,00), entre outras.<br />
Mantêm-se a opção por projetos cujo interesse para o concelho é muito duvidoso, caso do Museu<br />
Alfredo Keil, e o financiamento direto e indireto à Empresa Municipal Turrisespaços, agora reforçado por<br />
um novo Programa – PAPAF, que transferirá do Município, entre subsídio à exploração, in<strong>de</strong>mnizações<br />
compensatórias e prestações <strong>de</strong> serviços, um montante <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1,5 milhão <strong>de</strong> euros.<br />
Não existe neste documento uma perspectiva clara sobre o modo como o município vai dar<br />
cumprimento às novas obrigações <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências para as freguesias, assunto que,<br />
pela sua importância, <strong>de</strong>veria ter merecido alguma reflexão e algumas linhas <strong>de</strong> orientação <strong>de</strong><br />
enquadramento <strong>de</strong>sta matéria.<br />
Em resumo:<br />
Mantêm-se o empolamento <strong>de</strong> receitas; não existem critérios objetivos para algumas priorida<strong>de</strong>s,<br />
que não são explicadas; outras opções não são totalmente transparentes, nomeadamente no que<br />
diz respeito às obras por administração direta ou empreitada; sobre a revisão do PDM, outro tema<br />
estruturante, nada <strong>de</strong> novo ou inovador se diz, a não ser a contratação <strong>de</strong> uma equipa <strong>de</strong> advogados<br />
e uma dotação <strong>de</strong> mais 90 mil euros; também não há uma linha <strong>de</strong> reflexão sobre o novo quadro<br />
administrativo do município e o modo como as políticas se vão articular ou não a essa nova realida<strong>de</strong>,<br />
no âmbito <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong> coesão territorial e social.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda quer ser parte da solução dos problemas do concelho e por isso apresentou<br />
propostas que iam no sentido da resolução <strong>de</strong> algumas situações prioritárias e que seriam um sinal<br />
claro das priorida<strong>de</strong>s da câmara municipal e do corte com algumas práticas <strong>de</strong> anteriores mandatos.<br />
O Partido Socialista <strong>de</strong>cidiu persistir basicamente no mesmo caminho.<br />
Por estas razões, o BE vota contra o Orçamento Municipal para 2014.<br />
Os eleitos do Bloco <strong>de</strong> Esquerda na AMTN, João Carlos Lopes, Lia Ribeiro, António Gomes<br />
30 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2013
24<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Sobre o orçamento <strong>de</strong> 2015<br />
Declaração <strong>de</strong> voto do Vereador Manuel Lopes<br />
sobre Orçamento Municipal / 2015<br />
O BE enten<strong>de</strong> que a taxa <strong>de</strong> IMI proposta pelos serviços, <strong>de</strong> aumentar a taxa para 0,45 % é <strong>de</strong>masiado<br />
penalizadora para os munícipes e consubstancia um aumento exagerado da carga fiscal. Consi<strong>de</strong>ra<br />
também que a proposta apresentada pelo PS, <strong>de</strong> 0,4% continua a ser muito elevada, uma vez a<br />
receita do IMI já vai ser maior <strong>de</strong>vido ao fim da cláusula <strong>de</strong> salvaguarda <strong>de</strong>cretado pelo Governo. Por<br />
essa razão, propôs a redução para a taxa mínima, 0,3 %, conseguindo assim uma efectiva redução da<br />
carga fiscal que sufoca os portugueses. Assim, o BE vota contra a taxa proposta pelos representantes<br />
do PS.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda lamenta que os documentos tenham sido disponibilizados aos vereadores da<br />
oposição apenas 48 horas antes da reunião, o que impossibilita uma análise profunda aos documentos,<br />
nomeadamente ao orçamento. Por isso <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já o seu protesto. Na votação, o BE vota contra<br />
o orçamento por ser um documento <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> dos anos anteriores, on<strong>de</strong> não se vislumbra um<br />
rasgo <strong>de</strong> ruptura com a gestão anterior que encaminhou as contas do município para a situação actual<br />
<strong>de</strong> endividamento que condiciona quaisquer políticas <strong>de</strong> gestão que se queiram fazer. No essencial<br />
este orçamento enferma <strong>de</strong> dois vícios fundamentais: É um orçamento que, numa altura <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
sufoco das famílias, aumenta a carga fiscal sobre os munícipes. Também o aumento brutal da taxa <strong>de</strong><br />
resíduos sólidos, mais <strong>de</strong> 35 %, é outra forma <strong>de</strong> aumentar a carga fiscal. Por outro lado, em termos<br />
<strong>de</strong> investimento está totalmente virado para a continuida<strong>de</strong> da aposta na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Torres Novas,<br />
esquecendo o restante território do concelho. Agrava, assim, as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s entre os habitantes da<br />
cida<strong>de</strong> e os do restante território, contribuindo para que as pessoas abandonem cada vez mais os seus<br />
locais <strong>de</strong> origem. É, por isso, manifestamente, um orçamento para a cida<strong>de</strong> e não para o município,<br />
como se exigiria a uma gestão responsável e equilibrada. Afinal, se os impostos são suportados por<br />
todos os habitantes do concelho, porque não po<strong>de</strong>m todos beneficiar da aplicação <strong>de</strong>sses impostos.<br />
Razão suficiente para votar contra.”<br />
Torres Novas, 31 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto dos eleitos na AM<br />
sobre o Orçamento Municipal / 2015<br />
Os impostos diretos cobrados pelo município representavam em 2009, 15% do total <strong>de</strong> receitas,<br />
mas prevê-se que em 2015 passem a valer 22%, on<strong>de</strong> o IMI tem um lugar <strong>de</strong>stacadíssimo como se<br />
sabe, só este ano vão ser mais 400 000 euros.<br />
A cobrança dos resíduos sólidos foi <strong>de</strong> 1. 085 000 euros em 2009, em 2013 1. 464 000 euros e prevêse<br />
que em 2015 seja <strong>de</strong> 1.566 000, mais quase 500 000 euros em 5 anos, cerca <strong>de</strong> 50% mais.<br />
O saneamento terá uma subida <strong>de</strong> 7% para carregar ainda mais nos orçamentos familiares.<br />
Podíamos somar aqui a brutal subida dos impostos <strong>de</strong>cretados pelo governo do PSD/CDS e a baixa<br />
<strong>de</strong> rendimentos acentuada, porque são as mesmas pessoas que pagam tudo.<br />
Veja-se a título <strong>de</strong> exemplo as remunerações dos trabalhadores da CM que <strong>de</strong> 2009 a 2013 baixaram<br />
1.700 000 euros, menos 23%.<br />
Os munícipes do concelho têm vindo a pagar as duas crises a nacional da responsabilida<strong>de</strong> do<br />
governo e a municipal da responsabilida<strong>de</strong> do PS , não há duvidas sobre isso, esta opção pela política<br />
austeritária está a sacrificar as pessoas <strong>de</strong> uma forma <strong>de</strong>sumana, este caminho não po<strong>de</strong> continuar,<br />
são os números que o dizem.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
25<br />
A política <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> marca este orçamento.<br />
O PS ao invés <strong>de</strong> contrariar a política do governo como é o caso do IMI, não, aproveita a onda e<br />
cobra. O IMI este ano <strong>de</strong> 2015 vai afetar um número significativo <strong>de</strong> famílias <strong>de</strong> uma forma intensa<br />
como todos sabemos, com o fim da cláusula <strong>de</strong> salvaguarda, o PS tinha aqui a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer<br />
a diferença <strong>de</strong> olhar para as pessoas, fazer política para as pessoas, mas preferiu cavalgar a onda do<br />
governo.<br />
Bem sabemos que as opções do PS dos anteriores mandatos hipotecaram o futuro, mas como diz o<br />
povo quem melhor fizer a cama nela se <strong>de</strong>itará, os bancos, sempre os bancos, levam tudo é verda<strong>de</strong>,<br />
mas também é verda<strong>de</strong> que ao longo dos anos o BE foi aqui alertando para os orçamentos <strong>de</strong> mentira,<br />
para as megalomanias e isso não po<strong>de</strong> ser esquecido.<br />
Também o PS escreveu neste orçamento que tem uma estratégia para o próximo quadro comunitário<br />
<strong>de</strong> apoio, era bom que não cometesse os mesmos erros do anterior, é que as i<strong>de</strong>ias que lá estão já<br />
vêm do passado, a situação hoje é outra, os apoios dirigem-se a outro tipo <strong>de</strong> objetivos, os critérios<br />
são diferenciados.<br />
É certo que será sempre o plano estratégico do PS. Mas podia ser o plano estratégico do município<br />
se houvesse abertura para isso, para ouvir outros, para ouvir a socieda<strong>de</strong> civil, aqui fica o <strong>de</strong>safio ao<br />
PS, está ou não disponível para construir um plano <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que seja inclusivo <strong>de</strong> outras<br />
propostas, vindo <strong>de</strong> outras latitu<strong>de</strong>s.<br />
A curto espaço <strong>de</strong> tempo é preciso olhar para o eixo Torres Novas-Entroncamento, a começar pela<br />
re<strong>de</strong> viária, cuja principal ligação, EN3 encontra-se num estado miserável e nem uma referência no<br />
orçamento, também os transportes urbanos municipais que estão à espera <strong>de</strong> caírem <strong>de</strong>vagarinho,<br />
estão sem estratégia, sem i<strong>de</strong>ias sem soluções, o BE apresentou uma proposta para estudo, era bom<br />
que fosse tida em conta.<br />
O rio Almonda é um potencial fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, mas encontra-se<br />
totalmente abandonado, sem estratégia e sem preocupação que se veja no imediato para acudir a<br />
situações urgentes, também faz parte das propostas do BE apresentadas.<br />
O emprego carece <strong>de</strong> horizontes abrangentes que incluam outros municípios, é ai que está a chave<br />
para começar a dar a volta à situação dramática <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> cidadãos e cidadãs da nossa região,<br />
qualquer estratégia isolacionista não passará do papel.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda apresentou um conjunto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e propostas, algumas para o curto prazo, <strong>de</strong><br />
custos reduzidos e estamos em crer que <strong>de</strong>vagarinho algumas vão fazendo o seu caminho.<br />
– Limpeza do centro histórico <strong>de</strong> imediato.<br />
– Plano para o controle da população <strong>de</strong> pombos.<br />
– Reabilitação do espaço conhecido como Azulada na freguesia <strong>de</strong> Assentiz.<br />
– Criação <strong>de</strong> um circuito <strong>de</strong> manutenção, que não existe nada na cida<strong>de</strong> para a prática da ativida<strong>de</strong><br />
física ao ar livre.<br />
Etc, etc.<br />
Outras propostas <strong>de</strong> maior envergadura para além das já referidas para os TUT e rio Almonda, –<br />
festas da cida<strong>de</strong> intercalando com a feira medieval, – compra do prédio na Meia Via que estrangula<br />
o trânsito e cria insegurança para as pessoas, – projeto <strong>de</strong> recuperação das pontes na freguesia <strong>de</strong><br />
Riachos.<br />
Devem ser repensados projetos como o museu Alfredo Keill, requalificação da Av João paulo II,<br />
porque não há dinheiro e porque não há justificação para estes projetos.<br />
Necessário a par da pavimentação <strong>de</strong> muitas estradas e ruas já aqui faladas e pasmadas em orçamento<br />
particularmente na parte rural do concelho é a pavimentação do troço da Av João Paulo II, pavimentação<br />
é o que é preciso e nada mais.
26<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Subida <strong>de</strong> impostos, Inexistência <strong>de</strong> estratégia, Opções duvidosas, não nos <strong>de</strong>ixam gran<strong>de</strong> margem,<br />
votamos contra.<br />
Os autarcas do BE: João Carlos Lopes, António Gomes, José Manuel do Rosário<br />
Torres Novas, 11 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre Ajustamento<br />
à previsão do Orçamento da receita do ano <strong>de</strong> 2015<br />
Os documentos previsionais para o ano <strong>de</strong> 2015, no caso o Orçamento Municipal, voltou a reunião <strong>de</strong><br />
Câmara, para se fazer uma retificação no que diz respeito à receita, concretamente <strong>de</strong> IMI, calculada<br />
com base na aplicação <strong>de</strong> uma taxa <strong>de</strong> 0,45, quando a taxa aprovada pela maioria socialista foi <strong>de</strong><br />
0,40. Este facto e esta <strong>de</strong>sconformida<strong>de</strong> foram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início apontados pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda.<br />
Não tem sentido aprovar uma taxa <strong>de</strong> IMI e ela não ser consi<strong>de</strong>rada no Orçamento apresentado<br />
pelo PS e aprovado pela maioria socialista, com a abstenção do PSD. É uma questão <strong>de</strong> rigor, mas<br />
também <strong>de</strong> lógica. Não se po<strong>de</strong> aprovar um Orçamento, dizendo que <strong>de</strong>pois se retifica em Janeiro,<br />
assumindo assim a <strong>de</strong>sconformida<strong>de</strong>. A legalida<strong>de</strong> do Orçamento po<strong>de</strong>ria vir a ser questionada. O<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda quer <strong>de</strong>ixar claro alguns aspetos na sequência do <strong>de</strong>bate realizado na reunião<br />
<strong>de</strong> Câmara:<br />
1 – O quadro atual, <strong>de</strong> espartilho financeiro, fruto das limitações impostas pelo Governo, condiciona<br />
e limita a autonomia do po<strong>de</strong>r local. Exemplo flagrante é a obrigação <strong>de</strong> contribuição para o FAM<br />
(Fundo <strong>de</strong> Apoio Municipal), assim como a limitação imposta para novas contratações e a consignação<br />
<strong>de</strong> verbas que na prática impe<strong>de</strong> o investimento por parte das autarquias.<br />
2 – Enten<strong>de</strong>mos que o município <strong>de</strong>ve cumprir a metodologia a<strong>de</strong>quada para a elaboração do<br />
Orçamento: primeiro a Câmara <strong>de</strong>ve aprovar as taxas dos impostos, essa <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>ve ser levada à<br />
Assembleia Municipal, que a aprova ou altera e só <strong>de</strong>pois a Câmara <strong>de</strong>ve discutir e votar o Orçamento,<br />
que será enviado para a Assembleia Municipal. Assim se garante o respeito pelas <strong>de</strong>cisões dos órgãos<br />
próprios. O que aconteceu este ano, em que impostos e Orçamento foram <strong>de</strong>batidos e votados no<br />
último dia do prazo legal para o fazer, não contribui, nem para a clareza nem para o exercício da<br />
<strong>de</strong>mocracia.<br />
3 – O Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong>ve cumprir rigorosamente os prazos legais para o envio da documentação<br />
à Vereação. Quando se trata das Gran<strong>de</strong>s Opções do Plano e do Orçamento, documentos fundamentais<br />
para a gestão do Município, esse prazo <strong>de</strong>veria ser mais alargado (o BE propôs esta medida quando da<br />
<strong>de</strong>cisão sobre o Regimento da Câmara, rejeitada pela maioria), para ser possível conhecer o documento,<br />
a sua base técnica, os pressupostos e as projeções, para fundamentar a posição política dos partidos.<br />
Este ano, os documentos foram distribuídos à Vereação com menos <strong>de</strong> 48 horas <strong>de</strong> antecedência<br />
em relação à reunião. O BE reafirma que não aceitará que esta situação se repita, no Orçamento<br />
ou em qualquer outra situação. O prazo regimental para a disponibilização da documentação para<br />
as reuniões <strong>de</strong> Câmara tem que ser cumprido.<br />
4 – Compreen<strong>de</strong>mos e saudamos o esforço dos serviços na elaboração do Orçamento, mas temos<br />
que sublinhar que a <strong>de</strong>cisão é política e cabe aos/às eleitos/as.<br />
5 – Este Orçamento é fortemente condicionado pelas operações financeiras – PREDE, PAEL,<br />
Saneamento Financeiro – que são o resultado <strong>de</strong> uma política seguida durante duas décadas. Os<br />
encargos financeiros para o ano <strong>de</strong> 2015 ascen<strong>de</strong>m aos 3 milhões <strong>de</strong> euros, acrescidos <strong>de</strong> 900 mil<br />
euros <strong>de</strong> juros. Estamos a pagar um <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> opções políticas.<br />
6 – Aumentar impostos e taxas, é a receita da austerida<strong>de</strong>, que leva à penalização da população. É o<br />
caso das opções <strong>de</strong>ste Orçamento, com a taxa <strong>de</strong> IMI e com o aumento brutal da taxa <strong>de</strong> resíduos<br />
sólidos em mais <strong>de</strong> 35%. O BE <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a taxa <strong>de</strong> IMI <strong>de</strong>veria ser a taxa mínima –
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
27<br />
0,3. Ainda mais quando o Governo propõe a fim da cláusula <strong>de</strong> salvaguarda, o que significará um<br />
aumento brutal <strong>de</strong>ste imposto, insustentável para muitas famílias.<br />
O BE vota contra o “ajustamento à previsão do orçamento da receita”.<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre 1.ª Revisão<br />
ao Orçamento da Receita; 1.ª Revisão ao Orçamento da Despesa;<br />
1.ª Revisão ao Plano Plurianual: 1.ª Revisão ao Plano <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />
Municipais – 2015<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda apresenta o seu PROTESTO pela forma como foram tratadas as forças <strong>de</strong><br />
oposição no contexto <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>bate – revisão orçamental, <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> primeira importância para o<br />
município. Os documentos <strong>de</strong> suporte a esta revisão foram disponibilizados às 18.27 horas do dia<br />
3 <strong>de</strong> Julho, não cumprindo assim o prazo legal (2 dias úteis <strong>de</strong> antecedência). Acresce ainda que a<br />
documentação não era <strong>de</strong> fácil leitura, <strong>de</strong>vido ao formato dos mapas. Uma revisão orçamental que<br />
se iniciou em Março teria obrigatoriamente <strong>de</strong> ser disponibilizada com mais tempo aos vereadores e<br />
vereadoras da oposição. O Senhor Presi<strong>de</strong>nte assumiu por mais <strong>de</strong> uma vez que ouviria os partidos<br />
ao abrigo do estatuto da oposição. Teria sido <strong>de</strong> todo útil, para explicar as suas opções e para ouvir<br />
as opiniões dos outros partidos. Tratando-se <strong>de</strong> uma revisão orçamental que visava a integração do<br />
“saldo <strong>de</strong> gerência” do ano anterior e estando em aberto a sua aplicação, as normas da <strong>de</strong>mocracia<br />
assim o ditavam. O PS não po<strong>de</strong> pedir o voto favorável quando pura e simplesmente ignora a oposição<br />
numa matéria tão importante como esta. Não existindo nenhum documento explicativo das opções<br />
políticas da maioria socialista, facilmente se constata que aquilo que se foi dizendo durante meses<br />
sobre o saldo <strong>de</strong> gerência no valor 2.945.297,22 euros, sobre a boa gestão que tinha permitido<br />
“poupanças” não correspondia à realida<strong>de</strong>. O saldo <strong>de</strong> gerência tem a sua origem na ausência <strong>de</strong><br />
concretização das obras. Mas, mais grave, o saldo <strong>de</strong> gerência é praticamente todo consumido<br />
pela gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>scida da “receita corrente”. A “receita corrente” é revista em baixa em relação ao<br />
Orçamento aprovado, em 2.657.000,00 <strong>de</strong> euros. Feitas as contas o “saldo <strong>de</strong> gerência” tem um<br />
valor objetivo <strong>de</strong> 433.653,10. A redução da “receita corrente” é muito preocupante e <strong>de</strong>veria ter<br />
sido explicada <strong>de</strong>talhadamente, nomeadamente no que diz respeito aos impostos. Apenas temos<br />
informação sobre o IMI, on<strong>de</strong> se verifica uma redução, <strong>de</strong> difícil compreensão pois o IMI aumentou<br />
e terminou a “cláusula travão”. Não existe informação sobre os outros impostos – IMT, Derrama, o<br />
que po<strong>de</strong>rá significar, a breve trecho necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nova revisão. Por outro lado prevê-se aumento<br />
da rubrica das “taxas” o que contraria todos os documentos e todas as previsões, pois como é sabido<br />
a construção está em retração e ainda não dá sinais <strong>de</strong> recuperação. Esta preocupação é reforçada<br />
pela informação escrita pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte e que transcrevo: “Que até final do ano económico<br />
a gestão se <strong>de</strong>ve pautar por fortes restrições à execução da <strong>de</strong>spesa corrente e ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> todas as diligências por parte dos serviços com vista a garantir a melhor arrecadação da receita,<br />
<strong>de</strong> forma a tentar compensar a tendência regressiva da receita municipal, que po<strong>de</strong> vir a pôr em<br />
causa o equilíbrio corrente, nos termos constantes do art.º 40.º da Lei 73/2013 <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> setembro”.<br />
Quanto às verbas <strong>de</strong>stinadas às obras que transitam isso <strong>de</strong>corre da incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se concretizar<br />
os prazos estipulados. O Senhor Presi<strong>de</strong>nte enunciou um conjunto <strong>de</strong> rubricas on<strong>de</strong> é feito um<br />
reforço <strong>de</strong> verbas (em muitos casos simbólico), no entanto ficámos sem saber qual o compromisso<br />
da maioria PS em relação às obras que serão realizadas este ano. Estamos a meio do ano e não<br />
existe um compromisso assumido sobre o que vai ser concretizado. O BE tem-se batido por esta<br />
clarificação que consi<strong>de</strong>ramos fundamental. Quanto à redução na rubrica “resíduos sólidos” <strong>de</strong>vido ao<br />
não aumento <strong>de</strong> taxas, esperamos que em futura revisão não se proponha em sentido contrário, pois<br />
seriam “sempre os mesmos a pagar”. O BE não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> manifestar a sua preocupação sobre
28<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
a execução orçamental e sobre a base <strong>de</strong> elaboração do Orçamento para 2015 no que diz respeito<br />
à previsão das receitas. Tendo em conta a gravida<strong>de</strong> da situação e por se tratar do mais importante<br />
instrumento da política municipal, esperamos que a maioria PS informe toda a vereação sobre a<br />
execução orçamental e o faça <strong>de</strong> forma transparente e <strong>de</strong>talhada. Dadas todas estas circunstâncias<br />
o voto do BE só po<strong>de</strong> ser um voto contra.”<br />
Torres Novas, 7 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2015<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre 2.ª Revisão<br />
ao orçamento da receita; 2.ª revisão ao orçamento da <strong>de</strong>spesa;<br />
2.ª revisão ao Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimento;<br />
2.ª revisão do Plano <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Municipais – 2015<br />
Os fundamentos que <strong>de</strong>terminam esta revisão orçamental são claros e bem expressos nos documentos<br />
elaborados pelos serviços:<br />
– Antecipação da amortização <strong>de</strong> empréstimos dando cumprimento ao estipulado na Lei do Orçamento<br />
<strong>de</strong> Estado , medida que consi<strong>de</strong>ramos injusta, mas que <strong>de</strong>corre da Lei, obrigando o Município a<br />
concretizá-la;<br />
– Deslizamento da execução das obras para 2016, o que revela incapacida<strong>de</strong> da Câmara Municipal e<br />
no caso da obra da Av. João Paulo II, as dificulda<strong>de</strong>s em obter o visto prévio do Tribunal <strong>de</strong> Contas,<br />
pois foi uma opção errada.<br />
– Acomodar a verba para a aquisição do terreno para o futuro quartel dos bombeiros<br />
– Acomodar o pagamento da in<strong>de</strong>mnização à Construtora LENA, fruto do acordo assumido pelo<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Câmara.<br />
O BE não acompanha as opções políticas que <strong>de</strong>terminam estas alterações, nomeadamente no que<br />
diz respeito ao <strong>de</strong>slizamento das obras para 2016 e ao pagamento da in<strong>de</strong>mnização à Construtora<br />
LENA, por isso votamos contra.<br />
Torres Novas, 27 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
Declarações <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto sobre<br />
Prestação <strong>de</strong> Contas e Relatório <strong>de</strong> Gestão do exercício <strong>de</strong> 2015<br />
O Relatório <strong>de</strong> Gestão – Prestação <strong>de</strong> contas do ano <strong>de</strong> 2015, é o espelho das opções políticas e<br />
orçamentais do Partido Socialista.<br />
Quero começar por dizer que do ponto <strong>de</strong> vista técnico o documento melhorou substancialmente<br />
em relação ao ano transato. Saúdo por isso todos os trabalhadores e trabalhadoras envolvidas neste<br />
trabalho.<br />
Para o Senhor Presi<strong>de</strong>nte o ano <strong>de</strong> 2015 “será claramente i<strong>de</strong>ntificado como o ano <strong>de</strong> transição entre<br />
o encerramento do QREN e o novo Quadro Portugal 2020, em que se apostou notoriamente na conclusão<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s obras em curso e se geraram estudos e <strong>de</strong>finiram estratégias para novas candidaturas”.<br />
É caso para perguntar que gran<strong>de</strong>s obras foram concluídas? Estará o senhor Presi<strong>de</strong>nte a referir-se ao<br />
Convento do Carmo, gran<strong>de</strong> obra, que se arrasta <strong>de</strong> ano para ano? 2015 será mais um ano <strong>de</strong> atraso<br />
na conclusão <strong>de</strong>sta obra, com prejuízo evi<strong>de</strong>nte para os e as munícipes. Foi o ano em que ficámos a<br />
saber da mentira sobre a ocupação do Convento do Carmo – já não é para se<strong>de</strong> do município, mas<br />
sim para um equipamento multiusos cultural, seja isso o que for.<br />
Foi o ano em que se per<strong>de</strong>u pelo menos 1 milhão <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> fundos comunitários com o Convento
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
29<br />
<strong>de</strong> Carmo, pois a obra não foi concluída, embora o Senhor Presi<strong>de</strong>nte afirmasse que ainda era possível,<br />
quando toda a gente via que tal não iria acontecer. Se é certo que a verba para a conclusão da obra<br />
está contemplada no PEDU, mais certo é que ela po<strong>de</strong>ria ter sido concluída com verbas do QREN<br />
e libertar a verba agora contemplada no PEDU para outras obras <strong>de</strong> reabilitação urbana.<br />
De facto, foi inaugurada a Praça do Peixe e foi concluída, após várias paragens – a Praça dos Claras<br />
– uma obra que marca pela negativa, uma construção que não se enquadra naquela zona da cida<strong>de</strong>,<br />
e que custou mais <strong>de</strong> meio milhão <strong>de</strong> euros (515.223,66). Sim, senhor Presi<strong>de</strong>nte é preciso fazer<br />
uma avaliação <strong>de</strong> custo-benefício quando se trata <strong>de</strong> dinheiro público. Convém lembrar que esta<br />
obra foi contratada em Fevereiro <strong>de</strong> 2012, por 180 dias e foi concluída em Novembro <strong>de</strong> 2015, à<br />
semelhança da Praça do Peixe que também sofreu sucessivos atrasos.<br />
Quanto aos estudos e estratégias para as novas candidaturas, não é preciso dizer muito. Estudos<br />
encomendados e pagos, mas não <strong>de</strong>batidos <strong>de</strong>mocraticamente.<br />
Contenta-se o Partido Socialista afirmando que os “objetivos estratégicos foram cumpridos”.<br />
Mas fazendo uma análise mais <strong>de</strong>talhada, <strong>de</strong>pressa se verificará que nenhum objetivo estratégico, mesmo<br />
tendo sido <strong>de</strong>finidos pelo PS foram alcançados. Diz o relatório que “a atuação em 2015 se sustentou<br />
em sete pilares: aposta na melhoria dos serviços municipais; consolidação da estabilida<strong>de</strong> financeira do<br />
município; estímulo ao empreen<strong>de</strong>dorismo e <strong>de</strong>senvolvimento económico do concelho; renovação urbana;<br />
reabilitação da re<strong>de</strong> rodoviária em todo o concelho; reforço das parcerias com as Juntas <strong>de</strong> Freguesia e<br />
Uniões <strong>de</strong> Freguesia; preparação para o novo quadro Comunitário Portugal 2020.”<br />
Muito haveria para dizer, mas concentremo-nos nos casos mais significativos:<br />
– A consolidação da estabilida<strong>de</strong> financeira, mais não é do que um “espartilho financeiro” a que somos<br />
obrigados, por força do Plano <strong>de</strong> Saneamento Financeiro, que por sua vez existe porque o Partido<br />
Socialista, ao longo <strong>de</strong> 20 anos aumentou a dívida do município sem nenhum controle.<br />
– Quanto à aposta na melhoria dos serviços municipais, bastará uma consulta às atas para verificar como<br />
a <strong>de</strong>sorientação e <strong>de</strong>sorganização passaram a ser a marca constante. Assuntos que entram e saem,<br />
processos que não avançam, munícipes cansados e <strong>de</strong>sgastados por não verem os problemas resolvidos.<br />
Analisemos então apenas as situações mais significativas:<br />
– Escola Manuel Figueiredo – é uma obra da administração central<br />
– Centro Escolar <strong>de</strong> Santa Maria – muito pouco se avançou<br />
2015 foi o ano em que o Centro Histórico apresentou situações mais graves <strong>de</strong> ruínas e on<strong>de</strong> não<br />
se fez nada, nem sequer uma limpeza.<br />
Po<strong>de</strong>ria ter sido o ano das ARU – mas não foi. A ARU Centro Histórico não saiu do papel, não se<br />
formou o Gabinete e só há dias saiu um comunicado à população (com escassa divulgação diga-se)<br />
informando que os técnicos vão andar na rua. Nem sequer as “ações imediatas” foram concretizadas,<br />
embora o BE tenha insistido. A ARU Rio foi aprovada, mas não publicada. As ARU <strong>de</strong> Riachos e Lapas<br />
são uma intenção. Estamos conversados sobre o pilar “renovação urbana”!<br />
Em termos ambientais foi um ano péssimo para o concelho com a poluição no rio Almonda. O<br />
Investimento feito pela Águas do Ribatejo, que <strong>de</strong>ve ser sublinhado, não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do esforço da<br />
Câmara e sendo positivo, coloca novas questões sobre as exigências ambientais às empresas no<br />
tratamento dos seus efluentes, on<strong>de</strong> a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve ter um papel ativo em fiscalização.<br />
Em relação ao “reforço <strong>de</strong> parcerias com as Juntas <strong>de</strong> Freguesia” temos o caso emblemático da <strong>de</strong>legação<br />
<strong>de</strong> competências que correu tão bem, que o PS, já em 2016 se viu obrigado a rever os Acordos,<br />
tendo pelo meio caído uma Junta <strong>de</strong> Freguesia.<br />
Foi o ano <strong>de</strong> uma revisão orçamental que retirou 2.220.000 euros às obras previstas.<br />
Foi o ano em que, em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> revisão orçamental e em <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto escrita o Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
assumiu o conjunto <strong>de</strong> obras que se ia realizar, com especial <strong>de</strong>staque para a re<strong>de</strong> viária.
30<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Façamos, pois o balanço <strong>de</strong>sse compromisso, assumido em se<strong>de</strong> da revisão orçamental e <strong>de</strong>ixando<br />
para trás os compromissos assumidos em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Orçamento Municipal.<br />
Passo a transcrever a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto do Senhor Presi<strong>de</strong>nte:<br />
– Planos <strong>de</strong> Urbanismo relativos em especial à reabilitação urbana e PDM – nada foi feito<br />
– Programa tecnológico <strong>de</strong> <strong>de</strong>smaterialização documental – não existem dados disponíveis para me<br />
pronunciar<br />
– <strong>Intervenção</strong> na 2.ª fase da Zona Industrial <strong>de</strong> Riachos – zero<br />
– Elaboração <strong>de</strong> projeto para a EN3 – Nicho <strong>de</strong> Riachos / Botequim – zero<br />
– Reconversão da Via João Paulo II (investimento <strong>de</strong> 450.000,00 euros) – já adjudicado – zero, com sérias<br />
dúvidas por parte do Tribunal <strong>de</strong> Contas, ainda não respondidas.<br />
– Pavimentação da Estrada Casais Novos / Alcorochel – zero<br />
– Pavimentação da EN 557 Assentis / Beselga – zero<br />
– I<strong>de</strong>m Riachos / Boquilobo – só teve início em 21 <strong>de</strong> Dezembro<br />
– Pavimentação Pena / Casal da Pena / Rexaldia (por administração direta) – zero<br />
– Viaduto Rio Frio – zero<br />
– Projeto e eventual início <strong>de</strong> intervenção da Calçada António Nunes – zero<br />
– Pavimentação Rua do Lavradio / Brogueira – zero<br />
– Pavimentação em Pé <strong>de</strong> Cão – foram concretizados 341,84<br />
– Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja – zero<br />
– Pavimentação em Vale da Serra (por administração direta) – ainda por concluir<br />
– Diversas pavimentações em todas as freguesias do concelho, por administração direta – a situação da<br />
re<strong>de</strong> viária do concelho é bem elucidativa do que não se fez<br />
– Investimentos em eficiência energética em cerca <strong>de</strong> 66.000,00 euros – era bom saber o que foi feito<br />
– Investimento ao nível do Quartel dos Bombeiros (Projeto <strong>de</strong> ampliação / terreno) – ainda andamos com<br />
aditamentos ao protocolo<br />
– Equipamento <strong>de</strong>sportivo junto ao centro escolar da Olaia – zero<br />
E conclui a sua <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto: “Por tudo isto enten<strong>de</strong>mos que estamos perante uma revisão<br />
orçamental realista e adaptada ao binónimo cumprimento da Lei orçamental versus concretização <strong>de</strong><br />
obras consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> relevante importância para o concelho, quer no campo material quer no imaterial,<br />
a bem da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> todos os torrejanos”.<br />
Não diremos que não se fez nada em 2015, senhor Presi<strong>de</strong>nte.<br />
Mal fora se tal acontecesse – as escolas funcionaram, com dificulda<strong>de</strong>s, os resíduos foram recolhidos,<br />
os TUT circularam, a Biblioteca abriu e cumpriu o seu papel, o Museu abriu e cumpriu o seu papel,<br />
a revista Augusta teve uma nova edição, o Teatro Virgínia cumpriu a sua programação, realizou-se a<br />
feira Medieval, as comemorações dos 30 anos da Cida<strong>de</strong>.<br />
Foi o ano da <strong>de</strong>cisão do Orçamento Participativo.<br />
Aconteceram coisas positivas, que o BE fez questão <strong>de</strong> sublinhar em reuniões <strong>de</strong> Câmara.<br />
Mas, isto são as obrigações básicas da Câmara Municipal, é a continuação do trabalho, embora com<br />
redução <strong>de</strong> verbas, da ativida<strong>de</strong> mínima da Câmara Municipal. São os serviços públicos essenciais<br />
que a Câmara Municipal tem obrigação <strong>de</strong> cumprir.<br />
Mas aconteceram mais coisas – 2015 foi o ano do negócio ruinoso com a Construtora do Lena em<br />
relação ao Parque Almonda, que marcará a vida do município, pois o pagamento <strong>de</strong> uma in<strong>de</strong>mnização<br />
<strong>de</strong> 1,9 milhões <strong>de</strong> euros em 5 meses tem consequências muito negativas.<br />
Foi também um ano em que o PS per<strong>de</strong>u um vereador, enfraquecendo a equipa da vereação com<br />
pelouros e estranhamente não se fala disso, como se a acumulação <strong>de</strong> pelouros que hoje se verifica<br />
fosse sinónimo <strong>de</strong> boa gestão.<br />
Concluindo: 2015 foi um ano em que não se resolveu nenhum dos gran<strong>de</strong>s problemas do concelho
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
31<br />
– re<strong>de</strong> viária – reabilitação urbana – apoia às freguesias – ambiente com especial <strong>de</strong>staque para o<br />
Rio Almonda – resposta às solicitações dos munícipes.<br />
Os números são os números e evi<strong>de</strong>nciam vários problemas:<br />
Os impostos diretos <strong>de</strong>scem – apenas o IMI sobe e sabemos porquê, <strong>de</strong>vido ao fim da cláusula travão<br />
imposto pelo anterior Governo do PSD/CDS e porque o PS não quis reduzir para a taxa mínima.<br />
Os impostos indiretos e taxas <strong>de</strong>scem, evi<strong>de</strong>nciando que ainda vivemos em crise económica e<br />
social.<br />
O serviço da dívida é muito alto – 4.165.558,89 – o que condiciona a política <strong>de</strong> investimento da<br />
autarquia.<br />
A dívida do Município a terceiros aumentou por via do pagamento à Construtora do LENA.<br />
É necessário clarificar que o “Resultado Líquido” <strong>de</strong> 5.215.176,00 não significa uma boa gestão. O<br />
“Resultado Líquido” é a diferença entre os custos e proveitos nesse ano. Assim como o “Saldo a<br />
transitar”, no valor <strong>de</strong> 3.125.804,38, correspon<strong>de</strong> à disponibilida<strong>de</strong> financeira em 31/12/2015 e não<br />
significa nem “poupança”, nem “boa gestão”. O real significado <strong>de</strong>stes números é só um – as obras<br />
previstas não foram realizadas! Não esquecer que foram recebidos do FEDER, por encerramento<br />
<strong>de</strong> candidaturas 4.312.675,81 euros.<br />
Afirmou o Senhor Presi<strong>de</strong>nte que este resultado é espetacular. Então porquê recorrer a mais um<br />
empréstimo? O BE sabe a resposta, porque em 2016 vamos ter que pagar 1,6 milhões à Construtora<br />
do LENA!<br />
“Os custos e proveitos das Ativida<strong>de</strong>s Municipais” também merecem uma análise cuidada. Compreen<strong>de</strong>se<br />
que um conjunto <strong>de</strong> serviços públicos (funções sociais) apresentem défice como o caso da Educação<br />
ou dos Transportes, mas o mesmo já não se po<strong>de</strong> dizer sobre a Feira Medieval que apresenta um<br />
défice <strong>de</strong> 140.898,00 euros. Até há pouco tempo o PS afirmava que era uma “feira que se pagava<br />
a ela própria”.<br />
Registamos que o Relatório torna a colocar a questão da natureza jurídica da RESITEJO e a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se tomar uma posição sobre esta matéria, não porque sem a RESITEJO a capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> endividamento do Município aumenta, mas sobretudo porque se trata <strong>de</strong> uma importante empresa<br />
que trata <strong>de</strong> um serviço público essencial – o tratamento <strong>de</strong> resíduos. Já agora, Senhor Presi<strong>de</strong>nte,<br />
o BE faz votos para que este processo seja <strong>de</strong>batido nas diversas Câmaras Municipais que <strong>de</strong>vem<br />
assumir uma posição e não ser uma <strong>de</strong>cisão apenas tomada pelos Presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Câmara. O que<br />
está em causa assim o exige.<br />
Constata-se também que nem todos os processos <strong>de</strong> candidaturas ao QREN estão encerrados, estando<br />
ainda por receber verbas significativas. Solicito ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte a listagem das candidaturas por<br />
encerrar e os respetivos montantes.<br />
Registe-se ainda que foram resolvidas duas situações em litígio, o que levou à anulação <strong>de</strong> uma<br />
provisão (3 milhões <strong>de</strong> euros) euros, relativa ao loteamento do Hospital, mas que implica a obrigação<br />
do município na execução das obras do loteamento em 18 meses, para além do pagamento da<br />
in<strong>de</strong>mnização acordada. Estranhamente esta informação chega-nos por via do relatório do ROC,<br />
pois há muito que se espera a realização <strong>de</strong> uma reunião sobre esta importante matéria.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda vota contra e não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> alertar para o agravamento dos problemas em<br />
2016. Este ano vamos pagar 1,6 milhões <strong>de</strong> euros à Construtora do LENA, pelo Parque Almonda, mas<br />
pelo que sabemos o apetite por in<strong>de</strong>mnizações pagas pela autarquia é insaciável e para além do caso<br />
do terreno nas Cotôas, ainda virá a in<strong>de</strong>mnização do Convento do Carmo, se mais casos não existirem.<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2016
32<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Sobre o orçamento <strong>de</strong> 2016<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre Incidência do Imposto Municipal sobre Imóveis<br />
no concelho <strong>de</strong> Torres Novas – Taxas a aplicar em 2016<br />
O BE propôs qua a taxa <strong>de</strong> IMI a aplicar no ano <strong>de</strong> 2016 seja a taxa mínima (0,3). Enten<strong>de</strong>mos que<br />
a política fiscal do Município <strong>de</strong>ve ir no sentido <strong>de</strong> aliviar a carga fiscal dos/as munícipes e assim<br />
contribuir para a recuperação <strong>de</strong> rendimento e para inverter o caminho <strong>de</strong> empobrecimento que<br />
marcou as políticas nos últimos 4 anos. Os/as torrejanas não têm que ser penalizados, através dos<br />
impostos municipais, das dificulda<strong>de</strong>s financeiras da Câmara Municipal que são fruto <strong>de</strong> opções<br />
políticas erradas e <strong>de</strong> má gestão.<br />
A proposta da maioria socialista <strong>de</strong> baixar a taxa <strong>de</strong> IMI para 0,39 é, portanto, insuficiente.<br />
Quanto à proposta apresentada pelo PSD <strong>de</strong> aplicar taxas reduzidas às famílias consoante o número<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, consi<strong>de</strong>ramos que não <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada, pois não se trata <strong>de</strong> uma medida que<br />
vise repor rendimento, pois beneficiará, sobretudo e <strong>de</strong> modo significativo quem tem mais património.<br />
Compreen<strong>de</strong>ndo que <strong>de</strong>vem existir medidas positivas <strong>de</strong> apoio à natalida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> apoio às famílias<br />
com filhos/as, estas não <strong>de</strong>vem ser materializadas num imposto sobre o património. Privilegiamos a<br />
baixa <strong>de</strong> IMI <strong>de</strong> forma generalizada, abrangendo todos.<br />
O BE enten<strong>de</strong> que a IMI <strong>de</strong>ve ser objeto <strong>de</strong> uma revisão global <strong>de</strong> modo a corrigir injustiças,<br />
nomeadamente o fim das escandalosas isenções aos fundos imobiliários, o que só por si permitiria<br />
uma significativa receita para as autarquias. Relembro que estas isenções são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da<br />
<strong>de</strong>cisão da Assembleia Municipal.<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre Lançamento <strong>de</strong> Derrama – Taxa a aplicar em 2016<br />
O BE concorda com a manutenção da taxa reduzida <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrama para os sujeitos passivos com um<br />
volume <strong>de</strong> negócios no ano anterior que não ultrapasse 150.000 euros, numa lógica <strong>de</strong> apoio às<br />
pequenas e medias empresas.<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto sobre Imposto sobre o Rendimento <strong>de</strong> pessoas<br />
singulares (IRS) – Participação a receber em 2017<br />
O BE consi<strong>de</strong>ra que na atual situação, em que os portugueses e portuguesas sofrem uma carga fiscal<br />
<strong>de</strong>sproporcionada sobre o seu rendimento, agravada pela redução da progressão <strong>de</strong>ste imposto<br />
através da diminuição dos escalões que o Governo introduziu, a participação a receber pelo Município<br />
do IRS se <strong>de</strong>veria situar nos 4%.<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto sobre Taxa Municipal<br />
<strong>de</strong> Direitos <strong>de</strong> Passagem – Estabelecimento <strong>de</strong> taxa para 2016<br />
O BE é favorável à aplicação <strong>de</strong>sta taxa tendo em consi<strong>de</strong>ração as alterações produzidas à Lei 5/2004 –<br />
Lei das Comunicações Eletrónicas, através da Lei 127/2015, aprovada com os votos favoráveis do PSD,<br />
CDS, PCP, BE e PEV e a abstenção do PS na Assembleia da República, que altera a forma <strong>de</strong> cálculo<br />
da contribuição das empresas <strong>de</strong> comunicação e as responsabiliza por esse pagamento, eliminando<br />
assim a possibilida<strong>de</strong> das empresas repercutirem esta taxa na fatura dos/as consumidores.<br />
Torres Novas, 13 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
33<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre Orçamento Municipal / 2016<br />
Orçamento <strong>de</strong> Verda<strong>de</strong> ou Orçamento “Não <strong>de</strong>finido”??<br />
Perguntas:<br />
1. Sobre o “<strong>de</strong>finido” e o “não <strong>de</strong>finido”<br />
A Lei 60-A/2005, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, – Aprova o Plano Oficial <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> das Autarquias<br />
Locais (POCAL), <strong>de</strong>finindo-se os princípios orçamentais e contabilísticos e os <strong>de</strong> controlo interno, as<br />
regras previsionais, os critérios <strong>de</strong> valorimetria, o balanço, a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados, bem assim<br />
os documentos previsionais e os <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> contas, com as sucessivas revisões, estipula:<br />
7.1 – Nota ao plano plurianual <strong>de</strong> investimentos<br />
O plano plurianual <strong>de</strong> investimentos, para cada projeto ou ação prevista, faculta informação<br />
<strong>de</strong>signadamente sobre:<br />
«Código» com i<strong>de</strong>ntificação da classificação económica <strong>de</strong>vidamente <strong>de</strong>sagregada; está «Forma <strong>de</strong><br />
realização» <strong>de</strong> cada projeto ou ação; não consta – Porquê? (permite saber se é por administração<br />
direta ou empreitada)<br />
«Fonte <strong>de</strong> financiamento» <strong>de</strong> cada projeto ou ação a executar com financiamento externo à própria<br />
autarquia local; não consta. Significa que não há obras em 2016 com financiamento comunitário?<br />
A verba para o convento do Carmo está contemplada no financiamento <strong>de</strong>finido – 1.013.815 e<br />
financiamento não <strong>de</strong>finido 222.700<br />
«Datas» <strong>de</strong> início e fim dos projetos e ações; está «Financiamento <strong>de</strong>finido» para o respetivo ano, que<br />
correspon<strong>de</strong> aos montantes inscritos no orçamento; está «Financiamento não <strong>de</strong>finido» a inscrever<br />
<strong>de</strong> acordo com financiamento externo em negociação.<br />
E citando um acórdão do Tribunal <strong>de</strong> Contas, em que esta questão é clarificada:<br />
“Finalmente, o nº 7.1. do POCAL <strong>de</strong>fine a informação a facultar pelo PPI, <strong>de</strong>signadamente a fonte <strong>de</strong><br />
financiamento <strong>de</strong> cada projeto ou ação a executar com financiamento externo à própria autarquia local,<br />
esclarecendo, em nota à coluna “Financiamento não <strong>de</strong>finido”, que ali se <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar o montante das<br />
<strong>de</strong>spesas dos projetos ou ações cujo financiamento se encontra em negociação”.<br />
Acórdão Disponível in: http://www.tcontas.pt/pt/actos/acordaos/2012/1sss/ac022-2012-1sss.pdf<br />
Por isso pergunto: Que financiamento externo está neste momento a ser negociado? Como a coluna<br />
da fonte <strong>de</strong> financiamento está em branco, não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>duzir que tipo <strong>de</strong> investimento é: AC –<br />
Administração Central; AA – Administração <strong>Autárquica</strong>; FC – Fundos Comunitários.<br />
No PPI a coluna do financiamento não <strong>de</strong>finido soma 10.759.516.<br />
Destes, sabemos que apenas 503.730 têm lá lugar, pois são as verbas previstas para 2016 dos projetos<br />
do PEDU.<br />
E já agora pergunto – resposta <strong>de</strong> Sim ou Não – O PEDU já foi entregue com a candidatura aos<br />
fundos Comunitários?<br />
Pergunto que tipo <strong>de</strong> financiamento externo está a ser negociado para a verba do “não <strong>de</strong>finido” ter<br />
este valor, partindo do princípio que a Lei é clara e fala “financiamento externo em negociação”.<br />
Mas falemos do “saldo <strong>de</strong> gerência”: a lei não diz que o saldo <strong>de</strong> gerência po<strong>de</strong> ser integrado na<br />
coluna do “não <strong>de</strong>finido”. Fala sempre em financiamento externo em negociação.<br />
Portanto, permanece a dupla dúvida: é correto fazer <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já contas com o saldo <strong>de</strong> gerência e incluir<br />
no “não <strong>de</strong>finido”, não fazendo referência às fontes <strong>de</strong> financiamento?
34<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Vejamos os orçamentos anteriores:<br />
PPI 2014 – Não <strong>de</strong>finido – 0<br />
Definido – 6 milhões<br />
PPI 2015 – Não <strong>de</strong>finido – 6 milhões<br />
Definido – 10 milhões<br />
PPI 2016 – Não <strong>de</strong>finido – 10.759.516<br />
Definido – 3. 527.499<br />
Ou seja, inverteu-se a situação – o “Não <strong>de</strong>finido” passa a ser superior ao “<strong>de</strong>finido”.<br />
Caminhamos para on<strong>de</strong>? Que tipo <strong>de</strong> orçamento temos para 2016 e como vai ser no futuro?<br />
Hoje, já sabemos, que existe uma previsão <strong>de</strong> um saldo <strong>de</strong> gerência <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 3 milhões (à<br />
semelhança do ano passado).<br />
Também sabemos que esse saldo existe porque não foram feitas as obras.<br />
Mas, mesmo admitindo a medida criativa <strong>de</strong> colocar no “não <strong>de</strong>finido” a previsível verba do saldo<br />
<strong>de</strong> gerência, como justifica a diferença dos montantes?<br />
No PPI temos 10.759.516 – <strong>de</strong> investimento não <strong>de</strong>finido<br />
Sabemos/<strong>de</strong>duzimos que 503.730 são do PEDU<br />
Sabemos que 3.000.000 são do previsível saldo <strong>de</strong> gerência<br />
Sabemos que o Presi<strong>de</strong>nte já falou num empréstimo <strong>de</strong> 600.000<br />
Totaliza: 4.103.730<br />
Como justifica a diferença: 6.655738<br />
Conclusão:<br />
Po<strong>de</strong> haver tanta verba no “não <strong>de</strong>finido” sem saber a sua origem?<br />
Estão a contar com o saldo <strong>de</strong> gerência?<br />
On<strong>de</strong> vão buscar a diferença que ainda resta?<br />
2. Sobre o Convento do Carmo<br />
Na página 93 do Orçamento, no capítulo “Relatório <strong>de</strong> Apresentação e Fundamentação da Política<br />
Orçamental”, afirma-se o seguinte:<br />
“No referente à empreitada da obra “Recuperação do Convento do Carmo”, constata-se o <strong>de</strong>slizamento<br />
da sua execução para o ano <strong>de</strong> 2016 (cerca <strong>de</strong> 1.000.000 euros <strong>de</strong> investimento por realizar).<br />
De forma a manter a sustentabilida<strong>de</strong> financeira <strong>de</strong>ste projeto, foi complementarmente efetuada uma<br />
candidatura ao Portugal 20-20 (FEDER) no âmbito do PEDU – Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Urbano municipal, que integra o Convento, permitindo por esta via sustentar a sua comparticipação<br />
financeira do projeto.<br />
Pese embora não existir ainda a <strong>de</strong>cisão formal sobre esta candidatura, a mesma foi acompanhada<br />
pela autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão da Mais Centro, razão que justifica a consi<strong>de</strong>ração em se<strong>de</strong> orçamental<br />
da verba por esta via financiada.<br />
O que é que isto significa?<br />
Per<strong>de</strong>mos o dinheiro do QREN e agora, esperamos que a obra seja financiada pelo 2020?<br />
Se assim for, é preciso dizer que o PS é responsável por <strong>de</strong>sperdiçar 1 milhão <strong>de</strong> euros. Recor<strong>de</strong>mos<br />
o concurso para a segunda fase da obra, feito <strong>de</strong> forma a que a LENA ganhasse e que veio e bem<br />
a ser chumbado pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas e fez com que a execução da obra fosse <strong>de</strong>slizando, para<br />
usar a vosso vocabulário.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
35<br />
1 milhão <strong>de</strong> euros no 2020 para o Convento do Carmo, significa 1 milhão <strong>de</strong> euros a menos para<br />
outros projetos.<br />
No entanto, no Orçamento está 1 milhão para o Convento do Carmo na coluna do “<strong>de</strong>finido”. Como<br />
se o financiamento não está garantido, como se afirma no texto?<br />
A somar a isto tudo ainda teremos a in<strong>de</strong>mnização da Construtora LENA!<br />
Mas falemos agora das obras em concreto, que o Presi<strong>de</strong>nte anuncia sempre que estão prestes a<br />
começar:<br />
Entre outras:<br />
Calçada António Nunes – 75.000 não <strong>de</strong>finido<br />
Pé <strong>de</strong> Cão – 220.000 <strong>de</strong>finido + 450.000 não <strong>de</strong>finido<br />
Arranjos exteriores em Casais <strong>de</strong> Igreja – 50.000 não <strong>de</strong>finido<br />
Pavimentação em Vale da Serra/Rexaldia, Pena e Casal da Pena – 270.000 não <strong>de</strong>finido<br />
Betuminoso para outras obras – 77.500 não <strong>de</strong>finido<br />
São ou não são para fazer? Como é que o Presi<strong>de</strong>nte garante que sim?<br />
– Mostrar as sucessivas informações entregues à AM.<br />
Na reunião com o Presi<strong>de</strong>nte, faz hoje oito dias, o Presi<strong>de</strong>nte entregou um Mapa, on<strong>de</strong> consta a<br />
verba <strong>de</strong> 270.000 para as pavimentações na coluna do “Definido”, agora na versão final do Orçamento<br />
passou para o “Não <strong>de</strong>finido”. Como e porquê?<br />
Outro exemplo é a aquisição <strong>de</strong> equipamentos e <strong>de</strong> material <strong>de</strong> transporte – 137.500 que na versão<br />
que o Presi<strong>de</strong>nte entregou à oposição estava no “Definido” e agora passou para o “Não <strong>de</strong>finido”<br />
(Para comprar 1 limpa-sebes; 1 dumper e um camião em 2.ª mão)<br />
Desafio o Senhor Presi<strong>de</strong>nte a assumir um compromisso, por escrito, sobre as obras que vão ser feitas,<br />
com a respetiva calendarização e informação sobre se são por administração direta ou empreitada,<br />
a apresentar na Assembleia Municipal.<br />
Compromisso mesmo, não a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> intenções que expressou na sua <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto,<br />
quando da revisão orçamental.<br />
Conclusão: as obras não foram feitas e vão ser sacrificadas pelo pagamento da in<strong>de</strong>mnização à<br />
Construtora LENA<br />
E já agora, sobre o que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte anunciou ontem na AM é preciso dizer que na Rubrica<br />
“preservar o meio ambiente” no financiamento <strong>de</strong>finido apenas consta 13.530 euros e no não <strong>de</strong>finido<br />
363.415.<br />
Quanto à eficiência energética nas Piscinas Municipais a mesma situação 194.500 no “não <strong>de</strong>finido”,<br />
sem referência a que tipo <strong>de</strong> financiamento é. E no PEDU não consta nada!<br />
Nesta fase do <strong>de</strong>bate quero ainda tirar outras conclusões:<br />
– O Orçamento <strong>de</strong>ste ano discutido o ano passado, assim como a revisão orçamental, foram distribuídos<br />
à Vereação com dois dias <strong>de</strong> antecedência. Repetiu-se agora a mesma situação. Ora o nosso regimento<br />
diz que a documentação para as reuniões <strong>de</strong> Câmara é disponibilizada com a antecedência <strong>de</strong> 5 dias.<br />
Por maioria <strong>de</strong> razão, quando se trata do Orçamento os documentos <strong>de</strong>veriam chegar a tempo <strong>de</strong><br />
uma análise cuidada. Não é o caso. Espero, sinceramente, que esta situação não se torne a repetir.<br />
– Coluna do “não <strong>de</strong>finido” – cumpre a Lei ou não cumpre?<br />
– O PPI está incompleto – falta a “forma <strong>de</strong> realização” e a “fonte <strong>de</strong> financiamento”<br />
O Orçamento <strong>de</strong>ve ser transparente e refletir exatamente o que se vai fazer.
36<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Os altíssimos valores do “não <strong>de</strong>finido”, não significam compromisso, mas permitem dizer que as<br />
obras estão previstas – o que é um artifício e pura <strong>de</strong>magogia.<br />
Falemos agora dos conteúdos políticos e das opções estratégicas do Orçamento:<br />
Ficámos a saber que existe uma candidatura a fundos comunitários do Portugal 2020 que não foi<br />
sujeita ao escrutínio da Vereação e as ações previstas não foram objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão camarária. Se,<br />
agora a Câmara chumbasse ou alterasse o Orçamento (on<strong>de</strong> essas medidas estão consagradas) como<br />
seria?<br />
Acompanhamos algumas medidas, mas temos muito a criticar ao seu enquadramento e questionamos<br />
algumas das propostas e outras nem sequer nos po<strong>de</strong>mos pronunciar <strong>de</strong> tão generalistas que são.<br />
Quanto ao capítulo do “Enquadramento”, queremos <strong>de</strong>ixar claro que não alinhamos com a narrativa<br />
sobre o branqueamento da dívida contraída pelo Município – “investimentos sucessivamente realizados…<br />
obrigaram à assunção <strong>de</strong> dívida”, esquecendo as más opções e a má gestão. Assim como a dívida<br />
não “foi enquadrada numa operação <strong>de</strong> saneamento financeiro”. A dívida obrigou a uma operação<br />
<strong>de</strong> saneamento financeiro, à contração <strong>de</strong> mias empréstimos (PAEL) e a medidas <strong>de</strong> contração e <strong>de</strong><br />
limitação da autonomia da Câmara Municipal.<br />
Continuamos a afirmar que o Mapa estratégico está mal elaborado, <strong>de</strong>vendo as priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correr<br />
dos <strong>de</strong>safios e dos objetivos e <strong>de</strong>vem fazê-lo com coerência, o que também <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>pois espelhado<br />
no Orçamento.<br />
As priorida<strong>de</strong>s: empreen<strong>de</strong>dorismo, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, atrativida<strong>de</strong> do território, solidarieda<strong>de</strong>,<br />
enfoque no cidadão e prestar um melhor serviço, concretizam-se em ações cuja alcance não se<br />
enten<strong>de</strong> e, repito, não são espelhadas no Orçamento.<br />
Veja-se o exemplo: Melhorar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes públicos é a primeira medida do objetivo 2<br />
(município com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida) está a 0 no Orçamento.<br />
Criação da “porta norte” do concelho – o que é isto?<br />
Objetivos como recuperação dos rendimentos dos munícipes ( e sim tem a ver com a Câmara no<br />
que diz respeito aos impostos), nada se diz<br />
Desburocratização e prevenção da corrupção também não<br />
E a preservação do meio ambiente, surge <strong>de</strong> forma tímida e sem o enfoque necessário no Rio<br />
Almonda (o que contradiz parte da argumentação <strong>de</strong> sustentação do PEDU) e no combate aos focos<br />
<strong>de</strong> poluição.<br />
E para finalizar sobre o “Mapa estratégico”, por favor, retire-se a referência a “clientes”. Não somos<br />
uma empresa!!<br />
Sobre as verbas para pavimentações e repavimentações, para além das dúvidas que já coloquei no<br />
início, continua a não existir uma lista completa e a sua priorização. Se assim continuarmos o parágrafo<br />
transita <strong>de</strong> orçamento para orçamento sem nenhuma consequência.<br />
Sobre as novas instalações para as oficinas e armazém a instalar na zona industrial, afirma-se que<br />
“durante o ano <strong>de</strong> 2016 e seguinte” progressivamente serão reinstalados os respetivos serviços. No<br />
Orçamento a rubrica está a zero, nem <strong>de</strong>finido, nem in<strong>de</strong>finido.<br />
Faz-se referência à Festa da Benção do Gado, mas a verba é repartida entre o <strong>de</strong>finido e o<br />
in<strong>de</strong>fenido.<br />
Estamos a discutir um Regulamento <strong>de</strong> Apoio às Freguesias, mas não encontro nenhuma verba para<br />
o concretizar.<br />
Aquisição <strong>de</strong> equipamento e <strong>de</strong> viaturas – não se encontra verba, nem <strong>de</strong>finida, nem não <strong>de</strong>finida.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
37<br />
Resumindo:<br />
Como caracterizar este Orçamento?<br />
Retiradas as verbas para os serviços essenciais:<br />
Pessoal – on<strong>de</strong> convém contemplar a verba para a reposição total dos cortes nos salários em 2016<br />
Educação, Resíduos, TUT, Orçamento Participativo, Freguesias (a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências), Cultura<br />
e Desporto e verbas que apenas permitem a sua manutenção, pois não há espaço para melhorias.<br />
E acrescentando:<br />
O serviço da dívida, o pagamento ao FAM e a in<strong>de</strong>mnização à Construtora LENA<br />
O que fica?<br />
Vejamos alguns valores em percentagem:<br />
Pessoal – 32%<br />
Serviço da dívida – 14,7%<br />
Convento do Carmo – 4%<br />
In<strong>de</strong>mnização LENA – 6,69%<br />
Educação – 6,17%<br />
Resíduos – 7,45%<br />
TUT – 1%<br />
Orçamento participativo – 0,80%<br />
Freguesias – 0,75%<br />
Cultura – 1,5%<br />
Desporto – 1%<br />
Promover a coesão social – 0,1%<br />
Provisões Processos em Tribunal (só o previsto para 2016) – 3,48%<br />
Melhorar acessibilida<strong>de</strong>s (Definido) – 2,5%<br />
Por último, lamento que as Gran<strong>de</strong>s Opções do Plano não façam nenhuma referência ao acolhimento<br />
dos Refugiados.<br />
Registo o que é dito sobre a Resitejo e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discutir o tema<br />
Lamento que a proposta apresentada pelo BE sobre as Taxas Municipais não tenha sido incluída –<br />
Redução em 30% das taxas municipais <strong>de</strong> urbanização para as obras <strong>de</strong> reabilitação e recuperação <strong>de</strong><br />
imóveis que se situem fora das Áreas <strong>de</strong> Reabilitação Urbana, visando criar, por um lado um incentivo<br />
à reabilitação <strong>de</strong> prédios <strong>de</strong>gradados e, por outro, criar um “mecanismo <strong>de</strong> compensação” para as<br />
zonas fora das ARU, promovendo também receitas para a Câmara Municipal.<br />
Apresentaremos esta e outras propostas, no âmbito <strong>de</strong> uma revisão do regulamento <strong>de</strong> Taxas, que<br />
nos parece urgente fazer.<br />
Torres Novas, 30 <strong>de</strong> Outubro 2015<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto sobre Documentos<br />
Previsionais para o ano <strong>de</strong> 2016 – Ajustamento<br />
A posição do BE, sobre os documentos previsionais para 2016 está expressa na <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />
voto. Os “ajustamentos” agora apresentados surgem, em gran<strong>de</strong> parte, <strong>de</strong>vido ao facto do valor <strong>de</strong><br />
“financiamento não <strong>de</strong>finido” estar absolutamente <strong>de</strong>sproporcional em relação ao “financiamento<br />
<strong>de</strong>finido” e todo concentrado no mesmo ano (2016), para além <strong>de</strong> não ser dada informação sobre<br />
a fonte <strong>de</strong> financiamento <strong>de</strong>sse mesmo financiamento.
38<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
O BE criticou esta situação. Verificamos agora que o “financiamento não <strong>de</strong>finido” baixou <strong>de</strong> 10.759.516<br />
euros para 6.523.413 euros, sendo a diferença distribuída pelos anos seguintes, sobretudo em rubricas<br />
<strong>de</strong> obras. No entanto não se percebe o critério que fez <strong>de</strong>slizar o financiamento <strong>de</strong>stas obras para<br />
os anos seguintes e porque algumas baixam <strong>de</strong> valor e outras sobrem <strong>de</strong> valor. Ficam aqui apenas<br />
alguns exemplos:<br />
(n.º projecto) + (<strong>de</strong>signação da obra) + (ano previsto)<br />
2008/219 – Rotunda do Cerejal – 2017; 2012/90 – Nova via <strong>de</strong> acesso C. Esc. Olaia – 2018 e 2019;<br />
2012/97 R. 1.º Dezembro e envolvente do Castelo – 2017; 2014/80 Qt.ª Pega – 2018; 2015/99 Cç<br />
António Nunes – 2017 – reduz <strong>de</strong> 75.000 euros para 35.000; 2015/139 Casais <strong>de</strong> Igreja – 2017 –<br />
reduz <strong>de</strong> 50.000 para 20.000 euros; 2016/23 Pavimentações – 2017 reduz <strong>de</strong> 270.000 para 200.000<br />
euros; 2016/23-4 Betuminoso – 2017 – reduz <strong>de</strong> 77.500 para 17.500; 2014/112 Musealização das<br />
Torres – aumenta <strong>de</strong> 340.000 para 400.000 e continua a não haver referência à fonte <strong>de</strong> financiamento;<br />
2016/14 Aquisição <strong>de</strong> equipamentos – 2017 – reduz <strong>de</strong> 137.500 para 30.000; 2014/33 Oficinas e<br />
armazém da CM – 2017 e 2018.<br />
Por outro lado, todas as obras previstas no PEDU, que já foi candidatado aos fundos comunitários,<br />
sem <strong>de</strong>cisão camarária, aparecem em branco, não se percebendo porquê.<br />
Estes “ajustamentos” agora introduzidos ao Orçamento Municipal para 2016 não mudam nada, tornam,<br />
talvez, mais claro, que existem muitas obras inscritas, que a maioria socialista não tenciona executar,<br />
pois empurra-as para a frente, inclusive para datas fora do mandato <strong>de</strong>sta vereação.<br />
E também sabemos a razão para tal acontecer – o pagamento da in<strong>de</strong>mnização à Construtora LENA<br />
concentrado num só ano. São opções, opções políticas, com as quais discordamos em absoluto. O<br />
voto do BE é um voto contra.<br />
Torres Novas, 27 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
<strong>Intervenção</strong> do BE na Assembleia Municipal<br />
sobre Orçamento 2016, gran<strong>de</strong>s opções do plano<br />
O orçamento 2016, o plano <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, a ativida<strong>de</strong> geral da CM são totalmente condicionados<br />
pela in<strong>de</strong>mnização à “Construtora do Lena”, quase 1 700 000 euros.<br />
6.7% do orçamento, sem contar com os encargos <strong>de</strong>correntes do novo empréstimo <strong>de</strong> 600 000 euros<br />
previsto, uma verba superior ao orçamento da educação e 3 vezes o orçamentado para melhorar<br />
as acessibilida<strong>de</strong>s.<br />
Foi a opção do PS.<br />
Não tinha <strong>de</strong> ser assim, o pré-acordo que previa o pagamento em 10 anos foi ultrapassado sem que<br />
tivesse havido até agora qualquer justificação, o que se lamenta.<br />
As consequências <strong>de</strong> tal opção estão bem presentes ou talvez ausentes <strong>de</strong>ste orçamento vejamos:<br />
– A estrada EN3 shopping Entroncamento, <strong>de</strong>slizou para 2017/18<br />
– A rua da Varzea para 2017/8<br />
– A rua do Radar para 2017/8<br />
– A pavimentação em Moreiras gran<strong>de</strong>s para 2017/8<br />
– A estrada Fungalvaz, Alburitel para 2019<br />
– A av. João Paulo II, a tal do 500 000 euros, já adjudicada passou para 2017, sem qualquer justificação<br />
por parte do presi<strong>de</strong>nte.<br />
– O acesso ao centro escolar <strong>de</strong> Olaia para 2018/9<br />
– A estrada lamarosa Pé <strong>de</strong> Cão foi-se<br />
– A estrada na Charneca <strong>de</strong> Alcorochel para 2018
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
39<br />
– A estrada Beselga -Fungalvaz para 2019<br />
– A estrada Caveira– Riachos para 2018<br />
– A pavimentação em Vale da Serra, Casal da Pena, Pena, Pafarrão, etc , tem 200 000 euros no não<br />
<strong>de</strong>finido e mais 300 000 euros após 2020, será que ainda vão ter mais adiamentos?<br />
– Os arranjos no largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja tem uma verba <strong>de</strong> 20 000 euros, o que é que se está a<br />
pensar fazer com esta verba?<br />
– A limpeza da Vala das Cordas prevê-se para 2018.<br />
O PS tem esta opção, os munícipes pagam a fatura.<br />
Para o PS é sempre melhor estar <strong>de</strong> bem com os po<strong>de</strong>rosos, e assim como assim, sempre há umas<br />
obras que caem em ano eleitoral, dá sempre jeito.<br />
Este orçamento também <strong>de</strong>ve ser assinalado pelo <strong>de</strong>slizamento da obra do Convento do Carmo,<br />
que agora já não é para a se<strong>de</strong> do município, com a perda para o município <strong>de</strong> 1 000 000 <strong>de</strong> euros,<br />
mas o presi<strong>de</strong>nte diz sempre que faz o seu melhor.<br />
Incluído neste orçamento vem o PEDU. Ora este é o documento orientador para a captação <strong>de</strong><br />
verbas do quadro europeu 2020, um documento muito importante, estratégico, mas como parece<br />
que foi elaborado pelo “fazedor <strong>de</strong> planos a pedido” – Augusto Mateus, não houve necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>bate na CM , na AM , na comunida<strong>de</strong> torrejana, estes planos são só para os entendidos, mas o<br />
presi<strong>de</strong>nte diz sempre que faz o seu melhor.<br />
Por último queria apenas dizer que o BE entregou propostas, i<strong>de</strong>ias para solucionar os problemas<br />
do município e dos torrejanos e torrejanas, como sempre fazemos.<br />
Consi<strong>de</strong>ramos que há outro caminho.<br />
Dando priorida<strong>de</strong> à reparação das estradas que se encontram num estado miserável, situadas nas<br />
freguesias rurais.<br />
Dando especial atenção ao rio Almonda.<br />
Dando enfase à reabilitação urbana, não só nas ARU, mas em todo o concelho, com a proposta <strong>de</strong><br />
redução das taxas urbanísticas.<br />
Dando particular atenção ao associativismo.<br />
Propostas concretas para a regeneração e reabilitação radical da casa do povo <strong>de</strong> Riachos, para<br />
problema do largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja, que não ata nem <strong>de</strong>sata, só para dar alguns exemplos.<br />
Várias foram as propostas que fizemos, vamos continuar a bater-nos por elas, porque é ao povo que<br />
<strong>de</strong>vemos respostas, a construtora do Lena não foi a votos.<br />
António Gomes, João Carlos Lopes, Teresina Paz<br />
Torres Novas, 21 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2015<br />
Declarações <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto sobre 1.ª Revisão<br />
ao Orçamento da Receita; 1.ª Revisão ao orçamento da Despesa;<br />
1.ª Revisão ao Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimentos;<br />
1.ª Revisão ao Plano <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Mais relevantes – 2016<br />
Os documentos orçamentais do Município <strong>de</strong>vem ser rigorosos e espelhar a concretização das<br />
opções políticas assumidas. Esta 1.ª Revisão Orçamental aos documentos do ano <strong>de</strong> 2016, visa,<br />
principalmente, incluir a verba a pagar durante o mês <strong>de</strong> Maio à Construtora do LENA, no valor<br />
<strong>de</strong> 1,6 milhões <strong>de</strong> euros, como aliás é assumido na nota explicativa – por isso se estranha que esta
40<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
verba continue a constar da coluna do “não <strong>de</strong>finido”, quando toda a gente sabe que o cheque tem<br />
que ser pago durante este mês.<br />
Por outro lado trata-se <strong>de</strong> incluir o valor do saldo <strong>de</strong> Gerência, uma operação contabilística<br />
absolutamente normal e que não significa, como já dissemos abundantes vezes, nenhuma “poupança”,<br />
significa sim, que muitas obras previstas não foram realizadas, como é o caso da re<strong>de</strong> viária, on<strong>de</strong>,<br />
mais uma vez são elencadas todas as obras a realizar e a concluir, que assim passam <strong>de</strong> orçamento<br />
para orçamento, <strong>de</strong> revisão para revisão.<br />
Há também ajustamentos na receita, com um ligeiro aumento do FEF e um aumento das transferências<br />
da DREL e uma redução na transferência da participação do IRS.<br />
A restituição <strong>de</strong> financiamentos comunitários, no valor <strong>de</strong> 416.797,64 euros, referente à candidatura<br />
do Centro escolar <strong>de</strong> Assentis, é também significativa, mesmo que o município tenha razão e venha<br />
a recorrer aos Tribunais, esta verba tem que ser <strong>de</strong>volvida agora.<br />
Po<strong>de</strong>remos dizer que esta revisão orçamental visa o pagamento à Construtora do LENA, a inclusão<br />
<strong>de</strong> verba para o projeto <strong>de</strong> ampliação do Quartel dos Bombeiros e mais uns acertos sem gran<strong>de</strong><br />
impacto.<br />
Queremos <strong>de</strong>ixar registada a nossa preocupação com as poucas verbas existentes no que diz respeito<br />
à reabilitação urbana.<br />
Por último uma referência à verba <strong>de</strong>finida para o relvado sintético para o campo <strong>de</strong> treinos do<br />
estádio municipal, promessa antiga que esperemos seja agora cumprida.<br />
O voto do BE é contra, tendo em conta as razões que levam a esta alteração orçamental e o facto<br />
<strong>de</strong> se manterem todos os pressupostos do Orçamento aprovado que também mereceu o nosso<br />
voto contra.<br />
Por último, registar que os mapas foram corrigidos posteriormente à reunião <strong>de</strong> Câmara, nomeadamente<br />
no que diz respeito à verba a pagar à Construtora do LENA que passou a estar na coluna certa.<br />
Torres Novas, 12 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2016<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto sobre<br />
Prestação <strong>de</strong> Contas e Relatório <strong>de</strong> Gestão do Exercício / 2016<br />
O Relatório <strong>de</strong> Gestão do Exercício <strong>de</strong> 2016 da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas do ponto <strong>de</strong> vista<br />
técnico está bem elaborado e possibilita uma análise ao que foi feito e ao que não foi feito durante<br />
o ano em causa.<br />
Quanto ao seu conteúdo, ele espelha as opções políticas do Partido Socialista, quer as gran<strong>de</strong>s opções<br />
constantes do Orçamento Municipal <strong>de</strong> 2016, quer as opções políticas na gestão do dia-a-dia, com<br />
as quais o Bloco <strong>de</strong> Esquerda não concordou.<br />
Na Introdução do Relatório (pág. 9) o Presi<strong>de</strong>nte esforça-se por apresentar números globais das<br />
gran<strong>de</strong>s rubricas, que vistos assim até po<strong>de</strong>riam levar a pensar que as coisas não estavam mal.<br />
Mas é preciso esmiuçar as gran<strong>de</strong>s rubricas para verificar on<strong>de</strong>, <strong>de</strong> facto, foi aplicado o dinheiro.<br />
Vejamos então:<br />
Melhorar as Acessibilida<strong>de</strong>s – apresenta-se um valor executado <strong>de</strong> 2.182.518 euros, aos quais é<br />
necessário retirar 1.600.000 euros que foram diretamente para a Construtora do LENA (referente<br />
ao Parque Almonda). O restante refere-se às obras constantes na página 43 – ou seja, uma gota <strong>de</strong><br />
água face às necessida<strong>de</strong>s do concelho em matéria <strong>de</strong> melhoria das acessibilida<strong>de</strong>s.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
41<br />
Promover a Reabilitação Urbana – apresenta-se um valor executado <strong>de</strong> 1.598.221 euros, dos quais<br />
1 milhão foi para o antigo Hospital, outra parte para as obras da Praça do Peixe e Praça dos Claras<br />
e ainda uma parte para o compromisso com o novo quartel dos Bombeiros. Nada <strong>de</strong> novo.<br />
As restantes verbas referem-se aos custos dos serviços públicos essenciais que a Câmara Municipal<br />
tem que garantir, mal fora se o não fizesse: Educação – aqui há que referir as obras da Escola Manuel<br />
Figueiredo da responsabilida<strong>de</strong> da Administração Central e o Protocolo para a reabilitação da Escola<br />
Maria Lamas; a recolha e tratamento <strong>de</strong> resíduos; os transportes; os equipamentos culturais e<br />
<strong>de</strong>sportivos.<br />
As taxas <strong>de</strong> execução apresentadas referem-se às verbas e não às ações. Po<strong>de</strong> existir uma taxa <strong>de</strong><br />
execução elevada, mas referente a um número reduzido <strong>de</strong> ações.<br />
O PPI – Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimentos – apresenta uma execução <strong>de</strong> 72,26% – 4.778.449,93<br />
euros, dos quais 1.600.000 euros foram para a Construtora do LENA (Parque Almonda) e 1.200.000<br />
euros para o Convento do Carmo. Sobra 1.900.000 euros para investimento real num orçamento <strong>de</strong><br />
26 milhões – e sabemos que daqui saíram as verbas para o novo quartel dos bombeiros (190.000);<br />
para pagamento do FAM (140.000); Praça dos Claras (55.000); Praça do Peixe (79.000) – só para<br />
referir alguns exemplos.<br />
Em conclusão: O ano <strong>de</strong> 2016 foi um ano marcado pelo pagamento da in<strong>de</strong>mnização à Construtora<br />
do LENA e por mais uma avultada verba para o antigo hospital, numa obra cujo <strong>de</strong>stino não se sabe<br />
qual será nos próximos 5 anos.<br />
Quanto a investimento e obra a sério para a resolução dos problemas do concelho, para além <strong>de</strong><br />
umas pequenas obras reclamadas há muitos anos e da manutenção dos serviços essenciais, pouco<br />
ou mesmo mais nada há a referir.<br />
De referir a redução da dívida, facto positivo e fruto do cumprimento dos planos a que o Município<br />
está obrigado, assim como a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> endividamento, que o PS vê como uma oportunida<strong>de</strong>,<br />
mas que po<strong>de</strong> significar mais um peso para o Município, sobretudo quando é utilizada para obras<br />
<strong>de</strong> muito duvidosa necessida<strong>de</strong>, como seja a construção <strong>de</strong> 4 faixas <strong>de</strong> rodagem na avenida João<br />
Paulo II, o que também evi<strong>de</strong>ncia a ausência <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s – com tanta estrada em<br />
condições péssimas, bastava arranjar o piso da avenida João Paulo II e acudir às outras necessida<strong>de</strong>s<br />
do concelho.<br />
Algumas questões que gostava <strong>de</strong> ver esclarecidas e/ou corrigidas:<br />
– O quadro orgânico na página 17 está errado, não correspon<strong>de</strong> ao que foi aprovado. Sobre este<br />
quadro direi ainda que não se compreen<strong>de</strong> porque <strong>de</strong>le não fazem parte os Vereadores/as com<br />
Pelouro e a sua posição no quadro orgânico da autarquia, assim como não se enten<strong>de</strong> porque é que<br />
a “sub-unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> projeto Torres Novas +” paira no quadro sem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> nenhuma estrutura,<br />
nomeadamente da presidência.<br />
– Na pág. 150, no quadro 9.1.2.5 Custos /Proveitos <strong>de</strong> Estrutura faz-se referência a custos no valor<br />
<strong>de</strong> 3.702.223 euros referentes a Unida<strong>de</strong>s Orgânicas – a que se refere em concreto?<br />
– Na pág. 173, 11.6 – Acompanhamento das medidas específicas refere-se sobre a implementação<br />
do Orçamento Base Zero “está implementado, no entanto carece <strong>de</strong> melhor interiorização por parte<br />
dos serviços, po<strong>de</strong>ndo ser optimizado”. Sendo o Orçamento Base Zero uma medida importante<br />
do Plano <strong>de</strong> Saneamento Financeiro e uma metodologia <strong>de</strong> combate ao <strong>de</strong>sperdício e facilitador da<br />
transparência, penso que seria <strong>de</strong> toda a pertinência fazer um ponto <strong>de</strong> situação mais <strong>de</strong>talhado<br />
sobre esta matéria.<br />
– Na pág. 269 sobre o “Passivo Contingente” alerto para a situação da sentença transitada em julgado<br />
(processo Maria Camila Gorjão Maia) que a não ser cumprida ou alterada, colocará a Câmara em<br />
incumprimento, com pagamento <strong>de</strong> penalização mensal <strong>de</strong> 5.000 euros a partir do próximo mês
42<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
<strong>de</strong> Maio, assim como o Acordo celebrado sobre a cedência <strong>de</strong> terrenos para o Centro Escolar <strong>de</strong><br />
Olaia, cujo prazo está a terminar e também prevê penalização mensal para a Câmara, no caso <strong>de</strong><br />
500 euros/mês.<br />
Por último, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda lamenta que os documentos não tenham chegado com o tempo<br />
suficiente para uma análise cuidada, o que também proporcionaria um <strong>de</strong>bate mais aprofundado sobre<br />
as diversas componentes <strong>de</strong>ste relatório, com esclarecimentos técnicos e troca <strong>de</strong> opiniões, que só<br />
favoreciam quer a componente política, quer a componente técnica dos serviços da administração<br />
local.<br />
O voto do BE é contra.<br />
Declaro ainda que, da minha parte, não é possível garantir no todo, as condições <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />
requeridas pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas e constantes da Resolução n.º 1 / 2015 – 2.ª S – (pontos 8 e 9).<br />
Torres Novas, 11 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2017
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
43<br />
Sobre o orçamento <strong>de</strong> 2017<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre Incidência do Imposto Municipal sobre Imóveis<br />
no concelho <strong>de</strong> Torres Novas – taxas a aplicar em 2017<br />
No documento apresentado não consta informação sobre as taxas <strong>de</strong> IMI diferenciadas em função<br />
<strong>de</strong> penalizações (majorações), o que se estranha, pois para o ano <strong>de</strong> 2016 foi aprovada a majoração<br />
para o triplo da taxa nos prédios em ruínas.<br />
Seria importante que o Município tirasse partido das possibilida<strong>de</strong>s constantes da Lei no que diz<br />
respeito à diversificação das taxas, adaptando-as aos objetivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do concelho,<br />
nomeadamente: majoração <strong>de</strong> prédios urbanos <strong>de</strong>gradados e/ou em situação <strong>de</strong> perigo para a<br />
segurança <strong>de</strong> pessoas e bens (n.º 8 do art.º 112.º); majoração <strong>de</strong> prédios rústicos com áreas florestais<br />
em situação <strong>de</strong> abandono (n.º 9 do art.º 112.º); redução para prédios urbanos arrendados, enquanto<br />
incentivo ao arrendamento, para além das reduções já previstas nas Áreas <strong>de</strong> Reabilitação Urbana<br />
(ARU). Tendo em conta a isenção total <strong>de</strong> IMI para agregados com baixos rendimentos (n.º 1 do art.º<br />
11.º-A) e a isenção para os cidadãos e cidadãs que se encontrem a residir em lar <strong>de</strong> terceira ida<strong>de</strong><br />
(n.º 9 do art.º 11.º-A), as majorações assumem assim inteira justiça.<br />
Sobre a receita <strong>de</strong> IMI, verificamos que tem vindo sempre a subir <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 2012, assim como<br />
o seu peso relativo no global da receita do município. No ano <strong>de</strong> 2016, mesmo com a baixa <strong>de</strong> IMI<br />
para 0,39 e consi<strong>de</strong>rando a informação dos serviços sobre a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ficar abaixo do previsto,<br />
verifica-se um aumento.<br />
Se consi<strong>de</strong>rarmos a apreciação que o PS faz sobre as contas do município e sobre os saldos <strong>de</strong> gerência<br />
positivos, só po<strong>de</strong>mos concluir que estão criadas as condições para a redução da taxa <strong>de</strong> IMI a todas<br />
e todos os munícipes. A título <strong>de</strong> exemplo cito a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto do Senhor Presi<strong>de</strong>nte em nome<br />
do Partido Socialista, na reunião da Câmara Municipal <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Abril: “Inacreditável no meu ponto <strong>de</strong><br />
vista, a vereadora (Helena Pinto) <strong>de</strong>svalorizar o Resultado Líquido <strong>de</strong> 5.215.176,00 e um excelente saldo<br />
<strong>de</strong> gerência, a proporcionar assumirmos responsabilida<strong>de</strong>s financeiras e <strong>de</strong>senvolver obra”. Como a obra<br />
não se conhece, ao menos que se baixe <strong>de</strong> modo significativo a taxa <strong>de</strong> IMI, aliviando os torrejanos<br />
e torrejanas da carga fiscal.<br />
Se ainda juntarmos a consultadoria contratada para recuperação da receita fiscal (impostos locais),<br />
que se supõe aumentará a receita e algumas opções da <strong>de</strong>spesa, tais como: consultadorias externas<br />
e ajustes diretos – só para a “StartUp” são 3 até à data – (15.490,00+9.000,00+17.400,00=41.89<br />
0,00) (informação da base.gov); a obra das “4 faixas” na Av. João Paulo II, não fosse a megalomania<br />
e pelo menos 400.000,00 euros seriam poupados; para não falar do pagamento à Construtora do<br />
LENA e a diferença que existe entre pagar em 10 anos ou pagar em 5 meses.<br />
Estamos pois certos, não fossem estas opções políticas do PS, seria possível baixar a taxa <strong>de</strong> IMI<br />
para a taxa mínima, sem qualquer prejuízo nas contas do Município, acertando <strong>de</strong>pois os valores no<br />
Plano <strong>de</strong> Saneamento Financeiro.<br />
A proposta do BE é que seja aplicada a taxa <strong>de</strong> 0,3 no ano <strong>de</strong> 2017.<br />
Por último, não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lamentar a posição fechada sobre esta matéria com que o PS se<br />
apresenta nesta reunião. Seria <strong>de</strong> esperar abertura para chegar a um consenso, mas tal não foi<br />
possível.
44<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre Lançamento da Derrama – taxa a aplicar em 2017<br />
O BE concorda com a manutenção da taxa reduzida <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrama para os sujeitos passivos com um<br />
volume <strong>de</strong> negócios no ano anterior que não ultrapasse 150.000,00 euros, numa lógica <strong>de</strong> apoio às<br />
pequenas e médias empresas.<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre Participação variável no Imposto sobre o Rendimento<br />
<strong>de</strong> Pessoas Singulares – Participação a receber em 2018<br />
O BE concorda que a participação a receber pelo Município do IRS <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> 5%, pois trata-se da<br />
redistribuição pelos municípios <strong>de</strong> uma receita fiscal nacional. No ano passado votámos favoravelmente<br />
a taxa <strong>de</strong> 4%, tendo em consi<strong>de</strong>ração a conjuntura da época marcada pelo corte <strong>de</strong> salários e pensões,<br />
que felizmente foi alterada pela nova maioria na Assembleia da República.<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto sobre Taxa Municipal<br />
<strong>de</strong> Direitos <strong>de</strong> Passagem – Estabelecimento <strong>de</strong> taxa para 2017<br />
O BE concorda com a aplicação <strong>de</strong>sta taxa, tendo em consi<strong>de</strong>ração a alteração legislativa <strong>de</strong> 2015.<br />
No entanto queremos alertar para que se averigue qual o motivo do encaixe <strong>de</strong> verba este ano ser<br />
tão baixo, <strong>de</strong> modo a que a Câmara Municipal possa acionar todos os mecanismos para a sua efetiva<br />
cobrança.<br />
Torres Novas, 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2016<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre Orçamento Municipal / 2017<br />
Temos perante nós o Orçamento Municipal para 2017 – o último <strong>de</strong>ste mandato.<br />
Desengane-se o Partido Socialista se pensa que o último orçamento do mandato po<strong>de</strong>rá ocultar todo<br />
o balanço dos últimos 3 anos.<br />
As opções plasmadas no Orçamento não correspon<strong>de</strong>m às necessida<strong>de</strong>s da população e nem sequer<br />
a um projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento para o concelho, pese embora que em todos os anos se repita<br />
o Mapa Estratégico com as suas 6 gran<strong>de</strong>s áreas <strong>de</strong> intervenção: 1. Município empreen<strong>de</strong>dor; 2.<br />
Município com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida; 3. Município atrativo; 4. Município solidário; 5. Município sustentável;<br />
6. Município mais eficiente.<br />
Se aten<strong>de</strong>rmos bem ao que se explicita nestes objetivos, embora <strong>de</strong> carácter ultra-generalista,<br />
verificamos que não se encontram as ações concretas com meios e recursos suficientes plasmadas<br />
no Orçamento. Em anteriores Orçamentos o Bloco <strong>de</strong> Esquerda criticou estas opções, não são as<br />
nossas. São, com certeza as opções do PS, mas nem essas são concretizadas.<br />
Sobre os chamados “projetos estruturantes”, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> financiamento comunitário verificamos<br />
que se divi<strong>de</strong>m em dois grupos:<br />
Um primeiro grupo, contratualizado com a Comunida<strong>de</strong> Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) no<br />
âmbito do “Pacto para o <strong>de</strong>senvolvimento e coesão territorial”, e um segundo grupo que integra os<br />
projetos do PEDU divididos em duas fases.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
45<br />
Em relação ao que foi contratualizado com a CIMT temos: a recuperação do Centro Escolar <strong>de</strong> Santa<br />
Maria e da Escola Maria Lamas – estamos a falar <strong>de</strong> instalações, obviamente importantes e o BE já<br />
<strong>de</strong>u o seu apoio à sua realização, mas integradas no programa bem mais vasto que visa a educação<br />
<strong>de</strong> excelência no medio tejo e que se <strong>de</strong>stina a “promover a valorização do território através <strong>de</strong> uma<br />
educação <strong>de</strong> excelência, combatendo o abandono e insucesso escolar e promovendo projetos educativos<br />
inovadores, que contribuam para o <strong>de</strong>senvolvimento potencial <strong>de</strong> aprendizagem e os níveis <strong>de</strong> excelência<br />
do ensino. As intervenções a <strong>de</strong>senvolver têm por objetivo a prevenção do abandono escolar precoce e o<br />
estabelecimento <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> no acesso à educação infantil, primária e secundária <strong>de</strong> boa<br />
qualida<strong>de</strong>, incluindo percursos <strong>de</strong> aprendizagem formais, não formais e informais”. Ao lermos este enunciado<br />
<strong>de</strong> objetivos percebemos que o programa é muito mais do que a recuperação das instalações. Mas,<br />
o município <strong>de</strong> Torres Novas apenas o aproveitará neste sentido, o que nos <strong>de</strong>ixa preocupados. Já<br />
agora, o encontro anual <strong>de</strong> professores não tem verba para o próximo ano… dir-me-ão que não é<br />
por isso que não se realizará… mas o certo é que não escapou ao corte.<br />
Depois temos outro projeto – Rotas e Percursos – <strong>de</strong> que se fala há muito tempo, até chegou a ser<br />
agendado para uma reunião <strong>de</strong> Câmara e retirado, pois, rapidamente se verificou que era muito<br />
insuficiente, para não dizer mais.<br />
Depois os arranjos no interior do Castelo, que também aqui já <strong>de</strong>batemos e que foi retirado e a<br />
“musealização das torres”, que pelo andar da carruagem serão mesmo uma peça <strong>de</strong> museu.<br />
Depois a eficiência energética <strong>de</strong> que se fala <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong>ste mandato e nada se fez. Relembro<br />
que inclusivamente é uma das medidas do Plano <strong>de</strong> Saneamento <strong>de</strong>sta autarquia.<br />
Reabilitação do centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, mais uma obra em conjunto com a administração central e o circuito<br />
<strong>de</strong> visitação <strong>de</strong> Vila Cardílio que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da DGCP.<br />
Po<strong>de</strong>mos concluir que aqui não temos nada <strong>de</strong> novo.<br />
Chegamos ao 2.º grupo <strong>de</strong> projetos – o PEDU. Não será necessário repetir tudo o que temos<br />
dito sobre o PEDU, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a contratualização <strong>de</strong> uma empresa para a sua elaboração até à falta <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>mocracia sobre a sua <strong>de</strong>cisão. Reafirmamos aqui o nosso ponto <strong>de</strong> honra. A Câmara tem que<br />
discutir projeto a projeto e estes, porque envolvem alterações significativas na Cida<strong>de</strong> têm que ser<br />
sujeitos a discussão pública. Caso contrário, se forem apresentados como factos consumados, para<br />
além <strong>de</strong> um atentado à <strong>de</strong>mocracia local, po<strong>de</strong>rá significar um <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> recursos, como se<br />
verificou aliás com o Convento do Carmo.<br />
Estes são os investimentos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> financiamento comunitário, para os quais não está garantida<br />
a disponibilida<strong>de</strong> da comparticipação nacional <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> da Câmara, como verificamos<br />
pelos empréstimos previstos.<br />
Temos <strong>de</strong>pois o grosso do Orçamento com as verbas distribuídas pelos serviços essências que têm<br />
que ser cumpridos – Despesas com Pessoal, amortização e serviço da dívida, Transportes urbanos,<br />
Transportes e refeições escolares, Resíduos sólidos urbanos, Iluminação pública, quotizações<br />
obrigatórias, incluindo o famigerado FAM (Fundo <strong>de</strong> Apoio Municipal). Tudo somando ronda os 16<br />
milhões <strong>de</strong> euros.<br />
Vamos então às opções restantes no Orçamento.<br />
O BE não fará <strong>de</strong>magogia dizendo que é possível fazer tudo.<br />
Mas seremos frontais dizendo que é possível fazer diferente e melhor:<br />
Para o BE as priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>veriam ser as seguintes:<br />
– Recuperação da re<strong>de</strong> viária do concelho, com particular incidência na viação rural. A situação atual<br />
é insustentável e, como sabemos, da inteira responsabilida<strong>de</strong> do PS, tudo indica que a população<br />
passará mais um inverno em péssimas condições. Falarei sobre este aspeto em <strong>de</strong>talhe, mais à frente.
46<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
– Priorida<strong>de</strong> ao Ambiente e à <strong>de</strong>fesa do Rio Almonda. Por incrível que pareça a principal preocupação<br />
da população – a poluição e os seus prejuízos para a saú<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida – não está refletida<br />
neste Orçamento.<br />
– Criação <strong>de</strong> um gabinete ambiental, abrindo lugares no Mapa <strong>de</strong> Pessoal se necessário, para dotar<br />
a Câmara Municipal <strong>de</strong> condições para acompanhar e fiscalizar o comportamento <strong>de</strong> empresas<br />
que contribuem para a poluição da bacia hidrográfica do Almonda. Já expressamos a nossa posição<br />
sobre esta matéria na última votação sobre a abertura <strong>de</strong> lugares no Mapa <strong>de</strong> Pessoal do município.<br />
Uma boa gestão significa dar priorida<strong>de</strong> ao que é realmente necessário e não abrir lugares para<br />
técnicos superiores <strong>de</strong> forma casuística.<br />
– Freguesias – Não se compreen<strong>de</strong> que não exista uma referência à entrada em vigor do Regulamento<br />
<strong>de</strong> Apoio às Freguesias, aprovado pela Câmara e que as verbas referentes aos contratos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências não sejam reforçadas. Vamos esperar pelo meio do ano para fazer<br />
um “reajustamento”? E tentar assim, mais próximo das eleições, passar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que existe<br />
preocupação com as freguesias? Para o BE o Orçamento <strong>de</strong>via prever dotação financeira a<strong>de</strong>quada<br />
para respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s das 10 freguesias, <strong>de</strong> forma transparente e segundo o Regulamento<br />
e não casuisticamente, alimentando assim a <strong>de</strong>pendência das Juntas em relação à Câmara.<br />
– Reabilitação Urbana – No que se refere ao centro histórico da cida<strong>de</strong> não se adiantou nada.<br />
Chegados aqui, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprovadas as ARU do Centro Histórico e Rio, está no Orçamento<br />
a contratualização externa para a elaboração das ORU – Operações <strong>de</strong> Reabilitação Urbana –<br />
mais uma contratação externa para eventualmente ser concretizada no próximo ano. Entretanto<br />
tudo continua a <strong>de</strong>gradar-se…<br />
Se a reabilitação urbana fosse uma priorida<strong>de</strong>, rubricas como “obras coercivas”, “aquisição <strong>de</strong><br />
imóveis (prédios e vazios)”, recuperação do Jardim Municipal (completamente ao abandono), não<br />
tinham verbas irrisórias como têm.<br />
– Zonas industriais – zero previsto no Orçamento. Mas, no capítulo dos “projetos estruturantes”<br />
afirma-se (pág. 29): “A regularização operacional e legal <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> acolhimento empresarial como a<br />
Zona Industrial <strong>de</strong> Riachos-Cova do Minhoto e Geriparque, enquanto infraestruturas essenciais para a<br />
captação <strong>de</strong> investimento, constituem também uma priorida<strong>de</strong> municipal, na atração ao Investimento<br />
e geração <strong>de</strong> empregos qualificados para o Município.” Mas nada disto tem reflexo no Orçamento.<br />
– Apoio ao associativismo – Era tempo <strong>de</strong> aumentar estes valores – a proposta do BE é que os valores<br />
<strong>de</strong> apoio ao associativismo dupliquem.<br />
– Edifício para as oficinas da Câmara – nada consta no Orçamento.<br />
– Reforço das verbas para a ativida<strong>de</strong> cultural da Câmara e para a programação do teatro Virgínia.<br />
Gostaria ainda <strong>de</strong> abordar outros aspetos específicos do orçamento:<br />
– Concretização da Área <strong>de</strong> Reabilitação Urbana <strong>de</strong> Riachos e Lapas, a única proposta apresentada<br />
pelo BE que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte incluiu, pois, <strong>de</strong> facto, seria <strong>de</strong> estranhar que estando <strong>de</strong>cididas,<br />
não existisse nenhuma referência. Mas a verba é irrisória.<br />
– Contratação <strong>de</strong> pessoal auxiliar para os centros escolares aproveitando a norma do Orçamento<br />
<strong>de</strong> Estado, será incompreensível que não se tomem medidas neste sentido.<br />
– Aumento da verba para o Orçamento Participativo. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da avaliação que faremos<br />
ao orçamento Participativo, como já fizemos em relação à primeira edição, o BE <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que este<br />
caminho <strong>de</strong>ve ser aprofundado. A <strong>de</strong>mocracia participativa <strong>de</strong>ve ser estimulada. Os pressupostos<br />
do orçamento Participativo contemplam a progressivida<strong>de</strong> da verba alocada nos orçamentos<br />
municipais. Devia ser dado esse passo.<br />
– Não encontrei uma palavra sobre o acolhimento <strong>de</strong> refugiados, nem sequer para sinalizar o trabalho
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
47<br />
do Município nesta área. O Orçamento <strong>de</strong>ve refletir a disponibilida<strong>de</strong> do Município para continuar<br />
a acolher refugiados. Surge agora no texto enviado pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte.<br />
– Estranha-se também, que ao contrário do ano passado, não exista nenhuma referência à Resitejo<br />
e à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à alteração da sua natureza jurídica.<br />
– Adaptação dos parques infantis para crianças com <strong>de</strong>ficiência – esta é uma proposta <strong>de</strong> que o BE não<br />
vai <strong>de</strong>sistir, pois consi<strong>de</strong>ramo-lo fundamental para a inclusão. Aliás, aprovámos recentemente a a<strong>de</strong>são<br />
ao Programa Cida<strong>de</strong>s Amigas das Crianças, o que também não está refletido no Orçamento.<br />
– Revisão do PDM – o ano passado estavam previstos 75 mil euros. Este ano estão previstos 62.500<br />
euros. Devido à importância <strong>de</strong>sta revisão que está pen<strong>de</strong>nte há 20 anos seria bom existir uma<br />
explicação sobre o que foi feito e on<strong>de</strong> será aplicada a verba <strong>de</strong>ste ano, para se perceber a vonta<strong>de</strong><br />
política em concluir a revisão do PDM.<br />
– Estranha-se também que não exista nenhuma referência à aquisição do Mercado <strong>de</strong> Riachos. Será<br />
que a sua aquisição ainda se vai concretizar este ano?<br />
– Assim como a remo<strong>de</strong>lação da Casa do Povo <strong>de</strong> Riachos, que sabemos ser uma obra em que a<br />
Câmara tem que se envolver, embora continue a constar a Casa da Cultura <strong>de</strong> Riachos, um projeto<br />
que já foi dado como morto.<br />
– Insistimos na reparação <strong>de</strong> pelo menos 2 pontes no âmbito do Projeto aprovado sobre “Reabilitação<br />
<strong>de</strong> Pontes e Fontes”<br />
Preocupa-nos a estrutura e o funcionamento orgânico da Câmara. A posição do BE é conhecida e<br />
apresentámos uma proposta completa sobre o organigrama da Câmara, infelizmente chumbada. Não<br />
acompanhamos o funcionamento <strong>de</strong> “unida<strong>de</strong>s autónomas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da presidência” como é o caso<br />
da Unida<strong>de</strong> Torres Novas +, consi<strong>de</strong>ramos aliás negativa para o normal funcionamento dos serviços.<br />
Enten<strong>de</strong>mos que se <strong>de</strong>veria realizar uma ação <strong>de</strong> estudo e intervenção <strong>de</strong> racionalização da gestão e<br />
do trabalho <strong>de</strong>senvolvido pelos serviços da CM, cujo objetivo <strong>de</strong>ve ser não só a melhoria da qualida<strong>de</strong><br />
dos trabalhos executados, como a racionalização dos meios e recursos, materiais e humanos, da qual<br />
resultariam ganhos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> no esforço global que é feito pela autarquia. Assume particular<br />
importância a reformulação dos serviços <strong>de</strong> Fiscalização, tendo em conta as alterações legislativas<br />
que ao colocarem o enfoque da responsabilida<strong>de</strong> no particular, implicam um reforço da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
fiscalização, assim como a criação do “gestor do procedimento” norma do RJUE (Regime Jurídico da<br />
Urbanização e Edificação) e a <strong>de</strong>smaterialização dos processos do urbanismo.<br />
Não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> referir que é significativo que a rubrica “promover a coesão social” esteja<br />
dotada com 36.962 euros e que o projeto <strong>de</strong> requalificação e valorização das grutas das Lapas esteja<br />
a zero.<br />
Muitos mais exemplos existem para ilustrar as opções do PS.<br />
Falemos agora da re<strong>de</strong> viária:<br />
Partindo do princípio que estão contempladas no orçamento todas as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reparação e<br />
pavimentação concluímos que o valor total <strong>de</strong> todas as obras é 4.902.000,00.<br />
Deste total tem financiamento <strong>de</strong>finido no ano <strong>de</strong> 2017 – 521.000,00 euros e não <strong>de</strong>finido 1.843.000,00<br />
euros.<br />
Se somarmos o <strong>de</strong>finido e o não <strong>de</strong>finido para o ano <strong>de</strong> 2017 temos um total <strong>de</strong> 2.364.000,00 euros.<br />
Ficam <strong>de</strong> fora 2.538.000,00 euros para os anos seguintes – 2018, 2019, 2010 e ainda outros anos<br />
seguintes.<br />
Pergunto: quais são os munícipes que vão aguentar até 2020 sem verem as suas estradas<br />
reparadas?
48<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Sobre esta matéria o importante mesmo era o PS assumir com toda a clareza, quais as obras que<br />
vai realizar.<br />
Temos que concluir que a aposta do PS na re<strong>de</strong> viária em 2017 é <strong>de</strong> 521.000,00.<br />
Isto é o que está garantido. Ou seja, é a mesma aposta dos orçamentos anteriores, em que as obras<br />
foram sendo adiadas e preteridas para outro tipo <strong>de</strong> opções como é o caso do Almonda Parque,<br />
aliás uma herança dos últimos 20 anos.<br />
E não nos venham dizer que não há alternativa: bastará abandonar o projeto megalómano das 4 vias<br />
da Av. João Paulo II e o projeto para o interior do Castelo e só aqui temos 600 mil que po<strong>de</strong>riam<br />
ser alocados à reparação da re<strong>de</strong> viária. Se a isto juntássemos a poupança prevista em juros fruto da<br />
substituição da dívida que aprovámos recentemente, juntaríamos mais 400 mil euros. E com esforço<br />
ainda se conseguiria mais.<br />
Sobre o “Enquadramento macro-económico”:<br />
Veja-se o 1.º e 2.º parágrafo:<br />
“O PAEF (Programa <strong>de</strong> Assistência Económica e Financeira) procurou ser um instrumento capaz <strong>de</strong><br />
restabelecer a sustentabilida<strong>de</strong> das finanças públicas e da recuperação do mercado interno.<br />
Fruto das medidas tomadas e do ajustamento ocorrido, foi possível o regresso às condições normais <strong>de</strong><br />
funcionamento <strong>de</strong> mercado.”<br />
Que eu saiba o PS não concorda com isto, não faz esta avaliação do programa da troika.<br />
Bem pelo contrário. E já agora era bom fazer referência a que houve eleições legislativas em Portugal,<br />
uma nova maioria na Assembleia da República, um novo Governo e acordos realizados à esquerda que<br />
têm como objetivo central a restituição <strong>de</strong> rendimentos aos portugueses e portuguesas o que está<br />
a ser conseguido e também que mudou a posição face às instituições europeias, nomeadamente no<br />
que tem a ver com as metas do Orçamento <strong>de</strong> Estado e sobretudo com a posição face à chantagem<br />
europeia sobre sanções, fruto do défice <strong>de</strong> 2015 e sobre o possível congelamento dos fundos<br />
comunitários.<br />
As coisas mudaram, mudaram mesmo, po<strong>de</strong>m não ter mudado em Torres Novas, mas mudaram no<br />
país. Mas quem ler este “enquadramento macro-económico” pensará que está tudo na mesma…<br />
Já agora as eleições nos Estados Unidos terão lugar em 2016 e não em 2017, como é referido.<br />
Sobre o empreen<strong>de</strong>dorismo, o BE tem expressado a sua opinião, não vou <strong>de</strong>senvolver o tema, mas<br />
tenho que expressar a minha perplexida<strong>de</strong> sobre aquilo a que se chama “Intraempreen<strong>de</strong>dorismo<br />
– I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>ntro da organização (câmara), <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> pessoas com perfil empreen<strong>de</strong>dor mas<br />
que, pelo facto <strong>de</strong> estarem <strong>de</strong>ntro da instituição, terão o papel <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar soluções <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo<br />
que possam ser <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora.” Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora? Bom, o<br />
PS <strong>de</strong>pois apresentará a avaliação do que isto significa e como se conjuga com a principal vocação<br />
da administração local e do serviço público.<br />
Estranha-se também que o Orçamento não tenha uma Nota Introdutória assinada pelo Presi<strong>de</strong>nte.<br />
Quando da preparação <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>bate notei a ausência <strong>de</strong>sta Nota, mas ela surgiu no Domingo e<br />
tenho que lhe dizer, Senhor Presi<strong>de</strong>nte, que em alguns aspetos ela consubstancia a sua convicção,<br />
que não é a nossa, mas no que toca às verbas ela é enganadora – pois é apresentada a soma das<br />
verbas – <strong>de</strong>finido e não <strong>de</strong>finido – aparentando um volume <strong>de</strong> verbas que na realida<strong>de</strong> não existe. Se<br />
outros argumentos não existissem, bastava verificar o que se passou nos orçamentos anteriores para<br />
comprovar que as verbas nunca foram aplicadas no seu conjunto. Casos existem em que nem sequer<br />
o financiamento <strong>de</strong>finido foi cumprido, o que justifica os saldos <strong>de</strong> gerência que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
afirma serem fruto <strong>de</strong> boa gestão, mas mais não são do que a ausência <strong>de</strong> concretização <strong>de</strong> obra.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
49<br />
Quanto à estrutura do Orçamento e tendo em consi<strong>de</strong>ração o que se passou o ano passado, há que<br />
dizer que o Orçamento está melhor organizado e mais percetível no que diz respeito ao financiamento<br />
<strong>de</strong>finido e não <strong>de</strong>finido, já não se verificando as disparida<strong>de</strong>s do ano passado, que foram corrigidas<br />
em dois ajustamentos posteriores.<br />
Assim como já existe informação sobre as fontes <strong>de</strong> financiamento para o não <strong>de</strong>finido.<br />
E aqui sabemos, que está tudo “preso por arames” e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> 3 empréstimos, conforme se<br />
po<strong>de</strong> verificar no mapa da pág. 141, assim como do saldo <strong>de</strong> gerência:<br />
Empréstimo Portugal 2020 – 1.294.096 €<br />
Empréstimo limite da dívida – 1.173.620 €<br />
Emprestimo estradas – 600.000 €<br />
Saldo gerência previsto – 2.604.557 €<br />
Concluindo:<br />
Temos o último Orçamento <strong>de</strong>ste mandato na continuida<strong>de</strong> dos anteriores – um orçamento sem rumo,<br />
sem estratégia, a viver <strong>de</strong> casos pontuais e <strong>de</strong>sarticulados, mantendo o caminho <strong>de</strong> <strong>de</strong>sorientação<br />
e ausência <strong>de</strong> estratégia.<br />
Projetos cujos contornos concretos e impacto na cida<strong>de</strong> não se conhece (PEDU), priorida<strong>de</strong>s trocadas<br />
e ausência <strong>de</strong> resposta aos problemas can<strong>de</strong>ntes do município – re<strong>de</strong> viária e poluição e completa<br />
ausência <strong>de</strong> sinais para a resolução dos pequenos problemas que dificultam a vida do dia-a-dia e<br />
corroem o bem-estar e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no concelho.<br />
Ao longo da minha intervenção foquei diversos exemplos das opções erradas do PS.<br />
O BE, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre, nunca abdicou <strong>de</strong> apresentar propostas para todos os orçamentos municipais.<br />
Fizemo-lo porque enten<strong>de</strong>mos que essa é a nossa obrigação enquanto oposição e porque temos<br />
propostas e nunca fechámos a porta ao diálogo.<br />
O caminho seguido pelo PS é bem diferente. Resta a esta Câmara Municipal 1 ano <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>. Neste<br />
último ano <strong>de</strong> mandato manteremos a mesmo postura – <strong>de</strong>núncia, crítica e proposta.<br />
Depois a palavra pertence ao povo.<br />
Votamos contra este Orçamento.<br />
Torres Novas, 31 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2016<br />
<strong>Intervenção</strong> do BE na Assembleia Municipal – Orçamento / 2017<br />
O orçamento para 2017 aprovado pelo PS, com a abstenção do PSD parece ter tudo para dar certo,<br />
para respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s das populações e para <strong>de</strong>senvolver o concelho.<br />
Será assim?<br />
Importa escalpelizar as várias vertentes e perceber da sua real execução:<br />
1º – Vamos aos investimentos territoriais integrados ITI<br />
Quanto à recuperação das escolas Maria Lamas e Santa Maria o BE acompanha as propostas, visto<br />
tratar-se <strong>de</strong> obras comprovadamente necessárias, assim como a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obras no centro <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>, já quanto às obras no interior do castelo, 140 000 euros, não estamos <strong>de</strong> acordo, ainda mais<br />
se se confirmar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> construir algo mo<strong>de</strong>rnista que <strong>de</strong>strói o essencial do que lá está e que<br />
<strong>de</strong>vidamente tratado e cuidado <strong>de</strong>ve ser preservado.<br />
Lembremo-nos da avultada quantia que foi gasta no exterior há apenas 6 anos e que se encontra<br />
totalmente abandonada, mais <strong>de</strong> 500 000 euros <strong>de</strong>itados borda fora.
50<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
O castelo necessita <strong>de</strong> ser tratado com todo o carinho e respeito, necessita que seja garantido o<br />
acesso a quem o queira visitar, o que não acontece agora.<br />
2º – Quanto ao PEDU, investimentos apenas na cida<strong>de</strong><br />
Gostaríamos <strong>de</strong> expressar aqui as maiores reservas quanto ao projetado para a reabilitação do prédio<br />
Alvarenga, com um investimento que ultrapassa os 764 000 euros, para a reabilitação do Nogueiral 1<br />
215 000 euros e para a reabilitação dos paços do concelho 517 000 euros, não <strong>de</strong>scortinamos nem<br />
necessida<strong>de</strong>, muito menos priorida<strong>de</strong>.<br />
Lamentamos que a reabilitação dos bairros sociais seja empurrada para as calendas gregas, 2020 e<br />
mais, apenas o bairro da calçada António Nunes está previsto para 2018.<br />
Já quanto ao previsto para a zona envolvente do parque Almonda 471 000 euros, seria <strong>de</strong> toda a<br />
logica que fosse dada uma explicação pormenorizada do que é que se está a pensar para aquela<br />
zona, aliás obra prevista para 2017 e projeto ainda não é conhecido. Aquela zona da cida<strong>de</strong> exige<br />
um <strong>de</strong>bate público e aprofundado sobre as opções a tomar.<br />
Lembro que neste âmbito, PEDU, o BE apresentou um conjunto <strong>de</strong> propostas para <strong>de</strong>bate e que<br />
passavam por outras i<strong>de</strong>ias tais como: mobilida<strong>de</strong> elétrica, rio Almonda, jardim municipal que se<br />
encontra ao abandono, etc.<br />
3º – Investimentos públicos diretos<br />
As estradas do concelho são no enten<strong>de</strong>r do BE a priorida<strong>de</strong> das priorida<strong>de</strong>s, todos os munícipes<br />
<strong>de</strong>vem ter os mesmos direitos e mesmo tratamento, nem mais nem menos.<br />
Mas não é assim que tem acontecido, há 24 anos que o PS governa a CM, contra factos não há<br />
argumentos, a <strong>de</strong>gradação que se vem acentuando ano apos ano, nas estradas principalmente nas<br />
zonas rurais é injustificável, nada mas nada justifica que se tenham passado tantos anos a castigar<br />
aquelas populações. O PS <strong>de</strong>ve uma justificação aos e às munícipes que por força <strong>de</strong>sta politica, <strong>de</strong>sta<br />
inercia, <strong>de</strong>sta incompetência e <strong>de</strong>stas opções que nunca viram em 24 anos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alocar<br />
verbas, meios e vonta<strong>de</strong>s para acudir a este grave problema.<br />
E o que diz o orçamento 2017, é diferente? Parece ser um pouco diferente, mas não o é, embora<br />
saibamos que vai aparecer alcatrão em vários locais, o ano é propício a tal, só no último ano <strong>de</strong><br />
mandato é que parece haver preocupação.<br />
Não sabemos quanto custa a reparação <strong>de</strong> todas as estradas e ruas do concelho a necessitarem <strong>de</strong><br />
intervenção, o sr presi<strong>de</strong>nte tem alguma dificulda<strong>de</strong> em respon<strong>de</strong>r à pergunta do BE.<br />
O que o orçamento nos diz e não estão lá todas as estradas, é que são necessários quase 5 milhões<br />
<strong>de</strong> euros para respon<strong>de</strong>r ao problema.<br />
A rubrica do financiamento <strong>de</strong>finido indica cerca <strong>de</strong> 600 000 euros, a rubrica do financiamento não<br />
<strong>de</strong>finido, 1 840 000 euros, o que dá aproximadamente 2, 5 milhões, ora para os 5 milhões faltam<br />
outros 2,5.<br />
A aposta concreta e real do PS é <strong>de</strong> 600 000 euros para 2017.<br />
Vejamos quem são os contemplados e quem são os <strong>de</strong>serdados:<br />
– Casais Novos, Alcoruchel, – 120 000.00 <strong>de</strong>finidos.<br />
– Pavimentação Moreiras Gran<strong>de</strong>s, 85 000.00, 80 000.00 <strong>de</strong>finidos<br />
– Alcorochel, Charneca <strong>de</strong> Alcorochel, 282 000.00, 82 000. Definidos 100 000.00 não <strong>de</strong>finidos,<br />
restante para 2018.<br />
– Calçada António Nunes, 175 000.00, 75 000.00 <strong>de</strong>finidos e 100 000.00, não <strong>de</strong>finidos.<br />
– Pé <strong>de</strong> Cão, 191 000.00, 91 000.00 <strong>de</strong>finidos e 100 000.00 não <strong>de</strong>finidos.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
51<br />
– Várias ruas, estradas etc. – 24 no total – 650 000.00, 100 000.00 <strong>de</strong>finidos, 150 000.00 não <strong>de</strong>finidos,<br />
o restante 400 000.00 para <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 2018.<br />
– Riachos, Caveira – 113 000.00, 20 000.00 <strong>de</strong>finidos, 18 000.00 não <strong>de</strong>finidos, 75 000.00 para<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 2018.<br />
– Pavimentação Rua do Lavradio, Brogueira, 150 000.00, 75 000.00 ND e 75 000.00 para 2018.<br />
– Riachos, Boquilobo, 201 000.00, 1 000.00 – 2017, 200 000.00 para 2018.<br />
– ETAR <strong>de</strong> Torres Novas, Caveira, 125 000.00, ND<br />
– Arranjos exteriores <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja, 50 000.00 ND.<br />
– Beselga, Fungalvaz, 145 000.00, 45 000.00 para 2018, 100 000.00 para 2019.<br />
– Casal Prior, Beselga, 150 000.00 para 2018.<br />
– Valhelhas, Lamarosa, 60 000.00, ND<br />
– Estrada Fungalvaz, Alburitel , 175 000.00 – 2018<br />
– Acesso ao centro escolar <strong>de</strong> Olaia – 220 000.00, 70 000.00 não <strong>de</strong>finidos, 150 000.00 para 2018.<br />
– Av. João Paulo II, 500 000.00, ND.<br />
– Pavimentação Cabelo do Rato, Lapas, 75 000.00 para 2018.<br />
– Envolvente da C. Escolar <strong>de</strong> Olaia, 62.500.00, 47 500.00, ND, 15 000.00 em 2018.<br />
– Arruamentos em Charneca <strong>de</strong> Alcorochel, 100 000.00 para 2018 e 2019.<br />
– Av. José Loureiro da Rosa, 240 000.00, 150 000.00 ND, 90 000.00 em 2018.<br />
– Pavimentação Viaduto Rio Frio, 40 000.00, ND<br />
– Infraestruturas zona do Hospital, 300 000.00, 150 000.00 <strong>de</strong>finido e 150.000.00 ND, a CM está<br />
obrigada a realizar por força <strong>de</strong> acordo judicial.<br />
Várias estradas não estão incluídas em orçamento.<br />
Era possível fazer isto tudo, colocar em orçamento, NÃO, se o dissesse estava a fazer <strong>de</strong>magogia, o<br />
BE não dá para esse peditório, mas o que tem que ser dito é que o PS teve 24 anos e esta vereação<br />
3 anos, para ir fazendo e não foi capaz, <strong>de</strong>ixou agravar a situação ano após ano. O BE todos os anos<br />
foi apresentando, propondo, <strong>de</strong>nunciando esta situação. O PS preferiu outros caminhos, como por<br />
exemplo, pagar tudo <strong>de</strong> uma vez ao grupo Lena.<br />
Mas mesmo assim o BE consi<strong>de</strong>ra que era possível ter outras opções e foi-o apresentando em todos<br />
os orçamentos e passo a exemplificar:<br />
Dizem-nos que o saldo <strong>de</strong> gerência vai ser <strong>de</strong> 2 604 000.00, somando ao empréstimo <strong>de</strong> 1 173 000.00,<br />
previsto, mais o outro empréstimo <strong>de</strong> 600 000.00 para as 4 vias e ainda 173 000.00 previstos para<br />
o Carreiro das Cobras que não faz falta nenhuma, dava uma quantia <strong>de</strong> 4 250 000.00.<br />
Se a opção como propôs o BE, fossem as estradas do concelho, facilmente se conclui que existem<br />
alternativas credíveis<br />
Outras preocupações nos ficam, zona industrial <strong>de</strong> Riachos, 200 000.00 está na rubrica não<br />
<strong>de</strong>finido.<br />
Preservar o meio ambiente não tem nada <strong>de</strong> novo, 1 121 000.00 é tudo para transporte e tratamento <strong>de</strong><br />
resíduos, só em 2018 po<strong>de</strong>mos ver contentores subterrâneos, a limpeza da vala das cordas tem verba<br />
para 2019, o rio Almonda tem uma verba irrisória <strong>de</strong> 40 000.00 euros para diques e margens.<br />
A reabilitação urbana no centro histórico, que é a gran<strong>de</strong> aposta do PS não tem dinheiro para obras<br />
coercivas, para aquisição <strong>de</strong> prédios etc., anda-se neste faz <strong>de</strong> conta há mais <strong>de</strong> um ano, não ata nem<br />
<strong>de</strong>sata e a insegurança <strong>de</strong> pessoas e bens no nosso centro histórico está bem à vista. Uma última<br />
preocupação, a ponte do Lamego só tem verbas para as obras em 2018, esperemos que nada <strong>de</strong><br />
mal aconteça, confiemos na sorte.<br />
António Gomes, Teresina Paz, Célia Santos<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2016
52<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Declarações <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre 1ª Revisão ao Orçamento da Receita,<br />
1ª Revisão ao Orçamento da Despesa e 1ª Revisão às GOP’s 2017<br />
Antes <strong>de</strong> me pronunciar sobre o conteúdo da Revisão Orçamental, quero <strong>de</strong>ixar expressa a minha<br />
con<strong>de</strong>nação sobre os procedimentos que antece<strong>de</strong>ram esta reunião.<br />
Uma revisão orçamental é um momento importante da vida autárquica, que <strong>de</strong>ve ser pautado pelo<br />
acesso à informação, pela transparência <strong>de</strong>ssa mesma informação e pelo <strong>de</strong>bate sobre as opções<br />
tomadas. Nada disto é possível nesta reunião <strong>de</strong> Câmara. A Oposição não é respeitada e não lhe é<br />
facultada toda a informação, não são respeitados os prazos regimentais para que a documentação<br />
possa ser <strong>de</strong>vidamente estudada e escrutinada. Na prática, trata-se <strong>de</strong> um “faz <strong>de</strong> conta”, em que<br />
se vota porque “sim” ou porque “não”.<br />
Há uns tempos a esta parte o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> convidar técnicos da autarquia para<br />
estarem presentes nas reuniões em que se <strong>de</strong>batem as contas do Município. O mesmo se repetiu<br />
na semana passada quando se <strong>de</strong>bateu e votou as contas do ano <strong>de</strong> 2016, ficando dúvidas por mim<br />
colocadas sem resposta.<br />
Mas centremo-nos na agenda <strong>de</strong> hoje: a reunião foi convocada na passada 4.ª feira, dia 12 <strong>de</strong> Abril<br />
às 18.40 horas; às 18.50 horas do mesmo dia recebemos uma mensagem eletrónica da Chefe <strong>de</strong><br />
Gabinete do Presi<strong>de</strong>nte a informar que a documentação para os pontos 1 e 2 da Agenda será enviada<br />
no dia seguinte, por correio eletrónico.<br />
A documentação é recebida na 5.ª feira, dia 13 <strong>de</strong> Abril às 13.27 horas. Logo aqui não é cumprido o<br />
Artigo 3.º do Regimento. Mas <strong>de</strong>ixemos também este aspeto, assim como <strong>de</strong>ixemos <strong>de</strong> lado o aspeto<br />
<strong>de</strong> que os dias disponíveis para a preparação da reunião coinci<strong>de</strong>m com a Páscoa.<br />
O que não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar passar é o facto <strong>de</strong> ter sido omitida informação fundamental, que só veio<br />
a estar disponível na extra-net às 9:53:01 do dia 17 <strong>de</strong> Abril, ou seja no próprio dia da reunião.<br />
Esta informação – que se pren<strong>de</strong> com a 1.ª alteração ao Orçamento <strong>de</strong> 2017 no valor <strong>de</strong> 1.403.808,76<br />
euros –, realizada em Janeiro <strong>de</strong>ste ano e <strong>de</strong>cidida pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte, que enten<strong>de</strong>u não dar<br />
conhecimento à Vereação. Sem a informação sobre a 1.ª alteração não era possível apreciar a revisão<br />
agora em <strong>de</strong>bate.<br />
Esta informação foi por mim pedida no Domingo, dia 16 e obtive a resposta na 2.ª feira <strong>de</strong> manhã.<br />
A questão que fica é a seguinte – se eu não tivesse pedido, teríamos acesso a essa informação?<br />
O BE con<strong>de</strong>na este tipo <strong>de</strong> práticas, pouco ou nada transparentes, que cerceiam os direitos da<br />
oposição e por isso são anti-<strong>de</strong>mocráticas. Na prática o PS foge ao <strong>de</strong>bate e ao confronto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias.<br />
Refugia-se no conforto da maioria absoluta que lhe garante o voto, mas isso já não lhe chega e há<br />
que omitir informação.<br />
Vejamos então a informação que estava em falta:<br />
Pela informação dos Serviços I/7541/2017, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2017 e assinada pela Chefe <strong>de</strong> Divisão<br />
Marta Peças, ficámos a saber que houve uma 1.ª alteração às GOP, da responsabilida<strong>de</strong> do Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte.<br />
Quando temos acesso à informação sobre a 1.ª alteração (hoje <strong>de</strong> manha), verificamos que, no<br />
documento dos serviços, é afirmado que “assim para proce<strong>de</strong>r à transição dos documentos não<br />
executados em 2016 será necessário proce<strong>de</strong>r a uma modificação orçamental num valor total <strong>de</strong><br />
1.403.808,76, reforço da <strong>de</strong>spesa corrente em 427.095,26 e na <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> capital em 1.004.306”<br />
Mas não foi isto que aconteceu. Basta ver o exemplo da Rubrica “Pessoal em Funções” à qual é<br />
retirado na alteração <strong>de</strong> janeiro o valor <strong>de</strong> 1.402.900,61 – quase a totalida<strong>de</strong> do valor apresentado<br />
pelos serviços e contrariando a proposta dos serviços <strong>de</strong> efetuar a correção na <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> capital e
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
53<br />
não na <strong>de</strong>spesa corrente. Sobre esta opção o Senhor Presi<strong>de</strong>nte nada adiantou como justificação.<br />
Ou seja, houve um conjunto <strong>de</strong> obras que transitaram <strong>de</strong> 2016 para 2017, por isso logo em Janeiro<br />
houve necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a uma alteração, que sabemos é da competência do Presi<strong>de</strong>nte, mas<br />
o facto <strong>de</strong> não ter <strong>de</strong>la dado conhecimento à Vereação não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> elucidativo. Houve portanto<br />
uma “redistribuição das verbas”, como se po<strong>de</strong> verificar pelos mapas. A opção do Presi<strong>de</strong>nte, que<br />
não seguiu a proposta dos serviços, foi retirar uma verba significativa aos salários, que vai agora repor<br />
nesta 1.ª Revisão. O que importa aqui reter são dois aspetos: 1.º Não foi realizada obra em 2016 e<br />
2.º o saldo <strong>de</strong> gerência, real, não é aquele que foi anunciado.<br />
Vejamos:<br />
O total da modificação em se<strong>de</strong> da 1.ª Revisão, agora m apreciação, em financiamento <strong>de</strong>finido é<br />
3.292.987,43 euros.<br />
Se a este valor retirarmos a compensação que é feita por ter sido retirada verba a rubricas <strong>de</strong> serviços<br />
essenciais na 1.ª alteração:<br />
Pessoal em funções – 1.402.900,6<br />
Recolha e transporte <strong>de</strong> RSUs – 243.270,00<br />
Total: 1.646.170,60 euros<br />
Saldo <strong>de</strong> gerência – 3.292.987,43 – 1.646.170,60 = 1.646.816,83 é o valor real que transita, do<br />
qual apenas 589 mil euros são <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> capital.<br />
Conclusões<br />
Sem prejuízo <strong>de</strong>stas contas necessitarem <strong>de</strong> uma análise mais fina e <strong>de</strong> verificação dos números e<br />
das respetivas rubricas, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já concluir:<br />
– O Orçamento para 2017, apresentado e aprovado, já não correspondia à realida<strong>de</strong> dos factos e o<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte já o sabia na altura.<br />
– O Senhor Presi<strong>de</strong>nte sempre afirmou, na Câmara e Assembleia Municipal, que as obras seriam feitas<br />
com a entrada do saldo <strong>de</strong> gerência. Sabemos agora que meta<strong>de</strong> do valor do saldo <strong>de</strong> gerência<br />
estava cativo, fruto da alteração feita em Janeiro, para <strong>de</strong>spesas correntes.<br />
– Ficou mais uma vez provada a incapacida<strong>de</strong> do PS em concretizar obra, facto por nós apresentado<br />
na semana passada sobre as contas <strong>de</strong> 2016<br />
– Empurra-se a concretização das obras <strong>de</strong> orçamento para orçamento sempre à conta do “saldo <strong>de</strong><br />
gerência”, mas verifica-se que apenas uma pequena parte <strong>de</strong>sse saldo será aplicado na concretização<br />
das obras.<br />
Muita coisa ficou por esclarecer, mas o mais tardar, no final do ano verificaremos o que foi realmente<br />
executado e aquilo que não passa <strong>de</strong> meras <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> intenção.<br />
Fica também agora claro porque é que o PS recusou a proposta do BE para a realização <strong>de</strong> uma<br />
verda<strong>de</strong>ira revisão orçamental virada para as necessida<strong>de</strong>s das Freguesias. Não tem margem <strong>de</strong><br />
manobra para o fazer e contenta-se com a política do “poucochinho” ao contemplar alguns projetos<br />
<strong>de</strong> Freguesias, que aliás já vêm <strong>de</strong> trás e já foram aprovados em reunião <strong>de</strong> Câmara. Nada <strong>de</strong> novo,<br />
portanto.<br />
O voto do BE é contra.<br />
Torres Novas, 17 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2017
Antigo<br />
Hospital
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
57<br />
Declarações<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre Alteração das condições do empréstimo do BEI<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma obra polémica, com muitos aspetos a que falta um esclarecimento cabal. A Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong>ve ser informada, <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talhada, <strong>de</strong> todo o processo e, nomeadamente, das razões<br />
que levaram à paragem da obra e sobre os “constrangimentos ocorridos e limitações impostas pelo<br />
Mais Centro em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong> elegibilida<strong>de</strong> dos trabalhos. Como acabou por ser<br />
assumido, após pedido <strong>de</strong> esclarecimento do BE o que “não elegível é prejuízo” que terá que ser<br />
assumido pela Câmara Municipal. O Bloco <strong>de</strong> Esquerda votou contra, porque não conhece os <strong>de</strong>talhes<br />
<strong>de</strong>ste processo e enten<strong>de</strong> que, mesmo sendo um processo do anterior Executivo, é necessário avaliar<br />
tudo o que foi feito e as suas consequências.<br />
Torres Novas, 5 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre – Empreitada 06/2013 – DIT/DSM<br />
– Recuperação do Convento do Carmo – Adjudicação<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda sempre criticou todo o processo da obra do Convento do Carmo, nomeadamente<br />
as causas que levaram à suspensão da obra. Houve irresponsabilida<strong>de</strong> e incúria o que se traduziu<br />
em graves prejuízos para o Município. Prejuízos financeiros e atrasos na execução da obra. Quanto<br />
à adjudicação da empreitada para a fase final da obra, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda absteve-se, pois mantem<br />
as suas críticas a todo o processo, mas enten<strong>de</strong> que a obra tem que ser concluída. Fazemos votos<br />
para que se retirem as lições <strong>de</strong>ste processo e em futuras obras não se repitam os mesmos erros e<br />
a mesma negligência.<br />
Torres Novas, 5 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre – Empreitada<br />
06/2014 – DIT/DSM – Recuperação do Convento do Carmo<br />
A recuperação do Convento do Carmo é um processo cheio <strong>de</strong> vicissitu<strong>de</strong>s e foram cometidos<br />
erros graves com prejuízo para o município, cujo último episódio foi a recusa <strong>de</strong> visto prévio<br />
pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas. Tendo em conta as informações prestadas e que vão no sentido <strong>de</strong><br />
garantir que a fórmula foi corrigida eliminando os erros apontados pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas o<br />
BE abstém-se.<br />
Torres Novas, 14 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre – Recuperação<br />
do Convento do Carmo – Cessão <strong>de</strong> créditos – Ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho<br />
Esta cessão <strong>de</strong> créditos po<strong>de</strong> vir a prejudicar o Município no futuro, tendo em conta que a partir<br />
<strong>de</strong> agora o município paga ao Banco, que exige esse pagamento por conta da cessão <strong>de</strong> créditos.<br />
Pense-se, por exemplo, na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existirem multas por incumprimento do contrato, essas<br />
multas já não po<strong>de</strong>rão ser <strong>de</strong>dutíveis nos pagamentos a fazer no futuro. Por outro lado a empresa<br />
já recebeu um adiantamento. Este adiantamento já foi saldado?
58<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Tendo em conta toda a situação que envolve esta obra e tendo em conta as informações sobre o<br />
<strong>de</strong>sempenho da empresa, foi impru<strong>de</strong>nte conce<strong>de</strong>r esta “cessão <strong>de</strong> créditos”. Por estes motivos o<br />
BE vota contra.<br />
Torres Novas, 6 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
<strong>Intervenção</strong> <strong>de</strong> João Carlos Lopes, Assembleia Municipal, PAOD<br />
Boa noite a todos. Queria trazer aqui um assunto e aproveitava o privilégio, <strong>de</strong> ter aqui o nosso<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, para respon<strong>de</strong>r a esse assunto que é sobre o Convento do Carmo e queria<br />
referir <strong>de</strong> forma, muito sintética e quase, quase, telegráfica e assente só em factos e também gostava<br />
que a resposta fosse só baseada em factos. Há mais <strong>de</strong> doze anos, não sei, doze, treze, catorze anos<br />
que as <strong>de</strong>clarações públicas, sobre o <strong>de</strong>stino a dar ao Convento do Carmo, são os Paços do Concelho,<br />
não é preciso fazer gran<strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> campo para fazer esse registo. O próprio <strong>de</strong>creto-lei <strong>de</strong><br />
2006, que é um <strong>de</strong>creto-lei, que veio enquadrar o assunto que estava relacionado com o processo,<br />
que era a reversão da proprieda<strong>de</strong> do imóvel, o próprio <strong>de</strong>creto-lei do governo <strong>de</strong> Sócrates refere<br />
que a requalificação do imóvel, <strong>de</strong>stina-se a dar-lhe o fim <strong>de</strong> Paços do Concelho e <strong>de</strong>pois foram<br />
suce<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>clarações. Lembro-me até que o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara chegou várias vezes a<br />
expressar que acalentava o sonho <strong>de</strong> ainda estrear os Paços do Concelho, toda a gente se lembra,<br />
antes das últimas eleições, coisa que não foi possível como se sabe. Até agora foram factos e agora,<br />
mais recentemente, é outro facto, num documento oficial com o peso que é as Gran<strong>de</strong>s Opções do<br />
Plano e inserir também essa pretensão num plano estratégico, não estamos a falar <strong>de</strong> qualquer coisa,<br />
o plano estratégico foi encomendado custou dinheiro, a Câmara assumiu esse plano estratégico e<br />
portanto é o plano que <strong>de</strong>termina as gran<strong>de</strong>s opções estratégicas para o concelho, para a cida<strong>de</strong> e<br />
até para o município e nesse plano estratégico vem lá a dizer que o edifício do Convento do Carmo<br />
<strong>de</strong>stina-se a ser um espaço multiusos para a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s culturais, sociais e lúdicas. Esse<br />
documento é da responsabilida<strong>de</strong> da Câmara é oficial, não é uma <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> intenções. Depois<br />
disso, eu também sei e é outro facto, que o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara já veio, <strong>de</strong> certa forma, dizer<br />
que realmente cinco anos após o fim das obras não é possível pôr lá os Paços do Concelho. Cinco<br />
anos após o fim das obras, cinco anos, nos nossos tempos perante uma coisa <strong>de</strong>stas é uma eternida<strong>de</strong><br />
como sabe, cinco anos é muito tempo. Posto isto, acho que é uma oportunida<strong>de</strong> boa e séria para o<br />
Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, como eu disse, sem opiniões, sem palpites, sem estados <strong>de</strong> alma, mas, só<br />
com factos, tem <strong>de</strong> facto uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> para nos <strong>de</strong>scansar, para nos sossegar, para nos<br />
esclarecer e para dizer afinal qual é a verda<strong>de</strong> e a mentira, eventual, digo eu, o que vimos aqui foram<br />
factos, são coisas in<strong>de</strong>smentíveis, mas o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, certamente, terá dados privilegiados<br />
para nos esclarecer, uma vez por todas, sobre o que se passa com esta aparente contradição, este<br />
aparente paradoxo que é intenções oficiais assentes em factos, em documentos completamente<br />
cruzados e contraditórios entre si.<br />
Torres Novas, 21 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2015<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre – Empreitada<br />
06/2014 DIT (DSM/Recuperação do Convento do Carmo)<br />
– redução <strong>de</strong> garantia bancária referente ao adiantamento<br />
O BE vota contra, pois não está justificado a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta redução e muito menos garantido<br />
o interesse público. Foi feito um adiantamento <strong>de</strong> verba à empresa, alegando as suas dificulda<strong>de</strong>s<br />
económicas, pouco usual, mas compreensível. Porquê agora reduzir a garantia que foi prestada? E<br />
se a obra não se concluir? E se surgirem outros problemas? Coisa que não será <strong>de</strong> estranhar nesta<br />
obra em concreto tendo em conta o seu historial.<br />
Torres Novas 22 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2016
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
59<br />
Comunicados<br />
Conferência <strong>de</strong> Imprensa – 14 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2015<br />
Boa tar<strong>de</strong>,<br />
Obrigada pela vossa presença.<br />
O BE realiza esta conferência <strong>de</strong> imprensa, em vésperas da realização da Assembleia Municipal que<br />
vai <strong>de</strong>bater e votar o Orçamento Municipal para 2016 porque enten<strong>de</strong>mos que a maioria socialista<br />
na Câmara Municipal e, em particular o Presi<strong>de</strong>nte Pedro Ferreira, <strong>de</strong>vem uma explicação a todas<br />
e todos os munícipes.<br />
Essa explicação tem a ver com a obra do Convento <strong>de</strong> Carmo.<br />
Uma obra complicada, que custa muitos milhões ao erário público e que continua envolta em<br />
dúvidas.<br />
Não querendo fazer aqui todo o historial <strong>de</strong>sta obra, que é muito extenso, queremos concentrar-nos<br />
em 2 factos, que reputamos <strong>de</strong> muito importantes e que exigem um esclarecimento cabal e urgente<br />
por parte da maioria socialista.<br />
Em primeiro lugar o facto <strong>de</strong> a obra não ter sido concluída até ao final <strong>de</strong>ste ano e, como consequência,<br />
os fundos do QREN vão ter que ser <strong>de</strong>volvidos.<br />
Do Orçamento para 2016, faz parte um documento – PEDU – Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Urbano – que foi candidatado a fundos comunitários no âmbito do Portugal 2020 – plano este que<br />
não foi <strong>de</strong>batido e muito menos votado na Câmara Municipal e Assembleia Municipal – on<strong>de</strong> se inclui<br />
a obra do Convento do Carmo, com a dotação <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> euros.<br />
Ou seja, a obra não foi concluída até ao final <strong>de</strong> 2015, e estamos lembrados do chumbo do Tribunal<br />
<strong>de</strong> Contas ao concurso para a 2.ª fase <strong>de</strong>sta obra, que veio <strong>de</strong> facto atrasar a sua conclusão. Mas é<br />
bom relembrar que este chumbo teve a ver com o facto <strong>de</strong> no primeiro concurso a Construtora<br />
LENA ter ganho, sem que cumprisse o critério do melhor preço apresentado. O Tribunal <strong>de</strong> Contas<br />
chumbou e teve que se realizar outro concurso, com outra empresa a ficar em 1.º lugar. E também é<br />
bom relembrar que nos é sucessivamente dito que a obra está em bom ritmo e <strong>de</strong> que seria possível<br />
cumprir os prazos…<br />
Devido à forma como todo este processo foi <strong>de</strong>senvolvido constata-se hoje que o Município vai<br />
ter que <strong>de</strong>volver (ou não receber) os fundos, <strong>de</strong>sperdiçando 1 milhão <strong>de</strong> euros, que po<strong>de</strong>riam ser<br />
empregues noutras obras e assim continuam a ser <strong>de</strong>stinados ao Convento do Carmo.<br />
O segundo aspeto que queremos sublinhar é sobre qual vai ser a utilização do Convento do<br />
Carmo?<br />
Se perguntarmos na rua, no café, <strong>de</strong> forma indiferenciada, a resposta é sempre a mesma: “é para a<br />
Câmara”. Existem <strong>de</strong>zenas e <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> documentos on<strong>de</strong> se refere a recuperação do Convento<br />
do Carmo para a instalação dos Paços do Concelho.<br />
Por isso, no mínimo, é com espanto, que verificamos que no PEDU – documento que faz parte<br />
do Orçamento Municipal, repito, vemos escrito, no ponto 3.1 I<strong>de</strong>ntificação das priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
investimento a mobilizar:<br />
“Conclusão da reabilitação do Convento do Carmo, iniciada ao abrigo do QREN, visando<br />
criar um espaço multiuso para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diversas ativida<strong>de</strong>s sociais, lúdicas e<br />
culturais.”<br />
Exige-se, um esclarecimento cabal sobre o que se passa com a obra do Convento do Carmo e sobre<br />
qual a sua utilização no futuro.
60<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Andaram os torrejanos e torrejanas a ser enganados? Mudou a maioria socialista <strong>de</strong> orientação?<br />
Porquê?<br />
Esta resposta é fundamental, em nome da transparência, mas também da responsabilida<strong>de</strong> política<br />
e da verda<strong>de</strong>!<br />
Até porque no <strong>de</strong>creto-lei 241/2006, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Dezembro, que permite a aquisição do edifício à<br />
Misericórdia é afirmado o seguinte:<br />
“Por outro lado, o município <strong>de</strong> Torres Novas preten<strong>de</strong> adquirir o citado edifício para nele<br />
instalar os Paços do Concelho, prontificando-se a disponibilizar instalações para os Serviços<br />
<strong>de</strong> Registos e Notariado, actualmente a funcionar no edifício do Tribunal Judicial da Comarca<br />
<strong>de</strong> Torres Novas”.<br />
Desafiamos a maioria socialista e o Senhor Presi<strong>de</strong>nte, a proce<strong>de</strong>rem a todos os esclarecimentos<br />
ainda antes da realização da Assembleia Municipal – dia 21 <strong>de</strong> Dezembro.<br />
Nota <strong>de</strong> imprensa – 5 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2016<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda <strong>de</strong> Torres Novas continua a exigir explicações sobre o futuro do Convento <strong>de</strong><br />
Carmo. A Câmara Municipal, até hoje, não respon<strong>de</strong>u às questões colocadas pelo BE, nomeadamente<br />
no que diz respeito à inclusão <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> euros <strong>de</strong>stinados ao Convento do Carmo nos projetos<br />
a candidatar aos Fundos Comunitários e não respon<strong>de</strong>u à questão da sua futura utilização.<br />
Pedro Ferreira foi questionado na Câmara e na Assembleia Municipal, sobre a "mentira do século"<br />
(candidata-se a fundos para um edifício para fins culturais e à população diz-se que é para os Paços<br />
do Concelho) e não respon<strong>de</strong>u.<br />
A Vereadora do BE, Helena Pinto, na reunião <strong>de</strong> Câmara realizada hoje, requereu<br />
formalmente que lhe fosse facultado, assim como a toda a vereação, o "Contrato assinado<br />
pela Câmara Municipal e o Programa Operacional Mais Centro para o financiamento da<br />
obra <strong>de</strong> requalificação do edifício do Convento do Carmo".<br />
Para o BE é fundamental que se conheça todos os <strong>de</strong>talhes do processo e se apurem todas as<br />
responsabilida<strong>de</strong>s.<br />
Por uma política <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>.<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda <strong>de</strong> Torres Novas<br />
Comunicado à imprensa – 2 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2017<br />
Gestão ruinosa<br />
A câmara municipal <strong>de</strong> Torres Novas acaba <strong>de</strong> pagar 280 000.00 euros <strong>de</strong> in<strong>de</strong>mnização à construtora<br />
do Lena.<br />
A in<strong>de</strong>mnização <strong>de</strong>ve-se ao facto das obras do antigo hospital terem sido suspensas e posteriormente<br />
entregues a outra empresa que ganhou o concurso para continuação das ditas obras.<br />
As obras foram suspensas porque foram iniciadas sem as <strong>de</strong>vidas autorizações e sem que fossem<br />
cumpridas todos os requisitos legais que a lei impõe.<br />
A única responsabilida<strong>de</strong> pelo <strong>de</strong>sbaratar dos dinheiros públicos cabe ao PS <strong>de</strong> Torres Novas.<br />
O BE acusa o PS <strong>de</strong> gestão ruinosa e <strong>de</strong> incompetência à frente dos <strong>de</strong>stinos do município.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
61<br />
Os negócios da câmara municipal gerida pelo PS, com o Grupo Lena, são tudo menos transparentes:<br />
antigo hospital, Parque Almonda, terreno das Cotôas.<br />
A <strong>de</strong>fesa dos interesses públicos exige que o PS, justifique à população do concelho estas <strong>de</strong>cisões.<br />
A lisura nos negócios, a transparência e a <strong>de</strong>mocracia, são fatores <strong>de</strong>masiado importantes para que<br />
se <strong>de</strong>ixe tudo na mesma.<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda <strong>de</strong> Torres Novas<br />
Comunicado à imprensa – 26 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2017<br />
Edifício do antigo hospital: uma mão lava a outra<br />
Sabe-se, da história, daquela mentira que o PS/Torres Novas contou aos torrejanos, ao dizer que o<br />
antigo hospital seria o edifício se<strong>de</strong> do município. Esclarecida a mentira, afinal o edifício foi candidatado<br />
a fundos comunitários como sendo “um espaço para fins culturais”. O PS mentiu aos torrejanos e<br />
mentiu à entida<strong>de</strong> a quem enviou a candidatura.<br />
Chegados aqui, sabe-se que o edifício, para ser ocupado pelos serviços camarários, teria <strong>de</strong> esperar<br />
5 anos. Isto é, na altura, o PS estava convencido que, feita a obra, dava a volta ao texto e dava a volta<br />
à dupla mentira. Saído o tiro pela culatra, justificar aos munícipes que aquele espaço terá <strong>de</strong> ficar<br />
mesmo vazio durante 5 anos e que a sua manutenção é cara, não é boa politica para este período<br />
pré-eleitoral, os e as contribuintes não gostam <strong>de</strong> saber que o seu dinheiro é assim esbanjado. Por<br />
outro lado, é preciso mostrar a obra particularmente a quem, por motivos muito particulares, tem<br />
uma relação com aquele espaço.<br />
De que se lembrou o PS? Vamos dar uso aquele espaço, vamos transformá-lo em espaço cultural,<br />
em concorrência directa com os outros espaços existentes e particularmente com o teatro Virgínia.<br />
Toda a gente sabe que não existe público para tanta oferta. O PS <strong>de</strong>cidiu contratar serviços externos<br />
ao município para organizar uma “agenda cultural” para o antigo hospital, tudo no valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas<br />
<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> euros.<br />
O BE sente-se no <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> <strong>de</strong>nunciar esta forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>sbaratar os dinheiros públicos: já temos<br />
espaços e ofertas suficientes para estes fins e, já agora, temos também gente capaz <strong>de</strong> concretizar<br />
uma agenda cultural sem ser necessário recorrer a serviços externos.<br />
O povo do concelho tem o direito <strong>de</strong> saber o que andam a fazer com o seu dinheiro, com várias<br />
<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> estradas em estado lastimável, com uma falta imensa <strong>de</strong> auxiliares <strong>de</strong> educação nas<br />
escolas, com um rio completamente abandonado, um centro histórico em ruínas, com um jardim<br />
municipal completamente abandonado: é inadmissível este sorvedouro <strong>de</strong> dinheiro em que se tornou<br />
o antigo hospital.<br />
As eleições não po<strong>de</strong>m justificar tudo. O PS não po<strong>de</strong> continuar, impunemente, a mentir às torrejanas<br />
e aos torrejanos. A mudança é urgente, para bem do concelho <strong>de</strong> Torres Novas.<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda <strong>de</strong> Torres Novas
Turrisespaços
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
65<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre – Pavilhão<br />
<strong>de</strong> Riachos – Utilização Escola Chora Barroso – Emissão <strong>de</strong> Parecer<br />
sobre o Carácter não subordinado e Ratificação <strong>de</strong> Despacho<br />
O pavilhão <strong>de</strong> Riachos começou a ser construído ainda em finais dos anos 80 através da Comissão<br />
<strong>de</strong> Melhoramentos <strong>de</strong> Riachos, uma estrutura semi-oficial que recolheu financiamentos públicos<br />
e outros com vista à construção do pavilhão, sendo o projeto inicial da autoria do arquiteto da<br />
câmara (no momento, era a ajuda da câmara ao empreendimento). A obra caiu num impasse,<br />
por falta <strong>de</strong> financiamento e <strong>de</strong> enquadramento institucional, <strong>de</strong> certo modo, e só em finais dos<br />
anos 90 a câmara <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rar o processo, conseguindo financiamento para levar por diante<br />
a conclusão da obra. No ano <strong>de</strong> 2001 o pavilhão era inaugurado como obra <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />
municipal, com o fim <strong>de</strong> ser utilizado pelas escolas na sua ativida<strong>de</strong> letiva e pelos clubes da<br />
freguesia após o horário letivo, tendo funcionado assim por vários anos, garantindo o município<br />
o pessoal necessário ao seu funcionamento bem como os encargos com água e eletricida<strong>de</strong>.<br />
Recentemente, o pavilhão foi integrado no património da empresa municipal, ficando esta com<br />
a incumbência <strong>de</strong> o alugar e arrecadar as respetivas receitas. Assim, chega-se a esta paradoxal<br />
situação: – O município construiu, através <strong>de</strong> financiamento próprio e público, um pavilhão<br />
para permitir as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação física das escolas <strong>de</strong> Riachos, por ser sua competência<br />
garantir essas infraestruturas; – Alienou esse património a uma empresa municipal <strong>de</strong> modo<br />
a garantir-lhe receitas com vista à sua sustentabilida<strong>de</strong>; – Vai pagar, à empresa, a utilização<br />
do equipamento pela escola Chora Barroso <strong>de</strong> Riachos, equipamento que construiu para esse<br />
fim, da mesma forma que os clubes <strong>de</strong>sportivos <strong>de</strong> Riachos vão pagar a utilização do mesmo<br />
pavilhão, sendo alegadamente ressarcidos pelo município <strong>de</strong>sses encargos, num cenário <strong>de</strong><br />
contabilida<strong>de</strong> criativa e engenharia financeira que visa, apenas, financiar sub-repticiamente a<br />
empresa municipal; – Esse encargo cifra-se em mais <strong>de</strong> 46 mil euros, mais IVA (estamos a falar<br />
só da parte da utilização da escola) para a utilização do pavilhão, pela escola, apenas no horário<br />
letivo (<strong>de</strong> segunda a sexta e entre as 8h30 e as 17h30); O Bloco <strong>de</strong> Esquerda é contra esta<br />
engenharia financeira, que só se justifica <strong>de</strong>vido à existência <strong>de</strong> uma empresa municipal, cujos<br />
serviços e pessoal <strong>de</strong>via ser integrado na Câmara Municipal. Votamos contra. A propósito <strong>de</strong>sta<br />
matéria torna-se necessário que a Câmara Municipal seja informada das tarifas praticadas pela<br />
Turrisespaços e também sobre qual a política a seguir no caso dos clubes que utilizam o Pavilhão<br />
(e outros equipamentos) e o que lhes é cobrado por essa utilização. Vai a Câmara ressarcir os<br />
Clubes <strong>de</strong>sse pagamento?<br />
Torres Novas 5 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013<br />
<strong>Intervenção</strong> da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre – Relatório Semestral da Turrisespaços, E.M.<br />
Reafirmamos, antes <strong>de</strong> mais, a nossa posição <strong>de</strong> princípio: consi<strong>de</strong>ramos que as funções realizadas<br />
pela empresa municipal po<strong>de</strong>riam estar a cargo dos serviços municipais, com ganhos ao nível da<br />
proximida<strong>de</strong> funcional, da conjugação dos objectivos <strong>de</strong>finidos pela instância política autárquica<br />
e da sinergia <strong>de</strong> estruturas e recursos. Para além disso, seria uma solução mais barata para o<br />
orçamento do município. Tentar negar esta evidência é passar um atestado <strong>de</strong> incompetência<br />
a quase três centenas <strong>de</strong> municípios, e aos seus responsáveis, que teimam em manter os<br />
equipamentos <strong>de</strong>sportivos e culturais sob a gestão própria das respectivas câmaras. Quanto ao<br />
relatório semestral da empresa municipal, mantém-se o essencial do que já foi dito pelo BE<br />
a respeito <strong>de</strong> exercícios anteriores: – Os custos continuam a atingir um valor que representa<br />
mais do dobro do montante das receitas (717 mil euros para 353 mil euros, neste semestre); –<br />
Ainda assim, o referido aumento <strong>de</strong> receitas é conseguido à custa da oneração, pela empresa,<br />
<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas <strong>de</strong> relevante cunho social, <strong>de</strong>senvolvidas pelos clubes <strong>de</strong>sportivos,
66<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
no caso em três equipamentos (courts <strong>de</strong> ténis, ginásio e pavilhão <strong>de</strong> Riachos), taxando a sua<br />
activida<strong>de</strong> e emitindo a consequente facturação, sem garantia <strong>de</strong> que os clubes alguma vez<br />
possam pagar os valores que lhe foram impostos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> janeiro; – Esta rubrica <strong>de</strong> receita, que<br />
não existia em 2012, permite consi<strong>de</strong>rar neste semestre mais <strong>de</strong> 12 mil euros <strong>de</strong> receitas; – A<br />
suportar artificialmente o ligeiro aumento <strong>de</strong> receitas está ainda uma receita extraordinária,<br />
pouco relevante em 2012 (cerca <strong>de</strong> 900 euros) e que agora atingiu o montante <strong>de</strong> 79 mil<br />
euros (apoios do QREN); – Os gastos com pessoal foram superiores em mais <strong>de</strong> 74 mil euros<br />
aos do período homólogo do ano anterior (266 mil euros para 188 mil euros); A estrutura <strong>de</strong><br />
custos e a insustentabilida<strong>de</strong> da empresa, resultante do facto <strong>de</strong> parte <strong>de</strong>terminante da mesma<br />
ser assegurada pelo município, mantêm-se, sendo irrelevante afirmar, à custa dos dados acima<br />
expostos, que o peso do subsídio à exploração atribuído pelo município (330 mil euros nestes<br />
semestre) ten<strong>de</strong> a diminuir no contexto das receitas (788 mil euros) e que caminha para os<br />
níveis exigidos legalmente. Estranha-se, por outro lado, que se diga no relatório (pág.12) que<br />
“embora seja um objectivo da empresa a máxima rentabilização <strong>de</strong>stes espaços [<strong>de</strong>sportivos],<br />
esta tarefa torna-se impraticável, dado que a prática em regime livre tem pouca expressão<br />
no volume <strong>de</strong> alugueres, <strong>de</strong>vido à utilização quase <strong>de</strong> exclusivida<strong>de</strong> que os clubes dão aos<br />
equipamentos”. Não é sério argumentar com <strong>de</strong>sculpas <strong>de</strong>ste tipo: sabe-se perfeitamente que<br />
os equipamentos foram construídos exactamente para prestar apoio à activida<strong>de</strong> dos clubes<br />
<strong>de</strong>sportivos, que é consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância social pela sua contribuição para a educação<br />
integral <strong>de</strong> jovens e adolescentes. Sabe-se que nunca esteve no horizonte <strong>de</strong> quem construiu<br />
os referidos equipamentos que alguma vez eles fossem <strong>de</strong>stinados sobretudo ao aluguer em<br />
regime livre, e sabe-se que nunca houve, não há, nem haverá mercado local para esse tipo <strong>de</strong><br />
prática, mesmo que os equipamentos estivessem livres: como é evi<strong>de</strong>nte, a prática <strong>de</strong>sportiva<br />
<strong>de</strong> massas <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> uma expressão organizativa que emerge dos clubes e não <strong>de</strong> episódicas<br />
iniciativas individuais ou <strong>de</strong> grupos informais. No capítulo da “activida<strong>de</strong> geral” (pág.14) faz-se<br />
referência a uma única activida<strong>de</strong>, a feira medieval, o que, só por isso e dada a importância<br />
que se procura atribuir à iniciativa, <strong>de</strong>veria constituir oportunida<strong>de</strong> para uma ainda que breve<br />
caracterização quanto a custos e receitas. Nada se diz a este respeito, a não ser que “teve 38<br />
861 visitantes”, certamente nos três dias, mas sem indicações quanto a receita <strong>de</strong> bilheteira, por<br />
exemplo. Quanto à forma, exigia-se que o relatório tivesse uma redacção mais cuidada e que<br />
<strong>de</strong>sse conta <strong>de</strong> outro rigor na apresentação <strong>de</strong> alguns dados, que aqui e ali parecem vagos; há<br />
também gráficos sem legendas interpretativas dos indicadores apresentados, como por exemplo<br />
nas páginas 10, presumindo-se que os mesmos digam respeito a “utilizadores”, tal como num<br />
outro da página seguinte.”<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto sobre<br />
– Fixação da Remuneração, <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> representação e subsídio<br />
<strong>de</strong> refeição do membro remunerado do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
da Turrisespaços E.M. e Solicitação <strong>de</strong> dispensa <strong>de</strong> prestação<br />
<strong>de</strong> caução pelo membro remunerado do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
da Turrisespaços, E.M<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda absteve-se nestas duas votações porque consi<strong>de</strong>ra que as funções realizadas<br />
pela empresa municipal po<strong>de</strong>riam estar a cargo dos serviços municipais, com ganhos ao nível da<br />
proximida<strong>de</strong> funcional, da conjugação dos objetivos <strong>de</strong>finidos pela instância política autárquica<br />
e da sinergia <strong>de</strong> estruturas e recursos. Para além disso, seria uma solução menos onerosa para<br />
o orçamento do município.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
67<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre<br />
– Turrisespaços, EM – Proposta <strong>de</strong> Contrato-Programa para 2014<br />
É conhecida a posição do Bloco <strong>de</strong> Esquerda sobre a existência da empresa municipal. Mais uma<br />
vez dizemos que a programação cultural na área das artes do espectáculo, por um lado, e a<br />
gestão dos espaços <strong>de</strong>sportivos, por outro, constituem atribuições que po<strong>de</strong>riam ser realizadas<br />
pelos serviços municipais, aliás como acontece na imensa dos municípios <strong>de</strong>ste país. Recordamos<br />
que eram essas as atribuições iniciais e justificação apresentada, mais recentemente, para a nova<br />
fórmula da empresa municipal, agregando os equipamentos <strong>de</strong>sportivos. De forma <strong>de</strong>sajustada<br />
e ao arrepio, até, daqueles objectivos iniciais, a empresa municipal preten<strong>de</strong> invadir, quer na<br />
área da cultura, quer do <strong>de</strong>sporto e da educação física, terrenos que constituem objecto da<br />
economia local, das empresas <strong>de</strong> promoção física e do lazer, dos clubes <strong>de</strong>sportivos e até das<br />
escolas. Desenha-se, claramente, um processo dissimulado <strong>de</strong> esvaziamento das atribuições<br />
municipais numa fuga para a frente a que, politicamente urge pôr cobro. Nas orientações prévias<br />
do texto do contrato-programa, alguém escreveu claramente que compete à empresa municipal<br />
“a exploração <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interesse geral (…) e prestação <strong>de</strong> serviços na área [note-se<br />
bem] da educação, acção social, cultura, saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sporto”. Mais um pouco, aqui tínhamos o<br />
planeamento urbanístico e a construção <strong>de</strong> estradas. Dir-se-á que são orientações genéricas.<br />
Mas são elas que, mais tar<strong>de</strong>, justificam intenções mais concretas. As orientações para a gestão<br />
previsional mantém as linhas essenciais do que tem sido a Turrisespaços e da forma como, sem<br />
sustentação empresarial, tem vivido da <strong>de</strong>pendência praticamente exclusiva do município, através<br />
dos subsídios à exploração, prestações <strong>de</strong> serviços e in<strong>de</strong>mnizações compensatórias, e agora da<br />
facturação a clubes <strong>de</strong>sportivos como forma <strong>de</strong> angariação <strong>de</strong> receitas, prática que conduzirá<br />
ao <strong>de</strong>saparecimento dos próprios clubes e associações. Insiste-se em activida<strong>de</strong>s, como a Feira<br />
Medieval, que não têm qualquer justificação para uma periodicida<strong>de</strong> anual, para além <strong>de</strong> muitas<br />
outras que inva<strong>de</strong>m terrenos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s económicas locais implantadas. Por estas razões o<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda vota contra o contrato-programa e os Instrumentos <strong>de</strong> Gestão Previsional<br />
da Turrisespaços para 2014.”<br />
Torres Novas, 16 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2013<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre – Projeto-piloto<br />
do Programa <strong>de</strong> Apoio e Promoção à Ativida<strong>de</strong> Física (PAPAF)<br />
Votei contra a cabimentação <strong>de</strong> verba, no âmbito do orçamento municipal <strong>de</strong> 2013, referente<br />
ao “Projeto-piloto” do Programa <strong>de</strong> Apoio e Promoção à Ativida<strong>de</strong> Física (PAPAF), porque:<br />
1 – Nunca foi apresentado à Câmara Municipal a existência <strong>de</strong>ste “projeto-piloto”, a <strong>de</strong>correr<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Setembro; 2 – O PAPAF foi apresentado no orçamento para 2014, como um programa<br />
a ser <strong>de</strong>senvolvido, o que suscitou as maiores dúvidas ao Bloco <strong>de</strong> Esquerda, por ser mais uma<br />
forma <strong>de</strong> financiar indiretamente a empresa municipal Turrisespaços. 3 – Estranhamos que na<br />
discussão do orçamento para 2014 nunca se tenha referido que este Programa já estava a ser<br />
implementado através <strong>de</strong> um “projeto-piloto”. Não concordamos que a Câmara Municipal seja<br />
confrontada com a execução <strong>de</strong> um “projeto-piloto” e com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transferência<br />
<strong>de</strong> mais verbas ainda em 2013. Não está explicado como se <strong>de</strong>senvolveu o “projeto-piloto”,<br />
nomeadamente os critérios e a forma <strong>de</strong> atribuição das “senhas <strong>de</strong> acesso aos <strong>de</strong>sfavorecidos” e<br />
as “mensalida<strong>de</strong>s apoiadas”, assim como a justificação da verba gasta nos Projetos “Lembras-te<br />
<strong>de</strong> dançar?” e “Tempo do Corpo”, envolvendo idosos e idosas <strong>de</strong> duas instituições (CBESZA e<br />
Centro <strong>de</strong> Dia <strong>de</strong> Pedrógão e Assentis) que perfaz a quantia <strong>de</strong> 41.530,50 euros. Não está em<br />
causa a valia do projeto artístico, mas sim a verba gasta, que nos parece exagerada.<br />
Torres Novas, 30 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2013
68<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Assembleia Municipal – Contrato Programa a celebrar<br />
entre o Município <strong>de</strong> Torres Novas e a Turrisespaços E.M:<br />
<strong>Intervenção</strong> <strong>de</strong> Lia Ribeiro<br />
Nós temos uma <strong>de</strong>claração política sobre este tema, que vou ler: Declaração política do Bloco<br />
<strong>de</strong> Esquerda: Permitam-me que falemos <strong>de</strong> política: este órgão, político na sua natureza mais<br />
intrínseca, é o local exacto on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ve falar <strong>de</strong> política, da política local e da política global que<br />
tem incidência local. Contextualizando o que queremos dizer, refira-se que no conjunto dos países<br />
europeus Portugal está a meio da tabela no que diz respeito ao peso das suas administrações<br />
públicas. É uma notícia velha mas sempre actual, que não agrada nada aos arautos do pensamento<br />
único. O monstro, afinal, será mais um monstrinho. O verda<strong>de</strong>iro monstro é o que está escondido<br />
nas profun<strong>de</strong>zas do lago negro dos gran<strong>de</strong>s interesses, aquele monstro que diz que há muito Estado<br />
e, ao mesmo tempo, suga mais e cada vez mais o Estado. Isto para dizermos que, convictamente,<br />
politicamente, somos contra a redução ou alienação das competências próprias da administração<br />
pública, seja <strong>de</strong> que forma essa alienação se afigure. As competências da administração são, antes<br />
<strong>de</strong> mais, competências políticas, e a sua alienação constitui um esvaziamento e a dissolução da<br />
natureza da própria administração, do Estado e dos po<strong>de</strong>res a que o Estado conce<strong>de</strong> autonomia<br />
política, como é o caso das autarquias locais. É, por conseguinte, uma contradição, as autarquias<br />
locais fazerem gala das suas competências próprias e, muitas vezes, quererem aumentar essas<br />
competências, para <strong>de</strong>pois se <strong>de</strong>sfazerem <strong>de</strong>las, na forma <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> serviços, através da<br />
empresarialização, ou <strong>de</strong> outra forma qualquer. Trata-se <strong>de</strong> um caminho que se traduz na alienação<br />
das competências políticas das autarquias, que <strong>de</strong>vem merecer, na sua realização prática, um<br />
empenho e uma proximida<strong>de</strong> política que não se compa<strong>de</strong>ce com a externalização <strong>de</strong> serviços e<br />
<strong>de</strong> recursos. Trata-se <strong>de</strong> um caminho que, a prazo, contribui, ainda, para o enfraquecimento das<br />
próprias autarquias locais enquanto instâncias <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r político: a crescente entrega, privatização,<br />
empresarialização ou concessão <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s que constituem competências eminentemente<br />
políticas, conduz a uma mudança <strong>de</strong> natureza das próprias autarquias, transformando-as numa<br />
mera instância cujo objectivo, único objectivo, é a sua reprodução orgânica e institucional, <strong>de</strong>spidas<br />
das funções que lhe estavam subjacentes. Por isso somos contra a empresa municipal, sobretudo<br />
nesta sua última forma. A justificação para a EM do Teatro Virgínia, que em parte se aceitava dadas<br />
as singularida<strong>de</strong>s do seu objecto específico e bem <strong>de</strong>limitado (a calendarização e realização <strong>de</strong><br />
activida<strong>de</strong>s na área das artes do espectáculo), não encontra agora nenhum sentido quando se trata<br />
<strong>de</strong> gerir a utilização <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>sportivos municipais. E quando, como se não bastasse,<br />
a EM inva<strong>de</strong> os terrenos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e mercados locais, particulares e associativos, instalando<br />
uma confusão que, a prazo, vai enfraquecer pequenas empresas locais da área da activida<strong>de</strong><br />
física, dos tempos livres, do apoio educativo e do lazer, tão indispensáveis à própria economia<br />
<strong>de</strong> escala local. O contrato-programa, confuso na articulação do seu conteúdo e muito pouco<br />
rigoroso na forma, permite-se conter cláusulas como aquela, <strong>de</strong> duvidosa legalida<strong>de</strong>, segundo<br />
a qual, citamos, “o Município <strong>de</strong> Torres Novas po<strong>de</strong>rá, a todo o tempo, ce<strong>de</strong>r à Turrisespaços<br />
a gestão <strong>de</strong> equipamentos que se encontrem sob a sua gestão, mediante documento escrito”.<br />
Quanto ao resto, sabe-se como a EM não tem qualquer viabilida<strong>de</strong> como empresa. Sabe-se até<br />
que os parâmetros legalmente fixados para a viabilida<strong>de</strong> das EM são parâmetros, mesmo assim,<br />
mais políticos que técnicos, porque, por via <strong>de</strong> meros parâmetros técnicos, praticamente não<br />
haveria empresas municipais. A enorme transferência <strong>de</strong> recursos financeiros para uma entida<strong>de</strong><br />
que não tem razão <strong>de</strong> existir na sua fórmula actual, para realizar competências que são próprias<br />
da autarquia, não tem justificação técnica nem empresarial. Mas, sobretudo, não tem qualquer<br />
justificação política. Estamos contra e <strong>de</strong>nunciamos esta espécie <strong>de</strong> “outsourcing político”. Por<br />
isso, votamos reiteradamente contra o contrato-programa proposto, na certeza <strong>de</strong> que estamos<br />
a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a essência do po<strong>de</strong>r local e a natureza <strong>de</strong>sta entida<strong>de</strong> dotada <strong>de</strong> autonomia política e<br />
<strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> competências políticas que lhe dão sentido, que é o município.”
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
69<br />
<strong>Intervenção</strong> <strong>de</strong> António Gomes<br />
Queria referir rapidamente três questões relativamente a este <strong>de</strong>bate. A primeira tem a ver com<br />
os custos, ainda vamos ver isso melhor, além dos 660 mil euros vamos ter que somar os 375 mil<br />
<strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços, somar mais trezentos e tal mil do PAPAF e ainda somar mais os trabalhos<br />
prestados dos trabalhadores da Câmara ao serviço da Turrisespaços, dos quais não há contas, nunca<br />
foram feitas. Tudo isto somado, vamos ver quanto é que custa à Câmara, um dia veremos isso, essas<br />
contas têm que ser feitas. Relativamente à prestação <strong>de</strong> serviços, vai muito para além daquilo que<br />
era feito há um ano, há dois e há três anos e o que se preten<strong>de</strong> fazer <strong>de</strong>sta empresa municipal é uma<br />
empresa que quer açambarcar toda a activida<strong>de</strong>, inclusive a activida<strong>de</strong> que é da própria Câmara. Por<br />
outro lado, relativamente aos trabalhadores, Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal, não se aceita<br />
o argumento da chantagem dos trabalhadores senão o <strong>de</strong>bate não é sério. Vir aqui chantagear a<br />
Assembleia Municipal a dizer que há trabalhadores que po<strong>de</strong>m correr riscos com o seu posto <strong>de</strong><br />
trabalho não é um <strong>de</strong>bate sério. É importante que tenhamos consciência sobre isso porque o que<br />
se passa com os trabalhadores, neste momento, po<strong>de</strong> não ser uma situação fácil, mas quando a<br />
empresa municipal alargar os seus serviços e tiver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colocar mais trabalhadores ao seu<br />
serviço, a situação po<strong>de</strong> ser complicada. A lei é muito clara e aí é que os senhores <strong>de</strong>viam assumir<br />
essa responsabilida<strong>de</strong>, vão incluir mais trabalhadores na Turrisespaços e <strong>de</strong>pois quem é o pai da<br />
criança? Agora é uma situação, daqui a um ano veremos qual é e aí não há Tribunal <strong>de</strong> Contas que<br />
salve, assumam essa responsabilida<strong>de</strong>. Relativamente aos clubes, já aqui foi dito, os clubes vão ser<br />
castigados com mais 50% relativamente àquilo que vão ter <strong>de</strong> pagar à Turrisespaços. Cá estamos<br />
para ver as facturas, daqui a mais dois ou três meses faremos essas contas.”<br />
Torres Novas, 30 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2013<br />
<strong>Intervenção</strong> da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre – Relatório Anual da Turrisespaços, E.M.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda reafirma, mais uma vez, a sua posição <strong>de</strong> princípio segundo a qual as competências<br />
municipais <strong>de</strong>verão ser realizadas pelos serviços municipais e que a opção por concessionar ou<br />
municipalizar empresarialmente essas competências não se traduz em ganhos <strong>de</strong> operacionalida<strong>de</strong><br />
e <strong>de</strong> melhoria do serviço prestado às populações. O BE reafirma também, em primeiro lugar, que a<br />
sua opção é eminentemente política, recusando a via artificialmente “empresarial” como forma <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sresponsabilização política das autarquias e das entida<strong>de</strong>s públicas face à realização das suas atribuições<br />
e competências. Por isso, a nossa apreciação ao relatório e contas da empresa Turrisespaços <strong>de</strong>ve<br />
ser entendida sob esta perspectiva. Não nos abstemos <strong>de</strong> <strong>de</strong>bater genericamente a vida da empresa,<br />
mas ela constitui uma opção e uma aposta política e organizacional da maioria socialista, e é a maioria<br />
socialista que terá <strong>de</strong> assumir as responsabilida<strong>de</strong>s e consequências <strong>de</strong> tal opção. Não nos escusamos,<br />
contudo, a contribuir politicamente para que seja encontrada uma solução que ultrapasse o panorama<br />
insustentável por que passa a empresa municipal. Quanto ao documento <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> contas <strong>de</strong><br />
2013, consi<strong>de</strong>ramos que ele se <strong>de</strong>veria reduzir a uma <strong>de</strong>monstração clara, linear e transparente dos<br />
dados apresentados, sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recorrer a artifícios auto-justificativos que, muitas vezes,<br />
só <strong>de</strong>scredibilizam ainda mais aquilo que se quer afirmar. Começando pela introdução: a referência<br />
ao prémio “empresa gazela” é ridícula, e muito mais ridículo o facto <strong>de</strong> se dizer que foi a única<br />
empresa <strong>de</strong> Torres Novas a receber o prémio, escon<strong>de</strong>ndo-se o facto <strong>de</strong> a Turrisespaços ser a única<br />
empresa municipal a consi<strong>de</strong>rar, e mais nenhuma outra empresa do concelho ter recebido mais <strong>de</strong> um<br />
milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> dinheiro público; os parâmetros da entida<strong>de</strong> que atribui este estranho galardão<br />
são mais que duvidosos e bastaria mudar apenas um <strong>de</strong>les para que mais largas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> empresas<br />
fossem consi<strong>de</strong>radas. A listagem diz respeito, portanto, a empresas privadas <strong>de</strong> vários sectores <strong>de</strong><br />
activida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a construção à agricultura, e é claro que nenhuma <strong>de</strong>las tem capitais públicos ou<br />
recebeu centenas ou milhares <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> in<strong>de</strong>minizações compensatórias ou subsídios à exploração.
70<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Incluir neste barco uma empresa municipal não se afigura metodologicamente sério, tratando-se <strong>de</strong><br />
um mero malabarismo; O aumento sensível das receitas <strong>de</strong> bilheteira e do número <strong>de</strong> espectadores<br />
do teatro Virgínia po<strong>de</strong>rá ser um sintoma <strong>de</strong> que a empresa po<strong>de</strong>ria ter viabilida<strong>de</strong> financeira se<br />
concentrasse a sua activida<strong>de</strong> apenas no objecto inicial; a conta parcial do teatro Virgínia é a que<br />
apresenta melhor rácio entre receitas, encargos e montantes relativos às contribuições financeiras<br />
do município; Na activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva, a diminuição <strong>de</strong> receitas dos equipamentos <strong>de</strong>dicados à<br />
activida<strong>de</strong> estritamente <strong>de</strong>sportiva (pavilhão <strong>de</strong> Riachos e ginásio municipal) <strong>de</strong>ve-se à diminuição<br />
da ocupação dos clubes por via do elevado preços das tarifas, facto que aconteceria <strong>de</strong> igual forma<br />
com o palácio dos <strong>de</strong>sportos e o estádio municipal, se estivessem sob a tutela da empresa. Não é<br />
sério dizer que as baixas ocupações <strong>de</strong>stes espaços se <strong>de</strong>vem ao facto <strong>de</strong> serem utilizados quase<br />
em exclusivo em horário pós-laboral e por clubes, pois, como se sabe, esses equipamentos foram<br />
construídos para serem utilizados exactamente <strong>de</strong>ssa forma e preferencialmente para esses utentes<br />
e não outros; Na análise ao impacto da activida<strong>de</strong> da empresa na imprensa na comunicação social,<br />
e nomeadamente na imprensa local, o relatório engana os seus leitores ao dizer que as notícias da<br />
activida<strong>de</strong> da empresa foram dadas “sobretudo pelo “O Almonda”, quando os dois semanários do<br />
concelho estão praticamente a par, em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za, nas notícias publicadas (181 e 141),<br />
a uma distância avassaladora dos outros jornais locais, regionais e nacionais; Não nos parece uma<br />
prática saudável a apresentação <strong>de</strong> quadros, por exemplo dos gráficos <strong>de</strong> barras (ao nível da escolha<br />
e da dimensão quantitativa dos intervalos) <strong>de</strong> acordo com a intenção <strong>de</strong> dar uma ilusão <strong>de</strong> pouco<br />
<strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> alguns parâmetros e <strong>de</strong> um ilusório aumento <strong>de</strong> outros, como no caso da análise à<br />
feira dos frutos secos: no quadro total <strong>de</strong> visitantes, os intervalos são <strong>de</strong> dois milhares, pelo que<br />
nas barras não é muito significativamente visível a <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 11 mil visitantes para cerca<br />
<strong>de</strong> 8000; já no caso do quadro das receitas <strong>de</strong> bilheteira, os valores são estranhamente colocados<br />
numa escala <strong>de</strong> 50 em 50 euros (completamente bizarro), <strong>de</strong> modo a que um aumento <strong>de</strong> receita<br />
<strong>de</strong> menos <strong>de</strong> 100 euros pareça, olhando-se para as barras, um acréscimo significativo. Na análise ao<br />
número <strong>de</strong> visitantes e da receita da feira medieval recorre-se igualmente a este malabarismo gráfico<br />
para tentar ilustrar um aumento <strong>de</strong> entradas pagas e atenuar a imagem <strong>de</strong> uma quebra <strong>de</strong> receita <strong>de</strong><br />
cerca <strong>de</strong> 20 mil euros. Estas práticas não ajudam a credibilizar o documento. Quanto às campanhas<br />
<strong>de</strong> comunicação, é <strong>de</strong> registar, como no caso da feira medieval, que são gastos milhares <strong>de</strong> euros<br />
em anúncios <strong>de</strong> jornais regionais e outros, quando os jornais locais, aqueles que, por junto, publicam<br />
mais notícias dos eventos, não têm direito a um único cêntimo <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> paga. Finalmente, e<br />
esta é a questão mais importante, no que toca às contas e <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> resultados, mantemos a<br />
nossa posição <strong>de</strong> que um empolamento <strong>de</strong> receitas com vista à <strong>de</strong>scida percentual do financiamento<br />
público e, consequentemente, ao cumprimento da legislação em vigor, que no caso das contas <strong>de</strong><br />
2013 contou ainda com o artifício <strong>de</strong> receitas <strong>de</strong> “activida<strong>de</strong>s-piloto”, realizadas entre Setembro e<br />
Dezembro, por conta <strong>de</strong> um projecto que só posteriormente foi tornado público e constante no<br />
programa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s da empresa no final do ano por via <strong>de</strong> uma transferência extraordinária <strong>de</strong><br />
fundos da município para a empresa, no mês <strong>de</strong> Dezembro, exactamente para equilibrar as contas<br />
da empresa e cumprir os parâmetros legais, não é uma situação sustentável e será impossível <strong>de</strong><br />
manter ano após ano, mesmo que, para efeitos dos vistos do Tribunal <strong>de</strong> Contas, se vá recorrendo à<br />
criativida<strong>de</strong> contabilística como forma <strong>de</strong> evitar aquilo que, mais tar<strong>de</strong> ou cedo, se afigura inevitável<br />
se, como parece, não forem alteradas as regras <strong>de</strong> enquadramento das empresas municipais.”<br />
Torres Novas, 8 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2014<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
para a viabilização da Empresa Municipal<br />
Consi<strong>de</strong>randos: O Bloco <strong>de</strong> Esquerda reafirma a sua posição <strong>de</strong> princípio <strong>de</strong> que as atribuições<br />
municipais <strong>de</strong>vem ser asseguradas por serviços municipais: trata-se <strong>de</strong> uma posição eminentemente<br />
política, mas também <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados princípios <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> organização administrativa
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
71<br />
do município; O Bloco <strong>de</strong> Esquerda reafirma, também, a sua posição <strong>de</strong> princípio contra a existência<br />
da empresa municipal Turrisespaços, por razões técnicas e políticas, por consi<strong>de</strong>rar que a entida<strong>de</strong><br />
criada não é uma empresa na verda<strong>de</strong>ira aceção do termo, não possui qualquer viabilida<strong>de</strong> financeira<br />
e empresarial e por a sua activida<strong>de</strong> ter invadido áreas <strong>de</strong> acção que em muito ultrapassam, até,<br />
os seus propósitos iniciais, invadindo e conflituando com a própria ativida<strong>de</strong> da autarquia e dos<br />
operadores particulares nas áreas do <strong>de</strong>sporto e da promoção da ativida<strong>de</strong> física, do recreio e<br />
do entretenimento; O Bloco <strong>de</strong> Esquerda reafirma que as atribuições e competências municipais<br />
nas áreas da gestão <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>sportivos, do apoio às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas dos clubes e<br />
da promoção do <strong>de</strong>sporto e da ativida<strong>de</strong> física, <strong>de</strong>vem ser concretizadas por serviços municipais,<br />
assim como <strong>de</strong>vem ser competência dos serviços municipais toda a activida<strong>de</strong> cultural e os apoios<br />
às associações <strong>de</strong> natureza cultural e recreativa; No entanto, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda reconhece a<br />
importância <strong>de</strong> que se revestiu para o município <strong>de</strong> Torres Novas e para região, a aposta estratégica<br />
numa programação cultural <strong>de</strong> referência, que foi concretizada com a criação da Empresa Municipal<br />
do Teatro Virgínia na sua fórmula inicial <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> responsável, apenas e só, pela programação<br />
do calendário cultural do teatro Virgínia, nomeadamente dos espetáculos, e das ações <strong>de</strong> formação<br />
cultural e educativa no âmbito das artes do espetáculo; O Bloco <strong>de</strong> Esquerda, embora reconheça<br />
que a maioria socialista possui espaço <strong>de</strong> manobra para <strong>de</strong>finir isoladamente as suas <strong>de</strong>cisões, está<br />
disponível para apoiar politicamente a existência da Empresa Municipal do Teatro Virgínia na sua<br />
fórmula inicial, como forma <strong>de</strong> salvaguardar a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> programação cultural<br />
<strong>de</strong> referência e que constitua e continue a ser uma aposta estratégica do município <strong>de</strong> Torres<br />
Novas; O Bloco <strong>de</strong> Esquerda apoia, neste sentido, uma solução que <strong>de</strong>volva aos serviços municipais<br />
todas as atribuições nas áreas da gestão <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>sportivos e <strong>de</strong> promoção da ativida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sportiva, bem corno das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> programação cultural e <strong>de</strong> apoio às activida<strong>de</strong>s culturais, à<br />
excepção da programação <strong>de</strong> sala do Teatro Virgínia e <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s relacionadas com a promoção e<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento das artes performativas (teatro, música, dança), nas suas componentes educativa<br />
e <strong>de</strong> formação. Proposta: – O Bloco <strong>de</strong> Esquerda apoia e propõe, neste sentido, o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> um processo com vista à extinção da Turrisespaços e a reativação da Empresa Municipal do Teatro<br />
Virgínia na sua fórmula inicial, reconhecendo na programação cultural <strong>de</strong> espetáculos, e só nela,<br />
algumas singularida<strong>de</strong>s que, <strong>de</strong> certa forma, po<strong>de</strong>m justificar a opção pela fórmula <strong>de</strong> uma empresa<br />
municipal como solução nesta área da ativida<strong>de</strong> cultural autárquica; – Propõe, em consequência, a<br />
<strong>de</strong>volução das atribuições nas áreas da gestão <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>sportivos e dos apoios à ativida<strong>de</strong><br />
associativa e cultural aos serviços municipais que executam as orientações e <strong>de</strong>cisões do Executivo<br />
da Câmara Municipal; – O Bloco <strong>de</strong> Esquerda consi<strong>de</strong>ra que esta tomada <strong>de</strong> posição é um passo<br />
político significativo com vista à solução da crise vivida na Turrisespaços, para que seja ultrapassada<br />
a questão da sua incontestável e in<strong>de</strong>smentível inviabilida<strong>de</strong> financeira e empresarial; – O Bloco <strong>de</strong><br />
Esquerda assume-se como oposição firme mas responsável à maioria socialista na Câmara Municipal<br />
<strong>de</strong> Torres Novas, colocando-se, assim, do lado da solução dos problemas e da efetiva participação<br />
política na sua resolução.”<br />
Torres Novas, 22 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2014<br />
Assembleia Municipal – Intervenções no PAOD<br />
<strong>Intervenção</strong> <strong>de</strong> Lia Ribeiro<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda vem, mais uma vez, publicamente, reafirmar a sua posição relativamente à questão<br />
e à situação da empresa municipal Turrisespaços. A Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas foi confrontada<br />
com o ultimato emitido pela recente <strong>de</strong>cisão do Tribunal <strong>de</strong> Contas relativo à empresa municipal<br />
Turrisespaços. Esta <strong>de</strong>cisão recusa a atribuição <strong>de</strong> visto prévio ao contrato programa, celebrado entre o<br />
município <strong>de</strong> Torres Novas e esta empresa municipal para o ano 2014. Consequentemente recomenda<br />
este Tribunal que o município <strong>de</strong>libere no sentido da dissolução da empresa. Foi um longo processo,
72<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
norteado por alguma opacida<strong>de</strong> e tibieza no que respeita à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encarar e acautelar o seu<br />
<strong>de</strong>sfecho, mais do que previsível. Reiteradamente, em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Assembleia Municipal, a posição do<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda relativa à Turrisespaços, foi evocada com coerência e transparência inequívocas.<br />
Sempre advogámos a internalização das activida<strong>de</strong>s da empresa como a melhor solução, porquanto<br />
as suas competências são perfeitamente passíveis <strong>de</strong> serem assumidas pela Câmara Municipal, sem<br />
beliscar a qualida<strong>de</strong> dos serviços prestados. A posição do Bloco <strong>de</strong> Esquerda sempre contemplou a<br />
salvaguarda da autonomia da programação do Teatro Virgínia. Agora, perante o ultimato do Tribunal<br />
<strong>de</strong> Contas, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda vem novamente <strong>de</strong> forma pública e inequívoca, reiterar a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> internalização dos serviços, situação incontornável face à <strong>de</strong>cisão superiormente emitida. O Bloco<br />
<strong>de</strong> Esquerda vem ainda sustentar que todos os trabalhadores da Turrisespaços sejam integrados nos<br />
serviços do município, que <strong>de</strong>ve assegurar a totalida<strong>de</strong> dos postos <strong>de</strong> trabalho. Por fim, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />
que se <strong>de</strong>ve garantir a qualida<strong>de</strong> da programação do Teatro Virgínia, mantendo-a como referência<br />
cultural da região.<br />
<strong>Intervenção</strong> <strong>de</strong> António Gomes<br />
Nesta questão da Turrisespaços, gostaria <strong>de</strong> apelar à calma e serenida<strong>de</strong> no <strong>de</strong>bate, porque eu<br />
acho que os <strong>de</strong>bates inflamados não resolvem nada. Queria dizer aos trabalhadores que a primeira<br />
<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> internalizar a Turrisespaços foi do anterior executivo municipal, há dois anos. Está lá,<br />
num ponto do PAEL que vamos discutir a seguir. Lá está que a Câmara Municipal está obrigada<br />
a internalizar a Turrisespaços, preto no branco. Esta foi a primeira <strong>de</strong>cisão tomada há cerca <strong>de</strong><br />
dois anos, não vale a pena escon<strong>de</strong>r, os senhores estão obrigados a internalizar, mas a questão<br />
até se po<strong>de</strong>ria alterar se a Câmara Municipal soubesse ouvir, se o Partido Socialista soubesse<br />
ouvir, neste caso concreto. O Tribunal <strong>de</strong> Contas, ao recusar o visto prévio ao contrato programa<br />
que existia, que o tribunal <strong>de</strong>veria fiscalizar e dizer à Câmara Municipal po<strong>de</strong>m cumprir, estão<br />
impedidos <strong>de</strong> cumprir porque não foi visado. Não vale a pena enganar os trabalhadores, não<br />
há visto prévio e quando não há visto prévio, o contrato programa não é legal. Em relação aos<br />
50% ou aos 49,78%, esta percentagem já está muito inflacionada e isso todos nós sabemos e<br />
não vale a pena ir mais além do que isto. Lembremo-nos apenas do PAPAF, senão a questão tem<br />
que ir muito mais fundo, senão não era esse valor, era outro muito mais abaixo. Jurisprudência,<br />
existe jurisprudência sobre esta questão, houve uma resposta dada à Câmara Municipal em<br />
que o Tribunal <strong>de</strong> Contas diz que há jurisprudência sobre este caso. Transportes Aveiro, Lei<br />
50/2012, não foi respeitada a jurisprudência. Existem vários exemplos neste país, vou apenas<br />
dizer dois em que a lei foi aplicada e <strong>de</strong>u resultados positivos e os postos <strong>de</strong> trabalho foram<br />
todos salvaguardados. Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa: 148 trabalhadores, todos foram admitidos<br />
na Câmara Municipal. Câmara Municipal <strong>de</strong> Pinhel, um processo que foi este ano a <strong>de</strong>cisão<br />
da respetiva Câmara Municipal: 24 trabalhadores, todos admitidos na Câmara Municipal. Por<br />
último, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda trouxe, atempadamente, uma proposta à Câmara Municipal apesar<br />
<strong>de</strong>, neste processo, a Câmara Municipal não ter a transparência e lealda<strong>de</strong> institucional que<br />
<strong>de</strong>veria ter tido. Não teve porque andava a enviar e a receber documentação do Tribunal <strong>de</strong><br />
Contas e não transmitiu isso a quem <strong>de</strong>via ter transmitido. Nesse processo, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
trouxe à Câmara Municipal uma proposta, que era uma proposta intermédia, em que podia<br />
perfeitamente manter-se a empresa municipal com o Teatro Virgínia. Essa solução intermédia<br />
po<strong>de</strong>ria, atempadamente, resolver o problema não só dos trabalhadores como o problema da<br />
programação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do Teatro Virgínia. Mas o Partido Socialista também aqui preferiu<br />
não discutir, não <strong>de</strong>bater, não ouvir, não ser tolerante e os sinais estavam aí, que as coisas iam<br />
dar este resultado. O Bloco <strong>de</strong> Esquerda está disponível para as soluções que salvaguar<strong>de</strong>m a<br />
qualida<strong>de</strong> da programação e os postos <strong>de</strong> trabalho, isso po<strong>de</strong> ser feito e o BE já o <strong>de</strong>monstrou,<br />
apresentou uma proposta escrita, em discussão na Câmara Municipal. Reiteramos hoje aqui a<br />
nossa convicção <strong>de</strong> que o problema tem que ser resolvido e <strong>de</strong>safiamos aqui o executivo do<br />
Partido Socialista e os outros Partidos a encontrar essa solução porque, <strong>de</strong> facto, com base na<br />
Lei nº 50/2012 é possível encontrar essa solução.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
73<br />
<strong>Intervenção</strong> da Vereadora Helena Pinto<br />
Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, se me autorizar a tomar a palavra, eu sei que o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia<br />
Municipal não me ofen<strong>de</strong>u, no entanto, citou-me e <strong>de</strong>safiou-me e é nesse sentido que eu peço a<br />
palavra. Boa noite a todos e a todas e quero cumprimentar os trabalhadores da Turrisespaços. Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte, eu por acaso também trouxe como trabalho <strong>de</strong> casa o <strong>de</strong>bate parlamentar, aliás, se<br />
quiser distribuam, que é preciso lê-lo todo, eu não retiro nem uma única palavra daquilo que disse na<br />
Assembleia da República, assim como não retiro nem uma única palavra daquilo que disse na Câmara<br />
Municipal. Porque estou convicta <strong>de</strong> duas coisas: a primeira é que eu estou a lutar por uma solução<br />
efectiva e duradora para a empresa municipal Turrisespaços e a segunda é porque eu posso dizer que<br />
assinei um projecto-lei para alterar esta lei e que ele foi a votos e que me bati com a maioria do PSD<br />
e do CDS contra este projecto lei. O Sr. Presi<strong>de</strong>nte esqueceu-se <strong>de</strong> uma coisa ao referir as minhas<br />
<strong>de</strong>clarações, é que esta lei não fala só <strong>de</strong> internalização, esta lei fala <strong>de</strong> outra coisa que, felizmente,<br />
não está colocada no nosso município, fala <strong>de</strong> privatização <strong>de</strong> serviços públicos. E era aí também o<br />
enfoque das intervenções <strong>de</strong> todos os partidos, era o enfoque da privatização, <strong>de</strong>ssa estamos livres aqui<br />
no município, penso eu. Agora, Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, o problema é muito sério<br />
e é preciso <strong>de</strong>batê-lo com toda a gente, com os trabalhadores, inclusivamente, mas para quê? Para<br />
encontrar a solução duradoura, não é uma solução <strong>de</strong> mais um ano, é uma solução duradoura.”<br />
Torres Novas, 25 <strong>de</strong> Junho 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Graça Martins<br />
sobre – Empresa Municipal Turrisespaços, E.M.<br />
– processos n.ºs 219 e 326 do Tribunal <strong>de</strong> Contas<br />
As posições do BE sobre a existência <strong>de</strong> empresas municipais têm sido amplamente divulgadas e são<br />
bem conhecidas. Assente na convicção global <strong>de</strong> que o surgimento das empresas municipais serviram<br />
para “evitar” procedimentos da administração pública e permitir “engenharias financeiras”, consi<strong>de</strong>ramos<br />
que as funções atribuídas à Turrisespaços, E.M., são da competência da Câmara Municipal e po<strong>de</strong>m<br />
ser exercidas por ela. Quanto à empresa municipal Turrisespaços, sempre fomos muito críticos sobre<br />
a sua gestão, baseados na análise <strong>de</strong>talhada dos documentos contabilísticos e respetiva fundamentação<br />
programática, e sempre afirmámos, que o seu futuro, <strong>de</strong>veria passar pela internalização dos respetivos<br />
serviços e dos seus trabalhadores/as. Não seria difícil imaginar o resultado sobre o pedido <strong>de</strong> visto<br />
prévio para o contrato programa <strong>de</strong> 2014 solicitado pela Câmara Municipal. Aliás, basta analisar a<br />
documentação enviada pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas, para se verificar que a empresa não conseguia cumprir<br />
os critérios da Lei 50/2012. Sobre esta Lei também já dissemos tudo, não a aprovámos e consi<strong>de</strong>ramos<br />
que ela po<strong>de</strong>ria ser diferente. Sempre <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos que a solução para empresas municipais <strong>de</strong>ficitárias<br />
e endividadas, não <strong>de</strong>veria passar pela sua manutenção, mas também não po<strong>de</strong>ria passar pela diminuição<br />
<strong>de</strong> serviços públicos, ou privatizações, nem pelo <strong>de</strong>spedimento dos seus trabalhadores/as. Por isso,<br />
fomos claros quando foi conhecida a <strong>de</strong>cisão do Tribunal <strong>de</strong> Contas: a dissolução da Turrisespaços<br />
não po<strong>de</strong> colocar em causa a programação do Teatro Virgínia, as ativida<strong>de</strong>s culturais e <strong>de</strong>sportivas<br />
e todos os trabalhadores/as <strong>de</strong>vem ser integrados na Câmara Municipal. Este propósito é realista e<br />
possível. Quer pelas alterações que entretanto foram introduzidas à Lei e que o BE apoiou, quer<br />
pelo exemplo <strong>de</strong> situações muito semelhantes ou mesmo iguais, ocorridas noutros municípios.<br />
Tratava-se pois, <strong>de</strong> sem <strong>de</strong>moras, iniciar o processo <strong>de</strong> internalização da Turrisespaços nos serviços<br />
da Câmara Municipal, assumindo uma atitu<strong>de</strong> proactiva e não meramente reativa. A maioria socialista<br />
<strong>de</strong>cidiu seguir outro caminho. Recor<strong>de</strong>-se que todo o processo e relacionamento com o Tribunal <strong>de</strong><br />
Contas foi feito sem o conhecimento da Vereação. Todas as questões colocadas pelo Tribunal <strong>de</strong><br />
Contas e todas as respostas da Câmara Municipal foram feitas pela maioria socialista e só a ela obrigam<br />
e responsabilizam. Pelo que se revela estranha a convocação <strong>de</strong> uma reunião com o propósito único<br />
<strong>de</strong> colocar apenas à “consi<strong>de</strong>ração” <strong>de</strong>sta Câmara Municipal, numa atuação que “solicita” uma eventual
74<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
posição <strong>de</strong> “conforto” à maioria socialista, para uma posição que é da sua exclusiva responsabilida<strong>de</strong>.<br />
O mesmo se diga sobre a resposta ao Tribunal <strong>de</strong> Contas que agora se <strong>de</strong>bate e que, só nos últimos<br />
dias do prazo, é apresentada a toda a Vereação. Não houve um período <strong>de</strong> discussão aberta sobre<br />
todas as eventuais soluções, nem se pon<strong>de</strong>rou em coletivo, <strong>de</strong> forma transparente e <strong>de</strong>mocrática.<br />
A maioria socialista quer dar mais este passo numa <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>ira tentativa <strong>de</strong> manter a empresa municipal,<br />
não como ela é, segundo afirmam, mas introduzindo alterações na sua estrutura, <strong>de</strong>volvendo e<br />
solicitando ao Tribunal <strong>de</strong> Contas uma pon<strong>de</strong>ração que, o Tribunal <strong>de</strong> Contas, por sua vez, tinha<br />
solicitado à Câmara Municipal, para que proce<strong>de</strong>sse à dissolução daquela empresa. Pese embora o<br />
pouco tempo para um estudo aprofundado dos documentos apresentados, <strong>de</strong>ixamos aqui algumas<br />
dúvidas, que gostávamos <strong>de</strong> ver esclarecidas e algumas consi<strong>de</strong>rações sobre o seu conteúdo: 1. Será<br />
plausível afirmar que: “(…) a Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas reitera o seu empenho na manutenção<br />
da empresa e, em especial neste contexto, o seu interesse em obter o visto prévio do TdC para o<br />
Contrato Programa celebrado entre o Município e a Turrisespaços, E.M.” e <strong>de</strong>pois pedir ao Tribunal<br />
<strong>de</strong> Contas que não se pronuncie sobre aquilo a que está obrigado por Lei, mas que se pronuncie<br />
sobre uma outra coisa futura, que ainda não existe, mas que é <strong>de</strong>sejo vir a fazer?: “ A Câmara Municipal<br />
<strong>de</strong> Torres Novas solicita ao Tribunal <strong>de</strong> Contas que, no processo <strong>de</strong> fiscalização prévia em curso,<br />
efetue o exercício <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> reorganização da empresa que propõe e as estimativas<br />
e projeções que nele se baseiam, como se estivesse em causa a constituição «ex novo» <strong>de</strong> uma<br />
empresa local, abstraindo, portanto, da verificação atual dos pressupostos do artigo 62.º da Lei<br />
50/2012, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Agosto.” Ou seja, pe<strong>de</strong>-se ao tribunal <strong>de</strong> Contas o Visto Prévio para um Contrato<br />
Programa estabelecido com uma empresa, que entretanto vai alterar a sua estrutura e, como<br />
consequência, o próprio Contrato Programa. 2. Quanto aos “argumentos <strong>de</strong> fundo” – Inconveniência<br />
social e a inoportunida<strong>de</strong> económica-financeira <strong>de</strong> dissolução da Turrisespaços, não são <strong>de</strong>monstrados,<br />
apenas se referindo as parcerias com outras entida<strong>de</strong>s e os “elogios” na comunicação social. Em<br />
abono da verda<strong>de</strong> é preciso dizer que os “elogios na comunicação social” <strong>de</strong>vem-se às ativida<strong>de</strong>s<br />
realizadas, que mereceriam o mesmo elogio, se fossem realizadas pela Câmara Municipal (como aliás<br />
outras são – veja-se por exemplo as ativida<strong>de</strong>s da Biblioteca e do Museu) ou até, as <strong>de</strong>senvolvidas<br />
por clubes e associações como, felizmente, existem muitas no nosso concelho. Nunca esteve em<br />
causa a ativida<strong>de</strong> da Turrisespaços, mas sim o facto <strong>de</strong> ser uma empresa municipal e a forma como<br />
geriu e gere, algumas ativida<strong>de</strong>s (por exemplo o PAPAF, os apelos ao voluntariado, …). Mas, num<br />
esforço teórico, observemos as propostas para a “nova empresa”: • Afirma-se no texto que, o<br />
Município encomendou “ainda no ano <strong>de</strong> 2013, um estudo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e competente que projetasse<br />
o futuro financeiro da empresa” – porque é que este estudo só aparece agora, com a data <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong><br />
Agosto? Se foi solicitado com a <strong>de</strong>vida antecedência, porque não foi consi<strong>de</strong>rado na realização do<br />
contrato-programa? • “A viabilização da empresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da transferência dos edifícios, terrenos e<br />
equipamentos básicos, afetos aos 5 equipamentos, para o Município. Esta transferência tem um<br />
impacto significativo nos subsídios a receber, que é compensado pela diminuição <strong>de</strong> custos relativos<br />
a amortizações e a investimentos com estes equipamentos. No entanto, a Turrisespaços <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong><br />
ter o controlo sobre os imóveis on<strong>de</strong> as suas ativida<strong>de</strong>s são <strong>de</strong>senvolvidas” (conclusão do Estudo e<br />
ver também pág. 4 do texto assinado pelo Presi<strong>de</strong>nte). O que é que isto significa? O Município fica<br />
com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> afetar os edifícios a várias entida<strong>de</strong>s privadas e associações – temos a Câmara<br />
a concorrer com a Turrisespaços? Não tem impacto nos objetivos da empresa? Qual vai ser a tabela<br />
<strong>de</strong> preços dos equipamentos? Haverá preços diferenciados para a Turrisespaços e para as coletivida<strong>de</strong>s,<br />
por exemplo? Questão dos subsídios aos Clubes e Associações: • Os clubes po<strong>de</strong>m “comprar”<br />
serviços à Turrisespaços com o subsídio que recebem da Câmara. • Mas a Câmara po<strong>de</strong>, também<br />
ela, “ven<strong>de</strong>r” esses serviços diretamente aos Clubes? • Vai existir um contrato <strong>de</strong> gestão dos<br />
equipamentos com a Turrisespaços? • Prevê-se algum tipo <strong>de</strong> concessão dos equipamentos à<br />
Turrisespaços? • As rendas a pagar pela Turrisespaços previstas na página 32 do estudo são anuais,<br />
mensais? E implicam o quê? Em resultado da discussão <strong>de</strong>sta reunião <strong>de</strong> Câmara e perante todas as<br />
evidências apresentadas e dúvidas não respondidas, fica-nos ainda a estranheza, que suscita um dos<br />
principais argumentos da maioria socialista, face ao cenário da internalização da empresa municipal
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
75<br />
Turrisespaços, que se pren<strong>de</strong> com a convicção, expressa, do prejuízo em qualida<strong>de</strong>, quanto à<br />
municipalização das ativida<strong>de</strong>s culturais e <strong>de</strong>sportivas <strong>de</strong> que se ocupa a Turrisespaços, E.M., o que<br />
é bem revelador da falta <strong>de</strong> confiança, quer nos serviços municipais e quer no <strong>de</strong>sempenho dos<br />
trabalhadores da autarquia, por parte da maioria socialista. Em conclusão: A maioria socialista assume<br />
alguns erros do passado em termos <strong>de</strong> relacionamento e gestão da Turrisespaços, mas não tira as<br />
consequências <strong>de</strong>vidas e tenta manter a empresa com base num mo<strong>de</strong>lo frágil e confuso, que não<br />
garante o cumprimento dos critérios da Lei no futuro, pois muita coisa fica por esclarecer e não<br />
serve os interesses do Município. Reafirmamos por isso a nossa posição: – proce<strong>de</strong>r <strong>de</strong> imediato à<br />
internalização dos serviços e dos trabalhadores/as da Turrisespaços, promovendo a estabilida<strong>de</strong><br />
necessária para que se possam <strong>de</strong>senvolver as ativida<strong>de</strong>s culturais e <strong>de</strong>sportivas já agendadas e futuras.<br />
Por tudo isto, contrariando a imagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> que o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta situação tem<br />
suscitado, acreditando numa atuação <strong>de</strong> uma Câmara Municipal convicta, que garanta o presente e<br />
o futuro, quer das ativida<strong>de</strong>s culturais e <strong>de</strong>sportivas que se revelam <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> formativa,<br />
quer no garante dos empregos dos trabalhadores e, consi<strong>de</strong>rando que, a carta dirigida ao Tribunal<br />
<strong>de</strong> Contas não foi enviada, antes da realização da presente reunião, situação que inviabilizaria, em<br />
consciência, qualquer tomada <strong>de</strong> posição a respeito do assunto, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda vota contra.”<br />
Torres Novas, 6 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre – Dissolução da empresa municipal Turrisespaços E.M.<br />
e aprovação do plano <strong>de</strong> internalização<br />
Somos hoje chamados a votar a dissolução da empresa municipal Turrisespaços e o Plano <strong>de</strong><br />
Internalização. O Bloco <strong>de</strong> Esquerda vota favoravelmente. Não po<strong>de</strong>mos, no entanto, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer<br />
algumas consi<strong>de</strong>rações sobre o Acórdão do Tribunal <strong>de</strong> Contas (Acórdão 26/2014-12.AGO-1.ª S/<br />
SS) que <strong>de</strong>termina esta <strong>de</strong>cisão. O Acórdão é absolutamente claro, confirma a situação da empresa<br />
municipal e vem dar razão a todas as dúvidas e críticas feitas no passado pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda.<br />
Uma primeira conclusão que <strong>de</strong>ve ser retirada é que, no presente momento e após esta <strong>de</strong>cisão,<br />
estamos em piores condições para efetivar a dissolução da Turrisespaços e proce<strong>de</strong>r à internalização<br />
<strong>de</strong> serviços e trabalhadores/as. Somos obrigados a fazê-lo por um <strong>de</strong>molidor Acórdão do Tribunal<br />
<strong>de</strong> Contas sobre todas as engenharias financeiras realizadas e cuja dimensão das suas consequências<br />
ainda não sabemos. Como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos, <strong>de</strong>veria ter sido a Câmara Municipal a ter a iniciativa <strong>de</strong><br />
dissolução da empresa municipal. Como afirmámos muitas vezes, a Turrisespaços não tinha razão <strong>de</strong><br />
existência e não se conseguiria manter à luz da nova legislação. Gostemos ou não esta era a realida<strong>de</strong>.<br />
A Turrisespaços vivia dos subsídios da Câmara Municipal, era, na prática um veículo externo para<br />
realizar competências da própria Câmara, ao mesmo tempo que permitia a criação <strong>de</strong> lugares em<br />
condições que não se aplicam aos restantes trabalhadores da administração local. O BE bateu-se<br />
contra a teimosia da maioria socialista em <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r aquilo que era in<strong>de</strong>fensável, mostrou abertura<br />
para soluções intermédias e recusou a última resposta ao Tribunal <strong>de</strong> Contas, que, como se veio a<br />
confirmar, não teve nenhum acolhimento. Bem pelo contrário, a última resposta colocou a Câmara<br />
Municipal numa posição muito pouco edificante, para não dizer ridícula: pedir a um Tribunal que<br />
“esqueça a Lei” e se pronuncie sobre “intenções” futuras. E mesmo o “estudo” apresentado <strong>de</strong>ixa<br />
muito a <strong>de</strong>sejar, como aliás já dissemos na anterior reunião, não aponta nenhum cenário credível.<br />
O próprio Tribunal <strong>de</strong> Contas não resiste a comentar a “solução” apresentada pelo estudo: “a<br />
viabilização da empresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da transferência <strong>de</strong> edifícios, terrenos e equipamentos básicos para o<br />
município…”. O Tribunal volta a ser arrasador sobre esta milagrosa solução – ver ponto 68. O Acórdão<br />
levanta vários problemas relacionados com o contrato-programa e com o “contrato <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong><br />
serviços” do famoso PAPAF e consi<strong>de</strong>ra todas as <strong>de</strong>cisões tomadas como nulas. É absolutamente claro<br />
sobre a cronologia dos acontecimentos: Já na atribuição do visto prévio para o contrato programa<br />
para 2013 o Tribunal tinha levantado questões e feito um alerta sobre a continuida<strong>de</strong> da empresa.
76<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
“Coincidência” ou não, como afirma o Tribunal (ponto 58), o PAPAF é <strong>de</strong>cidido num encontro, que<br />
não tem data, “meados <strong>de</strong> Julho”, e <strong>de</strong>pois por “lapso administrativo” e “dispersão em época <strong>de</strong><br />
campanha eleitoral” (Ponto 27) nem sequer foi objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em reunião <strong>de</strong> Câmara, sendo a<br />
<strong>de</strong>cisão tomada já por esta vereação com efeitos retroativos, que como afirmámos na altura, era uma<br />
violação da lei (ponto 80). Pois, como se veio a provar não se tratava <strong>de</strong> um contrato <strong>de</strong> prestação<br />
<strong>de</strong> serviços, mas sim, <strong>de</strong> um expediente, para fazer subir o rácio das receitas em relação ao total <strong>de</strong><br />
subsídios à exploração. Este rácio não é 48,31%, mas sim 59,9%. Triste história a do PAPAF… Todo<br />
este processo tem consequências e é fundamental perceber, hoje, a sua dimensão: <strong>de</strong>cisões que são<br />
nulas; violações várias; envio do Acórdão para a Inspeção Geral <strong>de</strong> Finanças e para a 2.ª Secção do<br />
Tribunal <strong>de</strong> Contas, ou seja a Secção das Auditorias – “na sequência <strong>de</strong> anteriores <strong>de</strong>cisões tomadas<br />
no processo” (ponto 114). Há que assumir as responsabilida<strong>de</strong>s. E é preciso dizer que este processo<br />
não acaba aqui. Por isso mesmo consi<strong>de</strong>ro que a Vereação <strong>de</strong>ve ser informada <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talhada<br />
da situação financeira e sobre as consequências das violações da Lei apontadas no Acórdão. Votamos<br />
favoravelmente o Plano <strong>de</strong> Internalização, pois foi retirado o ponto que previa a criação <strong>de</strong> uma<br />
“unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> projeto”, <strong>de</strong>cisão que necessita ser fundamentada e bem <strong>de</strong>batida. O Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
lamenta que neste processo se tenham colocado trabalhadores contra trabalhadores na tentativa <strong>de</strong><br />
manter a empresa municipal em funcionamento, contra todas as evidências e quando o essencial era<br />
concentrar todos os esforços para garantir os postos <strong>de</strong> trabalho e a continuação do serviço público<br />
na área da cultura e do <strong>de</strong>sporto, que é competência da Câmara Municipal.”<br />
Torres Novas, 25 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2014<br />
Assembleia Municipal – Apreciação e votação da proposta<br />
da Câmara Municipal, <strong>de</strong> dissolução da empresa municipal<br />
Turrisespaços, E.M. e a aprovação do plano <strong>de</strong> internalização<br />
Intervenções <strong>de</strong> António Gomes<br />
Boa noite a todos e a todas. As posições do BE sobre a existência <strong>de</strong> empresas municipais são<br />
amplamente conhecidas: na convicção <strong>de</strong> que a criação das empresas municipais serviu para evitar<br />
procedimentos normais e legítimos da administração pública e permitir “engenharias financeiras”,<br />
quando não a satisfação <strong>de</strong> clientelas locais ligadas aos po<strong>de</strong>res instalados, consi<strong>de</strong>ramos que as funções<br />
atribuídas às empresas municipais são da competência dos municípios e <strong>de</strong>vem ser exercidas por<br />
eles. Quanto à empresa municipal Turrisespaços, sempre fomos muito críticos sobre a sua gestão,<br />
baseados na análise <strong>de</strong>talhada dos documentos contabilísticos e relatórios <strong>de</strong> execução financeira,<br />
e sempre afirmámos que o seu futuro <strong>de</strong>veria passar pela internalização dos respectivos serviços<br />
e dos seus trabalhadores. Contudo, quando o assunto emergiu para actualida<strong>de</strong> mais recente, por<br />
via das primeiras dúvidas do Tribunal <strong>de</strong> Contas, tentámos propor uma solução política negociada<br />
para o futuro dos sectores abrangidos pela Empresa Municipal. Na câmara municipal, fizemos a<br />
seguinte proposta liminarmente recusada pela maioria socialista: Dissolução da Turrisespaços na<br />
sua configuração actual, internalização das atribuições e dos trabalhadores da área do <strong>de</strong>sporto nos<br />
serviços municipais e manutenção da empresa municipal do teatro Virgínia, na sua concepção inicial,<br />
redimensionada para o contexto presente; Não seria difícil imaginar, entretanto, o resultado do<br />
pedido <strong>de</strong> visto prévio para o contrato programa <strong>de</strong> 2014 e para o alegado contrato <strong>de</strong> prestação<br />
<strong>de</strong> serviço do PAPAF, solicitados pela câmara municipal. Por isso, fomos claros quando foi conhecida<br />
a <strong>de</strong>cisão da recusa do visto, ainda em Junho: a mais que provável dissolução da Turrisespaços não<br />
podia colocar em causa a programação do Teatro Virgínia, as activida<strong>de</strong>s culturais e <strong>de</strong>sportivas e<br />
todos os trabalhadores <strong>de</strong>viam ser integrados na câmara municipal – dissemos mais uma vez. Tratavase<br />
pois, sem <strong>de</strong>moras, alertámos na altura, <strong>de</strong> iniciar o processo <strong>de</strong> internalização da Turrisespaços<br />
nos serviços da câmara municipal, assumindo-se uma atitu<strong>de</strong> proactiva e não meramente reactiva.<br />
Mostrámos que era possível, no quadro jurídico existente, salvaguardar os postos <strong>de</strong> trabalho e
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
77<br />
<strong>de</strong>mos exemplos <strong>de</strong> autarquias que assim tinham procedido. A maioria socialista <strong>de</strong>cidiu seguir outro<br />
caminho, recor<strong>de</strong>-se, e todo o processo e relacionamento com o Tribunal <strong>de</strong> Contas foi sendo feito<br />
sem o conhecimento da vereação. Mais uma vez, a maioria ignorou o sentido claro da posição do<br />
TC e enveredou por uma via inacreditável: apelar ao TC a “compreensão” pelo “papel social” e os<br />
alegados méritos da EM e acenar com um futuro financeiro risonho, esquecendo que uma entida<strong>de</strong><br />
como o TC não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ter-se em frivolida<strong>de</strong>s, mas apenas verificar o cumprimento da lei. A resposta,<br />
como se sabe, foi arrasadora e confrangedora para a câmara municipal, que, <strong>de</strong> permeio, ainda gastou<br />
mais <strong>de</strong> seis mil euros em consultas e estudos <strong>de</strong> nula eficácia e nenhuma utilida<strong>de</strong>. Resumindo, foi<br />
um processo lamentável em que não faltaram manobras que conduziram a uma situação <strong>de</strong> tensão<br />
entre trabalhadores do município e da EM, levados estes a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r inacreditáveis “teses” sobre o<br />
serviço público e a motivação para o trabalho que ajudaram a <strong>de</strong>scredibilizar a EM, os seus dirigentes<br />
e todos quantos acabaram envolvidos na referida situação. Se as activida<strong>de</strong>s da Turrisespaços,<br />
nomeadamente a programação cultural do Teatro Virgínia, que é o que <strong>de</strong> singular existe, constituíam<br />
uma aposta convicta da maioria socialista, há agora todas as condições para pôr à prova a sincerida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ssa convicção: em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> orçamento municipal, a programação do teatro Virgínia para 2015<br />
<strong>de</strong>verá contar com uma dotação financeira pelo menos igual à do ano corrente. Hoje, votaremos<br />
favoravelmente a proposta <strong>de</strong> extinção da Turrisespaços vinda da câmara municipal (recordamos que é<br />
a maioria socialista do executivo municipal que é obrigada a propor a extinção da empresa municipal,<br />
não é a oposição, e é preciso que isto fique suficientemente claro), e daremos o nosso acordo, na<br />
generalida<strong>de</strong>, às propostas daí <strong>de</strong>correntes. Em cada momento e falamos da aprovação posterior<br />
<strong>de</strong> medidas ten<strong>de</strong>ntes à execução do plano <strong>de</strong> internalização, nomeadamente a reorganização dos<br />
serviços municipais, daremos as nossas opiniões e, mais uma vez, <strong>de</strong> forma construtiva, tentaremos<br />
colaborar, no executivo municipal, numa perspectiva <strong>de</strong> consenso político alargado.”<br />
<strong>Intervenção</strong> <strong>de</strong> António Gomes<br />
Queria acrescentar algumas coisas ao que já foi dito. Dizer ao Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara que não sei<br />
se percebeu, pela leitura que fiz do texto, quando caracterizei as empresas municipais. Mas quero<br />
acima <strong>de</strong> tudo transmitir uma gran<strong>de</strong> preocupação que ficou da intervenção do Partido Socialista. O<br />
Partido Socialista não disse qual era a solução, não apresentou nada, lamentou-se o facto e não passou<br />
daí. Mas eu gostaria que o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara respon<strong>de</strong>sse claramente, levantou a ponta da<br />
privatização, falou das empresas privadas, o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara está em condições <strong>de</strong> dizer à<br />
Assembleia Municipal que nada disso passou pela cabeça do Partido Socialista? Queríamos também<br />
reafirmar o seguinte, chegamos a este ponto, aqui e agora, sem glória e sem honra, foi ao ponto a que<br />
chegámos. A um Acórdão do Tribunal <strong>de</strong> Contas que é <strong>de</strong>molidor, não havia necessida<strong>de</strong> nenhuma<br />
disso, mas é bom que se diga, claramente, o Partido Socialista tudo fez para que este Acórdão viesse<br />
à luz do dia. Tudo fez para que chegássemos a esta situação: 1º – Propôs o fim da Turrisespaços em<br />
se<strong>de</strong> <strong>de</strong> PAEL. 2º – Nada fez, ou fez em sentido contrário, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a publicação da Lei 50/2012, em<br />
dois anos que o Partido Socialista teve para alterar a gestão relativamente à Turrisespaços. Se queria<br />
salvar a Turrisespaços podia tê-lo feito, fez o contrário precisamente, em dois anos as contas não foram<br />
capazes <strong>de</strong> cumprir com a lei, inventaram PAPAF e <strong>de</strong>cisões camarárias ilegais sem conhecimento<br />
sequer das entida<strong>de</strong>s envolvidas. 3º – Recusaram-se a equacionar a proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda,<br />
não quiseram sequer reflectir que era preciso reflectir, nessa altura a tempo, recusaram-se a isso. 4º<br />
– Escon<strong>de</strong>ram da vereação a troca <strong>de</strong> correspondência com o Tribunal <strong>de</strong> Contas. Houve um episódio<br />
particular e acho que tem que ser aqui dito, o facto do Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal ir<br />
reunir com os trabalhadores da Turrisespaços e, <strong>de</strong>ssa forma, <strong>de</strong>sautorizar o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
Municipal. Isso é bater fundo, é o grau zero da política, isso não po<strong>de</strong> ser. O Presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
reuniu com os trabalhadores e, como já disse hoje, transmitiu-lhe claramente aquilo que pensava,<br />
mas foram criadas pelo Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal expectativas erradas aos trabalhadores<br />
que levou a que eles viessem aqui manifestar-se, legitimamente claro, mas esta é uma situação que<br />
não <strong>de</strong>veria ter acontecido. Este foi o caminho seguido pelo Partido Socialista até agora e se este<br />
caminho não fosse parado, o que isto dava era que os trabalhadores eram todos <strong>de</strong>spedidos, está
78<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
escrito no Acórdão do Tribunal <strong>de</strong> Contas, e a programação do Teatro Virgínia ia por água abaixo.<br />
Esse é que foi o caminho que o Partido Socialista seguiu e não quis arrepiar caminho enquanto<br />
havia tempo. Não quis, não foi capaz <strong>de</strong> acautelar os postos <strong>de</strong> trabalho e a programação do Teatro<br />
Virgínia. Quanto ao futuro, o plano <strong>de</strong> internalização <strong>de</strong>ve ser acompanhado por toda a vereação<br />
e não só por parte da câmara municipal, é preciso <strong>de</strong>bater e discutir numa perspectiva ampla para<br />
que as melhores soluções possam aparecer. É preciso que a programação do Teatro Virgínia, já feita<br />
até meados do ano que vem, seja respeitada e que os orçamentos da Câmara Municipal reflictam<br />
<strong>de</strong> uma maneira clara e inequívoca aquilo que lá está, porque senão ficam as preocupações face ao<br />
futuro. Por último, é minha convicção <strong>de</strong> que a Administração e os trabalhadores da Turrisespaços<br />
tudo farão para que o nível <strong>de</strong> execução e o nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do Teatro Virgínia continuem como<br />
até aqui. Acredito no serviço público, acredito que a Câmara Municipal é uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prestação<br />
<strong>de</strong> serviços públicos capaz, como qualquer outra entida<strong>de</strong>.<br />
<strong>Intervenção</strong> <strong>de</strong> António Gomes<br />
Só para terminar, dizer o seguinte: Para além <strong>de</strong>sse trabalho todo realizado pelos trabalhadores da<br />
Turrisespaços, ao longo <strong>de</strong>ste tempo que o Sr. aqui referiu, também os trabalhadores da Câmara<br />
participaram nesse esforço imenso, do qual o Sr. Presi<strong>de</strong>nte parece que se esquece propositadamente.<br />
Acho que isso não po<strong>de</strong> ficar esquecido e, portanto, muito trabalho se fez pela Turrisespaços mas<br />
há muito trabalho realizado pelo meio dos trabalhadores directamente ligados à Câmara Municipal,<br />
senão, não se tinha feito também o que se fez ao longo <strong>de</strong>stes anos. Mas queria, por último, dizer<br />
o seguinte: quanto ao <strong>de</strong>semprego e quanto aos trabalhadores <strong>de</strong>spedidos, se as bancadas aqui<br />
presentes tiverem o mesmo voto do Partido Socialista, se abstiverem, então é que quero ver como<br />
é que o PS <strong>de</strong>scalça a bota, isso é que eu quero ver, os senhores estão a chutar para a Assembleia<br />
Municipal e para a oposição, garantirem os postos <strong>de</strong> trabalho, garantirem os serviços da Turriespaços,<br />
garantirem tudo, mas os senhores fogem à responsabilida<strong>de</strong> como fugiram durante estes anos todos,<br />
isso é que eu quero ver se nós todos nos abstivermos, ou tivermos um voto diferente essa é que era<br />
a questão que o Sr. <strong>de</strong>via respon<strong>de</strong>r, mas não, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda votará a favor e assumimos as<br />
nossas responsabilida<strong>de</strong>s, queremos os postos <strong>de</strong> trabalho, queremos o Teatro Virgínia, queremos<br />
a programação, somos responsáveis.<br />
3 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre – Empresa Municipal Turrisespaços, E.M.<br />
– Prestação <strong>de</strong> Contas relativa ao ano 2013<br />
O BE mantem o que afirmou na altura a propósito do Relatório do ano <strong>de</strong> 2013 da Empresa<br />
Municipal Turrisespaços e que consta da nossa <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto. Sobre as alterações agora<br />
propostas para introdução no referido Relatório, que <strong>de</strong>correm do processo <strong>de</strong> dissolução da<br />
empresa e são fruto do Acórdão do Tribunal <strong>de</strong> Contas, o nosso voto é favorável. Quero, no<br />
entanto colocar algumas questões: Quanto à questão da correção sobre verbas comunitárias, cuja<br />
impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> concretização se reconhece, <strong>de</strong>veria existir uma explicação mais completa. A<br />
que se refere? Porque é que é impossível concretizar? Gera alguma apreensão o ponto 7 (Reserva)<br />
no Parecer do Fiscal Único – “Não nos foi possível confirmar que a anulação dos rendimentos<br />
anteriormente reconhecidos ao abrigo do contrato <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços PAPAF, tenha tido<br />
a correspon<strong>de</strong>nte correção nas contas do Município”. Assim como a alínea b) do ponto 10 do<br />
referido Parecer (Ênfases) – “Sendo nesta data reformuladas as contas do exercício <strong>de</strong> 2013<br />
e tendo presente que o referido Acórdão do Tribunal <strong>de</strong> Contas implica o encerramento da<br />
Empresa, justificava-se que as <strong>de</strong>monstrações financeiras não fossem apresentadas no pressuposto<br />
da continuida<strong>de</strong> das operações”. Foram dadas explicações pela Dr.ª Isabel Ribeiro – trata-se <strong>de</strong>
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
79<br />
uma opção metodológica do Fiscal Único, que aliás não coinci<strong>de</strong> com a opinião técnica do ROC<br />
do município. Fica no entanto o registo da nossa apreensão. Quanto ao conteúdo do Relatório,<br />
não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> referir que, já que estamos a introduzir alterações, não po<strong>de</strong>mos ignorar<br />
que o estamos a fazer <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> conhecido o Acórdão do TdC sobre a Empresa. Nesse sentido<br />
acho que <strong>de</strong>veria ser retirada a referência ao visto do TdC <strong>de</strong> 2013 (pág. 8), ou corrigida no<br />
sentido <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciar os alertas do TdC para o ano <strong>de</strong> 2014. Quanto ao ponto sobre os Valores<br />
da empresa (pág. 9) penso que a referência ao “Rigor” e “Credibilida<strong>de</strong>” <strong>de</strong>veriam ser retiradas,<br />
em consequência do Acórdão do Tribunal <strong>de</strong> Contas.”<br />
Torres Novas, 14 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre – Relatório Final <strong>de</strong> Liquidação da Turrisespaços E.M.<br />
Não acompanhamos as consi<strong>de</strong>rações constantes <strong>de</strong>ste Relatório no que diz respeito “a circunstâncias<br />
exógenas à empresa” que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aram a aplicação da Lei 50/2012. O BE sempre foi contra esta<br />
Lei, mas em prol da verda<strong>de</strong>, é preciso dizer que um dos motivos que levou à recusa do Visto pelo<br />
Tribunal <strong>de</strong> Contas, foi a existência do PAPAF, que como <strong>de</strong>nunciámos na altura, visava ultrapassar<br />
as limitações da Lei, por via <strong>de</strong> um artificialismo. Do ponto <strong>de</strong> vista político este processo foi muito<br />
conturbado, com especiais responsabilida<strong>de</strong>s do PS, que como dissemos na altura não conduziu bem<br />
o processo. A <strong>de</strong>cisão em Assembleia Municipal foi tomada com a abstenção do PS, evi<strong>de</strong>nciando a<br />
fragilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todo este processo. Consi<strong>de</strong>ramos ainda que este Relatório <strong>de</strong>veria ser acompanhado<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da Câmara Municipal que esclarecesse <strong>de</strong> uma vez por todas que os Clubes não têm<br />
dívidas à Turrisespaços. Se do ponto <strong>de</strong> vista estritamente contabilístico estas dívidas têm que constar<br />
do relatório, outro artificialismo da gestão da Turrisespaços, importava agora assumir uma posição<br />
clara. Por estes motivos o voto do BE é abstenção.<br />
Torres Novas, 7 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2015<br />
Comunicado <strong>de</strong> imprensa<br />
Dissolução da Turrisespaços<br />
A Assembleia Municipal <strong>de</strong> Torres Novas reuniu no passado dia 3 <strong>de</strong> Setembro, para <strong>de</strong>cidir a dissolução<br />
da empresa municipal TURRISESPAÇOS e sobre o processo <strong>de</strong> internalização dos serviços prestados<br />
por esta, assim como sobre a integração dos/as trabalhadores/as.<br />
Esta <strong>de</strong>cisão, aprovada por unanimida<strong>de</strong> na Câmara Municipal e aí apresentada pela maioria socialista,<br />
ocorre na sequência <strong>de</strong> um acórdão do Tribunal <strong>de</strong> Contas, <strong>de</strong>molidor para a gestão da empresa<br />
municipal. Caso a CM e a AM não tomassem a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> dissolução da Turrisespaços, ela aconteceria<br />
na mesma, pela mão da Inspeção Geral <strong>de</strong> Finanças. È o fim do caminho.<br />
Ao contrário do que tinha acontecido na Câmara Municipal, a bancada do PS na Assembleia Municipal<br />
<strong>de</strong>cidiu abster-se, entregando o futuro dos trabalhadores e das ativida<strong>de</strong>s do Teatro Virgínia, da<br />
cultura e do <strong>de</strong>sporto ao voto das oposições e à sua sorte.<br />
Numa atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> revanchismo e <strong>de</strong> vingança o PS <strong>de</strong>scarta-se do futuro dos trabalhadores/as e<br />
ameaça já com um futuro sombrio.<br />
As intervenções do PS foram marcadas pela <strong>de</strong>sistência e pela <strong>de</strong>scrença nas capacida<strong>de</strong>s e na<br />
qualida<strong>de</strong> do serviço público. O PS está <strong>de</strong>rrotado à partida e utiliza a chantagem política para fugir<br />
às responsabilida<strong>de</strong>s (suas e <strong>de</strong> mais ninguém) que levaram à <strong>de</strong>cisão do Tribunal <strong>de</strong> Contas.
80<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Importa-lhes mais “ter razão” do que <strong>de</strong>senvolver, na Câmara Municipal”, um serviço público <strong>de</strong><br />
cultura e <strong>de</strong>sporto que sirva a população e seja uma referência pela sua qualida<strong>de</strong>.<br />
Com esta atitu<strong>de</strong> na Assembleia Municipal o PS abandona os trabalhadores/as, a política cultural e<br />
<strong>de</strong>sportiva e a programação do Teatro Virgínia, numa atitu<strong>de</strong> irresponsável que o BE con<strong>de</strong>na.<br />
O BE não aceita a chantagem e responsabiliza o PS pelo eventual insucesso do processo <strong>de</strong> internalização<br />
<strong>de</strong> serviços e trabalhadores.<br />
O BE reafirma que tudo fará para que num processo <strong>de</strong> convergência nos órgãos autárquicos se<br />
encontre as melhores soluções para que a programação do Teatro Virgínia possa prosseguir com o nível<br />
a que nos habituou nos últimos anos. O orçamento municipal <strong>de</strong>ve respon<strong>de</strong>r a esta exigência.<br />
Torres Novas, 5 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2014
Águas<br />
do Ribatejo
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
83<br />
O BE apoia a empresa Águas do Ribatejo, enquanto<br />
empresa multimunicipal, com capital exclusivamente público<br />
e pugna pela sua continuida<strong>de</strong>.<br />
Isto significa empenho na avaliação do seu <strong>de</strong>sempenho<br />
e crítica dos aspectos que não estão correctos.<br />
A persistência do BE levou a que a Águas do Ribatejo<br />
passasse a incluir na facturação a informação sobre<br />
o calibre e o número <strong>de</strong> contador <strong>de</strong> cada consumidor o que<br />
permite controlar se as taxas aplicadas são as correctas<br />
e também que a empresa recuasse no aumento<br />
da Taxa <strong>de</strong> Recursos Hídricos quando não tinha<br />
cobertura legal para o fazer.<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre – Tarifário da Águas do Ribatejo para 2014<br />
A empresa Águas do Ribatejo é uma empresa cujo capital é exclusivamente público e <strong>de</strong>tido por sete<br />
Câmaras Municipais, as quais lhe <strong>de</strong>legaram a gestão para a prestação dos serviços <strong>de</strong> abastecimento<br />
<strong>de</strong> água para consumo humano e <strong>de</strong> saneamento <strong>de</strong> águas residuais urbanas. As Nações Unidas, em<br />
26 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010, <strong>de</strong>claram “o direito à água potável e ao saneamento como um direito humano<br />
essencial para o pleno <strong>de</strong>sfrute da vida e <strong>de</strong> todos os direitos humanos”. Declaração assinada<br />
por Portugal. – O país vive uma profunda crise social, registando-se o empobrecimento geral da<br />
população, nomeadamente através da redução do valor do salário, das pensões e reformas e dos<br />
apoios sociais. As pessoas e as famílias têm menos rendimentos. – As micro e pequenas empresas<br />
registam também enormes dificulda<strong>de</strong>s em manter os seus negócios e como consequência os postos<br />
<strong>de</strong> trabalho. A <strong>de</strong>finição do novo tarifário para a empresa Águas do Ribatejo não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sligada<br />
<strong>de</strong>stes parâmetros. Registamos como fator positivo a estrutura do tarifário e a existência <strong>de</strong> uma<br />
tarifa social. No entanto parece-nos insuficiente, nomeadamente o aspeto da tarifa social apenas se<br />
aplicar à “tarifa fixa” com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> isenção <strong>de</strong> 100% ou 50%, consoante o consumo mensal<br />
dos utilizadores. Tendo em consi<strong>de</strong>ração o que se disse antes e a Recomendação 1/2009 da entida<strong>de</strong><br />
reguladora, a isenção também se <strong>de</strong>veria aplicar ao 1.º escalão da “tarifa variável” (0 a 5 m3) ou<br />
alargar o 1.º escalão até aos 15 m3. Quanto aos consumidores “não domésticos” a existência <strong>de</strong><br />
apenas dois escalões é limitada. Devia existir um “escalão absoluto” até 15m3, cujo valor seria igual<br />
ao 2.º escalão doméstico. Assim seria possível atingir o setor micro da economia local que apenas<br />
consome a água no sanitário e na limpeza da loja. A revisão anual do tarifário da empresa Águas do<br />
Ribatejo, está prevista no Contrato <strong>de</strong> Gestão Delegada e no seu anexo VI está expresso o valor<br />
anual <strong>de</strong> aumento real <strong>de</strong> 2013 a 2017, quer para o serviço <strong>de</strong> abastecimento, quer para o serviço<br />
<strong>de</strong> saneamento. Quando este assunto foi <strong>de</strong>batido em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Assembleia Municipal, o Bloco <strong>de</strong><br />
Esquerda pronunciou-se contra esta “evolução temporal do tarifário”, questionando o seu sentido<br />
enquanto política pública que a Câmara Municipal <strong>de</strong>veria seguir. Para o ano <strong>de</strong> 2014 está previsto um<br />
aumento real <strong>de</strong> 5% ao qual acresce o valor previsto para a inflação (1,6%). Consi<strong>de</strong>ra a empresa que<br />
o valor é excessivo na atual conjuntura e propõe a redução para 3%. É <strong>de</strong> salientar que para os anos
84<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
seguintes (2015-2016-2017) não está previsto qualquer aumento real (0%) ao contrário do previsto<br />
para o saneamento que prevê um aumento <strong>de</strong> 20% em 2017 (!) E mais, logo no parágrafo seguinte,<br />
e, para “compensar esta medida” (redução <strong>de</strong> 2 pp) o “Conselho <strong>de</strong> Administração enten<strong>de</strong>u reduzir<br />
na mesma proporção o valor das rendas a pagar aos Municípios pela cedência <strong>de</strong> infraestruturas”.<br />
Concluiu-se que a empresa não será afetada pela “redução” no aumento real <strong>de</strong> 5 para 3%. No<br />
entanto a empresa justifica que os proveitos previstos para 2014 ficarão aquém do previsto no<br />
Estudo <strong>de</strong> Viabilida<strong>de</strong> Económico Financeira (EVEF), após a aplicação do tarifário proposto, e que<br />
tal se <strong>de</strong>ve, por um lado ao cálculo da inflação previsto no EVEF (2,5%) e à redução do volume <strong>de</strong><br />
água consumido. Há que consi<strong>de</strong>rar a compensação das Câmaras nas rendas. Na “Demonstração <strong>de</strong><br />
Resultados Previsional 2014”, que merecerá uma análise mais <strong>de</strong>talhada e justificada, verifica-se um<br />
resultado líquido <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> impostos <strong>de</strong> 490.949,00 euros. Nada justifica que uma empresa <strong>de</strong> capitais<br />
exclusivamente públicos e cuja missão é o serviço público <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água e saneamento<br />
apresente este resultado líquido à custa do aumento das tarifas num período <strong>de</strong> grave crise social.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda não ratifica o aumento <strong>de</strong> 4,6% nas tarifas <strong>de</strong> água e saneamento, e enten<strong>de</strong><br />
que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve acompanhar a ativida<strong>de</strong> e os projetos da empresa Águas do Ribatejo,<br />
cumprindo as obrigações previstas no Contrato <strong>de</strong> Gestão Delegada.”<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013<br />
<strong>Intervenção</strong> <strong>de</strong> António Gomes, na Assembleia Municipal, PAOD<br />
O assunto que o Bloco <strong>de</strong> Esquerda traz aqui hoje pren<strong>de</strong>-se com a água, mais concretamente,<br />
com a empresa intermunicipal Águas do Ribatejo. Trazemos uma Recomendação à Assembleia<br />
Municipal para <strong>de</strong>bater e, eventualmente, aprovar. Consi<strong>de</strong>ramos o seguinte: uma empresa pública<br />
só o é, para nós, se praticar uma política pública, se tiver em conta os interesses do sector<br />
público, se tiver em conta os interesses dos munícipes, se for uma empresa que se rege por<br />
parâmetros fundamentalmente económicos, mas também sociais. Acrescentando, <strong>de</strong>ve ser uma<br />
empresa com rigor, com transparência e que <strong>de</strong>ve prestar contas, <strong>de</strong> uma maneira geral a todos<br />
os munícipes mas, em particular, aos autarcas que fazem parte <strong>de</strong>sta empresa intermunicipal, <strong>de</strong><br />
todos os concelhos que a constituem. Queríamos lembrar que a administração <strong>de</strong>sta empresa<br />
e as câmaras municipais associadas aprovaram o tarifário para a Águas do Ribatejo, na água e<br />
no saneamento, no valor <strong>de</strong> 4,6%. É um valor substancialmente alto, gravoso, para um ano em<br />
que as coisas se complicam ainda mais, para as pessoas em geral, para a economia, em que os<br />
cortes dos salários são drásticos e as pessoas terão muito mais dificulda<strong>de</strong>s em fazer face. As<br />
novida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> final e início <strong>de</strong> ano, do ponto <strong>de</strong> vista do aumento <strong>de</strong> custo <strong>de</strong> vida, são conhecidas.<br />
Numa análise pormenorizada aos tarifários e parâmetros dos tarifários verificámos que na tarifa<br />
variável da água, na tarifa fixa e na tarifa fixa <strong>de</strong> saneamento, há um aumento <strong>de</strong> 4,6%. Na tarifa<br />
variável do saneamento verifica-se um aumento que chega aos 25%. Relativamente à taxa <strong>de</strong><br />
recursos hídricos, é uma taxa aumentada automaticamente, com base no índice <strong>de</strong> preços ao<br />
consumidor. Verifica-se que a empresa Águas do Ribatejo, única e simplesmente <strong>de</strong>sempenha o<br />
papel <strong>de</strong> receber o dinheiro e enviá-lo para a Agência Portuguesa do Ambiente. Verifica-se que<br />
na taxa <strong>de</strong> recursos hídricos para a água o aumento é <strong>de</strong> 0%, mas na taxa <strong>de</strong> recursos hídricos<br />
para o saneamento o aumento é <strong>de</strong> 75%. Estes dois factos levam o BE a questionar a Águas<br />
do Ribatejo e a Câmara Municipal, que são os responsáveis do funcionamento da empresa e<br />
também, naturalmente, a trazer o assunto ao <strong>de</strong>bate <strong>de</strong>sta Assembleia Municipal. Pensamos<br />
que <strong>de</strong>ve ser esclarecido. A proposta do BE é <strong>de</strong> que a Câmara Municipal possa aferir da<br />
legitimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tais valores, da taxa variável <strong>de</strong> saneamento e da taxa <strong>de</strong> recursos hídricos. É<br />
preciso aferir, é preciso verificar a situação <strong>de</strong>stes aumentos que, na nossa opinião, são ilegais.<br />
E vão muito para além daquilo que foi aprovado em reunião <strong>de</strong> Câmara. Portanto, <strong>de</strong>ixamos<br />
aqui para discussão e para votação esta recomendação, esperando que tenham em conta esta<br />
situação e estejam disponíveis para a votar, <strong>de</strong> acordo com a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
85<br />
Recomendação apresentada pelo BE e aprovada<br />
por unanimida<strong>de</strong> na Assembleia Municipal<br />
O conselho <strong>de</strong> administração da empresa Águas do Ribatejo e as câmaras municipais acionistas da<br />
mesma empresa aprovaram um novo tarifário para 2014 com incidência no preço a cobrar pelo<br />
serviço <strong>de</strong> água e saneamento.<br />
Os valores aprovados foram <strong>de</strong> 4,6%, valor já <strong>de</strong> si muito exagerado se tivermos em conta o corte<br />
brutal <strong>de</strong> rendimentos das famílias e as dificulda<strong>de</strong>s da economia local.<br />
Numa análise mais pormenorizada aos valores aprovados, constata-se que o valor <strong>de</strong> 4,6% é aplicado<br />
na tarifa variável da água, na tarifa fixa da água e na tarifa fixa do saneamento, enquanto na tarifa<br />
variável do saneamento o aumento aplicado chega aos 25%.<br />
Em relação à aplicação da TRH (taxa <strong>de</strong> recursos hídricos), cuja atualização é automática (DL 97/2008)<br />
aplicando-se o valor do índice <strong>de</strong> preços ao consumidor, limitando-se a empresa Águas do Ribatejo a<br />
proce<strong>de</strong>r à sua cobrança e envio para a Agência Portuguesa do Ambiente. Os valores apresentados<br />
levantam as maiores dúvidas, pois na taxa referente à água o aumento é <strong>de</strong> 0%, enquanto<br />
na taxa que diz respeito ao saneamento o aumento é <strong>de</strong> 75%.<br />
Os valores aprovados para 2014, nomeadamente a tarifa variável do saneamento e a TRH-saneamento,<br />
não encontram, assim, quaisquer justificações políticas ou legais, sendo por isso exigível uma explicação<br />
objetiva.<br />
Neste sentido, a Assembleia Municipal <strong>de</strong> Torres Novas, reunida em 30 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2013,<br />
<strong>de</strong>ci<strong>de</strong>:<br />
– Recomendar à Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas que, junto da empresa Águas do<br />
Ribatejo, afira da legitimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tais valores.<br />
Os autarcas do Bloco <strong>de</strong> Esquerda na AMTN – João Carlos Lopes, Lia Ribeiro e António Gomes<br />
Torres Novas 30 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2013<br />
<strong>Intervenção</strong> da Vereadora Helena Pinto, no PAOD<br />
Na sequência da Recomendação aprovada por unanimida<strong>de</strong> na Assembleia Municipal, apresentada<br />
pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda, pergunto, novamente, ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte, se já obteve junto da<br />
empresa Águas do Ribatejo os esclarecimentos necessários? Entretanto foi tornado público um<br />
documento da Águas do Ribatejo que, para além <strong>de</strong> não esclarecer, levanta novas questões, do<br />
nosso ponto <strong>de</strong> vista graves. Vejamos: 1) Em futuras propostas <strong>de</strong> atualização <strong>de</strong> tarifários <strong>de</strong>verá<br />
ser discriminado o valor do aumento em percentagem, por cada serviço. As Câmaras Municipais<br />
não po<strong>de</strong>m ratificar aumentos <strong>de</strong> 4,6%, como foi o caso <strong>de</strong> 2014 e <strong>de</strong>pois esse valor médio,<br />
ser <strong>de</strong> 75% no saneamento. A transparência e clareza é aqui uma questão fundamental. Afirma<br />
a AR: “o valor <strong>de</strong> 4,6% aprovado para 2014 representa um valor médio, ou seja, nalguns casos<br />
o aumento será superior, mas noutros inferior” – Porque é que nas tarifas <strong>de</strong> Abastecimento,<br />
no geral se aplica o aumento <strong>de</strong> 4,6%, mas nas tarifas <strong>de</strong> saneamento o aumento dispara 20,<br />
21, 22, 25%? Esta pergunta continua sem resposta. 2) A questão do calibre dos contadores,<br />
<strong>de</strong>terminante para estabelecer a tarifa fixa: Supõe-se que a AR tem registo do calibre <strong>de</strong> todos<br />
os consumidores, mas os consumidores não têm informação na fatura, sobre o calibre do seu<br />
contador. Há faturas com o item “calibre”, mas em branco e outras que nem sequer têm o item<br />
“calibre” É direito do consumidor ter acesso, <strong>de</strong> forma transparente a toda esta informação.<br />
3) Taxa <strong>de</strong> Recursos Hídricos: Diz a AR: “a taxa pela utilização <strong>de</strong> recursos hídricos (TRH) é<br />
cobrada à entida<strong>de</strong> que presta esses serviços, cabendo <strong>de</strong>pois a estas entida<strong>de</strong>s a repercussão<br />
da taxa aos respetivos clientes” e acrescenta: “A metodologia <strong>de</strong> cálculo para apuramento <strong>de</strong>sta
86<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
taxa é complexa, sendo levada a cabo pela ARH (agora integrada na APA) – ou seja a AR não<br />
interfere no processo. E acrescenta: “assim, e uma vez que se constatou que o valor da TRH<br />
cobrado em 2012 aos utilizadores foi insuficiente (nomeadamente no caso do saneamento)<br />
para cobrir o valor da taxa a pagar pela AR, foi necessário rever o valor TRH referente ao<br />
serviço <strong>de</strong> saneamento cobrado aos utilizadores, para que este reflita o custo real <strong>de</strong>ssa mesma<br />
TRH) ”. Neste ponto, a AR não <strong>de</strong>smente que existe um aumento muito superior no caso do<br />
saneamento, mas têm que justificar porque é que esse aumento é <strong>de</strong> 75%. – Como é que se<br />
constatou que a taxa cobrada em 2012 foi insuficiente? – Porquê? Mas a última atualização dos<br />
valores, feita pelo Governo, tem a data <strong>de</strong> 2010. Em 2011 manteve-se. Em 2012 i<strong>de</strong>m. Em 2013<br />
I<strong>de</strong>m (conforme os Despachos) – A AR fez a revisão do valor da TRH, com que base legal?<br />
4) No mesmo documento a AR <strong>de</strong>dica uma página e meia ao “Tarifário Social”: assume que<br />
o “tarifário social” foi <strong>de</strong>finido em 2009, não tendo sofrido qualquer alteração <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então”.<br />
Ora, estamos em 2014 e nestes anos, o país sofreu e sofre das maiores crises sociais. Para o<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda o “tarifário social” necessita <strong>de</strong> ser atualizado e melhorado e está na hora<br />
<strong>de</strong> o fazer. Na reunião <strong>de</strong> Câmara em que se <strong>de</strong>bateu a ratificação do Tarifário para 2014, o<br />
BE apresentou, por escrito, consi<strong>de</strong>rações sobre o tarifário social e propostas concretas. 5) Por<br />
último, consi<strong>de</strong>ramos que <strong>de</strong>ve ser quantificado o valor exato da redução do valor das rendas<br />
que as Câmaras Municipais recebem da AR, do qual abdicaram para que o ajustamento tarifário<br />
em 2014 fosse inferior. Não será <strong>de</strong> mais lembrar a boa situação financeira da AR e que na<br />
“Demonstração <strong>de</strong> Resultados Previsionais para 2014, a empresa terá um resultado líquido, <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> impostos, <strong>de</strong> 490.949,00 euros, praticamente meio milhão <strong>de</strong> euros. Em conclusão: 1. – O<br />
BE consi<strong>de</strong>ra que os esclarecimentos da AR à Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas são urgentes;<br />
2. – Que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve agir na <strong>de</strong>fesa dos interesses e direitos dos munícipes; 3. –<br />
Que <strong>de</strong>ve realizar um <strong>de</strong>bate sobre a revisão do contrato <strong>de</strong> Gestão Delegada, nomeadamente<br />
no que diz respeito às revisões do tarifário para os próximos anos; 4. – Que <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>bater a<br />
revisão do “Tarifário Social” e apresentar essa proposta aos outros Municípios que integram a<br />
AR. Se a Câmara Municipal não tomar medidas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, no sentido do cabal esclarecimento das<br />
dúvidas levantadas sobre o tarifário para 2014 da AR, e a sua eventual correção, o BE suscitará<br />
a intervenção da ERSAR (Entida<strong>de</strong> Reguladora dos Serviços <strong>de</strong> Água e Resíduos).<br />
Torres Novas, 28 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2014<br />
<strong>Intervenção</strong> da Vereadora Helena Pinto, no PAOD<br />
Protesto sobre o facto da reunião com a empresa<br />
Águas do Ribatejo se realizar à porta fechada<br />
Existem muitas dúvidas sobre o tarifário aplicado pela empresa Águas do Ribatejo no ano <strong>de</strong> 2014,<br />
que se traduz em vários aumentos e na aplicação da Taxa <strong>de</strong> Recursos Hídricos num valor superior ao<br />
legalmente estipulado. Des<strong>de</strong> a primeira hora que o Bloco <strong>de</strong> Esquerda tem colocado estas questões<br />
e, votou contra a ratificação <strong>de</strong>ste tarifário em reunião <strong>de</strong> Câmara.<br />
Das muitas dúvidas e da insistência para o seu esclarecimento ficou <strong>de</strong>cidido em reunião <strong>de</strong> Câmara<br />
que se realizaria uma reunião com a empresa. Esta reunião está marcada para 6.ª feira, dia 14 <strong>de</strong><br />
Fevereiro, às 16.00 horas, na sala <strong>de</strong> sessões da Câmara Municipal. No entanto, por <strong>de</strong>cisão do<br />
Presi<strong>de</strong>nte, esta reunião será à porta fechada e não será consi<strong>de</strong>rada como reunião extraordinária<br />
<strong>de</strong> Câmara.<br />
A Vereadora Helena Pinto, apresentou um protesto, para constar da ata, pois consi<strong>de</strong>rou que a<br />
reunião <strong>de</strong>veria ser pública. Os assuntos a <strong>de</strong>bater são do interesse da população e <strong>de</strong>vem ser<br />
<strong>de</strong>batidos abertamente.<br />
Torres Novas, 11 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2014
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
87<br />
Carta do BE à ERSAR – Entida<strong>de</strong> Reguladora<br />
dos Serviços <strong>de</strong> Água e Resíduos<br />
Exmos/as Senhores/as,<br />
À ERSAR<br />
Entida<strong>de</strong> Reguladora dos Serviços <strong>de</strong> Água e Resíduos<br />
Lisboa<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda <strong>de</strong> Torres Novas dirige-se à ERSAR no sentido <strong>de</strong> obter esclarecimentos e a<br />
vossa opinião sobre o tarifário da empresa Águas do Ribatejo para o ano <strong>de</strong> 2014.<br />
Temos representação autárquica no concelho <strong>de</strong> Torres Novas, uma vereadora e três <strong>de</strong>putados<br />
municipais, assim como vários eleitos nas freguesias.<br />
Como sabem, a empresa Águas do Ribatejo, é uma empresa intermunicipal, formada por sete<br />
municípios do distrito <strong>de</strong> Santarém, e a Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas foi chamada a ratificar<br />
o tarifário para 2014.<br />
Votámos contra este tarifário pois enten<strong>de</strong>mos que não se justificava o aumento médio efectivo<br />
<strong>de</strong> 4,6% que resulta da diferença entre o valor <strong>de</strong> aumento proposto pela Administração da<br />
Águas do Ribatejo <strong>de</strong> 6,6 % e os 2 % <strong>de</strong> valor das rendas que as câmaras Municipais abdicaram<br />
<strong>de</strong> receber.<br />
Tratou-se <strong>de</strong> uma tomada <strong>de</strong> posição política fundamentada em documento escrito que consta da<br />
Ata da referida reunião.<br />
Sempre <strong>de</strong>ixámos claro, que o Bloco <strong>de</strong> Esquerda <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a água é um bem público e que a<br />
sua gestão <strong>de</strong>ve ser feita pelas autarquias locais ou por empresas exclusivamente públicas. Demos<br />
também o nosso apoio à integração do Município <strong>de</strong> Torres Novas na empresa, na altura enquanto<br />
membros da Assembleia Municipal.<br />
Acontece que fomos alertados por cidadãos sobre o <strong>de</strong>talhe do tarifário. E após uma análise cuidada<br />
verificamos que existem situações pouco claras, que passaremos a enumerar abaixo.<br />
Em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Assembleia Municipal, o Grupo Municipal do Bloco <strong>de</strong> Esquerda apresentou uma<br />
recomendação à Câmara Municipal, baseada nas situações analisadas, para que esta, junto da Águas<br />
do Ribatejo, esclarecesse todas as situações. Esta Recomendação foi aprovada por unanimida<strong>de</strong>.<br />
Na sequência <strong>de</strong>sta Recomendação, o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal, também ele membro do<br />
Conselho <strong>de</strong> Administração da Águas do Ribatejo, convocou uma reunião entre a empresa, vereação,<br />
Presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Juntas <strong>de</strong> Freguesia, representantes <strong>de</strong> associações e representantes dos partidos<br />
políticos.<br />
Nessa reunião, com frontalida<strong>de</strong>, voltámos a colocar as dúvidas à empresa, que, em nossa opinião,<br />
não foram esclarecidas, não tendo a Águas do Ribatejo, <strong>de</strong>smentido as questões colocadas.<br />
Na sequência <strong>de</strong>sta reunião, que não foi aberta à população do concelho contrariamente à posição<br />
por nós <strong>de</strong>fendida, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda tornou público um comunicado, que mereceu uma extensa<br />
resposta da Águas do Ribatejo. (Toda a informação disponível em: http://noticiasdoribatejo.blogs.<br />
sapo.pt/salvaterra-<strong>de</strong>-magos-aguas-do-ribatejo-2797616 )<br />
Este é um breve resumo do que se passou. Mantemos as mesmas dúvidas e enten<strong>de</strong>mos que a clareza,<br />
transparência e cabal esclarecimento são indispensáveis à boa gestão pública.<br />
É neste sentido que nos dirigimos a V. Exas, colocando as nossas dúvidas.<br />
Passamos a enumerar as questões:
88<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
1 – Aumento da Tarifa Variável <strong>de</strong> Saneamento<br />
Verificando em pormenor a nova tarifa variável <strong>de</strong> saneamento, <strong>de</strong>scriminada por escalões, concluise<br />
que as alterações verificadas variam entre 20,5% e 25,4%. (Anexo 1)<br />
Argumenta a AR que a<strong>de</strong>riu à recomendação da ERSAR que <strong>de</strong>termina que a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saneamento<br />
a faturar aos consumidores passou <strong>de</strong> 100% para 90% da água consumida.<br />
A recomendação da ERSAR diminui o volume <strong>de</strong> saneamento a pagar, como tal isso <strong>de</strong>via refletir-se<br />
no valor da fatura a pagar pelos consumidores.<br />
A AR, para manter o mesmo volume <strong>de</strong> receitas aumenta a tarifa variável <strong>de</strong> saneamento entre 20,5<br />
e 25,4%.<br />
É isto legítimo?<br />
Do nosso ponto <strong>de</strong> vista, <strong>de</strong>veria ser aplicado um aumento <strong>de</strong> 4,6% sobre o valor praticado no ano<br />
anterior.<br />
Com um volume <strong>de</strong> saneamento inferior em 10% está a cobrar um valor total como se o volume<br />
<strong>de</strong> saneamento não tivesse sofrido alterações.<br />
Os encargos para os consumidores e as receitas totais em saneamento não <strong>de</strong>vem fazer parte <strong>de</strong>sta<br />
análise, mas sim o valor aprovado (4,6%) e as quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saneamento faturadas (90% do volume<br />
da água).<br />
Alguns exemplos:<br />
Consumidores domésticos, Tarifa Variável <strong>de</strong> Saneamento (TVS)<br />
1º exemplo<br />
Para 5m3 <strong>de</strong> água correspon<strong>de</strong> 4,5m3 <strong>de</strong> saneamento (90%)<br />
Tarifa aprovada – 4,5x0,1679 (tarifa <strong>de</strong> 2013+4,6% <strong>de</strong> aumento aprovado) = 0,7555<br />
Tarifa em vigor – 4,5x0,1935 (tarifa do 1º escalão aplicada pela AR) = 0,8707<br />
Logo este consumidor paga mais 0,1152 euros ou seja, mais 15,25 % do que o aprovado.<br />
2º exemplo<br />
Para 20m3 <strong>de</strong> água correspon<strong>de</strong> 18m3 <strong>de</strong> saneamento (90%)<br />
Tarifa aprovada – 5x 0,1679 (1ºescalão)+10x0,3609 (2º escalão)+3x0,6310 (3º escalão)=6,3415<br />
Tarifa em vigor–5x0,1935 (1º escalão) + 10x0,4193 (2º escalão) + 3x0,7373 (3º escalão) =<br />
7,3724<br />
Este consumidor paga mais 1,0309 euros ou seja, mais 16,25%.<br />
Consumidores não domésticos, Tarifa Variável <strong>de</strong> Saneamento (TVS)<br />
3º exemplo<br />
Para 30m3 <strong>de</strong> água correspon<strong>de</strong> 27m3 <strong>de</strong> saneamento(90%)<br />
Tarifa aprovada – 27x0,6310 (1º escalão)=17,037<br />
Tarifa em vigor – 27x0,7373 (1ºescalão)= 19,9071<br />
Este consumidor paga mais 2,8701 euros ou seja, mais 16,84%.<br />
Consumidores autarquias, Tarifa Variável <strong>de</strong> Saneamento (TVS)<br />
4º exemplo<br />
Escalão único<br />
Para 50m3 <strong>de</strong> água correspon<strong>de</strong> 45m3 <strong>de</strong> saneamento (90%)<br />
Tarifa aprovada – 45x0,3609=16,605<br />
Tarifa em vigor – 45x0,4193=18,8685<br />
Este consumidor paga mais 2,2635 euros ou seja, mais 13,63%.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
89<br />
2 – Tarifa Variável <strong>de</strong> Saneamento (TVS) – Escalões <strong>de</strong> Consumo<br />
Também a forma como a AR aplica os 90% nos vários escalões nos coloca dúvidas, a saber:<br />
A Águas do Ribatejo para um consumo <strong>de</strong> água <strong>de</strong> 7m3 (Anexo 2 – fatura, nº 201400220332) cobra<br />
6,3 m3 <strong>de</strong> saneamento o que está correto, 7x90%.<br />
No entanto cobra no 1º escalão 0 a 5 – 4,7 e no 2º escalão 1,6.<br />
Deveria no nosso enten<strong>de</strong>r cobrar no 1º escalão 0 a 5 – 5 m3 e no 2º escalão 6 a 15 – 1,3 m3.<br />
Esta situação é por <strong>de</strong>mais importante, porque dá resultados diferentes – no método <strong>de</strong> cálculo da<br />
AR o cliente paga 1,58 euros e no cálculo apresentado em alternativa paga 1,51 euros.<br />
À medida que os escalões vão subindo o preço vai aumentando, não se percebe porque não cobra a<br />
AR <strong>de</strong> acordo com o escalonamento em vigor, se o 1º escalão vai até 5 porque apresenta um volume<br />
<strong>de</strong> saneamento <strong>de</strong> 4,7?<br />
3 – Taxa <strong>de</strong> Recursos Hídricos (saneamento)<br />
A Taxa <strong>de</strong> Recursos Hídricos (TRH) cobrada pela Águas do Ribatejo é uma receita da APA (Agência<br />
Portuguesa do Ambiente), a empresa Águas do Ribatejo é a entida<strong>de</strong> responsável pela cobrança <strong>de</strong>sta<br />
taxa que reencaminha para a APA.<br />
A TRH é uma taxa regulada pelo DL 97/2008, inclusive no que diz respeito à sua atualização. Nos<br />
últimos 3 anos não se registou qualquer alteração nos seus valores unitários.<br />
Também aqui as Câmaras Municipais aprovaram a proposta vinda do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
que atualiza os valores <strong>de</strong>sta taxa:<br />
TRH – Abastecimento <strong>de</strong> água – 0,0056 euros /m3 – 0% <strong>de</strong> aumento<br />
TRH – Saneamento – 0,0198 euros/m3 – 75% <strong>de</strong> aumento<br />
Esta atualização <strong>de</strong> 75% <strong>de</strong>veria ter agregada uma justificação plausível para o efeito, o que não se<br />
verificou, só surgindo posteriormente após o pedido <strong>de</strong> esclarecimentos, a Águas do Ribatejo veio<br />
argumentar que o valor cobrado em 2012 foi insuficiente para cumprir o estipulado pela APA. Po<strong>de</strong>rse-ia<br />
agora questionar a empresa se os consumidores estão obrigados a pagar retroativos por aquilo<br />
em que não têm qualquer responsabilida<strong>de</strong>.<br />
Também recentemente a AR veio dizer que a abertura <strong>de</strong> novas infraestruturas <strong>de</strong> saneamento vieram<br />
contribuir para um maior caudal <strong>de</strong> efluentes <strong>de</strong>scarregados no meio hídrico, o que, na opinião da<br />
AR, <strong>de</strong>veria alterar o valor da TRH.<br />
Apesar disto o aumento <strong>de</strong> 75% parece-nos com pouca sustentabilida<strong>de</strong>, no entanto foram solicitados<br />
à AR, na reunião com o executivo <strong>de</strong> Torres Novas, os valores pagos à APA nos últimos 4 anos e<br />
os valores recebidos dos clientes. Apesar do compromisso assumido, os mesmos ainda não foram<br />
entregues.<br />
De notar que até à fatura <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2014, a empresa ainda não proce<strong>de</strong>u à implementação do<br />
aumento aprovado.<br />
Ex.mos/as senhores/as,<br />
Estas são as dúvidas que gostaríamos <strong>de</strong> ver esclarecidas, contamos pois com a vossa colaboração.<br />
Des<strong>de</strong> já agra<strong>de</strong>cemos a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrada.<br />
Com os melhores cumprimentos<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda <strong>de</strong> Torres Novas<br />
Torres Novas 5 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2014
90<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Anexos:<br />
1 – Tabela dos escalões da tarifa variável <strong>de</strong> saneamento<br />
2 – Fatura da Águas do Ribatejo<br />
3 – Proposta <strong>de</strong> tarifário para 2014, apresentada na Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas<br />
Anexo – 1<br />
Tarifa variável <strong>de</strong> saneamento<br />
Domésticos:<br />
Escalões Valor <strong>de</strong> 2013<br />
(1)<br />
Aumento<br />
2014<br />
(2)<br />
Valor Total<br />
(1+2)<br />
Valor<br />
aplicado<br />
pela AR<br />
Percentagem<br />
do aumento<br />
aplicado pela AR<br />
1.º 0,1606 4,6% 0,1679 0,1935 20,5%<br />
2.º 0,3451 4,6% 0,3609 0,4193 21,5%<br />
3.º 0,6093 4,6% 0,6310 0,7373 21%<br />
4.º 0,9402 4,6% 0,9834 1,1753 25%<br />
Não Domésticos:<br />
Escalões Valor <strong>de</strong> 2013<br />
(1)<br />
Aumento<br />
2014<br />
(2)<br />
Valor Total<br />
(1+2)<br />
Valor<br />
aplicado<br />
pela AR<br />
Percentagem<br />
do aumento<br />
aplicado pela AR<br />
1.º 0,6093 4,6% 0,6310 0,7373 21%<br />
2.º 0,9402 4,6% 0,9834 1,1753 25,4%<br />
Estado:<br />
Escalões Valor <strong>de</strong> 2013<br />
(1)<br />
Aumento<br />
2014<br />
(2)<br />
Valor Total<br />
(1+2)<br />
Valor<br />
aplicado<br />
pela AR<br />
Percentagem<br />
do aumento<br />
aplicado pela AR<br />
Único 0,9402 4,6% 0,9834 1,1753 25,4%<br />
Autarquias:<br />
Escalões Valor <strong>de</strong> 2013<br />
(1)<br />
Aumento<br />
2014<br />
(2)<br />
Valor Total<br />
(1+2)<br />
Valor<br />
aplicado<br />
pela AR<br />
Percentagem<br />
do aumento<br />
aplicado pela AR<br />
Único 0,3451 4,6% 0,3609 0,4193 21,5%<br />
Instituições várias:<br />
Escalões Valor <strong>de</strong> 2013<br />
(1)<br />
Aumento<br />
2014<br />
(2)<br />
Valor Total<br />
(1+2)<br />
Valor<br />
aplicado<br />
pela AR<br />
Percentagem<br />
do aumento<br />
aplicado pela AR<br />
Único 0,3451 4,6% 0,3609 0,4193 21,5%
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
91<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre – EMPRESA<br />
ÁGUAS DO RIBATEJO, E.M., S.A. – TARIFÁRIO PARA 2015<br />
Começo pelos aspetos positivos no tarifário apresentado para o ano <strong>de</strong> 2015: A existência <strong>de</strong> uma<br />
tarifa social, como já tinha referenciado o ano passado, consi<strong>de</strong>rando no entanto que po<strong>de</strong>ria ser<br />
aperfeiçoada. O aperfeiçoamento que se propõe este ano, que em parte coinci<strong>de</strong> com a proposta<br />
apresentada pelo BE – isenção <strong>de</strong> tarifas fixas <strong>de</strong> água e saneamento até 15m3 e redução <strong>de</strong> 50% nos<br />
consumos superiores a 15m3, é positivo. Assim como, é positivo, na tabela referente aos aumentos das<br />
tarifas nos vários escalões, a integração <strong>de</strong> uma coluna com as respetivas percentagens, introduzindo<br />
clareza e transparência na informação. Foi uma proposta apresentada pelo BE na reunião promovida<br />
pelo município com a Águas do Ribatejo. É também positiva a informação sobre o calibre e o número<br />
do contador, que passaram a constar da fatura, como propusemos nessa mesma reunião. O BE<br />
congratula-se pela inclusão <strong>de</strong>stas suas propostas. Em relação à TRH – Taxa <strong>de</strong> recursos hídricos:<br />
Não é proposto nenhum aumento para a TRH Saneamento, o que se estranha, visto no ano passado<br />
ter sido proposto um aumento <strong>de</strong> 75%, que não foi aplicado, por força da <strong>de</strong>núncia que o BE fez,<br />
pois esse aumento configurava uma ilegalida<strong>de</strong>. A Águas do Ribatejo <strong>de</strong>ve explicar este facto. Assim<br />
como <strong>de</strong>ve explicar a contradição entre a argumentação utilizada o ano passado e a que utiliza este<br />
ano sobre a aplicação <strong>de</strong>sta Taxa, que sabemos é entregue na sua totalida<strong>de</strong> à Agência Portuguesa do<br />
Ambiente (APA). O ano passado diziam que os investimentos realizados implicam maior quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> efluentes enviados para os rios, logo tínhamos <strong>de</strong> pagar mais taxa à APA. Este ano o argumento<br />
é precisamente ao contrário, concluem que <strong>de</strong>vido ao investimento nas novas infraestruturas o<br />
<strong>de</strong>sempenho é mais eficaz, portanto menos taxa a pagar. Quanto à TRH Água, propõe-se um<br />
aumento <strong>de</strong> 16%, prevendo um valor superior para entregar à APA. Estranha-se, pois no documento<br />
prevê-se exatamente um menor consumo <strong>de</strong> água. Mais um facto que <strong>de</strong>ve ser esclarecido. Uma<br />
informação importante, já pedida pelo BE, e que consi<strong>de</strong>ramos <strong>de</strong>ver ser disponibilizada à Vereação<br />
pren<strong>de</strong>-se com os dados referentes aos montantes entregues à APA, nos últimos 3 anos, pela Águas<br />
do Ribatejo, <strong>de</strong> modo a aferir sobre as argumentações apresentadas. Persistem dúvidas para as quais<br />
entendo <strong>de</strong>ver existir um esclarecimento: Prevê-se a supressão <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> serviços (ponto<br />
8 da Nota Justificativa). A supressão refere-se à tarifa ou ao serviço? Foi esclarecido na reunião pelo<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte que a supressão se referia à tarifa. Assim sendo, o BE questiona a supressão dos<br />
seguintes itens: Abastecimento – Análise <strong>de</strong> água para verificação <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> em caso <strong>de</strong> ligação<br />
ilegal <strong>de</strong> origens próprias à re<strong>de</strong> predial Saneamento – Análise <strong>de</strong> água residual para verificação <strong>de</strong><br />
conformida<strong>de</strong> face à Autorização <strong>de</strong> Descarga (em caso <strong>de</strong> incumprimento das condições impostas<br />
pela Autorização <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga) Sendo que este último aspeto parece-nos o mais gravoso, pois <strong>de</strong>ve<br />
competir a quem faz a <strong>de</strong>scarga a prova que o faz <strong>de</strong>ntro das condições em que está autorizado.<br />
Sobre o Contrato <strong>de</strong> Gestão e o Estudo <strong>de</strong> Viabilida<strong>de</strong> Económica e Financeira (EVEF) que lhe está<br />
associado: O BE enten<strong>de</strong> que está na altura <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r à revisão do contrato e à atualização do<br />
estudo. Como a Águas do Ribatejo reconhece no Ponto 7 da Nota Justificativa, o valor dos Proveitos<br />
fica aquém do previsto no EVEF, o que já tinha acontecido em 2014. Aponta como justificação o facto<br />
da atualização das tarifas ser inferior ao <strong>de</strong>finido no Contrato <strong>de</strong> Gestão Delegada. É bom relembrar<br />
que em relação a 2014 a diferença na atualização do tarifário foi compensada nas rendas que a Águas<br />
do Ribatejo paga às autarquias, portanto não serve <strong>de</strong> argumento em relação a 2014. Mas existem<br />
outros fatores que também variam, como seja, por exemplo, a taxa <strong>de</strong> inflação, que este ano é 0<br />
e no ano anterior foi um ponto percentual abaixo do previsto no EVEF, assim como a diminuição<br />
do volume previsto <strong>de</strong> água a faturar. Uma diferença <strong>de</strong> 2, 5 milhões <strong>de</strong> euros nos proveitos é um<br />
valor muito elevado que justifica uma revisão do Contrato, para que se evitem no futuro adaptações<br />
bruscas. Registamos como negativo não se avançar para a criação <strong>de</strong> um novo escalão para o pequeno<br />
comércio, como o BE propôs. Seria uma medida <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> alcance e fundamental nos tempos <strong>de</strong><br />
crise. É também uma medida <strong>de</strong> elementar justiça social, pois ninguém compreen<strong>de</strong> que um pequeno<br />
estabelecimento comercial pague a mesma tarifa que uma indústria, on<strong>de</strong> o consumo <strong>de</strong> água entra na<br />
ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção. Sabemos que estas propostas fazem o seu caminho e voltaremos a propô-la no
92<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
próximo tarifário, fazendo votos para que seja contemplada. Por último o BE sublinha a boa situação<br />
financeira da empresa e congratula-se com o facto da gestão da água, um bem essencial e um direito<br />
humano, ser exclusivamente pública. Por isso mesmo a nossa exigência <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> excelência <strong>de</strong>ve<br />
ser constante, pugnando por um tarifário justo e pela transparência <strong>de</strong> todos os procedimentos.<br />
Tendo em conta a evolução registada nesta matéria o voto do BE é a abstenção.<br />
Torres Novas, 14 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre<br />
– Empresa Águas do Ribatejo, E.M., S.A. – Orçamento para 2015<br />
Sobre esta matéria, o Orçamento para 2015 da Águas do Ribatejo, embora seja só para conhecimento<br />
da Vereação, o BE consi<strong>de</strong>ra que <strong>de</strong>vido à sua importância no contexto <strong>de</strong> uma empresa estratégica,<br />
se <strong>de</strong>veria realizar uma reunião, convidando responsáveis da empresa, <strong>de</strong> modo a que seja possível<br />
acompanhar <strong>de</strong> forma mais aprofundada, quer os objetivos e metas propostos, quer o plano <strong>de</strong><br />
investimentos e <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s.<br />
14 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2014<br />
Contribuição do BE para a discussão pública do Regulamento<br />
do Serviço <strong>de</strong> Abastecimento Público <strong>de</strong> Água, sobre<br />
a qual nunca obteve uma resposta da empresa Águas do Ribatejo<br />
À Administração da Empresa Águas do Ribatejo<br />
Ex. mos senhores(as)<br />
Encontrando-se em discussão pública o Regulamento do Serviço <strong>de</strong> Abastecimento Público <strong>de</strong> Água,<br />
vêm os autarcas do Bloco <strong>de</strong> Esquerda <strong>de</strong> Torres Novas propor as seguintes alterações:<br />
Artigo 10.º – Disponibilização do Regulamento<br />
O Regulamento está disponível no sítio da internet da Entida<strong>de</strong> Gestora e nos serviços <strong>de</strong> atendimento,<br />
sendo neste último caso fornecidos exemplares gratuitamente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que solicitados.<br />
Artigo 15.º – Direito à informação<br />
1. Os utilizadores têm o direito a ser informados <strong>de</strong> forma clara e conveniente pela Entida<strong>de</strong> Gestora<br />
das condições em que o serviço é prestado, em especial no que respeita à qualida<strong>de</strong> da água<br />
fornecida e aos tarifários aplicáveis.<br />
2. A Entida<strong>de</strong> Gestora dispõe <strong>de</strong> um sítio na Internet no qual é disponibilizada a informação essencial<br />
sobre a sua ativida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>signadamente:<br />
a) I<strong>de</strong>ntificação da Entida<strong>de</strong> Gestora, suas atribuições e âmbito <strong>de</strong> atuação;<br />
b) Estatutos e contrato relativo à gestão do sistema e suas alterações;<br />
c) Relatório e contas ou documento equivalente <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> contas;<br />
d) Regulamentos <strong>de</strong> serviço;<br />
e) Tarifários;<br />
f) Condições contratuais relativas à prestação dos serviços aos utilizadores;<br />
g) Resultados da qualida<strong>de</strong> da água, bem como outros indicadores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do serviço prestado<br />
aos utilizadores;<br />
h) Informações sobre interrupções do serviço;<br />
i) Contactos e horários <strong>de</strong> atendimento.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
93<br />
j) informações sobre as obras e intervenções previstas e ou em curso, nomeadamente as ações<br />
<strong>de</strong> reabilitação, renovação e reparação, com vista à melhoria e otimização do sistema.<br />
Artigo 20.º – Exclusão da responsabilida<strong>de</strong><br />
A Entida<strong>de</strong> Gestora não é responsável por danos que possam sofrer os utilizadores, <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong><br />
avarias e perturbações nas canalizações das re<strong>de</strong>s públicas <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> água, bem como <strong>de</strong><br />
interrupções ou restrições ao fornecimento <strong>de</strong> água, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que resultantes <strong>de</strong>:<br />
a) Casos fortuitos ou <strong>de</strong> força maior;<br />
b) Execução, pela Entida<strong>de</strong> Gestora, <strong>de</strong> obras previamente programadas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os utilizadores<br />
tenham sido expressamente avisados com uma antecedência mínima <strong>de</strong> 48 horas;<br />
c) Danos provocados pela entrada <strong>de</strong> água nos prédios <strong>de</strong>vido a má impermeabilização das suas<br />
pare<strong>de</strong>s exteriores e em consequência <strong>de</strong> roturas ou avarias no sistema público; (Retirar)<br />
d) Atos dolosos ou negligentes praticados pelos utilizadores, assim como por <strong>de</strong>feitos ou avarias<br />
nas instalações prediais.<br />
Artigo 22.º – Interrupção do abastecimento <strong>de</strong> água por facto imputável ao utilizador<br />
1. A Entida<strong>de</strong> Gestora po<strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r o abastecimento <strong>de</strong> água, por motivos imputáveis ao utilizador,<br />
nas seguintes situações:<br />
a) Quando o utilizador não seja o titular do contrato <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> água e não apresente<br />
evidências <strong>de</strong> estar autorizado pelo mesmo a utilizar o serviço;<br />
b) Quando não seja possível o acesso ao sistema predial para inspeção ou, tendo sido realizada<br />
inspeção e <strong>de</strong>terminada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> reparações, em auto <strong>de</strong> vistoria, aquelas<br />
não sejam efetuadas <strong>de</strong>ntro do prazo fixado, em ambos os casos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que haja perigo <strong>de</strong><br />
contaminação, poluição ou suspeita <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> que justifiquem a suspensão;<br />
c) Mora do utilizador no pagamento do serviço <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> água prestado;<br />
d) Quando for recusada a entrada no local <strong>de</strong> consumo, para leitura, verificação, substituição ou<br />
levantamento do contador;<br />
e) Quando o contador for encontrado viciado ou for empregue qualquer meio fraudulento para<br />
consumir água;<br />
f) Quando o sistema <strong>de</strong> distribuição predial tiver sido modificado e altere as condições <strong>de</strong><br />
fornecimento;<br />
g) Pela não garantia <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência entre a re<strong>de</strong> predial <strong>de</strong> abastecimento água para consumo<br />
humano, servida pela re<strong>de</strong> pública, e outras origens <strong>de</strong> água;<br />
h) Deteção <strong>de</strong> ligações clan<strong>de</strong>stinas ao sistema público;<br />
i) Em outros casos previstos na lei.<br />
2. A interrupção do abastecimento, com fundamento em causas imputáveis ao utilizador, não priva<br />
a Entida<strong>de</strong> Gestora <strong>de</strong> recorrer às entida<strong>de</strong>s judiciais ou administrativas para garantir o exercício<br />
dos seus direitos ou para assegurar o recebimento das importâncias <strong>de</strong>vidas e ainda, <strong>de</strong> instaurar<br />
contraor<strong>de</strong>nações que ao caso couberem.<br />
3. A interrupção do abastecimento <strong>de</strong> água com base nas alíneas a), b), c), d), f), e i) do n.º 1, só<br />
po<strong>de</strong> ocorrer após a notificação ao utilizador, por escrito, com a antecedência mínima <strong>de</strong> 20 dias<br />
úteis relativamente à data que venha a ter lugar.<br />
4. No caso previsto na alínea e), g) e h) do n.º 1, a interrupção po<strong>de</strong> ser feita imediatamente,<br />
<strong>de</strong>vendo, no entanto, ser <strong>de</strong>positado no local do contador documento justificativo da razão daquela<br />
interrupção <strong>de</strong> fornecimento.<br />
5. Não <strong>de</strong>vem ser realizadas interrupções do serviço em datas que impossibilitem a regularização da<br />
situação pelo utilizador no dia imediatamente seguinte, quando o restabelecimento <strong>de</strong>penda <strong>de</strong>ssa<br />
regularização, exceto nos casos e), g) e h).
94<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
6. Quando por razões económicas <strong>de</strong>vidamente comprovadas, o utilizador não po<strong>de</strong>rá ficar impedido<br />
do acesso à água. A entida<strong>de</strong> gestora assegurará sempre o fornecimento mínimo <strong>de</strong> 3 m 3 .<br />
(Sublinhado – alterações propostas)<br />
Torres Novas, 15 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta BE para Tarifário 2015 – Águas do Ribatejo<br />
Tendo em consi<strong>de</strong>ração a situação social do concelho e os resultados financeiros da empresa intermunicipal<br />
Águas do Ribatejo, on<strong>de</strong> se inclui a verba recebida em 2014 referente a benefícios fiscais,<br />
justifica-se o aprofundamento das tarifas sociais já praticadas pela empresa e a criação <strong>de</strong> um novo<br />
escalão para “não domésticos comerciais e industriais”.<br />
Cabe às Câmaras Municipais, únicas acionistas da empresa, terem um papel ativo e propositivo sobre<br />
o tarifário praticado, zelando pelos interesses dos seus munícipes.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda traz assim ao <strong>de</strong>bate duas propostas concretas, baseadas na Recomendação<br />
1/2009 da entida<strong>de</strong> reguladora.<br />
1 – Propõe-se a criação <strong>de</strong> um novo escalão <strong>de</strong> cobrança sobre o abastecimento <strong>de</strong> água.<br />
Tarifa variável <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água<br />
Não-domésticos<br />
Comerciais e industriais<br />
Novo escalão – 1.º – 0 a 10 m 3 – 0,8303<br />
2.º – 10 a 50 m 3 – 1,4657<br />
3.º – + <strong>de</strong> 50 m 3 – 2,2619<br />
Justificação: no abastecimento <strong>de</strong> água para consumidores “não domésticos”, passa a haver 3 escalões<br />
<strong>de</strong> cobrança com a introdução <strong>de</strong> um novo escalão, o 1º, para um consumo <strong>de</strong> 0 até 10m 3 cujo valor<br />
é igual ao 2.º escalão da classe “domésticos”.<br />
Esta proposta visa introduzir alguma justiça para os consumidores que são proprietários <strong>de</strong> pequenos<br />
comércios e cujo consumo <strong>de</strong> água não entra na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor do produto final. Apenas utilizam<br />
água no sanitário e na limpeza do estabelecimento.<br />
A atual situação equipara o pequeno comerciante <strong>de</strong> bijuteria, tabacaria, roupas etc. com as empresas<br />
que têm um consumo até 50m 3 .<br />
Esta proposta para além da justiça que introduz, promove uma política <strong>de</strong> apoio aos pequenos<br />
comerciantes que vivem gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s, fruto da atual crise económica e, em particular, aos<br />
que têm o seu negócio nos centros históricos <strong>de</strong>spovoados.<br />
2 – Propõe-se a criação <strong>de</strong> um novo escalão para aplicação nas tarifas <strong>de</strong> saneamento<br />
Tarifas <strong>de</strong> saneamento<br />
Tarifa variável <strong>de</strong> saneamento<br />
Não domésticos<br />
Comerciais e industriais<br />
Novo escalão – 1.º – 0 a 10m 3 – 0,4193<br />
2.º – 10 a 50m 3 – 0,7373<br />
3.º – + <strong>de</strong> 50m 3 – 1,1753<br />
A introdução <strong>de</strong> um novo escalão, o 1.º com um valor igual ao 2.º escalão para a classe dos “domésticos”<br />
justifica-se pelas mesmas razões da proposta apresentada para o abastecimento <strong>de</strong> água.<br />
Tarifário Social – Tarifa Fixa <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água e <strong>de</strong> Saneamento
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
95<br />
A atual situação é muito restritiva, só famílias com um consumo muito reduzido (5m 3 ) po<strong>de</strong>m ace<strong>de</strong>r<br />
à isenção/redução <strong>de</strong>ste tarifário.<br />
Alterar para:<br />
Tarifa fixa <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água, até 15m 3 – isenção<br />
Tarifa fixa <strong>de</strong> saneamento até 15m 3 <strong>de</strong> água – isenção<br />
Situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego:<br />
Famílias em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego<br />
– isenção <strong>de</strong> todas as tarifas para os primeiros 5m 3 <strong>de</strong> consumo.<br />
Assim, ao abrigo do artigo 53.º da Lei 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> setembro, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
requer a inclusão <strong>de</strong> um ponto na Or<strong>de</strong>m do Dia sobre o tarifário para o ano <strong>de</strong> 2015 da<br />
empresa Águas do Ribatejo.<br />
Torres Novas, 30 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto sobre – Limpeza,<br />
Transporte e Tratamento do Conteúdo <strong>de</strong> Fossas Sépticas Particulares<br />
Compreen<strong>de</strong>ndo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cumprimento da legislação sobre esta matéria e a sua importância<br />
ambiental e para a saú<strong>de</strong> pública, não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> chamar a atenção para o aumento brutal das<br />
tarifas, que passarão para mais do dobro, com a agravante do tarifário social da Águas do Ribatejo,<br />
neste aspeto concreto, ser muito insuficiente.<br />
Proponho, que em conjunto com as Juntas <strong>de</strong> Freguesia se veja, caso a caso, <strong>de</strong> forma a aferir o<br />
impacto do aumento das tarifas. O número <strong>de</strong> situações no concelho (200) justifica esta iniciativa,<br />
que sustentará uma possível intervenção junto da Águas do Ribatejo.<br />
Proposta BE para Tarifário 2016 – Águas do Ribatejo<br />
Propõe-se a criação <strong>de</strong> um novo escalão <strong>de</strong> cobrança sobre o abastecimento <strong>de</strong> água.<br />
Tarifa variável <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água<br />
Não-domésticos<br />
Comerciais e industriais<br />
Novo escalão – 1.º – 0 a 10 m 3 – 0,8303<br />
2.º – 10 a 50 m 3 – 1,4657<br />
3.º – + <strong>de</strong> 50 m 3 – 2,2619<br />
Justificação: no abastecimento <strong>de</strong> agua para consumidores não domésticos, passa a haver 3 escalões<br />
<strong>de</strong> cobrança com a introdução <strong>de</strong> um novo escalão, o 1º, para um consumo <strong>de</strong> 0 até 10m3 é um<br />
valor igual ao 2º escalão da classe domésticos.<br />
Esta proposta vem introduzir alguma justiça para os consumidores que são proprietários <strong>de</strong> pequenos<br />
comércios e cujo consumo <strong>de</strong> água não entra na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor do produto final.<br />
A atual situação equipara o pequeno comerciante <strong>de</strong> bijuteria, tabacaria, roupas etc. com as empresas<br />
que têm um consumo até 50m 3 .<br />
Esta proposta para além da justiça que introduz é uma ajuda aos pequenos comerciantes que passam<br />
por gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s na atual crise económica e em particular aos que têm o seu negócio nos<br />
centros históricos <strong>de</strong>spovoados.<br />
Propõe-se a criação <strong>de</strong> um novo escalão para aplicação nas tarifas <strong>de</strong> saneamento
96<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Tarifas <strong>de</strong> saneamento<br />
Tarifa variável <strong>de</strong> saneamento<br />
Não domésticos<br />
Comerciais e industriais<br />
Novo escalão – 1.º – 0 a 10m 3 – 0,4193<br />
2.º – 10 a 50m 3 – 0,7373<br />
3.º – + <strong>de</strong> 50m 3 – 1,1753<br />
A introdução <strong>de</strong> um novo escalão, o 1.º com um valor igual ao 2.º escalão para a classe dos domésticos<br />
e justifica-se pelas mesmas razões da proposta apresentada para o abastecimento <strong>de</strong> agua – introdução<br />
<strong>de</strong> justiça para pequenos consumidores e como forma <strong>de</strong> incentivo aos pequenos comerciantes.<br />
Tarifário Social<br />
Situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego<br />
Famílias em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego com 1 ou 2 elementos <strong>de</strong>sempregados e cujo rendimento seja<br />
inferior ao SMN – isenção <strong>de</strong> todas as tarifas para os 1ºs 5m 3 <strong>de</strong> consumo.<br />
Torres Novas, 13 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta BE para Tarifário 2017 – Águas do Ribatejo<br />
Propõe-se a criação <strong>de</strong> um novo escalão <strong>de</strong> cobrança sobre o abastecimento <strong>de</strong> água<br />
Tarifa variável <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água<br />
Não-domésticos<br />
Comerciais e industriais<br />
Novo escalão – 1.º – 0 a 10 m 3 – 0,8303<br />
2.º – 10 a 50 m 3 – 1,4657<br />
3.º – + <strong>de</strong> 50 m 3 – 2,2619<br />
Justificação: no abastecimento <strong>de</strong> agua para consumidores não domésticos, passam a existir 3<br />
escalões <strong>de</strong> cobrança. Introdução <strong>de</strong> um novo escalão, o 1º, para um consumo <strong>de</strong> 0 até 10m 3 com<br />
um valor igual ao 2º escalão da classe domésticos. Esta proposta vem introduzir alguma justiça para<br />
os consumidores que são proprietários <strong>de</strong> pequenos comércios e cujo consumo <strong>de</strong> água não entra<br />
na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor do produto final. A atual situação equipara o pequeno comerciante <strong>de</strong> bijuteria,<br />
tabacaria, roupas etc. com as empresas que têm um consumo até 50m 3 . Esta proposta para além da<br />
justiça que introduz é uma ajuda aos pequenos comerciantes que passam por gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s<br />
na atual situação e em particular aos que têm o seu negócio nos centros históricos <strong>de</strong>spovoados.<br />
Propõe-se a criação <strong>de</strong> um novo escalão para aplicação nas tarifas <strong>de</strong> saneamento<br />
Tarifas <strong>de</strong> saneamento<br />
Tarifa variável <strong>de</strong> saneamento<br />
Não domésticos Comerciais e industriais<br />
Novo escalão – 1.º – 0 a 10m 3 – 0,4193<br />
2.º – 10 a 50m 3 – 0,7373<br />
3.º – + <strong>de</strong> 50m 3 – 1,1753<br />
A introdução <strong>de</strong> um novo escalão (1º) com um valor igual ao 2º escalão para a classe dos domésticos,<br />
justifica-se pelas mesmas razões da proposta apresentada para o abastecimento <strong>de</strong> água – introdução<br />
<strong>de</strong> justiça para pequenos consumidores e como forma <strong>de</strong> incentivo aos pequenos comerciantes.<br />
Torres Novas, 7 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2016
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
97
Resitejo
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
101<br />
<strong>Intervenção</strong> da Vereadora Helena Pinto sobre – Resitejo<br />
– Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo<br />
– Acta da reunião da Assembleia Geral <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2014<br />
A Ata da Assembleia Geral da Resitejo é apresentada como informação à Vereação. Tendo em<br />
consi<strong>de</strong>ração as <strong>de</strong>cisões tomadas e a importância <strong>de</strong>sta empresa, o BE propõe que, em próxima<br />
reunião, seja incluído um ponto na agenda, para se realizar um <strong>de</strong>bate sobre a situação e futuro<br />
da Resitejo, assim como sobre as suas opções. A importância da gestão e tratamento <strong>de</strong> resíduos,<br />
assim como as opções estratégicas <strong>de</strong>sta empresa pública <strong>de</strong>vem merecer a atenção e a tomada <strong>de</strong><br />
posição atempada do Município, para não sermos confrontados com <strong>de</strong>cisões tomadas, que somos<br />
simplesmente chamados a ratificar.<br />
Torres Novas, 10 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2014<br />
<strong>Intervenção</strong> da Vereadora Helena Pinto sobre – Resitejo<br />
– Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo<br />
– Acta da Assembleia Geral <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2014<br />
O BE tomou conhecimento <strong>de</strong>sta Ata, mas não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> manifestar a sua preocupação pela<br />
situação da Resitejo e pelo seu futuro. Rejeitando a abertura a privados <strong>de</strong>sta Associação intermunicipal,<br />
enten<strong>de</strong>mos que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve ter uma posição mais ativa na sua gestão e<br />
na sua estratégia. Por isso proponho que se realize, a curto prazo, um <strong>de</strong>bate sobre a estratégia da<br />
Câmara Municipal na Resitejo.<br />
Torres Novas, 16 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2015<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre<br />
– Metodologia <strong>de</strong> Imputação da Dívida da Resitejo aos Municípios<br />
nos termos do Artigo 54.º, da Lei 73/2013, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Setembro<br />
O BE acompanha a interpretação dos Serviços da Câmara Municipal sobre a leitura da Lei no que<br />
diz respeito à imputação da dívida da Resitejo aos Municípios que a integram, por isso vota contra<br />
a proposta apresentada pela Resitejo. Consi<strong>de</strong>ramos que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r a<br />
uma análise sobre a gestão da Resitejo e as implicações da abertura a empresas privadas <strong>de</strong>sta<br />
associação, criada pelos municípios para respon<strong>de</strong>r a uma necessida<strong>de</strong> fundamental para o bem-estar<br />
das populações. O tratamento <strong>de</strong> resíduos é uma área apetecível pois po<strong>de</strong> gerar lucros, mas só o<br />
controle municipal garantirá uma política <strong>de</strong> tarifas a<strong>de</strong>quada e o cumprimento do serviço público.<br />
Desta análise e do <strong>de</strong>bate com os outros Municípios <strong>de</strong>vem ser retiradas consequências para a gestão<br />
futura da Resitejo.<br />
Resitejo – parecer jurídico<br />
Torres Novas, 14 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2015<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda entregou este Parecer Jurídico, em Abril <strong>de</strong> 2015, como contributo<br />
para se encontrar a solução a<strong>de</strong>quada à natureza jurídica da Resitejo. Des<strong>de</strong> esta data<br />
verificou-se alguma evolução, mas ainda não foi tomada uma <strong>de</strong>cisão pelos vários municípios.<br />
O BE tem alertado sucessivas vezes para esta matéria mas, até hoje, o problema ainda<br />
não foi resolvido.<br />
Consulta<br />
A Senhora Vereadora Helena Pinto, eleita pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda para a Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres<br />
Novas, submeteu as seguintes questões:
102<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
1 – A “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” foi constituída<br />
por escritura pública outorgada em 9 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1996 no Cartório Notarial <strong>de</strong> Constância<br />
2 – Dos estatutos da “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio<br />
Tejo” consta:<br />
(i) A associação é criada nos termos do artigo 167º, do Código Civil e constituída pelos Municípios<br />
<strong>de</strong> Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Tomar,<br />
Torres Novas e Vila Nova da Barquinha e pela Associação Nacional <strong>de</strong> Conservação da<br />
Natureza – QUERCUS (artigo 1.º, n.º 2);<br />
(ii) Po<strong>de</strong>rão ainda participar na Associação, como associados <strong>de</strong> pleno direito, Municípios<br />
confinantes com os referidos no número anterior e entida<strong>de</strong>s públicas e privadas cuja<br />
activida<strong>de</strong> contribua directa ou indirectamente para a realização do objecto da Associação,<br />
bem como outras associações ambientalistas (artigo 1.º, n.º 3);<br />
(iii) A Associação tem como objecto o estudo e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> acções nos domínios do<br />
saneamento básico e da protecção do ambiente e, em especial a construção, a manutenção,<br />
gestão e exploração <strong>de</strong> um aterro sanitário (artigo 3.º, n.º 1);<br />
(iv) Para a realização do seu objecto, a associação po<strong>de</strong>rá: a. Promover a elaboração <strong>de</strong> estudos<br />
e projectos relativos à localização e implementação do aterro; b. Recorrer ao financiamento<br />
público, privado e comunitário com vista à concretização do seu objecto; c. Proce<strong>de</strong>r ao<br />
tratamento <strong>de</strong> resíduos sólidos e outras acções relativas ao saneamento básico; d. Promover<br />
acções <strong>de</strong> sensibilização e educação ambiental e <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e protecção do meio ambiente;<br />
e. Promover acções <strong>de</strong> formação profissional na área do saneamento básico e ambiente; f.<br />
Participar em empresas e associações que visem fins complementares; g. Celebrar contractos<br />
<strong>de</strong> locação, bem como os <strong>de</strong>mais necessários da sua activida<strong>de</strong> (artigo 3.º, n.º 2);<br />
(v) No caso <strong>de</strong> dissolução da Associação, o seu património é repartido entre os associados na<br />
proporção da respectiva contribuição para as <strong>de</strong>spesas da Associação, salvaguardados os<br />
direitos <strong>de</strong> terceiros (artigo 35.º, n.º 4).<br />
3 – A “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” assegura a<br />
<strong>de</strong>posição, recolha, transporte, tratamento, valorização, eliminação e estabilização dos Resíduos<br />
Sólidos Urbanos dos Municípios seus associados.<br />
4 – Importa pois, face à factualida<strong>de</strong> exposta saber:<br />
(i) Qual a natureza jurídica da Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do<br />
Médio Tejo”?<br />
(ii) Po<strong>de</strong> a Associação em causa prosseguir a activida<strong>de</strong> referida em 3?<br />
(iii) A Associação em causa releva para o valor da dívida total dos Municípios associados, nos<br />
termos do artigo 54.º da Lei n.º73/2013, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Setembro, na redacção que lhe foi dada<br />
pela Lei n.º 82-D/2014, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dezembro?<br />
(iv) Em caso afirmativo como quantificar o montante da dívida da Associação com relevo para o<br />
cálculo do endividamento Municipal?<br />
(v) Como <strong>de</strong>ve ser repartido esse valor pelos diversos Municípios associados?<br />
(vi) Existe alguma forma <strong>de</strong> organização supramunicipal da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida pela “Resitejo<br />
– Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” que permita que o<br />
respectivo endividamento não releve para o endividamento dos municípios participantes?<br />
Parecer<br />
1 – Da natureza jurídica da “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos<br />
do Médio Tejo”<br />
A “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” é indubitavelmente<br />
uma associação <strong>de</strong> direito privado, quer pela classificação feita pelos seus Estatutos (artigo 1.º, n.º 2),<br />
quer pelo facto <strong>de</strong> nela conviverem como associados pessoas colectivas <strong>de</strong> direito público e pessoas<br />
colectivas <strong>de</strong> direito privado.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
103<br />
Convém lembrar que as associações <strong>de</strong> municípios têm um regime jurídico específico e são compostas<br />
exclusivamente por Municípios, o que exclui a Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento<br />
<strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo”. Vejamos:<br />
a) Na vigência da Constituição da República Portuguesa <strong>de</strong> 1976, o primeiro diploma a regular<br />
a constituição <strong>de</strong> associações <strong>de</strong> municípios foi o Decreto-Lei n.º 266/81, que previa que as<br />
mesmas eram constituídas apenas por municípios, nos termos dos seus artigos 1.º e 3.º, n.º<br />
1, qualificando-as <strong>de</strong> pessoas colectivas <strong>de</strong> direito público.<br />
b) O Decreto-Lei n.º 99/84, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Março veio permitir a constituição <strong>de</strong> associações <strong>de</strong><br />
municípios <strong>de</strong> direito privado mas apenas para “as associações que tiverem por objecto a<br />
representação dos municípios junto dos órgãos <strong>de</strong> soberania e <strong>de</strong> administração central<br />
e a cooperação com esta na participação em organizações internacionais”.<br />
c) O Decreto-Lei n.º 266/81, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Setembro viria a ser revogado pelo artigo 22.º do<br />
Decreto-Lei n.º 412/89, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Novembro, que aprovando o novo regime jurídico das<br />
associações <strong>de</strong> municípios as <strong>de</strong>finiu, nos termos do seu artigo 1.º nos seguintes termos: “A<br />
associação <strong>de</strong> municípios é uma pessoa colectiva <strong>de</strong> direito público, criada por dois ou<br />
mais municípios para a realização <strong>de</strong> interesses específicos comuns.”. Deste regime jurídico<br />
inequívoco que as associações <strong>de</strong> municípios eram exclusivamente constituídas por municípios.<br />
d) A Lei n.º 172/99, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro viria a revogar o Decreto-Lei n.º 412/89, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong><br />
Novembro (ver artigo 25.º), mantendo no entanto a mesma <strong>de</strong>finição legal <strong>de</strong> associação<br />
<strong>de</strong> municípios (ver artigo 1.º).<br />
e) Com a entrada em vigor da Lei n.º 11/2003, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Maio foi aprovado um novo regime<br />
do associativismo municipal, revogando a Lei n.º 172/99, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro e estabelecendo<br />
dois tipos <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s: as comunida<strong>de</strong>s intermunicipais e as associações <strong>de</strong> municípios <strong>de</strong><br />
fins específicos (artigo 1.º, n.º 2). “A comunida<strong>de</strong> intermunicipal <strong>de</strong> fins gerais, adiante<br />
<strong>de</strong>signada abreviadamente por comunida<strong>de</strong>, é uma pessoa colectiva <strong>de</strong> direito público,<br />
constituída por municípios ligados entre si por um nexo territorial” (artigo 2.º, n.º 1<br />
da Lei n.º 11/2003, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Maio) e a “associação <strong>de</strong> municípios <strong>de</strong> fins específicos,<br />
adiante <strong>de</strong>signada abreviadamente por associação, é uma pessoa colectiva <strong>de</strong> direito<br />
público, criada para a realização <strong>de</strong> interesses específicos comuns aos municípios que a<br />
integram” (artigo 2.º, n.º 2 da Lei n.º 11/2003, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Maio). Mais uma vez, as associações<br />
<strong>de</strong> municípios continuam a integrar exclusivamente municípios.<br />
f) Posteriormente associações <strong>de</strong> municípios passaram a ser reguladas pela Lei n.º 45/2008,<br />
<strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Agosto, que expressamente revogou a Lei n.º 11/2003, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Maio. A Lei n.º<br />
45/2008, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong>finia as associações <strong>de</strong> municípios as associações <strong>de</strong> municípios<br />
<strong>de</strong> fins múltiplos, <strong>de</strong>signadas por comunida<strong>de</strong>s intermunicipais, pessoas colectivas <strong>de</strong> direito<br />
público (artigo 2.º, n.º 2) e as associações <strong>de</strong> municípios <strong>de</strong> fins específicos, pessoas colectivas<br />
<strong>de</strong> direito privado (artigo 2.º, n.º 4), umas e outras apenas integrando municípios como<br />
associados.<br />
g) As associações <strong>de</strong> municípios encontram-se hoje reguladas no Anexo I da Lei n.º 75/2013,<br />
<strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro e comportam as Comunida<strong>de</strong>s Intermunicipais, as Áreas Metropolitanas<br />
e as associações <strong>de</strong> municípios <strong>de</strong> fins específicos (artigo 63.º, n.º 2 da Lei n.º 75/2013, <strong>de</strong><br />
12 <strong>de</strong> Setembro).<br />
h) As Comunida<strong>de</strong>s Intermunicipais e as Áreas Metropolitanas são constituídas exclusivamente por<br />
Municípios (artigo 66.º do Anexo I da Lei n.º 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro) e as associações<br />
<strong>de</strong> fins específicos também são constituídas exclusivamente por Municípios ou Freguesias,<br />
conforme se tratem <strong>de</strong> associações <strong>de</strong> municípios ou associações <strong>de</strong> freguesias (artigo 108.º,<br />
n.º 1 do Anexo I da Lei n.º 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro).<br />
A Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” enquadra-se na<br />
previsão do 59.º, n.º 1 da Lei n.º 50/2012, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Agosto, que permite a participação em associações<br />
<strong>de</strong> direito privado com pessoas jurídicas privadas aos municípios, às associações <strong>de</strong> municípios.
104<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Pese embora a Lei n.º 50/2012, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Agosto regular o sector empresarial local, este não inclui a<br />
participação em associações <strong>de</strong> direito privado como é o caso da Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão<br />
e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo”.<br />
A activida<strong>de</strong> empresarial local restringe-se à que é <strong>de</strong>senvolvida pelos municípios, pelas associações<br />
<strong>de</strong> municípios, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da respectiva tipologia, e pelas áreas metropolitanas, através dos<br />
serviços municipalizados ou intermunicipalizados e das empresas locais (artigo da Lei n.º 50/2012,<br />
<strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Agosto).<br />
2 – O acesso à activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos e a possibilida<strong>de</strong> legal <strong>de</strong> a “Resitejo –<br />
Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” nela participar<br />
A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos po<strong>de</strong> ser enquadrada em sistemas multimunicipais, intermunicipais<br />
e municipais.<br />
O pelo n.º 2 do artigo 1.º da Lei n.º 88-A/97, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Julho, com a redacção que lhe foi dada pela<br />
Lei n.º17/2012, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Abril e pela Lei n.º 35/2013, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Junho, dispõe: “(…) consi<strong>de</strong>ram-se,<br />
respetivamente, sistemas multimunicipais os que sirvam pelo menos dois municípios e exijam a<br />
intervenção do Estado em função <strong>de</strong> razões <strong>de</strong> interesse nacional e sistemas municipais todos os<br />
outros, incluindo os geridos através <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s intermunicipais ou associações <strong>de</strong> municípios<br />
para a realização <strong>de</strong> finalida<strong>de</strong>s especiais”.<br />
Os restantes sistemas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos são sistemas municipais, conforme preceitua o artigo<br />
2.º, n.º 1 alínea c) do Decreto-Lei n.º 149/2009, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º<br />
92/2010, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Julho e pela Lei n.º 12/2014, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Março: “são sistemas municipais todos<br />
os que não <strong>de</strong>vam ser consi<strong>de</strong>rados sistemas multimunicipais, nos termos do n.º 2 do artigo<br />
1.º da Lei n.º 88-A/97, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Julho, incluindo os sistemas geridos através <strong>de</strong> associações <strong>de</strong><br />
municípios ou pelas áreas metropolitanas”.<br />
O artigo 6.º, n.º 1 do Decreto-Lei n.º 149/2009, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º<br />
92/2010, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Julho e pela Lei n.º 12/2014, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong>termina que: “Sem prejuízo<br />
do regime específico dos serviços <strong>de</strong> titularida<strong>de</strong> estatal, objecto <strong>de</strong> legislação própria,<br />
a gestão dos serviços municipais <strong>de</strong> abastecimento público <strong>de</strong> água, <strong>de</strong> saneamento <strong>de</strong><br />
águas residuais urbanas e <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos urbanos é uma atribuição dos municípios<br />
e po<strong>de</strong> ser por eles prosseguida isoladamente ou através <strong>de</strong> associações <strong>de</strong> municípios<br />
ou <strong>de</strong> áreas metropolitanas, mediante sistemas intermunicipais, nos termos do presente<br />
<strong>de</strong>creto-lei.”, sendo entida<strong>de</strong>s gestoras os municípios ou as associações <strong>de</strong> municípios ou <strong>de</strong><br />
áreas metropolitanas, quando estejamos perante um sistema intermunicipal (artigo 6.º, n.º 2<br />
do Decreto-Lei n.º 149/2009, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2010, <strong>de</strong> 26<br />
<strong>de</strong> Julho e pela Lei n.º 12/2014, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Março).<br />
Os serviços <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos compreen<strong>de</strong>m a gestão dos sistemas municipais <strong>de</strong> recolha,<br />
transporte, armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação <strong>de</strong> resíduos urbanos, bem<br />
como as operações <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontaminação <strong>de</strong> solos e a monitorização dos locais <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição após o<br />
encerramento das respectivas instalações (artigo 2.º, n.º 1, alínea c) do Decreto-Lei n.º 149/2009,<br />
<strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2010, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Julho e pela Lei n.º 12/2014, <strong>de</strong><br />
6 <strong>de</strong> Março).<br />
Nos termos do artigo 7.º, n.º 1 do Decreto-Lei n.º 149/2009, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Agosto, alterado pelo Decreto-<br />
Lei n.º 92/2010, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Julho e pela Lei n.º 12/2014, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Março, a entida<strong>de</strong> gestora dos serviços<br />
municipais é <strong>de</strong>finida pela entida<strong>de</strong> titular, <strong>de</strong> acordo com um dos seguintes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão:<br />
a) Prestação directa do serviço;<br />
b) Delegação do serviço em empresa constituída em parceria com o Estado;<br />
c) Delegação do serviço em empresa do sector empresarial local;<br />
d) Concessão do serviço.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
105<br />
A “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” não é, como vimos,<br />
uma associação <strong>de</strong> municípios, pelo que não po<strong>de</strong> assumir o papel <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> gestora, e ao faze-lo<br />
viola o artigo 6.º, n.º 2 do Decreto-Lei n.º 149/2009, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Agosto, alterado pelo Decreto-Lei<br />
n.º 92/2010, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Julho e pela Lei n.º 12/2014, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Março).<br />
Por outro lado, e consi<strong>de</strong>rando que, como vimos a “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento<br />
<strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” não é uma empresa do sector empresarial local, a activida<strong>de</strong> por esta<br />
<strong>de</strong>senvolvida na gestão <strong>de</strong> resíduos viola o disposto no artigo 7.º, n.º 1 do Decreto-Lei n.º 149/2009,<br />
<strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 92/2010, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Julho e pela Lei n.º 12/2014, <strong>de</strong><br />
6 <strong>de</strong> Março.<br />
Na perspectiva da manutenção <strong>de</strong>ste sistema intermunicipal <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos impõe-se a<br />
imediata transformação da “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio<br />
Tejo” numa associação <strong>de</strong> municípios <strong>de</strong> fins específicos ou a sua liquidação e transferência do seu<br />
património para uma associação <strong>de</strong> municípios <strong>de</strong> fins específicos a constituir para o efeito.<br />
Sublinhe-se que mesmo no período que me<strong>de</strong>ia entre a constituição “Resitejo – Associação <strong>de</strong><br />
Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” e a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º<br />
149/2009, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Agosto, vigorou o Decreto-Lei n.º 379/93, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Novembro cujo artigo 6.º<br />
<strong>de</strong>terminava que: “A exploração e a gestão dos sistemas municipais po<strong>de</strong> ser directamente<br />
efectuada pelos respectivos municípios e associações <strong>de</strong> municípios ou atribuída, em regime<br />
<strong>de</strong> concessão, a entida<strong>de</strong> pública ou privada <strong>de</strong> natureza empresarial, bem como a associação<br />
<strong>de</strong> utilizadores”. Também neste período a “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong><br />
Resíduos do Médio Tejo” não estava habilitada a gerir ou explorar a gestão do sistema <strong>de</strong> gestão<br />
<strong>de</strong> resíduos sólidos urbanos em causa.<br />
3 – Relevância da “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo”<br />
para o valor da dívida total dos Municípios associados, nos termos do artigo 54.º da Lei<br />
n.º73/2013, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 82-D/2014, <strong>de</strong> 31<br />
<strong>de</strong> Dezembro<br />
Dispõe o artigo 54.º, n.º 1, alínea b) da Lei n.º 73/2013, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro, que para efeitos <strong>de</strong><br />
apuramento do montante da dívida total relevante para o limite <strong>de</strong> cada município, são ainda incluídas<br />
“as entida<strong>de</strong>s intermunicipais e as entida<strong>de</strong>s associativas municipais, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
<strong>de</strong> terem sido constituídas ao abrigo <strong>de</strong> regimes legais específicos ou do direito privado, <strong>de</strong><br />
acordo com o critério a estabelecer pelos seus órgãos <strong>de</strong>liberativos, com o acordo expresso<br />
das assembleias municipais respetivas, ou, na sua ausência, <strong>de</strong> forma proporcional à quota <strong>de</strong><br />
cada município para as suas <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento”, incluindo-se também “as associações<br />
participadas não exclusivamente por municípios, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenham por objeto a prossecução das<br />
atribuições e competências <strong>de</strong>stes” (artigo 54.º, n.º 2 da Lei n.º 73/2013, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro).<br />
É justamente na previsão do artigo 54.º, n.º 2 da Lei n.º 73/2013, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro que se inclui a<br />
“Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo”, pelo que a mesma<br />
é relevante para o valor da dívida total dos Municípios associados.<br />
4 – Como quantificar o montante da dívida da “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento<br />
<strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” com relevo para o cálculo do endividamento Municipal<br />
O artigo 54.º, n.º 1, alínea b) da Lei n.º 73/2013, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro manda que a relevância do<br />
endividamento da associação seja “<strong>de</strong> acordo com o critério a estabelecer pelos seus órgãos<br />
<strong>de</strong>liberativos, com o acordo expresso das assembleias municipais respetivas, ou, na sua ausência,<br />
<strong>de</strong> forma proporcional à quota <strong>de</strong> cada município para as suas <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento”.<br />
Significa isto que apenas parte da dívida releva, se assim o <strong>de</strong>terminar o órgão <strong>de</strong>liberativo da<br />
associação, com o acordo expresso das assembleias municipais respectivas?
106<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Pese embora numa interpretação literal se po<strong>de</strong>r chegar a essa conclusão, a resposta <strong>de</strong>ve ser negativa.<br />
A expressão “o critério a estabelecer pelos seus órgãos <strong>de</strong>liberativo” refere-se indubitavelmente<br />
à repartição entre os municípios participantes do montante da dívida relevante para o endividamento<br />
dos municípios e não à quantificação da dívida relevante, o que é forçoso concluir pelo segmento<br />
final do artigo 54.º, n.º 1, alínea b) da Lei n.º 73/2013, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro.<br />
Com efeito, na falta <strong>de</strong> critério a “estabelecer pelos seus órgãos <strong>de</strong>liberativos, com o acordo<br />
expresso das assembleias municipais respectivas”, a relevância da associação para o endividamento<br />
<strong>de</strong> cada município é <strong>de</strong>terminada “<strong>de</strong> forma proporcional à quota <strong>de</strong> cada município para as suas<br />
<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento”. A repartição, sublinhe-se e não o montante a repartir.<br />
Ora, não teria sentido que, por acordo entre o órgão <strong>de</strong>liberativo da entida<strong>de</strong> participada e as assembleias<br />
municipais da entida<strong>de</strong> participante se pu<strong>de</strong>sse estabelecer livremente, sem quaisquer critérios legalmente<br />
<strong>de</strong>finidos, o montante total da dívida da associação com relevo para o endividamento dos municípios<br />
participantes. E por isso é que o critério supletivo apenas respeita à repartição <strong>de</strong>sse montante.<br />
Aliás, calcorreando o artigo 54.º da Lei n.º 73/2013, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro, e quanto às restantes entida<strong>de</strong>s<br />
por ele abrangidas, não se encontra qualquer norma que permita repartir a dívida das entida<strong>de</strong>s<br />
participadas entre dívida relevante e não relevante. Toda ela é relevante. Apenas se encontram<br />
critérios para a sua repartição entre as entida<strong>de</strong>s participantes.<br />
Tanto mais que em caso <strong>de</strong> dissolução da Associação, o seu património é repartido entre os associados<br />
na proporção da respectiva contribuição para as <strong>de</strong>spesas da Associação, salvaguardados os direitos<br />
<strong>de</strong> terceiros (artigo 35.º, n.º 4 dos respectivos estatutos). Ora, esta formulação indicia que em caso<br />
<strong>de</strong> dissolução o património, que inclui situações activas e passivas, é repartido pelos associados.<br />
Esta disposição vai para além do que se verifica na maioria das associações <strong>de</strong> direito privado, em<br />
que apenas se repartem os activos que eventualmente subsistissem após a liquidação. Mas o preceito<br />
indicia a repartição <strong>de</strong> todo o património, activo e passivo, o que se traduz para os municípios<br />
participantes na assunção da responsabilida<strong>de</strong> subsidiária pelos passivos da outra entida<strong>de</strong> (a “Resitejo<br />
– Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo”). Por isso, toda a dívida da<br />
“Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” é relevante para<br />
os municípios participantes, <strong>de</strong>vendo ser repartida entre estes.<br />
5 – Como <strong>de</strong>ve ser repartido o valor da dívida da “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e<br />
Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” pelos diversos Municípios associados?<br />
Esta questão está já em boa medida respondida: <strong>de</strong>ve ser repartida <strong>de</strong> acordo com o que seja<br />
acordado no órgão <strong>de</strong>liberativo da associação, com o acordo das assembleias municipais das entida<strong>de</strong>s<br />
participantes (artigo 54.º, n.º 1, alínea b) da Lei n.º 73/2013, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro, aqui aplicável ex vi<br />
artigo 54.º, n.º 2 da Lei n.º 73/2013, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro).<br />
Na falta <strong>de</strong>sse acordo, seja por ausência <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação do órgão <strong>de</strong>liberativo da associação, seja pela<br />
recusa <strong>de</strong> pelo menos uma das assembleias municipais das entida<strong>de</strong>s participantes, aplica-se o critério<br />
supletivo repartindo-se a dívida da associação “<strong>de</strong> forma proporcional à quota <strong>de</strong> cada município<br />
para as suas <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento” (artigo 54.º, n.º 1, alínea b) in fine da Lei n.º 73/2013,<br />
<strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro, aqui aplicável ex vi artigo 54.º, n.º 2 da Lei n.º 73/2013, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro).<br />
6 – Formas alternativas <strong>de</strong> organização supramunicipal da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida pela<br />
“Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos do Médio Tejo” que permita que o<br />
respectivo endividamento não releve para o endividamento dos municípios participantes<br />
A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida pela “Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento <strong>de</strong> Resíduos<br />
do Médio Tejo” po<strong>de</strong>ria ser levada a cabo por uma empresa local <strong>de</strong> e gestão <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />
interesse geral, nos termos do artigo 19.º, n.º 1 e do artigo 45.º, alínea e), ambos da Lei n.º 50/2012,<br />
<strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Agosto, alterada pela Lei n.º 53/2014, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Agosto, <strong>de</strong>signadamente uma empresa<br />
intermunicipal.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
107<br />
A opção dos municípios por esta forma empresarial <strong>de</strong> gestão do sistema <strong>de</strong> resíduos permitiria que<br />
a dívida da entida<strong>de</strong> não relevasse para a os limites <strong>de</strong> endividamento dos municípios participantes,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que cumprisse as regras <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> contas previstas no artigo 40.º da Lei n.º 50/2012,<br />
<strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Agosto, alterada pela Lei n.º 53/2014, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Agosto (artigo 54.º, n.º 1, alínea c) da Lei<br />
n.º 73/2013, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro).<br />
No actual quadro legislativo, esta apresenta-se como a única forma <strong>de</strong> não relevância da divida <strong>de</strong><br />
uma entida<strong>de</strong> participada pelos municípios para os limites <strong>de</strong> endividamento dos participantes.<br />
Este é, salvo melhor opinião o meu parecer.<br />
S. Pedro do Sul, 21 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2015<br />
Rui Costa (jurista)<br />
<strong>Intervenção</strong> do BE na Assembleia Municipal sobre<br />
– Metodologia <strong>de</strong> Imputação da Dívida da Resitejo aos Municípios<br />
nos termos do Artigo 54.º, da Lei 73/2013, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Setembro<br />
O BE vota a favor da proposta da CM.<br />
Ou seja, o BE corrobora os argumentos plasmados na informação dos serviços camarários e <strong>de</strong>ssa<br />
forma posiciona-se contra a proposta apresentada pela Resitejo, sobre a imputação da divida daquela<br />
empresa aos municípios seus associados.<br />
Certamente que a discussão é bastante técnica, mas não se po<strong>de</strong> fugir a ela, porque as consequências<br />
são políticas e po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> um alcance ainda não totalmente previsível, mas dolorosas para os<br />
municípios e particularmente para as populações que aqui representamos.<br />
O tratamento <strong>de</strong> resíduos é uma área cada vez mais apetecível por setores privados, que encontram<br />
sempre formas ardilosas para sugarem aquilo que o erário publico, o dinheiro <strong>de</strong> todos nós construiu,<br />
arriscando e obtendo êxito.<br />
Só o serviço público po<strong>de</strong> garantir tarifas respeitadoras dos munícipes e um serviço <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />
como tem acontecido até aqui. Exemplos não faltam pelo país fora.<br />
Há <strong>de</strong> facto um processo em marcha, muito nebuloso, para que o setor privado capte a Resitejo.<br />
As informações que <strong>de</strong>veriam ser totais e rigorosas, não são conhecidas. Aqui as Câmaras Municipais<br />
também são culpadas.<br />
O Estatuto legal da associação Resitejo, implica que a sua dívida releve para o valor total da dívida<br />
dos municípios que <strong>de</strong>la fazem parte.<br />
Sobre esta questão não restam dúvidas.<br />
Existem dúvidas sobre o montante da dívida da Resitejo com relevo para o cálculo do endividamento<br />
Municipal e sobre a forma como esse valor <strong>de</strong>ve ser repartido pelos vários municípios.<br />
Da nossa parte acompanhamos o parecer dos serviços, que consi<strong>de</strong>ra que toda a dívida da Resitejo<br />
releva e que a sua repartição, e só a sua repartição, <strong>de</strong>ve ser feita <strong>de</strong> forma proporcional à quota <strong>de</strong><br />
cada município para as suas <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento.<br />
Seria simpático, aceitar uma proposta que significava menos dívida para os municípios. Mas, quem<br />
ficaria responsável pela restante dívida?<br />
A questão <strong>de</strong> fundo, resi<strong>de</strong> na gestão da Resitejo e em saber se esta associação correspon<strong>de</strong> aos<br />
fins para que foi criada e se garante o serviço público, competência dos municípios, como todos<br />
sabemos.
108<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
É preciso avaliar o que tem sido feito nos últimos anos e o papel dos municípios nos diversos órgãos<br />
da Resitejo.<br />
Outra questão, não menos importante, é o futuro do sector dos resíduos.<br />
A Resitejo, enquanto associação, parece estar num limbo: não é uma associação <strong>de</strong> municípios e<br />
como tal não po<strong>de</strong> assumir o papel <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> gestora; não é uma empresa do setor empresarial<br />
local e nem sequer é uma empresa intermunicipal…<br />
Como vamos resolver este problema?<br />
Esta situação tem <strong>de</strong> ser revista quanto antes, o serviço <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> resíduos não po<strong>de</strong> estar<br />
numa situação dúbia.<br />
Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, o BE chama a atenção para este facto e para a necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> se<br />
tomar uma <strong>de</strong>cisão, concertada com os outros municípios, que vá no sentido da total legalida<strong>de</strong> e<br />
que mantenha o setor <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> resíduos na esfera pública e sob controlo municipal!<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre – Resitejo – Quotização para 2016<br />
Torres Novas, 29 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2015<br />
Acompanhamos a argumentação dos serviços sobre esta matéria e por isso votamos contra a<br />
metodologia proposta pela Resitejo sobre a quotização para 2016.<br />
Expressamos, novamente, a nossa opinião sobre a necessida<strong>de</strong> urgente dos Municípios <strong>de</strong>cidirem sobre<br />
a natureza jurídica <strong>de</strong>sta associação, alterando os seus Estatutos <strong>de</strong> modo a que fiquem conformes a<br />
legislação e garantam o controlo dos municípios sobre a sua ativida<strong>de</strong>. Se o grupo <strong>de</strong> trabalho criado<br />
está paralisado, po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve a Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas avançar com uma proposta.<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre – Resitejo – análise do projeto <strong>de</strong> Estatutos<br />
Torres Novas, 24 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2016<br />
Quanto a esta matéria, já em 21 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2015, o BE tinha apresentado um parecer jurídico que<br />
sustentava a nossa posição sobre a necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r à alteração da natureza<br />
jurídica da Resitejo, <strong>de</strong> modo a que esta “associação <strong>de</strong> municípios” cumprisse a sua função <strong>de</strong><br />
serviço público, salvaguardando a sua natureza exclusivamente pública e garantindo o controlo pelas<br />
Câmara Municipais.<br />
Sem prejuízo <strong>de</strong> uma análise mais aprofundada e <strong>de</strong> sugestões que possamos vir a apresentar, no<br />
geral acompanhamos o texto presente e alertamos para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cumprir o artigo 32.º da Lei<br />
50/2012 que obriga à elaboração <strong>de</strong> um estudo técnico <strong>de</strong>monstrando a viabilida<strong>de</strong> e sustentabilida<strong>de</strong><br />
económica e financeira da empresa local intermunicipal a criar.<br />
Torres Novas, 7 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2017
Almonda<br />
Parque
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
111<br />
Declaração política sobre ALMONDA PARQUE,<br />
da Vereadora Helena Pinto<br />
Des<strong>de</strong> a primeira hora que o Bloco <strong>de</strong> Esquerda é contra o negócio feito com a Construtora LENA<br />
para a construção do parque <strong>de</strong> estacionamento semi-subterrâneo – Almonda Parque.<br />
Passados 12 anos sobre a primeira <strong>de</strong>cisão da Câmara Municipal está à vista <strong>de</strong> todos os resultados<br />
<strong>de</strong>ste negócio, que só beneficiou a Construtora LENA em <strong>de</strong>trimento do interesse público. Aliás, é<br />
hoje claro que este negócio foi feito à medida da empresa privada.<br />
A Câmara <strong>de</strong> Torres Novas fez uma PPP – Parceria Público Privada, cujo conteúdo (contrato <strong>de</strong><br />
concessão da conceção, construção e exploração) é totalmente blindado a favor da entida<strong>de</strong> privada,<br />
num clausulado que constitui um autêntico atentado ao interesse público que com toda a certeza está<br />
no topo das muitas PPPs constituídas no nosso país, cujas rendas <strong>de</strong>pauperam os cofres do estado.<br />
A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> concessionar a privados a conceção, construção e exploração é uma <strong>de</strong>cisão errada e<br />
contrária ao interesse público. Não se tratou <strong>de</strong> construir o Parque, tratou-se <strong>de</strong> oferecer tudo o que<br />
tinha a ver com este equipamento aos interesses da Construtora LENA, por um prazo <strong>de</strong> 20 anos<br />
(!!!), a contar da data <strong>de</strong> início da exploração do Parque, sendo este prazo prorrogável por período<br />
igual <strong>de</strong> tempo – ou seja 40 anos (!!!).<br />
Estas <strong>de</strong>cisões tomadas pela gestão socialista do concelho configuram, pelas consequências que<br />
trazem para o erário público, verda<strong>de</strong>iros atos <strong>de</strong> gestão danosa, que não po<strong>de</strong>m passar sem uma<br />
censura política forte.<br />
Mas o contrato <strong>de</strong> concessão não fica por aqui e estabelece, que a Câmara (conce<strong>de</strong>nte) “dispõe do<br />
direito <strong>de</strong> resgate, quando o interesse público o justifique, a partir <strong>de</strong> pelo menos do décimo ano<br />
<strong>de</strong> exploração, <strong>de</strong>vendo neste caso reembolsar a concessionária <strong>de</strong> todo o investimento realizado<br />
acrescido <strong>de</strong> uma taxa <strong>de</strong> 20%”. Como é possível <strong>de</strong>ixar durante 10 anos em funcionamento um<br />
equipamento quando o interesse público estiver em causa? E ainda por cima pagar mais 20%.<br />
E segue, com um conjunto <strong>de</strong> “causas legítimas <strong>de</strong> resolução por parte da concessionária” que é <strong>de</strong><br />
bradar aos céus, ficando a Construtora LENA totalmente livre para fazer o que enten<strong>de</strong> e a Câmara<br />
Municipal atada <strong>de</strong> pés e mãos para interferir e <strong>de</strong>cidir sobre a forma <strong>de</strong> rentabilizar o equipamento.<br />
Deu no que <strong>de</strong>u, um parque sem carros e a concessionária à espera da melhor oportunida<strong>de</strong> para<br />
resgatar a concessão e pedir uma astronómica in<strong>de</strong>mnização à Câmara Municipal, que é o mesmo<br />
que dizer a todos e todas as munícipes.<br />
Acresce a tudo isto o facto <strong>de</strong> o contrato obrigar a Tribunal Arbitral, em situações em que as partes<br />
não cheguem a acordo. O Tribunal Arbitral não é o a<strong>de</strong>quado para estas situações. Quando está em<br />
causa o interesse público, <strong>de</strong>ve ser o Tribunal Administrativo a <strong>de</strong>cidir, até porque tem direito <strong>de</strong><br />
recurso, coisa que não acontece com o Tribunal Arbitral. A cereja em cima do bolo.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda responsabiliza a maioria Socialista na Câmara Municipal por todas estas <strong>de</strong>cisões,<br />
que constituem um atentado ao interesse público e cujas consequências são hoje absolutamente claras.<br />
Esta <strong>de</strong>cisão, entre outras, como o Convento do Carmo, para dar apenas um exemplo, hipotecam<br />
o futuro da autarquia nas próximas décadas e condicionam a gestão do município. Passaremos os<br />
próximos anos a pagar as dívidas assumidas pelo Executivo PS e os interesses da população ficarão<br />
para trás.<br />
O BE lembra que acompanhou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste processo, chamando a atenção e propondo<br />
atempadamente na Assembleia Municipal, que a CM tomasse a iniciativa dos acontecimentos, ora<br />
<strong>de</strong>nunciando o contrato <strong>de</strong> concessão, ora propondo a alteração do tarifário, <strong>de</strong> forma, a que o Parque<br />
servisse a cida<strong>de</strong> e as populações, no que não foi acompanhado por mais nenhuma força politica.<br />
Perante a posição unilateral da Construtora LENA <strong>de</strong> rescisão do contrato a Câmara Municipal interpôs<br />
uma ação no Tribunal Administrativo <strong>de</strong> Leira. Fez bem. Lendo as peças processuais apresentadas,
112<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
verifica-se que para além <strong>de</strong> colocar em causa o clausulado, colocou-se em causa a legitimida<strong>de</strong> dos<br />
argumentos da Construtora LENA.<br />
Colocavam-se na altura as seguintes alternativas:<br />
A – Deixar que o Tribunal Arbitral se pronunciasse, on<strong>de</strong> podia acontecer 1 <strong>de</strong> 2 coisas:<br />
1) Decidir a favor da Construtora LENA com a Câmara a pagar uma in<strong>de</strong>mnização (o valor<br />
pedido era 4.202.357,58 euros)<br />
2) Decidir a favor da Câmara e o parque <strong>de</strong> estacionamento manter-se-ia na posse da Construtora<br />
LENA, regido pelo contrato <strong>de</strong> concessão blindado, até Setembro <strong>de</strong> 2021<br />
B – Fazer um Acordo com a Construtora LENA, acabando com a concessão e ficando o equipamento<br />
na posse da Câmara Municipal.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda atribui toda a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta situação à gestão socialista da Câmara<br />
Municipal, anterior e atual. Responsabilida<strong>de</strong> política e qualquer outra que se venha a <strong>de</strong>monstrar.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda sempre enten<strong>de</strong>u e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u que este problema tinha que ser resolvido da<br />
forma que prejudicasse menos o interesse público e os e as munícipes <strong>de</strong> Torres Novas. Têm que<br />
ser apuradas responsabilida<strong>de</strong>s e retiradas lições para o futuro.<br />
O BE <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u em reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal realizada em 26 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2015, que a solução<br />
<strong>de</strong> chegar a acordo com a Construtora LENA, nunca podia ser tomada sem o prévio conhecimento<br />
do Tribunal <strong>de</strong> Contas com obtenção <strong>de</strong> visto prévio ou a sua dispensa por este Tribunal e sem a<br />
pronúncia da Assembleia Municipal. Pensávamos na altura e continuamos a pensar que a Lei assim o<br />
obriga, tendo em conta o impacto nas contas do Município nos próximos anos.<br />
Colocámos ainda duas outras condições, imprescindíveis, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da Câmara<br />
Municipal:<br />
– A gestão do parque <strong>de</strong> estacionamento semi-subterrâneo Almonda Parque é pública sob<br />
responsabilida<strong>de</strong> direta da Câmara Municipal;<br />
– O tarifário a aplicar, assim como o horário <strong>de</strong> funcionamento, serão <strong>de</strong>finidos com base em critérios<br />
políticos que visem servir o projeto <strong>de</strong> reabilitação urbana do Centro Histórico da cida<strong>de</strong>, o seu<br />
povoamento e o pequeno comércio. Os preços a praticar, socialmente justos, serão <strong>de</strong>terminados<br />
por um critério <strong>de</strong> discriminação positiva para quem vive, trabalha e frequenta os equipamentos<br />
naquela zona da cida<strong>de</strong>.<br />
Alertámos e argumentámos. Estávamos, na altura, perante uma proposta <strong>de</strong> Acordo que implicava<br />
o pagamento <strong>de</strong> 2.000.000,00 <strong>de</strong> euros, até 2025.<br />
Des<strong>de</strong> a data <strong>de</strong>sta reunião (26 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2015), a Câmara Municipal não mais foi chamada a<br />
pronunciar-se sobre esta matéria.<br />
Fomos, portanto, surpreendidos, por uma <strong>de</strong>cisão do Senhor Presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> fazer uma procuração<br />
ao mandatário da Câmara, dando-lhe po<strong>de</strong>res para transigir neste processo.<br />
Fomos, ainda mais surpreendidos ao verificar que o pagamento a fazer à Construtora LENA terá que<br />
ser feito na totalida<strong>de</strong> até Maio <strong>de</strong> 2016. E não se venha falar que baixou em 100.000,00 euros, valor<br />
dos juros que seriam pagos, tendo em conta que o prazo <strong>de</strong> pagamento se estendia até 2025.<br />
Esta posição, já homologada por sentença, é pois da exclusiva responsabilida<strong>de</strong> do Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
e quanto muito da maioria socialista.<br />
Não a subscrevemos e pelo contrário, criticamos severamente. Uma <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta envergadura e<br />
com estas consequências para o Município tem que ter uma explicação. A alteração feita ao texto do<br />
Acordo, agora já firmado, tem que ser explicada à Vereação e aos e às munícipes. Fica também por<br />
explicar como vai a Câmara Municipal pagar 1.600.00,00 euros até 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2016? Conhecendo<br />
as contas da Câmara Municipal, perguntamos: o que vai ficar por fazer?
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
113<br />
Sobre esta matéria e <strong>de</strong>vido à sua gravida<strong>de</strong> o Bloco <strong>de</strong> Esquerda quer <strong>de</strong>ixar clara a sua posição:<br />
1 – O Município <strong>de</strong> Torres Novas, através do seu mandatário forense, outorgou uma transacção<br />
judicial, já homologada por sentença, resolvendo o contrato celebrado com a Lena Engenharia<br />
e Construções, S.A., <strong>de</strong> um contrato <strong>de</strong> concepção, construção e exploração <strong>de</strong> um parque<br />
público <strong>de</strong> estacionamento semi-subterrâneo para viaturas, inserido no Almonda Parque em<br />
Torres Novas.<br />
2 – O contrato no centro do litígio é, materialmente, um contrato <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> obra pública.<br />
3 – Desta transacção judicial resultou a assunção pelo Município do pagamento da quantia <strong>de</strong> € 1 900<br />
000, a pagar em 2015 e em 2016 (ver Cláusula 3.ª da referida transacção judicial).<br />
4 – Mais renunciou o Município <strong>de</strong> Torres Novas ao direito <strong>de</strong> recurso quanto à sentença homologatória<br />
da referida transacção judicial (Cláusula 10.ª da transacção judicial).<br />
5 – A transacção judicial (acordo, como se diz vulgarmente) é um contrato (ver artigo 1248.º, n.º<br />
1 do Código Civil).<br />
6 – A transacção judicial é reduzida a escrito e objecto <strong>de</strong> sentença homologatória, que verifica a<br />
legalida<strong>de</strong> da transacção e con<strong>de</strong>na as partes ao cumprimento da transacção (artigo 290.º, n.º<br />
3 do Código <strong>de</strong> Processo Civil).<br />
7 – Conforme refere o Acórdão do Tribunal da Relação <strong>de</strong> Guimarães, <strong>de</strong> 15/03/2007, disponível in<br />
http://www.dgsi.pt/jtrg.nsf/86c25a698e4e7cb7802579ec004d3832/1b8679c96f9a0867802572a<br />
d0048e20c?OpenDocument :<br />
“A transacção exarada no processo que põe termo ao litígio entre as partes constitui um contrato<br />
processual, consubstanciando um negócio jurídico efectivamente celebrado pelas partes intervenientes<br />
na acção correspon<strong>de</strong>nte àquilo que estas quiseram e conforme o conteúdo da <strong>de</strong>claração feita.<br />
Ao homologar tal acordo o Juiz, nos termos do disposto no art.º 300.º, n.º 3 e 4 do C.P.Civil, limita-se a<br />
fiscalizar a legalida<strong>de</strong> e a verificar a qualida<strong>de</strong> do objecto <strong>de</strong>sse contrato e a averiguar a qualida<strong>de</strong> das<br />
pessoas que contrataram. A sua exigida presença faz com que se atribua ao negócio celebrado<br />
uma função jurisdicional, dando-lhe força executiva. Não toma, porém, o Juiz posição acerca<br />
do negócio acordado, ficando <strong>de</strong> fora do sentido e alcance do pacto celebrado.<br />
Ora, se é assim, a <strong>de</strong>cisão judicial corporizada na homologação do acordo afirmado pelas partes na acção,<br />
constituindo um acto jurídico exclusivamente das partes, exprime a regra <strong>de</strong> que a real e efectiva fonte da<br />
resolução do litígio é o acto <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> das partes e não a sentença homologatória proferida pelo Juiz.<br />
A transacção judicial, havendo <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como um contrato, está sujeita à disciplina do<br />
regime jurídico tipificada nos artigos 405.º e segs. do C.Civil e, ainda, do que este mesmo diploma<br />
legal estatui relativamente ao regime geral do negócio jurídico <strong>de</strong>scrito nos preceitos dos artigos 217.º<br />
e seguintes.<br />
Quer isto dizer que quando a acção termina por transacção, porque a li<strong>de</strong> atingiu o seu termo<br />
por acordo das partes, não estamos perante uma sentença a solucionar o diferendo Ac. STJ<br />
<strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2001; www.dgsi.pt. trazido a juízo por <strong>de</strong>mandante e <strong>de</strong>mandado.<br />
E, se é assim, na falta <strong>de</strong> uma sentença que tenha resolvido jurisdicionalmente a questão nela posta<br />
– a li<strong>de</strong> não foi <strong>de</strong>cidida por sentença anterior, pois foi concertada apenas por vonta<strong>de</strong><br />
das partes – não po<strong>de</strong> também conjecturar-se e ficcionar-se a existência <strong>de</strong> uma sentença para<br />
termos <strong>de</strong> admitir a sua impugnação mediante recurso e a incidir sobre algo que só aparentemente<br />
tem existência jurídica.<br />
É certo que sobre a transacção judicial há-<strong>de</strong> incidir a sentença do tribunal a homologá-la, sob pena<br />
<strong>de</strong> o acto <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> das partes não produzir qualquer efeito – art. 1248.º do C. Civil e art. 300.º,<br />
n.º 3, do C.PCivil).
114<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Todavia, a função <strong>de</strong> uma tal sentença não é resolver a controvérsia substancial posta na <strong>de</strong>manda,<br />
mas antes fiscalizar a regularida<strong>de</strong> e valida<strong>de</strong> do acordo assim <strong>de</strong>lineado.<br />
Deste modo, a autêntica fonte da solução do litígio é o acto <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> das partes e não a sentença<br />
do julgador sobre tal questão.<br />
Constituindo a transacção um contrato processual um negócio jurídico efectivamente celebrado pelas<br />
partes intervenientes na acção e não se caracterizando a sua homologação como uma sentença final<br />
a dirimir jurisdicionalmente o pleito, o trânsito em julgado da sentença proferida sobre a transacção<br />
não obsta a que se intente acção <strong>de</strong>stinada à <strong>de</strong>claração da sua nulida<strong>de</strong> ou à sua anulação, sem<br />
prejuízo da caducida<strong>de</strong> do direito a esta última – art. 301º, nº. 2, do C.P.C..”<br />
8 – A transacção tem pois <strong>de</strong> cumprir todos os requisitos legais para que produza efeitos. No caso<br />
em apreço verifica-se que o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal outorgou em 22 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong><br />
2015 uma nova procuração em favor dos advogados, <strong>de</strong>sta feita com po<strong>de</strong>res para transigir<br />
nos autos que correm os seus termos no Tribunal Administrativo e Fiscal <strong>de</strong> Leiria com o n.º<br />
475/15.3BELRA.<br />
9 – Esta nova Procuração é outorgada <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma reunião da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas,<br />
realizada em 26 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2015, on<strong>de</strong> pela Vereadora Helena Pinto foi expressamente invocada<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a transacação ser objecto <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação pela Câmara Municipal, pela Assembleia<br />
Municipal e <strong>de</strong> visto prévio pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas, sugerindo até que fosse introduzida uma<br />
cláusula <strong>de</strong> condição quanto à intervenção <strong>de</strong>stes órgãos no texto da transacção.<br />
10 – Nesta reunião foi presente à Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas uma Proposta <strong>de</strong> Deliberação,<br />
sob a epígrafe <strong>de</strong> “Assunto n.º 423/15”, on<strong>de</strong> era proposta uma transacção judicial on<strong>de</strong> se previa<br />
a rescisão do Contrato referido em 1.º (Cláusula 1.ª), havendo lugar ao pagamento por parte<br />
do Município <strong>de</strong> Torres Novas da quantia <strong>de</strong> € 2 000 000, em sucessivas prestações até 2015<br />
(Cláusula 3.ª).<br />
11 – Da acta da reunião ordinária da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2015<br />
consta, sobre este assunto:<br />
“O Sr. Presi<strong>de</strong>nte fez o ponto da situação do processo da anunciada rescisão pela Lena<br />
Engenharia e Construções, S.A. do contrato <strong>de</strong> concessão do contrato <strong>de</strong> concessão do<br />
parque público <strong>de</strong> estacionamento semi-subterrâneo para viaturas inserido no Almonda<br />
Parque, em Torres Novas.<br />
De seguida, o Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>u a palavra ao Dr. Ferreira da Silva para prestar as<br />
informações que enten<strong>de</strong>u necessárias e esclarecer as questões colocadas pelos Srs.<br />
Vereadores relativamente ao <strong>de</strong>senvolvimento do processo em causa.<br />
Esteve ainda presente a Diretora do D.A.E.S. para esclarecer algumas questões suscitadas<br />
pelos membros do Executivo.<br />
Após <strong>de</strong>morada discussão, o Sr. Presi<strong>de</strong>nte retirou o assunto, para melhor análise.”<br />
12 – É certo que compete ao Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal representar o Município em juízo e<br />
fora <strong>de</strong>le (artigo 35.º, n.º 1, alínea a) do Anexo I da Lei n.º 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro).<br />
13 – No entanto, esta competência do Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal não lhe permite substituirse<br />
à competência dos restantes órgãos do Município, até porque resultou num acto contratual:<br />
uma transacção judicial, que formal e materialmente se traduz numa alteração <strong>de</strong> uma situação<br />
contratual e na assumpção, por via contratual, <strong>de</strong> encargos para o Município. Ora, esta situação<br />
<strong>de</strong> facto vai muito para além da representação do Município em juízo.<br />
14 – Ora, competindo ao Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal representar o Município em juízo e fora<br />
<strong>de</strong>le (artigo 35.º, n.º 1, alínea a) do Anexo I da Lei n.º 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro), significa,<br />
por exemplo, que compete ao Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal representar o Município, por
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
115<br />
exemplo, na escritura <strong>de</strong> alienação <strong>de</strong> um imóvel, mas não lhe confere, <strong>de</strong> modo nenhum, a<br />
competência para <strong>de</strong>cidir a sua alienação!<br />
15 – No caso em apreço, há que lembrar as normas <strong>de</strong> competência dos órgãos do Município nesta<br />
matéria:<br />
(i) Compete à Câmara Municipal aprovar os projectos, programas <strong>de</strong> concurso, ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong><br />
encargos e a adjudicação <strong>de</strong> empreitadas e aquisição <strong>de</strong> bens e serviços, cuja autorização<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa lhe caiba (artigo 33.º, n.º 1, alínea f) do Anexo I da Lei n.º 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong><br />
Setembro), pelo que tem competência para a sua alteração <strong>de</strong> facto;<br />
(ii) Compete à Câmara Municipal adquirir, alienar ou onerar bens imóveis <strong>de</strong> valor até 1000 vezes<br />
a RMMG (artigo 33.º, n.º 1, alínea g) do Anexo I da Lei n.º 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro),<br />
sendo que em montante superior carece <strong>de</strong> autorização da Assembleia Municipal (artigo<br />
25.º, n.º 1, alínea i) do Anexo I da Lei n.º 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro). É certo que não<br />
estamos perante a aquisição <strong>de</strong> um imóvel, mas antes da antecipação da sua posse plena pelo<br />
Município, fruto do fim antecipado <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong> um Contrato <strong>de</strong> Concessão, pelo que faz<br />
todo o sentido a aplicação da norma aqui em causa;<br />
(iii) Por outro lado, compete ainda à Assembleia Municipal autorizar a Câmara Municipal a celebrar<br />
contratos <strong>de</strong> concessão e fixar as respectivas condições gerais (artigo 25.º, n.º 1, alínea p)<br />
do Anexo I da Lei n.º 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro), pelo que a modificação do seu prazo<br />
<strong>de</strong> vigência, face à extinção por acordo dos contraentes, constitui uma alteração das suas<br />
condições gerais, sendo competente a Assembleia Municipal para a sua aprovação;<br />
(iv) Tratando-se da assumpção <strong>de</strong> compromissos plurianuais, tem <strong>de</strong> ser aprovada pela Assembleia<br />
Municipal (artigo 6.º, n.º 1, alínea c) da Lei dos Compromissos e Pagamentos em atraso –<br />
Lei 8/2012, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> Fevereiro, sucessivamente alterada e republicada, sendo a sua última<br />
versão a da Lei n.º 22/2015, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Março);<br />
16 – Acresce que, tratando-se <strong>de</strong> contrato que formaliza modificações objectivas a contratos não<br />
visados e que impliquem um agravamento dos respectivos encargos financeiros ou responsabilida<strong>de</strong>s<br />
financeiras, tem o mesmo <strong>de</strong> ser sujeito a visto prévio do Tribunal <strong>de</strong> Contas (artigo 46.º, n.º 1, alínea<br />
e) da Lei <strong>de</strong> Organização e Processo do Tribunal <strong>de</strong> Contas), o mesmo se aplicando a contratos<br />
visados (artigo 46.º, n.º 1, alínea d) da Lei <strong>de</strong> Organização e Processo do Tribunal <strong>de</strong> Contas)<br />
17 – Nestes termos, e para que a transacção fosse válida, <strong>de</strong>via ser sujeita a duas condições:<br />
(i) A sua aprovação ou ratificação pela Câmara Municipal e pela Assembleia Municipal <strong>de</strong> Torres<br />
Novas;<br />
(ii) A obtenção <strong>de</strong> visto prévio do Tribunal <strong>de</strong> Contas.<br />
18 – O Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas pura e simplesmente não trouxe<br />
à Câmara Municipal nem à Assembleia Municipal esta transacção, numa atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> manifesto<br />
<strong>de</strong>srespeito pelas competências <strong>de</strong>stes órgãos, pelo estatuto <strong>de</strong>mocrático dos mesmos, enquanto<br />
órgãos resultantes <strong>de</strong> eleição directa e ao arrepio da legalida<strong>de</strong>.<br />
19 – Mais, ao renunciar o Município ao direito <strong>de</strong> recurso quanto à sentença homologatória da<br />
transacção judicial, coloca-nos perante a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, sequer, po<strong>de</strong>r reagir ainda nesta<br />
se<strong>de</strong> quanto à eventual <strong>de</strong>ficiência do mandato, aten<strong>de</strong>ndo às competências legais dos órgãos<br />
do Município <strong>de</strong> Torres Novas supra enunciadas.<br />
20 – Sendo sempre certo que relativamente à primeira versão da transacção referida em 8, e que<br />
acabou por não ser objecto <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas, esta segunda<br />
versão referida em 2 traduz-se num agravamento das condições <strong>de</strong> pagamento do Município <strong>de</strong><br />
Torres Novas, ao estabelecer um prazo mais curto <strong>de</strong> pagamento<br />
Nestes termos, a Vereadora signatária recusa-se a dar qualquer apoio a esta transacção, seja<br />
sob a forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação quanto à sua substancia ou <strong>de</strong> ratificação da mesma, anunciando<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já a participação <strong>de</strong>stes factos ao Tribunal <strong>de</strong> Contas e à Inspecção Geral <strong>de</strong> Finanças.
116<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Por último, importa também salientar que nunca se ouviu durante todo este processo uma tomada<br />
<strong>de</strong> posição política por parte do Partido Socialista sobre esta PPP, no mínimo reconhecendo que foi<br />
uma <strong>de</strong>cisão errada e não serviu os interesses do Município.<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre – Proposta apresentada pela CDU<br />
– Gratuitida<strong>de</strong> do estacionamento no Almonda Parque<br />
Torres Novas, 13 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015<br />
A proposta apresentada pela CDU tem dois pontos. Em relação ao primeiro – arranjo urbanístico<br />
da envolvente do Parque Almonda, acompanhamos a preocupação da CDU.<br />
Quanto à questão da gratuitida<strong>de</strong> do estacionamento para todo o sempre, não acompanhamos.<br />
Para o BE a questão do estacionamento e do estacionamento pago <strong>de</strong>ve ser enquadrada nas seguintes<br />
questões:<br />
– Reabilitação do centro histórico e o seu povoamento;<br />
– Or<strong>de</strong>namento dos fluxos <strong>de</strong> trânsito;<br />
– Favorecer outros tipos <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> – transportes coletivos públicos e modos leves <strong>de</strong><br />
transporte;<br />
– Favorecer a primazia do peão em relação ao automóvel;<br />
– Apoio à ativida<strong>de</strong> económica local.<br />
O estacionamento <strong>de</strong>ve ser pago, com um tarifário socialmente justo, com critérios <strong>de</strong> discriminação<br />
positiva para quem vive, trabalha e frequenta os equipamentos existentes naquela zona da cida<strong>de</strong>. As<br />
receitas geradas pelo estacionamento <strong>de</strong>vem ser alocadas à melhoria dos transportes públicos.<br />
Reiteramos o que já dissemos sobre o período <strong>de</strong> gratuitida<strong>de</strong> do Parque – i<strong>de</strong>almente <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong><br />
1 ano, para criar hábitos e nunca <strong>de</strong>verá ser inferior a 6 meses. O BE está a analisar boas práticas e a<br />
auscultar opiniões sobre esta matéria e apresentará, em breve, uma proposta sobre o Regulamento<br />
do Parque – tarifário e horário <strong>de</strong> funcionamento.<br />
Não temos dúvidas sobre o facto da in<strong>de</strong>mnização à Construtora LENA ser paga pelos/as munícipes,<br />
assim como pagarão todos os <strong>de</strong>smandos do PS. E, infelizmente, não vai ficar por aqui. Pagarão novas<br />
in<strong>de</strong>mnizações, pagarão o meio milhão <strong>de</strong> euros enterrados na Av. João Paulo II, etc.<br />
Mas a política correta sobre estacionamento, para o BE, não é uma política <strong>de</strong> facilitismo, nem a <strong>de</strong>sregulação<br />
a que hoje assistimos, com zonas da cida<strong>de</strong> ocupadas por automóveis em prejuízo das pessoas.<br />
Por último enten<strong>de</strong>mos que o futuro Regulamento do Parque Almonda <strong>de</strong>ve merecer uma profunda<br />
e alargada discussão pública, não se limitando ao que é normal e obrigatório, <strong>de</strong>vendo a Câmara<br />
Municipal ter uma posição mais ativa no suscitar <strong>de</strong>sta mesma discussão.<br />
Torres Novas, 16 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2015<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre<br />
– Ratificação <strong>de</strong> Despacho – Lena Engenharia e Construções, S.A.<br />
– Libertação <strong>de</strong> Seguro Caução<br />
A libertação <strong>de</strong> Seguro <strong>de</strong> Caução não emana do contrato <strong>de</strong> concessão do Almonda Parque à<br />
Construtora LENA, mas sim do Acordo realizado pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara. Nada obrigava<br />
a esta libertação <strong>de</strong> Seguro <strong>de</strong> Caução, bem pelo contrário, a prudência aconselhava a que não<br />
fosse realizada, pois não existem informações completas sobre o estado em que se encontra aquele<br />
equipamento. Não será por acaso que foi incluída mais esta cláusula no referido Acordo. O Senhor
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
117<br />
Presi<strong>de</strong>nte assumiu, sozinho o Acordo com a Construtora LENA, agora <strong>de</strong>ve assumir, sózinho, mais<br />
esta <strong>de</strong>cisão. O BE vota contra a ratificação <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>spacho do Senhor Presi<strong>de</strong>nte.<br />
Torres Novas, 16 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre<br />
– Almonda Parque – proposta para utilização do equipamento<br />
Em primeiro gostaria <strong>de</strong> obter resposta às seguintes questões: as operações realizadas no Parque Almonda<br />
<strong>de</strong>tetaram <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong> funcionamento dos equipamentos ou <strong>de</strong>feitos na estrutura? Foi respondido<br />
pelo Presi<strong>de</strong>nte que não foram <strong>de</strong>tetados. Quantos trabalhadores vão garantir o funcionamento do<br />
Parque, neste período transitório? O presi<strong>de</strong>nte respon<strong>de</strong>r que 3 trabalhadores.<br />
Quanto às medidas apresentadas, medidas provisórias, o BE vota a favor, relembrando a sua anterior<br />
posição <strong>de</strong> que o Parque <strong>de</strong>ve ser gratuito i<strong>de</strong>almente durante 1 ano e no mínimo 6 meses, no<br />
início do seu funcionamento. Também consi<strong>de</strong>ramos que o horário noturno do Parque <strong>de</strong>via ser<br />
mais alargado, mas compreen<strong>de</strong>mos que, nesta situação transitória, não existam condições para o<br />
alargamento do horário para além das 24.00 horas.<br />
Reafirmamos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma discussão pública alargada sobre o Tarifário e Horário <strong>de</strong><br />
Funcionamento do Parque.<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />
sobre – LENA Construções / Dação pro solvendo<br />
25 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
Esta situação <strong>de</strong>riva do Acordo celebrado com a Construtora do LENA, da responsabilida<strong>de</strong> do<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte, concretamente da sua cláusula 7.ª. O BE não reconhece esta transação, por isso<br />
votamos contra. Não <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> assinalar que é mais um exemplo <strong>de</strong> como o Acordo foi celebrado<br />
à medida das necessida<strong>de</strong>s e interesses da Construtora do LENA.<br />
14 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2016<br />
Comunicado <strong>de</strong> imprensa – Parque <strong>de</strong> estacionamento “Almonda”<br />
A gestão privada do Parque Almonda não po<strong>de</strong> constituir um entrave ao <strong>de</strong>senvolvimento da cida<strong>de</strong> e<br />
do concelho <strong>de</strong> Torres Novas. O Parque Almonda <strong>de</strong>ve ser entendido pelo gestor privado, autarquia<br />
e utilizadores, como um equipamento público.<br />
O tarifário praticado, elevadíssimo, propicia muitas vezes o estacionamento ina<strong>de</strong>quado na periferia do<br />
parque e funciona como entrave a uma maior utilização do mesmo e <strong>de</strong>ve, por isso, ser alvo <strong>de</strong> reavaliação.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda propôs a aprovação <strong>de</strong> uma recomendação, na Assembleia Municipal <strong>de</strong> Torres<br />
Novas <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Abril, com seguinte teor:<br />
– Lamentar a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> intransigência da administração do Parque Almonda;<br />
– Apelar aos responsáveis pela gestão do parque para que adoptassem uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
diálogo e <strong>de</strong> negociação com vista à revisão do actual tarifário.<br />
– Apelar igualmente à câmara municipal para que diligenciasse no sentido <strong>de</strong> trazer ao<br />
diálogo a administração do Parque Almonda, no reconhecimento do interesse público<br />
<strong>de</strong>ste equipamento urbano.<br />
Todos os restantes partidos com assento na Assembleia Municipal <strong>de</strong> Torres Novas inviabilizaram a<br />
aprovação <strong>de</strong>sta proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda.<br />
Torres Novas, Maio <strong>de</strong> 2014
118<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Proposta <strong>de</strong> tarifário para o Almonda Parque – Torres Novas<br />
O tarifário do parque <strong>de</strong> estacionamento do Almonda Parque, <strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer a alguns critérios, <strong>de</strong><br />
forma a correspon<strong>de</strong>r a um todo coerente e tornar-se num parque com utilida<strong>de</strong>.<br />
1 – O parque <strong>de</strong>ve ter uma exploração da responsabilida<strong>de</strong> da câmara municipal.<br />
2 – O valor das tarifas <strong>de</strong>ve ser político e não economicista.<br />
a) Deve servir para o or<strong>de</strong>namento do trânsito<br />
b) Deve servir para contribuir para o repovoamento do centro histórico<br />
c) Deve ter uma vertente <strong>de</strong> apoio à ativida<strong>de</strong> económica local<br />
Neste sentido <strong>de</strong>vem ser equacionadas várias modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização do parque, a que <strong>de</strong>vem<br />
correspon<strong>de</strong>r diversas tarifas.<br />
A utilização do parque está sujeito à legislação em vigor e ao regulamento próprio.<br />
Tarifas:<br />
1 – Utilizadores ocasionais: pagamento horário, 1ª hora grátis. Preço/hora - 0.40 euros. O pagamento<br />
efetuado será <strong>de</strong> acordo com o fracionamento <strong>de</strong> ¼ <strong>de</strong> hora.<br />
Pagamento limite 5 horas, equivalente a 2,00 euros.<br />
2 – Utilizadores resi<strong>de</strong>ntes no centro histórico: pagamento com avença, 5,00 euros mês.<br />
Parqueamento garantido.<br />
3 – Utilizadores com ativida<strong>de</strong> profissional/empresarial no centro da cida<strong>de</strong>: pagamento com<br />
avença, 10,00 euros mês. Parqueamento garantido.<br />
4 – Outros utilizadores: pagamento com avença, 20,00 euros mês. Parqueamento garantido.<br />
A garantia <strong>de</strong> parqueamento está sempre sujeito à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lugares.<br />
Proposta para o Estacionamento à superfície<br />
O estacionamento à superfície está sujeito à legislação em vigor e ao regulamento próprio.<br />
O estacionamento à superfície está sujeito a regulamentação apenas nas zonas especificadas neste<br />
regulamento<br />
O estacionamento à superfície é regulamentado no horário 9/20h, <strong>de</strong> segunda a sexta-feira, ao<br />
Sábado, das 9 às 13h.<br />
Exceção para a Praça 5 <strong>de</strong> Outubro, cujo horário abrange os 7 dias da semana, das 9h às 2h do dia<br />
seguinte.<br />
O estacionamento:<br />
– Largo José Lopes dos Santos (Virgínia) – Largo D. Diogo Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Almeida,<br />
– Av. 8 <strong>de</strong> julho, – Rua do Nogueiral,<br />
– Rua do Cal<strong>de</strong>irão, – Rua do edifício Parque,<br />
– Rua Carlos Reis, – Av. João Martins <strong>de</strong> Azevedo,<br />
– Rua 25 <strong>de</strong> Abril – No espaço envolvente à Câmara Municipal<br />
É gratuito, mas sujeito ao tempo máximo <strong>de</strong> 1 hora.<br />
Os resi<strong>de</strong>ntes nas ruas ou largos assinalados têm estacionamento gratuito, 24h por dia, nas respetivas ruas.<br />
O estacionamento na praça 5 <strong>de</strong> outubro é gratuito na 1ª hora. A partir da 1ª hora será cobrado 1<br />
euro/hora. Pagamento com fracionamento <strong>de</strong> ¼ <strong>de</strong> hora.<br />
A câmara municipal fornecerá os respetivos dísticos.<br />
Data????????????????
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
119<br />
Cronologia do Almonda Parque – vale a pena relembrar<br />
11 Junho 2003 – Reunião Câmara Municipal:<br />
Decisão <strong>de</strong> abrir concurso para a obra, aprovada com 6 votos a favor e uma abstenção (CDU),<br />
que na <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto invoca que a i<strong>de</strong>ia – construção <strong>de</strong> um parque semi-subterrâneo não foi<br />
suficientemente <strong>de</strong>batida e po<strong>de</strong>ria haver outras i<strong>de</strong>ias para o local<br />
30 Junho <strong>de</strong> 2003 – Reunião Assembleia Municipal<br />
É apresentada a proposta da Câmara, que é retirada para incluir contributos da AM.<br />
11 Julho 2003 – Reunião Câmara Municipal<br />
Aprovado o ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos para a obra, com 6 votos a favor e 1 abstenção (CDU)<br />
28 Julho 2003 – Reunião Assembleia Municipal<br />
Aprovado o Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos com 29 votos a favor e 6 abstenções<br />
16 Novembro <strong>de</strong> 2004 – Reunião Câmara Municipal<br />
Aprovada a adjudicação <strong>de</strong>finitiva à LENA Construções, SA, por 3.150.000,00, sendo que é o único<br />
concorrente. Votos a favor – PS e CDU. Abstenção – PSD.<br />
5 Abril 2005 – Reunião Câmara Municipal<br />
Aprovadas as alterações ao contrato, propostas pela Construtora LENA. Nomeadamente nas “causas<br />
legítimas <strong>de</strong> resolução do contrato”: Alteração <strong>de</strong> horário; Fiscalização ineficaz do estacionamento<br />
ilegal numa distância <strong>de</strong> 500 m dos limites do parque; Estacionamento gratuito na Av. 8 <strong>de</strong> Julho.<br />
PS alega que estas condições constavam da proposta inicial, que foi aprovada na Câmara em 16<br />
Novembro 2004. Votos a favor – PS; Contra – CDU e Abstenção – PSD.<br />
27 Abril 2005<br />
É celebrado o contrato entre o Município e a Construtora LENA: “Contrato <strong>de</strong> concessão da<br />
concepção, construção e exploração <strong>de</strong> um parque público <strong>de</strong> estacionamento semi-subterrâneo,<br />
para viaturas, inserido no Almonda Parque, em Torres Novas.<br />
16 Agosto 2011 – Reunião Câmara Municipal<br />
Aprovado o Regulamento Interno e um Aditamento ao contrato <strong>de</strong> concessão. Aprovado por<br />
unanimida<strong>de</strong> com 4 votos (3 PS e 1 PSD).<br />
Setembro <strong>de</strong> 2011<br />
O parque abre ao público.<br />
9 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2013<br />
LENA envia carta à Câmara Municipal: “ os resultados da exploração estão muito aquém dos previstos<br />
no estudo económico inicial, levando a que, no momento actual, a exploração esteja <strong>de</strong>ficitária aten<strong>de</strong>ndo<br />
unicamente à fraca afluência <strong>de</strong> veículos”. Não foi dado conhecimento à Vereação <strong>de</strong>sta carta.<br />
28 Abril 2014<br />
BE apresenta na Assembleia Municipal uma recomendação no sentido da Câmara encetar um processo<br />
negocial com a administração do Parque para a revisão do Tarifário e dos horários <strong>de</strong> financiamento.<br />
Todos os restantes partidos votaram contra esta Recomendação.<br />
10 Dezembro 2014<br />
LENA envia carta à Câmara para a “Cessação <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> concepção, construção e exploração”.<br />
O Município respon<strong>de</strong> contestando os argumentos da Construtora.
120<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
9 <strong>de</strong> Janeiro 2015<br />
O assunto vai pela primeira vez <strong>de</strong> forma formal a reunião <strong>de</strong> Câmara<br />
10 Fevereiro 2015<br />
LENA envia carta à Câmara em que <strong>de</strong>clara, <strong>de</strong> forma unilateral, a rescisão do contrato. O Município<br />
respon<strong>de</strong> contestando os argumentos da Construtora.<br />
27 Fevereiro 2015<br />
Parque <strong>de</strong> estacionamento encerra<br />
11 Março 2015<br />
LENA apresenta requerimento para a instalação do Tribunal Arbitral<br />
19 Março 2015<br />
Município dá entrada <strong>de</strong> uma Ação no Tribunal Administrativo <strong>de</strong> Leiria<br />
26 Agosto 2015<br />
Reunião da Câmara Municipal, com a presença do advogado, on<strong>de</strong> é apresentada uma proposta <strong>de</strong><br />
Acordo com a LENA, cujo valor da in<strong>de</strong>mnização é <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong> euros, a pagar em 10 anos.<br />
BE expressa a sua posição, con<strong>de</strong>nando a opção inicial – uma PPP e afirmando que “atribui toda a<br />
responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta situação à gestão socialista da Câmara Municipal, anterior e atual. Responsabilida<strong>de</strong><br />
política e qualquer outra que se venha a a <strong>de</strong>monstrar”. E afirma: “Seremos favoráveis a um Acordo<br />
com a Construtora LENA, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que este inclua uma cláusula que condicione a sua eficácia à ratificação<br />
pela Assembleia Municipal <strong>de</strong> Torres Novas, bem como à obtenção <strong>de</strong> visto pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas<br />
ou a sua dispensa, como emana da Lei”. Condicionámos ainda a nossa posição às seguintes questões:<br />
A gestão do parque <strong>de</strong> estacionamento é pública sob responsabilida<strong>de</strong> directa da Câmara Municipal;<br />
O tarifário a aplicar, assim como o horário <strong>de</strong> funcionamento, serão <strong>de</strong>finidos com base em critérios<br />
políticos que visem servir o projeto <strong>de</strong> reabilitação urbana do Centro Histórico da cida<strong>de</strong>, o seu<br />
povoamento e o pequeno comércio. Os preços a praticar, socialmente justos, serão <strong>de</strong>terminados<br />
por um critério <strong>de</strong> discriminação positiva para quem vive, trabalha e frequenta os equipamentos<br />
naquela zona da cida<strong>de</strong><br />
Des<strong>de</strong> esta data nunca mais foi comunicado nada à Vereação, neste esta foi chamada a pronunciar-se.<br />
28 Setembro 2015<br />
Dá entrada no Tribunal Administrativo <strong>de</strong> Leiria, um acordo da Câmara com a Construtora LENA,<br />
cujo valor da in<strong>de</strong>mnização são 1,9 milhões <strong>de</strong> euros a pagar até Maio <strong>de</strong> 2016. O Presi<strong>de</strong>nte<br />
tomou esta <strong>de</strong>cisão sózinho, ultrapassando as competências que lhe são atribuídas. Este Acordo já<br />
está homologado por sentença. Tendo em consi<strong>de</strong>ração que este Acordo foi feito ao arrepio da Lei<br />
e que o Presi<strong>de</strong>nte ultrapassou as suas competências, o BE apresentou a situação ao Tribunal <strong>de</strong><br />
Contas e à Inspeção Geral <strong>de</strong> Finanças e apresentámos uma <strong>de</strong>claração política na CM, com toda a<br />
argumentação <strong>de</strong>talhada.<br />
????? 2015<br />
Apresentação <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> tarifário para o Almonda Parque e para o Estacionamento à superfície<br />
da zona envolvente.<br />
Conclusões:<br />
– A opção por uma PPP foi errada.<br />
– O contrato <strong>de</strong> concessão, na 1.ª versão e na 2.ª versão está completamente blindado a favor do<br />
privado, <strong>de</strong>ixando a Câmara sem nenhuma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atuação.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
121<br />
– O Regulamento do Parque, on<strong>de</strong> se inclui o horário e o preçário estavam completamente <strong>de</strong>sfasados<br />
da realida<strong>de</strong> e não propiciavam a utilização do parque.<br />
– A negação do <strong>de</strong>bate sobre esta assunto nos órgãos autárquicos evitando que se negociasse com<br />
a LENA, permitiu manter uma situação que se tornou cada vez mais insustentável, como se veio<br />
a verificar. A inércia não favoreceu a resolução <strong>de</strong>ste problema.<br />
Situação atual:<br />
– O parque voltou à gestão do Município.<br />
– Há que acautelar o seu funcionamento em função dos objetivos para o or<strong>de</strong>namento do trânsito<br />
na cida<strong>de</strong>, servindo a população.<br />
– O BE propôs um Tarifário.
Regulamento<br />
Municipal <strong>de</strong><br />
Urbanização<br />
e Edificação
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
125<br />
RMUE – Propostas <strong>de</strong> alteração<br />
Preâmbulo: nota justificativa<br />
As sucessivas alterações introduzidas ao Regime Jurídico da Urbanização e Edificação intentam alcançar<br />
o equilíbrio entre a diminuição da intensida<strong>de</strong> do controlo prévio e o aumento da responsabilida<strong>de</strong><br />
do particular, criando novos procedimentos <strong>de</strong> controlo prévio das ativida<strong>de</strong>s, assente no princípio<br />
da confiança dos intervenientes e limitando as situações que <strong>de</strong>vem ser objeto <strong>de</strong> análise e controlo<br />
pelas Câmaras Municipais, sem prejuízo da fiscalização permanente por parte <strong>de</strong>stas para a<br />
salvaguarda do interesse público.<br />
Capítulo II – Do procedimento<br />
Secção II – Procedimentos e situações especiais<br />
Artigo 5º – Obras <strong>de</strong> escassa relevância urbanística<br />
2 –<br />
k) A instalação <strong>de</strong> vedações em ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou <strong>de</strong> metal, cravada no solo<br />
e em re<strong>de</strong> <strong>de</strong> malha aberta, mesmo que confinantes com caminho público, sem prejuízo do<br />
cumprimento das servidões e restrições <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública previstas na legislação e instrumentos<br />
<strong>de</strong> gestão territorial aplicáveis.<br />
(Nota justificativa: não há razão para ser tão restritivo)<br />
Artigo. 9.º – Operações <strong>de</strong> loteamento sujeitas a discussão pública<br />
Estão sujeitas a discussão pública as operações <strong>de</strong> loteamento que excedam algum dos seguintes limites:<br />
a) 1 ha<br />
b) 50 fogos<br />
c) 5% da população do aglomerado urbano em que se insere a pretensão.<br />
(NOVO) 2 – Estão ainda sujeitas a discussão pública as operações <strong>de</strong> loteamento que se situem a<br />
menos <strong>de</strong> 200 metros <strong>de</strong> qualquer edifício classificado.<br />
(Nota Justificativa: A proposta <strong>de</strong> RMUE propõe os limites para a sujeição a discussão pública no limiar<br />
mais elevado permitido por lei. Enten<strong>de</strong>-se que a qualida<strong>de</strong> urbanística só tem a ganhar com um maior<br />
escrutínio da opinião pública, pelo que se diminui consi<strong>de</strong>ravelmente os limiares <strong>de</strong> dispensa <strong>de</strong> consulta<br />
pública. Esta opção traduz-se num reforço da cidadania na discussão das opções <strong>de</strong> política urbanística<br />
<strong>de</strong> Torres Novas, promovendo a sua consciência e intervenção cívica e política. O urbanismo <strong>de</strong>stina-se à<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das pessoas e não ao exclusivo saciamento dos interesses imobiliários, sempre apostados<br />
na celerida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procedimentos.)<br />
Artigo 10.º – Procedimento <strong>de</strong> consulta pública<br />
1 – A consulta pública é publicitada no prazo <strong>de</strong> 5 dias a contar da data da receção do último dos<br />
pareceres, autorizações ou aprovações emitidos pelas entida<strong>de</strong>s exteriores ao município ou do<br />
prazo para a sua emissão, sendo a sua duração <strong>de</strong> 20 dias.<br />
2 – A consulta pública é publicitada através <strong>de</strong> edital a afixar nos locais <strong>de</strong> estilo, publicada num jornal<br />
<strong>de</strong> nível local, e ainda no sítio eletrónico do município da qual consta a indicação do local<br />
on<strong>de</strong> o projeto po<strong>de</strong> ser consultado.
126<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
3 – As operações <strong>de</strong> loteamento são publicitadas no local a lotear, durante 20 dias.<br />
(Nota justificativa: Em coerência com a proposta <strong>de</strong> alteração ao artigo 9.º, propõe-se o alargamento do<br />
prazo <strong>de</strong> consulta pública e ainda a sua publicitação no sítio eletrónico do Município. De forma a tonar<br />
os processos totalmente transparentes, <strong>de</strong>vem ser do conhecimento público as operações <strong>de</strong> loteamento<br />
que se preveem para cada local em concreto.)<br />
Nota: No n.º 3 do Artigo 13.º, faz-se referência ao n.º 7 do artigo 57.º do RJUE, mas este número<br />
foi revogado.<br />
Artigo 14.º – Impacte urbanístico relevante<br />
1 – Para efeitos <strong>de</strong> aplicação do n.º 5 do artigo 44.º do regime Jurídico da Urbanização e Edificação,<br />
consi<strong>de</strong>ram-se com impacte relevante as seguintes operações urbanísticas:<br />
a) (…)<br />
b) A construção <strong>de</strong> armazéns, edifícios industriais e instalações agro-pecuárias em área não<br />
abrangida por operação <strong>de</strong> loteamento ou plano <strong>de</strong> pormenor com área bruta <strong>de</strong> construção<br />
superior a 2.000 m2.<br />
c) As obras <strong>de</strong> edificação em área não abrangida por operação <strong>de</strong> loteamento ou plano <strong>de</strong><br />
pormenor <strong>de</strong> que resulte uma área bruta <strong>de</strong> construção superior a 800 m2 <strong>de</strong>stinada, isolada<br />
ou cumulativamente, a habitação, comércio, serviços ou armazenagem.<br />
(Nota justificativa: A presente alteração leva em conta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />
no concelho e <strong>de</strong> efetuar e financiar as infraestruturas necessárias. Por isso, baixam-se os limiares para<br />
o impacte das obras.)<br />
Capítulo III – Das disposições técnicas<br />
Secção I – Disposições técnicas da construção<br />
Artigo 18.º – Muros e vedações<br />
1 – (…)<br />
2 – (…)<br />
3 – (…)<br />
4 – (…)<br />
5 – (…)<br />
6 – Nos casos em que se verifique a existência <strong>de</strong> circunstâncias particulares <strong>de</strong>correntes da estrutura<br />
urbana local po<strong>de</strong> ser justificada e convencionada, pelos serviços competentes da Câmara<br />
Municipal, a adoção <strong>de</strong> soluções mais a<strong>de</strong>quadas e integradas quer em termos <strong>de</strong> alinhamentos e<br />
altura, quer do <strong>de</strong>senho (incluindo fenestrações) e revestimentos exteriores, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ntro<br />
do estipulado no n.º 3.<br />
(Nota justificativa: trata-se <strong>de</strong> clarificar este ponto, não <strong>de</strong>ixando dúvidas sobre os limites impostos por Lei)<br />
Artigo 18.º A – Materiais e cores <strong>de</strong> revestimento exterior<br />
1 – (…)<br />
a) Em área urbana é obrigatório o revestimento em telha cerâmica vermelha das coberturas com<br />
uma ou mais águas. salvo em casos integrados na arquitetura, justificados pela respetiva utilização,<br />
pelo técnico autor do projeto <strong>de</strong> arquitetura, ou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que ocultos por platibandas.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
127
128<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
(Nota justificativa: não <strong>de</strong>verá ser permitido haver exceções, corre-se o risco <strong>de</strong> passar a ser a regra)<br />
2 – Os serviços técnicos da Câmara Municipal <strong>de</strong>vem solicitar a referência e amostra dos materiais<br />
e cores a aplicar nas edificações, para uma melhor apreciação da operação urbanística.<br />
(Nota justificativa: trata-se <strong>de</strong> clarificar o papel dos serviços técnicos da Câmara Municipal que <strong>de</strong>vem<br />
solicitar a referência e amostra dos materiais e cores, garantindo assim que estão <strong>de</strong> acordo com as<br />
normas, o que permite uma atuação preventiva)<br />
Artigo 21.º – Equipamentos <strong>de</strong> ar condicionado e outros<br />
1 – A colocação <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> ar condicionado e outros dispositivos <strong>de</strong>verá, preferencialmente,<br />
ser realizada:<br />
(…)<br />
(…)<br />
(…)<br />
(NOVO) 2 – Em situações em que não é possível aplicar o número anterior, a colocação <strong>de</strong><br />
aparelhos <strong>de</strong> ar condicionado <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da aprovação pelos serviços técnicos da Câmara<br />
Municipal.<br />
3 – anterior n.º 2<br />
4 – anterior n.º 3. é proibido(…) preferencialmente, através <strong>de</strong> ligação à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgotos do<br />
edifício.<br />
(Nota justificativa: A palavra “preferencialmente” no texto do n.º 1 e do nº 4, abre a porta para que não<br />
se respeitem as normas. É mais claro que exista uma exceção, pois sabemos que existem situações on<strong>de</strong><br />
dificilmente as normas po<strong>de</strong>m ser cumpridas e <strong>de</strong>ixar a <strong>de</strong>cisão sobre essa exceção aos serviços técnicos<br />
da Câmara, que têm a obrigação <strong>de</strong> zelar pela harmonia e estética do espaço urbano.)<br />
Secção II – Disposições técnicas específicas dos estacionamentos<br />
Artigo 21.º A – Parâmetros a respeitar<br />
1 – (…)<br />
2 – (…)<br />
3 – (…)<br />
4 – Eliminar<br />
(Nota justificativa: A questão do estacionamento <strong>de</strong> veículos automóveis é fundamental para o or<strong>de</strong>namento<br />
do espaço público. Não se justifica que em edificações novas seja permitido que não seja contemplado o<br />
estacionamento em troca <strong>de</strong> compensação financeira ao Município. O n.º 3 <strong>de</strong>ste artigo já cria a exceção<br />
nas situações em que é impossível o seu cumprimento. Não <strong>de</strong>vem existir mais exceções.)<br />
Secção III – Estações <strong>de</strong> radiotelecomunicações<br />
Artigo 22º – Instalação <strong>de</strong> infraestruturas <strong>de</strong> suporte<br />
das estações <strong>de</strong> radio telecomunicações<br />
1 – (…)<br />
a) A instalação <strong>de</strong> novas estações <strong>de</strong> radio telecomunicações, só é permitida fora das<br />
áreas urbanas.<br />
b) Deve ser assegurado o respeito pela paisagem e o ambiente envolvente, <strong>de</strong>vendo garantir,<br />
sempre que se justificar, a dissimulação dos equipamentos, o tratamento paisagístico e a
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
129<br />
iluminação pública dos espaços adjacentes aos equipamentos.<br />
c) (…)<br />
d) (…)<br />
2 – (…)<br />
3 – (…)<br />
(Princípio da precaução – a Direcção-Geral <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> aconselha a que<br />
se aplique o princípio da precaução, em situações <strong>de</strong> incerteza científica)<br />
Secção IV – Instalações <strong>de</strong> combustíveis <strong>de</strong>rivados do petróleo<br />
Artigo 23º – Licenciamento <strong>de</strong> instalações <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> petróleo e<br />
postos <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> combustíveis<br />
1 – (…)<br />
2 – Não são permitidas, na área do município, novas instalações <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong><br />
petróleo e postos <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> combustíveis a menos <strong>de</strong> 300 metros <strong>de</strong> estabelecimentos <strong>de</strong><br />
ensino, estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, lares <strong>de</strong> terceira ida<strong>de</strong>, edifícios <strong>de</strong> habitação ou edifícios públicos,<br />
excetuando as instalações <strong>de</strong> abastecimento próprio <strong>de</strong>sses mesmos estabelecimentos.<br />
(Nota justificativa: a segurança <strong>de</strong> pessoas e bens <strong>de</strong>ve assentar no princípio da prevenção e a distância<br />
estabelecida é condição <strong>de</strong>ssa garantia)<br />
Capítulo VI – Das taxas inerentes às operações urbanísticas<br />
Secção III – Taxas para emissão <strong>de</strong> alvará<br />
Artigo 36º – Obras <strong>de</strong> edificação ligeira<br />
Eliminar este artigo<br />
(Nota justificativa: a lei não contempla obras <strong>de</strong> edificação ligeira. Não se enten<strong>de</strong> o alcance <strong>de</strong>ste artigo)<br />
Secção IV – Taxas pela realização, reforço e manutenção <strong>de</strong> infraestruras urbanísticas (TMU)<br />
Artigo 44.º – Incidência<br />
d) Particulares e empresas que executem obras <strong>de</strong> alteração, reconstrução, construção<br />
ou ampliação <strong>de</strong>ntro do perímetro <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> Área <strong>de</strong> reabilitação Urbana,<br />
no concelho <strong>de</strong> Torres Novas, aprovada pela Assembleia Municipal e publicada em<br />
Diário da República.<br />
Atendo o disposto na alínea d) do n.º 2 do artigo 8.º da Lei n.º 53-E/2006, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro, temos<br />
que a isenção constante nesta alínea fundamenta-se na política do município <strong>de</strong> apoio à reabilitação<br />
urbana, compensando os proprietários pelas limitações que lhe são impostas no contexto do edificado<br />
(artigo 66.º n.º 2 c) ) da Constituição da República Portuguesa.<br />
Secção V – Das compensações<br />
Artigo 51.º – Liquidação e cobrança<br />
4 – Eliminar.<br />
(Contraria o n.º 4 do Art.º 44.º e o n.º 6 do Art.º 57.º do RJUE)
130<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Secção VII – Das isenções e reduções<br />
Artigo 53.º – Isenções e reduções<br />
1 – (…)<br />
Particulares e empresas que executem obras <strong>de</strong> alteração, reconstrução, construção<br />
ou ampliação <strong>de</strong>ntro do perímetro <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> Área <strong>de</strong> reabilitação Urbana, no<br />
concelho <strong>de</strong> Torres Novas, aprovada pela Assembleia Municipal e publicada em Diário da<br />
República.<br />
Atendo o disposto na alínea d) do n.º 2 do artigo 8.º da Lei n.º 53-E/2006, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro, temos<br />
que a isenção constante nesta alínea fundamenta-se na política do município <strong>de</strong> apoio à reabilitação<br />
urbana, compensando os proprietários pelas limitações que lhe são impostas no contexto do edificado<br />
(artigo 66.º n.º 2 c) ) da Constituição da República Portuguesa.<br />
2 – A assembleia municipal po<strong>de</strong>, por proposta da câmara municipal, conce<strong>de</strong>r isenções totais ou<br />
parciais, nos termos do regime financeiro das autarquias locais e das entida<strong>de</strong>s intermunicipais,<br />
<strong>de</strong> todas as taxas previstas no Regulamento Municipal <strong>de</strong> Taxas, nos casos seguintes:<br />
a) Instituições particulares <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social e pessoas coletivas <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública,<br />
associações religiosas, culturais, <strong>de</strong>sportivas ou recreativas e <strong>de</strong> moradores legalmente<br />
constituídas relativamente às operações urbanísticas <strong>de</strong>stinadas à prossecução direta e exclusiva<br />
dos respetivos fins estatutários;<br />
b) Cidadãos em absoluto estado <strong>de</strong> carência, <strong>de</strong>vidamente justificada, ou que executem obras<br />
necessárias por força <strong>de</strong> outras efetuadas em razão <strong>de</strong> interesse público, e ainda pela execução<br />
<strong>de</strong> obras resultantes <strong>de</strong> situações <strong>de</strong>claradas <strong>de</strong> calamida<strong>de</strong>;<br />
c) Empresas e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interesse relevante no <strong>de</strong>senvolvimento e crescimento económico<br />
e sociocultural do concelho;<br />
d) Particulares cujos processos <strong>de</strong> licenciamento ou autorização <strong>de</strong>corram no contexto <strong>de</strong><br />
Protocolos, Acordos ou similares já celebrados ou a celebrar com o Município e <strong>de</strong> manifesto<br />
interesse concelhio para o seu <strong>de</strong>senvolvimento urbano e socioeconómico;<br />
e) Os particulares e as empresas que executem obras <strong>de</strong> reabilitação urbana fora das<br />
Áreas <strong>de</strong> Reabilitação Urbana, ficam sujeitos ao pagamento das respetivas taxas com<br />
uma redução <strong>de</strong> 50%;<br />
f) Os particulares, com ida<strong>de</strong> até 35 anos, que optarem por obras <strong>de</strong> construção,<br />
reconstrução, alteração ou ampliação, em perímetros urbanos que não o <strong>de</strong> Torres<br />
Novas, têm uma redução das respetivas taxas <strong>de</strong> 50%<br />
g) As empresas que se instalarem nas zonas industriais legalmente constituídas no<br />
concelho, têm uma redução nas taxas <strong>de</strong> construção, reconstrução, alteração ou<br />
ampliação, <strong>de</strong> 50%.<br />
h) A instalação <strong>de</strong> estabelecimentos <strong>de</strong> comércio e serviços em núcleos urbanos <strong>de</strong><br />
nível 3 e 4 do PDM tem uma redução <strong>de</strong> 50% das respetivas taxas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a área<br />
abrangida não ultrapasse os 150m2.<br />
(Nota justificativa: Consi<strong>de</strong>ramos ser necessário introduzir incentivos à reabilitação fora das ARU, e apoiar os<br />
jovens que se queiram instalar nas freguesias, por isso, nesta situação admitimos o apoio a construção nova.)<br />
Nota Final:<br />
– Não se enten<strong>de</strong> porque no Regulamento não se faz referência ao “gestor do procedimento”<br />
previsto no Artigo 8.º do RJUE.<br />
– Não se indica o número da conta bancária conforme previsto na g) do Artigo. 3.º do RJUE.
Propostas<br />
apresentadas
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
133<br />
O BE apresentou formalmente 67 propostas, das quais 36 foram<br />
agendadas em reunião O BE <strong>de</strong> apresentou câmara. As restantes formalmente 31 foram 67 propostas,<br />
votadas nos<br />
assuntos a<br />
das<br />
que<br />
quais<br />
diziam<br />
36<br />
respeito<br />
foram agendadas em reunião<br />
(consultar capítulo sobre propostas).<br />
<strong>de</strong> câmara.<br />
As restantes 31 foram votadas nos assuntos a que<br />
Acrescem diziam as imensas respeito sugestões (consultar e recomendações capítulo sobre apresentadas propostas). no<br />
Período Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia (consultar capítulo sobre PAOD).<br />
Acrescem as imensas sugestões e recomendações<br />
apresentadas no Período Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia<br />
(consultar capítulo sobre PAOD).<br />
No gráfico, é apresentada uma análise comparativa das diferentes propostas agendadas por<br />
iniciativa dos partidos políticos da oposição.<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
PROPOSTAS AGENDADAS EM REUNIÃO DE<br />
CÂMARA<br />
PROPOSTAS AGENDADAS EM REUNIÃO DE CÂMARA<br />
0<br />
BE CDU PSD<br />
No gráfico é apresentada uma análise comparativa das diferentes propostas<br />
agendadas por iniciativa dos partidos políticos da oposição.
134<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Propostas apresentadas em 2013<br />
Periodicida<strong>de</strong> das reuniões camarárias (Assunto 498/13)<br />
A Sra. Vereadora Helena Pinto sugeriu alterar a realização das reuniões para a terça-feira <strong>de</strong> manhã<br />
e que todas tenham carácter público.<br />
– Proposta <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> reuniões semanais públicas (subscrita pelos Vereadores Henrique<br />
Reis, Carlos Tomé e Helena Pinto): três votos a favor (Vereadores Henrique Reis, Carlos<br />
Tomé e Helena Pinto) e quatro votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Luís Silva, Elvira<br />
Sequeira e Paulo Tojo).<br />
Torres Novas, 24 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2013<br />
Delegação <strong>de</strong> competências (Assunto 499/13)<br />
A Vereadora Helena Pinto <strong>de</strong>clarou não concordar com a presente proposta por consi<strong>de</strong>rar que a<br />
Câmara não <strong>de</strong>ve abdicar das suas competências, sendo que o Sr. Presi<strong>de</strong>nte já tem as suas competências<br />
próprias. A Lei diz que as competências da Câmara Municipal po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>legadas no Presi<strong>de</strong>nte,<br />
não obriga a essa <strong>de</strong>legação. De seguida, enumerou algumas das competências e questionou qual o<br />
sentido <strong>de</strong> serem <strong>de</strong>legadas, esvaziando assim as competências do Executivo.<br />
Submetidas a votação as propostas apresentadas, foram as mesmas aprovadas, por maioria<br />
absoluta, com cinco votos a favor (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Luís Silva, Elvira Sequeira, Paulo<br />
Tojo e Henrique Reis) e dois votos contra (Vereadores Carlos Tomé e Helena Pinto).<br />
Torres Novas, 24 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2013<br />
Nomeação <strong>de</strong> vereadores a tempo inteiro (Assunto 500/13)<br />
A Sra. Vereadora Helena Pinto <strong>de</strong>clarou partilhar a opinião do Vereador Carlos Tomé. Consi<strong>de</strong>rou<br />
que era importante dar o exemplo, e nesse sentido <strong>de</strong>via ser cumprido o que está contemplado<br />
na Lei – dois vereadores. Ao argumento <strong>de</strong> que “são poucos vereadores” respon<strong>de</strong>u que se trata,<br />
não das necessida<strong>de</strong>s da Câmara, mas sim <strong>de</strong> atribuir pelouros a tempo inteiro só aos vereadores<br />
eleitos pelo Partido Socialista. Concluiu dizendo que se <strong>de</strong>veria ficar pelo previsto na Lei e daqui a<br />
seis meses reavaliar a situação.<br />
Submetida a votação a proposta do Sr. Presi<strong>de</strong>nte, foi a mesma aprovada, por maioria<br />
absoluta, com três votos a favor (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Luís Silva e Elvira Sequeira),<br />
dois votos contra (Vereadores Carlos Tomé e Helena Pinto) e uma abstenção (Vereador<br />
Henrique Reis).<br />
Torres Novas, 24 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2013<br />
A propósito <strong>de</strong> vários pontos na agenda sobre reclamações <strong>de</strong> munícipes<br />
a Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte proposta:<br />
São hoje presentes à reunião ordinária pública da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas, um conjunto <strong>de</strong><br />
reclamações <strong>de</strong> cidadãos sobre o estado em que se encontram <strong>de</strong>terminados imóveis e as consequências<br />
que têm quer em termos <strong>de</strong> segurança, quer <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública e ainda no or<strong>de</strong>namento do espaço<br />
público. As referidas situações foram objeto <strong>de</strong> vistorias por parte dos serviços camarários. A cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Torres Novas, assim como muitas freguesias, estão cheias <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> prédios abandonados,
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
135<br />
em risco <strong>de</strong> cair, <strong>de</strong> sujida<strong>de</strong>, locais on<strong>de</strong> pombos e outros animais proliferam e que causam prejuízo<br />
à vida das pessoas e são um péssimo “postal” para a cida<strong>de</strong> e o concelho. Urge tratar <strong>de</strong>sta situação,<br />
<strong>de</strong> forma integrada, planeada e com efeitos duradouros. Existem medidas <strong>de</strong> curto prazo que a<br />
Câmara Municipal po<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já encetar:<br />
– Limpeza do espaço público<br />
– Sinalização das situações que colocam em risco a segurança<br />
– Medidas para o controle da população <strong>de</strong> pombos<br />
– Ponto da situação <strong>de</strong> todos os programas <strong>de</strong>stinados à reabilitação do Centro Histórico da cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cididos e iniciados no passado<br />
E medidas <strong>de</strong> médio prazo:<br />
– Realização <strong>de</strong> vistorias, por iniciativa da Câmara e consequentes medidas junto dos proprietários<br />
– Estudo <strong>de</strong> todos os programas nacionais e europeus que possam vir a financiar uma operação <strong>de</strong><br />
reabilitação dos “centros históricos”<br />
– Estudo <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> incentivo à reabilitação <strong>de</strong> habitações, ao arrendamento e também ao<br />
pequeno comércio<br />
Neste sentido, propõe-se a criação <strong>de</strong> um Grupo <strong>de</strong> Trabalho, que apresente à Câmara Municipal um<br />
plano <strong>de</strong>talhado, por fases, para a resolução <strong>de</strong>ste grave problema. A criação do Grupo <strong>de</strong> Trabalho<br />
permitirá envolver os eleitos e também receber contributos da socieda<strong>de</strong> torrejana. Este Grupo <strong>de</strong><br />
Trabalho <strong>de</strong>verá apresentar um relatório preliminar no prazo máximo <strong>de</strong> 2 meses a contar da data<br />
em que for criado.<br />
Esta proposta nunca foi votada<br />
Torres Novas, 5 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013<br />
Regimento da câmara municipal <strong>de</strong> torres novas<br />
– análise e discussão (Assunto 567/13)<br />
Versão actual do Regimento<br />
Artigo 1º – Reuniões<br />
1. As reuniões ordinárias terão periodicida<strong>de</strong><br />
quinzenal, realizando-se nos dias previamente<br />
fixados, passando para o primeiro dia útil imediato<br />
quando coincidam com feriado. As reuniões ordinárias<br />
serão, alternadamente, públicas e privadas<br />
e todos com carácter <strong>de</strong>liberativo.<br />
2. As reuniões ordinárias terão início às 15 horas<br />
e final às 18 horas, ás terças-feiras, po<strong>de</strong>ndo a<br />
Câmara <strong>de</strong>liberar o seu prolongamento pelo<br />
período que enten<strong>de</strong>r.<br />
Propostas <strong>de</strong> Alteração – BE<br />
Artigo 1º – Reuniões<br />
1. As reuniões po<strong>de</strong>m ser ordinárias e extraordinárias.<br />
2. As reuniões ordinárias terão periodicida<strong>de</strong><br />
quinzenal, realizando-se nos dias previamente<br />
fixados, passando para o primeiro dia útil imediato<br />
quando coincidam com feriado.<br />
3. As reuniões ordinárias são, alternadamente,<br />
públicas e privadas e todas com carácter <strong>de</strong>liberativo.<br />
4. As reuniões ordinárias terão início às 10 horas<br />
e final às 13 horas, às terças-feiras, po<strong>de</strong>ndo a<br />
Câmara <strong>de</strong>liberar o seu prolongamento pelo<br />
período que enten<strong>de</strong>r.<br />
5. As reuniões realizam-se nos Paços do Concelho,<br />
exceto as reuniões <strong>de</strong>scentralizadas que se<br />
realizarão em cada freguesia.
136<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Artigo 2º – Direcção dos trabalhos<br />
Das <strong>de</strong>cisões sobre a direcção dos trabalhos cabe<br />
recurso para o plenário, a apreciar imediatamente<br />
após a sua interposição.<br />
Artigo 3º – Or<strong>de</strong>m do dia<br />
Com a or<strong>de</strong>m do dia estarão disponíveis todos<br />
os documentos que habilitem os vereadores a<br />
participar na discussão das matérias <strong>de</strong>la constantes.<br />
Artigo 4º – Quorum<br />
1. Se, trinta minutos após o previsto para o início<br />
da reunião, não estiver presente a maioria dos<br />
vereadores, consi<strong>de</strong>ra-se que não há quorum,<br />
<strong>de</strong>vendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo proce<strong>de</strong>r-se ao registo das<br />
presenças, à marcação das faltas e à elaboração<br />
da acta.<br />
2. Verificando-se a situação prevista no número<br />
anterior, a nova reunião, a <strong>de</strong>signar pelo Presi<strong>de</strong>nte<br />
da Câmara, será convocada com, pelo<br />
menos, cinco dias <strong>de</strong> antecedência, por meio <strong>de</strong><br />
edital e carta com aviso <strong>de</strong> recepção ou através<br />
<strong>de</strong> protocolo.<br />
Artigo 5º – Períodos das reuniões<br />
1. Em cada reunião ordinária há um período <strong>de</strong><br />
“Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia”, e quando se tratar <strong>de</strong><br />
reunião pública, um período <strong>de</strong> “<strong>Intervenção</strong> do<br />
Público”, no final da reunião.<br />
2. Nas reuniões extraordinárias, não haverá lugar<br />
a período <strong>de</strong> “Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia”.<br />
Artigo 6º – Períodos da Or<strong>de</strong>m do Dia<br />
1. O período da “Or<strong>de</strong>m do Dia” inclui um<br />
período <strong>de</strong> apreciação e votação das propostas<br />
constantes da or<strong>de</strong>m do dia e das que forem<br />
Artigo 2º – Direção dos trabalhos<br />
1 – A direção dos trabalhos é assegurada pelo<br />
Presi<strong>de</strong>nte.<br />
2 – Na ausência ou impedimento do Presi<strong>de</strong>nte,<br />
a condução dos trabalhos é assegurada pelo Vicepresi<strong>de</strong>nte,<br />
cabendo-lhe exercer as competências<br />
legais do Presi<strong>de</strong>nte.<br />
3 – Das <strong>de</strong>cisões sobre a direção dos trabalhos<br />
cabe recurso para o plenário, a apreciar imediatamente<br />
após a sua interposição.<br />
Artigo 3º – Or<strong>de</strong>m do dia<br />
1 – A Or<strong>de</strong>m do Dia é tornada pública, com pelo<br />
menos 5 dias <strong>de</strong> antecedência, através <strong>de</strong> Edital e<br />
no sítio eletrónico da Câmara Municipal e enviada<br />
pelo meio mais a<strong>de</strong>quado à vereação.<br />
2 – Com a or<strong>de</strong>m do dia estarão disponíveis<br />
todos os documentos que habilitem os(as)<br />
vereadores(as) a participar na discussão das matérias<br />
<strong>de</strong>la constantes.<br />
3 – Quando a or<strong>de</strong>m do dia incluir as propostas<br />
<strong>de</strong> Orçamento do Município e Gran<strong>de</strong>s Opções<br />
do Plano, estas serão distribuídas à vereação<br />
com pelo menos 10 dias <strong>de</strong> antecedência.<br />
Artigo 4º – Quórum<br />
1. Se, trinta minutos após o previsto para o início<br />
da reunião, não estiver presente a maioria dos<br />
vereadores, consi<strong>de</strong>ra-se que não há quórum,<br />
<strong>de</strong>vendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo proce<strong>de</strong>r-se ao registo das<br />
presenças, à marcação das faltas e à elaboração<br />
da acta.<br />
2. Verificando-se a situação prevista no número<br />
anterior, a nova reunião, a <strong>de</strong>signar pelo Presi<strong>de</strong>nte<br />
da Câmara, será convocada com, pelo<br />
menos, cinco dias <strong>de</strong> antecedência, por meio <strong>de</strong><br />
edital e carta com aviso <strong>de</strong> recepção ou através<br />
<strong>de</strong> protocolo.<br />
Artigo 5º – Períodos das reuniões<br />
1. Em cada reunião ordinária há um período<br />
<strong>de</strong>signado <strong>de</strong> “Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia” e outro<br />
<strong>de</strong>signado <strong>de</strong> “Or<strong>de</strong>m do Dia”.<br />
2. Nas reuniões públicas há um período <strong>de</strong>stinado<br />
à “<strong>Intervenção</strong> do Público”.<br />
Artigo 6º – Períodos da Or<strong>de</strong>m do Dia<br />
1. O período da “Or<strong>de</strong>m do Dia” inclui um<br />
período <strong>de</strong> apreciação e votação das propostas<br />
constantes da or<strong>de</strong>m do dia e das que forem
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
137<br />
apresentadas nos termos dos n.º s 2, 3 e 4 do<br />
presente artigo.<br />
2. No início do período da “Or<strong>de</strong>m do Dia”, o<br />
Presi<strong>de</strong>nte dará conhecimento dos assuntos nela<br />
incluídos, bem como das propostas <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberações<br />
urgentes que tenham sido apresentadas<br />
por escrito.<br />
3. Até à votação <strong>de</strong> cada proposta po<strong>de</strong>m ser<br />
apresentadas, sobre o mesmo assunto, propostas<br />
escritas ou não e <strong>de</strong>vidamente fundamentadas <strong>de</strong><br />
facto e <strong>de</strong> direito, que serão simultaneamente<br />
discutidas e votadas.<br />
4. Os subscritores <strong>de</strong> cada proposta dispõem<br />
<strong>de</strong> 10 minutos para a apresentar dispondo cada<br />
membro <strong>de</strong> 5 minutos no total para a respectiva<br />
análise, discussão, pedidos <strong>de</strong> esclarecimento e<br />
protesto.<br />
5. O tempo disponível para cada membro da<br />
câmara po<strong>de</strong>rá ser cedido a outro.<br />
6. Havendo várias propostas <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação urgente<br />
sobre o mesmo assunto, po<strong>de</strong> o Presi<strong>de</strong>nte,<br />
por sua iniciativa ou por solicitação <strong>de</strong> qualquer<br />
Vereador, suspen<strong>de</strong>r a Reunião pelo período<br />
máximo <strong>de</strong> 15 minutos.<br />
7. Reaberta a reunião, proce<strong>de</strong>r-se-á <strong>de</strong> imediato<br />
à votação das propostas existentes.<br />
Artigo 7º – Período<br />
<strong>de</strong> “Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia”<br />
1. O período <strong>de</strong> “Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia” tem<br />
a duração máxima <strong>de</strong> trinta minutos, prorrogável<br />
por mais trinta minutos. Esta prorrogação será<br />
aprovada pela Câmara.<br />
2. Aberta a reunião, o Presi<strong>de</strong>nte dará conhecimento<br />
<strong>de</strong> todos os assuntos importantes inerentes<br />
à sua função, bem como das ocorrências<br />
municipais <strong>de</strong> relevo.<br />
3. O período restante é <strong>de</strong>stinado às votações,<br />
à prestação <strong>de</strong> informações e esclarecimentos<br />
pelo Presi<strong>de</strong>nte ou por quem ele indicar e pelos<br />
Vereadores com <strong>de</strong>legação ou sub<strong>de</strong>legação <strong>de</strong><br />
competências, bem como à discussão <strong>de</strong> quaisquer<br />
informações escritas previamente distribuídas.<br />
Artigo 8º – Período <strong>de</strong> <strong>Intervenção</strong> do Público<br />
1. O período <strong>de</strong> “<strong>Intervenção</strong> do Público” tem a<br />
duração <strong>de</strong> 30 minutos.<br />
2. Os cidadãos interessados em intervir para<br />
apresentadas nos termos dos n.º s 2, 3 e 4 do<br />
presente artigo.<br />
2. No início do período da “Or<strong>de</strong>m do Dia”, o<br />
Presi<strong>de</strong>nte dará conhecimento dos assuntos nela<br />
incluídos, bem como das propostas <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberações<br />
urgentes que tenham sido apresentadas<br />
por escrito.<br />
3. Até à votação <strong>de</strong> cada proposta po<strong>de</strong>m ser<br />
apresentadas, sobre o mesmo assunto, propostas<br />
escritas ou não e <strong>de</strong>vidamente fundamentadas <strong>de</strong><br />
facto e <strong>de</strong> direito, que serão simultaneamente<br />
discutidas e votadas.<br />
4. Os subscritores <strong>de</strong> cada proposta dispõem<br />
<strong>de</strong> 10 minutos para a apresentar dispondo cada<br />
membro <strong>de</strong> 5 minutos no total para a respectiva<br />
análise, discussão, pedidos <strong>de</strong> esclarecimento e<br />
protesto.<br />
5. O tempo disponível para cada membro da<br />
câmara po<strong>de</strong>rá ser cedido a outro.<br />
6. Havendo várias propostas <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação urgente<br />
sobre o mesmo assunto, po<strong>de</strong> o Presi<strong>de</strong>nte,<br />
por sua iniciativa ou por solicitação <strong>de</strong> qualquer<br />
Vereador, suspen<strong>de</strong>r a Reunião pelo período<br />
máximo <strong>de</strong> 15 minutos.<br />
7. Reaberta a reunião, proce<strong>de</strong>r-se-á <strong>de</strong> imediato<br />
à votação das propostas existentes.<br />
Artigo 7º – Período<br />
<strong>de</strong> “Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia”<br />
1. O período <strong>de</strong> “Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia” tem<br />
a duração máxima <strong>de</strong> quarenta e cinco minutos,<br />
prorrogável por mais trinta minutos e <strong>de</strong>stina-se<br />
ao tratamento <strong>de</strong> assuntos gerais <strong>de</strong> interesse<br />
autárquico. Esta prorrogação será aprovada pela<br />
Câmara.<br />
2. Aberta a reunião, o Presi<strong>de</strong>nte dará conhecimento<br />
<strong>de</strong> todos os assuntos importantes inerentes<br />
à sua função, bem como das ocorrências<br />
municipais <strong>de</strong> relevo.<br />
3. O período restante é <strong>de</strong>stinado a intervenções<br />
da vereação, às votações, à prestação <strong>de</strong><br />
informações e esclarecimentos pelo Presi<strong>de</strong>nte<br />
ou por quem ele indicar e pelos Vereadores com<br />
<strong>de</strong>legação ou sub<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências,<br />
bem como à discussão <strong>de</strong> quaisquer informações<br />
escritas previamente distribuídas.<br />
Artigo 8º – Período <strong>de</strong> <strong>Intervenção</strong> do Público<br />
1. O período <strong>de</strong> “<strong>Intervenção</strong> do Público” tem a<br />
duração <strong>de</strong> 30 minutos, po<strong>de</strong>ndo ser prorrogado.<br />
2. Este período tem lugar no início da reunião
138<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
solicitar esclarecimentos terão <strong>de</strong> fazer antecipadamente<br />
a sua inscrição, referindo nome, morada<br />
e assunto a tratar.<br />
Artigo 9º – <strong>Intervenção</strong> dos representantes<br />
das Juntas <strong>de</strong> Freguesia<br />
A Câmara ouvirá os representantes das Juntas <strong>de</strong><br />
Freguesia do concelho, por um período <strong>de</strong> trinta<br />
minutos. Este tempo será dividido, em partes<br />
iguais, pelas Juntas <strong>de</strong> Freguesia presentes.<br />
Artigo 10º – Formas <strong>de</strong> votação<br />
1. A votação é nominal, salvo se o regimento<br />
estipular ou o órgão <strong>de</strong>liberar, por proposta <strong>de</strong><br />
qualquer membro, outra forma <strong>de</strong> votação.<br />
2. As <strong>de</strong>liberações que envolvam a apreciação <strong>de</strong><br />
comportamentos ou <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualquer<br />
pessoa são tomadas por escrutínio secreto e, em<br />
caso <strong>de</strong> dúvida, o órgão <strong>de</strong>libera sobre a forma<br />
da votação.<br />
3. Havendo empate em votação por escrutínio<br />
secreto, proce<strong>de</strong>-se imediatamente a nova votação<br />
e, se o empate se mantiver, adia-se a <strong>de</strong>liberação<br />
para a reunião seguinte, proce<strong>de</strong>ndo-se a votação<br />
nominal se na primeira votação <strong>de</strong>sta reunião se<br />
repetir o empate.<br />
4. Quando necessária, a fundamentação das <strong>de</strong>liberações<br />
tomadas por escrutínio secreto é feita<br />
pelo presi<strong>de</strong>nte após a votação, tendo em conta<br />
a discussão que a tiver precedido.<br />
Artigo 11º – Reuniões públicas<br />
1. Haverá uma reunião pública em cada mês,<br />
sendo alternada com uma reunião privada.<br />
2. A Câmara po<strong>de</strong> <strong>de</strong>liberar a realização <strong>de</strong> outras<br />
reuniões públicas.<br />
3. A <strong>de</strong>liberação referida no número anterior será<br />
publicada em edital afixado nos lugares <strong>de</strong> estilo<br />
durante os cinco dias anteriores à reunião.<br />
e po<strong>de</strong>rá também ocorrer no final da reunião<br />
sempre que se justifique.<br />
3. Os cidadãos(ãs) interessados em intervir para<br />
solicitar esclarecimentos concretos terão <strong>de</strong><br />
fazer antecipadamente a sua inscrição, referindo<br />
nome, morada e assunto a tratar. Os restantes<br />
cidadãos(ãs) inscrevem-se no próprio dia.<br />
Artigo 9º – <strong>Intervenção</strong> dos representantes<br />
das Juntas <strong>de</strong> Freguesia<br />
A Câmara ouvirá os representantes das Juntas <strong>de</strong><br />
Freguesia do concelho, por um período <strong>de</strong> trinta<br />
minutos. Este tempo será dividido, em partes<br />
iguais, pelas Juntas <strong>de</strong> Freguesia presentes.<br />
Artigo 10º – Formas <strong>de</strong> votação<br />
1. As <strong>de</strong>liberações são tomadas por votação nominal,<br />
salvo se o regimento estipular ou o órgão<br />
<strong>de</strong>liberar, por proposta <strong>de</strong> qualquer membro,<br />
outra forma <strong>de</strong> votação.<br />
2. As <strong>de</strong>liberações que envolvam a apreciação <strong>de</strong><br />
comportamentos ou <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualquer<br />
pessoa são tomadas por escrutínio secreto e, em<br />
caso <strong>de</strong> dúvida, o órgão <strong>de</strong>libera sobre a forma<br />
da votação.<br />
3. Havendo empate em votação por escrutínio<br />
secreto, proce<strong>de</strong>-se imediatamente a nova votação<br />
e, se o empate se mantiver, adia-se a <strong>de</strong>liberação<br />
para a reunião seguinte, proce<strong>de</strong>ndo-se a votação<br />
nominal se na primeira votação <strong>de</strong>sta reunião se<br />
repetir o empate.<br />
4. Quando necessária, a fundamentação das <strong>de</strong>liberações<br />
tomadas por escrutínio secreto é feita<br />
pelo presi<strong>de</strong>nte após a votação, tendo em conta<br />
a discussão que a tiver precedido.<br />
5. É admitida a votação <strong>de</strong> Propostas em alternativa,<br />
caso em que serão contados apenas os<br />
votos positivos.<br />
Artigo 11º – Reuniões públicas<br />
1. Haverá uma reunião pública em cada mês,<br />
sendo alternada com uma reunião privada.<br />
2. A Câmara po<strong>de</strong> <strong>de</strong>liberar a realização <strong>de</strong> outras<br />
reuniões públicas.<br />
3. A <strong>de</strong>liberação referida no número anterior será<br />
publicada em edital afixado nos lugares <strong>de</strong> estilo<br />
durante os cinco dias anteriores à reunião.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
139<br />
Artigo 11.º – Declarações <strong>de</strong> voto<br />
Qualquer vereador(a) po<strong>de</strong>rá apresentar <strong>de</strong>clarações<br />
<strong>de</strong> voto, as quais serão apresentadas por<br />
escrito até 48 horas após a reunião e consta da<br />
respectiva ata.<br />
Artigo 12.º – Pedidos <strong>de</strong> esclarecimento<br />
Os pedidos <strong>de</strong> esclarecimento <strong>de</strong>vem ser formulados<br />
logo que fin<strong>de</strong> a intervenção que os<br />
suscitou, sendo respondidos pela respectiva<br />
or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> inscrição.<br />
Artigo 13.º – Protestos<br />
1 – A cada vereador(a), sobre a mesma matéria,<br />
só é permitida a apresentação <strong>de</strong> um protesto.<br />
Artigo 14.º – Atas<br />
1 – Será lavrada uma ata on<strong>de</strong> se registe o que <strong>de</strong><br />
essencial tiver ocorrido na respetiva reunião.<br />
2 – Da ata constará, <strong>de</strong>signadamente, a data e o<br />
local da reunião, a i<strong>de</strong>ntificação dos Vereadores(as)<br />
presentes, as faltas dadas, os assuntos apreciados,<br />
as <strong>de</strong>liberações tomadas sobre Propostas,<br />
Moções e requerimentos, a forma e o resultado<br />
das votações, as <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> voto e ainda o<br />
fato da ata ter sido aprovada.<br />
3– As atas constituem documentos autênticos que<br />
fazem plena prova, nos termos da lei. Das atas<br />
po<strong>de</strong>m ser passadas, a pedido dos interessados,<br />
certidões ou fotocópias autenticadas, nos termos<br />
dos artigos 62.º e 63.º do Código do Procedimento<br />
Administrativo.<br />
4 – É efectuado um registo áudio <strong>de</strong> todas as<br />
reuniões.<br />
Artigo 15.º – Publicida<strong>de</strong><br />
As <strong>de</strong>liberações tomadas pela Câmara Municipal<br />
<strong>de</strong>vem ser objeto <strong>de</strong> divulgação <strong>de</strong>stacada no sítio<br />
oficial da Câmara Municipal<br />
O Sr. Presi<strong>de</strong>nte e a Vereadora Sra. Helena Pinto apresentaram propostas <strong>de</strong> alteração ao Regimento<br />
da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas. Após análise, a Câmara <strong>de</strong>liberou, por unanimida<strong>de</strong> (sete<br />
votos), remeter as propostas apresentadas aos Serviços Jurídicos para compilação e elaboração <strong>de</strong><br />
proposta final.<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013
140<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Proposta <strong>de</strong> nomeação da Comissão Municipal <strong>de</strong> Vistorias,<br />
para os efeitos previstos no RJUE (Assunto 583/13)<br />
Foi presente uma proposta do Sr. Vereador do Pelouro do Urbanismo, para <strong>de</strong>signação da Comissão<br />
Municipal <strong>de</strong> Vistorias, para os efeitos previstos no RJUE (artigos 64.º, 65.º, 90.º e 96.º). Após análise,<br />
a Câmara <strong>de</strong>liberou, por unanimida<strong>de</strong> (sete votos), aprovar a proposta apresentada. Sob proposta<br />
da Vereadora Helena Pinto, a Câmara <strong>de</strong>liberou ainda <strong>de</strong>terminar que os Relatórios <strong>de</strong><br />
Vistoria contenham a i<strong>de</strong>ntificação precisa dos Técnicos <strong>de</strong>signados para o efeito.<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013<br />
Proposta: “Reduzir <strong>de</strong> forma eficaz e permanente a população<br />
<strong>de</strong> pombos é uma urgência para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Torres Novas”<br />
O facto <strong>de</strong> existirem muitos imóveis em adiantado estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação facilita a reprodução dos<br />
pombos. As consequências são sobejamente conhecidas e traduzem-se em muitos problemas para a<br />
população com incidência direta na sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Janelas que não se po<strong>de</strong>m abrir, varandas<br />
sempre sujas, fachadas <strong>de</strong> prédios em <strong>de</strong>gradação, ruas sujas, impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r roupa,<br />
são queixas constantes da população. Mas também existem consequências graves para a saú<strong>de</strong><br />
pública, pois existem doenças que são transmitidas por estes animais. Este é um problema que não<br />
po<strong>de</strong> esperar mais. Existem medidas, já testadas noutros locais, no nosso país e no estrangeiro que<br />
contribuem para o controlo da população <strong>de</strong> pombos com resultados muito positivos. – colocação<br />
<strong>de</strong> alimentos com fármacos que fazem a esterilização química dos pombos; – substituição dos ovos<br />
nos ninhos; – introdução <strong>de</strong> aves <strong>de</strong> rapina na cida<strong>de</strong> Só a Câmara Municipal po<strong>de</strong> implementar estas<br />
medidas. Nesse sentido, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda propõe que este assunto merece atenção imediata por<br />
parte dos serviços camarários <strong>de</strong> modo a que seja elaborado um plano, e preparada a sua execução.<br />
Deve também ser realizada uma campanha <strong>de</strong> informação à população, sobre o que se está a fazer<br />
e com a indicação dos procedimentos a<strong>de</strong>quados, nomeadamente sobre saú<strong>de</strong>.<br />
Submetida a proposta apresentada a votação, foi a mesma rejeitada, com cinco votos contra<br />
(Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Srs. Luís Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo, Henrique Reis), uma<br />
abstenção (Sr. Vereador Carlos Tomé) e um voto a favor (Sra. Vereadora Helena Pinto).<br />
Torres Novas, 3 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2013<br />
Propostas apresentadas em 2014<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda para a viabilização<br />
da empresa municipal (Assunto 249/14)<br />
Consi<strong>de</strong>randos: O Bloco <strong>de</strong> Esquerda reafirma a sua posição <strong>de</strong> princípio <strong>de</strong> que as atribuições<br />
municipais <strong>de</strong>vem ser asseguradas por serviços municipais: trata-se <strong>de</strong> uma posição eminentemente<br />
política, mas também <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados princípios <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> organização<br />
administrativa do município; O Bloco <strong>de</strong> Esquerda reafirma, também, a sua posição <strong>de</strong> princípio<br />
contra a existência da empresa municipal Turrisespaços, por razões técnicas e políticas, por<br />
consi<strong>de</strong>rar que a entida<strong>de</strong> criada não é uma empresa na verda<strong>de</strong>ira aceção do termo, não<br />
possui qualquer viabilida<strong>de</strong> financeira e empresarial e por a sua activida<strong>de</strong> ter invadido áreas<br />
<strong>de</strong> acção que em muito ultrapassam, até, os seus propósitos iniciais, invadindo e conflituando<br />
com a própria ativida<strong>de</strong> da autarquia e dos operadores particulares nas áreas do <strong>de</strong>sporto e da<br />
promoção da ativida<strong>de</strong> física, do recreio e do entretenimento; O Bloco <strong>de</strong> Esquerda reafirma
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
141<br />
que as atribuições e competências municipais nas áreas da gestão <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>sportivos,<br />
do apoio às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas dos clubes e da promoção do <strong>de</strong>sporto e da ativida<strong>de</strong> física,<br />
<strong>de</strong>vem ser concretizadas por serviços municipais, assim como <strong>de</strong>vem ser competência dos<br />
serviços municipais toda a activida<strong>de</strong> cultural e os apoios às associações <strong>de</strong> natureza cultural e<br />
recreativa; No entanto, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda reconhece a importância <strong>de</strong> que se revestiu para<br />
o município <strong>de</strong> Torres Novas e para região, a aposta estratégica numa programação cultural<br />
<strong>de</strong> referência, que foi concretizada com a criação da Empresa Municipal do Teatro Virgínia<br />
na sua fórmula inicial <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> responsável, apenas e só, pela programação do calendário<br />
cultural do teatro Virgínia, nomeadamente dos espetáculos, e das ações <strong>de</strong> formação cultural<br />
e educativa no âmbito das artes do espetáculo; O Bloco <strong>de</strong> Esquerda, embora reconheça que<br />
a maioria socialista possui espaço <strong>de</strong> manobra para <strong>de</strong>finir isoladamente as suas <strong>de</strong>cisões, está<br />
disponível para apoiar politicamente a existência da Empresa Municipal do Teatro Virgínia na<br />
sua fórmula inicial, como forma <strong>de</strong> salvaguardar a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> programação<br />
cultural <strong>de</strong> referência e que constitua e continue a ser uma aposta estratégica do município<br />
<strong>de</strong> Torres Novas; O Bloco <strong>de</strong> Esquerda apoia, neste sentido, urna solução que <strong>de</strong>volva aos<br />
serviços municipais todas as atribuições nas áreas da gestão <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>sportivos e <strong>de</strong><br />
promoção da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva, bem corno das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> programação cuftural e <strong>de</strong> apoio<br />
às activida<strong>de</strong>s culturais, à excepção da programação <strong>de</strong> sala do Teatro Virgínia e <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />
relacionadas com a promoção e o <strong>de</strong>senvolvimento das artes performativas (teatro, música,<br />
dança), nas suas componentes educativa e <strong>de</strong> formação.<br />
Proposta: – O Bloco <strong>de</strong> Esquerda apoia e propõe, neste sentido, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um processo<br />
com vista à extinção da Turrisespaços e a reativação da Empresa Municipal do Teatro Virgínia na sua<br />
fórmula inicial, reconhecendo na programação cultural <strong>de</strong> espetáculos, e só nela, algumas singularida<strong>de</strong>s<br />
que, <strong>de</strong> certa forma, po<strong>de</strong>m justificar a opção pela fórmula <strong>de</strong> uma empresa municipal como solução<br />
nesta área da ativida<strong>de</strong> cultural autárquica; – Propõe, em consequência, a <strong>de</strong>volução das atribuições<br />
nas áreas da gestão <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>sportivos e dos apoios à ativida<strong>de</strong> associativa e cultural aos<br />
serviços municipais que executam as orientações e <strong>de</strong>cisões do Executivo da Câmara Municipal; – O<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda consi<strong>de</strong>ra que esta tornada <strong>de</strong> posição é um passo político significativo com vista<br />
à solução da crise vivida na Turrisespaços, para que seja ultrapassada a questão da sua incontestável e<br />
in<strong>de</strong>smentível inviabilida<strong>de</strong> financeira e empresarial; – O Bloco <strong>de</strong> Esquerda assume-se como oposição<br />
firme mas responsável à maioria socialista na Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas, colocando-se, assim,<br />
do lado da solução dos problemas e da efetiva participação política na sua resolução.<br />
Submetida a votação a proposta apresentada, foi a mesma rejeitada, com cinco votos contra<br />
(Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Srs. Luís Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo, Filipa Rodrigues) e<br />
dois votos favoráveis (Srs. Vereadores Henrique Reis e Helena Pinto).<br />
Torres Novas, 22 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2014<br />
Proposta para a preparação do Orçamento Municipal / 2015:<br />
Orçamento Participativo e Orçamento Base Zero<br />
A situação financeira do município é preocupante e o seu nível <strong>de</strong> endividamento implica um<br />
acompanhamento por parte do Executivo.<br />
Tendo em conta que o Orçamento para o ano <strong>de</strong> 2015 <strong>de</strong>verá merecer uma preparação cuidada e<br />
minuciosa, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda consi<strong>de</strong>ra que o <strong>de</strong>bate sobre os seus objetivos, metas e projetos<br />
<strong>de</strong>verá ser iniciado quanto antes.<br />
Tal implica o agendamento <strong>de</strong>ste assunto numa reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá ser<br />
apresentado um balanço da situação financeira e <strong>de</strong>batidas as gran<strong>de</strong>s linhas <strong>de</strong> orientação para o<br />
próximo ano.
142<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Para o Bloco <strong>de</strong> Esquerda há dois pontos fundamentais que <strong>de</strong>vem ser objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate e <strong>de</strong> tomada<br />
<strong>de</strong> medidas concretas já para o próximo Orçamento:<br />
– A implementação do Orçamento Base Zero (OBZ), aliás previsto no Plano <strong>de</strong> Saneamento Financeiro<br />
e não aplicado<br />
– A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma verba <strong>de</strong>stinada ao Orçamento Participativo.<br />
O Orçamento Municipal é o principal instrumento <strong>de</strong> gestão da política local. Deve ser elaborado,<br />
<strong>de</strong> forma rigorosa, mas também correspon<strong>de</strong>ndo a um amplo <strong>de</strong>bate sobre as suas opções.<br />
Os/as munícipes não <strong>de</strong>vem ser afastados <strong>de</strong>ste processo nem ser confrontados com factos<br />
consumados.<br />
O Orçamento Base Zero baseia-se na obrigação <strong>de</strong> cada serviço da autarquia <strong>de</strong>finir e justificar a<br />
sua proposta <strong>de</strong> orçamento em função <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s previstas para o ano seguinte, sem se basear<br />
no orçamento do ano anterior ou corrente – o que permite eliminar muitas <strong>de</strong>spesas supérfluas e<br />
introduz a transparência como suporte das escolhas coletivas.<br />
O Orçamento Participativo, com <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> experiências nas mais diversas autarquias do país, é<br />
um instrumento que permite a participação direta <strong>de</strong> cidadãos e cidadãs nas escolhas do município,<br />
reforçando a <strong>de</strong>mocracia direta e a responsabilida<strong>de</strong> coletiva.<br />
Assim, ao abrigo do artigo 53.º da Lei 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> setembro, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
requer a inclusão <strong>de</strong> um ponto na Or<strong>de</strong>m do Dia sobre a elaboração do Orçamento<br />
Municipal para o ano <strong>de</strong> 2015.<br />
Esta proposta foi apresentada em Junho <strong>de</strong> 2014, nunca foi votada, porque o PS adiou a <strong>de</strong>cisão sobre<br />
o Orçamento Participativo para Abril <strong>de</strong> 2015, só tendo reflexo no Orçamento <strong>de</strong> 2016.<br />
Torres Novas, 3 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2014<br />
Definição <strong>de</strong> conceito <strong>de</strong> ruínas (Assunto 399/14)<br />
Após análise, a Câmara <strong>de</strong>liberou por unanimida<strong>de</strong> (sete votos), <strong>de</strong>finir o seguinte conceito <strong>de</strong> ruínas:<br />
Edifício cuja utilização, para o fim a que se <strong>de</strong>stina, fica total ou parcialmente prejudicada <strong>de</strong>vido ao<br />
seu estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação. Esta <strong>de</strong>liberação foi aprovada em minuta, para efeitos imediatos.<br />
Torres Novas, 15 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2014<br />
Mercado <strong>de</strong> Riachos – apreciação da proposta <strong>de</strong> aquisição<br />
(Assunto 495/14)<br />
Consi<strong>de</strong>rando que o mercado <strong>de</strong> Riachos se encontra num estado muito <strong>de</strong>gradado, sem um mínimo<br />
<strong>de</strong> condições para atrair ven<strong>de</strong>dores e compradores;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que uma a<strong>de</strong>quada reabilitação po<strong>de</strong>ria dinamizar o espaço na sua função essencial<br />
<strong>de</strong> mercado, criando condições para que os pequenos produtores locais pu<strong>de</strong>ssem colocar os seus<br />
produtos hortícolas e frutícolas à disposição dos consumidores, e que <strong>de</strong>ssa forma contribuiria para<br />
a revitalização da micro-economia local;<br />
Consi<strong>de</strong>rando ainda que uma reabilitação inteligente do espaço permitiria ao mercado cumprir uma<br />
dupla função, uma vez que além da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado, po<strong>de</strong>ria ser rentabilizado como espaço<br />
polivalente para utilizações múltiplas, <strong>de</strong> cariz cultural e outras, dinamizadoras da comunida<strong>de</strong><br />
riachense, e revivificadoras da memória colectiva dos riachenses;<br />
Consi<strong>de</strong>rando finalmente que uma das condições para que possa ser elaborado projecto <strong>de</strong> reabilitação e<br />
candidatado a eventuais comparticipações dos fundos europeus, é a proprieda<strong>de</strong> plena do espaço;
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
143<br />
Proponho que a Câmara Municipal, através do seu presi<strong>de</strong>nte, estabeleça os contactos necessários com<br />
a empresa proprietária do espaço, no sentido <strong>de</strong> adquirir a curto prazo o mercado para património<br />
do município.<br />
Acerca <strong>de</strong>ste assunto, foi presente uma proposta apresentada pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda, bem como,<br />
um oficio da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Riachos, que se anexam.<br />
A Câmara <strong>de</strong>liberou, por unanimida<strong>de</strong> (sete votos), conce<strong>de</strong>r po<strong>de</strong>res ao Sr. Presi<strong>de</strong>nte para negociar<br />
a eventual aquisição do espaço “Mercado <strong>de</strong> Riachos”, bem como, do edifício do antigo “Cinema<br />
Olímpia”.<br />
Torres Novas, 12 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2014<br />
Açu<strong>de</strong> Real do Rio Almonda – reparação da adufa (Assunto 518/14)<br />
O nível da água a montante do Açu<strong>de</strong> Real, no rio Almonda encontra-se muito abaixo daquilo que<br />
<strong>de</strong>ve ser.<br />
Esta situação tem consequências várias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo na estacaria que suporta as margens, no<br />
impedimento da água para abastecer o espelho <strong>de</strong> água junto ao jardim das Rosas, na água que não<br />
corre no próprio açu<strong>de</strong> e até na dificulda<strong>de</strong> que cria à prática <strong>de</strong>sportiva da pesca.<br />
Esta situação acontece porque a adufa que regula a saída da água no Açu<strong>de</strong> Real se encontra num<br />
estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação tal que já não aprisiona a água para que esta possa subir o seu nível.<br />
As consequências nefastas estão bem à vista no local e agravar-se-ão se não forem tomadas medidas<br />
com carater <strong>de</strong> urgência.<br />
Assim:<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda propõe a reparação imediata da adufa, <strong>de</strong> forma a proporcionar a subida<br />
das águas e consequentemente normalizar as situações <strong>de</strong>scritas nos consi<strong>de</strong>randos.<br />
Acerca <strong>de</strong>ste assunto, foi presente a informação I/1086/14-DIT/SM e uma proposta apresentada pela<br />
Sra. Vereadora Helena Pinto, que se anexam. O Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>u a palavra ao Chefe <strong>de</strong> Divisão <strong>de</strong><br />
Serviços Municipais, para prestar as informações solicitadas pelos Srs. Vereadores. Após análise, o<br />
Sr. Presi<strong>de</strong>nte retirou o assunto para melhor esclarecimento.<br />
A Sra. Vereadora Helena Pinto <strong>de</strong>clarou o seguinte: “Tendo em conta as questões meramente técnicas<br />
levantadas em relação à proposta do BE e tendo em conta a disponibilida<strong>de</strong> do Engenheiro António<br />
Ruivo para se <strong>de</strong>slocar ao local, o assunto não foi votado e o BE pronunciar-se-á na próxima reunião,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> realizada a visita ao local.”<br />
Torres Novas, 30 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2014<br />
Saudação a cidadão<br />
Proponho que a Câmara Municipal faça uma saudação ao cidadão Eduardo Jorge, que fez uma marcha<br />
<strong>de</strong> 180 quilómetros entre Abrantes (Concavada) e Lisboa, em ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas para entregar uma<br />
carta no Ministério da Solidarieda<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> exige medidas concretas por parte do Governo, no sentido<br />
<strong>de</strong> criar condições para uma vida in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para as pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />
A saudação foi aprovada<br />
Torres Novas, 30 Setembro <strong>de</strong> 2014
144<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Moção Pelo Fim da Violência contra as Mulheres<br />
“Moção Pelo Fim da Violência contra as Mulheres Des<strong>de</strong> 1999 que a ONU instituiu a data <strong>de</strong> 25<br />
<strong>de</strong> Novembro como Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. Data para<br />
mobilizar a socieda<strong>de</strong> em todo o mundo e data escolhida para homenagear as três irmãs Mirabal,<br />
activistas na luta contra o ditador Trujillo da República Dominicana, mortas nesse dia no ano <strong>de</strong> 1960.<br />
A nível internacional os números dizem que em 3 mulheres uma já foi ou será vítima <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong><br />
violência. São conhecidas experiências que mostram como as pessoas fingem <strong>de</strong>sconhecer, tapam os<br />
olhos, evitam encarar e <strong>de</strong>nunciar situações <strong>de</strong> violência que estão logo ali na casa ao lado, na rua por<br />
on<strong>de</strong> circulamos, <strong>de</strong>ntro do elevador. Temos que “meter a colher”, ser <strong>de</strong>finitivamente intolerantes<br />
para com a violência. Mesmo que não nos afecte, intervir, <strong>de</strong>nunciar, apoiar e lutar pela erradicação<br />
da violência são <strong>de</strong>veres da cidadania e <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>cente. Em 2013 foram registadas 27 318<br />
participações <strong>de</strong> violência doméstica por parte das forças <strong>de</strong> segurança, segundo o Relatório Anual<br />
<strong>de</strong> Segurança Interna (RASI), <strong>de</strong> que resultaram 40 homicídios conjugais (30 mulheres e 10 homens).<br />
Também segundo dados do RASI referentes ao primeiro semestre <strong>de</strong> 2014, as polícias receberam 13<br />
071 participações, ou seja, 73 queixas por dia, isto é, 3 queixas por hora. Numa iniciativa simbólica<br />
em frente à Maternida<strong>de</strong> Alfredo Costa no dia 1 <strong>de</strong> Novembro, várias organizações <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos<br />
direitos das mulheres lembraram as 33 mulheres assassinadas até essa data e as 382 mortas nos<br />
últimos 10 anos. A maioria dos casos ocorreu na família em relações íntimas presentes ou passadas.<br />
Uma verda<strong>de</strong>ira guerra civil no lar, aquele sítio que, à partida, imaginamos como o mais seguro e<br />
aprazível para se viver! Neste momento este número já subiu para 40 mulheres mortas! A frieza<br />
dos números tem <strong>de</strong> ter uma tradução nas consciências <strong>de</strong> que são pessoas que foram maltratadas<br />
e a algumas foi mesmo retirado o direito básico a viver. Sabemos que o aumento das participações<br />
correspon<strong>de</strong> a uma maior consciência dos direitos que levaram a que alguém <strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> ter<br />
vergonha, que alguém <strong>de</strong>cidisse intervir, que alguém <strong>de</strong>ixasse o silêncio e pedisse ajuda. Sabemos<br />
que o facto <strong>de</strong> haver mais participações não significa que agora há mais violência do que antes. Não.<br />
Agora há mais consciência dos direitos, as campanhas e as organizações <strong>de</strong> direitos das mulheres<br />
têm feito um caminho, mas é impossível que esta constatação nos satisfaça. Uma que seja é uma<br />
vida que foi abusivamente retirada. A violência contra as mulheres é um problema <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, <strong>de</strong><br />
justiça, <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> educação, <strong>de</strong> segurança e <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> uma discriminação <strong>de</strong> género que está<br />
na base da socieda<strong>de</strong> patriarcal em que vivemos. Quando lemos as notícias, é recorrente surgir o<br />
ciúme, as atitu<strong>de</strong>s possessivas, o controlo, a incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lidar com o sentimento <strong>de</strong> perda como<br />
“explicações” para os assassinatos <strong>de</strong> mulheres. Temos leis. Temos planos contra a violência <strong>de</strong> género.<br />
Mas não po<strong>de</strong>mos tolerar o massacre que é a vida, as vidas <strong>de</strong> milhares e milhares <strong>de</strong> mulheres. A<br />
lei não basta; por isso, os membros da socieda<strong>de</strong> têm que intervir, <strong>de</strong>nunciar e não fechar os olhos.<br />
A prevenção é fundamental, as campanhas, todos os meios que eduquem para o respeito, a não<br />
discriminação, a cidadania têm <strong>de</strong> ser constantes e eficazes. A justiça tem que ser rápida e tem que<br />
dar sinais claros <strong>de</strong> que protege as vítimas e pune os agressores. Assim, a Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres<br />
Novas, reunida a 10 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2014, Dia Internacional dos Direitos Humanos, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>: 1.<br />
Recordar e homenagear todas as mulheres assassinadas. 2. Apelar aos cidadãos e às cidadãs para que<br />
se mobilizem contra este crime. 3. Proce<strong>de</strong>r à elaboração <strong>de</strong> um Plano Municipal Contra a Violência<br />
<strong>de</strong> Género.” A Câmara <strong>de</strong>liberou, por unanimida<strong>de</strong> (sete votos), aprovar a Moção apresentada.<br />
Torres Novas, 10 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2014
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
145<br />
Propostas apresentadas em 2015<br />
Espaço Cidadão – ratificação <strong>de</strong> protocolo<br />
com a Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização Administrativa;<br />
localização dos dois Espaços Cidadão (Assunto 25/15)<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou uma proposta no sentido da localização dos dois Espaços<br />
Cidadão em espaços fora da cida<strong>de</strong>.<br />
Proposta <strong>de</strong> localização dos dois Espaços Cidadão em freguesias fora da cida<strong>de</strong>: dois votos a<br />
favor (Srs. Vereadores Henrique Reis e Helena Pinto), quatro votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte,<br />
Srs. Vereadores Luís Silva, Elvira Sequeira e Paulo Tojo).<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
“Sobre este protocolo o Bloco <strong>de</strong> Esquerda enten<strong>de</strong> que <strong>de</strong>veriam ser clarificados alguns aspetos:<br />
em primeiro lugar porquê a localização <strong>de</strong> um Espaço Cidadão na cida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> já existem<br />
os serviços a prestar por este espaço? Em segundo lugar quem vão ser os “mediadores <strong>de</strong><br />
atendimento”? Em terceiro lugar se está previsto a inclusão da prestação <strong>de</strong> serviços municipais<br />
nestes postos <strong>de</strong> informação? Relevamos também a pertinência do parecer dos serviços no que<br />
diz respeito ao facto <strong>de</strong> “a autarquia financiar a ativida<strong>de</strong> da administração central” num momento<br />
que a política do Governo vai no sentido <strong>de</strong> reduzir as transferências para as autarquias e <strong>de</strong><br />
limitar a autonomia do po<strong>de</strong>r local. O BE consi<strong>de</strong>ra importante que a informação chegue às<br />
populações. A proximida<strong>de</strong> é aqui um facto muito importante e estes postos <strong>de</strong> informação e<br />
<strong>de</strong> contacto com a administração pública através da net, po<strong>de</strong>m ser importantes para setores<br />
da população que têm dificulda<strong>de</strong>s várias <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>. Por isso propusemos, em reunião <strong>de</strong><br />
Câmara que os dois postos a abrir ficassem situados fora da cida<strong>de</strong>. Era possível tomar esta<br />
posição pois o protocolo, entretanto assinado, estava em aberto no que se refere à localização<br />
dos “Espaço Cidadão” a abrir. Como a nossa proposta foi recusada, votámos contra.”<br />
Torres Novas, 21 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2015<br />
Feira Medieval <strong>de</strong> Torres Novas <strong>de</strong> 2015<br />
– normas <strong>de</strong> funcionamento e preços (Assunto 93/15)<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda consi<strong>de</strong>ra que a Feira Medieval se <strong>de</strong>veria realizar <strong>de</strong> dois em dois anos,<br />
como aliás propusemos em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Orçamento Municipal para 2015. Esta nossa posição baseiase<br />
na convicção <strong>de</strong> que é necessário dar espaço e investir recursos noutro tipo <strong>de</strong> iniciativas,<br />
nomeadamente nas festas da cida<strong>de</strong>, com programas que aliem as diversas formas <strong>de</strong> produção<br />
artística e potenciem, também, as capacida<strong>de</strong>s locais, que são muitas e diversas. Quanto às<br />
taxas a praticar na Feira Medieval <strong>de</strong>ve ser aplicada a política seguida pelo Município,<br />
baseada no seu Regulamento próprio, diferenciando as entida<strong>de</strong>s “com fins lucrativos”<br />
daquelas que “não têm fins lucrativos”. A Feira Medieval é uma iniciativa do Município e<br />
não faz sentido que seja excecionada da política normalmente seguida. Não concordamos com<br />
o aumento <strong>de</strong> 0,50 euros no valor da “pulseira”, comprada previamente e que dá acesso a<br />
todos os dias da Feira. Este aumento está em contra ciclo com os resultados da última edição<br />
da Feira no que diz respeito à venda <strong>de</strong> pulseiras. Proponho que se mantenha o mesmo<br />
preço do ano passado.”<br />
Torres Novas 16 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2015
146<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Resitejo – Associação <strong>de</strong> Gestão e Tratamento<br />
dos Lixos do Médio Tejo – acta da Assembleia Geral<br />
<strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2014 (Assunto 97/15)<br />
Acerca <strong>de</strong>ste assunto, a Vereadora Helena Pinto <strong>de</strong>clarou o seguinte: “O BE tomou conhecimento<br />
<strong>de</strong>sta Ata, mas não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> manifestar a sua preocupação pela situação da Resitejo e pelo seu<br />
futuro. Rejeitando a abertura a privados <strong>de</strong>sta Associação inter-municipal, enten<strong>de</strong>mos que a Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong>ve ter uma posição mais ativa na sua gestão e na sua estratégia. Por isso proponho que se<br />
realize, a curto prazo, um <strong>de</strong>bate sobre a estratégia da Câmara Municipal na Resitejo.”<br />
Torres Novas, 16 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2015<br />
Reunião <strong>de</strong>scentralizada em Assentis (PAOD)<br />
“O BE propõe que a Câmara Municipal provi<strong>de</strong>ncie os meios necessários para realizar os arranjos<br />
necessários no sítio da Azulada, para que a população possa <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> um espaço tão agradável para<br />
ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ar livre e lazer. Por iniciativa e esforço da população já foram realizados melhoramentos<br />
naquele sítio. A Câmara <strong>de</strong>ve correspon<strong>de</strong>r a esse esforço realizando o resto da intervenção<br />
necessária.”<br />
Resposta do Presi<strong>de</strong>nte: “Quanto às questões apresentadas pela vereadora Helena Pinto e que algumas<br />
se conjugam com o atrás referido, empenhar-nos-emos para as resolver gradualmente, consoante as<br />
disponibilida<strong>de</strong>s técnicas, humanas e financeiras da autarquia. Registo a questão da importância da<br />
Azulada, em termos ambientais e turísticos, pelo que nosso programa <strong>de</strong> turismo “CONQUISTA-TE”<br />
e que será apresentado brevemente, incluímos a recuperação e melhoramento da Azulada e junto<br />
dos fundos comunitários, no ITI da CIMT do Programa CENTRO 2020, esta zona foi proposta para<br />
co-financiamento.”<br />
Torres Novas, 30 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2015<br />
Orçamento Participativo <strong>de</strong> Torres Novas (Assunto 212/15)<br />
O Sr. Presi<strong>de</strong>nte apresentou a proposta da Carta <strong>de</strong> Princípios, as Normas Gerais e as Normas <strong>de</strong><br />
Participação do Orçamento Participativo <strong>de</strong> Torres Novas, conforme documentos anexos (Anexo 4).<br />
Relativamente à Componente Orçamental, o Sr. Presi<strong>de</strong>nte propôs o montante global <strong>de</strong> € 200.000,00<br />
para financiamento dos projectos mais votados pelos cidadãos. Por sua vez, a Sra. Vereadora Helena<br />
Pinto propôs a afectação da verba correspon<strong>de</strong>nte a 1% do valor total do Orçamento Municipal.<br />
Submetidas a votação as propostas apresentadas, obteve-se o seguinte resultado: –<br />
Proposta da Sra. Vereadora Helena Pinto: rejeitada, com um voto a favor da proponente,<br />
quatro votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luis Silva, Elvira Sequeira, Paulo<br />
Tojo) e duas abstenções (Vereadores Srs. Henrique Reis e Filipa Rodrigues). – Proposta<br />
do Sr. Presi<strong>de</strong>nte: aprovada, com cinco votos a favor (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luís<br />
Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo e Henrique Reis) e duas abstenções (Sras. Vereadoras<br />
Filipa Rodrigues e Helena Pinto). Submetidos a votação a Carta <strong>de</strong> Princípios, as Normas<br />
Gerais e as Normas <strong>de</strong> Participação do Orçamento Participativo <strong>de</strong> Torres Novas, foram<br />
as mesmas aprovadas, com seis votos favoráveis (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luís Silva,<br />
Elvira Sequeira, Paulo Tojo, Henrique Reis e Helena Pinto) e uma abstenção (Vereadora<br />
Sra. Filipa Rodrigues).<br />
A Sra. Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto: “O BE congratula-se com<br />
o facto do Município <strong>de</strong> Torres Novas a<strong>de</strong>rir à prática do Orçamento Participativo. A Democracia<br />
Local constrói-se todos os dias e tudo o que contribua para a aproximação dos cidadãos e cidadãs
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
147<br />
à política local é positivo, pois fomenta a participação cívica e política e aumenta o escrutínio em<br />
relação às <strong>de</strong>cisões dos eleitos/as. O Orçamento Participativo é um processo <strong>de</strong> co-<strong>de</strong>cisão em<br />
relação ao Orçamento Municipal, o principal instrumento <strong>de</strong> gestão do município. Abre-se agora um<br />
caminho, que será progressivo ao longo dos anos e que proporciona que os/as munícipes tenham<br />
uma palavra a dizer sobre o que enten<strong>de</strong> prioritário para o concelho e para as freguesias. Trata-se do<br />
primeiro ano em que vai ser aplicado, vão ser testadas metodologias, que serão objeto <strong>de</strong> avaliação<br />
no final o que proporcionará melhorias no ano seguinte. Foi encontrada uma forma equilibrada <strong>de</strong><br />
distribuição dos projetos a aprovar entre a cida<strong>de</strong> e as freguesias, o que também é um aspeto muito<br />
importante. O BE congratula-se por muitas das suas propostas terem sido incluídas, nomeadamente<br />
a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> voto para os jovens a partir dos 16 anos, pois será uma importante medida para<br />
incentivar a participação da juventu<strong>de</strong>.”<br />
Torres Novas, 28 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta apresentada no PAOD<br />
A Vereadora Helena Pinto colocou os seguintes assuntos: “Proponho que se inclua na agenda <strong>de</strong> uma<br />
próxima reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal um ponto sobre a Área <strong>de</strong> Reabilitação Urbana – UrbNovas. É<br />
tempo da vereação saber o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong> modo a que seja possível acompanhar<br />
o que se está a fazer e o que se preten<strong>de</strong> fazer. Esta reunião <strong>de</strong>ve ter a presença da equipa da<br />
UrbNovas, à semelhança das que se realizaram no início do processo.<br />
Embora aceite a reunião nunca se realizou<br />
Torres Novas, 11 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2015<br />
Projeto <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres<br />
– proposta <strong>de</strong> normas <strong>de</strong> funcionamento (Assunto 239/15)<br />
Após análise, a Câmara <strong>de</strong>liberou, por unanimida<strong>de</strong> (seis votos), aprovar as normas <strong>de</strong> funcionamento<br />
do projeto <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres (ATL), <strong>de</strong>stinadas a crianças do pré-escolar e crianças<br />
dos 6 aos 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, com as alterações introduzidas em termos <strong>de</strong> escalões e dos valores<br />
a pagar pela participação <strong>de</strong> cada criança.<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
“O BE enten<strong>de</strong> que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve criar serviços e projetos que sirvam toda a população.<br />
Os serviços públicos são universais e ninguém <strong>de</strong>ve ficar excluído do seu acesso por motivos <strong>de</strong><br />
or<strong>de</strong>m económica. Não votaríamos a favor do Projeto <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres para as<br />
crianças dos Agrupamentos Escolares do concelho, que implicassem um pagamento, no caso 15,00<br />
euros por semana, acrescidos do valor da refeição on<strong>de</strong> se aplicariam os escalões do abono <strong>de</strong><br />
família. Se assim fosse, muitas crianças ficariam excluídas <strong>de</strong>ste Projeto. Enten<strong>de</strong>mos também que<br />
seria colocado em causa o princípio da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s no acesso a um serviço criado<br />
pela autarquia. Votámos a favor da proposta final, aplicação dos escalões do abono <strong>de</strong> família<br />
no valor a pagar por cada criança, porque consi<strong>de</strong>ramos que esta situação se aproxima<br />
da proposta apresentada pelo BE e coloca alguma justiça social no acesso às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
tempos livres. Nenhuma criança ficará excluída por motivos <strong>de</strong> carência económica da sua família.<br />
No entanto, queremos <strong>de</strong>ixar expresso que a universalida<strong>de</strong> do acesso aos serviços públicos é a mais<br />
justa. Bem sabemos que a nível nacional a política tem sido no sentido <strong>de</strong> retroce<strong>de</strong>r neste princípio,<br />
mas enten<strong>de</strong>mos que a política local, assumindo a sua autonomia, <strong>de</strong>veria ser no sentido <strong>de</strong> manter<br />
a universalida<strong>de</strong> do acesso.”<br />
Torres Novas, 26 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2015
148<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
A propósito <strong>de</strong> várias reclamações <strong>de</strong> municipes<br />
sobre prédios em perigo<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto: “Constam da agenda<br />
<strong>de</strong>sta reunião <strong>de</strong> Câmara um conjunto <strong>de</strong> relatórios <strong>de</strong> vistoria que evi<strong>de</strong>nciam situações <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>gradação muito preocupantes <strong>de</strong> vários imóveis habitados. A este propósito o BE enten<strong>de</strong> que<br />
seria <strong>de</strong> toda a utilida<strong>de</strong> a elaboração <strong>de</strong> uma lista dos imóveis em risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocada no<br />
concelho, <strong>de</strong> modo a que fosse possível atuar antes que aconteçam situações que coloquem em<br />
perigo a população. Por outro lado permitiria uma ação junto dos proprietários e a programação<br />
<strong>de</strong> ações por parte da Câmara.”<br />
Torres Novas, 9 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta apresentada pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
– Rio Almonda, medidas urgentes (Assunto 329/15)<br />
– Solicitar uma reunião, urgente, ao Ministro do Ambiente, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem estar representadas todas<br />
as forças políticas. – A Câmara Municipal <strong>de</strong>ve criar <strong>de</strong> imediato e com carácter <strong>de</strong> exceção,<br />
uma equipa <strong>de</strong> técnicos, que <strong>de</strong>vem ir <strong>de</strong> imediato para o terreno recolher informação junto<br />
das fontes poluidoras já i<strong>de</strong>ntificadas e i<strong>de</strong>ntificar outras que entretanto possam ter surgido. Esta<br />
equipa <strong>de</strong>verá elaborar um Relatório no mais curto espaço <strong>de</strong> tempo. – Solicitar uma inspeção,<br />
urgente, às fontes <strong>de</strong> poluição já i<strong>de</strong>ntificadas, no sentido <strong>de</strong> confirmar se as medidas constantes<br />
dos relatórios das últimas fiscalizações estão a ser cumpridas e se surgiram novos problemas. –<br />
Articular com a Águas do Ribatejo a informação sobre possíveis “tamponamentos” <strong>de</strong> empresas<br />
<strong>de</strong> modo a que seja possível acionar a fiscalização, da Câmara e da GNR – SEPNA, <strong>de</strong> modo<br />
a impedir <strong>de</strong>scargas ilegais no Rio. – Reunir os responsáveis pela Proteção Civil no concelho<br />
para <strong>de</strong>bater esta situação e <strong>de</strong>terminar medidas que envolvam todos os agentes envolvidos.<br />
Esta reunião <strong>de</strong>ve ser realizada com a toda a Vereação. – No caso concreto da Fabrióleo,<br />
cuja ETAR <strong>de</strong>scarga na Ribeira da Boa Água, é preciso estudar em conjunto com a Águas do<br />
Ribatejo, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta empresa passar a <strong>de</strong>scarregar na ETAR <strong>de</strong> Torres Novas os seus<br />
efluentes, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>vidamente tratados. A situação atual é que não se po<strong>de</strong> manter. Penso<br />
que é evi<strong>de</strong>nte que a Ribeira continua a ser poluída. – Difundir um comunicado à população<br />
do Concelho, informando sobre a gravida<strong>de</strong> da situação, as diligências tomadas pela Câmara<br />
Municipal e apelando ao envolvimento <strong>de</strong> todas e todos na <strong>de</strong>fesa do Rio Almonda. – Atualizar<br />
o “Plano Municipal do Ambiente” e o “Plano <strong>de</strong> Ação e Monitorização.”<br />
Submetida a votação a proposta apresentada, foi a mesma aprovada, com três votos a favor<br />
(Srs. Vereadores Henrique Reis, Filipa Rodrigues e Helena Pinto) e quatro abstenções (Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Srs. Luis Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo).<br />
Torres Novas, 7 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2015
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
149<br />
Proposta apresentada<br />
pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
– Recuperação <strong>de</strong> fontes<br />
e pontes <strong>de</strong> Riachos<br />
(Assunto 330/15)<br />
A Sra. Vereadora Helena Pinto apresentou<br />
uma proposta “Para a recuperação<br />
das Antigas Pontes do Rio Almonda<br />
e caminhos <strong>de</strong> acesso”, conforme<br />
documento anexo (Anexo 1). O Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte propôs o alargamento do<br />
âmbito da proposta apresentada, para<br />
a recuperação das antigas pontes do<br />
Rio Almonda e caminhos <strong>de</strong> acesso<br />
existentes no concelho.<br />
Submetida a votação a proposta<br />
apresentada, foi a mesma aprovada,<br />
por unanimida<strong>de</strong> (sete<br />
votos), com a alteração proposta<br />
pelo Sr. Presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>vendo ser<br />
recuperada ainda este ano uma<br />
das pontes em referência.<br />
Torres Novas, 7 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2015<br />
Largo D. Diogo Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Almeida – requalificação (Assunto 374/15)<br />
Em reunião <strong>de</strong> Câmara <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2015, foram apresentadas quatro propostas para a<br />
requalificação do Largo D. Diogo Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Almeida. É necessário relembrar que esta iniciativa<br />
resultou <strong>de</strong> um abaixo-assinado enviado à Câmara Municipal, que envolveu mais <strong>de</strong> 300 assinaturas<br />
no sentido da requalificação <strong>de</strong>ste largo, <strong>de</strong>monstrando que é possível intervir e pensar a cida<strong>de</strong><br />
a partir da participação <strong>de</strong>mocrática alargada. Perante as soluções apresentadas não foi <strong>de</strong> todo<br />
difícil, à equipa do Bloco <strong>de</strong> Esquerda <strong>de</strong> Torres Novas tecer opiniões ou preferências, consi<strong>de</strong>rando<br />
a relevância, o enquadramento, a projeção da alteração urbana do espaço, após a discussão da ARU<br />
e a almejada reabilitação para o Centro Histórico (situação que nos tem mobilizado no sentido <strong>de</strong><br />
encontrar diálogos e resoluções já refletidas numa das nossas “sexta d’I<strong>de</strong>ias”). Porém, mais que<br />
“resolver” um problema, importa ir além <strong>de</strong>ssa resolução, aproveitando todos os pretextos para<br />
“<strong>de</strong>volver a dignida<strong>de</strong> urbana” ao centro <strong>de</strong> Torres Novas, (in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da escala).<br />
Sobre este assunto, os dois aspetos que consi<strong>de</strong>rámos importantes foram a “relevância” da intervenção<br />
e o pretexto para alargar o <strong>de</strong>bate sobre o espaço público voltado às pessoas. Por isso, foi junto das<br />
pessoas que “habitam” aquele espaço, que fomos ouvir as opiniões.<br />
Numa das mesas do “quiosque” e em resultado <strong>de</strong>ssa escuta, traçámos e levámos à reunião <strong>de</strong><br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> junho, uma proposta alternativa às 4 apresentadas.<br />
Dado que a criação do lago com repuxo foi uma solução <strong>de</strong>sproporcionada e <strong>de</strong>spropositada (conforme<br />
indicam os próprios autores), ousámos ir além das práticas usuais do “politicamente correto ou
150<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Largo D. Diogo Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Almeida
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
151<br />
incorreto”, assumimos a nossa responsabilida<strong>de</strong> nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão camarárias, perante aqueles<br />
e aquelas que confiaram em nós e apresentámos a proposta que, <strong>de</strong> acordo com o ambiente e sentir<br />
do espaço, nos incitaria a provi<strong>de</strong>nciar o enriquecimento <strong>de</strong> uma zona privilegiada da cida<strong>de</strong>.<br />
Mais que um objeto <strong>de</strong> mobiliário urbano, apresentámos uma solução <strong>de</strong> requalificação que não foi<br />
traçada à revelia dos subscritores do abaixo-assinado.<br />
Contrariamente ao que se disse e ainda não se fez, a reabilitação do “Centro da Cida<strong>de</strong>” não se<br />
resume apenas ao edificado, mas à adoção <strong>de</strong> uma prática política exigente, sensível, cooperante e<br />
audaz que assuma, <strong>de</strong> forma inequívoca e paralela, o envolvimento da cidadania ativa.<br />
Proposta do Sr. Vereador Manuel Lopes: rejeitada, com um voto a favor (do proponente),<br />
cinco votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Srs. Luís Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo,<br />
Henrique Reis) e uma abstenção (Sra. Vereadora Filipa Rodrigues).<br />
Acolhimento <strong>de</strong> refugiados pelo município <strong>de</strong> Torres Novas<br />
(Assunto 487/15)<br />
O Mundo assiste a uma crise humanitária com milhares e milhares <strong>de</strong> seres humanos que fogem à<br />
guerra e à fome, tentando chegar à Europa. O Mediterrâneo é um cemitério, os acampamentos <strong>de</strong><br />
refugiados não têm as mínimas condições, os limites da sobrevivência já <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> existir. Crianças,<br />
homens e mulheres enfrentam os maiores perigos em viagens organizadas por traficantes, viajam em<br />
barcos sobrelotados e percorrem milhares <strong>de</strong> quilómetros a pé, tentando chegar aos países que os<br />
po<strong>de</strong>rão acolher on<strong>de</strong> esperam recomeçar do zero e voltar a ter esperança.<br />
Esta verda<strong>de</strong>ira crise humanitária já dura há muito tempo. A Europa não tem tomado as medidas<br />
a<strong>de</strong>quadas para encontrar uma resposta.<br />
Tornou-se impossível continuar a assistir aos telejornais, sentados no conforto das nossas casas, sem agir,<br />
sem tomar medidas concretas. Não basta lamentar as mortes e expressar a nossa solidarieda<strong>de</strong> com estes<br />
seres humanos ou o repúdio pelas atitu<strong>de</strong>s xenófobas, que infelizmente também já se fazem sentir.<br />
Mais do que nunca é preciso passar das palavras aos atos. É a nossa responsabilida<strong>de</strong> coletiva que o<br />
exige, são os princípios da dignida<strong>de</strong> humana que o reclamam.<br />
Portugal vai receber 1500 pessoas nos próximos meses. Número reduzido para as necessida<strong>de</strong>s<br />
como muito bem aponta o Conselho Nacional para os Refugiados.<br />
O Município <strong>de</strong> Torres Novas não <strong>de</strong>ve ficar alheio à resposta urgente que é preciso dar e <strong>de</strong>ve juntarse<br />
à disponibilida<strong>de</strong> já <strong>de</strong>monstrada por outros municípios e diversas instituições para respon<strong>de</strong>r a<br />
esta crise humanitária.<br />
Neste sentido, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda propõe:<br />
Que o Município <strong>de</strong> Torres Novas,<br />
– se disponibilize para receber refugiados;<br />
– que se avalie o número <strong>de</strong> pessoas a receber e as respetivas condições <strong>de</strong> acolhimento e<br />
integração;<br />
– que em conjunto com instituições e organizações sociais se articulem as medidas necessárias ao<br />
acolhimento e integração e se programem iniciativas <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> esclarecimento da<br />
população.<br />
Submetidas a votação as propostas apresentadas pela Sra. Vereadora Helena Pinto e pelo<br />
Sr. Vice-Presi<strong>de</strong>nte, bem como, a recomendação constante da moção apresentada pelo<br />
Sr. Vereador Nuno Gue<strong>de</strong>lha, foram as mesmas aprovadas, por unanimida<strong>de</strong> (seis votos).<br />
Torres Novas, 15 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2015
152<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Eventual aquisição <strong>de</strong> prédio em Meia Via,<br />
na Rua Luís Vaz <strong>de</strong> Camões (Assunto 454/15)<br />
Esta <strong>de</strong>cisão camarária teve origem na Recomendação apresentada pelo BE na Assembleia<br />
<strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Meia Via e aí aprovada.<br />
O BE recomenda à Junta <strong>de</strong> Freguesia, que solicite à Câmara Municipal, a compra do prédio ao lado<br />
do terreno doado à Junta <strong>de</strong> Freguesia.<br />
É <strong>de</strong> todos conhecido o estrangulamento do trânsito provocado pela existência daquele prédio, assim<br />
como o perigo que representa para a circulação automóvel e para a circulação pedonal.<br />
Com a aquisição <strong>de</strong>ste prédio e as respetivas obras <strong>de</strong> alargamento da via, beneficiava a circulação<br />
do trânsito e a segurança das pessoas.<br />
Esta obra está ao alcance da <strong>de</strong>cisão política do executivo municipal, mas também a assembleia<br />
<strong>de</strong> freguesia e junta <strong>de</strong> freguesia têm um papel importante neste processo a começar por esta<br />
recomendação. Cristina Paixão.<br />
Torres Novas, 15 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Reabilitação urbana no concelho<br />
(Assunto 508/15)<br />
Estamos a meio do mandato autárquico e a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve assumir <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já compromissos<br />
no que diz respeito à Reabilitação Urbana no concelho. Caso não o faça não existirão condições<br />
objetivas para a sua concretização em tempo útil, o que levará ao <strong>de</strong>fraudar das expetativas criadas<br />
nos e nas munícipes com a criação da primeira ARU (Área <strong>de</strong> Reabilitação Urbana) para o Centro<br />
Histórico <strong>de</strong> Torres Novas, <strong>de</strong>cisão aprovada por unanimida<strong>de</strong> na Câmara e Assembleia Municipal.<br />
O BE consi<strong>de</strong>ra que a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> criar uma ARU foi uma <strong>de</strong>cisão importante, que po<strong>de</strong>rá significar<br />
que existe uma aposta estruturante que visa colocar um fim à <strong>de</strong>gradação constante do centro da<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Torres Novas e que essa aposta não significa só intervir no parque habitacional e no espaço<br />
público, mas será integrada numa perspetiva mais ampla <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento concelhio, servindo<br />
os objetivos <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> emprego, <strong>de</strong>senvolvimento económico, cultural e artístico, ambiental,<br />
que promova a fixação <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes e melhores condições <strong>de</strong> vida para a população. Como<br />
consta do texto justificativo da ARU do centro Histórico “a ARU Torres Novas Centro Histórico<br />
e a consequente ORU (Operação <strong>de</strong> Reabilitação Urbana) <strong>de</strong>vem ser entendidas como passos<br />
fundamentais e imprescindíveis para se reunir todo o conjunto <strong>de</strong> instrumentos essenciais ao processo<br />
<strong>de</strong> reabilitação e condições <strong>de</strong> acesso a financiamento dos investimentos públicos e privados em<br />
reabilitação urbana, previstos em programas nacionais e comunitários”. O BE tem manifestado, em<br />
diversas ocasiões, a sua preocupação pela estagnação do processo da ARU do Centro Histórico <strong>de</strong><br />
Torres Novas. Como sempre <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos e ficou contemplado no documento para a <strong>de</strong>limitação da<br />
ARU, a Câmara Municipal <strong>de</strong>veria responsabilizar-se por um conjunto <strong>de</strong> “ações imediatas” <strong>de</strong> modo<br />
a contribuir para a dinâmica necessária para um processo <strong>de</strong>sta importância e para dar confiança às e<br />
aos munícipes que queiram investir. Feita uma pesquisa, verificamos que 105 Municípios aprovaram<br />
ARUs, dos quais 45 tem mais do que uma. No nosso Distrito verifica-se a seguinte situação nos<br />
diversos concelhos no que respeita a ARUs aprovadas: Abrantes 1, Alcanena 1, Almeirim 4, Alpiarça<br />
3, Benavente 2, Cartaxo 4, Chamusca 3, Coruche 7, Golegã 7, Ourém 2, Rio Maior 2, Salvaterra <strong>de</strong><br />
Magos 6, Santarém 2, Tomar 1, Torres Novas 1, Barquinha 2. A estes números acrescenta-se as que<br />
foram recentemente aprovadas, em Alcanena – Min<strong>de</strong>, que assim passa a 2 e no Entroncamento<br />
3. (Ainda não publicadas em Diário da República). O BE consi<strong>de</strong>ra que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve ir<br />
mais longe e <strong>de</strong>ve fazê-lo agora, sob pena <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r oportunida<strong>de</strong>s que se colocam no curto prazo,<br />
sobretudo <strong>de</strong> financiamento. Neste sentido, apresentamos a seguinte proposta:
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
153<br />
1 – Deve ser dado um novo impulso à ARU do Centro Histórico <strong>de</strong> Torres Novas e concretizar as<br />
medidas imediatas constantes do seu programa.<br />
2 – Delimitação <strong>de</strong> uma ARU para o Rio Almonda, como foi anunciado pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Câmara<br />
na Assembleia Municipal <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2014.<br />
3 – Delimitação <strong>de</strong> uma ARU para a freguesia <strong>de</strong> Lapas, que vise a reabilitação daquele núcleo<br />
habitacional, o espaço público, a circulação <strong>de</strong> veículos e a funcionalida<strong>de</strong> dos equipamentos<br />
existentes ou a instalar, preservando as suas características.<br />
4 – Delimitação <strong>de</strong> uma ARU para Riachos, que tenha em conta a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional da única<br />
Vila do concelho, a reabilitação da zona envolvente do Largo Manuel Simões Serôdio e Largo da<br />
Igreja Velha, on<strong>de</strong> se situam o Mercado, o Cinema Olímpia e a Casa do Povo.<br />
5 – Estes processos <strong>de</strong>vem ter a participação das Juntas <strong>de</strong> Freguesia abrangidas e das diversas<br />
organizações sociais que se preocupam e têm i<strong>de</strong>ias para a reabilitação e <strong>de</strong>senvolvimento das<br />
suas terras.<br />
Submetida a votação a proposta apresentada, foi a mesma aprovada por unanimida<strong>de</strong><br />
(seis votos).<br />
1 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Calendarização das reuniões<br />
<strong>de</strong>scentralizadas do executivo camarário (Assunto 532/15)<br />
Tendo em consi<strong>de</strong>ração o compromisso assumido pela Câmara Municipal no início do mandato<br />
<strong>de</strong> realizar reuniões <strong>de</strong>scentralizadas do Executivo nas Freguesias e tendo em consi<strong>de</strong>ração que já<br />
estamos a meio do mandato e apenas se realizaram duas reuniões e já se <strong>de</strong>veriam ter realizado,<br />
no mínimo 5;<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda propõe que se calendarize as reuniões <strong>de</strong>scentralizadas em falta <strong>de</strong> modo a<br />
garantir, que no mínimo, se realizará, neste mandato, uma reunião do Executivo <strong>de</strong>scentralizada,<br />
em cada Freguesia, sendo assim possível uma divulgação mais atempada. Este compromisso é<br />
muito importante para o BE, pois enten<strong>de</strong>mos que assim se po<strong>de</strong> contribuir para dois aspetos<br />
fundamentais na ativida<strong>de</strong> autárquica. Por um lado a proximida<strong>de</strong>, levando as reuniões junto<br />
das populações, por outro, um conhecimento mais aprofundado da situação nas freguesias e<br />
a possibilida<strong>de</strong> dos munícipes colocarem as suas necessida<strong>de</strong>s diretamente sem terem <strong>de</strong> ser<br />
<strong>de</strong>slocar à se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho.”<br />
O Sr. Presi<strong>de</strong>nte propôs uma periodicida<strong>de</strong> mensal para a realização das reuniões<br />
<strong>de</strong>scentralizadas em cada freguesia, sendo a próxima reunião no dia 10.11.2015, na Freguesia<br />
<strong>de</strong> Chancelaria. Submetida a votação a proposta apresentada, foi a mesma aprovada, por<br />
unanimida<strong>de</strong> (sete votos), integrando a proposta apresentada pelo Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />
Torres Novas, 13 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Recomendação à Águas do Ribatejo<br />
– Pavimentação em Pé <strong>de</strong> Cão (Assunto 533/15)<br />
Um grupo <strong>de</strong> moradores <strong>de</strong> Pé <strong>de</strong> Cão dirigiu-se à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal<br />
para apresentar o seu protesto sobre a situação em que se encontram as ruas da sua al<strong>de</strong>ia. Na<br />
sequência da intervenção levada a cabo pela Águas do Ribatejo para ligação à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecimento<br />
<strong>de</strong> água, as ruas estão esventradas, cheias <strong>de</strong> buracos, mesmo à saída das habitações, o que as<br />
torna intransitáveis para pessoas e veículos, com a correspon<strong>de</strong>nte perigosida<strong>de</strong>. As obras foram<br />
concluídas em Setembro <strong>de</strong> 2014 e ao contrário do que era espectável e estava acordado com
154<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
a Águas do Ribatejo, esta empresa não tapou os buracos, repondo o pavimento que, por força<br />
das obras, tinha partido. Esta situação tem que ser vista tendo em consi<strong>de</strong>ração dois aspetos:<br />
1.º O facto <strong>de</strong> a população ser bastante idosa 2.º A morfologia do terreno on<strong>de</strong> se situa a<br />
al<strong>de</strong>ia, com <strong>de</strong>clives muito acentuados, que <strong>de</strong>vido às condições atuais do pavimento aumenta<br />
a insegurança para pessoas e veículos. Perante estes factos, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda propõe que a<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong>libere, recomendar à Águas do Ribatejo a reposição imediata do pavimento<br />
das zonas que objeto <strong>de</strong> intervenção, <strong>de</strong> modo a minorar as condições existentes para o<br />
próximo inverno, sem prejuízo da pavimentação completa que a Câmara vai realizar. Trata-se<br />
<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma igual a outras situações no concelho e <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a uma pretensão<br />
justa das populações que já foram sacrificadas por um inverno e um verão nas condições que<br />
são conhecidas.<br />
Submetida a votação a proposta apresentada, foi a mesma rejeitada, por maioria absoluta,<br />
com quatro contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luis Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo),<br />
dois votos a favor (Sras. Vereadoras Filipa Rodrigues e Helena Pinto), uma abstenção (Sr.<br />
Vereador Henrique Reis).<br />
Torres Novas, 13 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015<br />
Regulamento Municipal <strong>de</strong> Atribuição <strong>de</strong> Apoio às Freguesias<br />
– projeto (Assunto 545/15)<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou as seguintes propostas <strong>de</strong> alteração à proposta <strong>de</strong><br />
regulamento:<br />
Regulamento Municipal <strong>de</strong> Atribuição <strong>de</strong> Apoio às Freguesias – Propostas <strong>de</strong> alteração<br />
Artigo 3º – Tipos <strong>de</strong> apoio<br />
Os tipos <strong>de</strong> apoio previstos no presente Regulamento po<strong>de</strong>m consistir em:<br />
1. Apoios com impacto orçamental<br />
a) (…)<br />
b) (…)<br />
c) (…)<br />
d) (…)<br />
2. Apoios sem impacto orçamental<br />
Apoio técnico-administrativo na ajuda ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> estudo e análise, tais<br />
como emissão <strong>de</strong> pareceres e <strong>de</strong> aconselhamento técnicojurídico, em projectos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
urbanístico e/ou <strong>de</strong> carácter social, económico, cultural e <strong>de</strong>sportivo.<br />
Artigo 5º – Apresentação do pedido<br />
1. (…)<br />
2. (…)<br />
a) (…)<br />
b) (…)<br />
c) Os pedidos <strong>de</strong> apoio previstos no ponto 2 do Artigo 3º po<strong>de</strong>m ser solicitados a todo o tempo.<br />
3. (…)<br />
Artigo 6º – Instrução do pedido<br />
1. (…)<br />
2. (…)<br />
3. O pedido <strong>de</strong> apoio solicitado ao abrigo do ponto 2 do Artigo 3º <strong>de</strong>ve ser acompanhado obrigatoriamente<br />
dos elementos i<strong>de</strong>ntificados nas alíneas a), b), c) e d) do ponto 1 <strong>de</strong>ste artigo.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
155<br />
Novo Artigo<br />
No ano <strong>de</strong> 2015 as candidaturas po<strong>de</strong>m ser apresentadas, excepcionalmente, até 31 <strong>de</strong> Dezembro.<br />
Justificação: A não introdução <strong>de</strong>ste artigo, implica que só vão existir apoios em 2017.<br />
Propostas apresentadas a 27 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015, integradas no Regulamento e sujeitas<br />
a consulta pública. Na versão final estão incluídas à excepção do “novo artigo” <strong>de</strong>vido à<br />
data <strong>de</strong> publicação do Regulamento – Foi publicado em Diário da república em 18 <strong>de</strong> Maio<br />
<strong>de</strong> 2017 e entrou em vigor a 19 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2017.<br />
Torres Novas, 27 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta <strong>de</strong> alteração da estrutura orgânica, Regulamento<br />
dos Serviços Municipais e Mapa <strong>de</strong> Pessoal para 2016 (Assunto 559/15)<br />
Uma análise da atual situação e uma proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
Da organização e lógica interna dos serviços municipais<br />
O quadro orgânico dos serviços municipais <strong>de</strong>ve refletir, em termos conceptuais, uma <strong>de</strong>composição<br />
analítica coerente das unida<strong>de</strong>s e sub-unida<strong>de</strong>s funcionais, do topo (estruturas <strong>de</strong> direção máxima)<br />
até às mais pequenas sub-unida<strong>de</strong>s funcionais; Os serviços municipais assentam numa estruturação<br />
<strong>de</strong>partamental, a que correspon<strong>de</strong>m cargos dirigentes <strong>de</strong> topo, e é a partir da estruturação<br />
<strong>de</strong>partamental que se <strong>de</strong>vem organizar e articular as células funcionais que compõem os serviços;<br />
As sub-unida<strong>de</strong>s, chefias intermédias e sectores <strong>de</strong>vem arrumar-se, como regra fundamental, em<br />
alguma das estruturas <strong>de</strong> direção, <strong>de</strong>vendo ficar <strong>de</strong> fora <strong>de</strong>ssa lógica apenas as sub-unida<strong>de</strong>s ou áreas<br />
previstas nos normativos regulamentares e legais; não faz sentido, por isso, a proliferação <strong>de</strong> subunida<strong>de</strong>s,<br />
como as divisões (ou outras chamadas gabinetes, sectores, etc.) fora da tutela <strong>de</strong>partamental;<br />
O <strong>de</strong>senho final do organigrama <strong>de</strong>ve refletir uma lógica que tenha em consi<strong>de</strong>ração a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />
funcional <strong>de</strong> cada sector, a sua complexida<strong>de</strong> funcional e a sua dimensão quantitativa, <strong>de</strong>vendo ser<br />
cumpridos princípios <strong>de</strong> equilíbrio e proporcionalida<strong>de</strong> entre estas variantes;<br />
Da <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quação do atual quadro orgânico dos serviços<br />
Não são estes princípios que, <strong>de</strong> modo nenhum, presi<strong>de</strong>m à atual estrutura dos serviços municipais do<br />
município <strong>de</strong> Torres Novas e ao seu quadro orgânico, bem como à proposta apresentada agora pela<br />
maioria PS: não subiste uma lógica interna visível, verifica-se uma insuportável <strong>de</strong>sproporcionalida<strong>de</strong><br />
entre a dimensão e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> funcional <strong>de</strong> algumas unida<strong>de</strong>s funcionais e a sua posição hierárquica<br />
e o seu peso específico no conjunto dos serviços (nomeadamente a sua caracterização e tipo <strong>de</strong><br />
chefia); Verifica-se, também, que a lógica da arquitetura dos serviços municipais continua prisioneira<br />
<strong>de</strong> situações <strong>de</strong> mera conjuntura e circunstância, algumas <strong>de</strong>las diretamente ligadas a questões<br />
laterais; este quadro introduz um clima <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto na generalida<strong>de</strong> do corpo <strong>de</strong> funcionários e<br />
dirigentes e, ao mesmo tempo, mantém, há muitos anos, a organização dos serviços municipais refém<br />
<strong>de</strong> uma situação impeditiva <strong>de</strong> colocar-se em prática as alterações que se impõem. Nem as enormes<br />
transformações operadas na estrutura e na dimensão dos serviços municipais (nomeadamente a saída<br />
das águas, a concessão do saneamento e da limpeza urbana e <strong>de</strong> significativos sectores dos jardins e<br />
espaços ver<strong>de</strong>s, a realização <strong>de</strong> obras, quase em exclusivo, por concurso) lograram incutir na maioria<br />
socialista do executivo a necessida<strong>de</strong>, que se impunha, <strong>de</strong> uma reforma dos serviços municipais. Pelo<br />
contrário, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a legislação obrigou o município <strong>de</strong> Torres Novas a restringir o número <strong>de</strong> cargos<br />
dirigentes e respetivas unida<strong>de</strong>s funcionais principais que o organigrama permanece <strong>de</strong>sequilibrado,<br />
confuso, falho <strong>de</strong> qualquer lógica interna, e profundamente injusto no modo como articula unida<strong>de</strong>s<br />
funcionais com cargos <strong>de</strong> chefia. Presentemente, como se sabe, o município <strong>de</strong> Torres Novas po<strong>de</strong>rá<br />
ter, nos seus serviços, dois diretores <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento (DD), chefiando os respetivos <strong>de</strong>partamentos
156<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
(DP) e seis chefes <strong>de</strong> divisão (CD), chefiando outras tantas divisões (DV), num total <strong>de</strong> oito cargos<br />
dirigentes. Permitem ainda as normas a existência <strong>de</strong> duas chefias intermédias (CI), cargos <strong>de</strong><br />
coor<strong>de</strong>nação que articulam a relação <strong>de</strong> uma chefia superior (CD) a um grupo <strong>de</strong> trabalhadores<br />
<strong>de</strong> uma DV. Só po<strong>de</strong> ser esta a lógica <strong>de</strong> uma chefia intermédia, e não a sua subordinação a uma<br />
qualquer instância política <strong>de</strong> direção (vereadores ou presi<strong>de</strong>nte): a esses respon<strong>de</strong>m as chefias <strong>de</strong><br />
topo, DD e CD, e não chefias intermédias. Ora, o atual quadro orgânico dos serviços municipais do<br />
município <strong>de</strong> Torres Novas, bem como a proposta <strong>de</strong> alteração da maioria PS, <strong>de</strong>monstra com se<br />
po<strong>de</strong> construir uma realida<strong>de</strong> ao arrepio <strong>de</strong> todos estes princípios gerais e das elementares regras do<br />
bom senso, do equilíbrio e da proporcionalida<strong>de</strong>. 3. Da <strong>de</strong>sproporção e <strong>de</strong>sequilíbrio entre unida<strong>de</strong>s<br />
funcionais e quadros dirigentes (cargos <strong>de</strong> chefia) Vejamos, numa análise larga, algumas realida<strong>de</strong>s<br />
incongruentes presentes na atual estrutura orgânica: A atual Divisão <strong>de</strong> Educação e Cultura, com<br />
240 trabalhadores, tem mais funcionários que todos os outros sectores dos serviços (<strong>de</strong>partamentos<br />
e divisões), perfazendo 52,5% dos trabalhadores do município, mas tem apenas um cargo dirigente<br />
(12,5% dos cargos), ou seja, 1 em 8. A atual Divisão <strong>de</strong> Administração Urbanística, com apenas 29<br />
funcionários (6,2% dos trabalhadores), possui igual número <strong>de</strong> cargos dirigentes. E, mais impossível<br />
<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r, a Divisão <strong>de</strong> Tecnologias da Informação, com 13 trabalhadores (2,8% do total),<br />
tem os mesmo cargos dirigentes que uma divisão com 240 trabalhadores. O Departamento <strong>de</strong><br />
<strong>Intervenção</strong> Territorial, com 117 trabalhadores (25,3% do total), assume-se com três cargos, um<br />
DD e dois CD, ou seja, 37,5% do total <strong>de</strong> cargos dos serviços municipais. Também o Departamento<br />
<strong>de</strong> Administração e Económica e Social está algo inflacionado em comparação relativa com alguns<br />
outros: com 54 trabalhadores (cerca <strong>de</strong> 12% dos efetivos), tem dois cargos dirigentes, um <strong>de</strong>les <strong>de</strong><br />
topo, um DD e um CD; Na proposta da maioria socialista, vai-se ao ponto <strong>de</strong> atribuir uma chefia<br />
intermédia (CI) a um serviços com três técnicos e dois auxiliares, a mesma chefia intermédia que<br />
se propõe, no âmbito da Divisão <strong>de</strong> Educação e Cultura, para a área <strong>de</strong> Educação e Desporto que<br />
tem 187 trabalhadores: cinco trabalhadores em pé <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong>, em termos <strong>de</strong> chefias, com 187<br />
trabalhadores! Em termos médios, temos que na atual Divisão <strong>de</strong> Educação e Cultura existem 240<br />
trabalhadores para um dirigente, no Departamento <strong>de</strong> <strong>Intervenção</strong> territorial existem 39 trabalhadores<br />
para cada dirigente, no DAES 27 trabalhadores para um dirigente, na DAU 29 trabalhadores para um<br />
dirigente e na já referida DTI 13 trabalhadores para um dirigente (não consi<strong>de</strong>rámos os dois cargos<br />
<strong>de</strong> CI, pouco relevantes para a média global).<br />
Uma análise para além dos números<br />
Se não se po<strong>de</strong> reduzir a análise a parâmetros apenas quantitativos, embora estes, indiciem, só<br />
por si, uma <strong>de</strong>vastadora <strong>de</strong>sproporção e <strong>de</strong>sequilíbrio na comparação relativa entre sectores,<br />
uma avaliação mais conceptual revela igualmente aspetos inaceitáveis: Não faz qualquer sentido<br />
que a Divisão <strong>de</strong> Administração Urbanística fique fora da alçada do Departamento <strong>de</strong> <strong>Intervenção</strong><br />
Territorial. Se existe uma área específica <strong>de</strong> intervenção territorial é a administração e o planeamento<br />
urbanístico. Logo, essa área (e respetiva divisão) <strong>de</strong>verá ficar integrada ou fundir-se com o DIT, como<br />
uma das divisões, diríamos nuclear, e não na <strong>de</strong>pendência da presidência, porque não faz sentido<br />
que unida<strong>de</strong>s funcionais saiam da esfera <strong>de</strong>partamental quando ela existe para as acolher. Não faz<br />
qualquer sentido que a “mo<strong>de</strong>rnização administrativa” e os “projetos e <strong>de</strong>senvolvimento”, aliás bem<br />
como toda a área <strong>de</strong> comunicação e imagem, estejam integradas numa divisão <strong>de</strong> “tecnologias <strong>de</strong><br />
informação”. Só os três primeiros itens são coerentes e cabem nessa divisão ou serviço. Os outros<br />
conteúdos e as áreas que integram a divisão <strong>de</strong> tecnologias da informação, e cuja matéria não tenha<br />
que ver com as TI, como é o caso da mo<strong>de</strong>rnização administrativa e da comunicação e imagem,<br />
<strong>de</strong>verão ser repartidos por outras unida<strong>de</strong>s funcionais. Não se compreen<strong>de</strong> como uma área com<br />
um elevado número <strong>de</strong> funcionários e atribuições, como é o caso da educação, não constitua uma<br />
divisão autónoma que inclua também o <strong>de</strong>sporto, sendo, <strong>de</strong> resto, a área com mais funcionários e<br />
equipamentos para superinten<strong>de</strong>r (planeamento educativo e acção sócio-educativa, escolas, apoio<br />
a centros escolares, gestão <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>sportivos, associativismo, etc.) <strong>de</strong> toda a autarquia,
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
157<br />
num total <strong>de</strong> 187, já <strong>de</strong>scontando os restantes 53 da área da cultura e património. Havendo um<br />
número limitado <strong>de</strong> divisões possíveis, haverá que equacionar a extinção <strong>de</strong> qualquer outra ou outras<br />
com menos <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, atribuições e funcionários, elevando a educação e <strong>de</strong>sporto à categoria <strong>de</strong><br />
divisão, distinta <strong>de</strong> uma outra divisão da cultura e património cultural. Não se compreen<strong>de</strong> como<br />
se escon<strong>de</strong>, no organigrama produzido pela maioria socialista, a existência <strong>de</strong> um sector <strong>de</strong> ação e<br />
programação cultural, grosso modo a estrutura internalizada do teatro Virgínia, como se não existisse,<br />
ou como se quisesse a todo o custo mantê-la numa espécie <strong>de</strong> corredor sanitário sem contacto com<br />
o conjunto dos serviços <strong>de</strong> que faz parte. Não se po<strong>de</strong> reduzir tudo a parâmetros quantitativos,<br />
repetimos, mas quando um DAES, com 54 trabalhadores, é um <strong>de</strong>partamento mais uma divisão;<br />
quando a DAU, com 29 trabalhadores, é uma Divisão; quando algumas divisões do DIT têm poucas<br />
<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> trabalhadores (e com pouco mais <strong>de</strong> 100 trabalhadores é um <strong>de</strong>partamento mais duas<br />
divisões); e sobretudo quando a Divisão <strong>de</strong> Tecnologias da Informação e MA é uma Divisão, com<br />
apenas 13 trabalhadores; e existe a área da educação e <strong>de</strong>sporto, com quase 200 trabalhadores,<br />
e apenas possui uma chefia intermédia, na proposta da maioria socialista, alguma coisa está muito<br />
errada na estrutura orgânica dos serviços municipais.<br />
A proposta <strong>de</strong> organigrama <strong>de</strong> serviços do Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
A proposta <strong>de</strong> alteração do organigrama dos serviços municipais, que o Bloco <strong>de</strong> Esquerda submete<br />
à apreciação do executivo municipal, compreen<strong>de</strong> uma organização <strong>de</strong> serviços em que todas as<br />
sub-unida<strong>de</strong>s se integrem nas duas gran<strong>de</strong>s unida<strong>de</strong>s funcionais, os <strong>de</strong>partamentos, excetuando os<br />
casos extraordinários previstos. Uma área, vocacionada para a administração geral e para a articulação<br />
<strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social e cultural, constituirá o Departamento <strong>de</strong> Administração e<br />
Desenvolvimento Social e Cultural, que incluirá quatro das seis divisões: a Divisão <strong>de</strong> Organização,<br />
Planeamento e Serviços Administrativos, a Divisão <strong>de</strong> Administração Financeira, a Divisão <strong>de</strong> Educação<br />
e Desporto e a Divisão <strong>de</strong> Cultura e Património. Este Departamento ficará com 294 trabalhadores,<br />
repartidos por quatro unida<strong>de</strong>s DV, numa média <strong>de</strong> 74 trabalhadores por dirigente CD, chefiados pelo<br />
respetivo diretor <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento. A segunda gran<strong>de</strong> área <strong>de</strong> ação, relacionada com o planeamento<br />
e intervenção no território e abarcando os serviços urbanos e as vias e edifícios, será o Departamento<br />
<strong>de</strong> Planeamento e <strong>Intervenção</strong> Territorial, repartido por duas divisões, a Divisão <strong>de</strong> Obras e Serviços<br />
Urbanos e a Divisão <strong>de</strong> Administração e Planeamento Urbanístico. Este <strong>de</strong>partamento ficará com 146<br />
trabalhadores, num rácio <strong>de</strong> 73 trabalhadores por dirigentes CD, exatamente, e por coincidência, a<br />
média encontrada para o DADSC, as duas divisões tuteladas pelo respetivo diretor <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento.<br />
Quanto às duas coor<strong>de</strong>nações <strong>de</strong> chefia intermédia, uma <strong>de</strong> cinco trabalhadores (gabinete <strong>de</strong> intervenção<br />
social) e outra <strong>de</strong> idêntico montante, retirando-lhe os técnicos <strong>de</strong> comunicação e imagem (o gabinete<br />
<strong>de</strong> organização e gestão informática), ficariam naturalmente na <strong>de</strong>pendência do diretor do DADSC.<br />
Na órbita da Presidência, e conforme as normas permitem, ficam, como aliás estão, o Gabinete <strong>de</strong><br />
Apoio à Presidência, a Auditoria, a Autorida<strong>de</strong> Médico-veterinária e a Protecção Civil, e ainda um<br />
Gabinete <strong>de</strong> Comunicação e Imagem constituído apenas por dois técnicos (um <strong>de</strong> comunicação,<br />
outro <strong>de</strong> artes gráficas), ficando os restantes técnicos <strong>de</strong>sta área adstritos à unida<strong>de</strong> que realmente<br />
precisa do seu trabalho, a DCP do DADSC, que inclui todos os sectores produtores <strong>de</strong> conteúdos<br />
ou difusores <strong>de</strong> conteúdos (biblioteca, museu, edições municipais, programação cultural do teatro<br />
Virgínia, turismo). Estamos convictos <strong>de</strong> que esta proposta <strong>de</strong> reorganização do organigrama dos<br />
serviços municipais, cujo <strong>de</strong>senvolvimento mais <strong>de</strong>talhado se po<strong>de</strong> apreciar no diagrama anexo,<br />
apresentada pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda, representa um esforço sério e convicto <strong>de</strong> colaborar, em<br />
concreto, na melhoria da organização dos serviços da autarquia. Estamos certos, também, que só<br />
ultrapassando <strong>de</strong> vez constrangimentos <strong>de</strong> circunstância, muitas vezes impostos por razões estranhas<br />
à prossecução da boa administração, e que não é possível continuar a tolerar, teremos serviços<br />
municipais mobilizados e aliados à vonta<strong>de</strong> da direção política <strong>de</strong> trabalhar em prol do concelho: a<br />
continuar o atual estado <strong>de</strong> coisas, traduzido em <strong>de</strong>scontentamento e <strong>de</strong>sânimo, a que se somarão<br />
inevitavelmente consequências mais graves a curto prazo, continuar-se-á numa senda <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação
158<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
159<br />
da situação interna dos serviços, que só por uma espécie <strong>de</strong> tabu não se quer perceber. Esta proposta<br />
<strong>de</strong> alteração do quadro orgânico dos serviços municipais vai ser submetida à aprovação do executivo<br />
municipal, em alternativa à proposta existente. Não colhendo o consenso da maioria socialista do<br />
executivo, continuará a ser a base <strong>de</strong> trabalho do Bloco <strong>de</strong> Esquerda no âmbito da reorganização<br />
dos serviços municipais e será objeto <strong>de</strong> todas as iniciativas que forem julgadas pertinentes.<br />
– Proposta Sra. Vereadora Helena Pinto: rejeitada, com um voto a favor da proponente<br />
(Sra. Vereadora Helena Pinto), quatro votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luis<br />
Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo) e duas abstenções (Srs. Vereadores Henrique Reis e<br />
Filipa Rodrigues).<br />
Torres Novas, 6 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Linha Ver<strong>de</strong> do TUT<br />
(Assunto 531/15)<br />
A Linha Ver<strong>de</strong> do TUT – Transportes Urbanos Torrejanos, não tem paragem em Casais Castelos,<br />
o que prejudica muito a população aí resi<strong>de</strong>nte, nomeadamente nas <strong>de</strong>slocações para o Centro<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Riachos. Estas pessoas são obrigadas a <strong>de</strong>slocar-se a outra paragem, no Botequim, o<br />
que causa transtornos, sobretudo aos mais idosos. Este problema po<strong>de</strong> ser resolvido, <strong>de</strong> forma<br />
muito simples, basta alterar um pouco o trajeto. O Bloco <strong>de</strong> Esquerda propõe que a Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong>libere uma alteração à Linha Ver<strong>de</strong> do TUT, garantindo a passagem em Casais<br />
Castelos, sem prejuízo <strong>de</strong> um <strong>de</strong>bate mais alargado, nomeadamente sobre a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong><br />
horários, que já foi objeto <strong>de</strong> uma proposta apresentada.” O Sr. Presi<strong>de</strong>nte sobre esta proposta<br />
adiantou o seguinte: “Os TUT vieram a revelar-se um dos projetos mais interessantes <strong>de</strong><br />
âmbito social. Des<strong>de</strong> o seu início que colocámos como gran<strong>de</strong> objetivo tentar dar resposta<br />
aos lugares mais afastados da cida<strong>de</strong> e melhorar passagens, lugares e horários. Conscientes <strong>de</strong><br />
restrições administrativas, legais e orçamentais, em relação à proposta em referência e como<br />
figura <strong>de</strong> cautela, enten<strong>de</strong>mos que <strong>de</strong>verá, com prudência, experimentar-se a reconfiguração<br />
proposta do circuito, a título experimental e pelo prazo <strong>de</strong> seis meses, como forma <strong>de</strong> se aferir<br />
a sustentabilida<strong>de</strong> financeira da referida alteração.<br />
Submetida a votação a proposta apresentada, foi a mesma aprovada, por unanimida<strong>de</strong><br />
(sete votos), integrando a proposta apresentada pelo Sr. Presi<strong>de</strong>nte.<br />
Torres Novas, 6 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta apresentada no PAOD<br />
Sessão Solene da Câmara Municipal para assinalar os 30 anos da passagem a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Torres<br />
Novas – Pergunto ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte qual o formato que esta sessão vai ter? O BE consi<strong>de</strong>ra e<br />
propõe que os partidos políticos <strong>de</strong>vem ter uma intervenção nesta sessão.”<br />
Não houve sessão solene<br />
Torres Novas, 25 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta <strong>de</strong> normas <strong>de</strong> funcionamento<br />
do evento “Aqui Há Natal” (Assunto 616/15)<br />
Acerca <strong>de</strong>ste assunto, a Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos: “Sobre as normas<br />
<strong>de</strong> funcionamento do evento “Aqui há Natal”, o BE propõe as seguintes alterações:
160<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
– Horário: o horário <strong>de</strong>ve ser alargado, pelo menos até às 22.00 horas e pelo menos à sexta-feira e<br />
ao sábado. O encerramento às 20.00 horas impedirá muita gente <strong>de</strong> visitar o evento.<br />
– Documentos que instruem a candidatura: a) (…) b) (…) c) comprovativo do registo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />
(CAE) compatível com a ativida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>senvolver na Feira <strong>de</strong> Natal; – ter em consi<strong>de</strong>ração que<br />
existem pequenos produtores que não têm CAE e não <strong>de</strong>vem ser impedidos <strong>de</strong> participar.<br />
– A organização reserva-se o direito <strong>de</strong> admitir candidaturas após a data referida no n.º 10.1, quando<br />
estas forem consi<strong>de</strong>radas como uma valorização para o evento e existam vagas. A estas candidaturas<br />
é aplicado o mesmo procedimento <strong>de</strong> avaliação que para as <strong>de</strong>mais. Deve ficar expresso a questão<br />
das vagas, pois caso contrário, po<strong>de</strong>rá existir um critério pouco objetivo sobre o que “valoriza ou<br />
não o evento”.<br />
– Não serão permitidas manifestações <strong>de</strong> caráter político-partidário, religioso ou outro, que sejam<br />
suscetíveis <strong>de</strong> colocar em causa a or<strong>de</strong>m pública ou o regular <strong>de</strong>curso do evento; – este ponto está<br />
completamente obsoleto e <strong>de</strong>ve sair <strong>de</strong>ste e <strong>de</strong> todos os regulamentos. Tudo o que colocar em<br />
causa a or<strong>de</strong>m pública não <strong>de</strong>ve ser permitido no evento e não particularmente as manifestações<br />
indicadas.<br />
Após análise, a Câmara <strong>de</strong>liberou, por unanimida<strong>de</strong> (sete votos), aprovar as normas <strong>de</strong><br />
funcionamento da “Feira <strong>de</strong> Natal”, em conformida<strong>de</strong> com as alterações introduzidas.<br />
Torres Novas, 25 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
Sistema <strong>de</strong> Transportes Urbanos Torrejanos<br />
– concurso público internacional (Assunto 618/15)<br />
Acerca <strong>de</strong>ste assunto, a Vereadora Helena Pinto <strong>de</strong>clarou o seguinte:<br />
Quanto a este assunto há um primeiro problema que urge resolver: o contrato termina a 31 <strong>de</strong><br />
Dezembro <strong>de</strong> 2015 e a abertura do Concurso ainda nem sequer teve lugar e, as previsões apontam<br />
para a sua conclusão nunca antes <strong>de</strong> Junho 2016. Tudo indica que, para que os transportes não<br />
<strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> funcionar, se vai realizar um “ajuste direto” com a empresa que neste momento <strong>de</strong>tém<br />
o contrato. Mais um ajuste direto. Penso que <strong>de</strong>ve ser dada uma resposta à questão: porque é que<br />
<strong>de</strong>ixámos esta situação chegar a este ponto? O BE enten<strong>de</strong> que se <strong>de</strong>ve fazer uma análise rigorosa do<br />
serviço <strong>de</strong> transporte e ir mais além no novo concurso, melhorando o serviço público <strong>de</strong> transporte<br />
coletivo em Torres Novas, nomeadamente nos seguintes aspetos: – coor<strong>de</strong>nação dos horários com<br />
outros modos <strong>de</strong> transporte; – ajustamentos aos percursos; – coor<strong>de</strong>nação com outros transportes<br />
municipais; – equipamentos eficientes do ponto <strong>de</strong> vista ambiental.<br />
Ficam aqui alguns reparos e sugestões ao Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Encargos apresentado:<br />
Artigo 3.º – Prazo – alteração das datas, <strong>de</strong>vem constar as datas reais.<br />
Artigo 4.º c) – Obrigações principais do prestador <strong>de</strong> serviços – <strong>de</strong>ve ser acrescentado, “sem custos<br />
para o utilizador”<br />
Artigo 8.º n.º 3 – Preço contratual – explicitação dos cálculos do valor do contrato, nomeadamente<br />
do valor por km.<br />
Artigo 14.º – Modificações objetivas do contrato – Retirar o arbitral, está em contradição com o<br />
artigo 17.º<br />
Artigo 23.º – Meios rolantes necessários – Encontrar outro tipo <strong>de</strong> redação para que fique absolutamente<br />
claro se os circuitos são realizados por uma ou por duas viaturas.<br />
Artigo 31.º n.º 6 – Outras condições – Insuficiente. Devia existir uma margem para possíveis alterações,<br />
<strong>de</strong>finitivas ou pontuais, sem acréscimo <strong>de</strong> custos – ex: o caso <strong>de</strong> Casais Castelos e a realização <strong>de</strong><br />
eventos, etc.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
161<br />
Estas propostas foram apresentadas a 27 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015. O assunto volta a reunião <strong>de</strong><br />
Câmara em 9 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2015, on<strong>de</strong> é votado. O BE vota a favor e apresenta a seguinte<br />
<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
“Quanto a este assunto, reafirmo o que já disse em reunião anterior: não se compreen<strong>de</strong> que só agora<br />
se esteja a provi<strong>de</strong>nciar a abertura do concurso internacional, que <strong>de</strong>correrá nos próximos 6 meses,<br />
pelo menos. Como estamos a dias do fim do atual contrato, a Câmara vai realizar um ajuste direto<br />
para a manutenção <strong>de</strong>ste serviço à população, o que se <strong>de</strong>veria ter evitado. Quanto ao Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong><br />
Encargos registo que algumas sugestões do BE foram incluídas, mas insisto na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se colocar<br />
no clausulado, uma norma que <strong>de</strong>fina a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterações a promover pela Câmara, com<br />
limites expressos, sem afetar o custo final. Só assim se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o interesse público, caso contrário,<br />
qualquer pequena alteração que se venha a verificar no futuro, seja <strong>de</strong> percurso ou <strong>de</strong> horário, fruto<br />
<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s que hoje <strong>de</strong>sconhecemos, significará mais um encargo para a Câmara.”<br />
Torres Novas, 9 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2015<br />
Propostas apresentadas em 2016<br />
Proposta apresentada no PAOD<br />
Proponho que o serviço <strong>de</strong> informação por SMS da Câmara Municipal, envie mensagens sobre<br />
a votação do próximo Domingo a todos/as os/as munícipes, contribuindo assim para divulgar o<br />
próximo ato eleitoral.<br />
A proposta foi concretizada<br />
Torres Novas, 22 Janeiro <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda no âmbito da ARU/URBNOVAS<br />
(Assunto 23/16)<br />
As normas aprovadas para o incremento da ARU, no centro histórico <strong>de</strong> Torres Novas, preveem um<br />
conjunto <strong>de</strong> ferramentas que possibilitam à Câmara Municipal intervir em várias áreas por forma a<br />
alcançar o objetivo proposto – reabilitação do centro da cida<strong>de</strong>. Das normas aprovadas, <strong>de</strong>stacamos<br />
as seguintes, que se encontram no capítulo III:<br />
REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO “Ruas transitáveis, largos e praças acessíveis e aprazíveis<br />
on<strong>de</strong> apetece estar. Um centro histórico cuidado e seguro é com certeza um lugar on<strong>de</strong> vale a<br />
pena viver, passear, encontrar amigos, conviver. Cabe ao município dar o exemplo e tratar do que<br />
é <strong>de</strong> todos, oferecendo aos munícipes bem-estar e, simultaneamente, preservando os espaços que<br />
encerram em si estórias, memórias, valor patrimonial e histórico.”<br />
“Reabilitar e regenerar • Estimular a estratégia e políticas <strong>de</strong> reabilitação urbana em espaço público e<br />
privado que vem sendo implementada pelo município; Melhorar as condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />
funcionalida<strong>de</strong> do parque imobiliário urbano e dos espaços não edificados; • Requalificar e mo<strong>de</strong>rnizar<br />
o espaço público – largos, praças, vias e equipamentos <strong>de</strong> utilização coletiva –, assegurando o acesso<br />
generalizado da população às mais variadas infraestruturas, garantindo que o espaço público assume<br />
valências <strong>de</strong> atrativida<strong>de</strong> social, cultural e económica.<br />
Revitalizar – Estimular a ativida<strong>de</strong> económica, contribuindo para a criação e manutenção <strong>de</strong> postos<br />
<strong>de</strong> trabalho no centro histórico; • Criar condições <strong>de</strong> atrativida<strong>de</strong> que incentivem a população jovem<br />
a habitar o centro histórico.”
162<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
De acordo com o aprovado e transcrito acima, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda propõe a aquisição dos prédios<br />
abaixo indicados:<br />
1 – O prédio situado no gaveto entre a rua Nova <strong>de</strong> Dentro e a rua do Forno, nº 12. 2 – O prédio<br />
situado na rua Alexandre Herculano (tipografia Fonseca) Caso não seja possível que se aplique o<br />
previsto no capítulo IV, (…) 2.1 – j) Expropriação: “Na estrita medida em que tal seja necessário,<br />
a<strong>de</strong>quado e proporcional, aten<strong>de</strong>ndo aos interesses públicos e privados em presença, po<strong>de</strong>m ser<br />
expropriados os terrenos, os edifícios e as frações que sejam necessários à execução da operação<br />
<strong>de</strong> reabilitação urbana.” Estes prédios encontram-se em ruina, sendo que a antiga tipografia Fonseca<br />
oferece perigo eminente <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocada. Estes espaços <strong>de</strong>vem ser parte do património público da<br />
autarquia e dar lugar a pracetas públicas.”<br />
Após discussão da proposta, a Sra. Vereadora Helena Pinto <strong>de</strong>clarou o seguinte: “O BE enten<strong>de</strong> que é<br />
urgente iniciar-se o processo <strong>de</strong> intervenção no centro histórico da cida<strong>de</strong>. Foi para isso que se criou<br />
uma ARU. Enten<strong>de</strong>mos também que a Câmara Municipal tem um papel fundamental na criação <strong>de</strong><br />
uma dinâmica <strong>de</strong> confiança e para isso tem que tomar a iniciativa. As propostas que hoje trazemos à<br />
reunião <strong>de</strong> Câmara visam um aspeto da reabilitação do centro histórico – a criação <strong>de</strong> zonas livres,<br />
praças, locais on<strong>de</strong> seja possível circular e conviver. Estes espaços “sem prédios” são essenciais para<br />
ajudar ao povoamento. Ao mesmo tempo resolvem-se problemas <strong>de</strong> segurança (os imóveis estão a<br />
cair) e <strong>de</strong> limpeza e salubrida<strong>de</strong>. Como o Senhor Presi<strong>de</strong>nte se comprometeu a realizar diligências no<br />
que diz respeito ao imóvel da rua Nova <strong>de</strong> Dentro, aguardaremos essas diligências. Quanto ao projeto<br />
que já <strong>de</strong>u entrada para o edifício na Rua Alexandre Herculano, ao ser apreciado pela Câmara, esta<br />
tem que garantir que ele está <strong>de</strong> acordo com os objetivos <strong>de</strong> reabilitação urbana, nomeadamente,<br />
o povoamento do centro histórico da cida<strong>de</strong>.”<br />
Torres Novas, 2 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – 40º Aniversário da aprovação<br />
da Constituição da República Portuguesa (Assunto 54/16)<br />
40º Aniversário da aprovação da Constituição da República Portuguesa<br />
No próximo dia 2 <strong>de</strong> Abril, comemora-se o 40.º aniversário da aprovação da Constituição da<br />
República Portuguesa. Trata-se <strong>de</strong> uma data fundamental para a Democracia. O Município <strong>de</strong> Torres<br />
Novas <strong>de</strong>ve promover iniciativas que assinalem este dia e <strong>de</strong> divulgação do texto da Constituição. É<br />
<strong>de</strong> realçar o seu conteúdo no que diz respeito às autarquias locais e à sua autonomia. Neste sentido<br />
o BE propõe que a Câmara Municipal <strong>de</strong>cida realizar iniciativas que assinalem este dia e que <strong>de</strong>bata<br />
qual o melhor enquadramento e o seu formato, envolvendo a Assembleia Municipal e as Juntas <strong>de</strong><br />
Freguesia, tendo em consi<strong>de</strong>ração que este ano também se comemora o 40.º aniversário da eleição<br />
livre das autarquias locais.”<br />
Submetida a proposta a votação, foi a mesma aprovada por unanimida<strong>de</strong> (sete votos).<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
– Feira dos Frutos Secos (Assunto 55/16)<br />
Consi<strong>de</strong>rando que um dos objetivos da Feira dos Frutos Secos é promover o figo do nosso<br />
concelho;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que na edição da Feira <strong>de</strong> Frutos Secos <strong>de</strong> 2015, a Câmara Municipal <strong>de</strong>cidiu isentar<br />
<strong>de</strong> qualquer pagamento os/as produtores/as <strong>de</strong> figos do concelho;
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
163<br />
Consi<strong>de</strong>rando que se <strong>de</strong>ve manter esta orientação para a edição <strong>de</strong>ste ano, servindo também o<br />
objetivo <strong>de</strong> apoiar os/as pequenos/as produtores;<br />
Proponho:<br />
1 – Que a Câmara Municipal <strong>de</strong>cida isentar <strong>de</strong> qualquer pagamento os/as produtores/as <strong>de</strong> figos do<br />
concelho na Feira <strong>de</strong> Frutos Secos <strong>de</strong> 2016.<br />
2 – Que os/as produtores/as, incluindo os/as informais, sejam informados <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, <strong>de</strong><br />
modo a incentivá-los/as a participar na Feira e a prepararem-se para tal.<br />
3 – Que a Câmara Municipal estu<strong>de</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoiar os/as produtores, sobretudo os mais<br />
idosos/as no transporte dos seus produtos para a Feira e que os mesmos sejam informados <strong>de</strong>ssa<br />
possibilida<strong>de</strong>.<br />
Submetida a proposta a votação, sobre a forma <strong>de</strong> recomendação, foi a mesma aprovada,<br />
com um voto a favor (Sra. Vereadora Helena Pinto) e seis abstenções (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs.<br />
Vereadores Luís Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo, Henrique Reis e Filipa Rodrigues).<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
– Orçamento Participativo 2016 (Assunto 56/16)<br />
Consi<strong>de</strong>rando que a 1.ª edição do Orçamento Participativo foi muito positiva, tendo em conta o<br />
número <strong>de</strong> propostas e o número <strong>de</strong> votantes;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que o Regulamento do Orçamento Participativo prevê a avaliação <strong>de</strong> cada edição;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que a próxima edição <strong>de</strong>ve ser preparada atempadamente e <strong>de</strong>ve incluir as recomendações<br />
da avaliação;<br />
Proponho:<br />
Que se realize uma reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal, com a equipa que <strong>de</strong>senvolveu o Orçamento<br />
Participativo, <strong>de</strong> modo a que seja realizada uma avaliação e uma revisão do regulamento e que sejam<br />
estabelecidos prazos mais alargados para a edição <strong>de</strong> 2016.”<br />
Após discussão da proposta, a Sra. Vereadora Helena Pinto <strong>de</strong>clarou o seguinte: “O BE mantém<br />
todos os consi<strong>de</strong>randos da sua proposta, mas tendo em conta o compromisso assumido pelo Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> que convocará uma reunião para breve em que serão abordados os temas propostos,<br />
retiro <strong>de</strong> votação a proposta apresentada.”<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2016<br />
A reunião só se viria a realizar no dia 12 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2016<br />
Orçamento Participativo 2016/2017<br />
– normas gerais e normas <strong>de</strong> participação (Assunto 218/16)<br />
Após análise, a Câmara <strong>de</strong>liberou, por maioria absoluta, com seis votos a favor (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs.<br />
Vereadores Luis Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo, Henrique Reis, Helena Pinto) e um voto contra (Sra.<br />
Vereadora Filipa Rodrigues), aprovar as normas gerais e normas <strong>de</strong> participação 2016 do Orçamento<br />
Participativo <strong>de</strong> Torres Novas.<br />
Relativamente à alteração <strong>de</strong> escalões etários proposta, na sequência da criação da nova componente<br />
OP Sub-18 (que introduz a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participação a crianças e jovens entre os 10 e os 17<br />
anos), a Sra. Vereadora Helena Pinto propôs a manutenção dos atuais escalões etários. Por sua vez,<br />
o Sr. Presi<strong>de</strong>nte propôs a aprovação da proposta apresentada pelos Serviços.
164<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Submetidas a votação as propostas apresentadas, obteve-se o seguinte resultado: –<br />
Proposta da Sra. Vereadora Helena Pinto: rejeitada, com um voto a favor da proponente<br />
e cinco votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luis Silva, Elvira Sequeira, Paulo<br />
Tojo, Henrique Reis).<br />
Torres Novas, 12 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2016<br />
Recomendação apresentada pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
– Rua do Centro Republicano – Torres Novas (Assunto 96/16)<br />
A rua do Centro Republicano é palco, quase diariamente, <strong>de</strong> pequenos inci<strong>de</strong>ntes relacionados com o<br />
traçado do passeio e lancis do lado direito, <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte em direcção à ponte do Nogueiral. O traçado<br />
do passeio, herdado da velha travessa, nunca foi corrigido do lado direito, afunilando abruptamente e<br />
dando origem a frequentes embates dos automóveis nos lancis. Por outro lado, os estacionamentos<br />
momentâneos do lado esquerdo, frente ao edifício Parque (pessoas que muitas vezes sobem para<br />
levantar umas análises), dão origem à interrupção do trânsito porque não é imediatamente visível<br />
para quem para ou estaciona, que a via fica impedida por causa do afunilamento do traçado do<br />
lancil. Recomenda-se a urgente correcção do traçado dos lancis do lado direito da rua, <strong>de</strong>sfazendo<br />
o seu afunilamento, sendo certo que será relativamente fácil negociar com os proprietários do<br />
terreno, que está sem préstimo há mais <strong>de</strong> 20 anos e constitui, também, uma questão a avaliar<br />
pela autarquia, nomeadamente o modo como está vedado, que não se coaduna como as exigências<br />
mínimas admissíveis.<br />
Submetida a recomendação a votação, foi a mesma aprovada por unanimida<strong>de</strong> (sete votos).<br />
Torres Novas, 7 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2016<br />
Memórias da História 2016 – normas <strong>de</strong> funcionamento<br />
(Assunto 97/16)<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
“Perante a rejeição do PS às propostas sobre o funcionamento da Feira Municipal, nomeadamente<br />
uma proposta que o BE já tinha apresentado o ano passado e que ia no sentido <strong>de</strong> existir uma redução<br />
das taxas aplicadas às organizações sem fins lucrativos que participam na Feira, prática do Município<br />
em relação a outras taxas, e o aumento do preço <strong>de</strong> venda da pulseira, que do nosso ponto <strong>de</strong><br />
vista não se justifica, o BE abstém-se e alerta para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se realizar um <strong>de</strong>bate sobre a<br />
continuida<strong>de</strong> e o formato <strong>de</strong>sta iniciativa municipal para o futuro.”<br />
Torres Novas, 7 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2016<br />
Apoio institucional – relatório da comissão <strong>de</strong> análise<br />
(Assunto 140/16)<br />
O BE vota favoravelmente o Relatório. Tendo em consi<strong>de</strong>ração opiniões dos interessados já manifestadas<br />
por diversas vezes, propomos o seguinte aditamento ao ponto 3 da Cláusula 3.ª do contrato-programa<br />
para Apoio institucional 2016: “Alternando, entre as diferentes bandas/ranchos o tipo <strong>de</strong> solicitação<br />
<strong>de</strong> espetáculo (ex: arruadas, concertos), assim como as associações contempladas com o espetáculo,<br />
<strong>de</strong> modo a evitar que os serviços sejam os mesmos <strong>de</strong> ano para ano.<br />
Torres Novas, 12 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2016
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
165<br />
Proposta apresentada no PAOD<br />
Mais uma vez proponho a realização <strong>de</strong> uma reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal sobre o tema<br />
da Proteção Civil, convidando os responsáveis. O BE já propôs por diversas vezes a realização<br />
<strong>de</strong>sta reunião, que nos parece uma necessida<strong>de</strong>. Não se trata <strong>de</strong> uma questão formal, mas sim da<br />
importância que uma Câmara Municipal <strong>de</strong>ve dar à Proteção Civil, mantendo-se informada e tomando<br />
conhecimento das necessida<strong>de</strong>s.<br />
Embora merecendo acordo esta reunião nunca se realizou.<br />
Torres Novas, 12 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Moção pelo encerramento<br />
da Central Nuclear <strong>de</strong> Almaraz (Assunto 239/16)<br />
Consi<strong>de</strong>rando que:<br />
a) A central nuclear <strong>de</strong> Almaraz, no Estado Espanhol, é a central nuclear mais próxima <strong>de</strong> Portugal.<br />
Situa-se a apenas uma centena <strong>de</strong> quilómetros da fronteira. Os dois reatores nucleares entraram em<br />
funcionamento em 1981 e 1983, sendo dos mais envelhecidos do Estado Espanhol, o que levanta<br />
preocupações, agravadas pelos sucessivos inci<strong>de</strong>ntes registados.<br />
b) A Central teve o seu encerramento previsto para 2010, mas o Governo do Estado espanhol<br />
prolongou-o até 2020;<br />
c) São conhecidos os recorrentes aci<strong>de</strong>ntes na mesma Central como são exemplos o incêndio num<br />
transformador situado no exterior da Unida<strong>de</strong>, e uma avaria nos equipamentos, no passado mês<br />
<strong>de</strong> Fevereiro;<br />
d) No início <strong>de</strong>ste ano, cinco inspetores do Conselho <strong>de</strong> Segurança Nuclear do Estado Espanhol<br />
vieram a público quebrar o silêncio. Depois da última vistoria à central nuclear, motivada por<br />
repetidas avarias nos motores das bombas <strong>de</strong> água, ficou claro que o sistema <strong>de</strong> refrigeração não<br />
dá garantias suficientes e que, dizem os técnicos, coloca sério risco <strong>de</strong> segurança;<br />
e) Almaraz é apresentada pela Greenpeace como um caso extremo. A central não cumpre pontos<br />
essenciais: não tem válvulas <strong>de</strong> segurança e sistemas <strong>de</strong> ventilação filtrada para prevenir uma explosão<br />
<strong>de</strong> hidrogénio como a que ocorreu em Fukushima; não tem dispositivo eficaz para contenção da<br />
radioativida<strong>de</strong> em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte grave; não tem avaliação <strong>de</strong> riscos naturais; não está sequer<br />
prevista a implantação <strong>de</strong> um escape alternativo para calor;<br />
f) A Assembleia da República mostrou já a sua preocupação com esta situação tendo por isso aprovado,<br />
no passado dia 29 <strong>de</strong> Abril, dois Projetos <strong>de</strong> Resolução, neste sentido;<br />
g) Torres Novas, situa-se na bacia hidrográfica do Rio Tejo e sofreria consequências que não se<br />
conseguem hoje <strong>de</strong>terminar, em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte nesta central;<br />
h) No passado dia 24 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong>correu, em Mérida, o primeiro encontro ibérico do movimento<br />
pelo encerramento da central nuclear <strong>de</strong> Almaraz, que juntou participantes <strong>de</strong> 20 organizações<br />
políticas e ambientalistas <strong>de</strong> Portugal e <strong>de</strong> Espanha.<br />
i) Deste encontro saiu a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> convocar um protesto ibérico marcado para Cáceres no próximo<br />
dia li<strong>de</strong> junho.<br />
Assim, a Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas, reunida em reunião ordinária <strong>de</strong> 24.05.2016,<br />
<strong>de</strong>libera:<br />
Manifestar-se pelo encerramento da Central Nuclear <strong>de</strong> Almaraz e manifestar o seu apoio à realização<br />
do protesto, do próximo dia 11 <strong>de</strong> Junho.
166<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Submetida a Moção apresentada a votação, foi a mesma aprovada, por maioria absoluta,<br />
com seis votos a favor (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luis Silva, Elvira Sequeira, Paulo<br />
Tojo, Filipa Rodrigues, Helena Pinto) e um voto contra (Sr. Vereador Henrique Reis).<br />
Torres Novas, 24 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – por espaço público livre<br />
do carcinogéneo “Glifosato” (Assunto 240/16)<br />
A Agência Internacional pata a Investigação sobre o Cancro (AIIC) da Organização Mundial <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> (OMS) <strong>de</strong>clarou o glifosato como “carcinogéneo provável para o ser humano”. O glifosato é<br />
o herbicida mais utilizado no país e também no planeta. A investigação da AIIC i<strong>de</strong>ntificou a relação<br />
entre a exposição ao herbicida e o Linfoma não-Hodgkin. Este tipo <strong>de</strong> cancro <strong>de</strong> sangue é dos que<br />
mais se registam em Portugal, com cerca <strong>de</strong> 1.700 novos casos por ano. O glifosato, enquanto<br />
herbicida, tem uma utilização sistémica não seletiva. É <strong>de</strong> venda livre e fácil acesso. Em 2012, foram<br />
aplicadas 1.400 toneladas <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> pesticida no país. A sua utilização efetua-se ao nível do solo<br />
para limpar os campos antes das sementes, mas também na água como <strong>de</strong>sinfetante. Em Portugal,<br />
o seu uso é generalizado na agricultura e também nos serviços <strong>de</strong> autarquias. Este composto tem<br />
sido ligado a vários problemas ambientais e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública por diversos estudos científicos. Em<br />
Torres Novas, durante o ano <strong>de</strong> 2015, a empresa prestadora <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> limpeza urbana aplicou<br />
120 Litros <strong>de</strong> herbicida <strong>de</strong> nome comercial PISTOL AV e a Câmara Municipal aplicou 90 litros <strong>de</strong><br />
herbicida <strong>de</strong> nome comercial GLIFOTOP ULTRÁ cuja substancia ativa <strong>de</strong> ambos é o glifosato. Não<br />
existe informação sobre a utilização <strong>de</strong>ste produto pelas Juntas <strong>de</strong> Freguesia. Várias autarquias<br />
– <strong>de</strong> perfil mais urbano ou mais rural – já abandonaram o uso <strong>de</strong> glifosato ou têm planos para o<br />
abandonar, o que significa que <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> usar este pesticida é não só uma necessida<strong>de</strong> mas também<br />
uma possibilida<strong>de</strong>. Torres Novas <strong>de</strong>ve estar na linha da frente da proteção da saú<strong>de</strong> da população e<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado o uso <strong>de</strong>ste composto. Já em março <strong>de</strong> 2014, a Quercus e a Plataforma Transgénicos<br />
Fora lançaram um apelo público para que as autarquias portuguesas <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> usar glifosato nos<br />
espaços urbanos, alertando para o risco ambiental e para a saú<strong>de</strong> pública <strong>de</strong>sta prática generalizada<br />
no país. O glifosato representa um risco pata a saú<strong>de</strong> pública. É imperioso a promoção <strong>de</strong> espaços<br />
públicos sem glifosato e livres <strong>de</strong> pesticidas com o recurso a meios mecânicos, térmicos, manuais ou<br />
outros. É essencial proteger a saú<strong>de</strong> pública e o ecossistema. A população <strong>de</strong> Torres Novas não po<strong>de</strong><br />
ser exposta a este carcinogéneo nos espaços públicos quando há alternativa. A Câmara Municipal <strong>de</strong><br />
Torres Novas, na sua reunião ordinária <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> maio 2016, <strong>de</strong>libera: 1. Que estu<strong>de</strong> e implemente<br />
um plano alternativo à utilização <strong>de</strong> glifosato, promovendo espaços públicos livres <strong>de</strong> pesticidas, com<br />
recurso a meios mecânicos, térmicos, manuais ou outros; 2. Que abandone em <strong>de</strong>finitivo a utilização<br />
<strong>de</strong> pesticidas à base <strong>de</strong> glifosato em espaços públicos.<br />
Submetida a proposta a votação, foi a mesma rejeitada, com quatro abstenções votos (Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luis Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo), dois votos contra (Srs.<br />
Vereadores Henrique Reis, Filipa Rodrigues) e um voto a favor (Sra. Vereadora Helena Pinto).<br />
Torres Novas, 24 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2016<br />
Contrato Interadministrativo <strong>de</strong> Delegação <strong>de</strong> Competências<br />
do Serviço Público <strong>de</strong> Transporte <strong>de</strong> Passageiros (Assunto 293/16)<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
“O Regime Jurídico do Serviço Público <strong>de</strong> Transporte <strong>de</strong> Passageiros – RJSPTP – Lei 52/2015,<br />
prevê duas fases distintas. A 1.ª fase, cuja data limite termina agora, prevê a organização e criação<br />
das autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte, a validação da informação prestada pelos operadores sobre a
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
167<br />
oferta disponível e a emissão <strong>de</strong> autorizações provisórias para a exploração dos serviços <strong>de</strong><br />
transporte. Trata-se, nesta fase, <strong>de</strong> <strong>de</strong>legar na CIMT a criação <strong>de</strong> uma autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte<br />
cujo âmbito será coinci<strong>de</strong>nte com o Médio Tejo, mantendo-se nos Municípios as competências<br />
dos transportes urbanos e escolares. Caso a autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte não seja constituída será o<br />
IMT a conduzir todo o processo. O BE consi<strong>de</strong>ra que o contrato inter-administrativo <strong>de</strong>veria ser<br />
mais simples e cingir-se às matérias da 1.ª fase. Neste sentido colocamos as seguintes questões<br />
relativamente ao clausulado:<br />
Cláusula 4.ª, n.º 6 – aumentar o prazo <strong>de</strong> 10 dias para a pronúncia dos municípios. Caso não se<br />
pronunciem em 10 dias presume-se que concordam. É muito curto e repete-se várias vezes no<br />
contrato<br />
n.º 8 – responsabilida<strong>de</strong> do município pelos abrigos – quem financia?<br />
Cláusula 7.ª – O recurso ao ajuste direto <strong>de</strong>ve ser evitado e <strong>de</strong>vidamente justificado.<br />
Cláusula 10.ª – “ajustamento em função da procura” – necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsificar este conceito –<br />
assim não é nada.<br />
Cláusula 11.ª – Financiamento – <strong>de</strong>via ficar <strong>de</strong> fora nesta fase. Receitas da exploração comercial das<br />
garagens vão para a CIMT? Mas as garagens são proprieda<strong>de</strong> dos municípios. Este aspeto não está<br />
claro.<br />
Cláusula 13.º – Regimes tarifários – <strong>de</strong>via ficar <strong>de</strong> fora nesta fase.<br />
Os assuntos constantes da Cláusula 11.ª e 13.ª necessitam fundamentação para a tomada <strong>de</strong> posição<br />
do município e não uma carta em branco à CIMT, embora o contrato preveja que os municípios têm<br />
que ser ouvidos, essa audição não tem caráter vinculativo.<br />
Cláusula 14.ª – Transportes flexíveis – está pouco explicado.<br />
De todas as questões apresentadas pelo BE, apenas foi aceite a integração <strong>de</strong> um n.º 3 na<br />
Cláusula 3.ª – Objetivos estratégicos e princípios gerais, cuja redação é a seguinte: 3 – As<br />
partes comprometem-se ainda, a implementar políticas que visem a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> um ambiente<br />
sustentável, que passa pela redução das emissões <strong>de</strong> CO2 e pela promoção <strong>de</strong> equipamentos<br />
não poluentes. O BE abstém-se.”<br />
21 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – “Contrato <strong>de</strong> concessão<br />
<strong>de</strong> exploração da central pública <strong>de</strong> camionagem do Nogueiral<br />
à Rodoviária do Tejo e posteriores <strong>de</strong>senvolvimentos” (Assunto 300/16)<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos: “Esteve agendado para a reunião<br />
anterior (7 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2016) o Assunto 195/16 – Obras na Central <strong>de</strong> Camionagem –<br />
Proposta <strong>de</strong> Resolução, que foi retirado, o que se compreen<strong>de</strong> tendo em consi<strong>de</strong>ração<br />
que se tratava <strong>de</strong> uma reunião <strong>de</strong>scentralizada e o assunto po<strong>de</strong>ria requerer a presença<br />
<strong>de</strong> técnicos/as dos serviços para eventuais explicações. O BE estranha que o assunto não<br />
tenha sido reagendado para esta reunião, tendo em conta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolução<br />
expressa nos documentos. O BE consi<strong>de</strong>ra que se trata <strong>de</strong> uma situação muito grave. Por<br />
isso <strong>de</strong>cidiu fazer hoje uma <strong>de</strong>claração política sobre o assunto e apresentar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já uma<br />
proposta que solicita seja agendada conjuntamente com o referido assunto.” (Reunião <strong>de</strong><br />
21 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2016)<br />
Declaração Política sobre o Contrato <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> exploração da central pública <strong>de</strong> camionagem<br />
do Nogueiral à Rodoviária do Tejo e posteriores <strong>de</strong>senvolvimentos
168<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
PARTE I – a central <strong>de</strong> camionagem<br />
No final do ano <strong>de</strong> 1985, o município <strong>de</strong> Torres Novas concluía a obra da estação central municipal <strong>de</strong><br />
camionagem para servir a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes públicos, nomeadamente as empresas com concessão<br />
<strong>de</strong> carreiras urbanas <strong>de</strong> passageiros, central essa localizada no Nogueiral; A Rodoviária Nacional era,<br />
à época, a empresa concessionária da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes públicos <strong>de</strong> passageiros e possuía a sua<br />
garagem e centro operacional <strong>de</strong> movimento <strong>de</strong> passageiros na velha garagem sita no largo Baracho,<br />
em Torres Novas. As partes acordaram a celebração <strong>de</strong> um “contrato <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> exploração<br />
da central <strong>de</strong> camionagem <strong>de</strong> Torres Novas”, e assinaram o referido acordo em Dezembro <strong>de</strong> 1985,<br />
mediante o qual e em síntese: a) O município cedia o direito <strong>de</strong> exploração da central pública <strong>de</strong><br />
camionagem à Rodoviária, por um prazo <strong>de</strong> vinte anos, compreen<strong>de</strong>ndo essa cedência o espaço<br />
da central <strong>de</strong> camionagem e ainda uma parcela <strong>de</strong> terreno, também proprieda<strong>de</strong> municipal, para<br />
parqueamento <strong>de</strong> viaturas e estação <strong>de</strong> serviço, localizada nas imediações e junto ao rio Almonda,<br />
com entrada no início da rua Outeiro do Fogo (cláusula primeira); b) Por seu lado, a Rodoviária<br />
ficava obrigada ao pagamento <strong>de</strong> uma renda anual <strong>de</strong> 1.800 contos pela concessão da utilização da<br />
central pública <strong>de</strong> camionagem; O mesmo contrato dá conta, entretanto, que a Rodoviária vendia ao<br />
município, o que aconteceu, a sua velha garagem do Largo Baracho, por 12.500 contos; Acordando o<br />
“encontro <strong>de</strong> contas” entre a venda da garagem e as anuida<strong>de</strong>s a pagar pela RN, as partes aceitaram<br />
que as primeiras <strong>de</strong>z anuida<strong>de</strong>s seriam cobertas pelo valor atribuído ao imóvel transacionado, o que<br />
veio a acontecer; A Rodoviária do Tejo ficaria obrigada a iniciar o pagamento efetivo das anuida<strong>de</strong>s ao<br />
município a partir do ano <strong>de</strong> 1996, situação que não se verificou; Entre 1996 e 2001 não ocorreram<br />
pagamentos ao município, “por razões imputáveis à Rodoviária” (inf. I/4423/15 – DAES, <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong><br />
Maio <strong>de</strong> 2015), embora pu<strong>de</strong>sse ter havido encontro <strong>de</strong> contas, agora <strong>de</strong> sinal contrário, já que a<br />
Rodoviária recebia centenas <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> euros anuais do município para pagamento <strong>de</strong> transportes<br />
escolares, e as anuida<strong>de</strong>s a que estava obrigada por contrato podiam ser <strong>de</strong>scontadas na verba a pagar<br />
pelo município por esse serviço; Mas, curiosamente, em Junho <strong>de</strong> 2000, o então vice-presi<strong>de</strong>nte da<br />
câmara, Pedro Ferreira, explicando que seria necessário atualizar o preço da renda da central <strong>de</strong><br />
camionagem, propôs que a anuida<strong>de</strong> passasse dos 1.800 contos para 4.500 contos, e fosse atualizado<br />
o protocolo em conformida<strong>de</strong>; Nessa reunião do executivo, o vereador do PSD, Manuel Gonçalves,<br />
achou muito baixa a atualização proposta por Pedro Ferreira e propôs, ele próprio, que a RT passasse<br />
a pagar uma anuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 6.000 contos e ainda que o bar “Terminal”, que pagava renda à empresa,<br />
o passasse a fazer ao município, como era <strong>de</strong>vido; Argumentava o vereador do PSD que, caso o<br />
município passasse a receber apenas 4.500 contos por ano, seria uma verba, mensal, pouco acima<br />
do dobro do que a própria RT recebia do sub-aluguer do bar, isto é, a central <strong>de</strong> camionagem estava<br />
ser valorizava quase ao preço <strong>de</strong> um simples bar; A proposta do vereador Manuel Gonçalves, <strong>de</strong> a<br />
anuida<strong>de</strong> ser fixada em 6.000 contos e <strong>de</strong> o bar passar a pagar a renda ao município, foi aprovada<br />
por unanimida<strong>de</strong>, ficando o executivo <strong>de</strong> estabelecer negociações com a empresa para posterior<br />
atualização do protocolo, mas nada <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>liberação foi cumprido; Em 23 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2001, a<br />
Câmara aprovou um “acordo <strong>de</strong> cedência <strong>de</strong> instalações da Rodoviária do Tejo”, em que a empresa<br />
aceitava que o espólio do chamado Museu <strong>de</strong> Arqueologia Industrial, arrumado na antiga garagem,<br />
proprieda<strong>de</strong> do município, fosse mudado para parte das instalações da antiga oficina da empresa (stand<br />
e armazéns da TRENAUTO), à rua da Fábrica, que a empresa <strong>de</strong>ixara entretanto; O objetivo <strong>de</strong>ste<br />
“acordo” consistiu, na prática, em evitar que a empresa pagasse as anuida<strong>de</strong>s também a partir <strong>de</strong>ssa<br />
data, até porque nunca para aquelas instalações foi mudado o espólio do referido Museu; De facto,<br />
em Dezembro <strong>de</strong> 2001, uma informação da chefe <strong>de</strong> secção <strong>de</strong> Taxas e Licenças chamava a atenção<br />
do executivo para o facto <strong>de</strong>, até à data (14 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2001) não se ter efetivado a mudança<br />
prevista no acordo, pelo que se <strong>de</strong>veria notificar a Rodoviária “ao imediato pagamento das anuida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> 2000 e 2001, no valor <strong>de</strong> 1.934.604 escudos anuais, relativas a um período anterior ao objeto<br />
<strong>de</strong>ste “acordo” “. Até 2003, por razões imputáveis à RT e ao executivo municipal, po<strong>de</strong> <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>rse,<br />
continuou a não se efetivar qualquer pagamento da renda, por parte da empresa; Entretanto, em<br />
1 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2003, com base numa cláusula do anterior “acordo”, <strong>de</strong> 2001, a câmara aceita ce<strong>de</strong>r<br />
ao Clube Desportivo <strong>de</strong> Torres Novas uma vivenda, proprieda<strong>de</strong> da Rodoviária, confinante com as
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
169<br />
instalações da antiga TRENAUTO (objeto do acordo), <strong>de</strong> modo a continuar, na prática, a isentar a<br />
Rodoviária do pagamento da renda anual pela utilização central <strong>de</strong> camionagem; Por volta <strong>de</strong> 2006,<br />
o Clube Desportivo abandonou a referida casa <strong>de</strong> habitação, mas só em 2008 (14 <strong>de</strong> Outubro) a<br />
câmara <strong>de</strong>libera a saída do CDTN das referidas instalações; Deste modo, são imputáveis anuida<strong>de</strong>s<br />
à Rodoviária do Tejo a partir <strong>de</strong>ssa data, que totalizavam na altura, contabilizando aquilo que foi<br />
possível contabilizar fora do âmbito dos “acordos” que foram originando períodos <strong>de</strong> isenção <strong>de</strong><br />
duvidosa natureza, a quantia <strong>de</strong> 87.721, 23 euros, isto até ao final <strong>de</strong> 2014 (inf. I/4423/15 – DAES,<br />
<strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2015). Des<strong>de</strong> então, final <strong>de</strong> 2014, a Rodoviária do Tejo continuou a não pagar<br />
qualquer anuida<strong>de</strong> referente à sua utilização da central <strong>de</strong> camionagem, conforme estava obrigada<br />
ao abrigo do contrato <strong>de</strong> concessão, nem a Câmara nem a empresa propuseram, mais uma vez, um<br />
encontro <strong>de</strong> contas no âmbito dos cerca <strong>de</strong> 400 mil euros anuais que o município paga à empresa<br />
pela prestação <strong>de</strong> serviços dos transportes escolares; Chegados a meados <strong>de</strong> 2016, e mais uma vez<br />
contabilizando apenas aquilo que foi possível contabilizar, a dívida da empresa ao município ascen<strong>de</strong><br />
a 112.304,52 euros (cento e doze mil, trezentos e quatro euros e cinquenta e dois cêntimos). A<br />
dívida, acaso não subsistissem os “acordos” que permitiram as isenções referidas neste documento,<br />
ascen<strong>de</strong>ria a 178 mil euros a preços <strong>de</strong> 1985 e compreen<strong>de</strong>ndo apenas, exatamente, o período <strong>de</strong><br />
20 anos após o fim do encontro <strong>de</strong> contas objeto do contrato <strong>de</strong> 1985, isto é, o período situado<br />
entre 1996 e 2016. Mas há ainda a consi<strong>de</strong>rar a <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2000, segundo a qual a<br />
anuida<strong>de</strong> passaria <strong>de</strong> 1.800 contos para 6.000 contos (atualização <strong>de</strong>vido aos primeiros quinze anos<br />
do protocolo), o que alteraria completamente o cenário dos proveitos do município pela concessão<br />
da estação <strong>de</strong> camionagem.<br />
PARTE II – as obras da nova se<strong>de</strong><br />
Em 23 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2003, o município acordou com a RT um protocolo sem objeto no seu título<br />
e nos seus consi<strong>de</strong>randos preambulares. O protocolo, estranhamente, começa com uma ameaça<br />
unilateral da RT, em que a empresa admite, em termos da sua estratégia empresarial, “transferir as suas<br />
ativida<strong>de</strong>s para outra localida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>finir”. Pena é que não a tenha <strong>de</strong>finido logo, se havia a consciência<br />
da vonta<strong>de</strong> e intenção, tão clara e premente, da referida transferência; O protocolo termina com a<br />
repetição da ameaça, segundo a qual por incumprimento <strong>de</strong> algumas das suas cláusulas, a empresa<br />
transferirá os seus serviços para outra localida<strong>de</strong>; De permeio, o protocolo visava garantir, para a<br />
RT: – a viabilização <strong>de</strong> um plano urbanístico <strong>de</strong> construção para habitação, comércio e serviços, no<br />
espaço das oficinas e antigos escritórios da rua da Fábrica; – autorização para o alargamento da área<br />
<strong>de</strong> construção no espaço concessionado na central pública <strong>de</strong> camionagem, parte <strong>de</strong>la para a se<strong>de</strong><br />
social da empresa (a chamada fração A); – viabilizar, “sem quaisquer ónus ou encargos”, a transferência<br />
das oficinas da empresa para a zona industrial; – e ainda a cedência do respetivo terreno à empresa,<br />
na zona industrial, por troca <strong>de</strong> um outro que a RT havia cedido ao município; Em 9 <strong>de</strong> Dezembro<br />
<strong>de</strong> 2005, a RT informou a câmara, por ofício, que as obras da sua se<strong>de</strong>, no espaço concessionado<br />
da central <strong>de</strong> camionagem, iriam começar em 11 <strong>de</strong> Dezembro, daí a três dias, obviamente antes<br />
<strong>de</strong> a Câmara ter recebido o ofício (registado a 13 <strong>de</strong> Dezembro no serviço <strong>de</strong> Expediente); Nesse<br />
ofício, a empresa juntava uma “primeira aproximação à repartição <strong>de</strong> custos” das obras, entretanto<br />
“acordada”, e que ascendiam, na sua primeira fase, a cerca <strong>de</strong> 135 mil euros, com a empresa a <strong>de</strong>finir<br />
para o município, nesse documento, uma comparticipação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 65 mil euros; A empresa<br />
<strong>de</strong>cidiu este investimento <strong>de</strong> mais 200 mil euros, no conjunto das duas fases, em poucos dias, já que<br />
recebera da firma António Francisco Galinha o orçamento para as obras, num montante <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />
163 mil euros, com data <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Novembro, cerca <strong>de</strong> quinze dias antes <strong>de</strong> ter <strong>de</strong>cidido começar<br />
as obras; Os documentos não esclarecem com que base se verificou o acordo do município para a<br />
repartição dos custos das obras, sendo também estranho que não se tenha <strong>de</strong>finido antecipadamente<br />
o estatuto, o regime, o enquadramento legal/administrativo em que essas obras iriam realizar-se;<br />
Em 4 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2005, com a presença <strong>de</strong> apenas 4 (quatro) vereadores, a câmara <strong>de</strong>liberou um<br />
conjunto <strong>de</strong> situações relacionadas com as obras e, nomeadamente, que as mesmas fossem objeto <strong>de</strong><br />
uma “escritura <strong>de</strong> cedência” da fração A (Deliberação 675/2005); Em Março <strong>de</strong> 2011, já com as obras
170<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
há muito concluídas, a diretora do <strong>de</strong>partamento propunha a regularização das mesmas com base no<br />
enquadramento do contrato <strong>de</strong> concessão assinado em 1985 (contrato <strong>de</strong> concessão da central <strong>de</strong><br />
camionagem), “contrariamente ao constante na <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong> cedência <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2005”;<br />
Passaram-se entretanto cinco anos e perante este historial, a câmara é chamada a <strong>de</strong>liberar sobre<br />
o modo como se <strong>de</strong>verá realizar a regularização da obra, se no âmbito do contrato <strong>de</strong> 1985, como<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m os serviços em vários momentos, se sob a forma <strong>de</strong> uma escritura <strong>de</strong> cedência suportada<br />
pela <strong>de</strong>liberação da câmara na época balnear <strong>de</strong> 2005; Faltam neste processo, certamente por lapso,<br />
um documento fundamental, a avaliação da obra pelo consultor externo contratado, o gabinete<br />
do engenheiro Francisco Jerónimo, bem como a informação dos serviços <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2015<br />
(I/5209/15, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Junho), que po<strong>de</strong>rão ajudar a esclarecer mais algum pormenor do assunto;<br />
PARTE III – síntese e proposta<br />
Perante os factos apurados, e partindo do pressuposto <strong>de</strong> que ainda subsistirão aspetos relevantes<br />
a esclarecer, nomeadamente relacionados com <strong>de</strong>cisões que implicaram, estamos a ver agora,<br />
consequências financeiras significativas, quer sejam os incompreensíveis e longos períodos <strong>de</strong><br />
isenção, para a RT, do pagamento das anuida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vidas pela concessão da exploração da central <strong>de</strong><br />
camionagem, quer sejam as consequências do não cumprimento <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong> 2000, quer<br />
seja a assunção <strong>de</strong> custos, pelo município, <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> do custo das obras da se<strong>de</strong> social da<br />
empresa sem enquadramento prévio e legal claro, quer ainda, exatamente, a realização <strong>de</strong> obras <strong>de</strong><br />
valor significativo sem previamente ter sido <strong>de</strong>finido o seu estatuto, propomos:<br />
– Que a empresa seja notificada do valor das anuida<strong>de</strong>s em dívida por conta da concessão <strong>de</strong> exploração<br />
da central <strong>de</strong> camionagem, e que proceda ao pagamento das mesmas;<br />
– Que o executivo municipal <strong>de</strong>libere a forma e a natureza <strong>de</strong> um inquérito com vista a esclarecer<br />
os factos relacionados com as obras da se<strong>de</strong> social da empresa, <strong>de</strong> modo que posteriormente<br />
possa ele, executivo municipal, <strong>de</strong>liberar sobre a regularização das mesmas, apuradas que forem as<br />
responsabilida<strong>de</strong>s políticas que conduziram a este impasse, quer quanto à regularização das obras,<br />
quer no que diz respeito aos atos e omissões relacionados com o processo <strong>de</strong> atualização das<br />
anuida<strong>de</strong>s que conduziu ao prejuízo dos interesses do município em favor <strong>de</strong> interesses <strong>de</strong> outrem.<br />
Após <strong>de</strong>morada análise, a Sra. Vereadora Helena Pinto propôs a votação individual dos<br />
pontos constantes da proposta apresentada, tendo a mesma sido rejeitada, por maioria<br />
absoluta, com cinco votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luis Silva, Elvira Sequeira,<br />
Henrique Reis e Filipa Rodrigues) e um voto a favor (Sra. Vereadora Helena Pinto). De<br />
seguida, o Sr. Presi<strong>de</strong>nte submeteu a votação a proposta apresentada, em bloco, tendo<br />
a mesma sido rejeitada, por maioria absoluta, com três votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs.<br />
Vereadores Luis Silva, Elvira Sequeira), um voto a favor (Sra. Vereadora Helena Pinto) e<br />
duas abstenções (Srs. Vereadores Henrique Reis e Filipa Rodrigues).<br />
Torres Novas, 4 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta apresentada no PAOD<br />
Boletim Municipal – A Câmara Municipal publica trimestralmente um Boletim Municipal. Até<br />
ao momento não foi cumprida a Diretiva 1/2008 da Entida<strong>de</strong> Reguladora para a Comunicação<br />
Social, nomeadamente o seu ponto 8 e 8-A, que dizem respeito ao cumprimento do princípio do<br />
pluralismo.<br />
Neste sentido, solicito ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte que seja garantido espaço <strong>de</strong> opinião a todas as<br />
forças políticas representadas na vereação nas próximas edições do Boletim Municipal.<br />
“8. Tratando-se <strong>de</strong> publicações <strong>de</strong> titularida<strong>de</strong> pública e sujeitas ao respeito pelo princípio do pluralismo<br />
e ao princípio <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> tratamento entre as várias forças políticas presentes nos órgãos
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
171<br />
municipais, encontram-se obrigadas a veicular a expressão <strong>de</strong>ssas diferentes forças e sensibilida<strong>de</strong>s, e<br />
em matérias relativas à activida<strong>de</strong> autárquica. (redacção dada por <strong>de</strong>liberação do Conselho Regulador<br />
<strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2011) 8-A. Os responsáveis das publicações periódicas autárquicas, <strong>de</strong>verão<br />
respeitar o princípio do equilíbrio <strong>de</strong> tratamento entre as várias forças políticas presentes nos órgãos<br />
municipais, o que po<strong>de</strong>rá consubstanciar-se na criação <strong>de</strong> espaços editoriais <strong>de</strong>dicados à intervenção<br />
<strong>de</strong>ssas mesmas forças. (artigo aditado por <strong>de</strong>liberação do Conselho Regulador <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Setembro<br />
<strong>de</strong> 2011)”.<br />
Os partidos da oposição passaram a ter espaço <strong>de</strong> opinião no Boletim Municipal<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2016<br />
Autorida<strong>de</strong> urbana – proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação<br />
<strong>de</strong> competências das Autorida<strong>de</strong>s Urbanas (Assunto 427/16)<br />
O Sr. Presi<strong>de</strong>nte apresentou uma proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências das Autorida<strong>de</strong>s Urbanas,<br />
nomeadamente, as funções <strong>de</strong> controlo das operações do Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Urbano (PEDU) <strong>de</strong> Torres Novas, na CIMT – Comunida<strong>de</strong> Intermunicipal do Médio Tejo.<br />
Por sua vez, a Vereadora Helena Pinto propôs a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências das Autorida<strong>de</strong>s<br />
Urbanas na Autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão do Programa Operacional Regional do Centro.<br />
Submetidas a votação as propostas apresentadas, obteve-se o seguinte resultado: – Proposta<br />
do Sr. Presi<strong>de</strong>nte: aprovada, com cinco votos a favor (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luis<br />
Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo, Henrique Reis), um voto contra (Sra. Vereadora Filipa<br />
Rodrigues) e uma abstenção (Sra. Vereadora Helena Pinto). – Proposta da Sra. Vereadora<br />
Helena Pinto: rejeitada, com um voto a favor da proponente, cinco votos contra (Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luis Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo, Henrique Reis) e uma<br />
abstenção (Sra. Vereadora Filipa Rodrigues).<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
“O BE lamenta que o Município não tenha condições para se assumir como Autorida<strong>de</strong> Urbana no<br />
âmbito da concretização do PEDU – Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano. Tendo em conta<br />
as 3 hipóteses previstas na legislação e excluindo o próprio Município, enten<strong>de</strong>mos que a situação<br />
que melhor salvaguarda os interesses do Município será a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências na Entida<strong>de</strong><br />
Gestora do Programa Operacional e não na CIMT. Não se enten<strong>de</strong> a vantagem <strong>de</strong> criar mais um<br />
patamar intermédio entre o Município e a entida<strong>de</strong> gestora.”<br />
Torres Novas, 30 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Criação do Conselho Local<br />
<strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano (Assunto 575/16)<br />
A Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas viu aprovado o Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano<br />
(PEDU) e já assinou o contrato para o seu financiamento. Também já <strong>de</strong>cidiu que a CIM do Médio Tejo<br />
assumiria as competências <strong>de</strong> Autorida<strong>de</strong> Urbana neste processo. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governação estabelecido<br />
na documentação base sobre o PEDU inclui a criação <strong>de</strong> um Conselho Local <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Urbano, que <strong>de</strong>veria ter sido criado ainda na fase <strong>de</strong> negociação do Plano. Tal não aconteceu, apesar<br />
dos alertas do Bloco <strong>de</strong> Esquerda. Conforme se afirma no documento constante do Orçamento<br />
Municipal para 2016 “o envolvimento dos parceiros e <strong>de</strong> outros atores que facilitam a concretização<br />
dos objetivos assumidos no PEDU é assegurado pelo Conselho Local <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano<br />
(CLDU). A sua composição será estabelecida pela AU na fase <strong>de</strong> negociação do PEDU em função das
172<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
tipologias <strong>de</strong> operações a integrar no mesmo, prevendo-se que integre, no essencial, representantes<br />
<strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s públicas e privadas pertinentes na implementação do PEDU. O CLDU, presidido pelo<br />
presi<strong>de</strong>nte da AU, é um órgão consultivo que apoia a <strong>de</strong>cisão da AU e tem como competências: –<br />
Promover a concertação regional no âmbito da implementação do PEDU; – Apreciar e acompanhar a<br />
implementação do PEDU e apresentar à AU propostas suscetíveis <strong>de</strong> contribuir para a realização dos<br />
objetivos <strong>de</strong>finidos; – Procurar complementarida<strong>de</strong>s e soluções inovadoras para potenciar os resultados<br />
das operações; – Apreciar e emitir parecer sobre os relatórios <strong>de</strong> monitorização e acompanhamento<br />
do PEDU e sobre a implementação do Plano <strong>de</strong> Divulgação e Comunicação”<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda vem assim propor que se concretize a criação do CLDU no concelho <strong>de</strong><br />
Torres Novas, <strong>de</strong> modo a cumprir a legislação, mas também a potenciar todas as intervenções a<br />
realizar. Só com o envolvimento dos parceiros e através <strong>de</strong> discussão pública a implementação dos<br />
projetos po<strong>de</strong>rá correspon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s e ao mais amplo consenso possível, fazendo com<br />
que as <strong>de</strong>cisões sobre o investimento público sejam assim partilhadas e participadas pelos e pelas<br />
munícipes. Devem fazer parte do Conselho, associações concelhias cujo conhecimento e âmbito <strong>de</strong><br />
ação esteja relacionado com os projetos a <strong>de</strong>senvolver.<br />
Submetida a proposta a votação, foi a mesma aprovada por unanimida<strong>de</strong> (seis votos).<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
“O BE congratula-se com a aprovação <strong>de</strong>sta proposta pois têm-se batido pela criação do Conselho<br />
Local <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre. Fazemos votos para a que a sua criação se torne<br />
efetiva o mais rapidamente possível, só assim será possível incorporar os seus contributos nos<br />
projetos do PEDU.”<br />
Torres Novas, 25 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Legalida<strong>de</strong> urbanística<br />
das instalações da Fabrióleo, S.A. (Assunto 594/16)<br />
Face à evolução do processo da empresa Fabrióleo e aos recentes acontecimentos públicos <strong>de</strong><br />
indignação popular quanto às consequências da laboração <strong>de</strong>sta empresa, consi<strong>de</strong>ra-se fundamental<br />
a tomada <strong>de</strong> posição do Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas face à legalida<strong>de</strong><br />
das operações urbanísticas associadas a este estabelecimento industrial. Tendo o município assumido<br />
responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s, como por exemplo as da APA no que respeita à limpeza da<br />
ribeira da Boa Água / Serradinho, não será compreensível que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte não exerça as suas<br />
competências no que diz respeito às medidas que levem à reposição da tutela da legalida<strong>de</strong> urbanística<br />
do estabelecimento industrial da Fabrióleo. Estas medidas implicam a <strong>de</strong>molição dos edifícios ilegais<br />
que mantêm a empresa à margem da legalida<strong>de</strong> no que respeita ao cumprimento dos Instrumentos<br />
<strong>de</strong> gestão territorial, das condicionantes, servidões e restrições <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública. Consi<strong>de</strong>ra-se<br />
que só <strong>de</strong>ste modo se po<strong>de</strong> iniciar um sério e comprometido processo <strong>de</strong> responsabilização da<br />
administração pública pela laboração <strong>de</strong>sta empresa, e assim promover a a<strong>de</strong>quação da ocupação e<br />
laboração <strong>de</strong>ste estabelecimento em consonância com as normas vigentes. Desta forma elencam-se<br />
as razões que nos levam a propor ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal celerida<strong>de</strong> na imposição<br />
das necessárias medidas <strong>de</strong> tutela da legalida<strong>de</strong> urbanística, numa Recomendação, que a ser aprovada<br />
pela Vereação, será prova do seu compromisso solidária com as medidas que são competência<br />
exclusiva do Presi<strong>de</strong>nte da Câmara.<br />
Consi<strong>de</strong>rando que:<br />
1 – Parte das instalações da Fabrióleo, S.A. se encontram construídas em <strong>de</strong>srespeito pelos planos<br />
municipais <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento do território em vigor;
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
173<br />
2 – Em função <strong>de</strong> tal incumprimento, e ao abrigo do disposto, veio a Fabrióleo, S.A. requerer à<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas que lhe conce<strong>de</strong>sse a Declaração <strong>de</strong> Interesse Municipal, para<br />
os efeitos do artigo 5.º, n.º 4, alínea a) do Decreto-Lei n.º 165/2014, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Novembro;<br />
3 – Tal Declaração <strong>de</strong> Interesse Municipal se traduz no exercício po<strong>de</strong>r discricionário dos órgãos<br />
do Município;<br />
4 – Em reunião realizada a 22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2015, a Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas, por<br />
unanimida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>liberou recusar aprovar a Declaração <strong>de</strong> Interesse Municipal requerida pela<br />
Fabióleo, S.A.;<br />
5 – Pese embora <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>snecessária, face a tal <strong>de</strong>liberação da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas,<br />
a Assembleia Municipal <strong>de</strong> Torres Novas recusou em reunião realizada a 29 <strong>de</strong> De Dezembro <strong>de</strong><br />
2015 discordar com a Declaração <strong>de</strong> Interesse Municipal requerida pela Fabióleo, S.A.;<br />
6 – Não se vislumbra assim a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> legalização das referidas obras;<br />
7 – A violação <strong>de</strong> planos municipais <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento do território <strong>de</strong>termina o embargo e <strong>de</strong>molição<br />
das obras em causa, sendo da competência do Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>stas<br />
medidas, nos termos do artigo 132.º, n.º 1, alínea a) do DecretoLei n.º 80/2015, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Maio;<br />
8 – De igual forma, compete ao Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong>cidir o embargo e <strong>de</strong>molição<br />
das obras realizadas sem licença ou em violação das normas legais e regulamentares aplicáveis<br />
(artigo 102.º-B, n.º 1 alínea a) e alínea c) do Decreto-Lei n.º 555/99, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Dezembro, na<br />
sua actual redacção, quanto ao embargo e artigo 106.º, n.º 1 do Decreto-Lei n.º 555/99, <strong>de</strong> 16<br />
<strong>de</strong> Dezembro, na sua actual redacção, quanto à <strong>de</strong>molição);<br />
9 – Tais competências do Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal constituem um verda<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>ver, cuja<br />
omissão é geradora <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> em se<strong>de</strong> da Lei da Tutela Administrativa das Autarquias<br />
Locais (Lei n.º 27/96, <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Agosto);<br />
10 – Compete à Câmara Municipal promover a observância das normas legais e regulamentares aplicáveis<br />
às obras (artigo 33.º, n.º 1, alínea aa) do Anexo I da Lei n.º 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro).<br />
A Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas, reunida em oito <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2016, ao abrigo do disposto<br />
no artigo 33.º, n.º 1, alínea aa) do Anexo I da Lei n.º 75/2013, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro, <strong>de</strong>libera:<br />
– Recomendar ao Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas a exercer <strong>de</strong> forma célere e expedida<br />
as suas competências e <strong>de</strong>veres previstas no artigo 132.º, n.º 1, alínea a) do Decreto– Lei n.º 80/2015, <strong>de</strong><br />
14 <strong>de</strong> Maio e nos artigos artigo 102.º-B, n.º 1 alínea a) e alínea c) e artigo 106.º, n.º 1, ambos do Decreto-<br />
Lei n.º 555/99, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Dezembro, na sua actual redacção, quanto às obras realizadas pela Fabrióleo, S.A.<br />
que não tenham licença urbanística e estejam em violação <strong>de</strong> normas legais e regulamentares.<br />
Submetida a proposta a votação, foi a mesma aprovada, por unanimida<strong>de</strong> (sete votos).<br />
Esta proposta foi apresentada em 27 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2016.<br />
Torres Novas, 8 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Posse administrativa e obras<br />
coercivas <strong>de</strong> prédios em ruínas no centro histórico <strong>de</strong> Torres Novas<br />
(Assunto 684/16)<br />
A <strong>de</strong>gradação evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vários edifícios no centro histórico <strong>de</strong> Torres Novas tem um efeito muito<br />
negativo em diversos aspetos sobre a população que vive, trabalha e visita a nossa Cida<strong>de</strong>. Não é<br />
problema novo e está bem diagnosticado. Existem situações com níveis <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> diferentes,<br />
nomeadamente no que diz respeito ao perigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocada e efeitos na saú<strong>de</strong> pública – lixo que se<br />
acumula lá <strong>de</strong>ntro e animais que aí encontram o seu refúgio. A aproximação do Inverno e das chuvas
174<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
potencia ainda mais a <strong>de</strong>gradação dos imóveis e acentua os perigos. A situação da Rua da Regueira<br />
<strong>de</strong> Água é especialmente preocupante por diversos motivos: – existe perigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocada – o lixo<br />
acumula-se, o mau cheiro intensifica-se e há queixas <strong>de</strong> moradores sobre o aparecimento <strong>de</strong> ratazanas<br />
– é uma rua que está intransitável, o que já obrigou à <strong>de</strong>slocação <strong>de</strong> um estabelecimento comercial.<br />
Esta situação não se tolera mais. É mais um exemplo da incúria <strong>de</strong> alguns que prejudica todos e todas.<br />
Outro exemplo gritante é a antiga “Tipografia Fonseca” na Rua Alexandre Herculano, completamente<br />
<strong>de</strong>gradada, cheia <strong>de</strong> lixo, com vidros partidos constituindo perigo para quem ali passa. O Bloco <strong>de</strong><br />
Esquerda tem apoiado as <strong>de</strong>cisões da Câmara Municipal sobre a posse administrativa <strong>de</strong> imóveis<br />
com vista à realização <strong>de</strong> obras coercivas. Temos sempre alertado que se <strong>de</strong>ve prosseguir neste<br />
sentido e equacionar as situações mais graves <strong>de</strong> modo a que prevaleçam os interesses <strong>de</strong> proteção<br />
da segurança e da saú<strong>de</strong> dos e das munícipes e não outros quaisquer nestas <strong>de</strong>cisões. Sabemos, por<br />
informação do Sr. Presi<strong>de</strong>nte, que o concurso que foi aberto para a <strong>de</strong>molição do edifício na Rua <strong>de</strong><br />
Santa Maria ficou <strong>de</strong>serto, provavelmente por o custo da obra ser baixo.<br />
Propomos:<br />
– Que seja elaborado o processo para a posse administrativa do prédio em ruínas sito na Rua da<br />
Regueira <strong>de</strong> Água<br />
– Que seja elaborado o processo para a posse administrativa do prédio da antiga “Tipografia Fonseca”,<br />
na rua Alexandre Herculano<br />
– Que se abra novo concurso para as obras <strong>de</strong> <strong>de</strong>molição e limpeza, juntando as várias situações,<br />
potenciando assim a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior interesse nestas obras.<br />
O Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>clarou o seguinte: “Reconhecendo-se o sentido positivo da proposta do BE,<br />
não po<strong>de</strong>remos votar favoravelmente, por já se terem dado passos significativos na resolução dos<br />
problemas enunciados, quer por parte da Câmara quer por um dos proprietários num dos casos<br />
referidos. Na realida<strong>de</strong> e como foi também referido, progressivamente a Câmara tem vindo a <strong>de</strong>liberar<br />
sobre a posse administrativa para obras coercivas, como solução extrema para casos perigosamente<br />
<strong>de</strong>gradantes no centro histórico. Em relação ao prédio em ruínas na Rua da Regueira <strong>de</strong> Água, contactei<br />
telefonicamente o proprietário que se mostrou disponível para ven<strong>de</strong>r o imóvel, mas que não se<br />
encontrará com condições financeiras que permitam quaisquer tipos <strong>de</strong> obras, pelo que a Câmara irá<br />
assumir por posse administrativa os custos da <strong>de</strong>molição das ruínas e consolidação do sobrante até<br />
melhor solução urbanística. Quanto à <strong>de</strong>molição das ruínas da Rua <strong>de</strong> Santa Maria, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> novo<br />
concurso aten<strong>de</strong>ndo ao primeiro ter ficado <strong>de</strong>serto, foi adjudicada a obra a uma empresa da região,<br />
estando previsto o início dos trabalhos na segunda semana <strong>de</strong> Janeiro. Finalmente e em relação às<br />
ruínas da ex-tipografia Fonseca, reuni pessoalmente com o seu proprietário e confirmei que continua<br />
em apreciação um projeto apresentado na DAU para reabilitação do imóvel e que estará em vias <strong>de</strong><br />
aprovação para início <strong>de</strong> obra. Recomen<strong>de</strong>i-lhe ainda que <strong>de</strong> imediato <strong>de</strong>verá melhorar o aspecto e<br />
criar segurança na porta voltada para a Rua Alexandre Herculano. Por tudo o referido, compreen<strong>de</strong>rse-á<br />
não encontrarmos motivos para <strong>de</strong>liberar a favor da proposta.<br />
Torres Novas, 29 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2016<br />
Aquisição <strong>de</strong> combustíveis rodoviários em postos <strong>de</strong> abastecimento<br />
públicos ao abrigo do Acordo Quadro da CIMT (Assunto 697/16)<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto: “Analisado o clausulado do<br />
Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Encargos, verifica-se que na Cláusula 20.º – Cláusula arbitral e foro competente – está<br />
previsto o recurso à arbitragem em caso <strong>de</strong> diferendo. Tendo em consi<strong>de</strong>ração que tem sido prática<br />
da Câmara Municipal excluir a arbitragem e consi<strong>de</strong>rar o foro competente para qualquer diferendo<br />
o Tribunal Administrativo, proponho que se altere esta cláusula neste sentido. Após consulta<br />
à CIMT, foi <strong>de</strong>cido alterar a cláusula.<br />
Torres Novas, 6 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2016
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
175<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Isenção <strong>de</strong> taxas referente<br />
à incineração <strong>de</strong> cadáveres <strong>de</strong> animais (Assunto 683/16)<br />
É, com certeza, do consenso geral que uma associação que visa a esterilização e posterior adoção <strong>de</strong><br />
animais abandonados e sensibilizar a população para uma mudança <strong>de</strong> comportamentos e mentalida<strong>de</strong>s<br />
para com todos os seres vivos, intervindo ativamente em casos <strong>de</strong> negligência e abandono, presta<br />
um serviço público. Tudo isto <strong>de</strong>batendo-se diariamente com a escassez <strong>de</strong> recursos necessários à<br />
manutenção do abrigo (provisório) e alimentação dos animais, das <strong>de</strong>spesas com os animais em FAT<br />
(famílias <strong>de</strong> acolhimento temporários) e da assistência veterinária. Todo este trabalho só é possível<br />
com a entrega empenhada <strong>de</strong> voluntários/as e com ações <strong>de</strong> angariações <strong>de</strong> fundos (peditórios,<br />
jantares, noites <strong>de</strong> fados, quotas dos/as sócios/as). Ora, na sua prática corrente a APA <strong>de</strong>bate-se<br />
por vezes com cadáveres <strong>de</strong> animais (quer dos animais que recolhe e posteriormente vêm a falecer,<br />
quer outros com que a população se <strong>de</strong>para na via pública e recorre à intervenção da associação)<br />
que opta por entregar no canil intermunicipal para incineração, o que representa o pagamento <strong>de</strong><br />
taxas <strong>de</strong>masiado avultadas tendo em conta a situação financeira da mesma. Neste sentido propõe-se<br />
a isenção das taxas referentes à incineração <strong>de</strong> animais no canil intermunicipal, quando entregues<br />
pela APA, tendo em conta que está a ser prestado um serviço público.<br />
Submetida a proposta a votação, foi a mesma rejeitada, por maioria absoluta, com quatro<br />
votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Srs. Luis Silva, Elvira Sequeira, Sónia Sousa), duas<br />
abstenções (Vereadores Srs. Henrique Reis e Filipa Rodrigues) e um voto a favor (Sra.<br />
Vereadora Helena Pinto).<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
Em primeiro lugar o Bloco <strong>de</strong> Esquerda lamenta que os pareceres técnicos dos serviços da Câmara<br />
Municipal sobre a proposta apresentada pelo BE, não se refiram a esta proposta em concreto, mas<br />
sim a outras situações. Trata-se <strong>de</strong> uma proposta com toda a legitimida<strong>de</strong> para ser apresentada por<br />
um partido político que integra a Vereação e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do seu valor merece ser analisada<br />
enquanto tal e não ser objeto <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações sobre outras matérias que não constam da proposta.<br />
Refiro-me em concreto a uma “parceria com a APA” e “eutanásia <strong>de</strong> cães e gatos”. O que importa<br />
ressaltar é mesmo o facto da isenção <strong>de</strong> taxas ser possível à luz dos Regulamentos em vigor. É <strong>de</strong>cisão<br />
da Assembleia Municipal como sabemos, mas requer uma proposta da Câmara. Portanto, estamos<br />
perante uma situação em que a maioria da Vereação <strong>de</strong>cidiu não conce<strong>de</strong>r esta isenção nos casos<br />
referidos na proposta do BE. Importa ainda dizer que não tem acolhimento o argumento <strong>de</strong> se tratar<br />
<strong>de</strong> um canil inter-municipal. A Câmara <strong>de</strong> Torres Novas não está impedida <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões e <strong>de</strong><br />
as propor aos outros municípios. Por último ficaremos atentos a todas as situações <strong>de</strong> cadáveres<br />
<strong>de</strong> animais na via pública e ao tempo <strong>de</strong> resposta do Canil face a situações que estão diretamente<br />
ligadas à saú<strong>de</strong> pública dos e das munícipes.<br />
Torres Novas, 20 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2016<br />
Propostas apresentadas em 2017<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
– “Reuniões <strong>de</strong> Câmara Municipal públicas em horário noturno”<br />
A proximida<strong>de</strong> com os e as munícipes é uma condição básica para a Democracia Local. Essa proximida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ve favorecer a participação e o acompanhamento da vida da Câmara Municipal, promovendo<br />
assim outro valor fundamental no exercício da política – a transparência. A Câmara Municipal, neste<br />
mandato, incluiu no seu regimento a realização <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong>scentralizadas em todas as Freguesias<br />
do Concelho. Concluiu, com sucesso, um ciclo <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> reuniões. Neste último ano <strong>de</strong> mandato
176<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
<strong>de</strong>ve ser concretizado outro mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> reunião pública que permita a participação <strong>de</strong> muitos e<br />
muitas munícipes que <strong>de</strong> outra forma não po<strong>de</strong>m assistir a uma reunião <strong>de</strong> Câmara, para colocar<br />
os seus problemas, apresentar as suas propostas ou mesmo só para acompanhar o funcionamento<br />
da sua autarquia.<br />
Neste sentido, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda propõe a realização <strong>de</strong>, no mínimo, 3 reuniões públicas em<br />
horário nocturno e que as mesmas sejam amplamente divulgadas.<br />
Submetida a proposta a votação, foi a mesma rejeitada, por maioria absoluta, com cinco<br />
votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Srs. Luis Silva, Elvira Sequeira, Sónia Sousa<br />
Henrique Reis) e dois votos a favor (Vereadoras Sras. Helena Pinto e Filipa Rodrigues).<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto: “O BE lamenta que esta proposta<br />
não tenha sido aprovada. Significa um retrocesso face à realização <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong>scentralizadas.<br />
Não se trata <strong>de</strong> alterar horários da Câmara Municipal, trata-se <strong>de</strong> adaptar os seus horários para<br />
proporcionar uma maior participação dos e das munícipes, aproximando-os da vida autárquica e<br />
dando-lhes a palavra. Trata-se da realização <strong>de</strong> 3, repito 3 reuniões num horário que possibilitava uma<br />
maior participação. A <strong>de</strong>mocracia local, a transparência, constrói-se com estas pequenas mudanças,<br />
mas há quem queira que tudo fique na mesma.<br />
Torres Novas, 20 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2017<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – “Tabelas <strong>de</strong> basquetebol<br />
em todas as freguesias para promover a prática <strong>de</strong>sportiva”<br />
A existência <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>sportivos em espaços públicos é um estímulo à prática <strong>de</strong>sportiva<br />
mas também ao convívio, proporcionando momento <strong>de</strong> lazer que também promovem as relações<br />
sociais. As tabelas <strong>de</strong> basquetebol são um equipamento <strong>de</strong> excelência para estes objectivos. A Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong>ve estudar a colocação <strong>de</strong>stes equipamentos nas Freguesias contribuindo assim para que<br />
em todo o território do concelho existam condições para a prática informal <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>sporto.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda recomenda à Câmara Municipal a colocação <strong>de</strong> pelo menos 1 tabela <strong>de</strong><br />
basquetebol por Freguesias até ao final <strong>de</strong>ste mandato.<br />
Submetida a proposta a votação, sobre a forma <strong>de</strong> recomendação, foi a mesma aprovada,<br />
com seis votos a favor (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luís Silva, Elvira Sequeira, Sónia<br />
Sousa, Henrique Reis, Helena Pinto) e uma abstenção (Sra. Vereadora Filipa Rodrigues).<br />
Torres Novas, 20 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2017<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
– Parques infantis adaptados para crianças com <strong>de</strong>ficiência<br />
Em setembro <strong>de</strong> 1990, Portugal ratificou a Convenção Sobre os Direitos da Criança, adotada pela<br />
Assembleia Geral nas Nações Unidas em novembro <strong>de</strong> 1989. Em Outubro <strong>de</strong> 2016 o Município<br />
a<strong>de</strong>riu ao Programa Cida<strong>de</strong>s Amigas das Crianças – Comité Português para a UNICEF. De acordo<br />
com a Convenção uma criança é “todo o ser humano menor <strong>de</strong> 18 anos, salvo se, nos termos da lei<br />
que lhe for aplicável, atingir a maiorida<strong>de</strong> mais cedo”. A todas as crianças é reconhecido o direito<br />
ao repouso, aos tempos livres e a participar em jogos e ativida<strong>de</strong>s recreativas próprias da sua ida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>vendo os estados respeitar e promover estes direitos bem como o acesso em condições <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong><br />
(Artigo 31.°). Às crianças com <strong>de</strong>ficiência é assegurado o direito a uma vida plena e <strong>de</strong>cente em<br />
condições que garantam a sua dignida<strong>de</strong>, favoreçam a sua autonomia e facilitem a sua participação<br />
ativa na vida da comunida<strong>de</strong>. Uma parte essencial do <strong>de</strong>senvolvimento da criança passa pelo direito
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
177<br />
a brincar, como a própria Convenção reconhece. Para que tal direito se possa concretizar, o Estado<br />
<strong>de</strong>ve promover condições que permitam a efetivação <strong>de</strong>sse direito, seja em parques infantis, jardins,<br />
parques recreativos ou outras infraestruturas <strong>de</strong> apoio à infância. Sendo certo que muito se tem<br />
progredido no que concerne à disponibilização <strong>de</strong> parques infantis com condições a<strong>de</strong>quadas para<br />
as crianças e que garantam a sua segurança, há ainda muito a fazer para assegurar a existência <strong>de</strong><br />
parques infantis que permitam que todas as crianças possam lá brincar. De facto, são ainda muito<br />
poucos os parques infantis inclusivos, permitindo a sua utilização por crianças com <strong>de</strong>ficiência o que<br />
conduz a uma evi<strong>de</strong>nte discriminação: crianças com <strong>de</strong>ficiência é-lhes coartado o direito a brincar nos<br />
parques infantis, con<strong>de</strong>nando-as a ver outras crianças brincar. É necessário encarar esta realida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
frente e fazer o caminho que é premente <strong>de</strong> garantir, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância, a inclusão das crianças com<br />
<strong>de</strong>ficiência. E não se inclui excluindo estas crianças <strong>de</strong> contextos recreativos e lúdicos, como são<br />
os parques infantis. A Câmara Municipal tem aqui um papel <strong>de</strong>terminante <strong>de</strong>vendo ser promotora<br />
<strong>de</strong> inclusão. Garantir a existência <strong>de</strong> parques infantis acessíveis é um passo fundamental no longo<br />
caminho da inclusão que tem que ser feito. Neste sentido, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda propõe que a Câmara<br />
Municipal proceda a uma avaliação dos parques infantis, i<strong>de</strong>ntificando condições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> e<br />
proce<strong>de</strong>ndo a uma calendarização tendo em vista a adaptação dos parques e equipamentos <strong>de</strong> modo<br />
a que sejam adaptados a crianças com <strong>de</strong>ficiência.<br />
Submetida a proposta a votação, foi a mesma aprovada, por unanimida<strong>de</strong> (sete votos).<br />
Torres Novas, 31 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2017<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Aquisição <strong>de</strong> carro eléctrico para<br />
<strong>de</strong>servagem <strong>de</strong> espaços públicos, sem recurso a produtos químicos<br />
Tendo em consi<strong>de</strong>ração a anunciada proibição <strong>de</strong> produtos à base <strong>de</strong> glifosato no espaço público,<br />
<strong>de</strong>ve a Câmara Municipal equipar-se <strong>de</strong> modo a proce<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>servagem <strong>de</strong> ruas e praças da forma<br />
mais eficaz, protegendo o ambiente e a saú<strong>de</strong> dos e das munícipes,<br />
Existindo um tipo <strong>de</strong> veículo elétrico que cumpre estas funções sem recurso a produtos químicos já<br />
testado no Município <strong>de</strong> Tomar,<br />
Propõe-se:<br />
Que a Câmara Municipal inicie os procedimentos necessários para a aquisição <strong>de</strong> um veículo elétrico<br />
para as funções <strong>de</strong> <strong>de</strong>servagem no espaço público, sem recurso a produtos químicos.<br />
Deverá ser estudada e planeada a sua utilização também pelas Juntas <strong>de</strong> Freguesia o que significará<br />
um passo importante na <strong>de</strong>fesa do meio ambiente.<br />
O assunto supra foi retirado, para melhor análise.<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
“BE aceita retirar este ponto, para melhor apreciação, porque não <strong>de</strong>sistimos <strong>de</strong> encontrar as<br />
melhores e mais mo<strong>de</strong>rnas soluções que eliminem a utilização <strong>de</strong> produtos químicos na <strong>de</strong>servagem<br />
dos espaços públicos. Registamos que o PS consi<strong>de</strong>ra a “proposta interessante”, mas não vê utilida<strong>de</strong>.<br />
O argumento <strong>de</strong> que a empresa a quem foi concessionado este serviço é que tem que se adaptar para<br />
cumprir a lei, é curto, porque existem espaço que são da responsabilida<strong>de</strong> da Câmara Municipal e<br />
porque o carro elétrico po<strong>de</strong>rá ser colocado ao serviço das freguesias. O BE lamenta profundamente<br />
que tendo existido a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> candidatar a aquisição <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> veículos a um programa<br />
do Fundo Ambiental que se <strong>de</strong>stinava a “limpeza urbana e <strong>de</strong> jardins”, e tal não tenha sido feito.<br />
Mais uma oportunida<strong>de</strong> perdida.”<br />
Torres Novas, 14 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2017
178<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
– Reforçar o investimento nas freguesias do concelho<br />
O PEDU – Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano foi apresentado à Vereação e aos e às<br />
munícipes. São conhecidas as críticas do Bloco <strong>de</strong> Esquerda e este Plano e a todo o processo da sua<br />
elaboração. Não é objecto <strong>de</strong>sta proposta tecer consi<strong>de</strong>rações sobre os projectos apresentados. A seu<br />
tempo o faremos, respeitando agora o tempo dos e das munícipes na sua apreciação pública. Há, no<br />
entanto, um aspeto que pensamos a Câmara Municipal não <strong>de</strong>ve evitar: trata-se <strong>de</strong> um investimento<br />
público significativo – 7.378.412,00 – todo ele centrado na Cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> fora as restantes<br />
Freguesias do concelho, que são sempre proteladas e que esperam, anos a fio, investimento na melhoria<br />
das condições <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> quem lá vive. Sabendo que existem constrangimentos na candidatura a<br />
este Programa <strong>de</strong> 2020, mas também sabendo que nada obrigava a que fosse exclusivo na Cida<strong>de</strong>,<br />
bastando para tal que estivessem constituídas Áreas <strong>de</strong> Reabilitação Urbana (ARU) noutras zonas<br />
(infelizmente a ARU <strong>de</strong> Riachos e das Lapas, embora aprovadas, continuam sem ver a luz do dia),<br />
não po<strong>de</strong>, nem <strong>de</strong>ve, a Câmara Municipal manter o nível <strong>de</strong> investimento previsto no Orçamento<br />
Municipal para 2017 no que respeita às Freguesias. Tendo em consi<strong>de</strong>ração que se vai proce<strong>de</strong>r à<br />
integração do Saldo <strong>de</strong> Tesouraria <strong>de</strong> 2016 e que o Município vai receber uma verba da Administração<br />
Central, referente a impostos municipais no valor <strong>de</strong> 136.562,80 euros (verba esta que não estava<br />
prevista); – O Bloco <strong>de</strong> Esquerda propõe que se proceda a uma “revisão orçamental”, distribuindo<br />
as verbas e alocando-as ao financiamento <strong>de</strong>finido e antecipando investimentos previstos para os<br />
anos seguintes nas Freguesias, equilibrando assim o investimento da Câmara Municipal <strong>de</strong> modo a<br />
que chegue a todo o concelho e responda, mesmo que só em parte, às aspirações da população. As<br />
Juntas e Assembleias <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong>vem ser ouvidas neste processo.<br />
Submetida a proposta a votação, foi a mesma rejeitada, por maioria absoluta, com cinco<br />
votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Srs. Luís Silva, Elvira Sequeira, Sónia Sousa,<br />
Henrique Reis) e dois votos a favor (Sras. Vereadoras Filipa Rodrigues Helena Pinto).<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
O BE lamenta que esta proposta tenha sido chumbada. Consistia numa oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, em se<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> revisão orçamental, tentar equilibrar o investimento do município entre a cida<strong>de</strong> e as freguesias,<br />
antecipando investimentos previstos para os anos seguintes e resolvendo assim problemas que se<br />
arrastam há vários anos – na re<strong>de</strong> viária, mas não só, em equipamentos culturais e <strong>de</strong>sportivos e<br />
noutras pequenas obras <strong>de</strong> melhoramento que fazem toda a diferença nas al<strong>de</strong>ias. Trata-se <strong>de</strong> uma<br />
opção política que o PS não quis tomar. A integração do saldo <strong>de</strong> gerência vai assim ser feita sem<br />
uma estratégia global, assumida politicamente, discutida com as freguesias. Pelo contrário, vai apenas<br />
servir para dotar algumas rubricas com mais verba, tentaremos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>scobrir os critérios que<br />
vão presidir a estas alterações. O BE reafirma que nada obrigava a que os projetos do PEDU fossem<br />
exclusivamente para a cida<strong>de</strong>. Para tal, basta consultar o documento “Perguntas Frequentes” sobre o<br />
PEDU, que passo a <strong>de</strong>screver: “ 1. Qual o âmbito territorial <strong>de</strong> enfoque <strong>de</strong> um Plano Estratégico <strong>de</strong><br />
Desenvolvimento Urbano (PEDU)? Um PEDU abrange potencialmente todo o território concelhio<br />
<strong>de</strong> cada um dos Municípios i<strong>de</strong>ntificados no Anexo I do Aviso EIDT-99-2015-03. 5. Tem que existir<br />
coincidência territorial nas intervenções previstas no PEDU e enquadradas por cada um dos três planos<br />
– Plano <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> urbana sustentável (PAMUS), Plano <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> regeneração urbana (PARU) e<br />
Plano <strong>de</strong> ação integrado para as comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sfavorecidas (PAICD)? Não. A componente do Plano<br />
<strong>de</strong> ação <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> urbana sustentável a incluir no PEDU abrange potencialmente toda a área<br />
territorial do município, po<strong>de</strong>ndo ser <strong>de</strong>finidas áreas <strong>de</strong> intervenção específicas. A componente do<br />
Plano <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> regeneração urbana inci<strong>de</strong> territorialmente nos centros históricos, zonas ribeirinhas<br />
ou zonas industriais abandonadas, abrangidos por Área/s <strong>de</strong> Reabilitação Urbana. A componente<br />
do Plano <strong>de</strong> ação integrado para as comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sfavorecidas incidirá em áreas inframunicipais<br />
com características sócio-funcionais que evi<strong>de</strong>nciem a sua condição <strong>de</strong> área crítica do território<br />
municipal.” O mail da CIMT apresentado pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte vai no mesmo sentido: quando cita
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
179<br />
os documentos <strong>de</strong> suporte às candidaturas do PEDU fala em zonas urbanas e em zonas <strong>de</strong>limitadas<br />
por ARUs, nunca em “cida<strong>de</strong>”. Ora os Riachos e as Lapas não são zonas urbanas? Não tivesse sido o<br />
PEDU pensado e elaborado em ‘modo secreto’ e po<strong>de</strong>ríamos ter tido uma candidatura abrangente,<br />
equilibrada e que proporcionasse um conjunto <strong>de</strong> intervenções realmente necessárias. Relembro<br />
que a <strong>de</strong>liberação, por unanimida<strong>de</strong>, da <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> ARU em Riachos e Lapas, por proposta do<br />
BE, foi tomada em 1 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015!<br />
Torres Novas, 14 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2017<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Aquisição <strong>de</strong> prédio – Árgea<br />
Na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Árgea, União <strong>de</strong> Freguesias <strong>de</strong> Olaia e Paço, encontra-se, provavelmente, o maior<br />
estrangulamento rodoviário do concelho. A EN 358 que atravessa a al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Árgea tem, no centro<br />
da al<strong>de</strong>ia, dois troços muito próximos com um enorme condicionamento ao trânsito rodoviário e<br />
à passagem <strong>de</strong> peões que, para além <strong>de</strong> fazer perigar a segurança <strong>de</strong> pessoas, ficam muitas vezes<br />
cortados <strong>de</strong>vido à impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cruzamento <strong>de</strong> dois veículos. Num dos troços está situado um<br />
prédio <strong>de</strong>sabitado e em ruinas, evi<strong>de</strong>nciando perigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocada. Este prédio é situado na EN 358,<br />
no lado oposto à lateral da igreja, na rua José Antunes Sirgado, nº 25. O interesse público, a eficácia<br />
da mobilida<strong>de</strong> e a segurança das pessoas e bens impõem medidas a<strong>de</strong>quadas. Assim, o BE propõe que<br />
a Câmara Municipal inicie um processo <strong>de</strong> negociação com vista à aquisição do referido prédio.”<br />
Submetida a proposta a votação, foi a mesma aprovada, por unanimida<strong>de</strong> (sete votos).<br />
Torres Novas, 28 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2017<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Promoção <strong>de</strong> hortas urbanas<br />
Com o crescimento urbano, a alteração dos padrões <strong>de</strong> vida, o patamar <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social<br />
e as gran<strong>de</strong>s questões ambientais que enfrentamos, obrigam-nos a repensar comportamentos e<br />
modos <strong>de</strong> vida. As hortas urbanas são uma nova forma <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> alimentos, contribuem para<br />
a autonomia alimentar das famílias, fomentam práticas <strong>de</strong> consumo mais equilibradas, ampliam a<br />
biodiversida<strong>de</strong>, alicerçam a consciência da necessida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>senvolvimento sustentável, potenciam<br />
a convivência familiar e comunitária e ainda contribuem para uma melhor consciência ambiental. A<br />
Câmara Municipal dispõe <strong>de</strong> espaços propícios à ativida<strong>de</strong> agrícola, que po<strong>de</strong>m ser utilizados por<br />
munícipes na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hortas. O terreno da Rua da Fábrica, contiguo ao Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> é<br />
um <strong>de</strong>sses espaços. O BE propõe que este espaço seja <strong>de</strong>stinado para a prática hortícola. Cabe à<br />
Câmara Municipal adaptar o terreno, dotá-lo <strong>de</strong> infraestruturas e regulamentar o seu uso.<br />
Após análise, a proposta apresentada foi retirada para melhor análise e averiguação da<br />
disponibilida<strong>de</strong> das parcelas que constituem o terreno.<br />
Torres Novas, 2 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2017<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
– Arruamentos na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pedrógão<br />
Na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pedrógão, concelho <strong>de</strong> Torres Novas, encontra-se uma vala <strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong><br />
águas pluviais, em condições <strong>de</strong>gradadas. No cruzamento da estrada municipal, Rua da Portela, com<br />
a Rua Joaquim Cor<strong>de</strong>iro Castro, verifica-se que o piso do mesmo encontra-se bastante <strong>de</strong>snivelado<br />
causando problemas aos veículos que circulam nessa via. Assim, o BE propõe que a Câmara Municipal<br />
realize uma intervenção, fazendo um aqueduto com manilhas para resolução do escoamento <strong>de</strong> águas,
180<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
e proceda ao nivelamento do cruzamento.<br />
Submetida a proposta a votação, sobre a forma <strong>de</strong> recomendação, foi a mesma aprovada,<br />
com seis votos a favor (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Vereadores Luís Silva, Elvira Sequeira, Sónia<br />
Sousa, Henrique Reis, Helena Pinto) e uma abstenção (Sra. Vereadora Filipa Rodrigues).<br />
2 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2017<br />
Recomendação do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Casa <strong>de</strong> Cultura em Riachos<br />
Os avanços e recuos da actual maioria sobre o projecto <strong>de</strong> uma “casa <strong>de</strong> cultura” para a vila <strong>de</strong><br />
Riachos, aliados ao facto <strong>de</strong> sabermos que, a médio prazo, um projecto das dimensões previstas<br />
não será exequível, leva-nos a propor uma opção clara e inequívoca que possa dotar Riachos <strong>de</strong><br />
uma sala <strong>de</strong> espectáculos com os necessários requisitos técnicos. Na verda<strong>de</strong>, a opção <strong>de</strong>finitiva<br />
pela “casa <strong>de</strong> cultura” com as características pensadas no projecto pressupõe uma reflexão sobre<br />
a programação cultural e artística para os equipamentos municipais, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma estrutura<br />
orgânica que garanta essa programação e o modo como ela se articularia para garantir a gestão da<br />
programação cultural (calendários, recursos, estratégias específicas) em espaços como Teatro Virgínia,<br />
o café Concerto e o teatro Maria Noémia, <strong>de</strong>signadamente, a que se juntaria o auditório da futura<br />
“casa <strong>de</strong> cultura” <strong>de</strong> Riachos. Riachos possui vários espaços on<strong>de</strong>, <strong>de</strong> um modo ou <strong>de</strong> outro, se têm<br />
realizado activida<strong>de</strong>s culturais <strong>de</strong> diversa natureza (espectáculos e recitais, concertos, peças <strong>de</strong> teatro,<br />
etc), mas nenhum <strong>de</strong>les possui condições técnicas e outras, condizentes com as exigências actuais<br />
dos eventos artísticos. A Casa do Povo é, ainda assim, o espaço mais utilizado e mais apropriado<br />
para a realização <strong>de</strong> iniciativas culturais, mas está longe <strong>de</strong> possuir as condições mínimas exigidas,<br />
hoje, para a fruição <strong>de</strong>sses eventos. Mas, no actual contexto, e sem embargo <strong>de</strong> se prosseguir o<br />
objectivo <strong>de</strong> encontrar formas <strong>de</strong> viabilizar, em prazo mais largo, outras opções, consi<strong>de</strong>ramos que é<br />
<strong>de</strong> toda a justiça e oportunida<strong>de</strong> o apoio imediato, directo e concreto do município a um programa<br />
<strong>de</strong> requalificação que dote a Casa do Povo <strong>de</strong> Riachos, com um espaço digno, transformando-o num<br />
auditório com vista a receber e proporcionar espectáculos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> à população <strong>de</strong> Riachos e do<br />
concelho, e dizemos do concelho porque hoje, a fruição <strong>de</strong> espectáculos e eventos culturais promove<br />
a mobilida<strong>de</strong> dos públicos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do local on<strong>de</strong> se realizam. Em concreto, propomos<br />
que sejam canalizadas verbas para um programa <strong>de</strong> requalificação do salão da Casa do Povo, que<br />
será transformado em “Auditório da Casa do Povo <strong>de</strong> Riachos” e que esse programa compreenda, <strong>de</strong><br />
acordo com uma proposta prévia já existente e na posse da câmara, obras <strong>de</strong> adaptação do espaço<br />
existente, numa primeira fase, e logo <strong>de</strong> seguida o apetrechamento em equipamentos <strong>de</strong> som, luz e<br />
outras especialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> palco, bem como mobiliário para o público e camarins.<br />
Neste sentido, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda propõe: Que seja <strong>de</strong>finida uma verba <strong>de</strong> 100 000.00 euros,<br />
resultante dos fundos já recebidos pelo município, provenientes da Administração Central e referentes<br />
a receitas <strong>de</strong> impostos municipais. Que seja dado início, <strong>de</strong> imediato, pelos serviços da câmara, ao<br />
projecto <strong>de</strong> requalificação do edifício e à calendarização dos investimentos posteriores relativos<br />
ao apetrechamento e equipamentos. Sendo o edifício proprieda<strong>de</strong> da freguesia <strong>de</strong> Riachos, seria o<br />
programa enquadrado por um protocolo a celebrar entre as duas autarquias, a junta e a câmara,<br />
concordando a primeira com plano <strong>de</strong> requalificação do espaço em causa e a sua integração, em<br />
<strong>de</strong>vida proporção, na programação cultural do município, e a segunda afirmando a sua vonta<strong>de</strong> em<br />
cumprir essa orientação.<br />
O Sr. Vice-Presi<strong>de</strong>nte apresentou uma proposta/ recomendação alternativa no sentido <strong>de</strong> serem<br />
inscritas no próximo Orçamento todas as verbas necessárias à remo<strong>de</strong>lação da Casa do Povo <strong>de</strong><br />
Riachos.<br />
Submetidas a votação as propostas apresentadas, obteve-se o seguinte resultado: –<br />
Proposta/ recomendação da Sra. Vereadora Helena Pinto: três votos a favor (Srs. Vereadores
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
181<br />
Henrique Reis, Filipa Rodrigues e Helena Pinto) e três votos contra (Sr. Vice-Presi<strong>de</strong>nte,<br />
Vereadoras Sras. Elvira Sequeira e Sónia Sousa). Verificando-se o empate na votação, o Sr.<br />
Vice-Presi<strong>de</strong>nte usou do voto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> contra a aprovação da proposta/ recomendação<br />
apresentada.<br />
– Proposta/recomendação do Sr. Vice-Presi<strong>de</strong>nte: aprovada, por maioria absoluta, com três<br />
votos a favor (Sr. Vice-Presi<strong>de</strong>nte, Vereadoras Sras. Elvira Sequeira e Sónia Sousa), um<br />
voto contra (Sra. Vereadora Helena Pinto) e duas abstenções (Srs. Vereadores Henrique<br />
Reis e Filipa Rodrigues).<br />
A Sra. Vereadora Helena Pinto <strong>de</strong>clarou o seguinte:<br />
“O BE lamenta que o Partido Socialista tenha chumbado esta proposta. Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />
assinalar a argumentação usada, assim como a proposta alternativa apresentada – que a recomendação<br />
tenha efeitos no orçamento municipal para 2018 – para além <strong>de</strong> ser uma <strong>de</strong>cisão que não tem<br />
consequências, chega a ser ridícula. Uma vereação, no uso dos seus po<strong>de</strong>res, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> recomendar a<br />
uma vereação que lhe suce<strong>de</strong>? Se o PS tem i<strong>de</strong>ias para 2018 <strong>de</strong>ve apresentá-las na campanha eleitoral<br />
e não <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> “herança” para a próxima vereação. O BE vota contra a recomendação alternativa<br />
apresentada pelo PS, pois esta não faz nenhum sentido. Mais uma vez a reabilitação da Casa do Povo<br />
<strong>de</strong> Riachos fica para trás.<br />
Torres Novas, 23 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2017<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Admissão <strong>de</strong> assistentes operacionais<br />
Tendo em conta a falta <strong>de</strong> recursos humanos nos centros escolares do concelho, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
apresentou uma proposta (agendada para a reunião <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2017), no sentido <strong>de</strong> se dar<br />
início aos procedimentos concursais para completar o quadro <strong>de</strong> pessoal no que diz respeito a<br />
assistentes operacionais – auxiliares <strong>de</strong> acção educativa. Nessa reunião foi apresentada uma informação<br />
dos serviços – 1/9667/2017 sobre o ponto <strong>de</strong> situação – rácios do pessoal não docente. Analisada a<br />
referida informação verifica-se que:<br />
1 – O número mínimo <strong>de</strong> assistentes operacionais para o bom funcionamento das escolas da re<strong>de</strong><br />
pública concelhia é 141 assistentes operacionais;<br />
2 – Estão colocados, com contrato por tempo in<strong>de</strong>terminado 137 assistentes operacionais e está a<br />
<strong>de</strong>correr procedimento concursal para mais 3 assistentes operacionais;<br />
3 – Dos 137 assistentes operacionais com contrato por tempo in<strong>de</strong>terminado – 7 estão com baixa<br />
médica prolongada e 3 com redução horária. Esta situação origina um imediato <strong>de</strong>sequilíbrio na<br />
gestão dos recursos humanos.<br />
4 – O recurso a programas CEI, para além <strong>de</strong> todas as críticas existentes a este tipo <strong>de</strong> “contratação”,<br />
tem-se revelado ina<strong>de</strong>quado para a situação em causa.<br />
5 – A diferença entre a <strong>de</strong>spesa e a receita com pessoal não docente revela-se <strong>de</strong> pouca monta –<br />
8.210,46 euros, tendo ainda a acrescentar o montante do Fundo Social Municipal que o Município<br />
recebe e que “<strong>de</strong>stina-se exclusivamente ao financiamento <strong>de</strong> competências exercidas no domínio<br />
da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico”, no valor <strong>de</strong> 589.193,00 euros.<br />
Consi<strong>de</strong>rando que:<br />
1 – A Educação e o bom funcionamento dos centros escolares <strong>de</strong>ve ser uma priorida<strong>de</strong> das políticas<br />
públicas do Município;<br />
2 – Para o bom funcionamento e para a gestão a<strong>de</strong>quada dos recursos humanos na resposta às<br />
necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acompanhamento e segurança das crianças é fundamental que estejam disponíveis<br />
o número <strong>de</strong> assistentes operacionais a<strong>de</strong>quado;<br />
3 – Sendo natural e previsível que no futuro continuem a existir situações <strong>de</strong> doença, <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong>/<br />
paternida<strong>de</strong> ou reduções horárias;
182<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
O BE propõe:<br />
– Para o bom funcionamento da prestação <strong>de</strong>ste serviço público há que contratar, no imediato, 8<br />
trabalhadoras/es – 1 para completar o quadro <strong>de</strong> pessoal e 7 que substituirão as situações <strong>de</strong> baixa<br />
prolongada. Esta situação po<strong>de</strong> ser assumida pelo Município do ponto <strong>de</strong> vista financeiro e garantirá no<br />
futuro uma a<strong>de</strong>quada gestão dos recursos humanos e como consequência directa um melhor serviço<br />
público <strong>de</strong> educação. Esta proposta, não impe<strong>de</strong>, pelo contrário estimula, que se negoceie com o<br />
Ministério da Educação o rácio <strong>de</strong> assistentes operacionais para o próximo ano lectivo. Aprovada,<br />
permite, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, ter garantias <strong>de</strong> um melhor funcionamento no ano lectivo que se aproxima.<br />
O Sr. Presi<strong>de</strong>nte apresentou uma proposta alternativa <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> 5 auxiliares <strong>de</strong> acção<br />
educativa com relação jurídica por tempo in<strong>de</strong>terminado.<br />
Submetidas a votação as propostas apresentadas, obteve-se o seguinte resultado: – Proposta<br />
da Sra. Vereadora Helena Pinto: rejeitada, por maioria absoluta, com dois votos a favor<br />
(Sras. Vereadoras Filipa Rodrigues e Helena Pinto), uma abstenção (Sr. Vereador Henrique<br />
Reis) e quatro votos contra (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Srs. Luís Silva, Elvira Sequeira e<br />
Sónia Sousa). – Proposta do Sr. Presi<strong>de</strong>nte: aprovada, por maioria absoluta, com seis votos<br />
a favor (Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Vereadores Srs. Luís Silva, Elvira Sequeira, Sónia Sousa, Filipa<br />
Rodrigues, Helena Pinto) e uma abstenção (Sr. Vereador Henrique Reis).<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
“O BE congratula-se com a aprovação da contratação <strong>de</strong> cinco assistentes operacionais para as funções<br />
<strong>de</strong> auxiliares <strong>de</strong> acção educativa. A nossa proposta <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> oito assistentes operacionais<br />
correspondia, no nosso enten<strong>de</strong>r, ainda que não em pleno, ao preenchimento dos lugares necessários<br />
para o bom funcionamento dos centros escolares. O Partido Socialista enten<strong>de</strong> que neste momento<br />
se <strong>de</strong>ve contratar cinco. Chumbada a proposta inicial do BE, voto a favor da contratação <strong>de</strong> cinco<br />
assistentes pois trata-se <strong>de</strong> um avanço. Alerto para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> no início do ano lectivo se fazer<br />
uma avaliação sobre as necessida<strong>de</strong>s, nomeadamente tendo em consi<strong>de</strong>ração as situações <strong>de</strong> baixa<br />
prolongada.”<br />
Torres Novas, 6 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2017
Período<br />
Antes da<br />
Or<strong>de</strong>m do Dia
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
185<br />
PAOD – Ano <strong>de</strong> 2013<br />
24 Outubro 2013<br />
A Sra. Vereadora Helena Pinto cumprimentou os membros do Executivo e associou-se ao voto <strong>de</strong><br />
felicitações à escola <strong>de</strong> Triatlo do Clube <strong>de</strong> Natação <strong>de</strong> Torres Novas. Fazendo referência ao discurso<br />
do Sr. Presi<strong>de</strong>nte na cerimónia da tomada <strong>de</strong> posse, frisou que um novo ciclo significa cortar com<br />
as práticas erradas do passado e sublinhou que os consensos são importantes, mas que não se po<strong>de</strong><br />
iludir os diferentes programas políticos e que a frontalida<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> argumentos fortalecem<br />
o exercício da política autárquica e a <strong>de</strong>mocracia local. Quanto a questões <strong>de</strong> funcionamento do<br />
executivo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u a existência <strong>de</strong> normas claras e explícitas e nesse sentido propôs a discussão do<br />
Regimento em próxima reunião.<br />
PAOD – Ano <strong>de</strong> 2014<br />
11 Fevereiro 2014<br />
A Vereadora Helena Pinto colocou as seguintes questões:<br />
“Protesto sobre o facto da reunião com a empresa Águas do Ribatejo se realizar à porta<br />
fechada Existem muitas dúvidas sobre o tarifário aplicado pela empresa Águas do Ribatejo no ano<br />
<strong>de</strong> 2014, que se traduz em vários aumentos e na aplicação da Taxa <strong>de</strong> Recursos Hídricos num valor<br />
superior ao legalmente estipulado. Des<strong>de</strong> a primeira hora que o Bloco <strong>de</strong> Esquerda tem colocado<br />
estas questões e, votou contra a ratificação <strong>de</strong>ste tarifário em reunião <strong>de</strong> Câmara. Das muitas dúvidas<br />
e da insistência para o seu esclarecimento ficou <strong>de</strong>cidido em reunião <strong>de</strong> Câmara que se realizaria<br />
uma reunião com a empresa. Esta reunião está marcada para 6.ª feira, dia 14 <strong>de</strong> Fevereiro, às 16.00<br />
horas, na sala <strong>de</strong> sessões da Câmara Municipal. No entanto, por <strong>de</strong>cisão do Presi<strong>de</strong>nte, esta reunião<br />
será à porta fechada e não será consi<strong>de</strong>rada como reunião extraordinária <strong>de</strong> Câmara. Apresento<br />
um protesto, para constar da ata, pois consi<strong>de</strong>ro que a reunião <strong>de</strong>veria ser pública. Os assuntos a<br />
<strong>de</strong>bater são do interesse da população e <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>batidos abertamente.<br />
Aplicação das 35 horas <strong>de</strong> trabalho semanal na autarquia <strong>de</strong> Torres Novas – Questiono o<br />
Presi<strong>de</strong>nte sobre a aplicação das 35 horas no Município, assunto que tem sido adiado. A Câmara <strong>de</strong><br />
Torres Novas não <strong>de</strong>ve ficar para trás na aplicação <strong>de</strong>sta medida, repondo as 35 horas <strong>de</strong> trabalho<br />
semanal a todos os seus funcionários.<br />
Situação do Centro Hospitalar do Médio Tejo – A situação do Centro Hospitalar do Médio<br />
Tejo inspira a maior preocupação. Para além da dívida acumulada, da situação caótica nas urgências,<br />
veio agora a conhecimento público que o CHMT tem estado a contratar uma empresa <strong>de</strong> prestação<br />
<strong>de</strong> serviços médicos fora da lei. Insisto que a autarquia <strong>de</strong>ve dar atenção a este dossier e pedir<br />
esclarecimentos quer junto do Conselho <strong>de</strong> Administração, quer junto do Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />
Árvores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte em Árgea – a segurança das pessoas <strong>de</strong>ve ser uma priorida<strong>de</strong> Pela<br />
segunda vez trago este assunto à reunião <strong>de</strong> Câmara. O mau tempo que tem assolado o país, torna<br />
ainda mais premente uma intervenção em Árgea no que diz respeito às árvores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte,<br />
que caso caiam, causaria graves danos, inclusive humanos. As árvores foram cortadas<br />
Comemorações do 40.º aniversário do 25 <strong>de</strong> Abril Tendo em consi<strong>de</strong>ração que o assunto foi<br />
levantado em reunião camarária pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda e que ficou <strong>de</strong>cidido que se trabalharia para<br />
encontrar uma proposta consensual, alerto para o facto <strong>de</strong> tempo estar a passar sem que se avance,<br />
o que po<strong>de</strong> colocar em causa a organização <strong>de</strong> comemorações participadas e on<strong>de</strong> a cidadania tenha<br />
o papel central.”
186<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
25 Fevereiro 2014<br />
A Vereadora Helena Pinto levantou as seguintes questões:<br />
1 – Em relação à reunião com a empresa Águas do Ribatejo, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda consi<strong>de</strong>ra que<br />
os esclarecimentos prestados pela empresa não são suficientes, incluindo o extenso comunicado em<br />
resposta à posição pública do BE e não abdica <strong>de</strong> prosseguir no caminho do cabal esclarecimento<br />
das questões que tem levantado.<br />
2 – A rua junto às Finanças em Torres Novas continua sem iluminação pública. Insistimos para<br />
que esta situação seja resolvida o mais rapidamente possível, tendo também em consi<strong>de</strong>ração, para<br />
além do da justa pretensão dos moradores, o facto <strong>de</strong> a Câmara Municipal ter renovado a licença<br />
do loteador na sua última reunião.<br />
3 – Chegou ao conhecimento do Bloco <strong>de</strong> Esquerda a informação sobre o encerramento do Centro<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja, o que significa que muitos utentes ficaram sem médico <strong>de</strong> família e<br />
têm que recorrer às consultas <strong>de</strong> recurso no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Torres Novas. A Câmara Municipal<br />
<strong>de</strong>ve provi<strong>de</strong>nciar para a resolução <strong>de</strong>sta situação.<br />
4 – Propomos que a Câmara Municipal faça um levantamento <strong>de</strong> todos os edifícios com amianto<br />
que existem no concelho, a ser entregue ao Governo, no sentido <strong>de</strong> provi<strong>de</strong>nciar pela sua remoção,<br />
conhecidos que são os seus prejuízos para a saú<strong>de</strong> pública.”<br />
25 Março 2014<br />
A Vereadora Helena Pinto colocou as seguintes questões:<br />
1 – Qual o ponto da situação sobre a assinatura com os Sindicatos do Acordo para a aplicação das<br />
35 horas semanais na Câmara Municipal<br />
2 – Qual o ponto <strong>de</strong> situação das comemorações do 40.º aniversário do 25 <strong>de</strong> Abril no<br />
concelho. Neste ponto referiu a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r à divulgação atempada do programa<br />
das comemorações junto da população.<br />
3 – Tendo tido conhecimento <strong>de</strong> que a Câmara Municipal iria cobrar uma taxa para a realização<br />
<strong>de</strong> um concurso <strong>de</strong> pesca no rio Almonda, contrariamente ao que era habitual e que tal situação<br />
tinha <strong>de</strong>sagradado aos pescadores recreativos, sobretudo porque o concurso em questão se <strong>de</strong>stinava<br />
a homenagear um falecido, a Vereadora colocou à consi<strong>de</strong>ração a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> isenção da referida<br />
taxa.” – A taxa foi retirada<br />
6 Maio 2014<br />
A Vereadora Helena Pinto colocou as seguintes questões no Período <strong>de</strong> Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia:<br />
“– Controle da população <strong>de</strong> pombos: O Bloco <strong>de</strong> Esquerda, no início do mandato, apresentou<br />
uma proposta com várias medidas para o controle da população <strong>de</strong> pombos. A maioria socialista<br />
chumbou esta proposta alegando que já estavam em marcha ações nesse sentido. Passados vários<br />
meses, é importante fazer um ponto da situação sobre o que foi feito e os seus resultados, pois na<br />
cida<strong>de</strong> não se verificam alterações.<br />
– Apoios pontuais a particulares para arranjos nas suas habitações, nomeadamente telhados:<br />
Existiam dois tipos <strong>de</strong> apoio – um apoio a fundo perdido e outro apoio em empréstimo sem juros.<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma questão importante, pois muitas pessoas não têm condições económicas para<br />
proce<strong>de</strong>r às obras. Em que ponto estão estes apoios?<br />
– Sobre a empreitada para arranjo da “Via Panorâmica” a ser realizada em parceria com a
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
187<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia: Sobre esta matéria foram feitos vários reparos e sugestões em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Assembleia<br />
Municipal. Foram aceites ou o projeto mantem-se inalterável? Alertou, particularmente para a questão<br />
da espessura do betuminoso, que parece não correspon<strong>de</strong>r ao tráfego daquela via, nomeadamente<br />
o tráfego <strong>de</strong> camiões.<br />
– Largo D. Diogo Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Almeida na cida<strong>de</strong>: precisa <strong>de</strong> arranjo, nomeadamente a “fonte”<br />
que está <strong>de</strong>sativada e que apenas serve para acumular lixo. O que está previsto fazer?”<br />
3 Junho 2014<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio sobre os seguintes assuntos:<br />
“1 – No dia 24 <strong>de</strong> Maio ocorreu um incêndio no centro <strong>de</strong> Torres Novas. Qual é a apreciação dos<br />
serviços <strong>de</strong> Proteção Civil e que acompanhamento foi dado à situação? Este incêndio torna a colocar<br />
na or<strong>de</strong>m do dia a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se tomarem medidas contra a <strong>de</strong>gradação do centro da cida<strong>de</strong>.<br />
2 – A Câmara Municipal publicou um Edital para “Convite para a apresentação <strong>de</strong> soluções no<br />
contexto <strong>de</strong> pré-consulta ao mercado para projetos <strong>de</strong> produção elétrica, no concelho <strong>de</strong> Torres<br />
Novas”, cujo prazo terminou no passado dia 9 <strong>de</strong> Maio. Qual o resultado <strong>de</strong>sta consulta?<br />
3 – Alerto para a situação da casa em ruínas junto à Praça do Peixe e, nomeadamente, para a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tentar recuperar os azulejos. A experiência existente na cida<strong>de</strong> do Porto – “Banco<br />
<strong>de</strong> materiais” é um exemplo a seguir que possibilita a salvaguarda <strong>de</strong> património existente em<br />
casas em ruínas.<br />
4 – Centro Escolar da Meia Via – alerto para a necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> ser colocada uma vedação<br />
junto ao campo <strong>de</strong> jogos para proteção das crianças, dando como exemplo o caso <strong>de</strong> um cidadão<br />
que faleceu na sequência <strong>de</strong> uma queda do muro quando assistia a um ato <strong>de</strong>sportivo. Trata-se <strong>de</strong><br />
uma intervenção muito simples e não se <strong>de</strong>ve per<strong>de</strong>r mais tempo. A vedação foi colocada.<br />
5 – Solicito informações sobre a reunião do Conselho Consultivo CHMT, on<strong>de</strong> o Presi<strong>de</strong>nte<br />
tem assento.”<br />
17 Junho 2014<br />
A Vereadora Helena Pinto voltou a colocar a necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> realizar alterações na via<br />
pública, na Avenida Sá Carneiro, junto a uma loja <strong>de</strong> comércio <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong>stinados a pessoas<br />
portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, <strong>de</strong> modo a permitir que quem se <strong>de</strong>sloca em ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas possa<br />
ter acesso à referida loja: “É absolutamente caricato que existam barreiras físicas na via publica<br />
que impe<strong>de</strong>m o acesso em ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas, exactamente num local on<strong>de</strong> se comercializa produtos<br />
<strong>de</strong>stinados a pessoas portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência.”<br />
2 Setembro 2014<br />
A Vereadora Helena Pinto colocou os seguintes assuntos:<br />
“1 – Voto <strong>de</strong> Pesar pela morte <strong>de</strong> Canais Rocha, cidadão torrejano com contribuições <strong>de</strong> relevo<br />
para a vida do concelho<br />
2 – Agendamentos propostos pelo BE – já foram ultrapassados todos os prazos legais para<br />
agendamento das propostas sobre a “Metodologia a seguir no Orçamento Municipal para 2015”<br />
e sobre a “Aquisição do Mercado <strong>de</strong> Riachos”.<br />
3 – Pretensão do munícipe – o munícipe já se dirigiu à Câmara Municipal por diversas vezes, os<br />
serviços da Câmara já se <strong>de</strong>slocaram ao local, existindo uma informação sobre o assunto, on<strong>de</strong> é
188<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
proposto que se concretize a solicitação do munícipe. Proponho que o assunto seja resolvido <strong>de</strong><br />
imediato até porque, para além <strong>de</strong> reconhecida a razão do munícipe, não acarreta gran<strong>de</strong>s custos e<br />
será uma boa prática da Câmara Municipal que também contribui para resolver eventuais conflitos<br />
<strong>de</strong> vizinhança.<br />
4 – Volto a colocar a questão dos esgotos na Meia Via, no troço on<strong>de</strong> foi realizada uma intervenção<br />
pela Águas do Ribatejo. Após a intervenção e <strong>de</strong>vido a gran<strong>de</strong>s chuvadas as tampas dos esgotos<br />
saltaram. Questiona-se se a intervenção foi completa e é necessário que a Águas do Ribatejo garanta<br />
que esgotos urbanos e esgotos pluviais não utilizam os mesmos canais. Acresce que a pavimentação<br />
da rua entretanto foi realizada, sem que exista resposta para as dúvidas colocadas.<br />
5 – Iluminação Pública – é importante que a Vereação seja informada sobre o ponto <strong>de</strong> situação do<br />
projeto-piloto em curso para a “poupança” <strong>de</strong> energia, <strong>de</strong> modo a corrigir <strong>de</strong>ficiências na iluminação<br />
que muitos munícipes apontam.<br />
6 – Dia 22 <strong>de</strong> Setembro é o “Dia sem Carros” – a Câmara Municipal <strong>de</strong>veria assinalar este dia,<br />
mesmo <strong>de</strong> forma simbólica, como já fez noutras ocasiões.”<br />
30 Setembro 2014<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
“1. Proponho que a Câmara Municipal faça uma saudação ao cidadão Eduardo Jorge, que fez uma<br />
marcha <strong>de</strong> 180 quilómetros entre Abrantes (Concavada) e Lisboa, em ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas para entregar<br />
uma carta no Ministério da Solidarieda<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> exige medidas concretas por parte do Governo, no<br />
sentido <strong>de</strong> criar condições para uma vida in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para as pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />
2. Perante a informação <strong>de</strong> que na cerimónia <strong>de</strong> inauguração da Escola Viscon<strong>de</strong> S. Gião tinha tido<br />
lugar uma cerimónia religiosa, no caso em concreto da religião católica, o BE não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />
expressar que a Escola Pública é laica e que portanto essa cerimónia não <strong>de</strong>veria ter ocorrido.<br />
3. Perante a informação do Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> que estaria a fazer contactos para um novo<br />
programador/diretor artístico do Teatro Virgínia, manifestei a minha posição no sentido<br />
<strong>de</strong> encontrar na atual equipa quem ocupasse esse lugar. Tanto quanto sei essa função tem sido<br />
assumida, <strong>de</strong> forma bastante positiva por uma trabalhadora e penso que esta solução também <strong>de</strong>ve<br />
ser equacionada pela Câmara Municipal.<br />
4. A recusa do Tribunal <strong>de</strong> Contas em dar o visto para a obra do Convento do Carmo coloca mais<br />
um sério problema ao Município. Esta obra é paradigmática para ilustrar aquilo que não se <strong>de</strong>ve fazer<br />
na gestão pública. O acumular <strong>de</strong> situações irregulares po<strong>de</strong> trazer graves prejuízos financeiros ao<br />
município. Para além <strong>de</strong> a obra estar parada, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>volução <strong>de</strong> fundos comunitários<br />
será catastrófica. O BE aguarda as diligências que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte vai tomar para se pronunciar<br />
sobre o futuro <strong>de</strong>sta obra.”<br />
14 <strong>de</strong> Outubro 2014<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
1. Vou distribuir a toda a Vereação um texto que escrevi sobre o que se passou na última<br />
Assembleia Municipal – o presi<strong>de</strong>nte em exercício negou-me a palavra. Farei chegar este<br />
texto ao Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal, assim como a todos os Partidos representados.<br />
Faço-o na reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal porque penso que a atitu<strong>de</strong> assumida pelo presi<strong>de</strong>nte<br />
em exercício, na sua arrogância anti-<strong>de</strong>mocrática, também é o <strong>de</strong>srespeito para com toda a<br />
Vereação e sobretudo pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
189<br />
“A propósito da atitu<strong>de</strong> do presi<strong>de</strong>nte em exercício, na Assembleia Municipal <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong><br />
Setembro <strong>de</strong> 2014 Peço a palavra!<br />
A Assembleia Municipal, enquanto órgão autárquico, merece-me o maior respeito. É um órgão<br />
autónomo, com vida própria e que tem, entre outras competências, fiscalizar a ativida<strong>de</strong> da<br />
Câmara Municipal. E sobre esta matéria não tenho uma visão redutora. Fiscalizar toda a ativida<strong>de</strong><br />
da Câmara Municipal – as suas opções políticas, as suas <strong>de</strong>cisões e a ativida<strong>de</strong> dos seus vereadores<br />
e vereadoras – a tempo inteiro e sem pelouro, da maioria ou da oposição. Por isso faço questão<br />
<strong>de</strong> estar presente nas Assembleias Municipais e assumo que o meu papel é ouvir os <strong>de</strong>putados e<br />
<strong>de</strong>putadas municipais, as suas críticas, os seus louvores, as suas apreciações, as suas <strong>de</strong>clarações<br />
políticas, os problemas que colocam, as aspirações que transmitem. Acompanhar a polémica,<br />
vivê-la, apren<strong>de</strong>r com ela, só assim se faz <strong>de</strong>mocracia, essa <strong>de</strong> que tanto se fala, a <strong>de</strong>mocracia<br />
local. A Assembleia Municipal é também espaço para ouvir munícipes, o que, felizmente, já<br />
aconteceu e se preten<strong>de</strong> que aconteça muito mais. Sei bem qual é o papel da vereação numa<br />
Assembleia Municipal. Ouvir, ser fiscalizada e prestar contas. Consi<strong>de</strong>ro também que todos os/<br />
as vereadores/as <strong>de</strong>vem po<strong>de</strong>r usar da palavra. Não por hábito, mas sempre que se justifique<br />
e com a autorização do Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, como aliás está previsto na Lei e no Regimento<br />
da Assembleia Municipal. Lei 169/99 – Artigo 48.º – Participação dos membros da câmara na<br />
assembleia municipal 1 – A câmara municipal faz-se representar, obrigatoriamente, nas sessões da<br />
assembleia municipal, pelo presi<strong>de</strong>nte, que po<strong>de</strong> intervir nos <strong>de</strong>bates, sem direito a voto. 2 – Em<br />
caso <strong>de</strong> justo impedimento, o presi<strong>de</strong>nte da câmara po<strong>de</strong> fazer-se substituir pelo seu substituto<br />
legal. 3 – Os vereadores <strong>de</strong>vem assistir às sessões da assembleia municipal, sendo-lhes facultado<br />
intervir nos <strong>de</strong>bates, sem direito a voto, a solicitação do plenário ou com a anuência do presi<strong>de</strong>nte<br />
da câmara ou do seu substituto legal. 4 – Os vereadores que não se encontrem em regime <strong>de</strong><br />
permanência ou <strong>de</strong> meio tempo têm o direito às senhas <strong>de</strong> presença, nos termos do artigo 10.º<br />
da Lei n.º 29/87, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Junho. 5 – Os vereadores po<strong>de</strong>m ainda intervir para o exercício do<br />
direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da honra. Regimento da Assembleia Municipal: (ARTIGO 23.º – (Regras do<br />
uso da palavra pelos membros da câmara municipal) 1. A palavra é concedida ao presi<strong>de</strong>nte da<br />
câmara ou ao seu substituto legal, no período “De Antes da Or<strong>de</strong>m do Dia”, para prestar os<br />
esclarecimentos que lhe forem solicitados, pelo período máximo <strong>de</strong> 15 minutos. 2. No período<br />
da “Or<strong>de</strong>m do Dia”, a palavra é concedida ao presi<strong>de</strong>nte da câmara ou ao seu substituto legal,<br />
pelo período máximo <strong>de</strong> 25 minutos para: a) Prestar a informação relativa ao consignado na alínea<br />
b) do nº. 2 do artigo 2º, <strong>de</strong>ste regimento; b) Apresentar os documentos submetidos pela câmara<br />
municipal, nos termos legais, à apreciação da assembleia; c) Intervir nas discussões, sem direito<br />
a voto. 3. No período <strong>de</strong> “<strong>Intervenção</strong> Aberto ao Público”, a palavra é concedida ao presi<strong>de</strong>nte<br />
da câmara ou ao substituto legal para prestar os esclarecimentos solicitados. 4. É concedida a<br />
palavra aos vereadores para intervir, sem direito a voto nas discussões, a solicitação do plenário<br />
da assembleia ou com a anuência do presi<strong>de</strong>nte da câmara ou do seu substituto legal. 5. A palavra<br />
é ainda concedida aos vereadores, no final da reunião, para o exercício do direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da<br />
honra ou consi<strong>de</strong>ração.” Penso até que os vereadores/as <strong>de</strong>vem avaliar bem <strong>de</strong>ssa necessida<strong>de</strong>.<br />
Como já disse antes, o seu papel não é tomar a palavra. Caso contrário invertiam-se os papéis. O<br />
bom senso e a responsabilida<strong>de</strong> política são o que importa nesta matéria. A postura do Presi<strong>de</strong>nte<br />
da Câmara é aqui fundamental. Autoriza ou não os vereadores/as a usarem da palavra, sejam da<br />
maioria ou da oposição. Pedi duas vezes a palavra em Assembleia Municipal. O Presi<strong>de</strong>nte da<br />
Câmara autorizou-me das duas vezes, assumindo uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática. Da primeira vez o<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia <strong>de</strong>u-me a palavra, respeitando a Lei e as regras <strong>de</strong>mocráticas. Da segunda<br />
vez, o presi<strong>de</strong>nte em exercício recusou dar-me a palavra, invocando que a Lei não o permitia.<br />
Evi<strong>de</strong>nciou um <strong>de</strong>sconhecimento da Lei que não se coaduna com o lugar que ocupa (sabendo por<br />
experiência própria que não po<strong>de</strong> invocar o <strong>de</strong>sconhecimento da Lei para não a cumprir). Erros,<br />
toda a gente comete… Mas, mesmo perante a minha insistência <strong>de</strong> que a Lei me permitia usar<br />
da palavra, encerrou abruptamente os trabalhos para intervalo. Se o erro se admite, a arrogância
190<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
e a prepotência já não. E ainda a falta <strong>de</strong> cultura <strong>de</strong>mocrática que leva a nem sequer ouvir os<br />
argumentos invocados por uma cidadã, no caso vereadora, que queria uma resposta sobre a sua<br />
atitu<strong>de</strong>. Sobre o que o presi<strong>de</strong>nte em exercício disse <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> encerrada a assembleia, nem vale<br />
a pena falar. O que conta aqui é a atitu<strong>de</strong> quando assumia um papel único perante os cidadãos<br />
e cidadãs do concelho – presidir à Assembleia Municipal. No futuro manterei a mesma postura,<br />
respeito pelo órgão e pelo seu funcionamento. Sei bem qual é o papel <strong>de</strong> uma vereadora da<br />
oposição. Mas, quando for necessário intervir, pedirei a palavra a quem tem po<strong>de</strong>res para a dar<br />
– primeiro ao Presi<strong>de</strong>nte da Câmara e <strong>de</strong> seguida ao Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal. Não<br />
<strong>de</strong>ixarei no entanto <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar uma nota final: o assunto em questão – aplicação das 35 horas aos<br />
trabalhadores/as do município – tinha sido <strong>de</strong>batido nesse mesmo dia na Câmara Municipal e foi<br />
o próprio Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> explicar a posição maioritária na Câmara, que disse<br />
que estavam ali outros vereadores, incluindo aqueles que tinham expressado posição diferente<br />
da maioria e que podiam dizer o que se tinha passado.”<br />
2. Pedido <strong>de</strong> informações ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte sobre o processo do Convento do Carmo. Tendo<br />
em consi<strong>de</strong>ração as informações prestadas pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte, consi<strong>de</strong>ro que <strong>de</strong>vem ser tomadas<br />
todos os cuidados na elaboração do futuro concurso, levando em linha <strong>de</strong> conta as objeções do<br />
Tribunal <strong>de</strong> Contas refletidas <strong>de</strong> forma clara no Acórdão. Não vale a pena malabarismos.<br />
3. Penso que merece referência o lançamento do livro inédito <strong>de</strong> Maria Lamas “A Lenda da<br />
Borboleta” que teve lugar no último sábado. Para além da importância da obra é justificada a referência<br />
ao facto da edição ser da Câmara Municipal.<br />
4. Feira dos Frutos Secos – embora ainda <strong>de</strong>corra o período <strong>de</strong> avaliação da Feira, penso que<br />
a curto prazo a Câmara <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>bater o futuro <strong>de</strong>ste evento. Todos estamos <strong>de</strong> acordo <strong>de</strong> que é<br />
preciso relançar a Feira, dar-lhe um novo impulso <strong>de</strong> modo a que possa cumprir os seus objetivos<br />
<strong>de</strong> contribuir para a produção local <strong>de</strong> figo e para o <strong>de</strong>senvolvimento do concelho e da região.<br />
Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>sresponsabilizar o Governo no que toca aos apoios à agricultura e sobretudo<br />
aos pequenos produtores, mas naquilo que compete à Câmara <strong>de</strong>vemos encontrar os incentivos<br />
possíveis. O mo<strong>de</strong>lo da Feira do próximo ano <strong>de</strong>ve ser apresentado aos produtores o mais cedo<br />
possível para que se possam preparar. No entanto <strong>de</strong>ixo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já alguns aspetos que entendo <strong>de</strong>ver<br />
ser alterados: a organização do espaço e os preços praticados aos expositores. Quanto aos preços<br />
praticados parecem-me excessivos. O BE criticou o facto <strong>de</strong> não terem sido divulgados à Vereação.<br />
Alerto também para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se estudar se não existem empresas que fornecem os “stands”<br />
que pratiquem preços mais baixos.<br />
5. Programa <strong>de</strong> rescisões na Administração Local – o Governo anunciou que abrirá já amanhã,<br />
15 <strong>de</strong> Outubro, o programa <strong>de</strong> rescisões na Administração Local. A Câmara <strong>de</strong>ve refletir sobre<br />
este programa e as suas eventuais consequências para o Município. A redução <strong>de</strong> trabalhadores da<br />
administração local é um objetivo do Governo que vem colocar mais problemas para o funcionamento<br />
dos municípios e para a prestação dos serviços públicos. O facto <strong>de</strong>ste programa <strong>de</strong> rescisões ser<br />
<strong>de</strong>stinado a “trabalhadores menos qualificados” coloca ainda outro problema. As autarquias po<strong>de</strong>m<br />
ficar esvaziadas <strong>de</strong> trabalhadores que possam cumprir um conjunto <strong>de</strong> tarefas, que são competência<br />
dos municípios, e que no futuro passarão a ser contratados a empresas privadas. Já hoje o município<br />
se <strong>de</strong>bate com a falta <strong>de</strong> trabalhadores qualificados para <strong>de</strong>terminadas tarefas.”<br />
10 Dezembro 2014<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
1. É urgente tratar da passa<strong>de</strong>ira para peões junto ao Torreshopping. A construção da ponte<br />
veio respon<strong>de</strong>r a uma necessida<strong>de</strong> para os peões, agora há que completar com a passa<strong>de</strong>ira para<br />
possibilitar o atravessamento da via em segurança. Nesta zona tem-se verificado um acréscimo
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
191<br />
<strong>de</strong> veículos, que já estacionam ao longo das vias. Este acréscimo po<strong>de</strong> não ser sazonal. A Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong>ve estar atenta no sentido <strong>de</strong> se tomarem as medidas necessárias para a boa circulação<br />
<strong>de</strong> veículos e para a segurança dos mesmos e <strong>de</strong> peões.<br />
2. Proponho que a Câmara Municipal realize uma reunião com todos os agentes ligados à Proteção<br />
Civil, aberta à Vereação. A Proteção Civil é uma área <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> municipal que <strong>de</strong>ve ser<br />
acompanhada pela Vereação, cuja importância é central na vida do município.<br />
3. Sobre a aplicação do horário das 35 horas semanais, o BE reafirma a sua posição: foi positivo<br />
a assinatura <strong>de</strong> Acordos entre o Município e os Sindicatos, mas esta tomada <strong>de</strong> posição tem que ter<br />
consequências, ou seja, os Acordos têm que ser aplicados. O Acórdão do Tribunal Constitucional<br />
diz que se po<strong>de</strong>m aplicar horários <strong>de</strong> 35 horas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que negociados pelas partes. Foi isso que<br />
aconteceu ao nível das autarquias. O Governo enten<strong>de</strong>u que se <strong>de</strong>veria imiscuir numa área que não<br />
é a sua, dizendo que era parte nessa negociação e não publicou os Acordos, negociados livremente<br />
entre autarquias e sindicatos. Trata-se <strong>de</strong> uma clara ingerência na autonomia do Po<strong>de</strong>r Local, que<br />
Câmaras e Juntas <strong>de</strong> Freguesia só po<strong>de</strong>m ultrapassar aplicando as 35 horas.<br />
4. Quanto ao Parque <strong>de</strong> Estacionamento Almonda Parque e perante as informações sobre a<br />
possibilida<strong>de</strong> da empresa Construtora Lena pedir uma in<strong>de</strong>mnização ao Município o BE manifesta a<br />
sua maior preocupação e alerta para as consequências drásticas ao nível das contas do município, caso<br />
tal se venha a verificar. A concessão do Almonda Parque é uma Parceria Público Privada totalmente<br />
blindada a favor do concessionário privado, não acautela o interesse público e coloca a Câmara<br />
Municipal numa situação em que praticamente nada po<strong>de</strong> fazer. A responsabilida<strong>de</strong> política <strong>de</strong> quem<br />
<strong>de</strong>cidiu este Contrato <strong>de</strong> Concessão tem que ser assumida em toda a sua plenitu<strong>de</strong> e em todas as<br />
suas consequências. O BE há anos que alerta para esta situação. Não é normal, ver um parque <strong>de</strong><br />
estacionamento vazio e os anos passarem sem nada ser feito. Des<strong>de</strong> sempre alertámos que o tarifário<br />
praticado não beneficiava a população <strong>de</strong> Torres Novas.”<br />
PAOD – Ano <strong>de</strong> 2015<br />
6 Janeiro 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
“Desejando um Bom Ano a toda a vereação, gostava <strong>de</strong> registar que o ano <strong>de</strong> 2015 vai ser um ano<br />
particularmente difícil. Difícil para os munícipes, que continuam a sentir os efeitos das medidas <strong>de</strong><br />
austerida<strong>de</strong>, e difícil para o Município, pois é marcado pela gran<strong>de</strong> incógnita do resultado final sobre o<br />
contrato do Almonda Parque. Há no entanto dois aspetos positivos que quero sublinhar. O primeiro é<br />
a Área <strong>de</strong> Reabilitação Urbana para o Centro Histórico da cida<strong>de</strong>, que tem que dar sinais efetivos <strong>de</strong><br />
que é para ser levada a sério e para concretizar. O segundo é o Orçamento Participativo para 2016,<br />
que foi aprovado por proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda, que se <strong>de</strong>ve traduzir numa participação ativa <strong>de</strong><br />
cidadãos e cidadãs. No ano que agora terminou a maioria socialista enfatizou o facto <strong>de</strong> o Município<br />
ter ficado em 3.º lugar num ranking que avaliou a transparência dos Municípios. Embora este ranking<br />
apenas analise alguns aspetos formais da informação prestada pelos municípios, é importante que<br />
se prossiga numa prática que promova a transparência <strong>de</strong> todos os atos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong> gestão da<br />
Câmara Municipal. Neste sentido e seguindo uma metodologia <strong>de</strong> pequenos passos, o BE propõe<br />
que no ano <strong>de</strong> 2015 as reuniões <strong>de</strong> Câmara sejam gravadas, em registo áudio, que <strong>de</strong>pois<br />
será disponibilizado no sítio da Câmara Municipal.<br />
Relativamente a assuntos do ano <strong>de</strong> 2014 o BE requer informações sobre as seguintes situações:<br />
– Foi <strong>de</strong>finido um plano para regularizar o pagamento <strong>de</strong> taxas do mercado não retalhista (Assunto<br />
203/14) – está a ser cumprido? Qual o ponto <strong>de</strong> situação?
192<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
– Foi <strong>de</strong>cidido um “subsídio” para uma longa-metragem que seria em parte filmada em Torres Novas<br />
e que divulgaria o concelho (Assunto 370/14) – Foi concretizado?<br />
– Sinais <strong>de</strong> trânsito – foi aprovado, durante o ano <strong>de</strong> 2014, a colocação <strong>de</strong> vários sinais <strong>de</strong> trânsito,<br />
nomeadamente para Riachos (Assunto 307/14). Alerto para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apresentar à Assembleia<br />
Municipal estas alterações, pois sem a alteração do respetivo Regulamento <strong>de</strong> Trânsito a sinalização<br />
não tem eficácia legal.<br />
– Conta <strong>de</strong> empreitada: 15/2009 – Estrada do Alvorão (Assunto 90/14) e 59/2004 – Recuperação<br />
da Casa da Lezíria (Assunto 371/14) – os assuntos foram retirados para posterior informação,<br />
nomeadamente sobre o requerimento para a reposição do equilíbrio financeiro no 1.º caso e sobre<br />
o <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> 17% da revisão <strong>de</strong> preços no 2.º caso. Qual o ponto <strong>de</strong> situação?<br />
– O Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Encargos para a concessão <strong>de</strong> exploração do Bar/Restaurante do Palácio dos Desportos<br />
previa a sua entrada em funcionamento em Dezembro <strong>de</strong> 2014. Tal não aconteceu. Porquê?<br />
– No final do ano <strong>de</strong> 2013 foi distribuída à Vereação uma listagem dos processos <strong>de</strong>spachados pelo<br />
Senhor Vereador do Pelouro do Urbanismo, ao abrigo da competência sub<strong>de</strong>legada por <strong>de</strong>spacho<br />
do Senhor Presi<strong>de</strong>nte. Esta prática vai manter-se? É importante que se mantenha, <strong>de</strong>ntro do espírito<br />
<strong>de</strong> uma prática transparente.<br />
Ainda outros assuntos:<br />
“Linha da Rata Cega” – a linha encontra-se levantada em, pelo menos, dois locais, o que provoca<br />
ruído e po<strong>de</strong> danificar os veículos. É uma obra pequena, <strong>de</strong> fácil solução e não há necessida<strong>de</strong> nenhuma<br />
<strong>de</strong> ficar sujeita a uma maior <strong>de</strong>gradação.<br />
“Totens informativos da ACIS” – as localizações estão mal escolhidas. Por exemplo no Largo da<br />
Botica foi colocado em frente à sinalização informativa, que acabou por ser retirada. Não existiu<br />
preocupação com a circulação das pessoas invisuais. Os Totens não oferecem garantias <strong>de</strong> segurança,<br />
não estão fixos e em caso <strong>de</strong> vento forte po<strong>de</strong>m mesmo vir a cair. O Senhor Presi<strong>de</strong>nte, numa anterior<br />
reunião disse que iria reunir com a ACIS sobre esta situação. Houve conclusões?<br />
– Já estamos num novo ano e continua a situação das ruínas do prédio junto ao Hotel dos Cavaleiros,<br />
com o frigorífico em posição <strong>de</strong> equilíbrio. Fala-se muito em promover o Turismo. Será que o<br />
cartão-<strong>de</strong>-visita da cida<strong>de</strong> vai ser a imagem <strong>de</strong>stas ruínas, visíveis dos quartos dos Hotel? Acresce a<br />
esta situação o perigo que po<strong>de</strong> significar a queda do frigorífico.<br />
– Temos tido notícias nos últimos dias do caos instalado nos serviços <strong>de</strong> urgência <strong>de</strong> vários hospitais.<br />
Tendo em conta as situações que já ocorreram no Centro Hospitalar do Médio Tejo, proponho<br />
que a Câmara Municipal contacte o Conselho <strong>de</strong> Administração do CHMT e o Agrupamento dos<br />
Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> no sentido <strong>de</strong> saber se estão garantidas todas as condições para o atendimento<br />
da população neste período. Caso se verifiquem carências <strong>de</strong>ve a Câmara dirigir-se ao Ministro da<br />
Saú<strong>de</strong>, exigindo as medidas a<strong>de</strong>quadas.<br />
– Por último quero saudar a iniciativa dos serviços contra o <strong>de</strong>sperdício concretizada nos blocos<br />
<strong>de</strong> apontamentos com papel usado.<br />
20 Janeiro 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
1 – Quero saudar a realização da Sessão Pública para apresentação da UrbNovas – Área <strong>de</strong><br />
Reabilitação Urbana. Esta <strong>de</strong>cisão, tomada por unanimida<strong>de</strong> na Câmara e Assembleia Municipal é<br />
um passo muito importante para a reabilitação do centro histórico da cida<strong>de</strong>, que esperamos, <strong>de</strong>sta<br />
vez seja uma realida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>ro que toda a vereação <strong>de</strong>ve acompanhar <strong>de</strong> perto este processo<br />
e ser informada sobre os seus <strong>de</strong>senvolvimentos, incluindo reuniões com a equipa que implementa
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
193<br />
este projeto. Especial atenção <strong>de</strong>ve ter as questões relacionadas com o financiamento, que entendo<br />
também <strong>de</strong>vem ser seguidas por toda a vereação.<br />
2 – Obra da Praça dos Claras – O Senhor Presi<strong>de</strong>nte assumiu na Assembleia Municipal que a obra<br />
recomeçaria <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma semana, na sessão pública realizada a propósito da ARU já disse que<br />
seria em Fevereiro. A questão que se tem que colocar é a seguinte: Afinal o que se passa com esta<br />
obra e porquê estes atrasos?<br />
3 – Quanto à obra da Praça do Peixe que também inclui a fachada do edifício da Banda Operária<br />
Torrejana, gostava <strong>de</strong> saber se estão incluídas obras no interior, pois o edifício apresenta vários sinais<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação e só intervir na fachada e não no interior seria <strong>de</strong>ixar a obra a meio.<br />
4 – Ficámos a saber pela página do município na net que a edição da Feira Medieval para 2015 já tem<br />
data e já tem tema. Julgo que seria conveniente informar a vereação sobre esta questão.<br />
5 – Insisto também na necessida<strong>de</strong> do Diretor Artístico do Teatro Municipal Virgínia ser<br />
apresentado à Vereação e dar conta do seu projeto artístico.<br />
6 – Já existe algum projeto para a comemoração dos 30 anos da elevação a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Torres<br />
Novas? Parece-me pertinente que a vereação seja, atempadamente, informada sobre esta matéria.<br />
7 – Já por várias o BE colocou este problema, mas volto a fazê-lo: para quando iluminação pública na<br />
rua perpendicular à Rua Salgueiro Maia (junto às Finanças)? Já foi aqui <strong>de</strong>monstrado a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> iluminação <strong>de</strong>sta rua muito <strong>de</strong>sejada pelos moradores da área. Bastava dois can<strong>de</strong>eiros…<br />
8 – Volto a insistir na necessida<strong>de</strong> da Câmara Municipal se informar junto do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
do Centro Hospitalar do Médio Tejo e do ACES das condições existentes para dar resposta às<br />
solicitações na prestação <strong>de</strong> cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> à população, <strong>de</strong> modo a que a Câmara, por sua<br />
vez, possa tomar uma posição junto do Ministério da Saú<strong>de</strong>.”<br />
3 Fevereiro 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Saúdo a realização da 1.ª reunião <strong>de</strong>scentralizada da Câmara Municipal (União <strong>de</strong> Freguesias<br />
<strong>de</strong> Alcorochel, Brogueira e Parceiros da Igreja) e faço votos para que prossigam pelas outras<br />
Freguesias. Quero agra<strong>de</strong>cer a forma como fomos recebidos pelo Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />
e restantes senhoras e senhores autarcas. A visita que realizámos à freguesia foi importante para, in<br />
loco, conhecermos as dificulda<strong>de</strong>s e as intervenções já realizadas. Quanto ao mo<strong>de</strong>lo das reuniões<br />
<strong>de</strong>scentralizadas, penso que <strong>de</strong>ve ser melhor trabalhado pela vereação, <strong>de</strong> forma a tirar o máximo<br />
proveito. Mas consi<strong>de</strong>ro que <strong>de</strong>ve conjugar dois objetivos principais: conhecer a freguesia e os<br />
problemas da sua população e dar a conhecer aos munícipes o normal funcionamento das reuniões e<br />
as <strong>de</strong>cisões que nela são tomadas. Associo-me às palavras do Senhor Presi<strong>de</strong>nte no que diz respeito<br />
ao papel do Vereador Carlos Tomé, que renunciou ao seu mandato. Teve um papel importante na<br />
vida local e na <strong>de</strong>mocracia local. Estive pouco tempo na vereação em conjunto com Carlos Tomé mas<br />
guardo a recordação <strong>de</strong> uma pessoa atenta, participativa e com espírito <strong>de</strong> cooperação. A cidadania<br />
e a <strong>de</strong>mocracia do nosso concelho continuarão a contar com a sua participação.<br />
Quanto à aplicação do “saldo <strong>de</strong> 2014”, consi<strong>de</strong>ro que não <strong>de</strong>vem existir <strong>de</strong>cisões casuísticas.<br />
Primeiro <strong>de</strong>ve ser apurado qual o “saldo” e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ve ser elaborada uma lista <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s para<br />
a aplicação das verbas, com critérios e <strong>de</strong> forma transparente. Visitámos hoje a extensão <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Alcorochel, on<strong>de</strong> foram concluídas obras <strong>de</strong> forma a criar melhores condições para o atendimento<br />
<strong>de</strong> utentes na sala <strong>de</strong> enfermagem. Essas obras foram feitas pela Junta <strong>de</strong> Freguesia. A sala não está<br />
em funcionamento porque não está equipada, sendo esta uma competência do Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />
A Câmara Municipal <strong>de</strong>ve exigir do Ministério o equipamento para o normal funcionamento da sala<br />
<strong>de</strong> enfermagem. Por último e porque estamos na Brogueira e numa sala on<strong>de</strong> a presença
194<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
<strong>de</strong> Humberto Delgado é uma evidência, consi<strong>de</strong>ro que o Município <strong>de</strong>ve assinalar o 50.º<br />
aniversário do seu assassinato, em conjunto com a Freguesia e Casa Memorial.” Este dia foi<br />
assinalado pelo Município<br />
16 Fevereiro 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Tendo em conta que saiu um Decreto-Lei sobre a <strong>de</strong>scentralização <strong>de</strong> competências para as<br />
Câmaras Municipais, na área da educação, saú<strong>de</strong>, segurança social e cultura e que está em curso<br />
um <strong>de</strong>bate sobre esta matéria, que tem envolvido Autarquias, Associação Nacional <strong>de</strong> Municípios<br />
Portugueses, Partidos Políticos, Sindicatos e outros agentes sociais, julgo pertinente que se<br />
agen<strong>de</strong> um <strong>de</strong>bate sobre esta matéria na Câmara Municipal. Na opinião do BE não se trata <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scentralização, mas sim <strong>de</strong> entregar às Câmaras um conjunto <strong>de</strong> competências para as quais não<br />
estão vocacionadas e não têm os meios a<strong>de</strong>quados, levando a <strong>de</strong>sresponsabilização do Governo em<br />
áreas tão importantes como a Educação e a Saú<strong>de</strong>.<br />
3 Março 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Iluminação Pública: Des<strong>de</strong> o início do mandato que se fala num estudo que está a ser realizado<br />
pelos técnicos da Câmara Municipal, penso que está na altura da vereação ter conhecimento dos<br />
resultados <strong>de</strong>ste estudo. A Iluminação Pública é muito importante e estruturante para o concelho.<br />
A este propósito chamo a atenção para o facto do Jardim Maria Lamas ter uma iluminação muito<br />
<strong>de</strong>ficiente. Aproxima-se o “bom tempo” que convida os cidadãos e cidadãs a frequentar o jardim à<br />
noite.<br />
E também a propósito do “bom tempo” que se aproxima, chamo novamente a atenção para a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se resolver a situação do “repuxo” do Largo D. Diogo Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Almeida.<br />
Tem que ser encontrada uma solução, como está não po<strong>de</strong> continuar. Está junto a uma esplanada e,<br />
nas condições atuais, não proporciona bem-estar aos/às munícipes.<br />
Chamo também à atenção para o facto <strong>de</strong> ainda se encontrar iluminação <strong>de</strong> Natal na Rua<br />
Carlos Reis, que tem que ser removida.<br />
Quero também colocar quatro (4) assuntos que já apresentei em reunião <strong>de</strong> Câmara, <strong>de</strong> fácil resolução<br />
e que ainda não foram tratados:<br />
– passa<strong>de</strong>ira junto à ponte do Nicho. Fez-se a passagem provisória mas não se completou o<br />
trabalho, fazendo a passa<strong>de</strong>ira.<br />
– linha da “rata cega” – a sua <strong>de</strong>terioração continua, causando transtornos e eventuais prejuízos<br />
aos automobilistas.<br />
– pavimento do viaduto Rio Frio, continua a sua <strong>de</strong>terioração e não se enten<strong>de</strong> porque é que<br />
ainda não foram tomadas medidas.<br />
– reunião com o Diretor Artístico do Virgínia – insisto na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta reunião.<br />
Proponho que o Município, adira ao movimento “Hora do Planeta” que tem lugar no dia 28 <strong>de</strong><br />
Março, apagando as luzes durante 1 horas. Resposta: Vamos pensar… Proponho que o Município<br />
assinale o dia 8 <strong>de</strong> Março. Agora <strong>de</strong>verá fazê-lo <strong>de</strong> forma simbólica, pois já não é possível <strong>de</strong> outra<br />
forma, mas que não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> o fazer.<br />
Apresento o seguinte requerimento e agra<strong>de</strong>ço que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte lhe dê seguimento: “A
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
195<br />
Empreitada 02-2011 DOSUA-DVM mereceu as maiores dúvidas por parte do BE na reunião <strong>de</strong> Câmara<br />
e o voto contra em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Assembleia Municipal. No sentido <strong>de</strong> melhor conhecer o processo e<br />
porque enten<strong>de</strong>mos que a informação é fundamental para se perceber o que vai ser construído naquela<br />
zona da cida<strong>de</strong>, venho por este meio solicitar a V. Exa, a documentação referente ao loteamento<br />
junto ao “caminho das cobras” e as <strong>de</strong>cisões do executivo camarário que o autorizaram”.<br />
30 Março 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
“Os assuntos colocados pelos/as munícipes revelam as carências nesta Freguesia, nomeadamente<br />
no que diz respeito às condições das vias, aos acessos a caminhos rurais, <strong>de</strong>ficiente iluminação<br />
pública, saneamento básico. Constatámos na visita que 2 ETAR não estão em funcionamento. Estas<br />
situações necessitam <strong>de</strong> intervenção por parte da Câmara: no que diz respeito às ETAR junto da<br />
Águas do Ribatejo e no que diz respeito à pavimentação das vias, o BE reafirma a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
serem priorizadas as intervenções para que <strong>de</strong> forma transparente os munícipes tenham<br />
conhecimento do que vai ser feito e on<strong>de</strong>, assim como os critérios que <strong>de</strong>terminaram a<br />
priorização <strong>de</strong>stas obras. Outro assunto que mereceu a intervenção dos/as munícipes pren<strong>de</strong>-se<br />
com as condições <strong>de</strong> segurança em Casais da Igreja. Este é um processo que se arrasta <strong>de</strong>s<strong>de</strong>,<br />
pelo menos, 2006. É urgente resolver os problemas <strong>de</strong> segurança rodoviária e <strong>de</strong> arranjo do piso<br />
do largo.<br />
O BE propõe que a Câmara Municipal provi<strong>de</strong>ncie os meios necessários para realizar os<br />
arranjos necessários no sítio da Azulada, para que a população possa <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> um espaço<br />
tão agradável para ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ar livre e lazer. Por iniciativa e esforço da população já<br />
foram realizados melhoramentos naquele sítio. A Câmara <strong>de</strong>ve correspon<strong>de</strong>r a esse esforço<br />
realizando o resto da intervenção necessária.<br />
14 Abril 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Chamo a atenção da Câmara para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r ao rebaixamento do passeio<br />
na passa<strong>de</strong>ira sita na Av. dos Bombeiros Voluntários, junto à esquadra da polícia, no sentido <strong>de</strong><br />
possibilitar o atravessamento <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> rodas. Esta passa<strong>de</strong>ira permite o acesso à esquadra <strong>de</strong><br />
polícia e a diversas lojas e é a única que naquela zona da cida<strong>de</strong> não está em condições para possibilitar<br />
a circulação <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> rodas.<br />
Qual a situação do processo sobre a dívida <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água ao Condomínio Beira Rio?<br />
Alerto para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong>sta situação face à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta dívida prescrever<br />
prejudicando o Município.<br />
28 Abril 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Qual o ponto <strong>de</strong> situação sobre o projeto para o Largo <strong>de</strong> Casais da Igreja, com vista a garantir<br />
a segurança rodoviária e o arranjo do espaço envolvente, tendo em conta que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
anunciou na reunião <strong>de</strong>scentralizada <strong>de</strong> Câmara realizada em Assentis, que estava praticamente<br />
pronto?<br />
Volto a colocar a questão da dívida referente ao abastecimento <strong>de</strong> água ao Condomínio<br />
Beira Rio. Em que ponto está?
196<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Aquisição <strong>de</strong> uma casa em ruínas na Meia Via, sita na Rua Luis <strong>de</strong> Camões com vista a obras <strong>de</strong><br />
alargamento da via para eliminar o estrangulamento <strong>de</strong> trânsito que ali se verifica.Que diligências foram<br />
efetuadas? Relembro que foi uma proposta apresentada pelo BE na Assembleia <strong>de</strong> Freguesia.<br />
Centro Escolar <strong>de</strong> Santa Maria – Quando <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> a Câmara sobre esta importante matéria?<br />
Requalificação do edifício existente ou construção <strong>de</strong> raiz? Já existe algum projeto?<br />
Feira Medieval – proponho que se organize a ida <strong>de</strong> idosos/as à Feira, sobretudo nos períodos<br />
com menos movimento. Esta iniciativa po<strong>de</strong> ser articulada com os Centros <strong>de</strong> Dia e com as Juntas<br />
<strong>de</strong> Freguesia.”<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou ainda o seguinte requerimento:<br />
“Requerimento: Aproveitando o pretexto da conclusão das obras <strong>de</strong> reconversão da antiga garagem<br />
dos Claras impõe-se que, <strong>de</strong> uma vez por todas, se esclareça um processo cujos contornos nunca<br />
foram bem explicados pela maioria socialista, processo esse relacionado com o contrato <strong>de</strong> concessão<br />
e exploração do terminal rodoviário, estabelecido entre o município e a Rodoviária do Tejo e segundo<br />
o qual a empresa <strong>de</strong>verá pagar um aluguer anual à câmara pela utilização da referida infraestrutura.<br />
Por duas vezes, a vereadora do Bloco <strong>de</strong> Esquerda questionou o senhor presi<strong>de</strong>nte da câmara sobre<br />
este assunto, tendo recebido respostas <strong>de</strong> certo modo evasivas. Assim, requer que lhe sejam dadas<br />
respostas por escrito, às seguintes questões:<br />
1 – A partir <strong>de</strong> que ano estava obrigada a Rodoviária a pagar à câmara o aluguer anual pela utilização<br />
do terminal rodoviário da cida<strong>de</strong>, ao abrigo do estipulado no contratoprograma?<br />
2 – A renda anual a pagar à câmara diz respeito, apenas, à utilização do espaço do terminal rodoviário,<br />
ou inclui mais qualquer outra instalação?<br />
3 – Começou a Rodoviária a pagar a referida renda na data <strong>de</strong>terminada pelo contrato?<br />
4 – Se nunca pagou, que <strong>de</strong>liberação da câmara ou da assembleia municipal, que ratificou o contrato<br />
<strong>de</strong> concessão e exploração em 1985, isentou a Rodoviária do pagamento anual pela utilização do<br />
terminal rodoviário?”<br />
11 <strong>de</strong> Maio 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto colocou os seguintes assuntos:<br />
Proponho que se inclua na agenda <strong>de</strong> uma próxima reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal um ponto<br />
sobre a Área <strong>de</strong> Reabilitação Urbana – UrbNovas. É tempo da vereação saber o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong> modo a que seja possível acompanhar o que se está a fazer e o que se preten<strong>de</strong><br />
fazer. Esta reunião <strong>de</strong>ve ter a presença da equipa da UrbNovas, à semelhança das que se realizaram<br />
no início do processo.<br />
A Rua Dr.º José Lopes Schiapa Faro e Silva encontra-se num estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação muito<br />
preocupante, que causa sérios problemas aos moradores e diminui a sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Os<br />
passeios estão todos levantados <strong>de</strong>vido às raízes das árvores, que não parecem a<strong>de</strong>quadas para<br />
aquele tipo <strong>de</strong> local. Existe nas traseiras dos prédios um espaço público, com uma vista privilegiada<br />
sobre a cida<strong>de</strong>, mas que se encontra ao abandono, cheio <strong>de</strong> vegetação, o que causa problemas, <strong>de</strong><br />
limpeza e <strong>de</strong> mosquitos (sobretudo no tempo quente). As escadas que dão acesso a este espaço<br />
estão partidas. É urgente fazer um levantamento do que po<strong>de</strong> ali ser feito, ouvindo os moradores, <strong>de</strong><br />
modo a solucionar os problemas e a criar um espaço <strong>de</strong> lazer. Devem ser priorizadas as intervenções,<br />
<strong>de</strong>vendo avançar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já a limpeza do local.<br />
Gostaria <strong>de</strong> saber se a Câmara teve conhecimento <strong>de</strong> eventuais <strong>de</strong>scargas poluidoras no Rio<br />
Almonda no fim-<strong>de</strong>-semana que passou, pois foram divulgadas imagens nas re<strong>de</strong>s sociais alertando<br />
para possíveis <strong>de</strong>scargas.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
197<br />
26 Maio 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Orçamento Participativo – é urgente <strong>de</strong>finir o calendário das várias fases do Orçamento Participativo<br />
e constituir a equipa que irá coor<strong>de</strong>nar todo este trabalho. Tem que se iniciar <strong>de</strong> imediato a campanha<br />
<strong>de</strong> divulgação do OP, na página na net do município, nas re<strong>de</strong>s sociais, com mupis e folhetos. Não<br />
se compreen<strong>de</strong> que a página na net do Município não tenha uma única referência a esta importante<br />
<strong>de</strong>cisão da Câmara. O sucesso do OP <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da sua divulgação junto dos cidadãos e cidadãs.<br />
Praça do Peixe – O edifício foi inaugurado e agora é preciso <strong>de</strong>finir as suas funções e elaborar<br />
as normas <strong>de</strong> funcionamento, para que o espaço não fique ao abandono ou ao sabor <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />
casuísticas. A Vereação <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>bater este assunto a curto prazo. Foram apresentados à Câmara<br />
Municipal diversos projetos <strong>de</strong> animação cultural. Esses projetos já foram analisados? Existe alguma<br />
<strong>de</strong>cisão?<br />
A entrada da cida<strong>de</strong>, na Avenida João Paulo II <strong>de</strong>grada-se todos os dias, o pavimento encontra-se<br />
em péssimo estado. Para quando a pavimentação <strong>de</strong>sta via?<br />
Em que ponto se encontra a aquisição do Mercado <strong>de</strong> Riachos?<br />
Foram entregues por cidadãos e cidadãs dois abaixo-assinados na reunião <strong>de</strong> Câmara. Sobre<br />
esta matéria proponho: que os abaixo-assinados entrem formalmente na Câmara, sendo<br />
registados, contadas as assinaturas e assinalado o assunto, <strong>de</strong> modo a que seja possível<br />
acompanhar o seguimento que vai ser dado às pretensões dos/as munícipes. Deve também<br />
ser divulgado na página na net do município a entrada dos abaixo-assinados. A Câmara Municipal<br />
<strong>de</strong>ve valorizar estes atos <strong>de</strong> cidadania.<br />
Sobre a revisão orçamental anunciada pelo Senhor Vice-Presi<strong>de</strong>nte, alerto para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
se cumprirem os prazos no acesso à documentação por parte da Vereação e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
cumprir o Estatuto da Oposição, ouvindo os partidos políticos com antecedência.<br />
Quanto aos assuntos colocados pelos munícipes, em primeiro lugar lamento que sejam assuntos<br />
já colocados por diversas vezes em reunião <strong>de</strong> Câmara, sem que sejam resolvidos – quer as obras<br />
no limite da proprieda<strong>de</strong> do munícipe em Casais <strong>de</strong> Igreja, quer as questões <strong>de</strong> segurança rodoviária<br />
em Liteiros, colocados por outro munícipe. Acumulam-se os problemas, muitos <strong>de</strong>les <strong>de</strong> simples<br />
resolução, o que evi<strong>de</strong>ncia uma incapacida<strong>de</strong> em gerir a Câmara, o que é muito preocupante.<br />
9 Junho 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Feira Medieval – Verificou-se uma gran<strong>de</strong> afluência e registo as informações positivas sobre o<br />
<strong>de</strong>correr da Feira. Temos que analisar os dados em <strong>de</strong>talhe e o resultado dos inquéritos a visitantes<br />
e participantes. Chamo a atenção sobre a “visita” da ACT, que intensificou a fiscalização, e bem, a<br />
situações <strong>de</strong> abuso do “voluntariado”, que espero não tenha encontrado na Feira Medieval. Uma<br />
coisa é o voluntariado dos grupos e associações que participam outra é utilizar o “voluntariado” para<br />
trabalho que <strong>de</strong>veria ser pago. Quanto ao louvor aos trabalhadores, quero sublinhar o facto <strong>de</strong> ter<br />
sido a primeira Feira Medieval organizada pelos trabalhadores/as da Câmara Municipal. Há um ano<br />
atrás dizia-se que o fim da Turrisespaços colocaria tudo em causa, que não se conseguiria<br />
fazer a Feira Medieval. Provou-se o contrário, nas palavras do Senhor Presi<strong>de</strong>nte: “correu<br />
melhor que o ano passado”.<br />
Sobre a informação <strong>de</strong> que existe um trabalho feito pelo Departamento <strong>de</strong> Urbanismo sobre a<br />
classificação dos solos do concelho, a propósito da sessão <strong>de</strong> esclarecimento que se vai realizar<br />
sobre a Bolsa <strong>de</strong> Terras, solicito que esse documento seja facultado a toda a Vereação.
198<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Orçamento Participativo – lamento que a sessão <strong>de</strong> esclarecimento realizada com os/as Presi<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia não tenha sido aberta a toda a Vereação. Acho mesmo que vai contra o espírito<br />
do Orçamento Participativo. Proponho, novamente, que o “grupo técnico” que acompanhará todo<br />
o processo do Orçamento Participativo realize uma reunião <strong>de</strong> trabalho com toda a Vereação, <strong>de</strong><br />
modo a partilhar toda a informação e fazer convergir os esforços para o sucesso <strong>de</strong>sta importante<br />
iniciativa da Câmara Municipal. Penso que é urgente colocar no portal do Município a informação<br />
sobre o Orçamento Participativo.<br />
Rio Almonda – apresentei um conjunto <strong>de</strong> fotografias tiradas em vários locais do Rio Almonda, que<br />
evi<strong>de</strong>nciam as <strong>de</strong>scargas poluidoras. Na reunião <strong>de</strong> dia 11 <strong>de</strong> Maio perguntei se havia conhecimento<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>scargas poluidoras no rio, como tinha constado nas re<strong>de</strong>s sociais. Neste caso, como se verifica<br />
pelas fotos não há dúvidas <strong>de</strong> que houve <strong>de</strong>scargas. Tem que se atuar e <strong>de</strong> forma rápida. A Câmara não<br />
po<strong>de</strong> ser indiferente a este atentado ao ambiente e ao nosso Rio. A Águas do Ribatejo já foi contactada?<br />
A Câmara precisa <strong>de</strong> garantias sobre a existência ou não <strong>de</strong> problemas no funcionamento das ETAR<br />
e <strong>de</strong> concretizar as suas competências <strong>de</strong> fiscalização e apresentar queixa às diversas autorida<strong>de</strong>s.<br />
Projeto para o Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja – No dia 30 <strong>de</strong> Março, dia da reunião <strong>de</strong>scentralizada<br />
em Assentis, o projeto estava pronto e só por pouca sorte não podia ser ali apresentado; No dia 11<br />
<strong>de</strong> Maio, quando questionado por mim em reunião <strong>de</strong> Câmara, faltava pouco; No dia 9 <strong>de</strong> Junho,<br />
em que ponto está, senhor Presi<strong>de</strong>nte? Penso que a população <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja merece uma<br />
resposta concreta.<br />
Reunião <strong>de</strong> Câmara com a equipa da ARU – insisto na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta reunião, pois é preciso<br />
acompanhar esta matéria e saber o que se anda a fazer. Festas da Cida<strong>de</strong> – agora que terminou a<br />
Feira Medieval é altura <strong>de</strong> saber se teremos Festas da Cida<strong>de</strong> e qual o seu programa.<br />
23 Junho 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração política:<br />
A importância da <strong>de</strong>fesa do Ambiente para o <strong>de</strong>senvolvimento do Concelho Priorida<strong>de</strong> à<br />
<strong>de</strong>fesa do Rio Almonda<br />
Não será preciso argumentar sobre a importância central da <strong>de</strong>fesa do Ambiente para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do Concelho e para o bem-estar das populações. O nosso concelho é rico em matéria ambiental,<br />
temos, porventura, um conjunto <strong>de</strong> condições que po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem fazer do concelho <strong>de</strong> Torres<br />
Novas um exemplo na área da Natureza e do Ambiente. Não po<strong>de</strong>mos esquecer que o Rio Almonda<br />
passa na Reserva do Boquilobo, reserva da Bioesfera. Politicamente as questões ambientais <strong>de</strong>vem<br />
ser uma priorida<strong>de</strong> e enquadradas em todas as áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Não po<strong>de</strong>m ser matérias<br />
<strong>de</strong> “embelezamento” <strong>de</strong> planos e discursos. É urgente um conhecimento <strong>de</strong>talhado da situação e a<br />
<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estratégias, <strong>de</strong>vidamente monitorizadas e avaliadas, com o envolvimento alargado <strong>de</strong><br />
todos os intervenientes – autarquias, governo, instituições públicas e privadas, população. Ora, o<br />
Município tem um “Plano Municipal do Ambiente”, que data <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2007, on<strong>de</strong> é feito um<br />
diagnóstico e elencadas as diversas estratégias e medidas. Em complemento <strong>de</strong>ste “Plano Municipal<br />
do Ambiente”, existe um “Plano <strong>de</strong> Ação e Monitorização”, datado <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010. Ambos foram<br />
elaborados pela IDAD – Ambiente e Desenvolvimento, um instituto ligado à Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro,<br />
a pedido da Câmara Municipal. Nestes documentos, disponíveis no portal do Município, é feito um<br />
diagnóstico e i<strong>de</strong>ntificadas as fontes <strong>de</strong> poluição. Cabe aqui, colocar as primeiras questões: Porquê<br />
um intervalo <strong>de</strong> 3 anos entre o “Plano Municipal” e o “Plano <strong>de</strong> Ação e Monitorização”? Que<br />
medidas foram implementadas? On<strong>de</strong> está a “monitorização” <strong>de</strong>ste Plano? Relativamente às fontes<br />
poluidoras do Rio Almonda, elas estão também i<strong>de</strong>ntificadas pelo Ministério do Ambiente: – Fábrióleo;<br />
Componatura; Socieda<strong>de</strong> Lusitana <strong>de</strong> Destilação; Fábrica <strong>de</strong> Papel <strong>de</strong> Torres Novas; António Lopes<br />
Gameiro, Lda., ETAR <strong>de</strong> Torres Novas e ETAR <strong>de</strong> Riachos. Em Novembro <strong>de</strong> 2013, o Ministério
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
199<br />
informava que estas entida<strong>de</strong>s tinham sido sujeitas a fiscalizações nesse ano, on<strong>de</strong> foram <strong>de</strong>tetadas<br />
várias infrações que resultaram em contra-or<strong>de</strong>nações. Os Relatórios apontavam para a correção<br />
das infrações <strong>de</strong>tetadas pelas várias entida<strong>de</strong>s. Acontece, que o Rio Almonda continua a ser alvo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scargas ilegais, poluidoras. Trata-se <strong>de</strong> um crime ambiental. Apesar <strong>de</strong> várias diligências <strong>de</strong> cidadãos<br />
e cidadãs que têm apresentado queixa na GNR – SEPNA, não se verificaram consequências. O<br />
interesse dos cidadãos e cidadãs pelo Rio tem levado a que estejam atentos e fotografem as alterações<br />
ocorridas <strong>de</strong>vido a <strong>de</strong>scargas, evi<strong>de</strong>nciando que estas não terminaram, bem pelo contrário, parece<br />
que se intensificaram, tendo-se registado mais uma no passado fim <strong>de</strong> semana. As <strong>de</strong>scargas po<strong>de</strong>m<br />
ocorrer <strong>de</strong> diversas formas e em diversos locais e, porque são ilegais, são levadas a efeito <strong>de</strong> forma<br />
clan<strong>de</strong>stina. O documento do Ministério do Ambiente <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2013 apontava as ETAR <strong>de</strong><br />
Torres Novas e Riachos como fontes poluidoras e referia que a Água do Ribatejo já tinha concluído<br />
pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação e já tinha o financiamento garantido. Sabemos hoje que este trabalho<br />
está concluído, com investimento público, e a Águas do Ribatejo garante que as águas que saem das<br />
ETAR estão <strong>de</strong>vidamente tratadas. Mas também sabemos que a Águas do Ribatejo “tamponou” uma<br />
empresa <strong>de</strong> óleos, Oleotorres, porque esta não estava a cumprir com os parâmetros exigidos por<br />
Lei para a <strong>de</strong>scarga na ETAR. Para on<strong>de</strong> estão a ser encaminhadas as águas residuais industriais <strong>de</strong>sta<br />
empresa? A Câmara tem que saber o que se passa. E o Almonda continua a ser poluído… Para o<br />
BE a situação é <strong>de</strong> extrema gravida<strong>de</strong> e exige medidas excecionais. E a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve ser<br />
a primeira a respon<strong>de</strong>r a este problema. É preciso ação e ela já tarda. Neste sentido impõem-se<br />
medidas <strong>de</strong> imediato:<br />
– Solicitar uma reunião, urgente, ao Ministro do Ambiente, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem estar representadas todas<br />
as forças políticas.<br />
– A Câmara Municipal <strong>de</strong>ve criar <strong>de</strong> imediato e com carácter <strong>de</strong> exceção, uma equipa <strong>de</strong> técnicos,<br />
que <strong>de</strong>vem ir <strong>de</strong> imediato para o terreno recolher informação junto das fontes poluidoras já<br />
i<strong>de</strong>ntificadas e i<strong>de</strong>ntificar outras que entretanto possam ter surgido. Esta equipa <strong>de</strong>verá elaborar<br />
um Relatório no mais curto espaço <strong>de</strong> tempo.<br />
– Solicitar uma inspeção, urgente, às fontes <strong>de</strong> poluição já i<strong>de</strong>ntificadas, no sentido <strong>de</strong> confirmar se<br />
as medidas constantes dos relatórios das últimas fiscalizações estão a ser cumpridas e se surgiram<br />
novos problemas.<br />
– Articular com a Águas do Ribatejo a informação sobre possíveis “tamponamentos” <strong>de</strong> empresas<br />
<strong>de</strong> modo a que seja possível acionar a fiscalização, da Câmara e da GNR – SEPNA, <strong>de</strong> modo a<br />
impedir <strong>de</strong>scargas ilegais no Rio.<br />
– Reunir os responsáveis pela Proteção Civil no concelho para <strong>de</strong>bater esta situação e <strong>de</strong>terminar<br />
medidas que envolvam todos os agentes envolvidos. Esta reunião <strong>de</strong>ve ser realizada com a toda<br />
a Vereação.<br />
– No caso concreto da Fabrióleo, cuja ETAR <strong>de</strong>scarga na Ribeira da Boa Água, é preciso estudar em<br />
conjunto com a Águas do Ribatejo, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta empresa passar a <strong>de</strong>scarregar na ETAR<br />
<strong>de</strong> Torres Novas os seus efluentes, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>vidamente tratados. A situação atual é que não se<br />
po<strong>de</strong> manter. Penso que é evi<strong>de</strong>nte que a Ribeira continua a ser poluída.<br />
– Difundir um comunicado à população do Concelho, informando sobre a gravida<strong>de</strong> da situação, as<br />
diligências tomadas pela Câmara Municipal e apelando ao envolvimento <strong>de</strong> todas e todos na <strong>de</strong>fesa<br />
do Rio Almonda.<br />
– Atualizar o “Plano Municipal do Ambiente” e o “Plano <strong>de</strong> Ação e Monitorização”<br />
7 Julho 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
1 – Dívida <strong>de</strong> água do condomínio Beira Rio – A Câmara Municipal <strong>de</strong>ve ser esclarecida sobre o<br />
ponto da situação <strong>de</strong>ste processo, pois está em causa uma verba avultada e sobretudo uma questão<br />
<strong>de</strong> justiça social.
200<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
2 – Qual o ponto <strong>de</strong> situação sobre as intervenções previstas na Freguesia da Olaia pela<br />
Águas do Ribatejo, no que diz respeito à construção da ETAR?<br />
3 – A rampa existente na Travessa do Correio-Mor é um perigo. Registou-se recentemente<br />
um aci<strong>de</strong>nte grave, que coloca a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma intervenção rápida, <strong>de</strong> modo a prevenir mais<br />
aci<strong>de</strong>ntes, mas também para torna-la útil. Tal como está não possibilita a utilização por cidadãos e<br />
cidadãs em ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas.<br />
4 – Qual o ponto da situação sobre a possível aquisição do edifício do Cinema <strong>de</strong> Riachos?<br />
O Cinema está à venda numa imobiliária por 50.000,00 euros e a Câmara Municipal <strong>de</strong>via diligenciar<br />
para a sua aquisição.”<br />
3 Agosto 2015<br />
O Vereador Manuel Lopes interveio nos seguintes termos:<br />
Disse o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara que o proprietário do mercado <strong>de</strong> Riachos pediu um valor <strong>de</strong> 65<br />
mil euros e que não sabe se <strong>de</strong>ve continuar as negociações. Consi<strong>de</strong>ro que os serviços <strong>de</strong>vem avaliar<br />
o valor do espaço e a relação custo-benefício e com base nisso ser apresentada uma contra-proposta<br />
ao proprietário. Recordo que há ano a compra foi aprovada por esta câmara e foi consi<strong>de</strong>rado<br />
em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> orçamento para 2015. Pergunto também em que situação se encontra o projeto <strong>de</strong><br />
recuperação das fontes e das pontes, aprovado em assembleia <strong>de</strong> freguesia e nesta câmara. O<br />
projeto vai avançar ainda este ano ou não? A reabilitação da Casa do Povo tem sido muitas vezes<br />
apregoada pelo senhor presi<strong>de</strong>nte, até como medida substitutiva da promessa não cumprida que foi a<br />
casa da cultura. A Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Riachos enviou à Câmara um pedido <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação da casa<br />
do Povo. Existe já algum estudo ou proposta feita pelos serviços técnicos, ou foi transmitida alguma<br />
or<strong>de</strong>m a esses serviços para se <strong>de</strong>bruçarem sobre o assunto e encontrarem uma solução a<strong>de</strong>quada?<br />
Para quando se prevê a concretização <strong>de</strong>sta obra? A dinâmica cultural da vila necessita <strong>de</strong> uma Casa<br />
do Povo funcional e uma sala <strong>de</strong> espetáculos com condições a<strong>de</strong>quadas. É um investimento que já<br />
tarda. E a remo<strong>de</strong>lação do Largo <strong>de</strong> Riachos, sempre informalmente anunciada quando se trata <strong>de</strong><br />
pedir o voto aos riachenses? Está a ser elaborada alguma proposta pelos serviços? Ou é assunto para<br />
não se fazer como tem sido até aqui? Os fundos comunitários para reabilitação urbana não po<strong>de</strong>riam<br />
ser também aplicados no Largo? Será necessário aprovar uma ARU para Riachos? Então porque não<br />
se promove essa ARU <strong>de</strong> forma a incluir Riachos nesses projetos <strong>de</strong> reabilitação urbana?<br />
Recordo que ainda recentemente a Câmara <strong>de</strong> Alcanena tinha aprovado uma ARU para a se<strong>de</strong> do<br />
concelho e agora aprovou outra ARU para a vila <strong>de</strong> Min<strong>de</strong>. São quatro investimentos importantes<br />
para a vila <strong>de</strong> Riachos e para a sua população que não po<strong>de</strong>m mais ser adiados. Nem po<strong>de</strong>m ser<br />
incluídos no rol dos investimentos não concretizáveis por falta <strong>de</strong> dinheiro. Depen<strong>de</strong>m apenas da<br />
vonta<strong>de</strong> política dos eleitos que aqui estão e <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão equilibrada por parte da<br />
maioria que governa este concelho. E da concretização <strong>de</strong>stes projetos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá a avaliação dos<br />
eleitores riachenses sobre o modo <strong>de</strong> governança <strong>de</strong>sta maioria.<br />
1 Setembro 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
1 – Sobre a intervenção realizada num imóvel na Rua Miguel Bombarda, em Torres Novas, <strong>de</strong>vido<br />
ao mau estado <strong>de</strong> conservação, com perigo <strong>de</strong> queda <strong>de</strong> partes da fachada para a via público, quero<br />
congratular-me por a obra <strong>de</strong> reparações urgentes estar concluída, mas não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> assinalar<br />
que a sinalização <strong>de</strong> perigo só foi colocada no domingo, quando o alerta foi dado na 4.ª feira anterior<br />
ao final do dia. A forma como foi colocada a sinalização foi ineficaz pois não levava as pessoas a<br />
mudar <strong>de</strong> lado na via. Penso que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve dar especial atenção a estas situações que<br />
infelizmente abundam no concelho <strong>de</strong> modo a garantir a segurança dos e das munícipes.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
201<br />
2 – O BE já alertou em reunião <strong>de</strong> Câmara sobre o perigo existente no prédio na Rua da Regueira<br />
<strong>de</strong> Água em situação <strong>de</strong> ruína e perigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocada. Inclusive os barrotes que sustentam as pare<strong>de</strong>s<br />
já dão sinais <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>m ce<strong>de</strong>r. Voltamos a alertar para a necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> se tomarem<br />
medidas concretas que visem garantir a segurança dos e das munícipes.<br />
3 – As duas situações anteriores levam-me a questionar o Senhor Presi<strong>de</strong>nte sobre o ponto <strong>de</strong><br />
situação da implementação da ARU (Área <strong>de</strong> reabilitação Urbana) e a propor novamente<br />
a realização <strong>de</strong> uma reunião <strong>de</strong> Câmara com a equipa da ARU <strong>de</strong> modo a acompanhar este<br />
processo, o seu <strong>de</strong>senvolvimento e as suas dificulda<strong>de</strong>s. Solicito também ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte que seja<br />
disponibilizado um balanço da execução das “Medidas Imediatas” que constavam do projeto da ARU.<br />
4 – Solicito ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte o projeto da obra <strong>de</strong> “requalificação da Av. João Paulo II”, <strong>de</strong><br />
modo a que a Vereação tenha conhecimento do que vai ser feito em concreto. Após a explicação dada<br />
pelo Engenheiro Vicente, solicito que seja enviada uma <strong>de</strong>scrição sobre os aspetos mais relevantes<br />
do projeto e a sua articulação com o espaço envolvente.<br />
5 – Solicito também o projeto <strong>de</strong> arranjo do Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja, tendo em consi<strong>de</strong>ração<br />
que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte informou na reunião <strong>de</strong>scentralizada realizada em Assentis que o projeto<br />
estava a ser concluído, o que confirmou em reunião <strong>de</strong> Câmara, quando questionado por mim.<br />
6 – Gostaria <strong>de</strong> ser informada sobre o ponto da situação da aquisição <strong>de</strong> um imóvel na Meia Via<br />
<strong>de</strong> modo a proce<strong>de</strong>r ao alargamento <strong>de</strong> uma via.<br />
7 – No Largo junto à Praça do Peixe, que foi arranjado e que funciona como estacionamento, está<br />
um contentor para resíduos <strong>de</strong> obras, que não foi retirado embora as obras tenham terminado.<br />
Porquê? Mediante a explicação que está lá para servir as obras <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação da “Galeria Maria<br />
Lamas” para futura instalação do Gabinete da ARU, e caso se confirme este motivo, sugiro que se<br />
coloque um cartaz com essa informação, <strong>de</strong> modo a informar os e as munícipes, que se interrogam<br />
pelo facto <strong>de</strong> ali continuar aparentemente sem utilida<strong>de</strong>.<br />
8 – Quero também assinalar a realização da iniciativa “A escola glocal, encontro <strong>de</strong> professores<br />
e educadores do concelho <strong>de</strong> Torres Novas”, como uma iniciativa importante. Quero no<br />
entanto assinalar que é lamentável que a Vereação só tenha conhecimento duma iniciativa <strong>de</strong>sta<br />
envergadura através da sua divulgação, nomeadamente na página do Município. Não se perdia nada,<br />
bem pelo contrário e seria muito mais <strong>de</strong>mocrático se a Vereação tivesse conhecimento atempado<br />
da iniciativa.<br />
9 – Estranha-se que seja 1 <strong>de</strong> Setembro e que ainda não seja conhecida a programação do Teatro<br />
Virgínia para a temporada <strong>de</strong> Setembro a Dezembro. Não tenho memória <strong>de</strong> que uma situação<br />
<strong>de</strong> atraso tão gran<strong>de</strong> na publicação da Agenda. A programação veio a reunião <strong>de</strong> Câmara sem ter<br />
todos os espetáculos, agora a sua divulgação está atrasada. Penso que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>veria<br />
saber junto do Diretor Artístico quais os motivos que levaram a esta situação. O Teatro Virgínia não<br />
se compa<strong>de</strong>ce com divulgação <strong>de</strong> espetáculos a uma semana da sua realização.<br />
10 – Ponto <strong>de</strong> situação do combate à poluição no Rio Almonda: quais as medidas que já<br />
foram implementadas? Na sequência das <strong>de</strong>clarações do Ministro do Ambiente, Jorge Moreira da<br />
Silva, a Câmara tem conhecimento <strong>de</strong> quais as medidas que o Governo já tomou? Dada a gravida<strong>de</strong><br />
da poluição do Rio Almonda e o seu impacto no Concelho, proponho que em todas as reuniões <strong>de</strong><br />
Câmara seja apresentado um Memorando com informação objetiva sobre factos que possam ter<br />
ocorrido as medidas que são tomadas.<br />
11 – Em relação à Freguesia <strong>de</strong> Riachos, existem três situações pen<strong>de</strong>ntes, sobre as quais o BE já<br />
questionou e gostaria <strong>de</strong> ter uma resposta concreta do Senhor Presi<strong>de</strong>nte: Mercado <strong>de</strong> Riachos<br />
– Já foi feita a avaliação do seu valor pelos Serviços? Foi apresentada uma contra-proposta aos<br />
proprietários? Casa do Povo <strong>de</strong> Riachos – Os serviços já iniciaram o estudo sobre as hipóteses <strong>de</strong><br />
remo<strong>de</strong>lação? Proposta aprovada sobre a reabilitação <strong>de</strong> Pontes – foi aprovado em reunião <strong>de</strong>
202<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Câmara o Projeto apresentado pelo BE que já tinha merecido a provação da Assembleia <strong>de</strong> Freguesia<br />
<strong>de</strong> Riachos. A Câmara <strong>de</strong>cidiu reabilitar uma ponte ainda este ano. Já foram tomadas medidas neste<br />
sentido, nomeadamente a avaliação dos Serviços <strong>de</strong> qual a ponte que <strong>de</strong>veria ser objeto <strong>de</strong> reabilitação<br />
este ano? O BE lamenta as respostas negativas sobre estas matérias e espera que os compromissos<br />
assumidos se tornem realida<strong>de</strong> ainda este ano.<br />
12 – Orçamento Participativo – o BE congratula-se com o número <strong>de</strong> propostas apresentadas (79),<br />
abrangendo todas as freguesias, conforme a informação dada pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte. Sublinho que<br />
no contexto <strong>de</strong> ser a primeira edição do Orçamento Participativo e <strong>de</strong> a apresentação <strong>de</strong> propostas<br />
ter <strong>de</strong>corrido no mês <strong>de</strong> Agosto, o nível <strong>de</strong> participação é bastante satisfatório. Na avaliação <strong>de</strong>sta<br />
edição e na programação da edição do próximo ano <strong>de</strong>verá ser levado em linha <strong>de</strong> conta que o mês<br />
<strong>de</strong> Agosto não é o i<strong>de</strong>al para a apresentação <strong>de</strong> propostas.<br />
15 Setembro 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio sobre os problemas colocados pelos/as munícipes: “O<br />
BE lamenta que os munícipes se <strong>de</strong>sloquem à Câmara Municipal, vezes sem conta, em busca <strong>de</strong><br />
solução para os seus problemas. Todos os problemas <strong>de</strong>vem ter a mesma dignida<strong>de</strong> na Câmara<br />
Municipal e os compromissos assumidos <strong>de</strong>vem ser cumpridos. Mais vale um/a munícipe<br />
ficar a saber que o seu problema não po<strong>de</strong> ter resolução imediata do que ser-lhe dito<br />
que vai ser resolvido e <strong>de</strong>pois não é. Não faremos <strong>de</strong>magogia dizendo que tudo se po<strong>de</strong><br />
resolver <strong>de</strong> uma vez, mas o certo é que as queixas apresentadas por três munícipes já podiam<br />
ter sido resolvidas, sem gran<strong>de</strong>s encargos para a Câmara e evitando mais problemas em cima<br />
dos existentes. Fazemos votos para que sejam agora resolvidos. Quanto aos cidadãos e cidadãs<br />
<strong>de</strong> Pé <strong>de</strong> Cão, que se apresentam como lesados e indignados, consi<strong>de</strong>ro que têm toda a razão.<br />
E não ficámos a perceber porque é que o pavimento não foi recolocado na estrada após as<br />
obras na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água. Ficámos a saber que está a ser preparado o ca<strong>de</strong>rno<br />
<strong>de</strong> encargos para esta obra e que se prevê a sua conclusão lá para Fevereiro/Março <strong>de</strong> 2016,<br />
o que significa que os moradores vão passar mais um inverno em péssimas condições. Sobre<br />
o argumento do Senhor Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> que têm que haver equida<strong>de</strong> entre os munícipes,<br />
o Bloco <strong>de</strong> Esquerda respon<strong>de</strong> que o problema não está na equida<strong>de</strong>, mas sim nas priorida<strong>de</strong>s<br />
da Câmara Municipal, bem evi<strong>de</strong>nte no contrato para o arranjo da Avenida João Paulo II, que<br />
custará ao município meio milhão <strong>de</strong> euros, numa obra <strong>de</strong>snecessária, quando as priorida<strong>de</strong>s,<br />
neste momento, <strong>de</strong>veriam ser as freguesias rurais, on<strong>de</strong> se inclui Pé <strong>de</strong> Cão.”<br />
A Vereadora Helena Pinto colocou ainda os seguintes assuntos no PAOD:<br />
1 – Reuniões <strong>de</strong>scentralizadas da Câmara Municipal – Nesta altura do mandato já se <strong>de</strong>veriam<br />
ter realizado 5 reuniões <strong>de</strong>scentralizadas e apenas realizámos 2. Compreen<strong>de</strong>-se que a reunião<br />
<strong>de</strong>scentralizada na freguesia <strong>de</strong> Chancelaria que estava agendada para esta semana não se realize<br />
<strong>de</strong>vido ao facto do Senhor Presi<strong>de</strong>nte estar ausente do país. Quero, no entanto <strong>de</strong>ixar o alerta para<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se recuperar este atraso <strong>de</strong> modo a que até ao final do mandato se realize, pelo<br />
menos, uma reunião em cada freguesia.<br />
2 – Iniciativa Escola Glocal – Quero <strong>de</strong>ixar uma nota positiva para esta iniciativa da Câmara Municipal,<br />
embora lamente, como já referi na última reunião, que a Vereação tenha sido afastada do processo.<br />
Estive presente no primeiro dia e penso que foi um momento <strong>de</strong> reflexão e partilha, sobre temas<br />
diversos, envolvendo a comunida<strong>de</strong> escolar que reputo <strong>de</strong> muito importante. Aproveito para saudar<br />
os professores e professoras, todos os trabalhadores e trabalhadores das escolas do concelho neste<br />
início do ano letivo. No último painel do dia, foi evi<strong>de</strong>nte a centralida<strong>de</strong> do tema “municipalização<br />
da educação” e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate, para esclarecimento por um lado e para a clarificação das<br />
posições. O BE há muito que alerta para esta necessida<strong>de</strong>, tendo apresentado uma proposta em se<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Assembleia Municipal, infelizmente não foi acompanhado por mais nenhuma força política. Este
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
203<br />
tema <strong>de</strong>verá ser objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate pelos órgãos autárquicos do município, envolvendo a comunida<strong>de</strong><br />
escolar e a população.<br />
3 – 1.ª Mostra do Associativismo – Quero também saudar a realização da 1.ª Mostra do Associativismo<br />
Torrejano que <strong>de</strong>correu no passado fim-<strong>de</strong>-semana, na Praça do Peixe. Foi uma <strong>de</strong>monstração das<br />
ativida<strong>de</strong>s das Associações e Coletivida<strong>de</strong>s, que, com certeza, terá continuida<strong>de</strong> contribuindo para<br />
o exercício da cidadania e para o reforço do movimento associativo concelhio.<br />
4 – Gostaria <strong>de</strong> ter resposta às seguintes questões: – Sobre o Projeto <strong>de</strong> Requalificação das<br />
Pontes <strong>de</strong> Riachos, aprovado por unanimida<strong>de</strong> nesta Câmara, gostava <strong>de</strong> saber em que ponto está<br />
a avaliação dos serviços sobre qual a ponte que será requalificada este ano?<br />
– Para quando a passa<strong>de</strong>ira para peões, no Nicho, junto à ponte pedonal? Para a ponte pedonal<br />
ser colocada foi preciso muita insistência por parte do BE. Era uma necessida<strong>de</strong> para que os peões<br />
pu<strong>de</strong>ssem circular com maior segurança naquele local. Mas sem a passa<strong>de</strong>ira o problema não fica<br />
resolvido. Não se enten<strong>de</strong> porque é que não se terminam os trabalhos fazendo com que a solução<br />
encontrada não seja completa.<br />
– Projeto <strong>de</strong> intervenção no Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja. A intervenção neste Largo é uma promessa<br />
sempre adiada há anos. Na reunião <strong>de</strong>scentralizada da Câmara Municipal realizada na freguesia <strong>de</strong><br />
Assentis (30 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2015), o Senhor Presi<strong>de</strong>nte assumiu que o projeto já estava feito. Em várias<br />
reuniões <strong>de</strong> Câmara tenho solicitado o projeto, mas o projeto nunca é mostrado à Vereação. Mais<br />
uma vez solicito o projeto <strong>de</strong> requalificação do Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja.<br />
5 – O BE enten<strong>de</strong> que chegou o momento <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> novas ARUs no concelho <strong>de</strong><br />
modo a incentivar a regeneração urbana, proporcionando condições vantajosas para os investimentos<br />
públicos e privados, assim como ace<strong>de</strong>r a financiamento comunitário. Manifestamos, novamente, a nossa<br />
preocupação com o atraso verificado na implementação da ARU do Centro Histórico <strong>de</strong> Torres Novas.<br />
Neste sentido apresentamos a seguinte proposta e solicito o seu agendamento para a próxima reunião:<br />
Proposta Reabilitação Urbana no Concelho, para a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> Áreas <strong>de</strong> Reabilitação Urbana.<br />
27 Outubro 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto colocou os seguintes assuntos:<br />
1 – No terreno que vai ser adquirido para o futuro Quartel dos Bombeiros, existem imóveis ocupados,<br />
nomeadamente uma casa <strong>de</strong> habitação e um estabelecimento comercial. Os seus ocupantes foram<br />
contactados pelo advogado das ainda proprietárias <strong>de</strong> modo a pronunciarem-se sobre o eventual<br />
interesse <strong>de</strong> compra, exercendo o direito <strong>de</strong> preferência. Como é natural esta situação criou alguma<br />
apreensão. Importa saber se esta situação está acautelada e se está prevista uma solução, sobretudo<br />
em relação ao imóvel <strong>de</strong>stinado a habitação, pois po<strong>de</strong> vir a ser <strong>de</strong>molido. Perante a garantia do<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> que as situações serão acauteladas entendo que <strong>de</strong>ve ser feito um contacto<br />
com as pessoas que ocupam os referidos imóveis.<br />
2 – Quando será dado conhecimento à Câmara Municipal e também à população dos trabalhos<br />
efetuados pela empresa Augusto Mateus e Associados, Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Consultores, Lda.,<br />
adjudicados por ajuste direto pelo valor <strong>de</strong> 49.200,00 euros? Tendo em conta que o prazo para<br />
elaboração do PEDU (Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano) terminou em 1 <strong>de</strong> Setembro<br />
<strong>de</strong> 2015 e que este Plano é um instrumento necessário às candidaturas aos fundos comunitários<br />
do Portugal 2020 no que diz respeito à regeneração urbana, entendo que já <strong>de</strong>veria ter sido dado<br />
conhecimento a toda a Vereação do referido documento, que suponho já esteja elaborado e entregue<br />
para as candidaturas a fundos comunitários.<br />
3 – Orçamento Participativo: Chegados à fase da votação dos propostas apresentadas pelos/as<br />
munícipes, <strong>de</strong>ve ser elaborado um Relatório sobre como <strong>de</strong>correram os trabalhos <strong>de</strong>sta iniciativa
204<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
até aqui, nomeadamente uma listagem <strong>de</strong> todas as propostas entradas, as consi<strong>de</strong>radas e as não<br />
consi<strong>de</strong>radas, com explicitação dos motivos que levaram à sua não aceitação. Tendo sido distribuídas<br />
na reunião listagens das propostas que vão a votação e das que não foram aceites, fica em falta a<br />
justificação para a não aceitação das propostas. É muito importante que se conheça todos os <strong>de</strong>talhes<br />
das diversas fases, por razões <strong>de</strong> transparência e <strong>de</strong> confiança dos/as munícipes e também para se<br />
apurarem eventuais alterações a introduzir no Regulamento para o próximo ano.<br />
4 – Sabemos das consequências da “tromba <strong>de</strong> água” nas instalações do Teatro Virgínia, que levou<br />
ao cancelamento <strong>de</strong> um espetáculo. Persistem também situações para além <strong>de</strong>ste caso particular. Está<br />
previsto obras <strong>de</strong> reparação no imediato, no sentido <strong>de</strong> impedir uma maior <strong>de</strong>gradação e garantir o<br />
normal funcionamento do Teatro Municipal?<br />
5 – Solicito informação sobre a situação atual do “café concerto” no Teatro Virgínia<br />
6 – Nas duas últimas reuniões públicas <strong>de</strong> Câmara Municipal, uma Munícipe, fazendo-se representar pela<br />
sua advogada veio questionar a Câmara sobre uma reclamação ao programa CHERE, reclamando<br />
o pagamento <strong>de</strong> financiamento. Em primeiro lugar quero expressar a minha estranheza pois quando<br />
foram discutidas questões relacionadas com o Programa CHERE anteriormente, tinha questionado<br />
a Câmara sobre quais as situações ainda pen<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong> modo a que fossem resolvidas para que se<br />
efetivasse o encerramento <strong>de</strong>ste Programa. Pelos vistos ainda existem situações pen<strong>de</strong>ntes. Solicito<br />
que seja dada informação sobre este caso <strong>de</strong> modo a que seja possível aferir da razão que assiste<br />
ou não à Munícipe.<br />
7 – Quanto à questão relacionada com a notícia publicada na publicação “Dica”, solicito que seja<br />
enviado à Vereação o comunicado <strong>de</strong> imprensa que foi enviado pelos serviços.<br />
8 – Solidarizo-me com o protesto apresentado pela Vereadora Filipa Rodrigues sobre o facto do<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte não lhe ter dado a palavra na Assembleia Municipal. Reafirmo a minha posição sobre<br />
esta matéria, que consta <strong>de</strong> documento escrito. A AM fiscaliza a ativida<strong>de</strong> da Câmara Municipal, <strong>de</strong><br />
toda a Câmara Municipal, os vereadores/as estão lá sobretudo para ouvirem, mas não estão votados<br />
ao ostracismo e a sua responsabilida<strong>de</strong> política ditará quando consi<strong>de</strong>ram ser necessário usarem da<br />
palavra. Caberá ao Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong>cidir qual a sua postura quando as situações tiverem<br />
lugar. Já vamos em dois anos <strong>de</strong> mandato e penso que a prática fala por si, o que não abona em favor<br />
da posição assumida pelo Presi<strong>de</strong>nte na última Assembleia Municipal.<br />
16 Novembro 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto colocou os seguintes assuntos no PAOD:<br />
Quero associar-me ao voto <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> com as vítimas do atentado terrorista em Paris, apresentado<br />
pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte. São tempos difíceis e dolorosos que atravessamos, on<strong>de</strong> a solidarieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ve prevalecer e se <strong>de</strong>ve fazer tudo, estejamos on<strong>de</strong> estivermos, para que o Medo não vença e a<br />
liberda<strong>de</strong> seja <strong>de</strong>fendida.<br />
Uma saudação ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Chancelaria e a todos os autarcas e<br />
os meus agra<strong>de</strong>cimentos pela forma como nos receberam. Através <strong>de</strong> vós saúdo a população da<br />
Chancelaria. Saúdo igualmente o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Pedrógão pela sua<br />
presença nesta reunião. Quando os vizinhos se juntam é sempre um bom sinal. Quero também<br />
sublinhar a importância da visita que realizámos durante a manhã, que nos permitiu ficar a conhecer<br />
melhor a freguesia, as empresas, as instituições e as pessoas que lá trabalham todos os dias. Nesta<br />
reunião, <strong>de</strong>scentralizada, na freguesia <strong>de</strong> Chancelaria quero colocar o problema da pavimentação<br />
das vias, aliás aqui já referido pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta, nomeadamente as vias na Pena/<br />
Casal da Pena/Rexaldia. Sabemos que a população espera, há largos anos, por estas obras. Têm sido<br />
promessas sempre adiadas, inclusive neste mandato. Des<strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2013, que sucessivamente
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
205<br />
nas informações do Presi<strong>de</strong>nte à Assembleia Municipal, no título “obras a iniciar brevemente” lá<br />
consta: “Pavimentação da Pena, Casal da Pena, Rexaldia e Charruada”. Mas não tem passado disso,<br />
promessas escritas num papel. Hoje exigem-se compromissos, por isso solicito ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
que confirme as datas para o início <strong>de</strong>stas obras, que acabou <strong>de</strong> anunciar<br />
– As obras em Pena e Casal da Pena, já adjudicadas a uma empresa, começam na próxima 2.ª feira<br />
(23 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015)? Quanto à obra urgente na estrada do Pafarrão (próximo da rua do<br />
Fojo) que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta apresentou, confirma que será realizada ainda esta semana?<br />
Para o BE esta é uma questão fundamental. Des<strong>de</strong> 2013 (para falar só neste mandato) que se diz às<br />
populações que as obras estão para começar, mas o que é um facto, é que nunca mais começam.<br />
A nossa preocupação aumenta sobre esta matéria quando verificamos que em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Orçamento<br />
Municipal para 2016, a verba para estas e outras pavimentações, no valor <strong>de</strong> 270 mil euros passou<br />
para a coluna do “financiamento não <strong>de</strong>finido”. Quanto à questão da obra na Chancelaria ser<br />
feita ao mesmo tempo que é feita a obra em Vale da Serra, ou seja “a meias”, apresentamos<br />
as nossas maiores reservas e questionamos se será este o melhor método <strong>de</strong> trabalho, ou<br />
pelo contrário, se vai atrasar as duas obras. Quero ainda sublinhar a importância do investimento<br />
da Águas do Ribatejo nesta freguesia no que diz respeito ao abastecimento <strong>de</strong> água e saneamento<br />
básico. A Câmara Municipal <strong>de</strong>ve acompanhar <strong>de</strong> perto este processo. Sobre as potencialida<strong>de</strong>s dos<br />
Moinhos da Pena e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se concretizar um projeto que permita tirar partido <strong>de</strong>ssas<br />
potencialida<strong>de</strong>s, verifico que existe empenho por parte da Junta <strong>de</strong> Freguesia. A Câmara Municipal <strong>de</strong>ve<br />
colaborar e o primeiro passo <strong>de</strong>verá ser a reabilitação do Moinho que é proprieda<strong>de</strong> do Município.<br />
Ainda duas questões que quero relembrar:<br />
– Concurso para Pé <strong>de</strong> Cão – qual a sua situação? – Orçamento Participativo – relembrar o Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte que continua em falta o relatório sobre as propostas que não foram admitidas e quais os<br />
motivos que levaram a essa <strong>de</strong>cisão.<br />
25 Novembro 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio sobre os seguintes assuntos:<br />
1 – Gostaria <strong>de</strong> saber se correu tudo bem na obra da estrada no Pafarrão, junto à rua do Fojo,<br />
que <strong>de</strong>correu na semana passada e se o início das obras <strong>de</strong> pavimentação na Pena e Casal da Pena<br />
na passada 2.ª feira também <strong>de</strong>correram <strong>de</strong>ntro da normalida<strong>de</strong>? Insisto nesta matéria porque<br />
consi<strong>de</strong>ro fundamental que se cumpram os compromissos assumidos e não continuar<br />
nesta situação em que as obras começam sempre na semana seguinte, mas nunca mais se<br />
concretizam.<br />
2 – No mesmo sentido pergunto em que situação se encontra o concurso para as obras em Pé <strong>de</strong><br />
Cão? Pela resposta do Senhor Presi<strong>de</strong>nte verifico que o valor do concurso baixou significativamente<br />
e que a abertura do concurso será <strong>de</strong>batida na próxima reunião. Estive em Pé <strong>de</strong> Cão e verifiquei que<br />
alguns “buracos” foram tapados, embora tenham ficado <strong>de</strong> fora situações que também mereciam uma<br />
solução intermédia. Afinal o BE tinha razão quando propôs uma situação intermédia que minorasse<br />
os efeitos do inverno.<br />
3 – Porque é que o passeio na rua da Fábrica junto ao Muro da Rodoviária ainda não foi<br />
arranjado? A construção do muro previa o alargamento da via, nomeadamente para que existisse<br />
um passeio para as pessoas circularem. O muro está feito e o passeio intransitável.<br />
4 – No passado fim-<strong>de</strong>-semana esteve um circo na cida<strong>de</strong> que trazia animais, incluindo um animal<br />
selvagem. Pelo que constatei o animal selvagem não estava acomodado em condições. Pergunto se<br />
a Veterinária acompanhou as condições dos animais neste circo? O Município tem que começar a<br />
ser criterioso no que respeita a circos que têm animais, correspon<strong>de</strong>ndo às boas práticas no que diz<br />
respeito ao bem-estar animal.
206<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
5 – Quanto ao Orçamento Participativo verificou-se um adiamento do final da votação, <strong>de</strong>vido<br />
a dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> votação por via eletrónica. Não ponho em causa este adiamento, mas consi<strong>de</strong>ro<br />
que <strong>de</strong>veria ter sido divulgado publicamente e não só a quem tentou votar por via eletrónica e não<br />
conseguiu. A data limite da votação era conhecida e estranhou-se, naturalmente, que os resultados<br />
não fossem conhecidos <strong>de</strong> imediato. Volto a solicitar a listagem das propostas que não foram<br />
consi<strong>de</strong>radas com os motivos que levaram a essa <strong>de</strong>cisão, <strong>de</strong> modo a garantir a total transparência<br />
<strong>de</strong>ste processo.<br />
6 – Programação do Teatro Virgínia: torno a colocar esta questão pois a programação completa<br />
da próxima temporada do Virgínia continua sem ser do conhecimento da Vereação e alerto para os<br />
efeitos negativos da sua divulgação tardia junto do público.<br />
7 – Rio Almonda – está na altura <strong>de</strong> fazer um ponto <strong>de</strong> situação sobre as medidas que têm vindo<br />
a ser tomadas em relação à <strong>de</strong>spoluição do Almonda e à fiscalização das fontes <strong>de</strong> poluição. Deve<br />
ser apresentado um Relatório circunstanciado à Câmara Municipal sobre as <strong>de</strong>cisões das reuniões<br />
que têm existido com as entida<strong>de</strong>s envolvidas e a monitorização das mesmas, incluindo fiscalizações<br />
realizadas e contra-or<strong>de</strong>nações emitidas.<br />
8 – Sessão Solene da Câmara Municipal para assinalar os 30 anos da passagem a cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Torres Novas – Pergunto ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte qual o formato que esta sessão vai ter? O BE<br />
consi<strong>de</strong>ra e propõe que os partidos políticos <strong>de</strong>vem ter uma intervenção nesta sessão.<br />
9 Dezembro 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Em primeiro lugar quero saudar todas e todos os meiavienses, terra on<strong>de</strong> vivo há mais <strong>de</strong> 20<br />
anos. Quero saudar a Senhora Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia e todos os/as autarcas. Agra<strong>de</strong>ço a<br />
forma como nos receberam e quanto às visitas que realizámos da parte da manhã, acompanho muitos<br />
dos problemas que nos apresentaram, aliás já colocados em se<strong>de</strong> da Assembleia <strong>de</strong> Freguesia pela<br />
autarca do BE, Cristina Paixão. Destaco as seguintes questões:<br />
– a aquisição <strong>de</strong> parte do prédio do antigo lagar, situado na rua Luís Vaz <strong>de</strong> Camões, com a finalida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> alinhar a rua, tornando-se, assim mais segura para peões e mais operativa para a circulação<br />
rodoviária.<br />
– maior segurança na rua La<strong>de</strong>ira da Cavalaria, principalmente <strong>de</strong> noite, com a sinalização da mesma<br />
como uma estrada perigosa e se coloquem pilaretes a <strong>de</strong>finir a largura ou o limite territorial <strong>de</strong><br />
circulação naquela via.<br />
– a sinalização horizontal no cruzamento do poço da junta.<br />
– O lixo é uma das gran<strong>de</strong>s preocupações, o entulho é uma constante junto dos contentores. Tem<br />
que se encontrar uma solução para esta situação que po<strong>de</strong> passar pela construção <strong>de</strong> uma estrutura<br />
fixa com divisórias por forma a separar os mesmos e se elimine assim a poluição visual que se verifica<br />
agora.<br />
– Arborização do terreno da Sópovo entre a Rua António Sérgio e a Rua José Maria Gregório. – Há<br />
25 anos que o bairro existe e nunca foi feito nada<br />
– Sinalização vertical a indicar passagem <strong>de</strong> animais, na rua La<strong>de</strong>ira da Cavalaria, Rua Do Guadiana<br />
/ Sapeira.<br />
Como já aqui foi dito, esta Freguesia é rica em associações que são o motor <strong>de</strong> muita ativida<strong>de</strong> e<br />
promovem a cultura, o <strong>de</strong>sporto e a participação da população. Por isso lamento que na nossa visita<br />
da manhã não tenham sido incluídas mais associações, <strong>de</strong> modo a conhecermos a sua visão dos<br />
problemas e o trabalho que <strong>de</strong>senvolvem. Registei as necessida<strong>de</strong>s do Centro Escolar, nomeadamente
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
207<br />
a falta <strong>de</strong> material informático, que a Câmara <strong>de</strong>ve resolver o mais rapidamente possível. Não posso<br />
também <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> registar a preocupação com a crescente arborização <strong>de</strong> eucaliptos que ro<strong>de</strong>ia a<br />
Meia Via. É um problema que merece atenção, não permitindo mais plantações e executando medidas<br />
<strong>de</strong> prevenção em relação a incêndios. A Câmara Municipal tem responsabilida<strong>de</strong> nesta matéria pois<br />
<strong>de</strong>u o seu voto favorável (com a exceção do BE que votou contra) à última plantação, que como<br />
po<strong>de</strong>mos verificar está muito próxima das habitações. Já que estamos numa reunião <strong>de</strong>scentralizada,<br />
queria perguntar ao senhor Presi<strong>de</strong>nte pelo Regulamento <strong>de</strong> Apoio às Freguesias, que já teve uma<br />
primeira discussão em reunião <strong>de</strong> Câmara. O BE apresentou propostas <strong>de</strong> alteração e nunca mais<br />
voltou. Sem esse regulamento as Freguesias não se po<strong>de</strong>m candidatar aos apoios lá previstos. Vai<br />
ficar tudo para 2017?<br />
22 Dezembro 2015<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Nesta última reunião do ano, quero novamente colocar um problema, <strong>de</strong> simples resolução – o<br />
rebaixamento dos passeios junto às passa<strong>de</strong>iras na zona do Mercado, <strong>de</strong> modo a permitir a<br />
circulação <strong>de</strong> pessoas em ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> rodas. Umas passa<strong>de</strong>iras estão rebaixadas, outras não, o que faz<br />
com que a mobilida<strong>de</strong> seja extremamente difícil para estes cidadãos e cidadãs. A Câmara Municipal<br />
tem a obrigação <strong>de</strong> resolver este problema, a sua inércia contribui para o acentuar das dificulda<strong>de</strong>s<br />
e das discriminações das pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />
Outro problema, <strong>de</strong> muito simples resolução é a pintura da passa<strong>de</strong>ira junto ao shopping, no<br />
Nicho. Fez-se a passagem dos peões para evitarem circular na estrada, mas não se fez a passa<strong>de</strong>ira,<br />
por isso os problemas para o atravessamento da via continuam. Espero que estas duas situações<br />
sejam resolvidas no início do próximo ano.”<br />
PAOD – Ano <strong>de</strong> 2016<br />
5 Janeiro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Quero saudar a população da freguesia <strong>de</strong> Olaia e Paço, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong><br />
Freguesia, o senhor Presi<strong>de</strong>nte da Casa do Povo, que nos acolhe para a realização da reunião e<br />
todos/as os/as autarcas da freguesia. A Junta <strong>de</strong> Freguesia proporcionou à Vereação uma visita que<br />
nos permitiu ficar a conhecer melhor os problemas. Lamento que não tenha sido possível a ida a Pé<br />
<strong>de</strong> Cão, teria sido uma oportunida<strong>de</strong> para verificar no local as condições da pavimentação e também<br />
as obras para minorar a situação que a Câmara realizou, embora tenha recusado a proposta do BE<br />
nesse sentido. Quanto ao Lagar, o primeiro local que visitámos, alerto para a necessida<strong>de</strong> dos<br />
serviços do Arquivo da Câmara recolherem, o mais rápido possível, todos os documentos<br />
que lá se encontram em perigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração, para posteriormente avaliar do seu valor<br />
para o Arquivo Municipal. Registei a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> finalizar as obras no centro escolar e <strong>de</strong><br />
melhorar a acessibilida<strong>de</strong> ao mesmo; <strong>de</strong> acompanhar o processo da escolha <strong>de</strong> novo local para a<br />
construção da ETAR; <strong>de</strong> se equacionar a <strong>de</strong>slocação da zona industrial da Lamarosa; a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> pavimentações nas estradas também ficou evi<strong>de</strong>nte e a conclusão do ringue para respon<strong>de</strong>r aos<br />
mais jovens que querem praticar <strong>de</strong>sporto. A elaboração <strong>de</strong> um projeto que permita a utilização da<br />
antiga escola primária é um <strong>de</strong>safio. O interesse e empenho <strong>de</strong>monstrado pela Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />
<strong>de</strong>vem merecer o apoio da Câmara, começando por retirar este edifício da lista das vendas em hasta<br />
pública. É positivo que a Rodoviária tenha criado um horário para fazer a ligação entre o Paço e a<br />
Lamarosa articulado com os horários do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. No entanto a oferta <strong>de</strong> transporte fica
208<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
ainda em défice, sendo esta uma freguesia on<strong>de</strong> o “transporte a pedido” po<strong>de</strong> significar uma maisvalia<br />
para a população.<br />
Ainda duas questões <strong>de</strong> âmbito mais geral:<br />
– Gostaria <strong>de</strong> saber o ponto da situação da realização do projeto aprovado para a reabilitação<br />
<strong>de</strong> pontes e caminhos rurais em Riachos. Foi <strong>de</strong>cidido que no ano passado (2015) se realizaria a<br />
reabilitação <strong>de</strong> uma ponte, mas nada foi feito.<br />
– Quero solicitar, formalmente, ao senhor Presi<strong>de</strong>nte o contrato assinado pela Câmara<br />
Municipal e o PO Mais Centro para o financiamento da obra <strong>de</strong> requalificação do edifício<br />
do Convento do Carmo.<br />
22 Janeiro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio sobre os seguintes assuntos:<br />
Gostaria <strong>de</strong> chamar a atenção para o facto <strong>de</strong> ainda se encontrar nas ruas a iluminação <strong>de</strong> Natal.<br />
Parece-me que já passou o prazo para retirar estes equipamentos, pois a sua presença nas ruas dá<br />
um ar <strong>de</strong> <strong>de</strong>sleixo que é <strong>de</strong> todo o interesse evitar.<br />
Coloco novamente o problema dos “totens” que se encontram nas ruas da cida<strong>de</strong>. Esta questão<br />
já foi objeto <strong>de</strong> análise, no entanto parece que nada foi feito, inclusive em termos <strong>de</strong> segurança em<br />
casos <strong>de</strong> vento forte. Gostaria <strong>de</strong> saber quais as medidas que foram tomadas <strong>de</strong>pois da análise do<br />
assunto em reunião <strong>de</strong> Câmara.<br />
Gostaria também <strong>de</strong> saber qual o ponto da situação sobre o arranjo do Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja,<br />
visto que o projeto <strong>de</strong> arranjo já foi apresentado em reunião <strong>de</strong> Câmara e é uma obra necessária e<br />
esperada pela população há anos.<br />
Proponho que o serviço <strong>de</strong> informação por SMS da Câmara Municipal, envie mensagens<br />
sobre a votação do próximo Domingo a todos/as os/as munícipes, contribuindo assim para<br />
divulgar o próximo ato eleitoral.<br />
Quero reafirmar o pedido formal que fiz ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte na última reunião <strong>de</strong> Câmara,<br />
no sentido <strong>de</strong> ser facultado o “contrato assinado pela Câmara e o PO Mais Centro para<br />
financiamento da obra <strong>de</strong> requalificação do edifício do Convento do Carmo”.<br />
A propósito <strong>de</strong>sta matéria, subscrevo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fazer um ponto da situação <strong>de</strong> todos os<br />
pedidos <strong>de</strong> documentação feitos, respondidos e não respondidos.<br />
Sobre a construção por fases do edifício junto ao Mercado Municipal na Av. 8 <strong>de</strong> Julho, que<br />
contou com a oposição do BE, quero colocar a seguinte questão ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte: Consi<strong>de</strong>ra<br />
que a estrutura correspon<strong>de</strong> ao aprovado? Consi<strong>de</strong>ra que a estrutura está preparada para, daqui a<br />
4 anos, serem construídos os outros andares?<br />
Sobre a informação dada pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte sobre a cooperação com países <strong>de</strong> expressão<br />
portuguesa, nomeadamente Cabo Ver<strong>de</strong> e Timor, o BE apoia este trabalho e enten<strong>de</strong> que ele se<br />
reveste <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância numa lógica <strong>de</strong> parceria e <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>. Quanto à necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> elaborar um plano estratégico da cooperação dos municípios portugueses com Timor Leste,<br />
parece-me <strong>de</strong> todo pertinente, tendo em consi<strong>de</strong>ração que os municípios estão agora no início da<br />
sua instalação em Timor. Deverá ser uma cooperação baseada nos municípios portugueses, enquanto<br />
órgãos, transmitindo a sua experiência e não uma cooperação individual e casuística. À Câmara<br />
Municipal interessa a cooperação institucional.<br />
Por último quero entregar uma proposta no âmbito da ARU-UrbNovas para agendamento em<br />
próxima reunião.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
209<br />
2 Fevereiro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Saúdo o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Pedrogão e restantes membros do executivo,<br />
a Senhora Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia da Freguesia e todas e todos os presentes nesta reunião<br />
<strong>de</strong>scentralizada da Câmara Municipal. A visita que fizemos hoje durante a manhã permitiu i<strong>de</strong>ntificar<br />
carências da Freguesia, mas também conhecer as suas potencialida<strong>de</strong>s. Gostaria <strong>de</strong> referir a visita ao<br />
Centro <strong>de</strong> Assistência Paroquial do Pedrogão, on<strong>de</strong> foi possível verificar o empenho no apoio aos/<br />
às idosas e a procura <strong>de</strong> soluções que promovam a sua autonomia, como é o caso dos apartamentos.<br />
Referir também a visita ao Estábulo, que me levantou preocupações quanto à sua conclusão. Tornase<br />
necessário reunir com a QUERCUS, promotora do projeto, para garantir a sua conclusão e<br />
funcionamento. Aproveito para saudar a Banda do Pedrogão, na pessoa do seu Presi<strong>de</strong>nte, Nuno<br />
Carapau. As questões apresentadas por este munícipe são pertinentes e <strong>de</strong>vem merecer a atenção<br />
da Câmara Municipal a curto prazo: o instrumento para Banda é um compromisso que tem que ser<br />
cumprido e quanto à antiga escola primária ser transformada numa escola <strong>de</strong> música, penso que é<br />
um projeto interessante e que <strong>de</strong>ve ser pensada a melhor forma para a sua concretização. Quanto<br />
ao Centro Escolar, acompanhamos a preocupação da Junta <strong>de</strong> Freguesia no que respeita às verbas<br />
para os “pequenos arranjos”, que está relacionado com a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências da Câmara<br />
na Junta sobre esta matéria e as reduzidas verbas que são transferidas. A Câmara <strong>de</strong>verá assumir a<br />
construção do telheiro e a colocação <strong>de</strong> estores no refeitório ante do verão. Voltando ao início e<br />
às potencialida<strong>de</strong>s da Freguesia, elas colocam 2 tipos <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>vem ser levadas em<br />
linha <strong>de</strong> conta pela Câmara Municipal – o saneamento e as zonas <strong>de</strong> corta-fogo na serra. Em<br />
relação às zonas <strong>de</strong> corta-fogo é evi<strong>de</strong>nte que têm que ser tomadas medidas, urgentemente, para<br />
evitar graves problemas em caso <strong>de</strong> incêndio. Quanto ao saneamento é preciso acompanhar as<br />
candidaturas da Águas do Ribatejo para estas obras. Por último, fazer votos para que a pavimentação<br />
no Vale da Serra seja concluída, pondo fim ao sacrifício que a sua população tem passado <strong>de</strong>vido ao<br />
mau estado das vias.<br />
16 Fevereiro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
1 – Ontem mesmo, o “totem” colocado na Rua Carlos Reis, junto à Caixa Agrícola caiu. O BE,<br />
para além <strong>de</strong> várias críticas sobre a estética, a localização e a informação disponibilizada nestes<br />
equipamentos, tem alertado sucessivamente para a falta <strong>de</strong> segurança dos mesmos. Basta tocar-lhes<br />
para verificar que a sua queda po<strong>de</strong> acontecer por diversos motivos. Agora aconteceu. Felizmente,<br />
tanto quanto se sabe, não teve consequências, mas a prudência dita que se atue o mais rápido possível.<br />
O “totem” colocado na entrada da Travessa do Correio Velho ameaça cair a qualquer momento. A<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong>ve diligenciar para que sejam tomadas medidas o mais rapidamente possível.<br />
2 – Chegou ao conhecimento do Bloco <strong>de</strong> Esquerda, que se tem registado um movimento anormal<br />
<strong>de</strong> camiões da Câmara Municipal que vão <strong>de</strong>spejar entulho, num aterro ou lixeira na Charneca<br />
<strong>de</strong> Alcorochel. Desloquei-me ao local para verificar o que se passa. Constatei que existe um espaço<br />
on<strong>de</strong> são <strong>de</strong>spejados entulhos <strong>de</strong> obras e terras. No entanto este espaço está ao abandono, não<br />
havendo nenhuma indicação do que é e para que se <strong>de</strong>stina, as vedações estão caídas e já se verifica<br />
<strong>de</strong>spejos <strong>de</strong> eletrodomésticos e outros materiais, inclusive fibrocimento, como se po<strong>de</strong> constatar<br />
pelas fotos que apresento. Gostava que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte esclarecesse se estamos perante um<br />
aterro da responsabilida<strong>de</strong> da Câmara e para que se <strong>de</strong>stina. Se assim for são necessárias medidas<br />
imediatas para repor a vedação e colocar placas informativas, assim como acomodar os materiais<br />
que aí são <strong>de</strong>spejados. Caso contrário é uma lixeira que está a crescer na Charneca <strong>de</strong> Alcorochel.<br />
Gostava também <strong>de</strong> saber qual a origem das terras que têm sido ali <strong>de</strong>spejadas pela Câmara Municipal,<br />
já que não estão em curso obras que tal impliquem.
210<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
3 – A Câmara Municipal aprovou a criação <strong>de</strong> Áreas <strong>de</strong> Reabilitação Urbana para as Lapas e<br />
para Riachos. No entanto, ainda não existem os documentos que darão conteúdo a estas novas<br />
ARUs a serem aprovados na Câmara Municipal e <strong>de</strong>pois publicados em Diário da República. Cada<br />
dia que passa é um dia que se per<strong>de</strong>. A Assembleia <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Riachos aprovou um documento<br />
como contributo para a <strong>de</strong>limitação da ARU. Tendo em consi<strong>de</strong>ração que a próxima reunião <strong>de</strong><br />
Câmara Municipal se realizará na Freguesia <strong>de</strong> Riachos, proponho que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte tome<br />
todas as medidas para que seja possível aprovar nessa reunião o documento da ARU <strong>de</strong> Riachos,<br />
concretizando uma aspiração da população daquela freguesia, da sua assembleia e uma <strong>de</strong>cisão da<br />
Câmara Municipal.<br />
1 <strong>de</strong> Março 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Quero começar por saudar os autarcas <strong>de</strong> Riachos, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia, a<br />
senhora e o senhor membros do Executivo da Junta <strong>de</strong> Freguesia, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia<br />
<strong>de</strong> Freguesia, os eleitos na Assembleia <strong>de</strong> Freguesia, assim como todas e todos presentes, saudar<br />
e agra<strong>de</strong>cer todas as intervenções que aqui foram feitas. Uma palavra para a senhora diretora do<br />
Museu, pela gentileza <strong>de</strong> nos acolher neste espaço. Gostaria <strong>de</strong> fazer algumas consi<strong>de</strong>rações sobre<br />
as intervenções que aqui foram feitas – penso que foram muito ricas, foi transmitida uma i<strong>de</strong>ia dos<br />
problemas <strong>de</strong>sta Vila, mas também das suas potencialida<strong>de</strong>s. Eu levo daqui um autêntico “ca<strong>de</strong>rno<br />
<strong>de</strong> encargos” sobre tudo o que há a fazer para ir ao encontro das soluções para as necessida<strong>de</strong>s.<br />
Começo pelos aspetos referidos pelo senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta, sobre as zonas <strong>de</strong>gradadas e sobre<br />
o centro histórico: quero dizer que lamento profundamente que na agenda <strong>de</strong>sta reunião<br />
<strong>de</strong> Câmara <strong>de</strong>scentralizada em Riachos, não existe um ponto na agenda sobre a Área <strong>de</strong><br />
Reabilitação Urbana (ARU) em Riachos, aprovada por unanimida<strong>de</strong> na Câmara Municipal<br />
já há vários meses. Na última reunião <strong>de</strong> Câmara coloquei a questão e <strong>de</strong>safiei o Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
da Câmara a incluir este tema na agenda <strong>de</strong>sta reunião, porque seria muito interessante e produtivo<br />
fazer esse <strong>de</strong>bate aqui, na presença <strong>de</strong> tantos autarcas da freguesia. A ARU para Riachos é uma<br />
peça muito importante, não envolve <strong>de</strong>spesa, mas é um instrumento po<strong>de</strong>roso para tudo o que se<br />
venha a programar e fazer em termos <strong>de</strong> reabilitação urbana. Quando apresentei a proposta para<br />
a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> uma ARU em Riachos elenquei na altura quantas ARUs existiam nos concelhos<br />
limítrofes. Posteriormente, no concelho mesmo aqui ao lado – Golegã – foram aprovadas, na última<br />
Assembleia Municipal, sete (7) ARUs. Não será por acaso que os municípios estão a aproveitar esta<br />
oportunida<strong>de</strong>. Riachos merecia que estivéssemos hoje aqui a discutir a sua ARU. O Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
diz que já <strong>de</strong>liberámos, pois já, mas enquanto não for aprovado o documento enquadrador e publicado<br />
em Diário da República a ARU não existe. Eu continuarei a batalhar pela ARU <strong>de</strong> Riachos e pela ARU<br />
das Lapas. O Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia também falou sobre o Gabinete <strong>de</strong> Apoio às<br />
Freguesias. É lamentável que tenha sido apresentado na CM, por iniciativa do PS, um regulamento<br />
do Apoio às Freguesias, que eu sau<strong>de</strong>i e apoiei, apresentando propostas <strong>de</strong> alteração, porque<br />
tudo o que contribua para a clareza dos procedimentos e para a transparência dos diversos apoios é<br />
positivo, tenha sido metido na gaveta. Já perguntei por este regulamento 3 vezes, esta é a quarta vez.<br />
O Regulamento tinha prazos, as Juntas tinham que apresentar os projetos até final do ano, exceto<br />
questões pontuais e <strong>de</strong> carácter técnico. Se esse Regulamento vier a ser aprovado só entrará em<br />
vigor em 2017. Per<strong>de</strong>m-se oportunida<strong>de</strong>s e vem mesmo a calhar em ano <strong>de</strong> eleições. Acompanho a<br />
preocupação sobre a aquisição do edifício da SÓPOVO e entendo o seu significado para Riachos. Fico<br />
muito preocupada com a questão do mau funcionamento da central elevatória e sobre a existência<br />
<strong>de</strong> um atentado ambiental, é urgente tratar <strong>de</strong>sta situação. Fico satisfeita por o senhor presi<strong>de</strong>nte da<br />
Câmara dizer que o problema da variante <strong>de</strong> Riachos vai ser resolvido. Aliás esta questão foi<br />
ontem <strong>de</strong>batida na Assembleia Municipal, por iniciativa do BE. É, <strong>de</strong> facto, uma questão <strong>de</strong> segurança,<br />
sendo fundamental a pintura horizontal e a iluminação pública. Não é obra que não se possa realizar
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
211<br />
a curto prazo. As dificulda<strong>de</strong>s sentidas pelas empresas instaladas na Zona Industrial <strong>de</strong> Riachos, aqui<br />
bem evi<strong>de</strong>nciadas pelo representante da Agro Graça, assim como a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> finalizar as obras<br />
na estrada da Costa Brava, são também obras que <strong>de</strong>vem ser priorizadas. Riachos não tem que ter<br />
tratamento preferencial em relação a nenhuma freguesia, todas as freguesias <strong>de</strong>vem ter tratamento<br />
igual. Quando se trata <strong>de</strong> tratamento igual, tem que ser um tratamento <strong>de</strong> acordo com aquilo que<br />
cada freguesia representa no contexto concelhio. E Riachos que tem as potencialida<strong>de</strong>s que se<br />
conhecem, os autarcas <strong>de</strong> Riachos conhecem bem a sua terra, tem que ser encarada como<br />
uma âncora para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todo o concelho, inclusive numa perspetiva intermunicipal.<br />
A criação <strong>de</strong> emprego, questão-chave, passa pela zona industrial, dotando-a<br />
<strong>de</strong> condições <strong>de</strong> funcionamento, mas não se esgota aí. Passa também pela ARU, que<br />
po<strong>de</strong> dar um contributo, não só pela reabilitação dos imóveis, mas pelo potencial <strong>de</strong> um<br />
centro histórico organizado para o comércio local e para iniciativas <strong>de</strong> carácter cultural,<br />
elas próprias também gerados <strong>de</strong> emprego. O BE agendou para a próxima assembleia <strong>de</strong><br />
freguesia um projeto sobre as infraestruturas viárias e as questões <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> na<br />
freguesia. Não vou antecipar essa discussão, com certeza que virá, posteriormente, a reunião<br />
<strong>de</strong> Câmara. Quero <strong>de</strong>ixar aqui a referência a duas propostas que o BE vai apresentar: a<br />
realização <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> tráfego relativo aos veículos que circulam entre a A23 e os<br />
Riachos, tendo em conta a existência <strong>de</strong> dois parques <strong>de</strong> contentores; a <strong>de</strong>sclassificação<br />
da estrada nacional que atravessa a Vila. Já aqui foi explicada esta necessida<strong>de</strong> pelo João Luz,<br />
é perfeitamente possível <strong>de</strong> concretizar e <strong>de</strong>ve-se começar a tratar <strong>de</strong>ste processo, sem <strong>de</strong>moras.<br />
Não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> falar <strong>de</strong> um projeto que também foi aprovado nesta Câmara Municipal e que<br />
ainda não teve nenhum <strong>de</strong>senvolvimento – o projeto <strong>de</strong> reabilitação das pontes e fontes em meio<br />
rural. Não é para fazer tudo <strong>de</strong> uma vez, mas tem que se começar, este projeto vem também no<br />
sentido <strong>de</strong> potenciar as questões ambientais e até po<strong>de</strong>m contribuir para o crescimento económico.<br />
Já aqui se falou do estado <strong>de</strong>gradado do largo da Estação, mas não po<strong>de</strong>mos dizer que Riachos<br />
tem boas acessibilida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>pois ter uma estação ferroviária que é uma <strong>de</strong>sgraça. Acessibilida<strong>de</strong>s<br />
– zero, condições <strong>de</strong> acomodação dos passageiros que esperam pelo comboio – zero, riscos para a<br />
segurança na plataforma <strong>de</strong> embarque. Eu sei que não é competência da Câmara, mas é competência<br />
da Câmara “bater o pé” e reivindicar à Infraestruturas <strong>de</strong> Portugal o arranjo da estação ferroviária.<br />
Quero ainda colocar mais duas questões:<br />
1 – Apresentei em reunião passada a situação do Aterro/lixeira na Charneca <strong>de</strong> Alcorochel, que<br />
apresenta sinais <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração e <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejos in<strong>de</strong>vidos, para além <strong>de</strong> não existir nenhuma sinalização<br />
e as vedações estarem em baixo. Pergunto se existe alguma resposta às questões que coloquei, pois<br />
na altura não foram dadas explicações por <strong>de</strong>sconhecimento da situação.<br />
2 – No Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano (PEDU) documento que integra o Orçamento<br />
Municipal consta a seguinte medida: “reabilitação do edifício do CEPTON, visando a criação <strong>de</strong> novos<br />
espaços com funções culturais, artísticas e educativas, e com novas valências complementares ao<br />
Museu Carlos Reis”. Por outro lado existem <strong>de</strong>clarações públicas do pintor Luís Rodrigues a dizer<br />
que fez uma doação <strong>de</strong> diversas obras ao Município tendo em conta esta <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong>clarações do<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte que vão no mesmo sentido. Fomos, agora, surpreendidos por uma notícia no site<br />
do Município que dá conta da reformulação <strong>de</strong> cursos do CEPTON, que irão funcionar nesse mesmo<br />
lugar. Pergunto ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte em que ponto ficamos e porquê esta mudança <strong>de</strong> posição?<br />
15 Março 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
1 – Quero perguntar ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte: – O Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano<br />
(PEDU) é o que consta dos textos inseridos no Orçamento Municipal? Existem outro tipo <strong>de</strong><br />
documentos que sustentam este Plano? – Este trabalho foi realizado pela empresa Augusto Mateus
212<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
e Associados? – A referida empresa realizou os outros trabalhos previstos no ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos,<br />
nomeadamente o PARU, o PAICD e a estratégia integrada <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento para o concelho <strong>de</strong><br />
Torres Novas, como constava da cláusula 4.ª do referido Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Encargos? Como se chegou à<br />
conclusão <strong>de</strong> que existem documentos sobre esta matéria em concreto que não são do conhecimento<br />
da Vereação, solicito que os mesmos sejam disponibilizados.<br />
2 – O Senhor Presi<strong>de</strong>nte já divulgou publicamente, nomeadamente através da comunicação social<br />
novos valores atribuídos aos projetos constantes do PEDU. Solicito que os mesmos sejam informados<br />
à Vereação, por escrito.<br />
3 – Tendo tido conhecimento do teor das questões suscitadas pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas, referentes<br />
à adjudicação da obra da Av. João Paulo II, em 15 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2015, pergunto porque é qua<br />
inda não foi dado resposta ao Tribunal <strong>de</strong> Contas?<br />
4 – O BE tem conhecimento <strong>de</strong> que existem licenças <strong>de</strong> táxi atribuídas no concelho que não<br />
correspon<strong>de</strong>m a uma viatura que faça serviço e outras que não comparecem na respetiva praça<br />
<strong>de</strong> táxi há vários anos. Esta situação, a confirmar-se, não está conforme a lei e os regulamentos, é<br />
lesiva dos interesses dos munícipes e impe<strong>de</strong> que as licenças sejam atribuídas a outras pessoas que<br />
preten<strong>de</strong>m trabalhar nesta área. Solicito informação sobre esta situação e sobre as medidas que<br />
foram tomadas para a corrigir.<br />
29 Março 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Quanto aos assuntos colocados pelos munícipes, quero lamentar que ainda não estejam resolvidos<br />
– como a conclusão das obras em casais <strong>de</strong> Igreja, compromisso assumido com o munícipe que é<br />
sempre adiado. Os alertas sobre a segurança rodoviária feitos pelo munícipe <strong>de</strong> Liteiros continuam<br />
pertinentes e urge resolver esta situação, pois pelo que se verifica, a intervenção da Câmara não<br />
foi suficiente. Acompanhamos o alerta que nos <strong>de</strong>ixou sobre o estado da envolvente do Castelo, a<br />
necessitar <strong>de</strong> intervenção imediata. Quanto ao assunto que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />
<strong>de</strong> Brogueira, Parceiros <strong>de</strong> Igreja e Alcorochel, este merecerá a nossa melhor atenção. O BE é muito<br />
sensível há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> separar as funções públicas da esfera pessoal e da transparência total no<br />
que diz respeito à situação dos bens da Junta <strong>de</strong> Freguesia.<br />
1 – Foi divulgado pela Rádio Hertz um apelo <strong>de</strong> uma família torrejana que necessita <strong>de</strong> bens essenciais<br />
urgentemente, pois encontra-se numa situação limite em termos económicos. Pergunto se a Câmara<br />
Municipal tem conhecimento e proponho que os serviços <strong>de</strong> Ação Social entrem em contacto com<br />
a referida família.<br />
2 – A situação das Áreas <strong>de</strong> Reabilitação Urbana (ARU) está muito atrasada. É incompreensível<br />
esta situação tendo em conta os benefícios que trazem ao Município. A ARU Rio foi aprovada por<br />
<strong>de</strong>spacho do Senhor Presi<strong>de</strong>nte, tendo sido <strong>de</strong>pois ratificada em reunião <strong>de</strong> CM, porque era muito<br />
urgente (28 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2015). No entanto ainda não foi enviada para a Assembleia Municipal,<br />
embora já se tenham realizado várias. Enquanto a Assembleia Municipal não se pronunciar e não<br />
se proceda à publicação em Diário da República esta ARU não existe. Quanto às ARU <strong>de</strong> Riachos e<br />
Lapas também não se compreen<strong>de</strong> que não se avance com as mesmas.<br />
3 – Quero, novamente, voltar à questão do aterro/lixeira na Charneca <strong>de</strong> Alcorochel, aproveitando<br />
também a presença do Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia. Já foi feita alguma intervenção <strong>de</strong><br />
modo a, pelo menos, conter a <strong>de</strong>gradação daquele espaço que po<strong>de</strong> tornar-se uma lixeira a céu<br />
aberto a curto prazo? De quem é a responsabilida<strong>de</strong> da manutenção daquele espaço? Da Câmara<br />
ou da Junta <strong>de</strong> Freguesia?<br />
4 – Foram novamente realizados <strong>de</strong>spejos na Ribeira da Boa Água – água turva e o mau cheiro
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
213<br />
voltou. Sei que foram apresentadas queixas junto das entida<strong>de</strong>s competentes. Mas quero aqui lembrar<br />
que existe um compromisso da Câmara Municipal com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para<br />
fazer uma intervenção no leito da ribeira. A Câmara ficou <strong>de</strong> ce<strong>de</strong>r uma retroescavadora, ficando<br />
tudo o resto ao cargo da APA. Em que ponto está?<br />
5 – Na reunião pública e <strong>de</strong>scentralizada realizado nos Riachos e a propósito da nova composição da<br />
Comissão Municipal <strong>de</strong> Avaliações, o senhor Presi<strong>de</strong>nte respon<strong>de</strong>ndo a uma pergunta do BE, afirmou<br />
que “pelo menos uma pessoa também fazia avaliações no privado”. Esta questão suscitou-me <strong>de</strong><br />
imediato as maiores dúvidas, como expressei na reunião. A questão das incompatibilida<strong>de</strong>s dos<br />
servidores dos Estado é bastante clara na legislação e por isso entendo que <strong>de</strong>ve ser esclarecido<br />
quais os funcionários da administração local que exercem funções no privado e em que condições,<br />
para que não existam dúvidas sobre esta importante questão.<br />
12 Abril 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
O BE coloca os seguintes assuntos:<br />
1 – A Rua dos Antepassados, na Meia Via, encontra-se num estado lastimável, cheia <strong>de</strong> buracos, o que<br />
prejudica o tráfego automóvel colocando problemas <strong>de</strong> segurança aos veículos e às pessoas. Para além<br />
<strong>de</strong> não se tomarem medidas <strong>de</strong> reparação do pavimento, acresce que não existe sinalização <strong>de</strong> perigo, o<br />
que se agrava à noite. Apenas existe um pequeno sinal <strong>de</strong> perigo e num só sentido. Torna-se urgente, no<br />
mínimo que seja assinalado o local como perigoso para que os automobilistas possam tomar medidas <strong>de</strong><br />
precaução a tempo. A Câmara <strong>de</strong>ve também provi<strong>de</strong>nciar para o arranjo do pavimento.<br />
2 – Torno a colocar a questão da reunião da vereação para abordar o Orçamento Participativo para<br />
o próximo ano. Espero que se concretize na data hoje anunciada pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte.<br />
3 – Mais uma vez proponho a realização <strong>de</strong> uma reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal sobre o tema<br />
da Proteção Civil, convidando os responsáveis. O BE já propôs por diversas vezes a realização<br />
<strong>de</strong>sta reunião, que nos parece uma necessida<strong>de</strong>. Não se trata <strong>de</strong> uma questão formal, mas sim da<br />
importância que uma Câmara Municipal <strong>de</strong>ve dar à Proteção Civil, mantendo-se informada e tomando<br />
conhecimento das necessida<strong>de</strong>s.<br />
4 – O BE não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lamentar que o Município não tenha assinalado o 40.º Aniversário<br />
da Constituição da República Portuguesa, como <strong>de</strong>cidiu por unanimida<strong>de</strong>. Apenas uma breve<br />
referência no facebook do Município é manifestamente insuficiente perante a importância da data<br />
em questão.<br />
5 – Aproxima-se o 25 <strong>de</strong> Abril e a vereação ainda não conhece, com <strong>de</strong>talhe o programa das cerimónias<br />
que vão assinalar este dia. O facto <strong>de</strong> só termos conhecimento em cima da hora, impossibilita que<br />
se apresentem propostas, o que é negativo.<br />
6 – Em que ponto está a questão do arranjo do Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja? Gostava <strong>de</strong> confirmar<br />
se é este o projeto que se encontra na Infraestruturas <strong>de</strong> Portugal (<strong>de</strong>senho entregue em reunião<br />
anterior). Pergunto, porque sendo este o projeto que não tem interferência com a estrada, não se<br />
enten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>mora da resposta da Infraestruturas <strong>de</strong> Portugal.<br />
26 Abril 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Começo por cumprimentar o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta da União <strong>de</strong> Freguesias <strong>de</strong> Torres<br />
Novas (S. Pedro, Lapas e Ribeira), assim como todos e todas as autarcas presentes e agra<strong>de</strong>cer
214<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
a forma como nos receberam. Agra<strong>de</strong>cer também ao Clube Desportivo e Cultural Caveirense<br />
a disponibilida<strong>de</strong> da sua se<strong>de</strong> para a realização <strong>de</strong>sta reunião <strong>de</strong>scentralizada. Cumprimentar<br />
todos e todas as munícipes presentes e as suas intervenções, trazendo à Câmara Municipal os<br />
problemas que os afetam, assim como várias sugestões. Como o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta<br />
referiu na sua intervenção po<strong>de</strong>ríamos ter ido verificar o que está menos bem na Freguesia,<br />
mas a opção pelas visitas da manhã foi outra. Não tenho nada a opor a que se visite empresas<br />
ou outras iniciativas privadas, no entanto entendo que as visitas <strong>de</strong>vam ser mais equilibradas,<br />
visitando instituições sem fins lucrativos que atuam nesta e noutras freguesias, assim como<br />
verificar in loco situações que têm que ser resolvidas. Quanto aos assuntos colocados pelos<br />
munícipes entendo bem que questionem porque é que o saneamento básico não chegou a<br />
esta zona da freguesia. A questão do saneamento básico é fundamental para a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />
das populações e para o ambiente. A questão da taxa praticada pela Águas do Ribatejo<br />
para o <strong>de</strong>spejo das fossas é um problema que <strong>de</strong>ve ser equacionado pela Câmara, que <strong>de</strong>verá<br />
fazer uma proposta concreta sobre este assunto na Águas do Ribatejo. O BE já tinha levantado<br />
este problema quando se discutiu o tarifário da empresa. Existe uma <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre os/as<br />
munícipes que <strong>de</strong>ve ser corrigida. Quanto à questão do uso <strong>de</strong> herbicidas o BE consi<strong>de</strong>ra que<br />
é um problema que tem que ser resolvido a curto prazo. O Grupo Parlamenta do BE questionou<br />
todas as Câmaras Municipais do país sobre se usavam herbicidas, nomeadamente o Glifosato e<br />
a Câmara <strong>de</strong> Torres Novas respon<strong>de</strong>u afirmativamente, situação que tem que ser alterada.<br />
Quero ainda fazer referência a duas situações – a <strong>de</strong>rrocada <strong>de</strong> edifícios no centro histórico da<br />
cida<strong>de</strong> e a ausência <strong>de</strong> medidas, inclusivamente não se retira o entulho, o que constitui um perigo.<br />
O arranjo das estradas é um assunto recorrente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do mandato e nesta freguesia<br />
temos vários exemplos, sendo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar a estrada principal aqui mesmo na Caveira e a rua 10<br />
<strong>de</strong> Junho em Liteiros, para além da sempre falada Calçada António Nunes. Quanto ao Centro<br />
Escolar <strong>de</strong> Santa Maria faço votos para que a obra arranque o mais rápido possível e <strong>de</strong>corra sem<br />
prejuízo para as crianças e para quem lá trabalha.<br />
12 Maio 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
1 – Já foi assinado o Aditamento ao Acordo com Maria Deolinda Gomes e com a Casa do Povo <strong>de</strong><br />
Olaia sobre os terrenos cedidos para a construção do Centro Escolar <strong>de</strong> Olaia? Em que data? Coloco<br />
esta pergunta porque este aditamento tem prazos e o seu não cumprimento implica penalizações<br />
para a Câmara Municipal, daí a importância <strong>de</strong> toda a Vereação conhecer as datas concretas.<br />
2 – A APA – Agência Portuguesa do Ambiente, publicou um Edital (01/2016) on<strong>de</strong> estabelece a<br />
responsabilida<strong>de</strong> e obrigações dos particulares e do município no que respeita às linhas <strong>de</strong><br />
água: “quando as linhas <strong>de</strong> água se inserem em aglomerado urbano a implementação das medidas<br />
<strong>de</strong> limpeza, manutenção e <strong>de</strong>sobstrução é da responsabilida<strong>de</strong> dos municípios, <strong>de</strong> acordo com a<br />
alínea a) do n.º 5 do art.º 33.º da Lei n. 58/2005, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro”. Pergunto o que se fez para<br />
cumprir esta obrigação? Basta passar junto ao Almonda na cida<strong>de</strong> para ver que não foram tomadas<br />
medidas.<br />
3 – Rua do Centro Republicano – Deliberámos atribuir este topónimo há vários meses, no entanto<br />
nenhuma placa foi colocada. Para quando a colocação da placa?<br />
4 – Porque é que a loja da ADIRN no centro histórico fechou? O espaço foi atribuído pela Câmara<br />
e <strong>de</strong>stinava-se à divulgação e venda <strong>de</strong> produtos locais. Se a loja está fechada, penso que <strong>de</strong>ve existir<br />
uma explicação.<br />
5 – Verifiquei que foi colocado material a<strong>de</strong>rente na rampa <strong>de</strong> acesso à Praça 5 <strong>de</strong> Outubro,<br />
mas o problema não foi resolvido. O material a<strong>de</strong>rente impe<strong>de</strong> que aconteçam mais quedas como
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
215<br />
se verificou no passado, no entanto não resolve o problema do acesso <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />
A inclinação da rampa não está correta e tem que ser alterada <strong>de</strong> modo a proporcionar condições<br />
<strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> a quem utiliza ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas.<br />
6 – Na Rua Alexandre Herculano, junto à Tarambola e em frente ao Teatro Virgínia, encontramse<br />
contentores para o lixo, dando uma imagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação, já que o lixo se espalha. É urgente<br />
equacionar a retirada dos contentores <strong>de</strong>ste local.<br />
7 – Na noite <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Maio, eram esperadas fortes chuvas. Mas não choveu e segundo o Movimento<br />
“Vamos Salvar o Rio Almonda” foi <strong>de</strong>spejado, na Estrada da Sapeira, junto a um coletor na área da<br />
empresa Componatura, um líquido negro, exalando muito mau cheiro e muita espuma. Pelo que<br />
sei a GNR esteve no local. A Câmara Municipal tem conhecimento <strong>de</strong>sta situação e que medidas<br />
foram tomadas?<br />
8 – Tudo indica que voltaram as <strong>de</strong>scargas à Ribeira da Boa Água. A Câmara Municipal tem<br />
conhecimento? Que medidas foram tomadas?<br />
9 – Tivemos conhecimento, pelo relatório do ROC, que a Câmara Municipal chegou a acordo com a<br />
munícipe Maria Camila Gonçalves Gorjão Maia, num processo que estava em Tribunal, o que implica<br />
um pagamento e obrigação <strong>de</strong> realizar <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> loteamento por parte da Câmara. Quanto vão<br />
custar estas obras à Câmara Municipal?<br />
10 – Aproveito para recordar, novamente, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar reuniões com o Dr.º Ferreira<br />
da Silva sobre o contencioso em Tribunal e com os responsáveis pela Proteção Civil, como já ficou<br />
acordado na vereação há vários meses.<br />
Entrego o seguinte Requerimento: “O Bloco <strong>de</strong> Esquerda vem por este meio, requerer formalmente<br />
o documento assinado com o Ministério da Educação, on<strong>de</strong> constam as condições da <strong>de</strong>legação <strong>de</strong><br />
competências na área da Educação do Ministério para com o Município <strong>de</strong> Torres Novas.”<br />
24 Maio 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
1 – Praça do Peixe – logo na inauguração da Praça do Peixe se <strong>de</strong>tetou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
realizar obras tendo em vista a circulação <strong>de</strong> ar, <strong>de</strong>vido ao calor insuportável no verão, assim<br />
como outros melhoramentos no que diz respeito a pontos <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> para permitir a<br />
realização <strong>de</strong> iniciativas <strong>de</strong> vários formatos. Tendo em conta que nos aproximamos do verão<br />
e para garantir condições para o uso <strong>de</strong>ste espaço municipal, proponho que se realizem as<br />
referidas obras.<br />
2 – Comissão <strong>de</strong> Toponímia – tendo em conta que aprovámos um Regulamento que prevê a criação<br />
<strong>de</strong>sta Comissão, pergunto para quando a sua constituição?<br />
3 – Regulamento do Serviço <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Resíduos e Limpeza Urbana no Município <strong>de</strong> Torres<br />
Novas – Assunto 676/14 e Gestão <strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong> Construção e Demolição – Assunto 57/15. Estes<br />
assuntos foram presentes a reuniões <strong>de</strong> Câmara em 6 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2015 e 5 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2015.<br />
Daí para a frente nunca mais se falou no assunto. Porquê? E quando voltarão a reunião <strong>de</strong> Câmara<br />
para discussão e votação?<br />
4 – Na reunião <strong>de</strong> Câmara <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2015 foi aprovado, por unanimida<strong>de</strong>, a consulta<br />
a 3 entida<strong>de</strong>s para uma prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> consultadoria fiscal para a recuperação <strong>de</strong> receita<br />
fiscal (Assunto 646/15) – qual o ponto <strong>de</strong> situação sobre esta consulta e quando se prevê a <strong>de</strong>cisão<br />
do Júri?<br />
5 – Edifício da Tipografia Fonseca na Rua Alexandre Herculano – este edifício <strong>de</strong>grada-se <strong>de</strong><br />
dia para dia, estando agora com os vidros partidos e soltos, constituindo um perigo. Foi informado na
216<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Câmara que existe um projeto para a sua recuperação. Mas, no mínimo e no imediato o proprietário<br />
<strong>de</strong>veria ser notificado para tapar a fachada. Porque não atua a Câmara neste sentido?<br />
6 – Ventilação do Parque <strong>de</strong> estacionamento – Nos dias <strong>de</strong> maior utilização do parque <strong>de</strong><br />
estacionamento, nomeadamente à 3.ª feira e no piso inferior sente-se que a qualida<strong>de</strong> do ar não é<br />
boa, provavelmente porque o sistema <strong>de</strong> ventilação não está a funcionar. Chamo a atenção para a<br />
necessida<strong>de</strong> do seu funcionamento.<br />
7 Junho 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Quero saudar o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta da União <strong>de</strong> Freguesias <strong>de</strong> Torres Novas – S. Pedro,<br />
Lapas e Ribeira, todos/as os/as membros do Executivo e agra<strong>de</strong>cer a forma como nos receberam e<br />
a organização da visita à Freguesia. Registei todas as solicitações e sugestões apresentadas durante a<br />
visita. Tivemos ocasião <strong>de</strong> realizar uma visita pelas ruas <strong>de</strong> Lapas, on<strong>de</strong> ficou evi<strong>de</strong>nte a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> avançar com a ARU, que po<strong>de</strong>rá constituir uma importante alavanca para concretizar todas as<br />
potencialida<strong>de</strong>s que sabemos existem nas Lapas. Saúdo todos e todas as presentes que vieram aqui<br />
colocar os seus problemas. Problemas <strong>de</strong>sta Freguesia que espero sejam resolvidos em breve. Quanto<br />
ao apelo do munícipe, para que o centro histórico <strong>de</strong> Lapas tenha um tratamento <strong>de</strong> acordo com<br />
a sua especificida<strong>de</strong> e importância, acompanho a preocupação e foi nesse mesmo sentido que o<br />
BE propôs a ARU para Lapas. Quanto às munícipes que colocaram questões e <strong>de</strong>ixaram sugestões<br />
sobre as colónias <strong>de</strong> animais errantes, acompanho as preocupações e penso que é uma área que<br />
<strong>de</strong>ve preocupar a Câmara. A forma como tratamos os animais é uma questão <strong>de</strong> civilização. Quanto<br />
à questão do pagamento <strong>de</strong> taxa pela inceneração no caso <strong>de</strong> animais mortos que são<br />
recolhidos pelas associações, proponho que a Câmara <strong>de</strong>libere pela sua isenção.<br />
Quero colocar ainda duas questões:<br />
1 – Edifícios da Barobra, La<strong>de</strong>ira do Cimo <strong>de</strong> Vila – é urgente verificar o estado do muro do<br />
lado esquerdo <strong>de</strong> quem sobre, pois evi<strong>de</strong>nciava sinais <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação e com as chuvas po<strong>de</strong> ter-se<br />
<strong>de</strong>teriorado ainda mais e constituir um perigo. Os moradores <strong>de</strong>sta zona ambicionam pelo arranjo por<br />
baixo do viaduto e pela abertura <strong>de</strong> uma saída para os carros, evitando assim que se circule sempre<br />
na mesma via. Penso que são pretensões legítimas que <strong>de</strong>veriam ser tidas em conta.<br />
2 – A Hamburgueria, concessionada pela Câmara, que funciona junto à Biblioteca, utiliza as casas <strong>de</strong><br />
banhos exteriores da Biblioteca. O acesso faz-se pelo meio <strong>de</strong> um canteiro, sem <strong>de</strong>grau <strong>de</strong> acesso.<br />
Se faz parte da concessão esta utilização, tem que se provi<strong>de</strong>nciar para que o acesso esteja em<br />
condições. Trata-se <strong>de</strong> uma melhoria muito simples, mas que dará outro aspeto ao local e, sobretudo,<br />
condições <strong>de</strong> acesso para todas as pessoas.<br />
21 Junho 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Esteve agendado para a reunião anterior (7 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2016) o Assunto 195/16 – Obras na<br />
Central <strong>de</strong> Camionagem – Proposta <strong>de</strong> Resolução, que foi retirado, o que se compreen<strong>de</strong> tendo<br />
em consi<strong>de</strong>ração que se tratava <strong>de</strong> uma reunião <strong>de</strong>scentralizada e o assunto po<strong>de</strong>ria requerer a<br />
presença <strong>de</strong> técnicos/as dos serviços para eventuais explicações. O BE estranha que o assunto não<br />
tenha sido reagendado para esta reunião, tendo em conta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolução expressa nos<br />
documentos. O BE consi<strong>de</strong>ra que se trata <strong>de</strong> uma situação muito grave. Por isso <strong>de</strong>cidiu fazer hoje<br />
uma <strong>de</strong>claração política sobre o assunto e apresentar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já uma proposta que solicita seja agendada<br />
conjuntamente com o referido assunto.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
217<br />
5 Julho 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Cumprimento o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Zibreira, todos/as os membros do<br />
Executivo e da Assembleia <strong>de</strong> Freguesia, assim como todos e todas as presentes. Agra<strong>de</strong>ço a forma<br />
como fomos recebidos e a visita que <strong>de</strong>correu durante a manhã. Quanto às questões colocadas<br />
pelos/as munícipes registo todas elas e penso que po<strong>de</strong>rão ser resolvidas num curto espaço <strong>de</strong><br />
tempo, assim a Câmara Municipal as assuma como priorida<strong>de</strong>. Refiro-me ao corte <strong>de</strong> ervas e à<br />
sinalização nas estradas. Lamento que a situação sobre o muro que caiu e colocada pela munícipe<br />
<strong>de</strong> Assentis não tenha ainda sido resolvida e sugiro ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte que o orçamento previsto<br />
seja confirmado tendo em conta as dúvidas colocadas por um munícipe sobre a verba atribuída à<br />
obra em causa. Quanto à situação dos acessos à oficina <strong>de</strong> mecânica e a uma habitação colocada<br />
por outro munícipe, entendo que se <strong>de</strong>ve encontrar uma solução, até porque a preocupação da<br />
Câmara <strong>de</strong>ve ser para todas as empresas, incluindo as pequenas empresas, como é o caso. Quanto<br />
ao projeto para a Av. José Loureiro da Rosa, apresentado pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte que confirmou<br />
que não prevê passeios, proponho que sejam consi<strong>de</strong>rados, pois nada justifica fazer uma obra<br />
<strong>de</strong>ste nível e <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fora os passeios.<br />
Quero ainda colocar as seguintes questões:<br />
– A localização da estação elevatória a construir da Zibreira tem <strong>de</strong>ixado a população apreensiva<br />
<strong>de</strong>vido à sua proximida<strong>de</strong> com habitações. A Águas do Ribatejo tem em consi<strong>de</strong>ração esta questão?<br />
Não existe outra alternativa para a localização da Estação Elevatória?<br />
– A alteração do trajeto dos TUT <strong>de</strong>ixou vários munícipes <strong>de</strong>scontentes, sobretudo no que diz<br />
respeito ao acesso ao Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Riachos e às passagens pelo Nicho. Penso que a Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong>ve verificar esta situação e ao abrigo da margem para alterações que consta do contrato<br />
fazer as alterações necessárias e a<strong>de</strong>quadas.<br />
– Gostaria <strong>de</strong> saber em que ponto está o processo sobre as licenças <strong>de</strong> táxi atribuídas a táxis que<br />
não operam na zona impedindo que outros venham o ocupar essas licenças?<br />
– O BE teve conhecimento <strong>de</strong> uma construção em zona <strong>de</strong> Reserva Ecológica Nacional, na<br />
estrada a caminho da Zibreira, frente ao <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> veículos “Stand Bento”. Consta que a<br />
fiscalização da Câmara já lá foi. Gostaria <strong>de</strong> confirmar se a fiscalização se <strong>de</strong>slocou ao local e quais<br />
as medidas tomadas pela Câmara?<br />
19 Julho 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
1 – Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja – o BE quer reforçar as preocupações que já manifestou na<br />
reunião anterior sobre o projeto <strong>de</strong> requalificação do Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja, sobretudo no<br />
que se refere às condições <strong>de</strong> atravessamento da estrada pelos peões. Se não ficarem garantidas<br />
persistirá um problema. Aproveito para confirmar se o projeto que foi apresentado à Câmara<br />
é o projeto final <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> apreciado pela Infraestruturas <strong>de</strong> Portugal? O Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
confirmou.<br />
2 – Parque Infantil da Silvã – O BE teve conhecimento <strong>de</strong> um aci<strong>de</strong>nte com uma criança no parque<br />
infantil da Silvã, que felizmente não teve consequências. Mas foi alertado para o facto da vedação do<br />
parque apresentar arames soltos em vários sítios o que po<strong>de</strong> originar um aci<strong>de</strong>nte grave. Na altura,<br />
há cerca <strong>de</strong> um mês, avisei <strong>de</strong> imediato o Senhor Presi<strong>de</strong>nte, por mail com fotografias, pois a situação<br />
requeria arranjo imediato. Verifico que quase o mês <strong>de</strong>pois nada foi feito. Coloco o problema na<br />
esperança <strong>de</strong> que seja resolvido rapidamente.
218<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
3 – Licenças <strong>de</strong> Táxis – na última reunião foi informado que o processo sobre as licenças <strong>de</strong> táxi<br />
atribuídas que não estão a ser utilizadas estava já na fase <strong>de</strong> relatório final. Pergunto, novamente:<br />
em que ponto se encontra e quando é que a Câmara vai <strong>de</strong>liberar? Penso que é uma situação <strong>de</strong><br />
interesse para os munícipes – disporem do número <strong>de</strong> táxis em funcionamento conforme as licenças<br />
existentes – que <strong>de</strong>ve ser resolvido. O Senhor Presi<strong>de</strong>nte informou que, em princípio, o relatório<br />
será presente à próxima reunião.<br />
4 – Águas do Ribatejo – O BE dirigiu um conjunto <strong>de</strong> perguntas à Águas do Ribatejo que <strong>de</strong>vem<br />
ser respondidas. A Águas do Ribatejo, empresa pública inter-municipal, tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r<br />
às questões colocadas pelos eleitos e eleitas nos órgãos autárquicos. Acrescente-se que o Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte assumiu em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Assembleia Municipal que as perguntas iriam ter resposta. Daqui<br />
por pouco tempo a vereação será chamada a pronunciarse sobre o tarifário da AR para o próximo<br />
ano e é <strong>de</strong> todo o interesse conhecermos as respostas. Enviarei novamente as perguntas. Aproveito<br />
para sublinhar o que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte já disse sobre a pressão da água na zona da Arrábida, que<br />
prejudica imenso as e os moradores e penso que a AR <strong>de</strong>ve dar priorida<strong>de</strong> às obras para garantir o<br />
normal abastecimento <strong>de</strong> água.<br />
5 – Obra clan<strong>de</strong>stina na Zibreira – na última reunião o BE perguntou sobre a situação <strong>de</strong> uma<br />
obra em zona <strong>de</strong> REN na freguesia da Zibreira. Na altura foi informado que a fiscalização já se tinha<br />
<strong>de</strong>slocado ao local e estava a elaborar um relatório. Qual o ponto <strong>de</strong> situação? O Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
informou que tinha or<strong>de</strong>nado o embargo da obra. O BE acompanhará o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste<br />
processo.<br />
6 – Passa<strong>de</strong>ira junto à Ponte do Nicho – Mais uma vez, já perdi a conta ao número <strong>de</strong> vezes que<br />
coloco esta situação em reunião <strong>de</strong> Câmara, pergunto porque é que não se pintou a passa<strong>de</strong>ira junto<br />
à ponte temporária no Nicho? A ponte, temporária, foi colocada por proposta do BE para minorar<br />
os problemas <strong>de</strong> circulação dos peões naquela zona. Sem passa<strong>de</strong>ira que possibilite a passagem em<br />
segurança, a solução não está completa. É só pintar a passa<strong>de</strong>ira!<br />
7 – Casa Mortuária no Cemitério – Gostaria que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte confirmasse duas coisas:<br />
a casa mortuária é da Câmara Municipal? Foi construída como um espaço ecuménico ao serviço <strong>de</strong><br />
todas e todos os munícipes, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da religião que professam ou <strong>de</strong> não terem religião?<br />
Confirmadas estas duas questões pergunto porque é que na pare<strong>de</strong> exterior da casa mortuária está<br />
uma placa, <strong>de</strong> dimensões significativas, sobre os “irmãos da Misericórdia”, levando inclusive muita<br />
gente a pensar que é proprieda<strong>de</strong> da Misericórdia?<br />
8 – Praça 5 <strong>de</strong> Outubro – A Praça é um local <strong>de</strong> encontro, <strong>de</strong> animação noturna e diurna. Em<br />
qualquer cida<strong>de</strong>, gran<strong>de</strong>, pequena ou média, os espaços públicos são ocupados pela população em<br />
diversas ocasiões. A ocupação do espaço público pelas pessoas é um facto muito positivo que <strong>de</strong>ve<br />
ser estimulado. Mas coloca um <strong>de</strong>safio e uma responsabilida<strong>de</strong> à autarquia: a limpeza dos espaços.<br />
Ora, na Praça 5 <strong>de</strong> Outubro e na Travessa do Correio Velho ao sábado e domingo <strong>de</strong> manhã, a<br />
sujida<strong>de</strong> e o mau cheiro não abonam em favor do bom ambiente na cida<strong>de</strong> e prejudicam quem cá<br />
vive e quem nos visita. A Câmara <strong>de</strong>ve organizar os serviços <strong>de</strong> modo a garantir a limpeza da Praça<br />
ao sábado e domingo <strong>de</strong> manhã e <strong>de</strong>ve analisar com os comerciantes as obrigações que estes <strong>de</strong>vem<br />
ter em relação à limpeza do espaço. Tem ainda que ser resolvida a situação da casa <strong>de</strong> banho pública<br />
que não funciona há anos. Aquele tipo <strong>de</strong> infraestrutura não funciona. Tem que se encontrar uma<br />
solução. Se não funciona mais vale retirar e voltar a ter o muro completo, o que aliás ficará mais<br />
condizente com a envolvente.<br />
9 – Jardim Maria Lamas – o jardim está mal tratado, a envolvente é só mato e sujida<strong>de</strong>, banco<br />
completamente <strong>de</strong>struído (mostrei foto). Esta situação necessita <strong>de</strong> atenção urgente e as zonas<br />
envolventes têm que ser tratadas.<br />
10 – Agrupamentos Escolares – chegou ao conhecimento do BE que este ano, tal como no ano passado,<br />
os agrupamentos do concelho não chegaram a acordo sobre a distribuição da oferta <strong>de</strong> cursos. Sabemos
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
219<br />
que a Câmara Municipal não tem po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, mas pertence à Re<strong>de</strong> Escolar e po<strong>de</strong> ter um papel <strong>de</strong><br />
facilitador da convergência. Qual a avaliação do processo <strong>de</strong> preparação do próximo ano letivo?<br />
11 – Ribeira da Boa Água – na sequência da informação do Senhor Presi<strong>de</strong>nte sobre a reunião<br />
que se realiza na próxima 6.ª feira com o Secretário <strong>de</strong> Estado do Ambiente, proponho que seja<br />
incluído na agenda da próxima reunião extraordinária da Câmara Municipal este assunto <strong>de</strong>vido à<br />
sua importância e urgência. Informo que o Grupo Parlamentar do Bloco <strong>de</strong> Esquerda dirigiu uma<br />
Pergunta ao Governo sobre as condições <strong>de</strong> funcionamento da empresa Componatura.<br />
12 – Centro Hospitalar do Médio Tejo – A situação continua a gerar preocupação e os autarcas<br />
<strong>de</strong>vem exigir respostas claras do Conselho <strong>de</strong> Administração e do Governo. Foi publicada a Resolução<br />
aprovada na Assembleia da República que significa uma base <strong>de</strong> entendimento sobre as medidas<br />
que há que tomar. A situação da Nefrologia, que suspen<strong>de</strong>u um turno <strong>de</strong> hemodiálise por falta<br />
<strong>de</strong> enfermeiros, é muito preocupante e po<strong>de</strong> colocar em causa a prestação <strong>de</strong>ste serviço com a<br />
qualida<strong>de</strong> e a excelência que tem <strong>de</strong>monstrado ter. Informo que o Grupo Parlamentar do BE dirigiu<br />
uma Pergunta ao Governo sobre esta situação.<br />
14 – A Câmara Municipal concluiu a realização <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong>scentralizadas por todas as freguesias<br />
do concelho. É um facto que <strong>de</strong>ve ser assinalado como muito positivo. Haverá, com certeza, reparos<br />
e críticas a fazer, mas existiu um esforço <strong>de</strong> aproximação aos e às munícipes e <strong>de</strong> abertura, que<br />
<strong>de</strong>ve ser mantido. Para o BE esta prática tem dois objetivos principais: chegar mais próximo dos<br />
munícipes e levar aos munícipes o conhecimento sobre o funcionamento das reuniões da Vereação.<br />
Neste sentido e porque resta um ano <strong>de</strong> mandato, o BE propõe que no último ano <strong>de</strong> mandato,<br />
a Câmara Municipal realize, pelo menos duas reuniões públicas em horário noturno, <strong>de</strong><br />
modo a possibilitar a participação <strong>de</strong> mais munícipes.<br />
30 Agosto 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Este verão os incêndios florestais atingiram <strong>de</strong> forma particularmente grave muitas zonas do país,<br />
incluindo concelhos nossos vizinhos. O incêndio na Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira atingiu o coração<br />
da cida<strong>de</strong> do Funchal. Nesta reunião <strong>de</strong>vemos assinalar este grave problema e enviar a nossa<br />
solidarieda<strong>de</strong> a todos e todas que foram atingidos, assim como <strong>de</strong>vemos sublinhar o trabalho das<br />
corporações <strong>de</strong> Bombeiros e, em particular, dos Bombeiros <strong>de</strong> Torres Novas que participaram no<br />
combate aos incêndios em vários pontos do país. É também o momento para relembrar a proposta<br />
que o BE tem apresentado várias vezes para que se realize uma reunião sobre Proteção Civil com<br />
todas as instituições envolvidas e a Vereação. A prevenção faz-se agora e <strong>de</strong>vemos tirar lições do<br />
que aconteceu este verão, incluindo sobre os incêndios urbanos.<br />
– O corte <strong>de</strong> árvores na Avenida Dr.º João Martins <strong>de</strong> Azevedo junto ao “novo edifício” do<br />
Convento do Carmo <strong>de</strong>ixou muitos munícipes indignados. Gostava <strong>de</strong> saber quais as razões que<br />
levaram a este corte <strong>de</strong> árvores?<br />
– Tive conhecimento, pela comunicação social local, <strong>de</strong> que o Município esteve representado numa<br />
iniciativa em Timor. Em primeiro lugar estranha-se que a Vereação não tenha sido informada <strong>de</strong>sta<br />
participação – tipo <strong>de</strong> iniciativa, objetivos e já agora, quem representou o Município. Estranha-se<br />
também que a notícia divulgada não faça referência a quem representou o Município. A informação<br />
dada pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte, nesta reunião, que o Município foi representado pela sua chefe <strong>de</strong><br />
gabinete, não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> merecer o protesto do BE. Já não é a primeira vez que afirmo que<br />
não po<strong>de</strong> existir confusão com as funções atribuídas a quem ocupa lugares <strong>de</strong> nomeação política e<br />
a representação do Município.<br />
– Hospital <strong>de</strong> Torres Novas – gostaria <strong>de</strong> saber se há mais alguma informação sobre como vai<br />
funcionar o Bloco Operatório do Hospital, após o protocolo com o Hospital <strong>de</strong> Santarém que o
220<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
passará a utilizar, nomeadamente no que diz respeito à resposta a utentes <strong>de</strong> Torres Novas. O BE<br />
está preocupado com a situação do serviço <strong>de</strong> Nefrologia que reduziu um turno <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong><br />
enfermeiros e o seu Grupo Parlamentar já dirigiu uma Pergunta ao Governo sobre esta matéria.<br />
– Recebemos uma carta que a Associação <strong>de</strong> Moradores <strong>de</strong> Vale da Serra dirigiu à Águas do<br />
Ribatejo. Pergunto se já há resposta sobre as questões colocadas.<br />
13 Setembro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto colocou os seguintes assuntos:<br />
1 – Gostaria <strong>de</strong> saber o ponto da situação sobre a obra dos “passeios em Riachos” que <strong>de</strong>veria ter<br />
sido concluída ainda antes da Festa da Benção do Gado. Pelo que posso constatar apenas ficou feito<br />
<strong>de</strong> um lado da estrada. Não me parece muito positivo este método seguido <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar as obras a meio.<br />
2 – Qual o ponto da situação sobre as obras <strong>de</strong> beneficiação da Casa do Povo <strong>de</strong> Riachos? Quais<br />
as responsabilida<strong>de</strong>s da Câmara Municipal? Foi aberto algum concurso para a realização das obras?<br />
3 – No terreno junto ao Quartel dos Bombeiros o laranjal aí existente foi alvo <strong>de</strong> uma limpeza das<br />
árvores com corte <strong>de</strong> ramos que foi excessiva, <strong>de</strong>ixando as árvores mias <strong>de</strong>sprotegidas face à ausência<br />
<strong>de</strong> uma rega regular. Este terreno ficará para a Câmara Municipal e será objeto <strong>de</strong> requalificação. O<br />
laranjal resistiu durante anos e anos e tem um potencial invejável para o arranjo <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong><br />
lazer, em qualquer cida<strong>de</strong>. Mas, parece que agora está a ser abandonado, servindo inclusive <strong>de</strong> parque<br />
<strong>de</strong> estacionamento. Impõe-se que a Câmara Municipal intervenha junto da Associação <strong>de</strong> Bombeiros<br />
no sentido da preservação <strong>de</strong>ste espaço, com vista à sua recuperação no âmbito da ARU.<br />
27 Setembro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos termos seguintes:<br />
Quero saudar todas e todos os munícipes que vieram à reunião <strong>de</strong> hoje e aqui apresentaram um<br />
testemunho vivo sobre as suas condições <strong>de</strong> vida em consequência da poluição produzida pela<br />
Fabrióleo. Temos conhecimento do que se passa, passamos no Nicho e o cheiro entranha-se, mas<br />
ouvir <strong>de</strong> viva voz quem vive no Carreiro da Areia e no Nicho <strong>de</strong> Riachos dá-nos a real dimensão da<br />
grave situação ambiental que existe no nosso concelho e convoca a nossa responsabilida<strong>de</strong> enquanto<br />
eleitos e eleitas. Impõe-se que a Câmara Municipal atue, no que lhe compete por sua iniciativa, e<br />
fazendo todas as diligências para que as entida<strong>de</strong>s com responsabilida<strong>de</strong> ambientais também atuem,<br />
para colocar um fim nesta situação que prejudica o ambiente, a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, a saú<strong>de</strong> pública,<br />
a economia e o emprego. Estive no Carreiro da Areia e para além <strong>de</strong> constatar o cheiro que torna<br />
o ar irrespirável, pu<strong>de</strong> também constatar que uma rua pública, a rua Pinhal do Con<strong>de</strong> está vedada<br />
<strong>de</strong> um dos lados, pela Fabrióleo, com arame farpado, o que é manifestamente ilegal. Trago comigo<br />
fotografias que mostram a situação em causa. Os serviços da Câmara Municipal <strong>de</strong>vem <strong>de</strong> imediato<br />
provi<strong>de</strong>nciar para que o arame farpado seja retirado. Aproveito a ocasião para entregar ao Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte uma proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda, que agra<strong>de</strong>ço seja agendada para próxima reunião.<br />
11 Outubro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio acerca dos seguintes assuntos:<br />
1 – Fabrióleo, Poluição, Ribeira da Boa Água<br />
– Lamento que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte não tenha agendado a proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação que o BE<br />
apresentou no passado dia 27 <strong>de</strong> Setembro. Seria muito mais produtivo, na reunião que se realizará
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
221<br />
na próxima 2.ª feira com o Secretário <strong>de</strong> Estado, existir uma tomada <strong>de</strong> posição inequívoca sobre o<br />
apoio da Vereação à concretização das competências do Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, no que diz respeito<br />
à reposição da legalida<strong>de</strong> urbanística nas instalações da Fabrióleo. Trata-se <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>cisão formal,<br />
da qual não abdicamos, pese embora que em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Assembleia Municipal a posição expressa pelos<br />
partidos tenha sido clara.<br />
– Sobre a carta enviada pelo Secretário <strong>de</strong> Estado e que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte divulgou uma semana<br />
após a ter recebido, quero dizer o seguinte: A Secretaria <strong>de</strong> Estado coloca no papel as <strong>de</strong>cisões da<br />
reunião <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Agosto passado e dá conta daquilo que lhe competia fazer. Está por fazer aquilo que<br />
competia à Câmara e que enunciei em carta que lhe dirigi no dia 2 <strong>de</strong> Setembro, ou seja: é preciso<br />
respon<strong>de</strong>r ao pedido <strong>de</strong> reapreciação da DIM feito pela Fabrióleo, que se encontra na Câmara <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
Abril <strong>de</strong>ste ano; é preciso dar um prazo à empresa para que evi<strong>de</strong>ncie que cumpre as condições<br />
estabelecidas na DIM 2002 (que abrange só parte das instalações). Na reunião <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Agosto falou-se<br />
em 45 dias, já passaram mais <strong>de</strong> 30 dias sem nada ser feito; é preciso repor a legalida<strong>de</strong> urbanística,<br />
<strong>de</strong>molindo o que não está conforme a Lei e que foi construído <strong>de</strong>srespeitando os embargos. O Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte dirá o que preten<strong>de</strong> fazer. Será totalmente incompreensível que da reunião da próxima<br />
5.ª feira não saia uma posição clara que trave as ilegalida<strong>de</strong>s e os abusos e abra caminho para que se<br />
reponha a qualida<strong>de</strong> ambiental da ribeira e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população.<br />
– Funcionamento das ETAR <strong>de</strong> Torres Novas e Riachos: Já por várias vezes coloquei questões<br />
ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte sobre as condições em que as empresas utilizam as ETAR públicas no que<br />
diz respeito aos seus efluentes aí entregues. Questões também colocadas pelo BE na Assembleia<br />
Municipal. O Senhor Presi<strong>de</strong>nte sempre disse que haveria uma resposta, mas nunca houve. Não nos<br />
restando outro caminho, o Grupo Parlamentar do Bloco <strong>de</strong> Esquerda fez um Requerimento à Águas<br />
do Ribatejo que, segundo a legislação em vigor, é obrigada a respon<strong>de</strong>r ou incorrerá em crime <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sobediência. E respon<strong>de</strong>u. Da resposta ficámos a saber que a Oelotorres tem a Autorização Descarga<br />
<strong>de</strong> Águas Residuais Industriais (ADAGRI) suspensa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 12/02/2016, informação que já se sabia pela<br />
imprensa. A questão que agora se coloca é a seguinte: Para on<strong>de</strong> estão a ser enviados os efluentes?<br />
A Câmara <strong>de</strong>ve fazer todas as diligências possíveis para saber com exatidão o que se passa. Ficámos<br />
também a saber que as seguintes empresas ainda têm um processo <strong>de</strong> regularização a <strong>de</strong>correr:<br />
Gráfica Almondina, Oficina Automóvel Norauto e Resitejo, este caso não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser surpreen<strong>de</strong>nte.<br />
De que modo está a Câmara Municipal a acompanhar estes processos <strong>de</strong> regularização?<br />
2 – Vedação na Rua Pinhal do Con<strong>de</strong> Após a <strong>de</strong>núncia que apresentei em reunião <strong>de</strong> Câmara, sei<br />
que o arame farpado foi retirado e substituído por re<strong>de</strong> normal. Esta vedação tem licença? Foram<br />
pagas as respetivas taxas?<br />
3 – Iluminação Pública na Av. Andra<strong>de</strong> Corvo: Os can<strong>de</strong>eiros <strong>de</strong> iluminação pública estão a ser<br />
<strong>de</strong>slocados para a berma interior dos passeios. Como se trata <strong>de</strong> can<strong>de</strong>eiros que têm uma dupla<br />
iluminação – uma mais alta e outra mais baixa para iluminar o passeio – acontece que a luz mais<br />
baixa incidirá nas ervas e não no passeio. Pergunto ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte se tem conhecimento <strong>de</strong>sta<br />
intervenção, quem a está a executar e qual o seu objetivo?<br />
4 – Quanto ao problema que aqui coloquei sobre a ausência <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> lixo junto a um<br />
contentor na Meia Via, junto à antiga escola primária – nomeadamente as placas com amianto e<br />
os vidros partidos, tudo continua na mesma, o que é inaceitável.<br />
5 – Na passada 6.ª feira, dia 7 <strong>de</strong> Outubro, entreguei, por escrito, um conjunto <strong>de</strong> questões<br />
relacionadas com o PEDU, sobre as quais solicitava resposta do Senhor Presi<strong>de</strong>nte. Fi-lo com<br />
antecedência, pois o Senhor Presi<strong>de</strong>nte tem dito por várias vezes que é surpreendido com perguntas<br />
por parte da oposição para as quais não está preparado. Infelizmente hoje nenhuma questão foi<br />
respondido, o que espero venha a acontecer na próxima reunião.<br />
6 – Quando da discussão <strong>de</strong>ste Plano, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda entregou ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte um<br />
conjunto <strong>de</strong> propostas sobre os projetos que, numa segunda fase, <strong>de</strong>veria ser submetidos à
222<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
estrutura <strong>de</strong> gestão dos Fundos Comunitários. Foi compromisso do Senhor Presi<strong>de</strong>nte que todos os<br />
projetos seriam discutidos em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> reunião <strong>de</strong> Câmara, estando aberto a todas as sugestões. Foi<br />
ainda proposto pelo BE que se <strong>de</strong>veria proce<strong>de</strong>r a discussão pública dos projetos tendo em conta<br />
que alguns são estruturantes para a cida<strong>de</strong>. Assim sendo e passados 5 meses, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
requer as seguintes informações:<br />
– Em que ponto está a elaboração dos projetos no âmbito do PEDU?<br />
– Concretamente, já foram realizados ou concluídos alguns concursos para projetos ou estudos<br />
prévios?<br />
– Para quando se prevê o seu <strong>de</strong>bate na Câmara Municipal e a sua submissão à entida<strong>de</strong> gestora?<br />
– Como pensa o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>senvolver a discussão pública dos projetos com impacto<br />
significativo na estrutura da Cida<strong>de</strong>, nomeadamente aqueles que envolvem as margens do Rio <strong>de</strong>ntro<br />
da cida<strong>de</strong>, o Jardim da Avenida e a envolvente do Parque Almonda?<br />
– Como será articulada esta intervenção com a ARU “Torres Novas – rio Almonda”?<br />
25 Outubro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio nos seguintes termos:<br />
Quero começar por saudar todos e todas que mais uma vez se <strong>de</strong>slocam a uma reunião pública <strong>de</strong><br />
Câmara Municipal para colocar os seus problemas e preocupações. O problema da poluição continua<br />
no centro das preocupações e ainda bem que as e os munícipes mais prejudicados não <strong>de</strong>sistem <strong>de</strong><br />
lutar pelos seus direitos. Quanto à questão da Fabrióleo o BE reafirma a necessida<strong>de</strong> urgente se<br />
agendar a reapreciação da DIM, assim como a proposta <strong>de</strong> recomendação que apresentámos sobre<br />
o exercício das competências do Senhor Presi<strong>de</strong>nte no caso em apreço. Não aceitamos o discurso<br />
<strong>de</strong> que o assunto não é com a Câmara. Não é só com a Câmara, mas também é com a Câmara.<br />
Não se po<strong>de</strong> afirmar que não licenciámos nada pois existe uma DIM <strong>de</strong> 2002, não se po<strong>de</strong> dizer que<br />
não sabemos <strong>de</strong> nada porque temos uma rua pública ocupada e até arame farpado existia. Temos as<br />
queixas da população. As outras entida<strong>de</strong>s envolvidas têm que atuar, é certo, e a melhor forma <strong>de</strong><br />
a Câmara as pressionar é fazer o que lhe compete e não ficar à espera. Registo, com agrado, que o<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte anunciou que a reunião que se realizará, brevemente, com o Senhor Secretário<br />
<strong>de</strong> Estado do Ambiente, em Torres Novas, terá duas partes distintas – uma parte técnica entre as<br />
entendidas envolvidas e outra parte aberta ao público. A população espera resultados e eles tardam<br />
a aparecer. A Câmara <strong>de</strong>ve por isso mesmo ter uma posição mais ativa.<br />
– Quero também registar as preocupações <strong>de</strong> outro munícipe sobre a Calçada António Nunes, as<br />
viaturas abandonadas e a situação inadmissível da Travessa da Regueira <strong>de</strong> Água. O BE comprometese<br />
a continuar a insistir nestas questões.<br />
– O lixo continua a acumular-se um pouco por todo o concelho, havendo mesmo já “pequenas<br />
lixeiras” em várias localida<strong>de</strong>s. O caso da Meia Via, que aqui já apresentei várias vezes, continua sem<br />
resolução. Por último gostaria <strong>de</strong> perguntar ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte se já tem as respostas às questões<br />
que lhe enviei por escrito, sobre o PEDU, no passado dia 7 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2016.<br />
8 Novembro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio acerca dos seguintes assuntos:<br />
1 – Orçamento Participativo: a conclusão dos projetos aprovados no âmbito do Orçamento<br />
Participativo <strong>de</strong> 2015 (a executar em 2016) <strong>de</strong>veria ter sido um ponto <strong>de</strong> honra da Câmara Municipal.<br />
Ao <strong>de</strong>cidir iniciar um processo participativo, processo que propusemos e apoiamos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início,
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
223<br />
a Câmara Municipal <strong>de</strong>veria ter feito todos os esforços para que os projetos aprovados fossem<br />
concretizados, por respeito pela <strong>de</strong>cisão popular e como forma <strong>de</strong> credibilização do próprio Orçamento<br />
Participativo. Infelizmente apenas os projetos sobre a colocação <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> manutenção<br />
física estão concluídos. Torna-se necessário que até ao final do ano seja elaborado um relatório sobre<br />
o ponto <strong>de</strong> situação <strong>de</strong> todos os projetos aprovados e os motivos e constrangimentos que levaram à<br />
sua não execução. Quanto ao processo <strong>de</strong> votação <strong>de</strong>ste ano parece-me muito pouco que a votação<br />
presencial seja realizada apenas em 2 dias nas Juntas <strong>de</strong> Freguesia.<br />
2 – A Câmara Municipal e a Assembleia Municipal no ano passado <strong>de</strong>cidiram atribuir a Declaração <strong>de</strong><br />
Interesse Municipal a um conjunto <strong>de</strong> empresas com vista à sua legalização ao abrigo do Decreto-<br />
Lei 165/2014. Passado um ano é tempo <strong>de</strong> ser elaborado um relatório com o ponto <strong>de</strong> situação<br />
<strong>de</strong>stes processos, tendo em conta que continuam a ser acompanhados pela Câmara e é <strong>de</strong> todo o<br />
interesse conhecer o ponto <strong>de</strong> situação e as <strong>de</strong>cisões já tomadas, positivas ou negativas, para agir<br />
em conformida<strong>de</strong>.<br />
3 – Pedido <strong>de</strong> informações: O Bloco <strong>de</strong> Esquerda vem por este meio solicitar as seguintes<br />
informações:<br />
– Quantas e quais foram as empresas convidadas a apresentar propostas <strong>de</strong> orçamento para<br />
as aulas <strong>de</strong> natação e hidroginástica para 2016/2017?<br />
– Ao contrário dos dois anos anteriores, por que razão foi <strong>de</strong>sta vez incluída nos convites uma<br />
associação <strong>de</strong>sportiva?<br />
– Qual a constituição do júri para a apreciação das propostas e se houve critérios para a constituição<br />
do mesmo?<br />
– Relatório final do júri com a proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da adjudicação, homologado pelo presi<strong>de</strong>nte com<br />
o competente <strong>de</strong>spacho.<br />
– Solicita ainda informações sobre:<br />
– O recurso a Contratos <strong>de</strong> Emprego Inserção (CEI) tem-se revelado uma forma <strong>de</strong> trabalho<br />
consi<strong>de</strong>rada “nova escravatura”. Nada tendo a ver com “trabalho socialmente útil”, na prática estes<br />
trabalhadores/as <strong>de</strong>sempregados/as ocupam postos <strong>de</strong> trabalho permanentes na administração<br />
central e local, recebendo em troca 80,00 euros/mês. Já em 2014 o Provedor <strong>de</strong> Justiça escrevia<br />
ao governo <strong>de</strong> então, acusando o Estado <strong>de</strong> abusar do trabalho <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados. Mantêm hoje a<br />
mesma posição, assim como Sindicatos e outras organizações <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos Direitos Humanos. O<br />
combate à precarida<strong>de</strong> está na or<strong>de</strong>m do dia e espera-se um Relatório do Governo da República<br />
sobre as situações <strong>de</strong> trabalho precário e <strong>de</strong> recurso aos CEI na administração pública. Como não<br />
consta nenhuma informação sobre esta matéria nos documentos do Orçamento Municipal para 2017,<br />
o BE requer as seguintes informações:<br />
– Quantos trabalhadores e trabalhadoras prestam serviço na Câmara Municipal ao abrigo dos Contratos<br />
<strong>de</strong> Emprego Inserção e que funções executam em concreto.<br />
22 Novembro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio acerca dos seguintes assuntos:<br />
– Associo-me ao voto <strong>de</strong> pesar apresentado pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte, pela morte do munícipe José<br />
Maria Amado Zuzarte Reis.<br />
– Cumprimento os e as munícipes que mais uma vez estão presentes nesta reunião pública da Câmara<br />
Municipal trazendo os seus problemas e propostas. Quanto às questões da poluição da Ribeira<br />
da Boa Água faço votos para que a próxima visita do Senhor Secretário <strong>de</strong> Estado do Ambiente, já<br />
agendada, signifique um avanço e reforço a proposta para que se realize uma sessão aberta à população.
224<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Ainda sobre esta matéria é necessário insistir junto das autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para que se realizem<br />
os estudos necessários para aferir o impacto na saú<strong>de</strong> da população da poluição existente.<br />
– Saúdo a abertura do Boletim Municipal aos partidos da oposição, aliás o cumprimento <strong>de</strong><br />
uma Diretiva da ERC, conforme o BE já tinha colocado em reunião <strong>de</strong> Câmara.<br />
– Sobre o mail que todas e todos recebemos <strong>de</strong> uma munícipe acerca do transporte escolar quero<br />
dizer o seguinte: se a Câmara municipal <strong>de</strong>cidiu assumir um serviço não <strong>de</strong>ve invocar que não era<br />
obrigada a isso quando se trata do cumprimento da legislação. Se assumiu, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong><br />
estar ou não obrigada a isso, tem que cumprir a legislação. Por outro lado, penso que a munícipe<br />
<strong>de</strong>ve receber uma resposta do Vereador responsável pelo Pelouro.<br />
– Quanto aos problemas colocados pela Senhora Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia da Meia Via,<br />
compreendo a situação no que diz respeito à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionários para a Junta, mas entendo<br />
que a solução <strong>de</strong>ve ser encontrada no âmbito das competências da Junta <strong>de</strong> Freguesia e não em<br />
situações artificiais que po<strong>de</strong>m causar outros problemas. Quanto à questão dos eucaliptos e<br />
ao cumprimento da <strong>de</strong>cisão no sentido <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r ao arranque daqueles que foram plantados<br />
ilegalmente, penso que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve acionar todos os mecanismos <strong>de</strong> fiscalização e <strong>de</strong><br />
informação às entida<strong>de</strong>s competentes.<br />
– O BE é sensível à questão aqui colocada por um munícipe no sentido da Câmara Municipal realizar<br />
algumas reuniões em horário noturno <strong>de</strong> modo a potenciar a participação <strong>de</strong> munícipes que <strong>de</strong><br />
outra forma estão impedidos <strong>de</strong> o fazer.<br />
– Chegou ao conhecimento do BE, que no Largo Humberto Delgado, não existem sacos <strong>de</strong> plástico<br />
para os <strong>de</strong>jetos dos animais, embora existam os suportes. Esta situação que prejudica os munícipes<br />
que aí se <strong>de</strong>slocam, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> imediato corrigida.<br />
– Quero ainda perguntar ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte para quando as respostas às perguntas que o BE fez<br />
por escrito, sobre o PEDU e sobre as aulas <strong>de</strong> natação, que foram entregues em 7 <strong>de</strong> Outubro e 8<br />
<strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2016 respetivamente. Por último perguntar ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte para quando as<br />
obras, já <strong>de</strong>cididas em reunião <strong>de</strong> Câmara, <strong>de</strong> arranjo da rua do Centro Republicano?”<br />
6 Dezembro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio sobre os seguintes assuntos:<br />
1 – Pintura da Variante <strong>de</strong> Riachos: na reunião <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Abril o Senhor Presi<strong>de</strong>nte disse que a<br />
pintura já estava adjudicada, mas o que é um facto é que os meses passam e está tudo na mesma.<br />
Penso que é evi<strong>de</strong>nte para todos que é necessário proce<strong>de</strong>r à pintura horizontal daquela via para<br />
segurança <strong>de</strong> quem lá transita. Para quando a sua execução?<br />
2 – Regulamento do Serviço <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Resíduos e Limpeza Urbana no Município <strong>de</strong> Torres<br />
Novas e Gestão <strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong> Construção e <strong>de</strong>molição (Assunto 676/14 e Assunto 57/15): estes<br />
assuntos foram agendados para a 1.ª reunião <strong>de</strong> 2015 (6 <strong>de</strong> Janeiro) e retirados. Nunca mais foram<br />
agendados. Porquê? Trata-se <strong>de</strong> regulamentos importantes que têm que ser <strong>de</strong>batidos na Câmara,<br />
sujeitos a discussão pública e <strong>de</strong>pois enviados para a Assembleia Municipal… pelo andar do processo<br />
termina o mandato sem os regulamentos aprovados. Para quando o <strong>de</strong>bate sobre estas matérias?<br />
3 – Tipografia Fonseca – na última reunião foi <strong>de</strong>batida uma proposta do BE sobre a posse<br />
administrativa <strong>de</strong> edifícios em ruína e em perigo no centro histórico da cida<strong>de</strong>. Um dos casos é o<br />
edifício da antiga Tipografia Fonseca, para o qual existe um projeto segundo as informações dadas<br />
na reunião. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do projeto foi consensual a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r ao fecho da<br />
porta e janelas – com vidros partidos – até hoje continua tudo na mesma. Alerto novamente o Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exigir do proprietário que a fachada do edifício em questão seja<br />
entaipada, por questões <strong>de</strong> segurança e já agora pela imagem numa rua <strong>de</strong> comércio.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
225<br />
4 – Parque Almonda: embora saiba que não é obrigatório sugiro que seja colocado um sinal <strong>de</strong><br />
STOP junto à passa<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> peões que atravessa o parque. Na prática aquela passa<strong>de</strong>ira está numa via<br />
pública que é atravessada por peões. Será <strong>de</strong> toda a conveniência garantir que os veículos respeitam<br />
a paragem naquele local. Por outro lado tem-se verificado estacionamento naquele local, o que<br />
está errado, pois trata-se <strong>de</strong> uma via para peões como qualquer outra. Lamentando que o Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte não tenha acolhido a proposta do BE para <strong>de</strong>slocar o local <strong>de</strong> estacionamento das viaturas<br />
da Câmara Municipal <strong>de</strong>ntro do parque, <strong>de</strong>ixando os locais mais próximos da entrada para os/as<br />
munícipes, fazemos votos para que estes pequenos melhoramentos sejam realizados.<br />
5 – Solicito novamente ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte a resposta às questões colocados por escrito<br />
pelo BE sobre o PEDU (em 7 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2016) e sobre o concurso para as aulas <strong>de</strong><br />
natação (8 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2016)<br />
6 – Solicito esclarecimentos sobre a situação da empresa “Transportes Faria Rodrigues &<br />
Filhos Lda.” localizada em Valhelhas. A localização <strong>de</strong>sta empresa, no meio da al<strong>de</strong>ia, origina diversos<br />
problemas para a população, que já os colocou em reunião pública da Câmara Municipal. Consultados<br />
os documentos que foram apresentados em reunião <strong>de</strong> Câmara (Assunto 462/14) várias dúvidas<br />
surgem: A empresa é <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> 2 alvarás – Alvará 31/2012, mas não tem Autorização <strong>de</strong> Utilização:<br />
Porque foi passado o alvará para a área urbana <strong>de</strong> Valhelas? Porque não tem Autorização <strong>de</strong> Utilização?<br />
Alvará 232/08 e Autorização <strong>de</strong> Utilização 38/2012 – este alvará <strong>de</strong>stina-se ao licenciamento do<br />
Depósito <strong>de</strong> Gasóleo para consumo próprio. A Informação da Fiscalização <strong>de</strong> 15/08/2014 diz que<br />
foram <strong>de</strong>tetadas outras edificações sem licenciamento prévio – junto ao muro do cemitério e um<br />
barracão agrícola. Em reunião <strong>de</strong> Câmara (2/09/2014) foi prolongada a valida<strong>de</strong> do Alvará 31/2012<br />
até 16/03/2016: Qual o ponto <strong>de</strong> situação? É inviável a manutenção <strong>de</strong>sta empresa no meio da al<strong>de</strong>ia,<br />
que esforços foram feitos para a sua <strong>de</strong>slocalização para a Zona Industrial? Entretanto, a empresa<br />
adquiriu um terreno na Rua <strong>de</strong> S. Bartolomeu, junto ao n.º 13, frente à cabine da EDP – cerca<br />
<strong>de</strong> 20.000m2: Confirma-se que este terreno está classificado como RAN no PDM? Entrou algum<br />
processo na Câmara Municipal sobre este terreno? É <strong>de</strong> todo o interesse clarificar esta situação e<br />
tomar medidas a<strong>de</strong>quadas para a preservação da al<strong>de</strong>ia e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população.<br />
20 Dezembro 2016<br />
A Vereadora Helena Pinto interveio sobre os seguintes assuntos:<br />
1 – Foi divulgada a <strong>de</strong>cisão do Governo <strong>de</strong> proibir o uso do Glifosato em espaços públicos. O BE<br />
lamenta que o Município não tenha tomado esta <strong>de</strong>cisão por sua iniciativa, mas agora tem que ser<br />
cumprida. Neste sentido foi com agrado que tivemos conhecimento que o Município <strong>de</strong> Tomar<br />
adquiriu um veículo elétrico para <strong>de</strong>servagem <strong>de</strong> ruas e praças sem produtos químicos, exemplo<br />
que <strong>de</strong>ve ser seguido por Torres Novas.<br />
2 – Obra embargada na Freguesia <strong>de</strong> Zibreira – em que ponto está este processo?<br />
3 – Obras na empresa Componatura – começaram a ser colocados uns telheiros, mas a obra está<br />
parada? Qual o ponto <strong>de</strong> situação?<br />
4 – Tipografia Fonseca – a fachada continua exatamente na mesma. A Câmara já tomou as medidas<br />
necessárias junto do proprietário para que proceda para que seja entaipada?<br />
5 – Aproxima-se o início das obras do Centro Escolar <strong>de</strong> Sta. Maria – já existe <strong>de</strong>cisão sobre o<br />
local para on<strong>de</strong> serão <strong>de</strong>slocadas as crianças enquanto <strong>de</strong>correm as obras?<br />
6 – Relembro que o BE continua à espera das questões que colocou por escrito sobre o PEDU e<br />
o concurso para as aulas <strong>de</strong> natação e também sobre a situação da empresa <strong>de</strong> camiões em Valhelas<br />
que coloquei na última reunião.
226<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
PAOD – Ano <strong>de</strong> 2017<br />
3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2017<br />
1 – Central Nuclear <strong>de</strong> Almaraz – Há muito que sabemos do perigo que representa a Central<br />
Nuclear <strong>de</strong> Almaraz, situada a cerca <strong>de</strong> 100 quilómetros da fronteira <strong>de</strong> Portugal com Espanha e a<br />
cerca <strong>de</strong> 200 quilómetros (em linha reta) do nosso Concelho, que utiliza o rio Tejo no arrefecimento.<br />
A Câmara Municipal e a Assembleia Municipal já se pronunciaram pelo encerramento <strong>de</strong>sta Central<br />
Nuclear, sublinhando o perigo que resulta <strong>de</strong> se manter em funcionamento para além daquilo que<br />
era previsto como o seu tempo <strong>de</strong> vida.<br />
Soubemos agora que o Governo do Estado Espanhol <strong>de</strong>cidiu <strong>de</strong> forma unilateral, a construção <strong>de</strong><br />
um aterro nuclear em Almaraz, o que evi<strong>de</strong>ncia a sua vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter em funcionamento esta<br />
Central. Não foi feito o estudo <strong>de</strong> impacto ambiental que a legislação europeia prevê e nem sequer<br />
foi avisado e muito menos consultado o Governo português.<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma situação gravíssima que não nos po<strong>de</strong> ser indiferente. Exorto por isso a Câmara<br />
Municipal a tomar uma posição <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nação em relação à construção <strong>de</strong>ste aterro nuclear e a<br />
intervir junto dos Municípios do Médio tejo para que se tome uma posição conjunta, que reafirme<br />
a necessida<strong>de</strong> urgente do encerramento da Central Nuclear <strong>de</strong> Almaraz. A <strong>de</strong>fesa das populações<br />
que representamos assim o exige.<br />
2 – Corrida <strong>de</strong> S. Silvestre – O BE em Assembleia Municipal perguntou ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
quais os motivos que tinham levado à não realização da Corrida <strong>de</strong> S. Silvestre este ano. A resposta<br />
foi curta e temos agora conhecimento <strong>de</strong>talhado <strong>de</strong> todo o processo através <strong>de</strong> uma nota enviada à<br />
imprensa pela União Desportiva e Recreativa da Zona Alta (UDRZA) que organizou a corrido do ano<br />
passado, embora a iniciativa tenha sido assumida (e bem) pela Câmara Municipal. Verificamos que se<br />
foi alimentado uma i<strong>de</strong>ia durante meses, mas ao mesmo tempo criando um vazio, que na prática a<br />
inviabilizou. Solicito explicações mais concretas sobre esta matéria, pois a não realização da corrida<br />
foi uma perda para o Concelho.<br />
3 – Local digno para afixar informação sobre óbito <strong>de</strong> munícipes no Mercado <strong>de</strong> Torres Novas<br />
– É normalmente afixado numa pare<strong>de</strong> do mercado municipal informação sobre o óbito <strong>de</strong> munícipes.<br />
Acontece que colados com fita-cola, rapidamente os impressos se <strong>de</strong>terioram e se rasgam. Habituados<br />
a consultar esta informação naquele local, vários munícipes tem mostrado <strong>de</strong>sagrado pela aspeto<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sleixo que acaba por acontecer. Penso que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve provi<strong>de</strong>nciar no sentido<br />
<strong>de</strong> ser colocada uma vitrine que preserve esta informação da normal <strong>de</strong>gradação, promovendo o<br />
respeito por aqueles e aquelas que faleceram.<br />
4 – Na reunião <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2016 foi aprovada uma prestação <strong>de</strong> serviços por ajuste direto<br />
para a realização <strong>de</strong> um “Estudo do tecido empresarial do concelho <strong>de</strong> Torres Novas”. Este ajuste<br />
direto mereceu o voto contra do BE, porque enten<strong>de</strong>mos que não se justificava realizar um estudo<br />
cuja informação a recolher é pública e que facilmente os serviços municipais o po<strong>de</strong>riam fazer.<br />
Passado um ano gostaria <strong>de</strong> saber qual é ponto <strong>de</strong> situação <strong>de</strong>ste estudo e, se existir, ter acesso aos<br />
seus resultados.<br />
20 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2017<br />
1 – O BE associa-se ao voto <strong>de</strong> pesar pela morte <strong>de</strong> Mário Soares.<br />
2 – Central Nuclear <strong>de</strong> Almaraz – Quero voltar a este tema, cujo impacto diz respeito a todos e<br />
todas. Os <strong>de</strong>senvolvimentos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a última reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal não são tranquilizadores: a<br />
<strong>de</strong>stacar que o Estado Espanhol avançou com a construção do Aterro <strong>de</strong> Resíduos Nucleares o que
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
227<br />
originou a apresentação <strong>de</strong> uma queixa por parte <strong>de</strong> Portugal à União Europeia e o “inci<strong>de</strong>nte” que<br />
ocorreu em Almaraz no dia 17 <strong>de</strong> Janeiro, evi<strong>de</strong>nciando, mais uma vez, a falta <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong>sta<br />
central nuclear. Os sinais positivos são, a aprovação por unanimida<strong>de</strong>, na Assembleia da República,<br />
<strong>de</strong> um voto <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nação pela construção do Aterro Nuclear e a reunião entre os Presi<strong>de</strong>ntes das<br />
Comissões Parlamentares competentes na matéria <strong>de</strong> Portugal e Espanha, na perspetiva da procura<br />
<strong>de</strong> soluções que levem ao encerramento da central.<br />
Reafirmo que este assunto <strong>de</strong>ve ser levado à Comunida<strong>de</strong> Intermunicipal do Médio Tejo, para tomada<br />
<strong>de</strong> posição e a Câmara Municipal para além <strong>de</strong> se solidarizar com os Municípios mais próximos, <strong>de</strong>ve<br />
esclarecer a população sobre o que está em causa.<br />
2 – Plano Nacional <strong>de</strong> Fiscalização e Inspeção Ambiental 2017 – O Ministro e o Secretário <strong>de</strong><br />
Estado do Ambiente estiveram ontem, em Abrantes, para apresentar este Plano. Gostaria <strong>de</strong> saber se<br />
o nosso Município esteve representado e por quem? Este Plano terá, com toda a certeza implicações<br />
no nosso município, perante os problemas <strong>de</strong> poluição que vivemos e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma fiscalização<br />
ambiental eficaz e consequente. A este propósito pergunto ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte sobre a realização<br />
da reunião com o Secretário <strong>de</strong> Estado, que se encontra pen<strong>de</strong>nte, e cuja necessida<strong>de</strong> é urgente.<br />
3 – Arranjos Largo Casais <strong>de</strong> Igreja – A obra já começou, o que saúdo, mas gostaria que o Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte me esclarecesse sobre a execução da obra – empreitada ou administração direta? E<br />
sobre o seu financiamento, já que em Orçamento a verba atribuída (50.000 euros) está como “não<br />
<strong>de</strong>finida”.<br />
4 – Vários munícipes fizeram chegar ao Bloco <strong>de</strong> Esquerda uma preocupação: a rega automática<br />
<strong>de</strong> zonas ver<strong>de</strong>s lança água para as vias que com o frio congela e causa problemas <strong>de</strong> segurança<br />
na circulação automóvel. Penso que se <strong>de</strong>veria <strong>de</strong>sligar enquanto se mantiverem as temperaturas<br />
baixas.<br />
5 – Componatura – É visível que esta empresa iniciou uma construção, que entretanto parou.<br />
Consi<strong>de</strong>ro que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve ser informada, assim como a população sobre o que se<br />
passa. Houve embargo? Embora essa <strong>de</strong>cisão seja da competência do Senhor Presi<strong>de</strong>nte, tendo em<br />
conta o tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> da empresa e as suas implicações ambientais e as queixas da população,<br />
<strong>de</strong>ve ser dada informação pública sobre o que se passa.<br />
6 – Entrego este pedido <strong>de</strong> informações ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte: O Bloco <strong>de</strong> Esquerda vem por este<br />
meio solicitar ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal cópia do Contrato <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong><br />
distribuição <strong>de</strong> energia elétrica, celebrado entre o Município <strong>de</strong> Torres Novas e a EDP Distribuição,<br />
em 28 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2001.<br />
7 – Sobre o sintético: o Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong>cidiu reagir, publicamente, à posição<br />
assumida pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda. Está no seu direito e o BE não teme nem a controvérsia nem a<br />
polémica política, bem pelo contrário. Quero reafirmar a posição que assumimos. O Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
po<strong>de</strong> dizer que não houve vistoria, que houve uma visita, po<strong>de</strong> chamar-lhe o que quiser. Mas o que<br />
é um facto é que a <strong>de</strong>slocação da Associação <strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> Santarém teve um resultado – as coisas<br />
não estão bem e não se po<strong>de</strong>m ali realizar jogos. O BE alertou sempre para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
fazer uma intervenção completa e não simplesmente “plantar” lá um sintético, sujeito inclusive a<br />
ser vandalizado, porque não foram acauteladas as obras na sua envolvente. Não foi este o caminho<br />
seguido pelo PS. Acha que como está, está bem. O BE acha que está mal. Cá estaremos para avaliar<br />
o resultado <strong>de</strong>sta obra que ficou pela meta<strong>de</strong>.<br />
31 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2017<br />
1 – PEDU – Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano: O BE consi<strong>de</strong>ra importante que se<br />
tenha realizado a sessão pública para apresentação dos pré-projectos do PEDU, mas não po<strong>de</strong>mos
228<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> referir as fragilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste processo. Já nem falo do <strong>de</strong>bate prévio que <strong>de</strong>via <strong>de</strong>terminar<br />
as opções, pois agora somos confrontadas/os com factos quase consumados. O tempo <strong>de</strong> consulta<br />
pública é muitíssimo reduzido para tantos projetos com uma implicação tão gran<strong>de</strong> na estrutura da<br />
cida<strong>de</strong>. Continua a faltar informação que é fundamental para a <strong>de</strong>cisão política. Penso que o bom<br />
senso, numa matéria tão importante como esta, aconselha a que não sejam submetidos todos os<br />
projetos, este ano, à entida<strong>de</strong> gestora do programa 2020.<br />
Sobre a informação financeira em falta apresento o seguinte pedido <strong>de</strong> informação:<br />
Penso que seria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> para a Vereação a distribuição <strong>de</strong> um mapa atualizado sobre<br />
o financiamento do PEDU. Temos a informação constante do contrato que o Presi<strong>de</strong>nte assinou,<br />
em nome da Câmara Municipal, com a entida<strong>de</strong> gestora do Programa 2020. Mas, comparando com<br />
as informações internas para os ajustes diretos para a aquisição <strong>de</strong> serviços dos diversos projetos,<br />
verifica-se que existem <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> verbas.<br />
Po<strong>de</strong>rão existir erros <strong>de</strong> interpretação, sendo por isso mesmo <strong>de</strong> enorme utilida<strong>de</strong> que exista um<br />
mapa com todos os valores previstos.<br />
Sugiro que se inclua as seguintes informações:<br />
– total geral do financiamento comunitário e total geral do financiamento da Câmara Municipal e<br />
respetiva divisão pelas 2 fases<br />
– <strong>de</strong>talhe dos custos projeto a projeto – incluindo custo do projeto, valor elegível (verba comunitária<br />
+ nacional) para a execução da obra e respetivo IVA.<br />
Só assim será possível ter a noção exata dos valores em causa e da sua programação e evitar situações <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>rrapagem no futuro. Em nome da transparência todos <strong>de</strong>vemos ter acesso a esta informação.<br />
2 – Quanto à questão que já coloquei várias vezes – sobre a concretização do ajuste direto para a<br />
aquisição <strong>de</strong> uma prestação <strong>de</strong> serviços para a elaboração <strong>de</strong> um “Estudo do tecido empresarial do<br />
concelho <strong>de</strong> Torres Novas” (Assunto 470/15), gostaria <strong>de</strong> saber se foi concretizado e não e caso<br />
tenha sido, on<strong>de</strong> está o estudo?<br />
3 – Estrada da Sapeira – nesta via as raízes das árvores estão a criar “lombas” que cada dia que<br />
passa se tornam mais perigosas para a circulação <strong>de</strong> veículos. Sugiro que a Câmara municipal tome<br />
as medidas necessárias para garantir a segurança.<br />
4 – Continua sem data marcada a reunião com o Secretário <strong>de</strong> Estado do Ambiente. Este atraso<br />
começa a ser insuportável, pois urge que a Câmara Municipal faça o ponto da situação e equacione as<br />
medidas a tomar para a reposição da legalida<strong>de</strong> urbanística da Fabrióleo e a resolução dos problemas<br />
ambientais que tanto prejudicam a população.<br />
14 <strong>de</strong> Fevereiro 2017<br />
Assuntos colocados pela Vereadora Helena Pinto<br />
Saúdo os e as munícipes presentes na reunião e acompanho as suas preocupações, nomeadamente<br />
as questões relacionadas com a poluição e o prejuízo que provoca à população do Carreiro da Areia,<br />
assim como as preocupações manifestadas por um munícipe sobre o funcionamento do Urbanismo<br />
e o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mora para as respostas. Consi<strong>de</strong>ro particularmente grave o atraso <strong>de</strong> 14 meses em<br />
relação ao projeto no âmbito da ARU-Centro Histórico.<br />
1 – Quero relembrar o Senhor Presi<strong>de</strong>nte, que existem duas propostas apresentadas pelo BE<br />
para agendamento: Aquisição carro elétrico para <strong>de</strong>servagem e Revisão Orçamental com vista ao<br />
reforço do investimento nas Freguesias.<br />
2 – Relembro também que ainda não foram respondidas as questões enviadas ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
229<br />
no dia 30 <strong>de</strong> Janeiro, sobre o financiamento do PEDU, que reputamos <strong>de</strong> fundamentais serem<br />
do conhecimento da Vereação.<br />
3 – Sobre o Índice <strong>de</strong> Transparência das Autarquias, iniciativa da Associação Transparência e<br />
Integrida<strong>de</strong> há que dizer que em 2015 o Município <strong>de</strong> Torres Novas ocupou o 6.º lugar e em 2016 <strong>de</strong>sceu<br />
para o 37.º lugar. Contrariamente ao PS o BE não consi<strong>de</strong>ra que este Índice ou ranking corresponda à<br />
realida<strong>de</strong> sobre a prática da transparência em todos os actos e procedimentos da Câmara Municipal.<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma análise a uma pequena parte dos procedimentos da autarquia. Os fatores consi<strong>de</strong>rados<br />
na avaliação são os seguintes: 1) Informação sobre a organização, composição e funcionamento do<br />
Município; 2) Planos e relatórios; 3) Impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos; 4) Relação com a<br />
socieda<strong>de</strong>; 5) Contratação pública; 6) Transparência económica-financeira; 7) Transparência na área do<br />
urbanismo e a Associação informa que este índice não me<strong>de</strong>: acessibilida<strong>de</strong> da informação; qualida<strong>de</strong><br />
da informação; a corrupção. Para que não restem dúvidas transcrevo aquilo que a própria associação<br />
diz sobre esta matéria: “as práticas <strong>de</strong> transparência do município não se resumem à disponibilização<br />
da informação em formato digital. Este é um entre vários patamares <strong>de</strong> transparência. Trata-se do nível<br />
mais básico <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> contas: disponibilizar informação aos cidadãos”.<br />
4 – Alerto para a necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r à marcação da reunião com o Secretário<br />
<strong>de</strong> Estado do Ambiente para avaliação do ponto <strong>de</strong> situação das medidas tomadas e a tomar sobre<br />
a Fabrióleo.<br />
5 – Em reunião <strong>de</strong> Câmara <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2016 coloquei um conjunto <strong>de</strong> questões sobre a<br />
situação da empresa “Transportes Faria Rodrigues & Filhos” com localização em Valhelhas,<br />
Freguesia <strong>de</strong> Olaia, nomeadamente questões que se pren<strong>de</strong>m com a valida<strong>de</strong> do alvará (que expirou<br />
em 16/03/2016) e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r a diligências que levem à sua <strong>de</strong>slocalização para<br />
a Zona Industrial, visto que o seu funcionamento não se a<strong>de</strong>qua à sua localização – uma al<strong>de</strong>ia. As<br />
respostas às questões que coloquei continuam sem resposta e mantêm-se uma situação, no mínimo<br />
irregular, que urge resolver.<br />
6 – Acessibilida<strong>de</strong>s Zona Industrial <strong>de</strong> Riachos – O Primeiro-Ministro e o Ministro das Infraestruturas<br />
anunciaram os investimentos em acessibilida<strong>de</strong>s, estando previstos 8,35 milhões <strong>de</strong> euros no que<br />
diz respeito à Zona Industrial <strong>de</strong> Riachos e do Entroncamento. Pergunto ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte se<br />
já tem conhecimento <strong>de</strong> qual o trajeto escolhido? Penso que seria <strong>de</strong> toda a importância a Câmara<br />
Municipal pronunciar-se sobre as opções colocadas.<br />
1 <strong>de</strong> Março 2017<br />
1 – Pedido <strong>de</strong> esclarecimento sobre o CDTN<br />
Na última reunião da assembleia municipal <strong>de</strong> Torres Novas, no período <strong>de</strong>stinado ao público, tomou<br />
a palavra um munícipe que se i<strong>de</strong>ntificou como João Martins e que falou, aparentemente, em nome<br />
do Clube Desportivo <strong>de</strong> Torres Novas. Dirigindo-se diretamente ao senhor presi<strong>de</strong>nte, o referido<br />
indivíduo referiu uma alegada quebra <strong>de</strong> um compromisso, tomado em reunião particular ocorrida<br />
com o senhor presi<strong>de</strong>nte da câmara, da concessão <strong>de</strong> um subsídio <strong>de</strong> 20 mil euros, por parte do<br />
município e <strong>de</strong>stinado a resolver a situação do clube perante as finanças.<br />
O referido João Martins falou, a respeito do assunto, <strong>de</strong> uma “equipa <strong>de</strong> basquetebol <strong>de</strong> alto<br />
rendimento”, não tendo ficado entendida a razão <strong>de</strong> se falar nesse aspeto tão particular.<br />
Quisemos perceber o alcance do que foi dito e aquilo que está em causa e constatámos, junto <strong>de</strong> fontes<br />
do Clube Desportivo, que o referido João Martins (JM) foi presi<strong>de</strong>nte do CDTN entre 2007 e 2009<br />
e a seguir, durante alguns anos, membro da comissão administrativa da coletivida<strong>de</strong>. Pu<strong>de</strong>mos saber<br />
também que JM nunca mais fez parte <strong>de</strong> quaisquer órgãos sociais eleitos do CDTN e que há muitos<br />
anos não integra a comissão administrativa que gere o clube nem quaisquer órgãos sociais do CDTN
230<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
– Organismo Autónomo <strong>de</strong> Basquetebol, que no universo do clube pratica essa modalida<strong>de</strong>.<br />
Por isso, estranhámos como se estabeleceu um diálogo em que o senhor presi<strong>de</strong>nte da câmara parecia<br />
prestar contas, sem ser aos representantes da coletivida<strong>de</strong>, no caso a atual comissão administrativa,<br />
sobre uma questão envolvendo a câmara e a coletivida<strong>de</strong>.<br />
Mas tendo como pano <strong>de</strong> fundo a questão fiscal do clube, que como é público não po<strong>de</strong> receber<br />
subsídios oficiais nem outros apoios <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s autárquicas há mais <strong>de</strong> quinze anos, conforme<br />
também nos foi explicado, <strong>de</strong>vido à sua situação fiscal, questionamos o facto <strong>de</strong> o senhor presi<strong>de</strong>nte<br />
ter dito, na assembleia municipal <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Fevereiro, preto no branco, que nada o impedia <strong>de</strong> propor<br />
a atribuição <strong>de</strong> uma subsídio extraordinário ao CDTN como forma <strong>de</strong> ajudar a resolver a sua situação<br />
perante o fisco. Ora, como o senhor presi<strong>de</strong>nte muito bem disse, a câmara não po<strong>de</strong> pagar dívidas<br />
fiscais <strong>de</strong> terceiros. E como neste caso, o terceiro CDTN não po<strong>de</strong> receber subsídios da câmara,<br />
parece-nos que o senhor presi<strong>de</strong>nte foi impru<strong>de</strong>nte e <strong>de</strong>scuidado nas palavras proferidas.<br />
Mas, acontece que, em Setembro <strong>de</strong> 2011, numa atitu<strong>de</strong> inédita nunca tomada em relação a outra<br />
coletivida<strong>de</strong> do concelho, a câmara adquiriu o pavilhão Matias Pedro, que estava penhorado, por<br />
cerca <strong>de</strong> 130 mil euros, por alegadamente pertencer ao CDTN, medida essa que visava exatamente e<br />
na prática, resolver <strong>de</strong> uma vez por todas a irregular situação do clube perante o fisco e a segurança<br />
social. A câmara acordou com as finanças avançar com um terço do valor como entrada e pagar o<br />
resto durante os oito meses seguintes.<br />
Passados mais <strong>de</strong> cinco anos, o pavilhão foi pago pela câmara e, aparentemente, a situação fiscal do<br />
clube ficaria resolvida, já que na altura ela não atingia o valor da penhora e da aquisição, segundo<br />
também nos foi explicado.<br />
Perante estes factos, solicitamos que o senhor presi<strong>de</strong>nte informa o executivo municipal, por escrito<br />
e com a brevida<strong>de</strong> possível, do seguinte:<br />
– Em que quadro e quando se realizou a reunião particular em que o senhor presi<strong>de</strong>nte alegadamente<br />
prometeu atribuir um subsídio <strong>de</strong> 20 mil euros ao CDTN, isto é, quais foram os órgãos legais<br />
representativos do CDTN que estiveram nessa reunião?<br />
– Tendo a câmara adquirido o pavilhão Matias Pedro por 130 mil euros, em 2011, como ficou<br />
entretanto resolvida a situação? Sabe o senhor presi<strong>de</strong>nte se essa entrada <strong>de</strong> dinheiro no fisco resolveu<br />
efetivamente a dívida do clube? Quem, por parte do município, monitorizou essa situação e possui<br />
dados que nos possam esclarecer?<br />
– Partindo do princípio que os 130 mil euros pagos pelo município na aquisição do pavilhão resolveram<br />
a situação fiscal do CDTN, qual o sentido <strong>de</strong> vir alguém, agora e ainda, pedir ajuda do município para<br />
resolver a situação fiscal do Clube?<br />
– Houve, no passado, alguma ajuda <strong>de</strong>ste montante e <strong>de</strong>ste alcance, do município a outra coletivida<strong>de</strong><br />
do concelho das várias que também tiveram situações irregulares perante o fisco?<br />
2 – Financiamento do PEDU – o Senhor Presi<strong>de</strong>nte em resposta ao pedido <strong>de</strong> informações do BE,<br />
enviou os valores globais aprovados na candidatura do PEDU e esclareceu que “não estamos vinculados<br />
aos valores atribuídos a cada projeto no âmbito do PEDU”. Assim sendo, abre-se a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer<br />
alterações. No entanto, quero novamente alertar para eventuais <strong>de</strong>svios do financiamento que se verificam<br />
ao somarmos as verbas constantes dos ajustes diretos realizados para os projetos do PEDU.<br />
3 – Aproveito para perguntar ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte como se vai <strong>de</strong>senvolver o processo no seguimento<br />
da consulta pública realizada sobre os projetos do PEDU e solicitar que sejam do conhecimento<br />
da Vereação todos os contributos enviados pelos/as munícipes.<br />
4 – Pelo que é público, para este ano, estão previstos os seguintes investimentos a concretizar pela<br />
empresa Águas do Ribatejo: Sistemas <strong>de</strong> Rexaldia, Fungalvaz, Lamarosa e Alcorochel. Pergunto se<br />
estão confirmados e se já existe algum calendário para o seu início?
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
231<br />
5 – Relembro que aguardam agendamento duas propostas apresentadas pelo BE<br />
6 – Mais uma vez pergunto se já está agendada a reunião com o Secretário <strong>de</strong> Estado do Ambiente<br />
sobre a poluição na Ribeira da Boa Água e na Bacia do Almonda?<br />
14 <strong>de</strong> Março 2017<br />
Quero saudar todas e todos os munícipes que se dirigiram a esta reunião pública da Câmara Municipal<br />
para colocar os seus problemas. Registo as questões colocadas e lamento que a maioria se arraste<br />
no tempo para terem uma solução como é o caso das valetas no Carreiro da Areia, a poluição do<br />
poço particular em Árgea e a segurança rodoviária na estrada que passa em Liteiros.<br />
Quanto à situação da al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Valhelhas, trazida aqui por representantes da Comissão <strong>de</strong><br />
Moradores, situação bem conhecida da Câmara Municipal, para a qual urge uma solução <strong>de</strong>finitiva.<br />
Não se po<strong>de</strong>rá afirmar que o assunto é <strong>de</strong>sconhecido, pois pela parte do BE, na reunião do passado<br />
dia 6 <strong>de</strong> Dezembro colocámos um conjunto <strong>de</strong> questões por escrito, para as quais ainda aguardamos<br />
resposta. Aqui <strong>de</strong>ixo as questões colocadas na altura, conforme consta da respetiva ata: “Solicito<br />
esclarecimentos sobre a situação da empresa “Transportes Faria Rodrigues & Filhos Lda.” localizada<br />
em Valhelhas. A localização <strong>de</strong>sta empresa, no meio da al<strong>de</strong>ia, origina diversos problemas para a<br />
população, que já os colocou em reunião pública da Câmara Municipal. Consultados os documentos<br />
que foram apresentados em reunião <strong>de</strong> Câmara (Assunto 462/14) várias dúvidas surgem: A empresa é<br />
<strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> 2 alvarás – Alvará 31/2012, mas não tem Autorização <strong>de</strong> Utilização: Porque foi passado<br />
o alvará para a área urbana <strong>de</strong> Valhelas? Porque não tem Autorização <strong>de</strong> Utilização? Alvará 232/08 e<br />
Autorização <strong>de</strong> Utilização 38/2012 – este alvará <strong>de</strong>stina-se ao licenciamento do Depósito <strong>de</strong> Gasóleo<br />
para consumo próprio. A Informação da Fiscalização <strong>de</strong> 15/08/2014 diz que foram <strong>de</strong>tetadas outras<br />
edificações sem licenciamento prévio – junto ao muro do cemitério e um barracão agrícola. Em<br />
reunião <strong>de</strong> Câmara (2/09/2014) foi prolongada a valida<strong>de</strong> do Alvará 31/2012 até 16/03/2016: Qual<br />
o ponto <strong>de</strong> situação? É inviável a manutenção <strong>de</strong>sta empresa no meio da al<strong>de</strong>ia, que esforços foram<br />
feitos para a sua <strong>de</strong>slocalização para a Zona Industrial? Entretanto, a empresa adquiriu um terreno<br />
na Rua <strong>de</strong> S. Bartolomeu, junto ao n.º 13, frente à cabine da EDP – cerca <strong>de</strong> 20.000m2: Confirma-se<br />
que este terreno está classificado como RAN no PDM? Entrou algum processo na Câmara Municipal<br />
sobre este terreno? É <strong>de</strong> todo o interesse clarificar esta situação e tomar medidas a<strong>de</strong>quadas para a<br />
preservação da al<strong>de</strong>ia e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população.”<br />
Sobre os documentos entregues pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte referentes à contabilida<strong>de</strong> do Clube<br />
Desportivo <strong>de</strong> Torres Novas, quero relembrar que o BE entregou um pedido <strong>de</strong> esclarecimentos<br />
sobre esta matéria na última reunião e que aguardamos resposta.<br />
Quanto ao CLDU, que teve ontem a sua primeira reunião, segundo informação do Senhor Presi<strong>de</strong>nte,<br />
queremos saudar esse facto e perguntar: Estiveram presentes todos os membros do CLDU? Foi <strong>de</strong>finida<br />
alguma metodologia <strong>de</strong> trabalho e calendário? A Vereação <strong>de</strong>ve acompanhar o <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />
trabalhos <strong>de</strong>ste Conselho. Aproveito para perguntar ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte quando receberemos a<br />
documentação sobre a consulta pública realizada. As opiniões das/dos munícipes são fundamentais<br />
para o BE no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição e fundamentação da posição que tomaremos na votação projeto<br />
a projeto do PEDU, por isso nos batemos pela sua discussão pública.<br />
Sobre a reunião com o Secretário <strong>de</strong> Estado do Ambiente, marcada para o próximo dia 21, consi<strong>de</strong>ro<br />
que a Vereação também <strong>de</strong>via estar presente. Claro que com a presença da Comissão Municipal do<br />
Ambiente nos sentimos representados, mas <strong>de</strong>vido à complexida<strong>de</strong> da matéria e tendo em conta que<br />
será a Câmara Municipal a tomar as <strong>de</strong>cisões, penso que era <strong>de</strong> toda a utilida<strong>de</strong> todos participarmos.<br />
Falou-se neste PAOD sobre várias candidaturas do Município a vários tipos <strong>de</strong> programas, penso que<br />
é <strong>de</strong> toda a utilida<strong>de</strong> que a Vereação seja informada sobre todas as candidaturas entregues<br />
em nome do Município e solicito essa informação ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte.
232<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Por último, quero saudar a divulgação da <strong>de</strong>scoberta científica ocorrida na Gruta da Aroeira,<br />
no nosso concelho, que penso ser <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> alcance. Saúdo a Vereadora Filipa Rodrigues que esteve<br />
pessoalmente e a nível profissional envolvida neste trabalho, assim como toda a equipa. A divulgação<br />
<strong>de</strong>ste acontecimento e a <strong>de</strong>mocratização do conhecimento que ele permite <strong>de</strong>ve agora ser objetivo<br />
a alcançar também aqui no concelho.<br />
28 <strong>de</strong> Março 2017<br />
Associo-me ao voto <strong>de</strong> pesar pelo falecimento do funcionário da Câmara Municipal António Júlio,<br />
apresentado pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte.<br />
1 – Sobre o Regulamento do Serviço <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Resíduos e Limpeza Urbana no Município<br />
<strong>de</strong> Torres Novas (Assunto 676/14, apresentado na reunião <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2015 e retirado) e<br />
sobre a Gestão <strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong> Construção e Demolição (Assunto 57/15, apresentado na reunião<br />
<strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2015 e retirado), pergunto qual o motivo para estes assuntos, importantes no<br />
contexto ambiental do concelho, não serem tratados e <strong>de</strong>cididos? Ou existe vonta<strong>de</strong> política para<br />
aprovar o Regulamento, o que tem que ser feito rapidamente, ou o mandato termina <strong>de</strong>ixando o<br />
assunto na gaveta. Alertei para esta situação na reunião <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2016.<br />
2 – Situação da empresa Componatura – a última informação que foi dada à Vereação é que existia<br />
um embargo da Câmara Municipal às obras que tinham sido iniciadas. Qual o ponto da situação?<br />
3 – Nicho <strong>de</strong> Riachos – Na reunião <strong>de</strong> Câmara <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2014 foi <strong>de</strong>cidido ce<strong>de</strong>r à<br />
Congregação das Testemunhas <strong>de</strong> Jeová um terreno em Nicho <strong>de</strong> Riachos. O terreno cedido fazia<br />
parte das cedências obrigatórias para o domínio público, por parte do loteador. O pedido <strong>de</strong>stinavase<br />
à construção <strong>de</strong> um auditório, que do nosso ponto <strong>de</strong> vista não será <strong>de</strong> utilização coletiva, mas<br />
sim <strong>de</strong>stinado aos membros da Congregação. Houve um entendimento diferente e a cedência foi<br />
aprovada, tendo o BE votado contra. Com a colocação do Aviso sobre a construção a população<br />
questiona: foi cedido todo o terreno? É mesmo necessário? Existia a expectativa <strong>de</strong> construir ali um<br />
parque para a população. A Junta <strong>de</strong> Freguesia colocou mesmo mesas e bancos. Não será possível<br />
conciliar as duas coisas, <strong>de</strong> modo a que a população não fique privada da totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terrenos que<br />
são do domínio público? Já existe projeto para a construção do auditório?<br />
4 – A Câmara <strong>de</strong>cidiu <strong>de</strong>legar as competências sobre os processos especiais <strong>de</strong> legalização no Vereador<br />
do Pelouro, mas ficou acordado que seria distribuído à Vereação, com regularida<strong>de</strong>, uma listagem<br />
sobre esses processos, mas tal ainda não aconteceu.<br />
5 – Aproveito para solicitar ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte que seja entregue uma listagem <strong>de</strong> todas as<br />
candidaturas a financiamento <strong>de</strong> projetos apresentadas pelo Município.<br />
6 – Continuamos sem ter acesso aos contributos dos munícipes sobre o PEDU no âmbito da consulta<br />
pública realizada, o que é inadmissível.<br />
7 – Pergunto novamente sobre a marcação da reunião com o Secretário <strong>de</strong> Estado do Ambiente,<br />
que como todos sabemos é urgentíssima.<br />
11 <strong>de</strong> Abril 2017<br />
1 – Saúdo os e as munícipes que participam neste reunião pública da Câmara Municipal e<br />
registo as questões que aqui expuseram: a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuir os tempos <strong>de</strong> ocupação dos<br />
equipamentos <strong>de</strong>sportivos <strong>de</strong> modo a que todos os clubes possam usufruir <strong>de</strong>sses equipamentos<br />
e fomentar a prática <strong>de</strong>sportiva; a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se abrir concurso para a atribuição <strong>de</strong> licenças<br />
<strong>de</strong> táxi – o BE estava preparado para tomar a <strong>de</strong>cisão na última reunião; a cedência <strong>de</strong> espaço<br />
público para uma horta pedagógica da Aca<strong>de</strong>mia Júnior – o que <strong>de</strong>verá ser feito com toda a
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
233<br />
transparência dado tratar-se <strong>de</strong> uma iniciativa privada; a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar a acompanhar<br />
e encontrar uma solução para os problemas da poluição da Ribeira da Boa Água e do Rio<br />
Almonda e concretamente a situação da Fabrióleo, solução que terá que ser encontrada após a<br />
fiscalização anunciada para o próximo mês <strong>de</strong> Maio a realizar por todas as entida<strong>de</strong>s envolvidas<br />
neste processo.<br />
2 – Lamento que o programa das comemorações do 25 <strong>de</strong> Abril seja tão limitado. Se o assunto<br />
tivesse sido tratado com a antecedência necessária e a sua elaboração partilhada, seria com toda a<br />
certeza possível ter umas comemorações mais dignas para este data tão importante para a Democracia<br />
Portuguesa.<br />
3 – Sobre a in<strong>de</strong>mnização ao Grupo LENA, fruto <strong>de</strong> mais uma acordo em Tribunal, para o qual<br />
a Vereação não foi chamada a pronunciar-se e já que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte chamou ao <strong>de</strong>bate o<br />
comunicado do BE, reafirmo tudo o que <strong>de</strong>le consta e que expressa a nossa posição, sobre mais esta<br />
<strong>de</strong>cisão contrária aos interesses do Município, que só responsabiliza o PS: O Município <strong>de</strong> Torres<br />
celebrou um acordo, já homologado pelo Tribunal Administrativo e Fiscal <strong>de</strong> Leiria, com a Construtora<br />
do LENA, em que vai pagar 280 mil euros <strong>de</strong> in<strong>de</strong>mnização, no âmbito do litígio sobre as obras <strong>de</strong><br />
reabilitação do edifício do antigo Hospital.<br />
A in<strong>de</strong>mnização <strong>de</strong>ve-se ao facto das obras do antigo hospital terem sido suspensas e posteriormente<br />
entregues a outra empresa que ganhou o concurso para a sua continuação. As obras foram suspensas<br />
porque foram iniciadas sem as <strong>de</strong>vidas autorizações e sem que fossem cumpridos todos os requisitos<br />
legais. A única responsabilida<strong>de</strong> pelo <strong>de</strong>sbaratar dos dinheiros públicos cabe ao PS <strong>de</strong> Torres Novas.<br />
O BE acusa o PS <strong>de</strong> gestão ruinosa e <strong>de</strong> incompetência à frente dos <strong>de</strong>stinos do município. Os<br />
negócios da câmara municipal gerida pelo PS, com o Grupo Lena, são tudo menos transparentes:<br />
antigo hospital, Parque Almonda, terreno das Cotôas. A <strong>de</strong>fesa dos interesses públicos exige que o<br />
PS justifique à população do concelho estas <strong>de</strong>cisões, assim como quais os motivos que justificam o<br />
conteúdo do Acordo e o valor da in<strong>de</strong>mnização. Sublinhe-se que a Câmara Municipal não acompanhou,<br />
nem teve conhecimento prévio do conteúdo <strong>de</strong>ste Acordo. A lisura nos negócios, a transparência e<br />
a <strong>de</strong>mocracia, são fatores <strong>de</strong>masiado importantes para que se <strong>de</strong>ixe tudo na mesma.<br />
26 <strong>de</strong> Abril 2017<br />
1 – Uma munícipe escreveu uma longa carta sobre a Feira <strong>de</strong> Março, publicada num jornal local,<br />
que acho que merece toda a atenção da Câmara Municipal. De facto a Feira <strong>de</strong> Março, no local<br />
on<strong>de</strong> se realizou, apresentou sinais <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação, que <strong>de</strong>svalorizam a feira e o município, e originou<br />
diversas queixas por parte <strong>de</strong> moradores naquela zona da cida<strong>de</strong>. Mesmo sabendo que, em princípio,<br />
terá sido a última edição da feira naquele local, penso que a opinião publicada não nos <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar<br />
indiferentes e <strong>de</strong>ve merecer a nossa atenção. Temos, pois, uma boa oportunida<strong>de</strong> e tempo para<br />
pensar no futuro da Feira <strong>de</strong> Março, quer em termos da sua localização, quer em termos do seu<br />
programa e funcionamento.<br />
2 – Tive também conhecimento, através <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> social que uma munícipe apresentou um<br />
trabalho académico sobre a reabilitação da antiga Fábrica <strong>de</strong> Fiação e Tecidos. Sei também<br />
que a munícipe já falou com o Vice-Presi<strong>de</strong>nte. Consi<strong>de</strong>ro que o trabalho em questão merecia ser<br />
apresentado a toda a Vereação para ser valorizado e que o interesse da Câmara seja incentivador<br />
<strong>de</strong> outros trabalhos científicos sobre o nosso concelho. Embora, a reabilitação daquele espaço não<br />
esteja na or<strong>de</strong>m do dia, nada impe<strong>de</strong> que se conheça este trabalho e as i<strong>de</strong>ias que apresenta.<br />
3 – Tive conhecimento da situação <strong>de</strong> um munícipe, que aguarda há bastante tempo, pela libertação<br />
<strong>de</strong> uma garantia bancária, <strong>de</strong> um loteamento cujo alvará já caducou em 2009. O facto da garantia<br />
bancária não ser libertada implica obrigações financeiras que o munícipe não tem condições <strong>de</strong><br />
assumir. Apelo ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte para a rápida solução <strong>de</strong>sta situação.
234<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
4 – Já que se falou da adoção <strong>de</strong> animais, chamo a atenção para o estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação dos<br />
pavilhões que são colocados no jardim municipal em dia <strong>de</strong> adoção. O seu estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação<br />
dá uma péssima imagem. Penso que não será complicado, no mínimo, pintar os referidos<br />
pavilhões.<br />
5 – Fala-se muito na promoção do concelho e das suas belezas naturais. Enfatiza-se o facto <strong>de</strong> a<br />
propósito da visita do Papa, muitas pessoas visitarem e passarem pelo concelho. Acontece que os<br />
painéis informativos sobre a “Rota do Almonda” existentes no concelho, a começar por aquele que<br />
está no centro da cida<strong>de</strong>, junto à Tarambola, estão rasgados e em adiantado estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação.<br />
Proponho a reposição <strong>de</strong>stes cartazes.<br />
6 – Apresento as seguintes propostas do BE, para futuros agendamentos: Promoção <strong>de</strong> hortas urbanas;<br />
Reabilitação da Casa do Povo <strong>de</strong> Riachos; Arranjo <strong>de</strong> <strong>de</strong>snível na estrada municipal na freguesia <strong>de</strong><br />
Pedrogão.<br />
9 <strong>de</strong> Maio 2017<br />
1 – Quanto às questões que me foram colocadas pelo munícipe Miguel Bento tenho a dizer que o<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda apresentou, em <strong>de</strong>vido tempo, um conjunto <strong>de</strong> propostas sobre o PEDU, que<br />
foram divulgadas publicamente e po<strong>de</strong>m ser consultadas on-line ou nas actas da Câmara Municipal.<br />
2 – Estação elevatória em construção na Ribeira, junto à zona <strong>de</strong> lazer – Tive conhecimento da<br />
<strong>de</strong>núncia da CDU, que consi<strong>de</strong>ro pertinente e <strong>de</strong>sloquei-me ao local, on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong> confirmar que aquela<br />
construção não faz nenhum sentido naquele local. Penso que a obra <strong>de</strong>ve ser parada <strong>de</strong> imediato e<br />
que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve provi<strong>de</strong>nciar nesse sentido.<br />
3 – Pergunto ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte qual o ponto da situação sobre a empresa Fabrióleo e se já está<br />
marcada a ação fiscalizadora das várias entida<strong>de</strong>s envolvidas no licenciamento da referida empresa?<br />
4 – Apresento duas propostas do Bloco <strong>de</strong> Esquerda para futuro agendamento:<br />
– Sobre a admissão <strong>de</strong> assistentes operacionais (auxiliares <strong>de</strong> acção educativa)<br />
– Sobre a concessão <strong>de</strong> exploração da central pública <strong>de</strong> camionagem à Rodoviária do Tejo<br />
23 <strong>de</strong> Maio 2017<br />
1 – Está a <strong>de</strong>correr, na Rua do Centro Republicano, a obra <strong>de</strong> alinhamento do passeio. Chamo<br />
a atenção para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar um local para os contentores <strong>de</strong> resíduos, que não o<br />
actual, <strong>de</strong> modo a que a passagem fique livre para as pessoas, permitindo também uma imagem sem<br />
obstáculos.<br />
2 – Penso que a Câmara Municipal <strong>de</strong>veria ter oferecido pulseiras da Feira <strong>de</strong> Época aos<br />
comerciantes da zona, numa atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> cortesia e para minorar alguns inconvenientes que este<br />
evento sempre tem.<br />
3 – Sobre a Estação Elevatória em construção na Ribeira, dou nota da mensagem que recebemos<br />
dos/as moradores/as e reafirmo o que já disse: a obra tem que parar. Verifica-se o contrário, a obra<br />
continua, apesar <strong>de</strong> todas as questões levantadas quanto à sua localização.<br />
4 – O BE apresenta o seguinte pedido <strong>de</strong> esclarecimentos:<br />
Pedido <strong>de</strong> esclarecimento sobre os terrenos municipais<br />
da Várzea dos Mesiões/Cancela do Leão<br />
Os terrenos adquiridos pelo município na Várzea dos Mesiões/Cancela do Leão foram constituídos<br />
através <strong>de</strong> dois prédios, em aquisições diferenciadas a saber:
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
235<br />
Prédio 1<br />
Em 1961, a Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas adquiriu uma primeira parcela <strong>de</strong> terrenos na Várzea<br />
dos Mesiões/Cancela do Leão à família São Gião, com a área <strong>de</strong> 44 445m2 e pelo valor <strong>de</strong> 242 contos;<br />
Em 1963, <strong>de</strong>ste terreno ven<strong>de</strong>u 5400m2 aos CTT, para instalação <strong>de</strong> imóvel da empresa; Em 1969,<br />
ven<strong>de</strong>u mais uma parcela <strong>de</strong> 5000m2 aos CTT; Deste terreno, saíram nos anos 90 mais 5000m2 para<br />
o Nersant (artigo urbano), <strong>de</strong>stinados à implantação da se<strong>de</strong> da associação<br />
Prédio 2<br />
O terreno, o segundo a ser comprado pela autarquia naquela zona, com a área <strong>de</strong> 18 715m2, foi<br />
adquirido pela câmara por arrematação judicial e pelo valor <strong>de</strong> 3810 contos; Por escritura ref.<br />
02/14/83773, <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2006, proce<strong>de</strong>u-se à alienação <strong>de</strong>ste terreno;<br />
Junção das parcelas<br />
No ano <strong>de</strong> 2000, entretanto, a câmara municipal tinha promovido a junção dos dois terrenos, a<br />
segunda parcela e o que restava do primeiro terreno, tendo sido atribuída a área <strong>de</strong> 51 720m2 aos<br />
terrenos ainda património do município;<br />
Os terrenos passam à proprieda<strong>de</strong> do Nersant<br />
Em 2006, por escritura <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Dezembro, todo o terreno foi dado à Nersant, sob a figura “<strong>de</strong><br />
dação <strong>de</strong> imóvel em pagamento <strong>de</strong> dívida”.<br />
A câmara assumia que <strong>de</strong>via uma quantia, não quantificada e não caracterizada na escritura,<br />
no âmbito <strong>de</strong> um protocolo que havia assinado em 1999 e aprovado por <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong><br />
Setembro <strong>de</strong> 1999;<br />
Na escritura <strong>de</strong> dação em pagamento <strong>de</strong> dívida, a câmara municipal dá à Nersant uma parcela <strong>de</strong><br />
terreno com a área <strong>de</strong> 48 950m2 especificando que é “para construção urbana” e que no momento<br />
está registada na matriz predial da freguesia <strong>de</strong> Santa Maria com o número P3534; Na escritura, dizse<br />
que os terrenos foram avaliados em 91 mil euros; Nessa escritura, obriga-se ainda o Município a<br />
dar cumprimento a todas as condições previstas no protocolo <strong>de</strong> 1999.<br />
Conclusão<br />
A Nersant é proprietária <strong>de</strong> todos os terrenos que se avistam, envolventes do seu pavilhão, da sua<br />
se<strong>de</strong> e da escola profissional. Esses terrenos foram avaliados em dois euros por m2, terrenos, notese,<br />
passíveis <strong>de</strong> serem usados para construção urbana, embora estejam em zona consi<strong>de</strong>rada “leito<br />
<strong>de</strong> cheia”.<br />
Com toda esta operação <strong>de</strong> contornos aparentemente duvidosos, o município <strong>de</strong>sfez-se da posse<br />
<strong>de</strong> terrenos estrategicamente importantes no contexto do planeamento da cida<strong>de</strong>, alienando-os por<br />
meio <strong>de</strong> uma avaliação ridícula e para compensação <strong>de</strong> “dívidas” que não são explicitadas, tratando-se,<br />
à partida, e sem mais elementos disponíveis que o neguem, <strong>de</strong> uma operação que lesou o próprio<br />
município e o interesse público.<br />
ESCLARECIMENTO<br />
Em face <strong>de</strong>ste quadro, a vereadora do Bloco <strong>de</strong> Esquerda na Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas solicita,<br />
no prazo <strong>de</strong> 20 dias, um cabal e completo esclarecimento <strong>de</strong>stes factos aos serviços competentes<br />
do município e à gestão socialista, nomeadamente:<br />
Que dívidas do município à Nersant, e quem por elas foi responsável, estiveram na origem na entrega<br />
dos terrenos à Nersant? Isto é, quem por actos ou omissões contraiu as alegadas dívidas à Nersant?<br />
Quem <strong>de</strong>liberou aceitar essas dívidas e quem <strong>de</strong>liberou ratificá-las <strong>de</strong> modo a que o município pu<strong>de</strong>sse<br />
alienar terrenos tão valiosos? Quem foram os dirigentes e/ou autarcas que estiveram envolvidos nas<br />
negociações?
236<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Em face das respostas e da sua coerência, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda tudo fará para esclarecer e levar às<br />
últimas consequências a <strong>de</strong>fesa do interesse público e dos interesses do município em particular.<br />
6 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2017<br />
Saúdo todas e todos os munícipes presentes nesta reunião da Câmara Municipal.<br />
Quanto à questão da construção da estação elevatória junto ao rio Almonda em Ribeira Ruiva,<br />
os munícipes presentes têm toda a razão. Ainda é possível impedir esta construção, mas se tal tivesse<br />
acontecido quando a Câmara teve conhecimento, muita coisa teria sido evitada. Sobre esta matéria<br />
é importante que fique claro:<br />
1 – O facto da obra estar a cargo da Águas do Ribatejo e <strong>de</strong> ser da sua responsabilida<strong>de</strong> a candidatura<br />
a fundos comunitários, não significa que a AR tenha quaisquer po<strong>de</strong>res especiais. O que mais faltava<br />
era a Câmara Municipal estar impedida <strong>de</strong> exercer as suas funções e competências, nomeadamente<br />
sobre o que se constrói e on<strong>de</strong>;<br />
2 – Não sei quanto custa a <strong>de</strong>slocalização <strong>de</strong>sta obra, mas sei que cada dia que passa custa mais<br />
caro. Este assunto foi abordado na reunião <strong>de</strong> Câmara <strong>de</strong> dia 9 <strong>de</strong> Maio e a obra <strong>de</strong>veria ter parado<br />
imediatamente. Há uma coisa que se chama “vonta<strong>de</strong> política” para agir. Nada impediu ou impe<strong>de</strong><br />
a Câmara Municipal <strong>de</strong> dizer à Águas do Ribatejo para parar a obra e para estudar outra solução. É<br />
unânime que a estação elevatória não po<strong>de</strong> ficar naquele local.<br />
Quanto às questões relacionadas com o estacionamento no centro histórico da cida<strong>de</strong>, todos<br />
sabemos que é um problema difícil <strong>de</strong> resolver e que não é possível encontrar uma solução que agra<strong>de</strong><br />
a toda a gente. Por isso mesmo a Câmara <strong>de</strong>ve ter uma política clara e transparente. O estacionamento<br />
<strong>de</strong>ve ser reor<strong>de</strong>nado, as soluções discutidas, nomeadamente com quem tem comércio na zona e <strong>de</strong><br />
forma transparente serem tomadas <strong>de</strong>cisões e aplicadas. Como está não po<strong>de</strong> continuar.<br />
Outros Assuntos:<br />
1 – Em que ponto está a <strong>de</strong>slocalização da empresa <strong>de</strong> camionagem situada em Valhelhas.<br />
Da visita da Câmara Municipal ao local e em reunião posterior foi informado que a empresa teria<br />
concordado com a <strong>de</strong>slocalização para a Zona Industrial. No entanto não se conhecem avanços nesta<br />
matéria, nomeadamente da hasta pública para aquisição <strong>de</strong> terrenos, assim como do <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do processo aberto nos serviços <strong>de</strong> urbanismo sobre a ilegalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construções no local.<br />
2 – Obras na empresa Componatura: Penso que seria <strong>de</strong> toda a utilida<strong>de</strong>, em nome da transparência<br />
e do direito à informação <strong>de</strong> todos/as os/as munícipes que a Câmara Municipal informasse o ponto<br />
<strong>de</strong> situação em relação à empresa Componatura. Sabemos que a empresa foi alvo <strong>de</strong> uma inspecção<br />
que <strong>de</strong>tectou irregularida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>pois foi alvo <strong>de</strong> um embargo da Câmara Municipal e neste momento<br />
há gran<strong>de</strong>s movimentações <strong>de</strong> terras que sugerem a construção <strong>de</strong> uma via. Trata-se uma empresa,<br />
cuja laboração, tem gran<strong>de</strong>s impactos ambientais e é preciso saber o que está a ser feito.<br />
3 – Rua do Centro Republicano: finalmente a obra <strong>de</strong> alinhamento do passeio está a ser executada.<br />
Já levantei esta questão em reunião anterior e refirmo que tem que ser encontrada uma solução para<br />
a colocação dos contentores. Fazer esta obra e <strong>de</strong>ixar lá os contentores é fazer as coisas pela meta<strong>de</strong>.<br />
O passeio <strong>de</strong>ve ficar livre para as pessoas circularem, mas também se <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar a paisagem livre<br />
e não colocar contentores junto à ponte, numa zona que vai ser requalificada em breve.<br />
4 – Passeio na rua Salgueiro Maia – As obras <strong>de</strong> urbanização do Fundo Imobiliário Novimovest,<br />
reduziram o passeio, criando mais espaços <strong>de</strong> estacionamento. O problema já foi por mim levantado<br />
e <strong>de</strong>via ser exigido a reposição do passeio, pois nada justifica mais lugares <strong>de</strong> estacionamento naquele<br />
local.<br />
5 – Recolha <strong>de</strong> resíduos e limpeza no concelho: Vivemos uma situação particular, o concurso
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
237<br />
público para este serviço encontra-se suspenso por or<strong>de</strong>m do Tribunal. Em consequência têm sido<br />
realizados sucessivos ajustes directos com a firma Ferrovial, para garantir que este serviço público<br />
essencial não sofre interrupções. No entanto nota-se que existe um <strong>de</strong>scuido crescente em relação<br />
ao cumprimento do serviço adjudicado. As queixas são muitas. Des<strong>de</strong> o acumular <strong>de</strong> resíduos por<br />
ausência <strong>de</strong> recolha, quando são recolhidos ficam as vias todas sujas e <strong>de</strong>vido a avaria do camião <strong>de</strong><br />
lavagens os contentores não têm sido lavados. Infelizmente o acompanhamento político <strong>de</strong>sta área<br />
não se faz, pois não existe informação concreta sobre o que cumpre e não cumpre a empresa que<br />
presta o serviço. Esta situação exige uma tomada <strong>de</strong> posição firme por parte da Câmara Municipal<br />
e se necessário acionar as cláusulas sancionatórias. Por último, penso que todos sabemos que nas<br />
últimas semanas foram aplicados produtos químicos na <strong>de</strong>servagem, provavelmente para gastarem<br />
as reservas <strong>de</strong> glifosato. A partir do passado dia 2 <strong>de</strong> Junho é proibido utilizar glifosato nos espaços<br />
públicos, situação que <strong>de</strong>ve ser acompanhada para garantir o seu cabal cumprimento.
Declarações<br />
<strong>de</strong> voto
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
241<br />
Declarações <strong>de</strong> voto em 2013<br />
5 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013<br />
Pavilhão <strong>de</strong> Riachos – Utilização pela escola Chora Barroso – Emissão <strong>de</strong> parecer<br />
sobre o caráter não subordinado e ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho (Assunto 529/13)<br />
“O pavilhão <strong>de</strong> Riachos começou a ser construído ainda em finais dos anos 80 através da Comissão<br />
<strong>de</strong> Melhoramentos <strong>de</strong> Riachos, uma estrutura semi-oficial que recolheu financiamentos públicos<br />
e outros com vista à construção do pavilhão, sendo o projeto inicial da autoria do arquiteto da<br />
câmara (no momento, era a ajuda da câmara ao empreendimento).<br />
A obra caiu num impasse, por falta <strong>de</strong> financiamento e <strong>de</strong> enquadramento institucional, <strong>de</strong> certo<br />
modo, e só em finais dos anos 90 a câmara <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rar o processo, conseguindo financiamento<br />
para levar por diante a conclusão da obra.<br />
No ano <strong>de</strong> 2001 o pavilhão era inaugurado como obra <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> municipal, com o fim<br />
<strong>de</strong> ser utilizado pelas escolas na sua ativida<strong>de</strong> letiva e pelos clubes da freguesia após o horário<br />
letivo, tendo funcionado assim por vários anos, garantindo o município o pessoal necessário ao<br />
seu funcionamento bem como os encargos com água e eletricida<strong>de</strong>.<br />
Recentemente, o pavilhão foi integrado no património da empresa municipal, ficando esta com<br />
a incumbência <strong>de</strong> o alugar e arrecadar as respetivas receitas. Assim, chega-se a esta paradoxal<br />
situação:<br />
– O município construiu, através <strong>de</strong> financiamento próprio e público, um pavilhão para permitir<br />
as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação física das escolas <strong>de</strong> Riachos, por ser sua competência garantir essas<br />
infraestruturas;<br />
– Alienou esse património a uma empresa municipal <strong>de</strong> modo a garantir-lhe receitas com vista<br />
à sua sustentabilida<strong>de</strong>;<br />
– Vai pagar, à empresa, a utilização do equipamento pela escola Chora Barroso <strong>de</strong> Riachos,<br />
equipamento que construiu para esse fim, da mesma forma que os clubes <strong>de</strong>sportivos <strong>de</strong> Riachos<br />
vão pagar a utilização do mesmo pavilhão, sendo alegadamente ressarcidos pelo município<br />
<strong>de</strong>sses encargos, num cenário <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> criativa e engenharia financeira que visa, apenas,<br />
financiar sub-repticiamente a empresa municipal;<br />
– Esse encargo cifra-se em mais <strong>de</strong> 46 mil euros, mais IVA (estamos a falar só da parte da<br />
utilização da escola) para a utilização do pavilhão, pela escola, apenas no horário letivo (<strong>de</strong><br />
segunda a sexta e entre as 8h30 e as 17h30);<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda é contra esta engenharia financeira, que só se justifica <strong>de</strong>vido à existência<br />
<strong>de</strong> uma empresa municipal, cujos serviços e pessoal <strong>de</strong>via ser integrado na Câmara Municipal.<br />
Votamos contra.<br />
A propósito <strong>de</strong>sta matéria torna-se necessário que a Câmara Municipal seja informada das tarifas<br />
praticadas pela Turrisespaços e também sobre qual a política a seguir no caso dos clubes que<br />
utilizam o Pavilhão (e outros equipamentos) e lhes é cobrado por essa utilização.<br />
Vai a Câmara ressarcir os Clubes <strong>de</strong>sse pagamento?”
242<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Declarações <strong>de</strong> voto em 2014<br />
28 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2014<br />
Em relação ao assunto 50/14, “Autorização genérica prévia no âmbito da Lei 8/2012, <strong>de</strong> 21<br />
<strong>de</strong> Fevereiro e do Decreto-Lei 127/12, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> Junho”, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda votou contra,<br />
porque enten<strong>de</strong> que o Executivo Municipal não tem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recorrer a esta autorização<br />
genérica (até 100 mil euros), sobretudo numa situação em que a situação da financeira do município<br />
é difícil e complicada. É certo que está <strong>de</strong>ntro do previsto na Lei, mas <strong>de</strong>veria ser dado um sinal<br />
quer à Assembleia Municipal, quer aos e às munícipes, <strong>de</strong> uma nova prática no que diz respeito às<br />
<strong>de</strong>spesas a realizar.<br />
3 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2014<br />
Rodoviária do Tejo – Alteração à intervenção apresentada em reunião <strong>de</strong> Câmara<br />
<strong>de</strong> 05.03.2014 / aceitação <strong>de</strong> parcela <strong>de</strong> terreno em domínio público / aceitação<br />
da contabilização da área da parcela em causa, no cálculo das áreas <strong>de</strong> cedência<br />
<strong>de</strong> futuro projeto <strong>de</strong> loteamento (Assunto 293/14)<br />
A Sra. Vereadora Helena Pinto apresentou a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto: “A proposta presente<br />
à Câmara Municipal não é suficientemente esclarecedora sobre aspetos que para o Bloco <strong>de</strong><br />
Esquerda são fundamentais num processo <strong>de</strong> loteamento. Acresce que a Câmara Municipal está<br />
a tomar <strong>de</strong>cisões sem ter uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> qual é o projeto para o futuro loteamento. Vejamos:<br />
É proposto que a Câmara Municipal aceite em domínio público uma parcela <strong>de</strong> terreno <strong>de</strong><br />
344m2, e que aceite que a referida área seja contabilizada no cálculo global da área <strong>de</strong> cedência<br />
pública no âmbito do projeto <strong>de</strong> loteamento que futuramente a Rodoviária do Tejo venha a<br />
apresentar. Mas não existe, nem sequer uma estimativa, do total <strong>de</strong> área que o loteador terá<br />
que ce<strong>de</strong>r para o domínio público. Tal cálculo po<strong>de</strong>ria ser feito, com base naquilo que o PDM<br />
permite construir naquela área. Mesmo sem serem os valores <strong>de</strong>finitivos a Câmara Municipal<br />
saberia que o total <strong>de</strong> área a ce<strong>de</strong>r ao domínio público era <strong>de</strong> X, mas que <strong>de</strong>vido ao facto <strong>de</strong><br />
ainda não ser presente o projeto em concreto, agora a área a receber é <strong>de</strong> 344m2. Com esta<br />
<strong>de</strong>cisão apenas sabemos que recebemos agora 344m2. Acresce a isto o facto da Rodoviária do<br />
Tejo, no “projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>molição” apresentar a construção <strong>de</strong> um novo muro confinante com a<br />
via pública na Rua 1.º <strong>de</strong> Maio, com a altura <strong>de</strong> 3,30 metros (Informação Interna I/5435/13-DIT/<br />
IT). Na reunião <strong>de</strong> Câmara questionei qual a norma legal que po<strong>de</strong>ria sustentar a construção <strong>de</strong><br />
um muro com esta altura, já que esta matéria está enquadrada no Regulamento n.º 893/2010 –<br />
Regulamento Municipal <strong>de</strong> Urbanização e Edificação <strong>de</strong> Torres Novas, publicado em Diário da<br />
República, 2.ª série – N.º 244 <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2010, que no n.º 3 do artigo 18.º diz:<br />
“Os muros <strong>de</strong> vedação adjacentes à via pública não po<strong>de</strong>rão ter altura superior à <strong>de</strong>finida no<br />
artigo 59.º da Lei n.º 2110 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1961”. O artigo 59.º da referida Lei estabelece<br />
a altura máxima como 1,20 metros. O Senhor Vereador Paulo Tojo informou, oralmente, que a<br />
altura do muro seria <strong>de</strong> 2,23 metros e em alguns locais 2,42 metros, não esclarecendo qual o<br />
enquadramento legal <strong>de</strong>stas medidas. No entanto nada está escrito sobre esta matéria. Acresce<br />
ainda que “os trabalhos no exterior do novo muro fiquem a cargo do município” o que também<br />
não se enten<strong>de</strong>, significando mais um encargo. Por todos estes motivos, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />
votou contra as medidas propostas. Registamos como positivo o facto da via (Rua 1.º <strong>de</strong> Maio)<br />
ser alargada em 2 metros, consi<strong>de</strong>rado o “mínimo” para melhorar as condições <strong>de</strong> circulação<br />
<strong>de</strong> veículos e peões, conforme se assinala na Informação Interna I/5435/13 – DIT/IT.”
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
243<br />
17 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2014<br />
Prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> auditoria externa e certificação legal <strong>de</strong> contas (Assunto 53/14)<br />
A adjudicação da prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> auditoria externa e certificação legal <strong>de</strong> contas (Proc.<br />
30P/2013) à única empresa que apresentou proposta fora do prazo estipulado para o efeito merece<br />
a discordância do Bloco <strong>de</strong> Esquerda. As normas não foram cumpridas. Num procedimento por<br />
convite, como é o caso, não tendo sido cumpridas as normas, o processo <strong>de</strong>veria ter voltado ao seu<br />
início imediatamente. Não se argumente agora com a urgência da situação, o que não colocamos em<br />
dúvida, mas se tal tivesse acontecido teria havido o tempo suficiente para realizar outra consulta. O<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda votou contra a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> adjudicar este serviço à única empresa que respon<strong>de</strong>u<br />
fora do prazo estipulado.<br />
2 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2014<br />
Ratificação <strong>de</strong> Despacho – Adjudicação do Bar Jardim das Rosas (Assunto 440/14)<br />
Na documentação disponibilizada à Vereação, não estava incluída a Ata do Júri sobre a concessão <strong>de</strong><br />
exploração do Bar/Restaurante do Jardim das Rosas, o único documento on<strong>de</strong> é possível verificar<br />
todos os pressupostos e condições que ditam a <strong>de</strong>cisão final. O documento foi entregue durante a<br />
reunião, mas não permitiu a sua análise <strong>de</strong>talhada. Não se trata <strong>de</strong> tomar qualquer posição sobre o<br />
Júri e as suas <strong>de</strong>cisões, trata-se <strong>de</strong> não estar na posse da informação necessária para uma tomada <strong>de</strong><br />
posição e para a ratificação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>spacho do Senhor Presi<strong>de</strong>nte.<br />
Pelos motivos expostos o Bloco <strong>de</strong> Esquerda abstém-se nesta votação.<br />
Congregação das Testemunhas <strong>de</strong> Jeová <strong>de</strong> Torres Novas e Riachos<br />
– pedido <strong>de</strong> cedência <strong>de</strong> terreno para construção <strong>de</strong> auditório (Assunto 460/14)<br />
Vivemos numa República laica, com separação entre as Igrejas e o Estado. A Constituição da República<br />
Portuguesa garante a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> consciência, <strong>de</strong> religião e <strong>de</strong> culto. E no n.º 4 do artigo 41.º da<br />
CRP afirma: “As igrejas e outras comunida<strong>de</strong>s religiosas estão separadas do Estado e são livres na<br />
sua organização e no exercício das suas funções e do culto”.<br />
A pretensão da Congregação das Testemunhas <strong>de</strong> Jeová <strong>de</strong> Torres Novas e Riachos, enquadra-se<br />
na sua organização e no exercício das suas funções, quando preten<strong>de</strong>m construir um equipamento<br />
coletivo, mas não um equipamento público.<br />
Não compete à Câmara Municipal, enquanto órgão eleito por todos os cidadãos e cidadãs do concelho,<br />
ce<strong>de</strong>r terrenos para fins privados, neste caso para a prática <strong>de</strong> um culto religioso.<br />
Respeitamos e pugnamos pela liberda<strong>de</strong> religiosa. O assunto em questão não se coloca neste patamar<br />
e coli<strong>de</strong> com o princípio da laicida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve pautar as <strong>de</strong>cisões da Câmara Municipal.<br />
Pelos motivos expostos o Bloco <strong>de</strong> Esquerda vota contra a cedência <strong>de</strong> terreno para a construção<br />
<strong>de</strong> auditório, solicitada pela Congregação das testemunhas <strong>de</strong> Jeová <strong>de</strong> Torres Novas e Riachos.<br />
16 <strong>de</strong> Setembro 2014<br />
Estatutos da Associação dos Municípios do Vale do Tejo (Assunto 499/14)<br />
A criação <strong>de</strong> uma associação <strong>de</strong> municípios que garanta a gestão e exploração do património e dos<br />
equipamentos da ex-Assembleia Distrital, como seja, no caso presente o Arquivo Distrital <strong>de</strong> Santarém<br />
e a Colónia Balnear da Nazaré, não nos oferece dúvidas, tendo em consi<strong>de</strong>ração a sua importância<br />
e a sua relevância social. Não é a única solução, mas tendo em consi<strong>de</strong>ração que não existiu um
244<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
período <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate nas Câmaras Municipais, pon<strong>de</strong>rando os aspetos positivos e negativos <strong>de</strong> outras<br />
soluções possíveis, aceitamos esta solução.<br />
No entanto, não po<strong>de</strong>mos aceitar alguns aspetos dos Estatutos propostos, nomeadamente a criação<br />
<strong>de</strong> um lugar <strong>de</strong> “Secretário-Geral” remunerado. Colocam-se problemas <strong>de</strong> duas or<strong>de</strong>ns: Em primeiro<br />
lugar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste lugar não está <strong>de</strong>monstrada e em segundo lugar não existem parâmetros,<br />
nem limites para o seu vencimento. Num momento em que muitas das Câmaras fundadoras <strong>de</strong>sta<br />
associação <strong>de</strong> municípios atravessam sérios problemas e num momento em que a transparência <strong>de</strong><br />
todos os cargos públicos <strong>de</strong>ve pautar todas as <strong>de</strong>cisões, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda não po<strong>de</strong> dar o seu<br />
apoio à criação <strong>de</strong>ste lugar.<br />
É óbvio que os equipamentos que passarão a ser património <strong>de</strong>sta associação têm que ter um quadro<br />
<strong>de</strong> pessoal e responsáveis pela sua gestão, que respon<strong>de</strong>m perante a Associação, como aliás está<br />
previsto nos Estatutos. Mas não encontramos justificação para a criação do lugar <strong>de</strong> “Secretário-Geral”.<br />
Os Estatutos são omissos no que diz respeito à contribuição das Câmaras Municipais para esta<br />
Associação, nem sequer foi dada informação sobre este aspeto, o que também não nos parece<br />
correto. Assim como também consi<strong>de</strong>ramos que <strong>de</strong>veria ficar expresso a obrigação <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong><br />
informação às Câmaras Municipais e Assembleias Municipais sobre o <strong>de</strong>senvolvimento da ativida<strong>de</strong><br />
da associação <strong>de</strong> municípios.<br />
Como não existiu oportunida<strong>de</strong> para uma discussão mais aprofundada e para a apresentação <strong>de</strong><br />
propostas <strong>de</strong> alteração aos Estatutos, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda votou contra os Estatutos com esta<br />
redação.<br />
NOVIMOVEST – Fundo <strong>de</strong> Investimento Imobiliário<br />
– Aprovação <strong>de</strong> procedimento (Assunto 9/14)<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda votou contra a renovação por mais dois anos, <strong>de</strong>sta licença. Após 11 anos o<br />
loteador vem requerer mais dois anos. Durante todo este período nada foi feito naquela área e não se<br />
prevê que nos próximos dois anos seja feito, <strong>de</strong>vido à conjuntura económica. Infelizmente, situações<br />
como esta acontecem por todo o concelho, com áreas abandonadas, mas que implicam gastos para<br />
o município na manutenção das áreas públicas. Por outro lado questiona-se se Torres Novas precisa<br />
<strong>de</strong> mais urbanizações, questão que <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong>batida, em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> PDM, assim como que tipo <strong>de</strong><br />
ocupação <strong>de</strong>veria ter aquela área da cida<strong>de</strong>.<br />
Declarações <strong>de</strong> voto em 2015<br />
16 Fevereiro 2015<br />
Feira Medieval <strong>de</strong> Torres Novas <strong>de</strong> 2015 – Normas <strong>de</strong> funcionamento (Assunto 96/15)<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda consi<strong>de</strong>ra que a Feira Medieval se <strong>de</strong>veria realizar <strong>de</strong> dois em dois anos, como<br />
aliás propusemos em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Orçamento Municipal para 2015. Esta nossa posição baseia-se na<br />
convicção <strong>de</strong> que é necessário dar espaço e investir recursos noutro tipo <strong>de</strong> iniciativas, nomeadamente<br />
nas festas da cida<strong>de</strong>, com programas que aliem as diversas formas <strong>de</strong> produção artística e potenciem,<br />
também, as capacida<strong>de</strong>s locais, que são muitas e diversas.<br />
Quanto às taxas a praticar na Feira Medieval <strong>de</strong>ve ser aplicada a política seguida pelo Município,<br />
baseada no seu Regulamento próprio, diferenciando as entida<strong>de</strong>s “com fins lucrativos” daquelas que<br />
“não têm fins lucrativos”. A Feira Medieval é uma iniciativa do Município e não faz sentido que seja<br />
excecionada da política normalmente seguida.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
245<br />
Não concordamos com o aumento <strong>de</strong> 0,50 euros no valor da “pulseira”, comprada previamente<br />
e que dá acesso a todos os dias da Feira. Este aumento está em contra ciclo com os resultados da<br />
última edição da Feira no que diz respeito à venda <strong>de</strong> pulseiras. Proponho que se mantenha o mesmo<br />
preço do ano passado.<br />
9 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta da CDU – Instalações dos serviços operativos<br />
da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas (Assunto 264/15)<br />
O BE vota a favor da proposta apresentada pela CDU, porque consi<strong>de</strong>ra que os princípios constantes<br />
quanto ao “projeto que vise a agregação <strong>de</strong> todos os serviços operativos no mesmo espaço – eventualmente<br />
na zona industrial – com a criação <strong>de</strong> áreas especializadas <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong> acordo com as especificida<strong>de</strong>s<br />
técnicas” são corretos e correspon<strong>de</strong>m, aliás, à legislação em vigor.<br />
Embora não tenha sido votado formalmente é um facto que a Câmara Municipal ao recusar o<br />
arrendamento <strong>de</strong> um espaço na cida<strong>de</strong>, optou pela construção <strong>de</strong> raiz <strong>de</strong>ste equipamento na zona<br />
industrial, nos terrenos que são proprieda<strong>de</strong> da Câmara Municipal. Segundo a informação do Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte as obras <strong>de</strong> terraplanagem já se iniciaram. Neste sentido, o BE consi<strong>de</strong>ra que o projeto<br />
das futuras instalações <strong>de</strong>veria ser do conhecimento da vereação, como aliás já tínhamos solicitado<br />
em anterior reunião.<br />
União das Freguesias <strong>de</strong> Brogueira, Parceiros <strong>de</strong> Igreja e Alcorochel – pedido <strong>de</strong> apoio<br />
logístico para as Festas anuais <strong>de</strong> Parceiros <strong>de</strong> Igreja 2015 (Assunto 282/15)<br />
O BE lamenta que um pedido que <strong>de</strong>u entrada na Câmara Municipal no dia 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2014,<br />
só conste da Agenda no dia 9 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2015. Este pedido tem que ser remetido à Assembleia<br />
Municipal e mais uma vez vai ser <strong>de</strong>liberado pela Assembleia mesmo em cima da data da sua realização.<br />
Consi<strong>de</strong>ramos que estas situações são evitáveis.<br />
Portal Internet “ACONTECE” <strong>de</strong> promoção do associativismo<br />
– proposta <strong>de</strong> acordo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são (Assunto 283/15)<br />
O BE enten<strong>de</strong> que este portal po<strong>de</strong> dar um importante contributo para a divulgação <strong>de</strong> todas as<br />
iniciativas que se realizam em Torres Novas. Quanto ao nome proposto, segundo a Informação Interna<br />
I/5032/15 – PR/TM <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2015, “ACONTECE IN TORRES NOVAS”, manifestamos o<br />
nosso completo <strong>de</strong>sacordo com a utilização <strong>de</strong> palavras estrangeiras.<br />
O BE enten<strong>de</strong> que a divulgação <strong>de</strong>ve abranger todas as ativida<strong>de</strong>s associativas, incluindo as políticas<br />
e partidárias. A política faz parte da vida do município. Como não foi possível votar uma alteração<br />
neste sentido o BE apresentará em próxima reunião uma proposta concreta sobre esta matéria.<br />
Reclamação Particular/Notificação à reclamante e reclamado<br />
das medidas constantes no relatório <strong>de</strong> vistoria (Assunto 275/15)<br />
Constam da agenda <strong>de</strong>sta reunião <strong>de</strong> Câmara um conjunto <strong>de</strong> relatórios <strong>de</strong> vistoria que evi<strong>de</strong>nciam<br />
situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação muito preocupantes <strong>de</strong> vários imóveis habitados. A este propósito o BE<br />
enten<strong>de</strong> que seria <strong>de</strong> toda a utilida<strong>de</strong> a elaboração <strong>de</strong> uma lista dos imóveis em risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocada<br />
no concelho, <strong>de</strong> modo a que fosse possível atuar antes que aconteçam situações que coloquem em<br />
perigo a população. Por outro lado permitiria uma ação junto dos proprietários e a programação <strong>de</strong><br />
ações por parte da Câmara.<br />
RENOVA – Fábrica <strong>de</strong> Papel do Almonda, S.A.<br />
– Pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> interesse público municipal (Assunto 277/15)
246<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
A RENOVA é uma gran<strong>de</strong> empresa portuguesa, com se<strong>de</strong> em Torres Novas e com projeção mundial.<br />
Sublinhamos o facto <strong>de</strong> manter a sua se<strong>de</strong> em Torres Novas, contribuindo assim com os seus impostos<br />
para o concelho, ao contrário <strong>de</strong> outras empresas portugueses que <strong>de</strong>slocaram a sua se<strong>de</strong> para países<br />
estrangeiros.<br />
Vai agora a RENOVA ampliar a sua estrutura produtiva, com um investimento assinalável e utilizando<br />
novas tecnologias. O BE <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter e <strong>de</strong>senvolver unida<strong>de</strong>s industriais no<br />
nosso país e também no nosso concelho. Não acompanhamos a visão <strong>de</strong> que Portugal é um país <strong>de</strong><br />
turismo e serviços. Mas um país <strong>de</strong>senvolvido e mo<strong>de</strong>rno, tem uma indústria mo<strong>de</strong>rna e <strong>de</strong>senvolvida,<br />
respeitadora das normas ambientais e dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.<br />
O projeto que a RENOVA vai agora <strong>de</strong>senvolver será enquadrado pelo Decreto-Lei n.º 169/2012,<br />
<strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Agosto, que regula o Sistema <strong>de</strong> Indústria Responsável.<br />
No documento apresentado à Câmara Municipal – Memória <strong>de</strong>scritiva RENOVA INVESTE 2015-2018<br />
é apresentado <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talhada todo o projeto, o processo produtivo, a história da empresa e<br />
estimados os “benefícios económicos mais tangíveis para o concelho <strong>de</strong> Torres Novas”. Neste aspeto<br />
em particular, estranhamos que não seja estimado o “impacto positivo na manutenção e/ou criação <strong>de</strong><br />
emprego regional”, indicador da maior importância para a Câmara Municipal.<br />
Preten<strong>de</strong> a RENOVA que a Câmara Municipal se pronuncie pela <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> interesse público municipal<br />
para este projeto para juntar ao processo <strong>de</strong> pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> interesse público, ao abrigo<br />
do Regime Jurídico da Reserva Agrícola Nacional (RAN) e do Regime Jurídico da Reserva Ecológica<br />
Nacional (REN), já que a ampliação da unida<strong>de</strong> industrial ocupará terrenos assim classificados.<br />
O BE votará favoravelmente esta pretensão da RENOVA, não temos motivos que nos levem a tomar<br />
posição contrária.<br />
Todavia enten<strong>de</strong>mos que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve manter um diálogo com a empresa sobre o impacto<br />
da sua presença no concelho e mais concretamente na freguesia <strong>de</strong> Zibreira, no sentido <strong>de</strong> obter<br />
garantias sobre o controle <strong>de</strong> eventuais ruídos e sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> organizar a circulação <strong>de</strong><br />
camiões em horários que prejudiquem o menos possível a vida da freguesia. Um empreendimento<br />
<strong>de</strong>sta envergadura terá, obrigatoriamente, estudo <strong>de</strong> impacto ambiental, mas como sabemos este<br />
estudo po<strong>de</strong> não se pronunciar sobre aspetos concretos do impacto na vida da freguesia, que, com<br />
toda a certeza, uma empresa como a RENOVA estará disponível para acautelar.<br />
Assim como enten<strong>de</strong>mos que se <strong>de</strong>veria abordar a empresa para eventuais comparticipações na<br />
pavimentação dos arruamentos, cujo <strong>de</strong>sgaste pela passagem constante <strong>de</strong> camiões é muito superior<br />
em relação com outros locais. Por último enten<strong>de</strong>mos também que a participação da RENOVA na<br />
<strong>de</strong>spoluição do Rio Almonda, fundamental para o concelho, seria outra questão a abordar.<br />
Estamos convictos/as que esta postura assertiva e <strong>de</strong> diálogo em nada prejudica o gran<strong>de</strong> investimento<br />
que a RENOVA vai realizar e correspon<strong>de</strong> à principal competência da Câmara Municipal – <strong>de</strong>senvolver<br />
o concelho.<br />
Pedido <strong>de</strong> suspensão <strong>de</strong> pagamento do terrado<br />
no mercado retalhista (Assunto 257/15)<br />
A pretensão do operador é perfeitamente legítima, não teve condições para realizar a sua ativida<strong>de</strong>.<br />
Mas já não se compreen<strong>de</strong> que não exista informação sobre se foi contactada a PSP para retirar a<br />
viatura e não conste a matrícula da viatura, <strong>de</strong> forma a responsabilizar o seu proprietário. A verba é<br />
insignificante, mas trata-se <strong>de</strong> uma questão <strong>de</strong> civismo e <strong>de</strong> cidadania que a Câmara Municipal não<br />
<strong>de</strong>veria <strong>de</strong>ixar passar, até porque, segundo a informação do encarregado operacional é uma situação<br />
que ocorre com frequência.<br />
Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> Torres Novas
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
247<br />
– reserva <strong>de</strong> lugares <strong>de</strong> estacionamento (Assunto 252/15)<br />
Esclarecido que não se trata <strong>de</strong> um lugar <strong>de</strong> estacionamento frente ao Centro <strong>de</strong> Dia no Largo<br />
General Baracho, mas sim <strong>de</strong> um lugar <strong>de</strong> paragem para os idosos/as entraram e saírem, o BE vota<br />
favoravelmente. Propomos que os lugares <strong>de</strong> estacionamento entre o topo da Rua Gil Pais e o Largo<br />
dos Heróis <strong>de</strong> Diu, tenham limitação do horário <strong>de</strong> funcionamento da Misericórdia, pois nada justifica<br />
que não se possa lá estacionar nos outros períodos.<br />
Reserva <strong>de</strong> lugar <strong>de</strong> estacionamento<br />
na Rua Dr.º José Maria Raposo, Lote 152 (Assunto 254/15)<br />
O BE vota favoravelmente pois trata-se <strong>de</strong> uma situação excecional, mas enten<strong>de</strong>mos que se <strong>de</strong>ve<br />
encetar as diligências necessárias para que a cida<strong>de</strong> disponha <strong>de</strong> um local para carregamento <strong>de</strong><br />
baterias <strong>de</strong> carros elétricos, pois é natural que surjam outras situações similares e não será possível<br />
aten<strong>de</strong>r a todas as situações como excecionais.<br />
Colocação <strong>de</strong> lombas junto à fábrica na Ribeira Branca (Assunto 255/15)<br />
Conforme consta da Informação Interna I/4390/15 – DAES/SJ <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2015, a aprovação<br />
pela Câmara <strong>de</strong> sinalização, implica alteração ao regulamento <strong>de</strong> trânsito a ser aprovada pela<br />
Assembleia Municipal. Já alertámos, várias vezes, para o facto <strong>de</strong> terem sido <strong>de</strong>cidas alterações<br />
na freguesia <strong>de</strong> Riachos, que não foram enviadas para a Assembleia Municipal, para integrarem<br />
os respetivos regulamentos. Enquanto tal não for feito as alterações aprovadas não têm valor<br />
legal.<br />
7 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2015<br />
Ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho – Torres Novas, 30 anos em festa – Grupo Deolinda<br />
– emissão <strong>de</strong> parecer vinculativo (Assunto 343/15)<br />
Ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho – Torres Novas, 30 anos em festa – Grupo Carlão<br />
– emissão <strong>de</strong> parecer vinculativo (Assunto 345/15)<br />
Em primeiro lugar quero <strong>de</strong>ixar expressa a crítica do BE ao facto do Programa <strong>de</strong> comemorações<br />
dos 30 anos da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Torres Novas, não ter sido <strong>de</strong>batido e <strong>de</strong>cidido em reunião <strong>de</strong> Câmara.<br />
Na reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Junho, no PAOD, coloquei a questão das Festas da<br />
Cida<strong>de</strong> e não recebi resposta. Portanto, este Programa das Festas, associado à comemoração<br />
dos 30 anos, é da exclusiva responsabilida<strong>de</strong> do PS. Trata-se <strong>de</strong> uma comemoração, que sendo<br />
discutível a sua necessida<strong>de</strong>, importava pelo menos <strong>de</strong>bater o seu enfoque. Não pondo em<br />
causa a necessida<strong>de</strong> da realização <strong>de</strong> espetáculos, neste caso <strong>de</strong> rua e gratuitos, não foram<br />
equacionadas outro ipo <strong>de</strong> realizações que contribuíssem para a reflexão sobre o papel das<br />
cida<strong>de</strong>s médias e concretamente sobre o contexto <strong>de</strong> Torres Novas no Médio Tejo e a sua<br />
ligação à Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa.<br />
Por outro lado, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte, na reunião anterior anunciou a verba <strong>de</strong> 56 mil euros para as<br />
Festas da Cida<strong>de</strong>. Hoje são apresentados dois ajustes diretos, mas fica por saber como será aplicada<br />
a restante verba. Por todos estes motivos o voto do BE é abstenção.<br />
Contrato <strong>de</strong> empréstimo <strong>de</strong> saneamento/CGD – A<strong>de</strong>nda ao contrato (Assunto 340/15)<br />
Quanto à a<strong>de</strong>nda ao contrato com a CGD, no referente à baixa do spred do empréstimo <strong>de</strong><br />
saneamento, o BE não tem nenhuma dúvida em votar a favor, como aliás fez na reunião <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong><br />
fevereiro <strong>de</strong> 2015.<br />
No entanto, após análise do processo, não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> registar a nossa incredulida<strong>de</strong> sobre
248<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
a forma como o processo foi tratado. Trata-se <strong>de</strong> um assunto <strong>de</strong> interesse para o município que<br />
<strong>de</strong>veria ter tido um tratamento o mais célere possível.<br />
Veja-se: A <strong>de</strong>cisão é tomada a 3 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2015 pela câmara municipal e só enviada para<br />
a assembleia municipal <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> abril, ou seja 59 dias úteis <strong>de</strong>pois. No entanto teve lugar uma<br />
assembleia municipal a 27 <strong>de</strong> fevereiro que po<strong>de</strong>ria e <strong>de</strong>veria ter analisado e votado o assunto.<br />
Entre a realização da assembleia municipal e o envio para o Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>de</strong>correm 16 dias<br />
úteis. O Tribunal recebe e respon<strong>de</strong> em 2 dias úteis exigindo uma a<strong>de</strong>nda ao contrato inicial.<br />
Da resposta do Tribunal até à receção da proposta <strong>de</strong> a<strong>de</strong>nda apresentada pela CGD <strong>de</strong>correm<br />
12 dias úteis e só 17 dias úteis <strong>de</strong>pois chega novamente à reunião <strong>de</strong> Câmara. A proposta da<br />
CGD chegou a 12 <strong>de</strong> Junho e realizou-se uma reunião <strong>de</strong> Câmara a 23 <strong>de</strong> Junho on<strong>de</strong> o assunto<br />
po<strong>de</strong>ria ser tratado. Não se compreen<strong>de</strong> como é possível que um assunto como este leve mais<br />
<strong>de</strong> 5 meses para ser concluído.<br />
17 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2015<br />
Pedido <strong>de</strong> subsídio – Dispositivo <strong>de</strong> combate a incêndios Florestais<br />
– DECIF 2015 (Assunto 359/15)<br />
O BE vota a favor <strong>de</strong>ste subsídio à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos,<br />
mas enten<strong>de</strong> que a Câmara Municipal <strong>de</strong>veria interpelar o Governo, para saber qual o motivo que<br />
justifica o Governo não suportar o valor das refeições dos Bombeiros e Bombeiras que estão ao<br />
serviço do DECIF. Ao integrar o DECIF os bombeiros/as torrejanos/as estão ao serviço do país no<br />
dispositivo <strong>de</strong> combate aos incêndios e cabe ao Governo garantir o pagamento da sua alimentação,<br />
existam ocorrências ou não.<br />
2.ª Edição Prémio Maria Lamas – Atualizações ao regulamento (Assunto 321/15)<br />
O BE congratula-se com a 2.ª Edição do Prémio Maria Lamas e enten<strong>de</strong> que este prémio prestigia<br />
o Município e é uma forma <strong>de</strong> homenagear Maria Lamas. Uma entre muitas outras. Enten<strong>de</strong>mos<br />
este prémio no âmbito <strong>de</strong> trabalhos científicos na área dos estudos <strong>de</strong> género e dos direitos das<br />
mulheres e não um prémio aberto a outros tipos <strong>de</strong> trabalhos. Trata-se <strong>de</strong> um Prémio científico<br />
e não um “prémio <strong>de</strong> Jogos Florais”. Enten<strong>de</strong>mos que no texto do Regulamento se <strong>de</strong>ve seguir a<br />
“recomendação para a linguagem inclusiva”, utilizando o masculino e o feminino.<br />
Fundação Maria da Conceição e Humberto Horta<br />
– Pedido <strong>de</strong> isenção do pagamento <strong>de</strong> taxas (Assunto 335/15)<br />
O BE vota contra por se tratar <strong>de</strong> isenção <strong>de</strong> taxas para “<strong>de</strong>molição e reconstrução <strong>de</strong> edifício<br />
religioso”, tendo em consi<strong>de</strong>ração o princípio da Liberda<strong>de</strong> Religiosa, mas também a Laicida<strong>de</strong> do<br />
Estado, enten<strong>de</strong>mos que a política <strong>de</strong> isenção <strong>de</strong> taxas não se <strong>de</strong>ve aplicar neste caso.<br />
1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2015<br />
Pedido <strong>de</strong> isenção do pagamento<br />
<strong>de</strong> taxas / pedido <strong>de</strong> apoio técnico (Assunto 436/15)<br />
O BE não se opõe à isenção do pagamento <strong>de</strong> taxas e ao apoio técnico a esta munícipe, no sentido<br />
<strong>de</strong> resolver um problema. Não po<strong>de</strong>, no entanto, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> sublinhar o tempo que este processo<br />
<strong>de</strong>morou para chegar à reunião <strong>de</strong> Câmara. A carta da munícipe data <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2013! A<br />
prestação <strong>de</strong> apoio técnico por parte dos serviços da Câmara será uma garantia <strong>de</strong> que o processo<br />
seguirá todas as normas do PDM.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
249<br />
15 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2015<br />
Prestação <strong>de</strong> serviços por ajuste direto para “Levantamento e caracterização <strong>de</strong> habitats<br />
e biodiversida<strong>de</strong> do Rio Almonda” – emissão <strong>de</strong> parecer prévio (Assunto 484/15)<br />
Quanto à matéria <strong>de</strong> “ajustes diretos” para prestação <strong>de</strong> serviços o Bloco <strong>de</strong> Esquerda quer <strong>de</strong>ixar<br />
clara a sua posição: em primeiro lugar enten<strong>de</strong>mos que o recurso ao “ajuste direto” para prestação <strong>de</strong><br />
serviços <strong>de</strong>ve ser a exceção e não a norma nas contratações da Câmara Municipal; não viabilizaremos<br />
“ajustes diretos” que visem atribuir uma prestação <strong>de</strong> serviços a uma só empresa ou entida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>vendo ser consultadas, no mínimo 3 empresas ou entida<strong>de</strong>s.<br />
Enten<strong>de</strong>mos também que em nome da transparência e da boa governação todas as propostas <strong>de</strong><br />
ajuste direto <strong>de</strong>vem ser justificadas, o que não tem acontecido.<br />
Sobre o ajuste direto em causa o BE abstêm-se, pois <strong>de</strong>sconhece em absoluto o enquadramento e<br />
os objetivos do “levantamento e caracterização <strong>de</strong> habitats e biodiversida<strong>de</strong> do Rio Almonda”.<br />
Aquisição <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços através <strong>de</strong> ajuste direto<br />
para “Elaboração do PP da Renova” – parecer prévio vinculativo (Assunto 471/15)<br />
Votamos a favor, pois temos conhecimento da justificação <strong>de</strong>ste ajuste direto. Na sequência <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />
anteriores da Câmara Municipal a elaboração do Plano <strong>de</strong> Pormenor torna-se uma necessida<strong>de</strong> legal.<br />
Reafirmamos os princípios enunciados anteriormente sobre esta matéria.<br />
1 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015<br />
Prestação <strong>de</strong> serviços para o “Estudo do tecido empresarial<br />
do concelho <strong>de</strong> Torres Novas” – parecer prévio (Assunto 470/15)<br />
Este assunto já tinha sido presente a reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal. Nessa altura o BE questionou<br />
sobre a sua necessida<strong>de</strong>, já que a informação a prestar por este estudo é <strong>de</strong> fácil acesso. Não<br />
entendíamos na altura e não enten<strong>de</strong>mos agora nem a necessida<strong>de</strong>, nem os critérios para a <strong>de</strong>finição<br />
das informações abrangidas pelo estudo. Trata-se <strong>de</strong> um gasto supérfluo. Não existindo nenhuma<br />
explicação razoável, votamos contra.<br />
16 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
Proposta apresentada pelo PSD – Isenção <strong>de</strong> pagamento<br />
<strong>de</strong> TMUs pelas IPSS do concelho <strong>de</strong> Torres Novas (Assunto 579/15)<br />
Quanto ao mérito da proposta – isentar as IPSS <strong>de</strong> TMUs para obras sociais, o BE não tem dúvidas<br />
e apoio esta medida.<br />
Consi<strong>de</strong>ramos no entanto que esta intenção <strong>de</strong>ve dar origem a uma alteração ao Regulamento<br />
Municipal <strong>de</strong> Urbanização e Edificação, concretamente ao seu Artigo 53.º, porque:<br />
1 – O Regulamento é restritivo quanto ao grau <strong>de</strong> isenção – 50% ou 100%;<br />
2 – O Regulamento prevê que o critério é apenas a prossecução dos respetivos fins estatutários,<br />
incluindo um leque muito variado <strong>de</strong> instituições, incluindo religiosas;<br />
3 – Enten<strong>de</strong>mos que está bem assim, pois cada caso <strong>de</strong>ve ser analisado pela sua substância e mérito<br />
e enquadrado no seu contexto e não simplesmente há luz <strong>de</strong> uma norma generalista;<br />
4 – Uma norma <strong>de</strong>masiado generalista só por si não é correta e muito menos fora do escrutínio da<br />
Vereação;<br />
5 – existem projetos a que as IPSS se candidatam que preveem verbas para o pagamento das TMUs<br />
e nessas situações não <strong>de</strong>ve haver lugar a isenções.
250<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Neste sentido propomos que o Artigo 53% do Regulamento Municipal <strong>de</strong> Urbanização e Edificação<br />
passe a ter a seguinte redação:<br />
“2. Além das entida<strong>de</strong>s previstas no número anterior, a Câmara Municipal po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>liberar a redução em<br />
parte ou total <strong>de</strong> todas as taxas previstas no regulamento municipal <strong>de</strong> taxas, nos casos seguintes:<br />
a) (…)<br />
b) (…)<br />
c) (…)<br />
d) (…)<br />
Pedido <strong>de</strong> alienação <strong>de</strong> terreno – Lote 30,<br />
sito no Bairro Sópovo em Tufeiras – Torres Novas (Assunto 573/15)<br />
Nada temos a opor a esta alienação. A minha abstenção pren<strong>de</strong>-se com o facto <strong>de</strong>, em se<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Orçamento Participativo, ter sido informado que não podia existir nenhuma intervenção em terrenos<br />
ocupados pela Cooperativa SÓPOVO, <strong>de</strong>vido ao processo que <strong>de</strong>corre em Tribunal. Não fiquei<br />
esclarecida se a mesma situação se aplica a esta situação ou não.<br />
Parecer prévio vinculativo<br />
– Espetáculos Teatro Virgínia Jan/Mar 2016 (Assunto 590/15)<br />
O BE vota a favor, mas quer <strong>de</strong>ixar claro que esta situação não po<strong>de</strong> continuar. A empresa Municipal<br />
já acabou e a programação <strong>de</strong>ve ser apresentada à Vereação completa. Não po<strong>de</strong>mos tomar <strong>de</strong>cisões<br />
por partes. O correto é a vereação ter conhecimento geral da programação da temporada quando<br />
é chamada a <strong>de</strong>cidir sobre os espetáculos que necessitam <strong>de</strong> parecer prévio vinculativo. Só assim<br />
é possível aferir da qualida<strong>de</strong> e do equilíbrio dos espetáculos programados. Mais uma vez alerto<br />
para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> divulgação atempada da programação das temporadas. Uma nova temporada<br />
começa em Janeiro e já estamos na 2.ª quinzena <strong>de</strong> Novembro, ou seja a programação já <strong>de</strong>veria<br />
estar na rua.<br />
Projeto <strong>de</strong> dinamização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s no âmbito das AAAF<br />
– ano letivo 2015/2016 (Assunto 596/15)<br />
Trata-se <strong>de</strong> mais um ajuste direto. O BE reafirma a sua posição sobre os ajustes diretos: o recurso<br />
a “ajuste direto” para prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>ve ser a exceção e não a norma nas contratações<br />
da Câmara e <strong>de</strong>vem ser bem justificados. Enten<strong>de</strong>mos também que <strong>de</strong>vem ser consultadas várias<br />
entida<strong>de</strong>s, no mínimo 3. Neste caso concreto só foi consultada uma empresa o que não nos parece<br />
correto. Viabilizamos esta situação pois pren<strong>de</strong>-se com uma necessida<strong>de</strong> inadiável para o funcionamento<br />
das escolas – Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Animação e Apoio à Família (prolongamento do horário). O recurso a<br />
este ajuste direto está justificado, o que é um avanço positivo, no entanto o convite único não está<br />
justificado, o que é negativo.<br />
Questiono a necessida<strong>de</strong> do artigo 6.º – Sigilo – no ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos. Compreen<strong>de</strong>-se que exista<br />
sigilo sobre questões que envolvam o trabalho com as crianças, já não se enten<strong>de</strong> que esse sigilo<br />
seja extensivo ao “conhecimento relacionado com a ativida<strong>de</strong> da entida<strong>de</strong> adjudicante” que como<br />
sabemos é muito vasto.<br />
Solicito informação sobre duas questões:<br />
1.º – As AAAF têm receitas: 2014-2015 – 54.641,41 (Pais) + 102.414,00 (DGEST) – Quanto se<br />
gasta com esta ativida<strong>de</strong>? As receitas cobrem as <strong>de</strong>spesas? À verba paga pelos pais são aplicados os<br />
escalões do Abono <strong>de</strong> Família?<br />
2.º – A empresa agora contratada, já tem um contrato em 2015 com a Câmara Municipal no valor<br />
<strong>de</strong> 49.461,75 euros, que está a <strong>de</strong>correr, segundo a informação dos Serviços. Qual a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />
contrato?
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
251<br />
Alfredo Francisco Galinha, SA – construção <strong>de</strong> edifício <strong>de</strong> habitação<br />
e comércio/serviços – execução por fases (Assunto 558/15)<br />
Sobre este assunto, quero, em primeiro lugar, <strong>de</strong>ixar aqui o registo das datas <strong>de</strong>ste processo, porque<br />
me parecem elucidativas sobre a celerida<strong>de</strong> que alguns processos recebem, quando temos aqui<br />
<strong>de</strong>liberado sobre outros que levam anos a ser resolvidos:<br />
Pedido do construtor 22/10/2015; Informação dos serviços 22/10/2015; Despacho da Chefe Divisão<br />
22/10/2015; Despacho do Vereador 22/10/2015; Agendado para reunião <strong>de</strong> Câmara 27/10/2015;<br />
Reunião técnica do construtor com os serviços da CM 28/10/2015; Informação dos serviços 10/11/2015;<br />
Despacho da Chefe <strong>de</strong> Divisão 10/11/2015; Despacho do Vereador 10/11/2015; Agendado para<br />
reunião <strong>de</strong> Câmara 16/11/2015.<br />
Na primeira apreciação <strong>de</strong>ste processo os Serviços colocaram condicionantes, nomeadamente<br />
no que diz respeito ao enquadramento urbanístico (criação <strong>de</strong> um 3.º alçado para fecho do<br />
quarteirão) e à estabilida<strong>de</strong> do prédio. Segundo a informação dos serviços 713/MF/2015, <strong>de</strong><br />
10/11/2015, o construtor apresentou o que estava em falta. No entanto quanto à questão da<br />
estabilida<strong>de</strong> do prédio, apenas se diz que foi apresentada proposta, não existindo posição dos<br />
serviços sobre se está conforme ou não.<br />
Mas a questão <strong>de</strong> fundo sobre esta caso pren<strong>de</strong>-se com a aplicação da “construção por fases” e as<br />
<strong>de</strong>cisões que a Câmara <strong>de</strong>ve tomar, na <strong>de</strong>fesa do interesse público e na concretização <strong>de</strong> uma política<br />
<strong>de</strong> urbanismo para a cida<strong>de</strong>. Vejamos então:<br />
A execução faseada é possível, segundo o RJUE, sendo claro que a Câmara po<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir o prazo que<br />
enten<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quado (no caso a proposta do construtor é <strong>de</strong> 9 anos (!) e a Câmara nada diz?<br />
Há uma dinâmica inerente ao Urbanismo, por isso mesmo todos os Planos Municipais têm prazos<br />
máximos <strong>de</strong> vigência ou revisão obrigatória. Não há <strong>de</strong>cisões para todo o sempre.<br />
O mesmo se passa em relação às licenças urbanísticas que caducam, evitando que as mesmas se<br />
eternizem quando não são concretizadas.<br />
A criação <strong>de</strong> Direitos Urbanísticos sem limite temporal, como é o caso em apreço – a escritura<br />
data <strong>de</strong> 1997, não é <strong>de</strong>sejável e é uma prática errada, que condiciona a livre apreciação em futuros<br />
mandatos e as <strong>de</strong>cisões a tomar.<br />
O BE quer <strong>de</strong>ixar aqui a sua opinião sobre esta matéria: De futuro, as condições <strong>de</strong> edificabilida<strong>de</strong><br />
que constem <strong>de</strong> atos contratuais em que seja parte o Município, vinculando-o “ad eternum” <strong>de</strong>vem<br />
acabar, passando a ser estabelecidas por um prazo razoável.<br />
O Município está contratualmente vinculado a aprovar esta edificação, não está vinculado a aceitar<br />
prazos tão longos para a execução da obra.<br />
Quero ainda relembrar aqui o artigo 3.º da RGEU que dispõe o seguinte: “As Câmaras Municipais<br />
não po<strong>de</strong>rão conce<strong>de</strong>r licenças para a execução <strong>de</strong> quaisquer obras sem que previamente verifiquem que<br />
elas não coli<strong>de</strong>m com o plano <strong>de</strong> urbanização geral ou parcial aprovado para o local ou que, em todo o<br />
caso, não prejudiquem, a estética urbana”.<br />
No caso em apreço, numa das principais vias da cida<strong>de</strong>, ficaremos com uma situação que se assemelha<br />
a “uma <strong>de</strong>ntadura com uma coroa partida”. E a primeira proposta, relembremos, seria para que esta<br />
situação se mantivesse por uma década!<br />
O prazo <strong>de</strong>finido acabou por ser reduzido para 4 anos. Para o BE não existiram argumentos que<br />
justificassem este período <strong>de</strong> tempo e enten<strong>de</strong>mos que a obra po<strong>de</strong>ria ser realizada por fases,<br />
para que o construtor beneficiasse das condições que a lei permite, mas que as fases <strong>de</strong>veriam ser<br />
sucessivas, aliás como acontece com outra obra que também é votada nesta reunião. O BE vota<br />
contra, pelos motivos expressos.
252<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
27 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
Sistema <strong>de</strong> Transportes Urbanos Torrejanos<br />
– Concurso Público Internacional (Assunto 618/15)<br />
Quanto a este assunto há um primeiro problema que urge resolver: o contrato termina a 31 <strong>de</strong><br />
Dezembro <strong>de</strong> 2015 e a abertura do Concurso ainda nem sequer teve lugar e, as previsões apontam<br />
para a sua conclusão nunca antes <strong>de</strong> Junho 2016.<br />
Tudo indica que, para que os transportes não <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> funcionar, se vai realizar um “ajuste direto”<br />
com a empresa que neste momento <strong>de</strong>tém o contrato. Mais um ajuste direto. Penso que <strong>de</strong>ve ser<br />
dada uma resposta à questão: porque é que <strong>de</strong>ixámos esta situação chegar a este ponto?<br />
O BE enten<strong>de</strong> que se <strong>de</strong>ve fazer uma análise rigorosa do serviço <strong>de</strong> transporte e ir mais além no novo<br />
concurso, melhorando o serviço público <strong>de</strong> transporte coletivo em Torres Novas, nomeadamente<br />
nos seguintes aspetos:<br />
– coor<strong>de</strong>nação dos horários com outros modos <strong>de</strong> transporte;<br />
– ajustamentos aos percursos;<br />
– coor<strong>de</strong>nação com outros transportes municipais;<br />
– equipamentos eficientes do ponto <strong>de</strong> vista ambiental.<br />
Ficam aqui alguns reparos e sugestões ao Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Encargos apresentado:<br />
Artigo 3.º – Prazo – alteração das datas, <strong>de</strong>vem constar as datas reais.<br />
Artigo 4.º c) – Obrigações principais do prestador <strong>de</strong> serviços – <strong>de</strong>ve ser acrescentado, “sem custos<br />
para o utilizador”<br />
Artigo 8.º n.º 3 – Preço contratual – explicitação dos cálculos do valor do contrato, nomeadamente<br />
do valor por km.<br />
Artigo 14.º – Modificações objetivas do contrato – Retirar o arbitral, está em contradição com o<br />
artigo 17.ª<br />
Artigo 23.º – Meios rolantes necessários – Encontrar outro tipo <strong>de</strong> redação para que fique absolutamente<br />
claro se os circuitos são realizados por uma ou por duas viaturas.<br />
Artigo 31.º n.º 6 – Outras condições – Insuficiente. Devia existir uma margem para possíveis<br />
alterações, <strong>de</strong>finitivas ou pontuais, sem acréscimo <strong>de</strong> custos – ex: o caso <strong>de</strong> Casais Castelos e a<br />
realização <strong>de</strong> eventos, etc.<br />
30 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015<br />
Atribuição <strong>de</strong> galardões honoríficos (Assunto 612/15)<br />
Sobre esta matéria, o BE exprime a seguinte opinião: trata-se <strong>de</strong> um tema sensível, pois envolve<br />
a avaliação <strong>de</strong> pessoas ou instituições, distinguindo-se algumas, mas existindo sempre o risco<br />
<strong>de</strong> esquecer-se outras e <strong>de</strong> se cometerem injustiças. Por outro lado, as opções sobre quem<br />
distinguir serão sempre interpretadas como sinais expressos pela Câmara Municipal, no exato<br />
contexto em que acontecem. Enten<strong>de</strong>mos que não se <strong>de</strong>ve banalizar a atribuição <strong>de</strong> medalhas<br />
<strong>de</strong> mérito, <strong>de</strong>vendo elas ser obrigatoriamente atribuídas com base num curriculum sustentado<br />
e sólido <strong>de</strong> quem é agraciado nas diversas áreas e obe<strong>de</strong>cendo a critérios objetivos, no respeito<br />
rigoroso pelo espírito e pela letra do regulamento que enquadra a atribuição <strong>de</strong>stas distinções.<br />
Trata-se <strong>de</strong> distinções do Município e, como tal, todos os torrejanos e torrejanas nelas se <strong>de</strong>vem<br />
rever. A pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática é aqui essencial: não se trata <strong>de</strong> unanimida<strong>de</strong>, mas sim <strong>de</strong><br />
respeito pela pluralida<strong>de</strong> e da recusa <strong>de</strong> exclusões <strong>de</strong> qualquer tipo, condição essencial para se<br />
alcançar os consensos possíveis numa matéria sensível.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
253<br />
Proposta <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rações para apoios na área da cultura<br />
– Complemento ao Regulamento Municipal <strong>de</strong> Apoio ao Associativismo (Assunto 542/15)<br />
O BE vota a favor porque as alterações agora introduzidas permitem uma avaliação mais objetiva e<br />
sobretudo maior transparência nos apoios atribuídos. A carteira municipal <strong>de</strong> espetáculos, sobretudo<br />
como contrapartida ao apoio recebido, <strong>de</strong>ve ser revista na perspetiva da a<strong>de</strong>são ser voluntária, pois<br />
a verba do apoio não justifica esta obrigatorieda<strong>de</strong>.<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres 2015/2016<br />
– proposta <strong>de</strong> normas <strong>de</strong> funcionamento (Assunto 606/15)<br />
O BE consi<strong>de</strong>ra que as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempos livres são um serviço público e não enten<strong>de</strong> porque<br />
se <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> agora penalizar as crianças das famílias mais pobres, introduzindo o pagamento <strong>de</strong> 2,5<br />
euros ao escalão 1, que <strong>de</strong>ve ser gratuito. Não colhe o argumento do combate ao absentismo, ate<br />
porque não nos é dada informação <strong>de</strong> quantas crianças não pu<strong>de</strong>ram ace<strong>de</strong>r a este serviço. Tendo em<br />
consi<strong>de</strong>ração que as crianças têm que levar <strong>de</strong> casa o lanche da manhã e da tar<strong>de</strong> e que as saídas são<br />
da responsabilida<strong>de</strong> dos pais e mães, facilmente se percebe que as crianças cujas famílias têm mais<br />
dificulda<strong>de</strong>s financeiras vão ser afastadas das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempos livres. A penalização não serve <strong>de</strong><br />
nada neste caso e muito menos é justo penalizar as crianças, privando-as <strong>de</strong>ste serviço, por motivos<br />
que lhe são alheios, como é o caso do absentismo. É nestas políticas concretas que verificamos o<br />
empenho no apoio às famílias. O BE vota contra esta medida.<br />
COPALCIS – Companhia Portuguesa <strong>de</strong> Apoio a Cisternas e Representações<br />
– regularização <strong>de</strong> muros <strong>de</strong> vedação e suporte (Assunto 587/15)<br />
O BE vota contra, pois não existe motivo expresso nas informações dos serviços para não consi<strong>de</strong>rar<br />
a reconstrução do “muro” obe<strong>de</strong>cendo às normas em vigor. O “muro” não obe<strong>de</strong>ce às normas e foi<br />
construído sem autorização. Se continuarmos a agir <strong>de</strong>sta forma estaremos a dizer que se construa<br />
<strong>de</strong> forma ilegal, que <strong>de</strong>pois a Câmara legaliza.<br />
22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2015<br />
Condomínio do prédio da Av. 8 <strong>de</strong> Julho (Beira Rio) Blocos 1 e 2<br />
– Proposta <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> dívidas (Assunto 480/15)<br />
O BE vota a favor da solução encontrada, pois enten<strong>de</strong> que <strong>de</strong>vido à morosida<strong>de</strong> com que este<br />
processo foi tratado, hoje, não existem outras hipóteses <strong>de</strong> encerrar esta situação. Trata-se <strong>de</strong> uma<br />
dívida <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água para um condomínio fechado, on<strong>de</strong> se inclui uma piscina, não se trata<br />
<strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água para consumo pelas pessoas. Processos como este que se arrastam anos<br />
e anos contrastam com outros, muito mais rápidos, por dívidas muito mais pequenas <strong>de</strong> consumo<br />
para as necessida<strong>de</strong>s básicas.<br />
CHERE n.º 104 (Assunto 575/15)<br />
Ficou provado com este processo que uma exceção ao Regulamento do CHERE não justificada não<br />
beneficiou o cidadão. Não po<strong>de</strong> ser tomada outra posição, por isso voto a favor, pois ficaria criada<br />
uma situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> em relação a outros cidadãos e cidadãs que se candidataram a apoios<br />
a este programa, cujo insucesso está à vista.<br />
Renovação do contrato <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> advocacia (Assunto 644/15)<br />
O BE abstém-se, pois consi<strong>de</strong>ra que se <strong>de</strong>veria realizar uma reunião com o advogado da Câmara<br />
Municipal, <strong>de</strong> modo a acompanhar todos os processos em Tribunal, o que permitiria uma melhor<br />
avaliação dos serviços prestados.
254<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
9 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2015<br />
Alienação <strong>de</strong> imóveis sitos na Rua Dr. Vicente Sousa Vinagre<br />
– Torres Novas (Assunto 578/15)<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda vota contra porque consi<strong>de</strong>ra que não estão garantidos os direitos dos<br />
moradores que ocupam estas casas. Uma coisa seria propor aos moradores a aquisição das casas<br />
por um preço justo, outra coisa é o que se vai fazer: propor aos moradores, mas caso recusem, em<br />
muitas situações porque po<strong>de</strong>rão não ter condições financeiras para tal, os imóveis serão vendidos<br />
na mesma. Tendo em atenção a atual legislação sobre arrendamento urbano é extremamente fácil<br />
<strong>de</strong>spejar os inquilinos, o que eventualmente po<strong>de</strong>rá acontecer se as casas forem adquiridas por<br />
interesses imobiliários, que basta alegaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obras profundas <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação para<br />
<strong>de</strong>spejarem as famílias que lá habitam.<br />
Amortização extraordinária <strong>de</strong> empréstimos<br />
– cumprimento do art.º 98 do Orçamento <strong>de</strong> Estado/2015 (Assunto 642/15)<br />
Esta medida do Orçamento <strong>de</strong> Estado/2015, é uma medida injusta e incluiu-se na lógica do anterior<br />
governo <strong>de</strong> restringir a autonomia do Po<strong>de</strong>r Local. É uma medida injusta, pois obriga as Câmaras<br />
Municipais a aplicar o aumento da receita do IMI e do IRS na amortização dos empréstimos. A<br />
opção da Câmara para aplicar estas verbas em investimento público <strong>de</strong>veria existir. Não se trata<br />
propriamente <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>cisão, pois a Câmara é obrigada, por isso proponho que a <strong>de</strong>cisão seja<br />
tomada sob protesto.<br />
Agenda <strong>de</strong> programação do Teatro Virgínia – Janeiro a Março 2016 (Assunto 632/15)<br />
O BE vota a favor, mas quero, novamente alertar para o facto <strong>de</strong> a programação do Teatro Virgínia<br />
chegar cada vez mais tar<strong>de</strong> para <strong>de</strong>liberação da Câmara, com duas consequências: a primeira a<br />
impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise por parte da vereação, a segunda a tardia divulgação da mesma.<br />
Sistema <strong>de</strong> Transportes Urbanos Torrejanos<br />
– Concurso Público Internacional (Assunto 618/15)<br />
Quanto a este assunto, reafirmo o que já disse em reunião anterior: não se compreen<strong>de</strong> que só agora<br />
se esteja a provi<strong>de</strong>nciar a abertura do concurso internacional, que <strong>de</strong>correrá nos próximos 6 meses,<br />
pelo menos. Como estamos a dias do fim do atual contrato, a Câmara vai realizar um ajuste direto<br />
para a manutenção <strong>de</strong>ste serviço à população, o que se <strong>de</strong>veria ter evitado. Quanto ao Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong><br />
Encargos registo que algumas sugestões do BE foram incluídas, mas insisto na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se colocar<br />
no clausulado, uma norma que <strong>de</strong>fina a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterações a promover pela Câmara, com<br />
limites expressos, sem afetar o custo final. Só assim se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o interesse público, caso contrário,<br />
qualquer pequena alteração que se venha a verificar no futuro, seja <strong>de</strong> percurso ou <strong>de</strong> horário, fruto<br />
<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s que hoje <strong>de</strong>sconhecemos, significará mais um encargo para a Câmara.<br />
Alci<strong>de</strong>s Galinha Dias – Loteamento/Aprovação da fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho (Assunto 135/15)<br />
Sobre este assunto é preciso enquadrá-lo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu início, em nome da transparência.<br />
Para a área em causa existem dois processos <strong>de</strong> loteamento que <strong>de</strong>ram entrada na Câmara Municipal:<br />
O processo 1698/2001 – Loteamento do Cerejal – Norte<br />
Local: Ligação Rotunda St.º António – Rotunda Cerejal<br />
e o processo 795/2002 – Loteamento do Cerejal – Sul<br />
Local: Av. Andra<strong>de</strong> Corvo<br />
O promotor é o mesmo: António Galinha Dias e Alci<strong>de</strong>s Galinha Dias
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
255<br />
Quanto ao processo mais antigo – 1698/2001 – sabemos que numa reunião realizada em 2009 entre<br />
o então Presi<strong>de</strong>nte da Câmara e o promotor do loteamento “foram criadas condições para uma<br />
plataforma <strong>de</strong> entendimento que visa a emissão do alvará do loteamento” (Informação 55/09 do<br />
Departamento <strong>de</strong> Obras e Serviços Urbanos <strong>de</strong> 23/06/09).<br />
Ora, à época, a zona em questão não era urbanizável.<br />
A 1.ª questão pren<strong>de</strong>-se com a legitimida<strong>de</strong> da Câmara Municipal assumir compromissos e abrir<br />
processos <strong>de</strong> loteamento para zonas não urbanizáveis segundo as normas do PDM.<br />
A 2.ª questão pren<strong>de</strong>-se com o facto <strong>de</strong> serem 2 loteamentos, encostados um ao outro, promovidos<br />
pelo mesmo loteador, mas que a Câmara separa para efeitos <strong>de</strong> análise e <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />
Porquê?<br />
Em que medida esta separação dos dois loteamentos beneficia o interesse público? Ou pelo contrário,<br />
em que medida prejudica o interesse público?<br />
Recuando um pouco, importa analisar a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> alteração parcial do PDM:<br />
A <strong>de</strong>cisão sobre a alteração parcial ao PDM foi tomada na reunião <strong>de</strong> Câmara Municipal <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong><br />
Setembro <strong>de</strong> 2013 – a última reunião <strong>de</strong> Câmara no anterior mandato.<br />
Já neste mandato, na reunião <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2014, a atual vereação tomou conhecimento e<br />
remeteu para a Assembleia Municipal o processo <strong>de</strong> alteração parcial do PDM, que foi aprovada por<br />
maioria, com 19 votos a favor, 7 votos contra e 3 abstenções.<br />
Fica por esclarecer, o que foi dito ou “acordado” com o loteador sobre o processo <strong>de</strong> 2001.<br />
Mas concentremo-nos no processo 795/2002 – Loteamento do Cerejal – Norte – Av. Andra<strong>de</strong> Corvo,<br />
agora em questão nesta reunião:<br />
Sobre a aceitação global das cedências para equipamentos e espaços ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização coletiva,<br />
o loteador não apresenta qualquer cedência para equipamentos coletivos e apresenta uma cedência<br />
para espaços ver<strong>de</strong>s que exce<strong>de</strong> a totalida<strong>de</strong> da área a ce<strong>de</strong>r segundo a informação dos serviços<br />
80.PR.2014.<br />
Ora, consultados os <strong>de</strong>senhos, a área <strong>de</strong> cedência para espaços ver<strong>de</strong>s – 287,75 m2 + 13,00 m2 <strong>de</strong><br />
pavimentação = 300,75 m2, fica longe dos 360,30m2 citados pelos serviços.<br />
Fazendo as contas, segundo a Portaria 216-B/2008, os valores finais não correspon<strong>de</strong>m aqueles que<br />
constam da informação dos serviços 80.PR.2014.<br />
Ou seja o valor apurado é 140m2 para espaços ver<strong>de</strong>s e 175m2 para equipamentos <strong>de</strong> utilização<br />
coletiva, no <strong>de</strong>senho está 300,75m2 e não 360,30 como consta na informação dos serviços.<br />
Entretanto foi junta ao processo a Informação 176.PR.2014 que confirma os 300,75 m2 <strong>de</strong><br />
cedência para espaços ver<strong>de</strong>s e a intenção do loteador <strong>de</strong> ce<strong>de</strong>r 317,90 m2 para espaços ver<strong>de</strong>s<br />
– “ligeiramente acima da totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área a ce<strong>de</strong>r para equipamentos e espaços ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
utilização coletiva – 315 m2)”.<br />
A lei obriga a cedências para equipamentos coletivos e em troca apenas admite ressarcimento em<br />
dinheiro ou em espécie, sendo que neste último caso <strong>de</strong>vem ser pon<strong>de</strong>rados tendo em conta os<br />
interesses do município em toda a área do concelho, <strong>de</strong>vendo ficar explicitados.<br />
É bom relembrar que, no que diz respeito a espaços ver<strong>de</strong>s, eles aumentam as <strong>de</strong>spesas do município<br />
na sua manutenção.<br />
Ou seja, a Câmara Municipal vai aceitar a proposta do loteador – ce<strong>de</strong>r mais área, mas só para espaços<br />
ver<strong>de</strong>s. A Câmara po<strong>de</strong>ria ter negociado a compensação pela ausência <strong>de</strong> cedência para equipamentos<br />
em troca do que consi<strong>de</strong>rasse necessário para o Concelho e fora da área do loteamento, como a
256<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Lei permite. Ce<strong>de</strong>u às pretensões do loteador, aceitando mais área para espaços ver<strong>de</strong>s o que vai<br />
significar mais encargos para a Câmara no futuro.<br />
Ainda outro aspeto sobre os <strong>de</strong>senhos apresentados pren<strong>de</strong>-se com a entrada <strong>de</strong> trânsito pela Av.<br />
Andra<strong>de</strong> Corvo, que condiciona a circulação na avenida, causando insegurança. Deveria ser estudada<br />
uma alternativa para a entrada e saída do trânsito na urbanização.<br />
Quanto aos pareceres – Águas do Ribatejo, EDP e PT, agora apresentados, verificamos que todos<br />
eles não são favoráveis, apresentando várias condicionantes.<br />
Posto isto, todo o processo está envolto em dúvidas, não é transparente e fica por respon<strong>de</strong>r o<br />
que se preten<strong>de</strong> com o loteamento contíguo – ou seja o processo que <strong>de</strong>u entrada primeiro –<br />
1698/2001.<br />
Por todos os motivos expostos o voto do Bloco <strong>de</strong> Esquerda só po<strong>de</strong> ser um voto contra. É nossa<br />
disposição continuar a acompanhar <strong>de</strong> perto e em todas as vertentes este processo.<br />
22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2015<br />
Rua da Fábrica – arranjo <strong>de</strong> passeios (Assunto 675/15)<br />
O BE vota contra este “arranjo <strong>de</strong> passeios” que na prática é a eliminação <strong>de</strong> passeios. Quando foi<br />
<strong>de</strong>batido e votado na Câmara Municipal o projeto <strong>de</strong>sta rua com a construção do muro, nada disto<br />
foi dito, bem pelo contrário, foram apresentados <strong>de</strong>senhos que mostravam o alargamento da rua e<br />
os passeios para os peões. Vem agora um projeto que mais uma vez beneficia o automóvel contra os<br />
peões, <strong>de</strong>ixando a rua sem condições para a circulação dos peões e não tendo em consi<strong>de</strong>ração as<br />
necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> das pessoas. Por outro lado, muito provavelmente estes lugares irão fazer<br />
parte da “bolsa <strong>de</strong> estacionamento pago” <strong>de</strong> 702 lugares que a maioria socialista quer implementar<br />
na nossa cida<strong>de</strong>. Esta medida não favorece a organização do estacionamento e prejudica os peões.<br />
Declarações <strong>de</strong> voto em 2016<br />
5 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2016<br />
Atribuição <strong>de</strong> topónimo-empreitada “Reconversão da Garagem dos Claras<br />
e Companhia Lda. Para espaço público – Torres Novas” (Assunto 684/15)<br />
Consi<strong>de</strong>ro em primeiro lugar que o PS <strong>de</strong>veria ter dado conhecimento da proposta que iria apresentar<br />
para o topónimo, ao contrário do que fez que só hoje tivemos conhecimento do seu conteúdo. O<br />
BE abstém-se porque se trata <strong>de</strong> atribuir o topónimo. A nossa posição é conhecida sobre a obra em<br />
apreço. Consi<strong>de</strong>ramos que a mesma está mal concebida, não foi sujeita a discussão pública e constitui<br />
um atentado à harmonia urbanística daquela zona da cida<strong>de</strong>.<br />
RVO – Reciclagem Valorização Outeirense, Lda. – pedido <strong>de</strong> reconhecimento<br />
do interesse público municipal na ampliação do estabelecimento no âmbito<br />
do Dec.-Lei 165/14, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Novembro – ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho (Assunto 683/15)<br />
Estranha-se que este assunto tenha sido tratado por <strong>de</strong>spacho do Presi<strong>de</strong>nte e ainda mais que tenha<br />
sido incluído na agenda da última Assembleia Municipal sem disso ter sido dado conhecimento à<br />
Vereação. É tão fácil evitar estas situações. Tendo em conta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absoluta transparência<br />
sobre a matéria referente aos pedidos <strong>de</strong> reconhecimento do interesse municipal e sabendo que<br />
entraram outros pedidos na Câmara Municipal, consi<strong>de</strong>ro que <strong>de</strong>ve ser elaborado um relatório don<strong>de</strong>
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
257<br />
conste informação <strong>de</strong>talhada sobre as datas <strong>de</strong> entrada dos processos que não pu<strong>de</strong>rem ser tratados<br />
<strong>de</strong>ntro dos prazos legais estabelecidos.<br />
Prestação <strong>de</strong> serviços – Ajuste Direto do Sistema<br />
<strong>de</strong> Transportes Urbanos Torrejanos (Assunto 678/15)<br />
O BE abstém-se porque consi<strong>de</strong>ra que a manutenção do serviço dos TUT é fundamental para a<br />
população. No entanto, mais uma vez sublinho, que esta situação po<strong>de</strong>ria ter sido evitada se o<br />
concurso público internacional para a prestação <strong>de</strong>ste serviço tivesse ocorrido no seu <strong>de</strong>vido tempo.<br />
O BE consi<strong>de</strong>ra que o recurso ao ajuste direto <strong>de</strong>ve ser a exceção e não a regra.<br />
22 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2016<br />
Terreno em Nicho <strong>de</strong> Riachos, <strong>de</strong>safetado do domínio público<br />
– cedência do direito <strong>de</strong> superfície (Assunto 2/16)<br />
Trata-se da conclusão <strong>de</strong>ste processo. O BE votou contra a cedência <strong>de</strong>ste terreno à Congregação<br />
das Testemunhas <strong>de</strong> Jeová, com base no princípio da laicida<strong>de</strong> do Estado, conforme as <strong>de</strong>clarações<br />
<strong>de</strong> voto entregues sobre esta mesma matéria.<br />
16 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2016<br />
Espaço Cidadão – Proposta <strong>de</strong> contrato interadministrativo <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação<br />
<strong>de</strong> competências a celebrar com a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Chancelaria (Assunto 31/16)<br />
Espaço Cidadão – Proposta <strong>de</strong> contrato interadministrativo <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação<br />
<strong>de</strong> competências a celebrar com a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Riachos (Assunto 46/16)<br />
Espaço Cidadão – Proposta <strong>de</strong> contrato interadministrativo <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação<br />
<strong>de</strong> competências a celebrar com a União das Freguesias <strong>de</strong> Torres Novas<br />
(Santa Maria, Salvador e Santiago) (Assunto 47/16)<br />
Espaço Cidadão – Proposta <strong>de</strong> contrato interadministrativo <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação<br />
<strong>de</strong> competências a celebrar com a União <strong>de</strong> Freguesias <strong>de</strong> Torres Novas<br />
(São Pedro, Lapas e Ribeira Branca) (Assunto 48/16)<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda é favorável a todas as medidas que permitam aproximar os cidadãos e cidadãs<br />
dos serviços do Estado. É também favorável que se combata a discriminação <strong>de</strong> muitas pessoas por<br />
via da info-exclusão. Por isso serviços <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> e que me<strong>de</strong>iam o acesso generalizado a serviços<br />
via net são positivos. O BE votou contra o Protocolo entre a Câmara Municipal e a Agência para<br />
a Mo<strong>de</strong>rnização Administrativa, porque as opções <strong>de</strong> localização dos Espaços Cidadão eram todas<br />
no eixo da Cida<strong>de</strong>, não privilegiando as zonas mais afastadas do concelho, on<strong>de</strong> a dificulda<strong>de</strong> para<br />
ace<strong>de</strong>r aos serviços é maior para as populações (<strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> voto nas reuniões <strong>de</strong> 20/01/2015 e<br />
21/07/2015). Quanto aos contratos interadministrativos que agora são apresentados para a concretização<br />
dos Espaços Cidadão, BE abstém-se, não inviabilizando o seu funcionamento.<br />
Primeiro aditamento – acordos <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências celebrados<br />
com as Juntas <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Assentis, Chancelaria, Meia Via, Pedrogão, Zibreira e<br />
União das Freguesias <strong>de</strong> Brogueira, Parceiros <strong>de</strong> Igreja e Alcorochel,<br />
União das Freguesias <strong>de</strong> Olaia e Paço, União das Freguesias <strong>de</strong> Torres Novas<br />
(Santa Maria, Salvador e Santiago) e União das Freguesias <strong>de</strong> Torres Novas<br />
(São Pedro, Lapas e Ribeira) (Assunto 50/16)<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda quer, em primeiro lugar, reafirmar a sua posição sobre a temática da
258<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
“<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências” da Câmara Municipal nas Freguesias: somos contra esta imposição<br />
legal (Lei 75/2013) e consi<strong>de</strong>ramos que as Juntas <strong>de</strong> Freguesia, enquanto órgãos autárquicos<br />
com legitimida<strong>de</strong> própria <strong>de</strong>veriam ser financiadas pelo Orçamento <strong>de</strong> Estado e não estar<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes das transferências das Câmaras Municipais, o que as coloca numa posição <strong>de</strong><br />
eterna <strong>de</strong>pendência. Fomos também contra os Acordos <strong>de</strong> Delegação <strong>de</strong> Competências, que<br />
não cumpriram os prazos legais e foram baseados em “estudos” muito pouco credíveis, que<br />
suscitaram o <strong>de</strong>sagrado dos Presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Junta e respetivos Executivos. Todos disseram que<br />
as verbas não eram suficientes. Na altura o Partido Socialista <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u os acordos e afirmou<br />
que as verbas eram suficientes para as competências <strong>de</strong>legadas.<br />
Este Aditamento agora proposto tem, em primeiro lugar uma leitura política: é uma <strong>de</strong>rrota<br />
política do Partido Socialista, que, passados alguns meses, tem que reconhecer que as verbas eram<br />
insuficientes. Foi encontrada uma forma <strong>de</strong> reforçar as verbas para as Freguesias – aumentando o<br />
número <strong>de</strong> limpezas e acrescentando horas <strong>de</strong> equipamentos. Não resolve os problemas, apenas<br />
os reduz e vamos ver até que ponto. Lamentavelmente a verba <strong>de</strong>stinada a “pequenas reparações<br />
em estabelecimentos <strong>de</strong> ensino” que como se sabe não chega e em muitos casos é absorvida só por<br />
uma reparação, fica exatamente na mesma, quando podia ser também revista, dotando as Juntas <strong>de</strong><br />
Freguesia <strong>de</strong> mais recursos para a manutenção dos equipamentos escolares.<br />
Aproveito para relembrar que o PS apresentou nesta Câmara uma proposta <strong>de</strong> Regulamento sobre<br />
os Apoios às Freguesias, que entretanto meteu na gaveta, impedindo as Freguesias <strong>de</strong> recorrerem a<br />
apoios da Câmara durante este ano, apoios <strong>de</strong>vidamente regulamentados e transparentes.<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda não está contra o reforço das verbas para as Freguesias, por isso se abstém<br />
na votação <strong>de</strong>ste Aditamento.<br />
Minuta <strong>de</strong> acordo <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências<br />
a celebrar com a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Riachos (Assunto 52/16)<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda reafirma tudo o que disse na <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto do ASSUNTO 50/16<br />
sobre o Primeiro Aditamento aos acordos <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências celebrados com<br />
as Juntas <strong>de</strong> Freguesia. Sobre o caso concreto do Acordo para a Freguesia <strong>de</strong> Riachos, não<br />
po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> assinalar que a não assinatura do mesmo levou à <strong>de</strong>missão da anterior Junta<br />
<strong>de</strong> Freguesia e a eleições intercalares. Acontece que passamos <strong>de</strong> uma verba <strong>de</strong> 18.898,98<br />
euros para uma verba <strong>de</strong> 30.480,08. A pergunta não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser feita: porque é que a<br />
maioria socialista na Câmara Municipal foi inflexível na negociação <strong>de</strong>ste Acordo e vem agora<br />
alterar tão significativamente os valores a transferir?<br />
O BE abstém-se nesta votação, porque embora os valores se aproximem agora da verba necessária<br />
para a execução das competências, não po<strong>de</strong> ignorar tudo o que aconteceu durante este processo<br />
e aguarda a posição da Junta <strong>de</strong> Freguesia e da Assembleia <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Riachos.<br />
Eventual contratação <strong>de</strong> uma operação <strong>de</strong> financiamento até ao montante<br />
<strong>de</strong> 600.000,00 euros, <strong>de</strong>stinada às obras da “Av. João Paulo II – Requalificação Urbana<br />
<strong>de</strong> um troço da EN 3” e “Arruamentos em Pé <strong>de</strong> Cão” (Assunto 41/16)<br />
Quando da discussão e votação da atualização do Plano <strong>de</strong> Saneamento Financeiro do Município,<br />
em 27 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2015, manifestámos a nossa posição sobre este empréstimo, rejeitando<br />
a sua contratação. Vai-se aumentar o volume <strong>de</strong> endividamento, embora <strong>de</strong>ntro dos limites<br />
legais, porque existe a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagar a in<strong>de</strong>mnização à Construtora LENA, fruto do<br />
acordo realizado e que é da inteira responsabilida<strong>de</strong> do Senhor Presi<strong>de</strong>nte e que, como é do<br />
conhecimento geral, concentra o pagamento <strong>de</strong> 1,9 milhões <strong>de</strong> euros em apenas 5 meses. A<br />
justificação apresentada não tem cabimento. Vejamos o que diz o Orçamento para 2016: em<br />
relação à obra <strong>de</strong> “requalificação da Av. João Paulo II” – estão previstos 100.000,00 euros no<br />
financiamento não <strong>de</strong>finido e 377.430,00 euros para o ano <strong>de</strong> 2017. Acresce ainda que esta obra
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
259<br />
não tem o visto do Tribunal <strong>de</strong> Contas. Quanto aos “Arruamentos em Pé <strong>de</strong> Cão” as verbas<br />
previstas no Orçamento são as seguintes 220.000,00 no financiamento <strong>de</strong>finido+ 125.000,00<br />
no não <strong>de</strong>finido e 100.000,00 euros para o ano <strong>de</strong> 2017. O empréstimo não se <strong>de</strong>stina a estas<br />
obras. Mais uma vez, a maioria socialista, opta por agravar o endividamento do Município<br />
para resolver problemas que são consequência das opções erradas e lesivas dos interesses do<br />
Município, como é o caso da PPP do Parque Almonda.<br />
19 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – Orçamento Participativo 2016 (Assunto 56/16)<br />
O BE mantém todos os consi<strong>de</strong>randos da sua proposta, mas tendo em conta o compromisso assumido<br />
pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> que convocará uma reunião para breve em que serão abordados os temas<br />
propostos, retiro <strong>de</strong> votação a proposta apresentada.<br />
Normas <strong>de</strong> participação do Trail do Almonda 2016 (Assunto 33/16)<br />
Voto favoravelmente, embora tenha <strong>de</strong>tetado algumas incongruências no articulado do Regulamento,<br />
que enumerei na reunião, certa <strong>de</strong> que os Serviços saberão encontrar a melhor forma <strong>de</strong> tornar o<br />
Regulamento claro e <strong>de</strong> fácil compreensão.<br />
ICNF – Instituto <strong>de</strong> Conservação da Natureza e das Florestas, IP<br />
– pedido <strong>de</strong> autorização prévia para ações <strong>de</strong> rearborização (Assunto 58/16)<br />
Trata-se <strong>de</strong> rearborização com eucalipto. O BE vota contra pois enten<strong>de</strong> que já existem manchas<br />
<strong>de</strong> eucalipto a mais no concelho, tendo em conta todos os malefícios que esta espécie proporciona.<br />
Compete à Câmara Municipal, analisando o concelho no seu todo, tomar uma posição que vise a<br />
promoção <strong>de</strong> espécies autóctones e não a proliferação do eucalipto.<br />
1 <strong>de</strong> Março 2016<br />
Alteração da Comissão <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Imóveis – proposta (Assunto 79/16)<br />
Em primeiro lugar chamo a atenção para o facto <strong>de</strong> não estar disponível no portal do Município o<br />
Regulamento <strong>de</strong> Inventário e Cadastro do Património Municipal.<br />
Em segundo lugar a proposta agora em <strong>de</strong>bate propõe uma “alteração dos elementos da comissão”<br />
e não apenas uma substituição do elemento que saiu. Por isso pergunto quais os critérios para a nova<br />
composição da Comissão <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Imóveis?<br />
Na resposta, um dos argumentos apresentados pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte foi o facto <strong>de</strong> um dos elementos<br />
agora propostos, realizar “avaliações no privado”. Esta questão suscitou-me <strong>de</strong> imediato as maiores<br />
dúvidas quanto à possível incompatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar avaliações no privado e em nome do município.<br />
Entendo que esta questão <strong>de</strong>ve ser esclarecida. Por isso o meu voto será <strong>de</strong> abstenção.<br />
7 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2016<br />
Memórias da História 2016 – Normas <strong>de</strong> funcionamento (Assunto 97/16)<br />
Perante a rejeição do PS às propostas sobre o funcionamento da Feira Municipal, nomeadamente uma<br />
proposta que o BE já tinha apresentado o ano passado e que ia no sentido <strong>de</strong> existir uma redução<br />
das taxas aplicadas às organizações sem fins lucrativos que participam na Feira, prática do Município<br />
em relação a outras taxas, e o aumento do preço <strong>de</strong> venda da pulseira, que do nosso ponto <strong>de</strong>
260<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
vista não se justifica, o BE abstém-se e alerta para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se realizar um <strong>de</strong>bate sobre a<br />
continuida<strong>de</strong> e o formato <strong>de</strong>sta iniciativa municipal para o futuro.<br />
Protocolo celebrado em 29.10.2015 com a Associação Humanitária<br />
dos Bombeiros Voluntários Torrejanos – Minuta <strong>de</strong> retificação <strong>de</strong> área (Assunto 87/16)<br />
Não se enten<strong>de</strong> muito bem como é que se chega a esta situação e como é que este erro teve lugar.<br />
A pergunta que se impõe é a seguinte: vai ser comprado um terreno mais pequeno (-642,23 m2), não<br />
tem impacto no preço? Não terá impacto no projeto para o quartel? Embora sendo responsabilida<strong>de</strong><br />
da Associação <strong>de</strong> Bombeiros, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser uma preocupação, já que sabemos que o quartel a<br />
construir não contempla todas as necessida<strong>de</strong>s atuais.<br />
O BE aproveita para colocar a questão sobre o que se vai fazer do espaço sobrante, nomeadamente<br />
a zona do laranjal, que na nossa opinião, po<strong>de</strong> vir a ser um jardim pequeno, mas o jardim mais bonito<br />
– o jardim das laranjeiras. O BE abstém-se.<br />
Empreitada 31/08 – Centro Escolar <strong>de</strong> Pedrógão<br />
– auto <strong>de</strong> vistoria para libertação parcial das garantias (Assunto 78/16)<br />
Conforme os serviços assinalam após vistoria, “existem alguns <strong>de</strong>feitos que apenas serão regularizados<br />
no período <strong>de</strong> férias da Páscoa”. Defeitos que a Vereação tomou conhecimento quando visitou o<br />
Centro Escolar. Não se enten<strong>de</strong> que se faça a libertação das garantias, mesmo parcial, sem que<br />
estes <strong>de</strong>feitos estejam corrigidos e quando estamos tão próximos das férias da Páscoa. Só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
serem executados os trabalhos necessários se <strong>de</strong>veria proce<strong>de</strong>r à libertação parcial das garantias.<br />
O BE vota contra.<br />
29 <strong>de</strong> Março 2016<br />
Minuta <strong>de</strong> aditamento ao acordo <strong>de</strong> cedência <strong>de</strong> terreno<br />
para o Centro Escolar <strong>de</strong> Olaia – Casa do povo (Assunto 138/16)<br />
Este compromisso assumido pela Câmara Municipal, embora noutro mandato, <strong>de</strong>ve ser cumprido.<br />
Lamentamos que tal não tenha já ocorrido e temos as maiores dúvidas <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>rá ser cumprido<br />
nos prazos agora <strong>de</strong>finidos. Por isso o BE abstém-se.<br />
Projeto <strong>de</strong> valorização das Grutas <strong>de</strong> Lapas<br />
– análise e aprovação <strong>de</strong> documentos (Assunto 114/16)<br />
O BE saúda este projeto e enten<strong>de</strong> que será um importante contributo para a valorização das Grutas<br />
<strong>de</strong> Lapas e para o concelho, por isso votará favoravelmente. Lamenta, no entanto que a Área <strong>de</strong><br />
Reabilitação Urbana <strong>de</strong> Lapas (ARU), já aprovada pela Câmara, esteja paralisada. A valorização das<br />
Grutas <strong>de</strong>ve estar integrada na valorização da al<strong>de</strong>ia.<br />
Ligação da Rotunda <strong>de</strong> St.º António à Rotunda do Cerejal<br />
– Minuta <strong>de</strong> acordo <strong>de</strong> cedência <strong>de</strong> terreno (Assunto 134/16)<br />
O BE mantem a sua posição já expressa no passado sobre este loteamento. Somos contra a criação <strong>de</strong><br />
uma via <strong>de</strong> acesso no chamado “caminho das cobras”. Não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir este caminho,<br />
cortando árvores centenárias, com uma paisagem única no meio urbano, que se <strong>de</strong>via potenciar e<br />
não <strong>de</strong>struir.<br />
Com a mudança <strong>de</strong> local do loteamento, qual a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se abrir esta via? A entrada para o<br />
loteamento é feita pela Avenida Andra<strong>de</strong> Corvo. É preciso não esquecer que a autorização para o<br />
abate <strong>de</strong> 4 árvores caducou. O BE vota contra.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
261<br />
7 <strong>de</strong> Abril 2016<br />
Minuta <strong>de</strong> aditamento ao acordo <strong>de</strong> cedência <strong>de</strong> terreno para o Centro Escolar<br />
<strong>de</strong> Olaia – Maria Deolinda Gomes e José Branco Gonçalves (Assunto 147/16)<br />
Propõe-se um aditamento a um acordo celebrado pela Câmara Municipal em 20 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2011.<br />
Neste acordo previa-se a cedência <strong>de</strong> parcelas <strong>de</strong> terreno para a construção do Centro Escolar <strong>de</strong><br />
Olaia e em contrapartida o Município comprometeu-se a fazer as infraestruturas <strong>de</strong> um loteamento<br />
e o respetivo projeto – estimando-se o valor global em 78.000,00 euros.<br />
Passaram 5 anos. A primeira pergunta é óbvia: porque é que nada se fez neste período <strong>de</strong> tempo?<br />
Chegados a 2016 e porque é preciso fechar a candidatura a fundos comunitários do Centro Escolar<br />
é preciso que os terrenos estejam em nome do Município e concretizar o Acordo, dando garantias<br />
aos ainda proprietários <strong>de</strong> que será cumprido. Não será por acaso que os proprietários exigiram<br />
novas garantias.<br />
Trata-se portanto, do Município cumprir em 6 meses o que não fez em 5 anos. Acrescenta-se uma<br />
estação elevatória (não prevista no acordo anterior) para concluir no prazo <strong>de</strong> 6 meses, mas não se<br />
quantifica, ao contrário do primeiro acordo on<strong>de</strong> as obras previstas tinham um valor, que <strong>de</strong>veria<br />
agora ser atualizado e também não o é. E acrescenta-se uma cláusula <strong>de</strong> direto <strong>de</strong> in<strong>de</strong>mnização,<br />
em 500,00 por cada mês <strong>de</strong> atraso, o que é perfeitamente compreensível por parte dos atuais<br />
proprietários, tendo em conta que nada foi feito durante 5 anos.<br />
O Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong>veria dar garantias <strong>de</strong> que os prazos agora vão ser cumpridos e<br />
<strong>de</strong> que não existe risco do Município ter <strong>de</strong> assumir in<strong>de</strong>mnizações no futuro. O BE tem as maiores<br />
dúvidas sobre este novo compromisso e a capacida<strong>de</strong> do Município <strong>de</strong> o cumprir, por isso abstém-se.<br />
Minuta <strong>de</strong> aditamento ao acordo <strong>de</strong> cedência <strong>de</strong> terreno para o Centro Escolar<br />
<strong>de</strong> Olaia – Casa do povo <strong>de</strong> Olaia (Assunto 148/16)<br />
Este assunto foi <strong>de</strong>liberado na reunião anterior, no entanto já é necessário fazer mais um aditamento<br />
ao aditamento. O voto anterior do BE foi <strong>de</strong> abstenção, pois manifestámos as maiores dúvidas sobre<br />
a sua concretização nos prazos estipulados, sem prejuízo <strong>de</strong> reconhecermos os direitos da Casa do<br />
Povo <strong>de</strong> Olaia. As alterações agora propostas são significativas, implicam que o Município assume<br />
todos os encargos com um loteamento (alvará e escrituras), a execução das obras <strong>de</strong> urbanização,<br />
que no anterior acordo estavam sob a responsabilida<strong>de</strong> da Casa do Povo <strong>de</strong> Olaia. À semelhança da<br />
situação anterior nada é quantificado. O BE tem as maiores dúvidas sobre este novo compromisso<br />
e a capacida<strong>de</strong> do Município <strong>de</strong> o cumprir, por isso abstém-se.<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Pedrógão – projeto <strong>de</strong> arranjos exteriores (Assunto 121/16)<br />
O BE não tem nada contra a valorização e arranjo do espaço envolvente da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><br />
Pedrógão. No entanto não po<strong>de</strong> dar o seu voto favorável a um Projeto no valor <strong>de</strong> 280.000 mil<br />
euros, que se sabe não irá ser concretizado nos tempos mais próximos. Por outro lado, será esta a<br />
priorida<strong>de</strong> para a Freguesia <strong>de</strong> Pedrógão? Pelo que foi possível constatar na visita à Freguesia e na<br />
reunião <strong>de</strong>scentralizada, existem outras situações a necessitar <strong>de</strong> solução, lembro, por exemplo,<br />
os arranjos na antiga escola para que esta possa funcionar como uma escola <strong>de</strong> música. Assumir a<br />
aprovação <strong>de</strong>ste projeto, que gerará expectativas, sem ter em conta estas condicionantes seria uma<br />
posição <strong>de</strong>magógica. O BE abstém-se.<br />
Município <strong>de</strong> Torres Novas – reclamação oficial / notificação ao reclamado das medidas<br />
constantes no relatório <strong>de</strong> vistoria (Assunto 141/16)<br />
Tendo em consi<strong>de</strong>ração que a situação <strong>de</strong>stes imóveis é <strong>de</strong>scrita no relatório <strong>de</strong> vistoria como <strong>de</strong><br />
“iminente <strong>de</strong>rrocada” concordo que o prazo seja reduzido para 10 dias.
262<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
NOVIMOVEST – Fundo <strong>de</strong> Investimento Imobiliário – Eventual concessão<br />
<strong>de</strong> novo prazo para a conclusão das obras <strong>de</strong> urbanização (Assunto 117/16)<br />
O BE já tinha proposto na Câmara Municipal a cassação da licença a este fundo imobiliário, pois é<br />
evi<strong>de</strong>nte que ao fim <strong>de</strong> tantos anos <strong>de</strong> renovação sucessiva da licença, a Câmara não <strong>de</strong>ve permitir<br />
que se protele uma situação que não acautela o interesse público.<br />
O prazo agora em questão terminou no dia 11 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2016. O requerente envia uma carta<br />
no dia 19 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2016, que dá entrada na Câmara a 21 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2016, dizendo que quer<br />
“retomar os trabalhos” até final <strong>de</strong> Fevereiro… mas não retomou. Porquê? Surge outra carta a 23 <strong>de</strong><br />
Março <strong>de</strong> 2016, já <strong>de</strong>pois do prazo ter terminado. O Parecer dos serviços é sucinto, mas objetivo.<br />
Os prazos passaram. Vem agora o PS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r que se <strong>de</strong>ve renovar a licença e que <strong>de</strong>sta vez é que<br />
as coisas vão andar. Porque vamos acreditar ao fim <strong>de</strong> 16 anos <strong>de</strong> adiamento constante? Não posso<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> relembrar que os Fundos Imobiliários estavam isentos <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> IMI, situação que<br />
só foi alterada com o Orçamento <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong>ste ano. Perante este quadro o BE vota contra.<br />
12 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2016<br />
Acordo <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências<br />
a celebrar com a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Riachos (Assunto 163/16)<br />
Sobre este assunto o BE reafirma a posição assumida na reunião <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2016: “Sobre<br />
o caso concreto do Acordo para a Freguesia <strong>de</strong> Riachos, não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> assinalar que a<br />
não assinatura do mesmo levou à <strong>de</strong>missão da anterior Junta <strong>de</strong> Freguesia e a eleições intercalares.<br />
Acontece que passamos <strong>de</strong> uma verba <strong>de</strong> 18.898,98 euros para uma verba <strong>de</strong> 34.025,08. A pergunta<br />
não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser feita: porque é que a maioria socialista na Câmara Municipal foi inflexível na<br />
negociação <strong>de</strong>ste Acordo e vem agora alterar tão significativamente os valores a transferir?<br />
O BE abstém-se nesta votação, porque embora os valores se aproximem agora da verba necessária para<br />
a execução das competências, não po<strong>de</strong> ignorar tudo o que aconteceu durante este processo.”<br />
Pagamento faseado <strong>de</strong> rendas em dívida<br />
– Rua Vicente Sousa Vinagre (Assunto 150/16)<br />
O BE aprova o pagamento faseado das rendas em causa mas não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> tornar a assinalar a<br />
posição que expressámos quando a Câmara <strong>de</strong>cidiu colocar em hasta pública estes fogos <strong>de</strong> habitação<br />
social. Votámos contra e mantemos a posição, pois caso se concretize a venda as famílias que habitam<br />
nestes fogos correm sério risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejo. Por outro lado assinalamos a contradição que existe em<br />
colocar à venda imóveis que constam do PEDU para reabilitação urbana.<br />
Apoio institucional – relatório da Comissão <strong>de</strong> Análise (Assunto 140/16)<br />
O BE vota favoravelmente o Relatório. Tendo em consi<strong>de</strong>ração opiniões dos interessados já manifestadas<br />
por diversas vezes, propomos o seguinte aditamento ao ponto 3 da Cláusula 3.ª do contrato-programa<br />
para Apoio institucional 2016: “Alternando, entre as diferentes bandas/ranchos o tipo <strong>de</strong> solicitação<br />
<strong>de</strong> espetáculo (ex: arruadas, concertos), assim como as associações contempladas com o espetáculo,<br />
<strong>de</strong> modo a evitar que os serviços sejam os mesmos <strong>de</strong> ano para ano.”<br />
19 Abril <strong>de</strong> 2016<br />
Inventário dos bens, direitos e obrigações patrimoniais<br />
do município e respetiva avaliação (Assunto 167/16)<br />
O BE vota a favor, pois trata-se do registo objetivo dos bens, direitos e obrigações patrimoniais do<br />
Município e confia na sua elaboração por parte dos serviços da Câmara Municipal.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
263<br />
24 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2016<br />
Campo <strong>de</strong> Treino <strong>de</strong> Torres Novas<br />
– Construção <strong>de</strong> relvado sintético – projeto (Assunto 241/16)<br />
O BE conhece a expectativa que se tem criado ao longo dos anos para a construção <strong>de</strong>ste campo<br />
<strong>de</strong> treino <strong>de</strong> modo a proporcionar às camadas mais jovens a possibilida<strong>de</strong> da prática <strong>de</strong>sportiva.<br />
Conhecemos também os adiamentos a que esta obra tem estado sujeita. Conhecemos as confusões<br />
que ocorreram recentemente com a movimentação <strong>de</strong> terras, fazendo e <strong>de</strong>sfazendo. Enten<strong>de</strong>mos<br />
que é uma aspiração justa, mas também enten<strong>de</strong>mos que <strong>de</strong>veria ser objeto <strong>de</strong> um projeto completo,<br />
enquadrando o sintético com bancadas e balneários e garantindo que as condições para a implantação<br />
do sintético são as a<strong>de</strong>quadas. Não vamos contra as expectativas, mas não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> assinalar<br />
todas as fragilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste processo. O voto do BE é abstenção.<br />
Eventual contratação <strong>de</strong> uma operação <strong>de</strong> financiamento até ao montante<br />
<strong>de</strong> 600.000,00, <strong>de</strong>stinada às obras da “Av. João Paulo II – Requalificação Urbana <strong>de</strong> um<br />
troço da EN3 e “Arruamentos em Pé <strong>de</strong> Cão” – Relatório preliminar (Assunto 243/16)<br />
O BE votou contra a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> contrair este empréstimo porque enten<strong>de</strong> que ele não se <strong>de</strong>stina a<br />
estas obras em concreto, mas sim ao acerto <strong>de</strong> contas necessário para o pagamento da in<strong>de</strong>mnização<br />
à Construtora do LENA, conforme <strong>de</strong>ixou claro em <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> voto anteriores. Manifestamos<br />
também a nossa oposição à obra megalómana para a Av. João Paulo II, pois consi<strong>de</strong>ramos que gastar<br />
meio milhão <strong>de</strong> euros naquele pequeno troço não é uma priorida<strong>de</strong> para o concelho em termos <strong>de</strong><br />
re<strong>de</strong> viária. Trata-se <strong>de</strong> um relatório preliminar, mas o nosso voto mantêm-se contra.<br />
30 <strong>de</strong> Maio 2016<br />
Execução da obra <strong>de</strong> “beneficiação da Estrada do Trancão (vulgo Rua do Radar) em<br />
Atouguia – Torres Novas” – contrato interadministrativo <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências a<br />
celebrar com a União das Freguesias <strong>de</strong> (São Pedro), Lapas e Ribeira Branca (Assunto 211/16)<br />
O BE abstém-se porque consi<strong>de</strong>ra que o processo <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências da Câmara<br />
Municipal na União <strong>de</strong> Freguesias <strong>de</strong> S.Pedro, Lapas e Ribeira não <strong>de</strong>correu conforme as regras.<br />
Primeiro a obra foi adjudicada à Firma António Emílio Gomes e Filho, Lda., antes <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>cidida a<br />
<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências, o que originou uma revogação por mútuo acordo entre as partes do<br />
referido contrato. Segundo, privilegia-se o ajuste direto em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> concurso o que é uma<br />
prática que se <strong>de</strong>ve evitar. Terceiro estranha-se que a consulta recaia sempre na mesma empresa,<br />
assim como se estranha a consulta à LENA Engenharia e Construções, Lda, para uma obra <strong>de</strong> baixo<br />
valor, para além do contencioso que a Câmara Municipal tem com esta empresa.<br />
Siferalves – Construções Lda – aplicabilida<strong>de</strong><br />
do n.º 1 do art.º 10.º do RPDM (Assunto 146/16)<br />
O BE vota contra, porque consi<strong>de</strong>ra que a construção prevista, fora dos parâmetros do PDM, não<br />
se enquadra na zona em questão e não cumpre os requisitos no n.º 1 do art.º 10.º do RPDM.<br />
21 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2016<br />
Proposta <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> empréstimo até 600.000€<br />
– investimentos municipais – relatório final <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> propostas (Assunto 265/16)<br />
O BE vota contra, como posição expressa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início sobre esta matéria. O Município<br />
endivida-se, <strong>de</strong>vido à in<strong>de</strong>mnização que teve que ser paga em 5 meses à Construtora do LENA.<br />
Por outro lado, sempre manifestamos a nossa oposição à mega obra para a Av. João Paulo II que
264<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
irá custar perto <strong>de</strong> meio milhão <strong>de</strong> euros. A avenida necessita <strong>de</strong> arranjos no pavimento, mas<br />
no momento atual nada justifica uma obra <strong>de</strong>sta envergadura, quando as estradas do concelho<br />
estão todas em péssimo estado. Lembremos também o que o PS disse sobre o “resultado líquido<br />
positivo” <strong>de</strong> 2015 e sobre o “saldo <strong>de</strong> gerência” <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 3 milhões <strong>de</strong> euros a transitar<br />
para o ano em curso, como exemplo <strong>de</strong> “poupança” e “boa gestão”. Se assim fosse não seria<br />
necessário mais um empréstimo…<br />
Execução da obra <strong>de</strong> “beneficiação da Estrada do Trancão (vulgo Rua do Radar) em<br />
Atouguia – Torres Novas” – contrato interadministrativo <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências a<br />
celebrar com a União das Freguesias <strong>de</strong> (São Pedro), Lapas e Ribeira Branca (Assunto 290/16)<br />
O BE abstém-se, pois consi<strong>de</strong>ra que esta obra é necessária. No entanto não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> assinalar<br />
os atropelos à legislação que este processo teve. Primeiro trata-se <strong>de</strong> um ajuste direto que, como<br />
temos vindo a afirmar, não <strong>de</strong>ve ser regra e quando acontece <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>vidamente justificado.<br />
Segundo, só foram consultadas duas empresas – “António Gomes & Filhos, Lda.” e “Lena Engenharias<br />
e Construções, SA”. Terceiro, a obra foi adjudicada pela União <strong>de</strong> Freguesias <strong>de</strong> Torres Novas (S.<br />
Pedro), Lapas e Ribeira, antes <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>cidida a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências por parte da Câmara<br />
Municipal, o que <strong>de</strong>u origem à revogação por mútuo acordo do contrato celebrado. O BE manifesta<br />
a sua estranheza e oposição a este tipo <strong>de</strong> práticas.<br />
Pedido <strong>de</strong> apoio para obras no espaço envolvente<br />
do Pavilhão <strong>de</strong> Resgais (Assunto 292/16)<br />
O BE vota contra, pois este pedido <strong>de</strong>veria correspon<strong>de</strong>r às exigências do Regulamento <strong>de</strong> Apoio<br />
ao Associativismo e ser <strong>de</strong>cidido tendo em conta todas as necessida<strong>de</strong>s existentes e garantindo o<br />
tratamento equitativo <strong>de</strong> todas as associações.<br />
Município <strong>de</strong> Torres Novas / reclamação oficial<br />
– posse administrativa do imóvel / execução coerciva <strong>de</strong> obras (Assunto 288/16)<br />
O BE quer sublinhar esta <strong>de</strong>cisão da Câmara Municipal e a seguinte, que vão no sentido daquilo que<br />
temos <strong>de</strong>fendido, ou seja, a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve fazer uso dos dispositivos legais ao seu dispor no<br />
sentido <strong>de</strong> garantir, por um lado a segurança dos munícipes e por outro a reabilitação dos espaços<br />
em ruínas. Fazemos votos para que se continue neste caminho, tendo em consi<strong>de</strong>ração todas as<br />
situações.<br />
Quota extraordinária/ ADIRN – eventual aprovação (Assunto 245/16)<br />
O BE ficou extremamente preocupado com a situação financeira da ADIRN e consi<strong>de</strong>ra que não é<br />
uma “quota extraordinária” que vai resolver os seus problemas. Tendo em consi<strong>de</strong>ração a situação<br />
<strong>de</strong>ficitária, os empréstimos existentes, as contas caucionadas, enten<strong>de</strong>mos que <strong>de</strong>veria ser realizada<br />
uma auditoria financeira.<br />
5 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2016<br />
Alteração rodoviária – Largo <strong>de</strong> Casais <strong>de</strong> Igreja (Assunto 314/16)<br />
É muito positivo que, finalmente, se concretize este projeto <strong>de</strong> requalificação do Largo <strong>de</strong> Casais<br />
<strong>de</strong> Igreja, proporcionando condições dignas à população e reforçando a segurança rodoviária. É<br />
exatamente sobre este ponto que o BE tem que sinalizar algumas preocupações, nomeadamente<br />
no atravessamento da via no que respeita aos peões. Não estão sinalizadas passa<strong>de</strong>iras e é preciso<br />
garantir que o atravessamento se faz em condições <strong>de</strong> segurança.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
265<br />
19 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2016<br />
Contratação <strong>de</strong> uma operação <strong>de</strong> financiamento até ao montante<br />
<strong>de</strong> 600.000 euros, <strong>de</strong>stinada às obras da “Av. João Paulo II<br />
– Requalificação Urbana <strong>de</strong> um troço da EN 3” e “Arruamentos em Pé <strong>de</strong> Cão”<br />
– minuta <strong>de</strong> contrato (Assunto 336/16)<br />
O BE vota contra. Des<strong>de</strong> o início que estamos contra a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> contrair este empréstimo que<br />
apenas tem justificação <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>sequilíbrio que a in<strong>de</strong>mnização à Construtora do Lena veio<br />
causar nas contas do Município. Não será agora necessário retomar os argumentos que expressámos<br />
e escrevemos em <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto.<br />
No entanto, não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer algumas consi<strong>de</strong>rações sobre este contrato a celebrar com<br />
o Banco BPI. Se dúvidas existem sobre a forma como a Banca privada trata esta Autarquia a leitura<br />
<strong>de</strong>ste contrato será bastante elucidativa. Cláusula após cláusula, repetem-se as condições a favor do<br />
Banco, que <strong>de</strong>tém todos os po<strong>de</strong>res, sempre e “pela forma que julgar mais apropriada”, nem sabemos<br />
qual, será aquela que o banco consi<strong>de</strong>rar mais conveniente…<br />
É opção do PS aceitar estas condições e será responsabilida<strong>de</strong> sua respon<strong>de</strong>r perante elas. Mas<br />
quero aqui assinalar uma em especial – n.º 3 da Cláusula 18.º, que po<strong>de</strong>rá ter consequências muito<br />
negativas para o Município. Passo a citar: “A não entrega ao Banco, até 07 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2016, <strong>de</strong> todos<br />
os documentos referidos no número 1 anterior, confere ao Banco o direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar unilateralmente<br />
a resolução do presente Contrato (sem que qualquer das Partes tenha direito a qualquer compensação)<br />
ou <strong>de</strong>, a seu exclusivo juízo e unilateralmente, alterar o condicionalismo da operação <strong>de</strong> acordo com as<br />
condições <strong>de</strong> mercado que se venham a verificar”. Entre os documentos constantes do “número 1<br />
anterior” está o Visto do Tribunal <strong>de</strong> Contas. Questionei o Senhor Presi<strong>de</strong>nte sobre a existência <strong>de</strong><br />
Visto do Tribunal <strong>de</strong> Contas, quer para as obras, quer para o empréstimo. A resposta foi que ainda<br />
não existe. Como po<strong>de</strong>remos então aceitar uma cláusula que impõe um prazo, extramente curto,<br />
para a apresentação <strong>de</strong> um documento que não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da autarquia? Com a consequência, caso<br />
não seja apresentado, ficar a Câmara à mercê do Banco, que, unilateralmente, fará o que quiser? O<br />
BE votará sempre contra, mas não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> assinalar esta situação, em nome dos interesses<br />
do Município.<br />
Acordo tripartido entre o Município <strong>de</strong> Torres Novas, Associação Cultural<br />
Materiais Diversos e Direção-Geral das Artes – A<strong>de</strong>nda (Assunto 324/16)<br />
À semelhança <strong>de</strong> votações anteriores o BE abstém-se, porque consi<strong>de</strong>ramos que este Acordo<br />
tripartido é <strong>de</strong>sequilibrado na relação entre as autarquias e a Direção-Geral das Artes e sobretudo<br />
muito <strong>de</strong>sequilibrado em relação à política do município <strong>de</strong> apoio às artes e cultura, nomeadamente<br />
no tipo <strong>de</strong> apoio a outras iniciativas no concelho.<br />
Consi<strong>de</strong>ramos que o Festival Material Diversos é uma iniciativa importante e cujo contributo<br />
valorizamos, mas a Câmara Municipal <strong>de</strong>veria ter negociado outro tipo <strong>de</strong> Acordo, o que esperamos<br />
venha a fazer em iniciativas futuras.<br />
Suspensão parcial do PDM <strong>de</strong> Torres Novas / estabelecimento<br />
<strong>de</strong> medidas preventivas – MTN – New Mattress, SA. (Assunto 333/16)<br />
O BE abstém-se. A suspensão do PDM, não <strong>de</strong>ve tornar-se uma prática corrente. O or<strong>de</strong>namento<br />
do território implica que se <strong>de</strong>senvolvam políticas para concentrar as indústrias nas zonas<br />
industriais. E, sobre este aspeto, gostaria <strong>de</strong> saber os esforços que foram feitos para que esta<br />
indústria se instalasse na zona industrial. Acresce ainda que a Câmara tem conhecimento <strong>de</strong><br />
que a cobertura do edifício existente tem amianto, que <strong>de</strong>verá ser retirado antes do início <strong>de</strong><br />
qualquer ativida<strong>de</strong>.
266<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
30 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2016<br />
Feira Nacional dos Frutos Secos – Acordo <strong>de</strong> colaboração<br />
entre o Município <strong>de</strong> Torres Novas e Yohanisa Restaurante, Lda. (Assunto 424/16)<br />
Feira Nacional dos Frutos Secos – Acordo <strong>de</strong> colaboração<br />
entre o Município <strong>de</strong> Torres Novas e o Pingo Doce (Assunto 425/16)<br />
O BE vota contra porque as cláusulas previstas neste “acordo <strong>de</strong> colaboração” são inadmissíveis. É<br />
normal que se procurem apoios, patrocínios, parcerias. Já não é normal aceitar todas as condições<br />
que as empresas apresentam, quando condicionam a liberda<strong>de</strong> dos cidadãos e cidadãs no exercício<br />
dos seus direitos constitucionalmente garantidos e os fazem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r daquilo que as empresas<br />
consi<strong>de</strong>ram “ofensa à sua imagem e ao seu bom-nome”. Transcrevo parte <strong>de</strong> uma cláusula do referido<br />
Acordo em que se elencam as situações em que é atribuída às duas empresas “a faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
resolver o presente acordo nos casos em que os organizadores, representantes e participantes ativos no<br />
evento FNFS 2016, durante a promoção, divulgação e efetiva realização do mesmo, incorram numa das<br />
seguintes situações: a) Cometam qualquer infração prevista e punida por lei que, pela sua gravida<strong>de</strong> e<br />
divulgação, seja consi<strong>de</strong>rada, pelo Pingo Doce ou McDonald’s, como uma ofensa à sua imagem e ao seu<br />
bom-nome; b) Pratiquem atos contrários aos bons costumes que, pela sua gravida<strong>de</strong> e divulgação, possam<br />
ser consi<strong>de</strong>rados, pelo Pingo Doce ou McDonald’s, como uma ofensa à sua imagem e ao seu bom-nome;<br />
c) Façam propaganda política;<br />
Para além da dificulda<strong>de</strong> em <strong>de</strong>finir concretamente o que é “uma infração prevista e punida por lei que,<br />
pela sua gravida<strong>de</strong> e divulgação, seja consi<strong>de</strong>rada pelo Pingo Doce ou McDonald’s, como uma ofensa à<br />
sua imagem e ao seu bom nome” e sobre o que serão “atos contrários aos bons costumes que possam<br />
ser consi<strong>de</strong>rados uma ofensa ao Pingo Doce e à McDonald’s?”, não estão previstas nenhumas condições<br />
para que o Município “tenha a faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver o contrato”. Ou seja o Município aceita tudo o<br />
que lhe é imposto e não tem condições. O que é absolutamente claro é que a propaganda política<br />
“ofen<strong>de</strong> a boa imagem e o bom nome” e <strong>de</strong>ve ser contrária aos “bons costumes”. Paciência, vivemos<br />
numa Democracia. A Feira dos Frutos Secos <strong>de</strong>ve ser um espaço <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>. Da minha parte assim<br />
continuará a ser e não tenciono abdicar <strong>de</strong> nenhum dos meus direitos.<br />
ICNF – Instituto <strong>de</strong> Conservação da Natureza e Florestas, IP<br />
– pedido <strong>de</strong> autorização prévia para ações <strong>de</strong> (re) arborização / recuperação<br />
– ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho (Assunto 395/16)<br />
O BE votou contra o pedido <strong>de</strong> autorização prévia para as ações <strong>de</strong> arborização com eucalipto na<br />
Meia Via. Esta nova <strong>de</strong>cisão do ICNF que visa minorar o impacto da ação realizada é a consequência<br />
da <strong>de</strong>núncia que fizemos e do protesto da população e da Junta <strong>de</strong> Freguesia. O BE abstém-se,<br />
pois somos favoráveis às medidas propostas, que no entanto não revertem a <strong>de</strong>cisão errada que foi<br />
tomada anteriormente.<br />
13 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2016<br />
Start Up Torres Novas – proposta <strong>de</strong> Regulamento Interno (Assunto 382/16)<br />
Start Up Torres Novas – Minuta <strong>de</strong> Acordo <strong>de</strong> Parceria (Assunto 444/16)<br />
O PS apresenta uma proposta <strong>de</strong> Regulamento Interno e uma Minuta <strong>de</strong> Acordo <strong>de</strong> Parceria para o<br />
lançamento <strong>de</strong> uma “Start Up Torres Novas”, no entanto, nada se conhece sobre os objetivos <strong>de</strong>sta<br />
“start up”, as áreas que vai privilegiar, o seu “foco” <strong>de</strong> intervenção. Pelo <strong>de</strong>bate realizado ficámos<br />
a saber que “vai dar para tudo”.<br />
Pese embora opinião crítica que assumo sobre o efeito na economia e no apoio a micro e pequenas<br />
empresas assente nesta lógica, os argumentos em que assenta esta proposta, ou melhor, a falta <strong>de</strong>les,
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
267<br />
conduzem a um voto contra. Trata-se <strong>de</strong> um projeto abstrato. Veja-se o teor da Nota dos Serviços,<br />
oriunda da Unida<strong>de</strong> Orgânica Torres Novas +:<br />
“O gran<strong>de</strong> objetivo <strong>de</strong>ste projeto e fator <strong>de</strong>terminante no seu sucesso será a criação do ecossistema<br />
i<strong>de</strong>al para promover e acelerar as startup´s. Assim, prevê-se proporcionar o acesso a uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
empreen<strong>de</strong>dores, instituições, mentores, investidores e parceiros que possam elevar os possíveis<br />
negócios.<br />
Consi<strong>de</strong>rando o exposto, cumpre informar que, estão reunidas condições específicas que geram<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regulamentar <strong>de</strong> forma or<strong>de</strong>nada a tipologia do serviço prestado e os direitos e <strong>de</strong>veres<br />
dos utilizadores.” Não houve esclarecimento sobre o que é um “ecossistema i<strong>de</strong>al para promover<br />
e acelerar startup’s”, assim como quais as “condições específicas” que estão reunidas. Não basta<br />
dizer, há que enumerar.<br />
Sobre o acordo <strong>de</strong> parceria: não se sabe quais as entida<strong>de</strong>s parceiras e tudo levaria a crer que o tal<br />
“ecossistema” implicasse acordos <strong>de</strong> parceria caso a caso, mas não. Gostaria <strong>de</strong> ter sido esclarecida<br />
sobre o conteúdo da cláusula 2.ª – Formas <strong>de</strong> colaboração – e que passo a citar: “As entida<strong>de</strong>s contraentes<br />
fixarão, em conjunto, a forma <strong>de</strong> gerir o exercício <strong>de</strong> partilha e <strong>de</strong> transparência entre entida<strong>de</strong>s. Assim,<br />
<strong>de</strong>ntro do espírito do presente acordo <strong>de</strong> parceria e das linhas gerais do projeto já enunciadas, a gestão<br />
da relação com o parceiro será um <strong>de</strong>safio consi<strong>de</strong>rando que o relacionamento com os parceiros preten<strong>de</strong><br />
criar valor para as várias partes interessadas.”<br />
O conceito <strong>de</strong> “start up”, mais não é do que as “incubadoras <strong>de</strong> empresas” que surgiram nos anos 90<br />
do século passado. E, pesem as críticas a este mo<strong>de</strong>lo, repito, verificamos que as “start up” existentes<br />
noutros concelhos do país são centradas em áreas concretas <strong>de</strong> negócio, com potencial para a área<br />
geográfica e geralmente estão associadas a centros universitários ou <strong>de</strong> investigação no sentido <strong>de</strong><br />
congregar experiência e conhecimento em <strong>de</strong>terminadas áreas.<br />
Tudo isto está ausente <strong>de</strong>sta proposta. Vamos ter uma “start up” porque sim, porque há fundos<br />
comunitários, porque vai existir parceria com a Nersant “ao princípio opositora e <strong>de</strong>pois colaborante,<br />
quando percebeu que seria a principal parceira”, como afirmado na reunião. E quanto ao resto ficam<br />
as frases generalistas.<br />
Vale a pena ainda referir outro aspeto: nos critérios <strong>de</strong> seleção e aplicação <strong>de</strong> apoios existe<br />
um ponto 4) Valorização da estrutura económica local e inserção nos setores estratégicos <strong>de</strong>finidos<br />
para o concelho – com um peso <strong>de</strong> 25% na avaliação global. Quais são os setores estratégicos<br />
para o concelho? Talvez se <strong>de</strong>vesse começar o <strong>de</strong>bate por aqui, se queremos falar <strong>de</strong> economia<br />
e <strong>de</strong> apoio às empresas.<br />
Fica ainda por saber qual o investimento financeiro a suportar pela Câmara Municipal.<br />
Contração <strong>de</strong> empréstimo <strong>de</strong> médio longo prazo para investimentos (Assunto 447/16)<br />
O BE mantem o seu voto contra a contração <strong>de</strong>ste empréstimo, pelos motivos já expostos<br />
em votações anteriores. Em resumo: este empréstimo <strong>de</strong>stina-se a financiar uma obra que<br />
na opinião do BE não é necessária como está prevista – as quatro vias na Av. João Paulo II.<br />
Esta entrada da cida<strong>de</strong> necessita ser repavimentada com urgência, mas uma mega-obra que<br />
custará meio milhão <strong>de</strong> euros ou mais (caso o Tribunal <strong>de</strong> Contas venha a dar luz ver<strong>de</strong>) é<br />
absolutamente <strong>de</strong>snecessária e em contraste gritante com as necessida<strong>de</strong>s das vias rurais do<br />
concelho. Aproveitar a pequena folga na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> endividamento do Município, recorrendo<br />
a mais um empréstimo e assim aumentando a dívida, não nos parece a forma mais correta<br />
<strong>de</strong> trabalhar para o saneamento financeiro. Não se argumente com a obra <strong>de</strong> pavimentação<br />
das estradas em Pé <strong>de</strong> Cão, que apenas é invocada como álibi, pois existem condições para a<br />
realizar via orçamento municipal.
268<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
7 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2016<br />
Associação <strong>de</strong> moradores <strong>de</strong> Vale da Serra – Pedido <strong>de</strong> alteração<br />
ao protocolo <strong>de</strong> cedência do edifício EB1 <strong>de</strong> Vale da Serra (Assunto 486/16)<br />
A Associação <strong>de</strong> Moradores <strong>de</strong> Vale da Serra solicitou à Câmara Municipal que alterasse o protocolo<br />
existente nos seguintes aspetos:<br />
– alteração do nome da associação no protocolo – nada a opor, como é lógico<br />
– introdução <strong>de</strong> um prazo na cedência para 70 ou 80 anos.<br />
A questão controversa resi<strong>de</strong> na questão do prazo e no tipo <strong>de</strong> cedência. Se for uma cedência em<br />
direito <strong>de</strong> superfície, o que implica uma escritura, introduz a questão da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> venda <strong>de</strong><br />
um imóvel que é proprieda<strong>de</strong> do município. Se for cedência precária, não é comum um prazo tão<br />
alargado e introduz uma diferença <strong>de</strong> vulto em relação a todas as outras cedências efetuadas pelo<br />
município.<br />
Argumenta-se que assim a Associação <strong>de</strong> Moradores se sente mais estimulada a realizar melhoramentos.<br />
Mas acontece que o protocolo atual garante toda a estabilida<strong>de</strong> quer para a Associação, quer para o<br />
município ao estipular o seguinte na 4.ª Cláusula: “(…) a cedência objeto do presente protocolo não será<br />
feita a título <strong>de</strong>finitivo, mantendo-se, contudo vigente enquanto a Comissão <strong>de</strong> Moradores <strong>de</strong> Vale da Serra<br />
(<strong>de</strong>signação a alterar), nelas <strong>de</strong>senvolver as ativida<strong>de</strong>s inerentes aos seus fins”. Enquanto <strong>de</strong>senvolver<br />
as ativida<strong>de</strong>s inerentes aos seus fins – estabilida<strong>de</strong> e equilíbrio para ambas as partes.<br />
Esta alteração, casuística, vem introduzir uma discriminação em relação a todas as outras cedências, o<br />
que não é correto. Fica ainda por saber, qual o teor em concreto do novo protocolo que não foi objeto<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão camarária. O BE não po<strong>de</strong> acompanhar este tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, o seu voto é contra.<br />
Contração <strong>de</strong> empréstimo <strong>de</strong> médio, longo prazo para investimentos<br />
– Relatório final (Assunto 523/16)<br />
O BE mantem o seu voto contra a contração <strong>de</strong>ste empréstimo, pelos motivos já expostos em<br />
votações anteriores. Em resumo: este empréstimo <strong>de</strong>stina-se a financiar uma obra que na opinião<br />
do BE não é necessária como está prevista – as quatro vias na Av. João Paulo II. Esta entrada da<br />
cida<strong>de</strong> necessita ser repavimentada com urgência, mas uma mega-obra que custará meio milhão <strong>de</strong><br />
euros ou mais (caso o Tribunal <strong>de</strong> Contas venha a dar luz ver<strong>de</strong>) é absolutamente <strong>de</strong>snecessária e em<br />
contraste gritante com as necessida<strong>de</strong>s das vias rurais do concelho. Aproveitar a pequena folga na<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> endividamento do Município, recorrendo a mais um empréstimo e assim aumentando<br />
a dívida, não nos parece a forma mais correta <strong>de</strong> trabalhar para o saneamento financeiro. Não se<br />
argumente com a obra <strong>de</strong> pavimentação das estradas em Pé <strong>de</strong> Cão, que apenas é invocada como<br />
álibi, pois existem condições para a realizar via orçamento municipal.<br />
Pedido <strong>de</strong> apoio a edição <strong>de</strong> livro (Assunto 493/16)<br />
Uma munícipe solicitou o apoio para a edição <strong>de</strong> um livro <strong>de</strong> sua autoria. Não está em causa nem o<br />
mérito da iniciativa, nem o trabalho da autora. Quero, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já <strong>de</strong>ixar uma palavra <strong>de</strong> apreço para a<br />
iniciativa em causa. Está em causa o comportamento da Autarquia, os seus critérios para a atribuição<br />
<strong>de</strong> apoios enquadrados na lei vigente, assim como a <strong>de</strong>fesa do princípio da equida<strong>de</strong> entre todas e<br />
todos os munícipes.<br />
As publicações com o apoio do município estão enquadradas na línea zz) do artigo 33.º da Lei 75/2013,<br />
<strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Setembro – Regime Jurídico das Autarquias Locais, cujo conteúdo é o seguinte: “Promover<br />
a publicação <strong>de</strong> documentos e registos, anais ou <strong>de</strong> qualquer outra natureza, que salvaguar<strong>de</strong>m ou<br />
perpetuem a história do município”. O legislador afastou das competências das autarquias a publicação<br />
<strong>de</strong> edições <strong>de</strong> carácter literário (romance, poesia, ficção,…) dada a natureza subjetiva <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong><br />
criações e a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir critérios objetivos sobre o que teria ou não qualida<strong>de</strong>. Essa
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
269<br />
possibilida<strong>de</strong> colocaria as autarquias na obrigação <strong>de</strong> publicar tudo o que se escreve, porque não<br />
po<strong>de</strong>ria haver escolha nem critérios objetivos e tudo seria <strong>de</strong>fensável como passível <strong>de</strong> publicação.<br />
Por isso, consi<strong>de</strong>rou que a priorida<strong>de</strong> e vocação da administração pública, em termos <strong>de</strong> publicação<br />
<strong>de</strong> edições, não é substituir-se às editoras e à promoção da criação literária, mas remeter a sua<br />
intervenção, neste domínio, às publicações que contribuam para o conhecimento do território e da<br />
sua história e património.<br />
Bem sei que se alega a possibilida<strong>de</strong> da Câmara <strong>de</strong>clarar interesse municipal nesta edição, mas o<br />
problema persiste, qual o critério para <strong>de</strong>clarar neste caso e não noutros? Ainda a reunião não tinha<br />
terminado e um munícipe que a ela assistia <strong>de</strong>clarou ter um livro pronto para o qual vai requerer o<br />
apoio do município.<br />
A posição por mim <strong>de</strong>fendida não excluía todo o tipo <strong>de</strong> apoio, tendo inclusive sugerido que a Câmara<br />
apoiasse a sua apresentação e adquirisse um conjunto <strong>de</strong> exemplares. Mas perante a inflexibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>monstrada pelo PS em acolher os argumentos apresentados e a persistência em “torcer” as regras,<br />
só me restou o voto contra.<br />
25 Outubro 2016<br />
Proposta da CDU – Plano Municipal do Ambiente (Assunto 574/16)<br />
O BE vota a favor <strong>de</strong>sta proposta no sentido <strong>de</strong> reforçar o que já tinha sido aprovado na reunião <strong>de</strong><br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2015, conforme consta da respetiva ata, por proposta do Bloco<br />
<strong>de</strong> Esquerda <strong>de</strong> atualização do “Plano Municipal do Ambiente” e do “Plano <strong>de</strong> Ação e Monitorização”.<br />
Embora tendo sido aprovada com a abstenção do PS, este estava obrigado a cumpri-la. Infelizmente<br />
tal não foi feito e estou certa que se tivessem tomado as medidas constantes da proposta do BE<br />
hoje estaríamos em melhores condições para enfrentar a poluição no rio Almonda. A proposta do<br />
BE foi apresentada na reunião <strong>de</strong> Câmara <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2015, on<strong>de</strong> apresentei uma <strong>de</strong>claração<br />
política sobre a “Priorida<strong>de</strong> à <strong>de</strong>fesa do Rio Almonda”, como consta da respetiva ata. Transcrevo o<br />
que disse na altura e que mantenho, nomeadamente o que se refere ao Plano Municipal do Ambiente:<br />
“Politicamente as questões ambientais <strong>de</strong>vem ser uma priorida<strong>de</strong> e enquadradas em todas as áreas <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento. Não po<strong>de</strong>m ser matérias <strong>de</strong> “embelezamento” <strong>de</strong> planos e discursos. É urgente um<br />
conhecimento <strong>de</strong>talhado da situação e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estratégias, <strong>de</strong>vidamente monitorizadas e avaliadas,<br />
com o envolvimento alargado <strong>de</strong> todos os intervenientes – autarquias, governo, instituições públicas e<br />
privadas, população. Ora o Município tem um “Plano Municipal do Ambiente”, que data <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong><br />
2007, on<strong>de</strong> é feito um diagnóstico e elencadas as diversas estratégias e medidas. Em complemento <strong>de</strong>ste<br />
“Plano Municipal do Ambiente, existe um “Plano <strong>de</strong> Ação e Monitorização”, datado <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010.<br />
Ambos foram elaborados pela IAD – Ambiente e Desenvolvimento, um instituto ligado à Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Aveiro, a pedido da Câmara Municipal. Nestes documentos, disponíveis no portal do Município, é feito<br />
um diagnóstico e i<strong>de</strong>ntificadas as fontes <strong>de</strong> poluição. Cabe aqui, colocar as primeiras questões: Porquê um<br />
intervalo <strong>de</strong> 3 anos entre o “Plano Municipal” e o “Plano <strong>de</strong> Ação e Monitorização? Que medidas foram<br />
implementadas? On<strong>de</strong> está a monitorização <strong>de</strong>ste Plano?”<br />
Na proposta apresentada e votada na reunião <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2015, constavam 2 pontos: Atualizar<br />
o Plano Municipal do Ambiente e o Plano <strong>de</strong> Ação e Monitorização. O BE faz votos para que se<br />
avance neste sentido.<br />
Proposta da CDU – Benefícios aos bombeiros (Assunto 576/169)<br />
Embora o assunto tenha sido retirado para futura apreciação, o BE quer <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já expressa a<br />
sua opinião sobre diversos aspetos <strong>de</strong>sta proposta, que explicitei na reunião:<br />
A proposta da CDU <strong>de</strong>stina-se aos Bombeiros Voluntários ou a todos os membros da Corporação<br />
<strong>de</strong> Bombeiros <strong>de</strong> Torres Novas? Um primeiro aspeto que tem que ficar claro.
270<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
A proposta da CDU visa a abertura <strong>de</strong> um procedimento para elaboração <strong>de</strong> um Regulamento <strong>de</strong><br />
Concessão <strong>de</strong> Regalias Sociais aos Bombeiros Voluntários Torrejanos.<br />
A abertura <strong>de</strong>ste procedimento não tem a nossa oposição.<br />
No entanto, consi<strong>de</strong>ramos que seria mais correto criar um Regulamento para todo o voluntariado.<br />
Todas e todos apreciamos, reconhecemos e valorizamos o trabalho dos bombeiros – não será<br />
por acaso que são conhecidos como soldados da Paz – sejam voluntários ou profissionais que<br />
<strong>de</strong> forma abnegada e não olhando a sacrifícios trabalham em prol do bem comum. Por isso<br />
mesmo existe o Estatuto Social do Bombeiro e um conjunto <strong>de</strong> garantias que lhes são atribuídas<br />
em função do seu trabalho.<br />
Trata-se agora <strong>de</strong> o Município reconhecer esse trabalho <strong>de</strong>ntro das suas competências. Mas ao fazêlo<br />
<strong>de</strong>verá também reconhecer as outras formas <strong>de</strong> voluntariado, muitas vezes mais discretas, mas<br />
não menos importantes para todos e todas nós – refiro a título <strong>de</strong> exemplo: os dadores <strong>de</strong> sangue;<br />
os visitadores <strong>de</strong> prisão, o voluntariado nos hospitais.<br />
Enten<strong>de</strong> o BE que quem se <strong>de</strong>dica ao voluntariado o faz sem olhar a retribuições, essa é aliás uma<br />
das suas principais características, o que não <strong>de</strong>smerece a obrigação do seu reconhecimento público<br />
e institucional. Por exemplo, as isenções <strong>de</strong> taxas urbanísticas não se afiguram, do nosso ponto <strong>de</strong><br />
vista, como sendo a forma <strong>de</strong> reconhecimento, que pensamos, quem é voluntário está à espera.<br />
Mas existem muitas outras formas <strong>de</strong> valorizar o voluntariado: promover ou apoiar a frequência <strong>de</strong><br />
ações <strong>de</strong> formação; promover ou apoiar visitas <strong>de</strong> estudo para conhecer novas realida<strong>de</strong>s; bolsas <strong>de</strong><br />
estudo; divulgação do trabalho realizado pelos bombeiros; promoção <strong>de</strong> iniciativas dos bombeiros<br />
ampliando o seu impacto. A título <strong>de</strong> exemplo o ví<strong>de</strong>o realizado pelos bombeiros torrejanos em língua<br />
gestual dizendo às pessoas surdas o que <strong>de</strong>vem fazer em caso <strong>de</strong> perigo, <strong>de</strong>veria ter sido muito mais<br />
divulgado; frequência <strong>de</strong> aulas <strong>de</strong> língua gestual e muitas outras.<br />
Da nossa parte, nada temos a opor a que se abra este procedimento, que seguirá os seus trâmites<br />
normais, incluindo a discussão pública. Há vários exemplos <strong>de</strong> Regulamentos que po<strong>de</strong>mos consultar,<br />
assim como o Estatuto Social do Bombeiro.<br />
Contrato Interadministrativo <strong>de</strong> Delegação <strong>de</strong> Competências do Serviço<br />
Público <strong>de</strong> Transporte <strong>de</strong> Passageiros – redação revista (Assunto 577/16)<br />
O BE abstém-se pelos motivos já expressos em <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto na reunião da Câmara Municipal<br />
<strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2016. Apenas diremos que no novo texto <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong>veria ser feita referência<br />
à possível revisão do Regime Jurídico do Serviço Público <strong>de</strong> Transportes <strong>de</strong> Passageiros, prevista para<br />
o ano <strong>de</strong> 2017.<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Familiar do Almonda – impressão <strong>de</strong> livro<br />
<strong>de</strong> receitas saudáveis / ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho (Assunto 542/16)<br />
Mais uma vez é apresentada à Câmara Municipal uma proposta para a edição <strong>de</strong> um livro. Para<br />
a edição <strong>de</strong> um livro e não para o apoio a uma edição. Já dissemos anteriormente que nada nos<br />
move contra as pessoas que escrevem os livros e muito menos quanto aos temas que estes<br />
abordam. O que está aqui em causa é a legitimida<strong>de</strong> da Câmara Municipal editar livros que não<br />
se enquadram na legislação sobre esta matéria. Mais grave neste caso, pois trata-se <strong>de</strong> uma<br />
ratificação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>spacho do Senhor Presi<strong>de</strong>nte. Aliás não se compreen<strong>de</strong> porque é que o<br />
assunto não veio à Câmara Municipal, seguindo os trâmites normais. Consultado o movimento<br />
do processo verifica-se que o assunto é enviado pela Senhora Vereadora Elvira Sequeira no dia<br />
29 <strong>de</strong> Setembro. Ora a reunião ordinária da Câmara Municipal teve lugar no dia 11 <strong>de</strong> Outubro,<br />
porque é que não foi agendado? Po<strong>de</strong>mos também verificar que os serviços solicitam sempre<br />
a competente <strong>de</strong>liberação camarária.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
271<br />
Tenho muitas dúvidas sobre a legalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta situação, nem sequer é apresentado à Câmara Municipal<br />
o pedido da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Familiar, que <strong>de</strong>veria ter <strong>de</strong>spoletado este processo. A USF tem os<br />
meios para realizar as iniciativas que enten<strong>de</strong> no âmbito das suas competências.<br />
Votamos contra a ratificação do <strong>de</strong>spacho do Senhor Presi<strong>de</strong>nte.<br />
22 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2016<br />
Apoio à edição do livro “Garra <strong>de</strong> Viver” (Assunto 673/16)<br />
O BE vota contra, conforme a posição assumida em reunião <strong>de</strong> Câmara plasmada em Ata, aquando da<br />
<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> financiamento integral da edição <strong>de</strong>ste livro. Pelos valores que chegam ao conhecimento da<br />
Câmara teria sido possível apoiar a edição do livro em questão, através da aquisição <strong>de</strong> exemplares,<br />
sem ser necessário tomar uma posição, cuja legalida<strong>de</strong> o BE contesta.<br />
Galardão Município Amigo do Desporto – ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho (Assunto 679/16)<br />
Quando vi a notícia sobre a atribuição <strong>de</strong> Galardão Município Amigo do Desporto a Torres Novas,<br />
nunca pensei que tínhamos pago para ter este galardão. Uma coisa é o reconhecimento do Município<br />
pelo trabalho realizado, mesmo admitindo que se candidate. Outra coisa, bem diferente, é uma<br />
candidatura paga para receber um galardão. Não havia necessida<strong>de</strong>… A APOGESD, entida<strong>de</strong> que<br />
atribui os galardões, não tem muita informação disponível. Aliás não há informação disponível sobre<br />
a lista dos municípios que se “candidataram”, os que receberam galardão e os que não receberam,<br />
estranha-se no mínimo… É importante que a Vereação tenha acesso às respostas do Município ao<br />
questionário que constava da “candidatura”. Por outro lado os prazos em que todo este processo<br />
se <strong>de</strong>senrolou foram super-rápidos. O prazo estipulado no Regulamento para a manifestação <strong>de</strong><br />
intenção <strong>de</strong> candidatura expirava a 15 <strong>de</strong> Outubro, no entanto a informação dos serviços tem a<br />
data <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> Novembro. Presumo que não tenha sido <strong>de</strong>clarada a intenção <strong>de</strong> candidatura, pois não<br />
existe histórico anterior. O <strong>de</strong>spacho do Presi<strong>de</strong>nte, cujo conteúdo <strong>de</strong>sconhecemos, tem a data <strong>de</strong><br />
16 <strong>de</strong> Novembro e mais uma vez presumo que não tenha sido feito nenhum pagamento antes do<br />
<strong>de</strong>spacho do Presi<strong>de</strong>nte. Ora, segundo o regulamento o envio da candidatura é feito até 3 dias úteis<br />
após o pagamento da primeira verba e só <strong>de</strong>pois se inicia o processo <strong>de</strong> análise das candidaturas.<br />
Mas, 2 dias <strong>de</strong>pois, já estávamos a receber o galardão. Perante esta situação, o BE vota contra.<br />
Proposta <strong>de</strong> acordo <strong>de</strong> colaboração no âmbito dos eventos<br />
“Aqui Há Natal” e “Passagem do Ano” (Assunto 678/16)<br />
Em primeiro lugar quero sublinhar que as cláusulas absurdas e inconstitucionais que impunham um<br />
conjunto <strong>de</strong> obrigações ao Município saíram <strong>de</strong>ste acordo <strong>de</strong> colaboração com a Yohanisa Restaurante,<br />
Lda. (ver <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto do BE sobre acordo <strong>de</strong> colaboração para a Feira dos Frutos Secos).<br />
No entanto, o BE consi<strong>de</strong>ra que não existe nenhuma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer este acordo para o<br />
evento em questão. Não existem vantagens para o Município (veja-se as verbas envolvidas <strong>de</strong> ambas<br />
as partes) e o Município tem que se <strong>de</strong>cidir sobre o que quer transmitir à população – por um lado<br />
paga a edição <strong>de</strong> livro <strong>de</strong> “receitas saudáveis”, por outro lado promove um tipo <strong>de</strong> alimentação que<br />
vai em sentido contrário. O BE vota contra.<br />
29 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2016<br />
Candidaturas a apoio pontual na área da cultura<br />
– relatório da Comissão <strong>de</strong> Análise (Assunto 692/16)<br />
Foi presente a reunião <strong>de</strong> Câmara o Relatório da Comissão <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> candidaturas a apoio<br />
pontual na área da cultura. Deste relatório consta o seguinte parágrafo: “A candidatura do Choral
272<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Phy<strong>de</strong>llius chegou fora do prazo (em vez dos 60 dias antes da iniciativa, foi emitida apenas com 7<br />
dias <strong>de</strong> antecedência), pelo que se submete à apreciação do executivo municipal a aceitação <strong>de</strong>sta<br />
candidatura.” A Câmara tinha que tomar uma <strong>de</strong>cisão sobre uma situação que vai contra o Regulamento.<br />
E quando se trata <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões a Câmara <strong>de</strong>ve fazê-lo com base em argumentos sólidos que<br />
o justifiquem. Não foi o caso, não se conhece nenhuma explicação para os motivos <strong>de</strong>sta situação.<br />
Mas muito importante também é respon<strong>de</strong>r à seguinte questão: o cumprimento do prazo estabelecido<br />
em Regulamento po<strong>de</strong>rá ter levado à inibição <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> candidaturas por parte <strong>de</strong> outras<br />
associações? Na dúvida e em nome do tratamento equitativo a que a Câmara está obrigada só po<strong>de</strong><br />
haver uma <strong>de</strong>cisão – cumprir o Regulamento. Caso contrário, o argumento sim porque sim, só po<strong>de</strong><br />
ter uma consequência – rasguem-se os regulamentos.<br />
6 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2016<br />
Aquisição <strong>de</strong> combustíveis rodoviários em postos <strong>de</strong> abastecimento<br />
públicos ao abrigo do acordo quadro da CIMT (Assunto 697/16)<br />
Analisado o clausulado do Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Encargos, verifica-se que na Cláusula 20.º – Cláusula arbitral e<br />
foro competente – está previsto o recurso à arbitragem em caso <strong>de</strong> diferendo. Tendo em consi<strong>de</strong>ração<br />
que tem sido prática da Câmara Municipal excluir a arbitragem e consi<strong>de</strong>rar o foro competente para<br />
qualquer diferendo o Tribunal Administrativo, proponho que se altere esta cláusula neste sentido.<br />
Após consulta à CIMT, foi <strong>de</strong>cido alterar a cláusula.<br />
20 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2016<br />
Merchandising – aquisição <strong>de</strong> ímans alusivos ao concelho <strong>de</strong> Torres Novas (Assunto 756/16)<br />
O BE não tem nada contra que existam materiais alusivos ao concelho que possam ser vendidos. Mas<br />
lamenta que mais uma vez se tomem medidas avulsas. Agora são os ímans, porque sim. Seria muito<br />
mais proveitoso elaborar um plano sobre materiais <strong>de</strong> promoção do concelho, mais alargado, on<strong>de</strong><br />
se verificasse a utilida<strong>de</strong> dos mesmos, on<strong>de</strong> fossem estudadas as imagens a divulgar, calendarizada<br />
a sua edição e alargada a promoção. Convém, no mínimo, verificar o que vai ser editado, para que<br />
não aconteça com a edição <strong>de</strong> postais que resultou num fracasso.<br />
Declarações <strong>de</strong> voto em 2017<br />
3 <strong>de</strong> Janeiro 2017<br />
5 – Associação <strong>de</strong> Municípios do Vale do Tejo – proposta <strong>de</strong> quotização (Assunto 789/16)<br />
Finalmente temos notícias e informações sobre esta Associação. Em 16 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2014 foram<br />
votados os seus Estatutos, que mereceram o voto contra do BE, pelos motivos que explanámos<br />
em <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto e dos quais relembramos um aspeto fundamental: “não po<strong>de</strong>mos aceitar<br />
alguns aspetos dos Estatutos propostos, nomeadamente a criação <strong>de</strong> um lugar <strong>de</strong> ‘Secretário-<br />
Geral’ remunerado. Colocam-se problemas <strong>de</strong> duas or<strong>de</strong>ns: Em primeiro lugar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />
lugar não está <strong>de</strong>monstrada e em segundo lugar não existem parâmetros, nem limites para o seu<br />
vencimento. Num momento em que muitas das Câmaras fundadoras <strong>de</strong>sta associação <strong>de</strong> municípios<br />
atravessam sérios problemas e num momento em que a transparência <strong>de</strong> todos os cargos públicos<br />
<strong>de</strong>ve pautar todas as <strong>de</strong>cisões, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda não po<strong>de</strong> dar o seu apoio à criação <strong>de</strong>ste lugar.”<br />
O que está hoje em votação é apenas a quotização do Município para a Associação, mas analisando<br />
os documentos que foram distribuídos, verificamos que existem 2 objetivos prioritários para o ano
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
273<br />
<strong>de</strong> 2017: a) adaptação do edifício do Museu Distrital para funcionamento da AMVT; b) elaboração<br />
<strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> económica, financeira e turística da Colónia Balnear da Nazaré, o qual<br />
permita <strong>de</strong>finitivamente <strong>de</strong>finir as opções que serão tomadas visando a requalificação <strong>de</strong>ste imóvel.<br />
Segundo a intervenção do Senhor Presi<strong>de</strong>nte, em Assembleia Municipal (30 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2014),<br />
quando da aprovação dos estatutos, “a Colónia Balnear da Nazaré vai ter uma intervenção muito<br />
gran<strong>de</strong>, fruto <strong>de</strong> uma candidatura, há dinheiro disponível”. Ficamos agora a saber que foi perdida a<br />
candidatura que existia. No entanto existe um projeto, que <strong>de</strong>ve ter custado muito dinheiro e têm<br />
que ser apuradas responsabilida<strong>de</strong>s caso esse projeto vá para o caixote do lixo. É do conhecimento<br />
<strong>de</strong> todos a ótima localização <strong>de</strong>sta Colónia Balnear o que a torna apetecível. Aguar<strong>de</strong>mos por mais<br />
este estudo, com a certeza <strong>de</strong> que o BE não aceita que este património público venha a ser utilizado<br />
para outros fins que não sejam os <strong>de</strong> estar ao serviço da população promovendo a inclusão social.<br />
Tendo em consi<strong>de</strong>ração as reservas que já expressámos sobre os estatutos <strong>de</strong>sta associação, o voto<br />
do BE é <strong>de</strong> abstenção sobre a quotização.<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Pedrogão – Pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração / reconhecimento<br />
<strong>de</strong> interesse para as populações ou para a economia local (Assunto 779/16)<br />
O BE consi<strong>de</strong>ra que é positivo aproveitar as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> candidaturas a Fundos Comunitários. Mas<br />
aproveitar estas oportunida<strong>de</strong>s não po<strong>de</strong> significar processos feitos à pressa, pouco <strong>de</strong>mocráticos e pouco<br />
transparentes, que não cumprem todas as normas e que chegam à Câmara Municipal para <strong>de</strong>liberação<br />
mesmo no fim do prazo, criando assim uma situação <strong>de</strong> pressão sobre os vereadores e as vereadoras.<br />
Vejamos os prazos das candidaturas para este programa: o anúncio foi tornado público pela<br />
ADIRN, em ofício assinado pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, em 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2016<br />
e pela informação <strong>de</strong> que dispomos os projetos não foram sequer levados a Assembleia <strong>de</strong><br />
Freguesia. Se se pe<strong>de</strong> um “reconhecimento <strong>de</strong> interesse para as populações” seria bom saber o<br />
que pensam os representantes <strong>de</strong>ssa mesma população. E essa informação é muito importante.<br />
No caso da Freguesia <strong>de</strong> Pedrogão prevê-se uma alteração <strong>de</strong> fundo – a cobertura <strong>de</strong> uma Praça<br />
no centro da se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Freguesia, local on<strong>de</strong> habitualmente se realizam as festas da freguesia. Se<br />
são apresentados argumentos válidos, como a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteger do clima aquele local,<br />
outros nem tanto, que pelo menos <strong>de</strong>veriam ser sujeitos a contraditório, como é o caso <strong>de</strong><br />
concentrar ali todas as iniciativas da Freguesia para além da festa – o Azeite D’Aire, que já se<br />
realizou no Vale da Serra ou um possível futuro mercado. Nada obriga, nem se aconselha a<br />
realizar todas as iniciativas na se<strong>de</strong> <strong>de</strong> freguesia.<br />
Depois o projeto em questão, elaborado por uma entida<strong>de</strong> privada, não é suficientemente claro<br />
sobre os materiais que vão ser utilizados e mais grave, não tem parecer dos serviços <strong>de</strong> urbanismo<br />
da Câmara Municipal, coisa que é imprescindível para uma alteração que vai influenciar o espaço em<br />
causa. Acresce ainda que existe uma aspiração da população local para a recuperação da antiga escola<br />
primária, espaço que po<strong>de</strong>ria servir muitas ativida<strong>de</strong>s a <strong>de</strong>senvolver e que se encontra em adiantado<br />
estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação. No mínimo <strong>de</strong>veria ter sido pon<strong>de</strong>rado como uma possível alternativa.<br />
O BE não acompanha esta forma <strong>de</strong> trabalhar e consi<strong>de</strong>ra que no caso presente houve tempo<br />
para cumprir os procedimentos a<strong>de</strong>quados – consulta à Assembleia <strong>de</strong> Freguesia, auscultação das<br />
associações envolvidas e consulta aos serviços <strong>de</strong> urbanismo da Câmara Municipal.<br />
Tendo em conta que a aprovação <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>claração ficou <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do parecer positivo dos serviços<br />
<strong>de</strong> urbanismo, o BE abstém-se.<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Chancelaria – Pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração / reconhecimento<br />
<strong>de</strong> interesse para as populações ou para a economia local (Assunto 786/16)<br />
O BE consi<strong>de</strong>ra que é positivo aproveitar as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> candidaturas a Fundos Comunitários.<br />
Mas aproveitar estas oportunida<strong>de</strong>s não po<strong>de</strong> significar processos feitos à pressa, pouco <strong>de</strong>mocráticos
274<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
e pouco transparentes, que não cumprem todas as normas e que chegam à Câmara Municipal para<br />
<strong>de</strong>liberação mesmo no fim do prazo, criando assim uma situação <strong>de</strong> pressão sobre os vereadores e<br />
as vereadoras.<br />
Vejamos os prazos das candidaturas para este programa: o anúncio foi tornado público pela<br />
ADIRN, em ofício assinado pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, em 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2016<br />
e pela informação <strong>de</strong> que dispomos os projetos não foram sequer levados a Assembleia <strong>de</strong><br />
Freguesia. Se se pe<strong>de</strong> um “reconhecimento <strong>de</strong> interesse para as populações” seria bom saber o<br />
que pensam os representantes <strong>de</strong>ssa mesma população. E essa informação é muito importante.<br />
No caso da Freguesia <strong>de</strong> Cancelaria, trata-se um projeto – envolvente dos Moinhos da Pena e<br />
caminho pedonal para o Senhor da Serra, já muito <strong>de</strong>batido e sempre adiado. Mas esse facto<br />
não implica que o projeto em concreto não seja agora apresentado assim como os respetivos<br />
pareceres dos serviços da Câmara, até porque se trata <strong>de</strong> um espaço sensível do ponto <strong>de</strong><br />
vista da natureza e da paisagem.<br />
O BE não acompanha esta forma <strong>de</strong> trabalhar e consi<strong>de</strong>ra que no caso presente houve tempo para<br />
cumprir os procedimentos a<strong>de</strong>quados.<br />
Tendo em conta que a aprovação <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>claração ficou <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do parecer positivo dos serviços<br />
<strong>de</strong> urbanismo, o BE abstém-se.<br />
20 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2017<br />
Acordos <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências entre o Município e Freguesias<br />
– anexo “manutenção / gestão dos espaços ver<strong>de</strong>s” / correção <strong>de</strong> valores<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma pequena correção às verbas atribuídas às Juntas <strong>de</strong> Freguesia. O BE mantém a<br />
posição que sempre manifestou sobre o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências, mas na presente<br />
situação o seu voto não po<strong>de</strong>ria ser no sentido <strong>de</strong> inviabilizar este reforço <strong>de</strong> verbas, mesmo que<br />
simbólico. O voto é <strong>de</strong> abstenção.<br />
Ajuste direto para a aquisição <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> recolha, transporte <strong>de</strong> resíduos urbanos e<br />
limpeza urbana no concelho <strong>de</strong> Torres Novas – ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho<br />
O BE vota favoravelmente a ratificação do <strong>de</strong>spacho, pois estamos perante um serviço público<br />
essencial que não po<strong>de</strong> sofrer interrupções. Mas, estamos perante a repetição <strong>de</strong> uma situação<br />
preocupante – sucessivos ajustes diretos com a empresa que per<strong>de</strong>u o concurso público para esse<br />
mesmo serviço. Penso que a situação impõe uma reunião com o advogado da Câmara Municipal<br />
sobre o processo em curso nos Tribunais para uma melhor e aprofundada análise da situação. Por<br />
outro lado, o BE sabe que existe uma proposta para novos Estatutos da Resitejo, alterando a sua<br />
natureza jurídica, que abre portas para novas formas da execução do serviço público <strong>de</strong> recolha<br />
e transporte <strong>de</strong> resíduos urbanos, que <strong>de</strong>ve ser levado em linha <strong>de</strong> conta quando se analisar esta<br />
situação. O BE espera também que a alteração aos estatutos da Resitejo seja <strong>de</strong>batida o mais rápido<br />
possível na Câmara Municipal.<br />
Suspensão parcial do PDM <strong>de</strong> Torres Novas<br />
/ estabelecimento <strong>de</strong> medidas preventivas – Newmattress<br />
O BE mantém o seu voto <strong>de</strong> abstenção sobre esta matéria, pois consi<strong>de</strong>ra que tem que existir uma<br />
política ativa da Câmara Municipal no sentido <strong>de</strong> instalar as indústrias nas Zonas Industriais e, volta<br />
a alertar, no caso presente, para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se remover a cobertura <strong>de</strong> amianto, condição<br />
necessária para que as instalações venham a ter autorização <strong>de</strong> utilização, emitida pela Câmara<br />
Municipal.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
275<br />
31 <strong>de</strong> Janeiro 2017<br />
Empréstimo para investimentos municipais até 600.000,00 euros, <strong>de</strong>stinado<br />
às obras da “Av. João Paulo II – Requalificação urbana <strong>de</strong> um troço da EN 3”<br />
e <strong>de</strong> “Arruamentos em Pé <strong>de</strong> Cão” – A<strong>de</strong>nda ao contrato<br />
O BE está contra este empréstimo, como tem sido expresso em todas as votações, porque não<br />
consi<strong>de</strong>ra prioritária, nem justificada a obra <strong>de</strong> requalificação da Av. João Paulo II e consi<strong>de</strong>ra que os<br />
arruamentos em Pé <strong>de</strong> Cão po<strong>de</strong>m e estão a ser garantidos pelo Orçamento Municipal. Consi<strong>de</strong>ra<br />
ainda que não se justifica mais este endividamento do Município.<br />
Ajuste direto para a aquisição <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> recolha,<br />
transporte <strong>de</strong> resíduos urbanos e limpeza urbana<br />
no concelho <strong>de</strong> Torres Novas – Adjudicação/ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho<br />
Como já expressámos em votações anteriores, o BE vota favoravelmente a ratificação do <strong>de</strong>spacho,<br />
pois estamos perante um serviço público essencial que não po<strong>de</strong> sofrer interrupções. Mas, estamos<br />
perante a repetição <strong>de</strong> uma situação preocupante – sucessivos ajustes diretos com a empresa que<br />
per<strong>de</strong>u o concurso público para esse mesmo serviço. Reafirmo a necessida<strong>de</strong>, que a situação impõe,<br />
<strong>de</strong> realização <strong>de</strong> uma reunião com o advogado da Câmara Municipal sobre o processo em curso nos<br />
Tribunais para uma melhor e aprofundada análise da situação.<br />
7 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2017<br />
Terreno sito em Meia Via – Campo <strong>de</strong> futebol / Clube Operário Meiaviense<br />
O BE enten<strong>de</strong> que perante a situação actual, a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r <strong>de</strong> modo a adquirir o<br />
terreno on<strong>de</strong> se situa a o Campo <strong>de</strong> Futebol utilizado pelo Clube Operário Meiviense. No entanto não<br />
po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> referir a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se elaborar um processo, o mais completo possível, sobre<br />
a presente situação, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem constar todos os documentos referentes aos motivos que levaram<br />
à <strong>de</strong>slocalização do campo <strong>de</strong> futebol. Mais uma vez, infelizmente, estamos perante um processo<br />
que se per<strong>de</strong> nas décadas que <strong>de</strong>correram sem que a situação fosse <strong>de</strong>vidamente tratada.<br />
Feira Social do Concelho <strong>de</strong> Torres Novas – Proposta <strong>de</strong> realização<br />
O BE vota a favor da realização da Feira Social do Concelho, no entanto, não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />
referir que o local <strong>de</strong> realização e o seu horário não promove a participação da população e limita<br />
este evento à participação das entida<strong>de</strong>s envolvidas. Teria o Município a ganhar promovendo a<br />
participação da população e o seu envolvimento <strong>de</strong> modo a conhecer as instituições que <strong>de</strong>senvolvem<br />
a sua intervenção na área social, assim como todas as problemáticas envolvidas e potenciando a<br />
solidarieda<strong>de</strong>.<br />
14 <strong>de</strong> Fevereiro 2017<br />
Edifício da “Praça dos Claras” / 1.º andar – atualização do valor da renda<br />
Em primeiro lugar lamentar mais um processo que se per<strong>de</strong> no tempo, sem que tenham sido dadas<br />
respostas em <strong>de</strong>vido tempo e clarificadas as situações, nomeadamente contratuais. Tanto quanto nos é<br />
dado conhecer pela documentação não existe contrato <strong>de</strong> arrendamento, mas pergunta-se: existe algum<br />
documento que sustente a ocupação daquele espaço? É do conhecimento público que o espaço não foi<br />
utilizado durante vários anos. Que iniciativa teve a Câmara Municipal para resolver a situação? Sabemos<br />
pela documentação que a empresa tem instalações nas Grutas <strong>de</strong> St.º António e inclusive manifesta a sua<br />
preferência por uma saída com in<strong>de</strong>mnização. Este assunto foi pelo menos abordado com a empresa?
276<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Para o BE importa respon<strong>de</strong>r a uma pergunta: É do interesse municipal a Câmara ficar com aquele<br />
espaço? Depen<strong>de</strong>ndo da resposta a esta pergunta se <strong>de</strong>cidirão os passos seguintes. Para o BE é <strong>de</strong><br />
interesse municipal aquele espaço, por isso votamos contra esta <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> aumento<br />
<strong>de</strong> renda.<br />
Constituição <strong>de</strong> fundos <strong>de</strong> maneio – Comissão <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Crianças e Jovens<br />
Embora não sendo objeto <strong>de</strong>ste ponto da agenda, aproveito para sugerir que se realize uma reunião<br />
da Vereação com a Comissão <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Crianças e Jovens, neste final <strong>de</strong> mandato, como<br />
forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar o nosso interesse sobre o importante trabalho que realizam e conhecer as<br />
dificulda<strong>de</strong>s.<br />
Minuta <strong>de</strong> contrato relativo à prestação <strong>de</strong> serviços<br />
para “Aquisição <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Recolha, Transporte <strong>de</strong> Resíduos Urbanos<br />
e Limpeza Urbana no Concelho <strong>de</strong> Torres Novas” – ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho<br />
O BE tem votado favoravelmente todos os procedimentos para a concretização <strong>de</strong>sta aquisição <strong>de</strong><br />
serviços, apesar das críticas que temos tecido e que constam <strong>de</strong> atas <strong>de</strong> reuniões anteriores, pois<br />
consi<strong>de</strong>ramos tratar-se <strong>de</strong> garantir a execução <strong>de</strong> um serviço público essencial. No caso em apreço o<br />
BE abstém-se pois no contrato em questão não está plasmada a <strong>de</strong>cisão tomada pela Câmara no que<br />
diz respeito à Cláusula Quarta – Prazo <strong>de</strong> vigência do contrato. A <strong>de</strong>liberação da Câmara Municipal<br />
dizia que “o prazo <strong>de</strong> execução <strong>de</strong>ste procedimento está condicionado à primeira ocorrência <strong>de</strong> um<br />
dos seguintes acontecimentos: a) Prazo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 4 meses ou até ao limite do valor da proposta do<br />
concorrente. b) Até ao 30.º dia após a obtenção do visto do Tribunal <strong>de</strong> Contas sobre o procedimento<br />
<strong>de</strong> ‘Concurso público para a aquisição <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> recolha, transporte <strong>de</strong> resíduos urbanos e limpeza<br />
urbana no concelho <strong>de</strong> Torres Novas’ que <strong>de</strong>corre neste Município”. Ora o contrato assinado, cuja<br />
ratificação está agora em causa, apenas contempla a alínea a).<br />
Trail do Almonda – Proposta <strong>de</strong> normas<br />
Já o ano passado tinha chamado a atenção para a contradição existente nestas normas. Vejamos:<br />
No ponto 1.6 Regras <strong>de</strong> conduta, afirma-se o seguinte:<br />
“1.6.1 – Não abandonar embalagens vazias ao longo do percurso mas apenas nos locais<br />
apropriados”.<br />
E no ponto “1.6.2 – O não cumprimento do ponto anterior implica a <strong>de</strong>sclassificação automática<br />
do atleta”.<br />
Percorrendo o Regulamento e chegados ao ponto 2.11.3 lê-se o seguinte: “A não colocação dos resíduos<br />
no local próprio pelo atleta irá correspon<strong>de</strong>r a uma penalização ou eventual <strong>de</strong>squalificação”. Ora<br />
das duas, uma – ou dá penalização ou eventual <strong>de</strong>squalificação ou implica <strong>de</strong>sclassificação automática,<br />
tendo em conta que a conduta con<strong>de</strong>nável é exatamente a mesma. Dirão que isto é um pormenor,<br />
mas os pormenores também contam. E sobretudo não aceito respostas <strong>de</strong> que é assim “porque<br />
sim”. Como é a segunda vez que coloco sem sequer ver alguma diligência para que se corrija o que<br />
houver a corrigir, mas antes sim um <strong>de</strong>ixar andar e porque nada tenho contra estra prova, o voto<br />
do BE é <strong>de</strong> abstenção.<br />
Pedido <strong>de</strong> cedência do auditório da BMGPL – Associação Testemunhas <strong>de</strong> Jeová<br />
O BE preza a liberda<strong>de</strong> religiosa e a laicida<strong>de</strong> do Estado, não se opõe a que uma confissão<br />
religiosa realize uma palestra <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não tenha finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> culto. Enten<strong>de</strong> também que as<br />
confissões religiosas não <strong>de</strong>vem ser isentas <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> taxas. Por estes motivos o voto<br />
é contra.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
277<br />
New Mattress, S.A. – emissão <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração<br />
<strong>de</strong> compatibilida<strong>de</strong> do alvará <strong>de</strong> utilização com uso industrial<br />
O BE consi<strong>de</strong>ra que a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve seguir uma política para que as empresas e sobretudo<br />
as indústrias se instalem nas zonas industriais. Esta política <strong>de</strong>ve ser ativa, por isso propusemos uma<br />
redução <strong>de</strong> taxas nestes casos. No caso concreto, sempre manifestámos esta nossa posição, mas<br />
aten<strong>de</strong>ndo a que as instalações já existem e se encontram nos limites da cida<strong>de</strong>, não nos opusemos<br />
a que esta indústria se instalasse e criasse postos <strong>de</strong> trabalho. No entanto sempre alertámos para<br />
o facto da cobertura <strong>de</strong>stas instalações conter amianto e que seria inadmissível não resolver este<br />
problema, numa ativida<strong>de</strong> que vai começar <strong>de</strong> novo. Chegados praticamente ao final do processo<br />
<strong>de</strong> licenciamento, verificamos que a cobertura se vai manter, apenas se realizando uma análise à<br />
qualida<strong>de</strong> do ar daqui a 6 meses. No mínimo seria a realização <strong>de</strong> análises à qualida<strong>de</strong> do ar <strong>de</strong> 6<br />
em 6 meses.<br />
O BE não aceita que não tenha sido colocada como condição para a instalação <strong>de</strong>sta indústria a<br />
retirada do amianto da cobertura. Não fomos esclarecidos sobre se foram esgotadas ou não todas<br />
as vias <strong>de</strong> negociação entre o proprietário das instalações e a empresa que se vai instalar. Por todos<br />
estes motivos o voto do BE é contra.<br />
1 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2017<br />
Terreno sito em Meia Via / Campo <strong>de</strong> Futebol<br />
do Clube Operário Meiaviense – eventual aquisição<br />
O BE vota a favor da aquisição <strong>de</strong>ste terreno, na sequência da posição tomada na reunião <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong><br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2017 on<strong>de</strong> foram dados po<strong>de</strong>res ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte para a negociação em causa.<br />
Reafirmamos o que dissemos em <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto na referida reunião e consi<strong>de</strong>ramos que na<br />
<strong>de</strong>cisão hoje tomada <strong>de</strong>ve ficar claro qual a parcela <strong>de</strong> terreno <strong>de</strong>stinada para o campo <strong>de</strong> futebol<br />
e em que condições se efetua a sua cedência ao Clube Operário Meiaviense. Esgotadas todas as<br />
possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adquirir só uma parcela do terreno, e não <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> registar os erros ocorridos<br />
no passado, congratulamo-nos por esta coletivida<strong>de</strong>, tão importante para a freguesia, ter agora<br />
condições para <strong>de</strong>senvolver as suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas ao serviço da população da Meia Via, mas<br />
também <strong>de</strong> todo o concelho.<br />
Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia <strong>de</strong> Santo António <strong>de</strong> Riachos<br />
– Pedido <strong>de</strong> apoio para obras <strong>de</strong> conservação na igreja <strong>de</strong> Riachos<br />
O BE vota contra, pois enten<strong>de</strong> que à autarquia local não compete financiar obras <strong>de</strong> conservação<br />
<strong>de</strong> edifícios <strong>de</strong> uma confissão religiosa, que se <strong>de</strong>stinam para fins exclusivamente religiosos.<br />
Minuta – Aditamento ao contrato para a execução da empreitada<br />
“Avenida João Paulo II – Requalificação urbana <strong>de</strong> um troço da EN 3”<br />
O BE vota contra, pois <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início que se pronunciou contra esta obra. Num momento em que<br />
as carências da re<strong>de</strong> viária no nosso concelho são por mais evi<strong>de</strong>ntes, gastar meio milhão <strong>de</strong> euros<br />
para fazer quatro faixas <strong>de</strong> rodagem em 500 metros, para além <strong>de</strong> megalomania é um <strong>de</strong>sperdício dos<br />
recursos públicos. Este troço da EN 3 precisa, sem dúvida, <strong>de</strong> ser requalificado, mas não precisa, neste<br />
momento e tendo em conta as carências do município <strong>de</strong>ste investimento <strong>de</strong>sproporcionado.<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Chancelaria – pedido <strong>de</strong> subsídio<br />
para construção <strong>de</strong> ponte sobre a Ribeira do Alvorão<br />
Sobre este assunto o BE estranha que o subsídio seja no valor <strong>de</strong> 22.000,00 euros e os documentos<br />
apresentados (orçamento) seja no valor <strong>de</strong> 12.850,00 euros + IVA. Aceitamos a alteração proposta
278<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
no sentido da <strong>de</strong>cisão ser atribuir um subsídio até 22.000,00 euros, conforme os documentos a<br />
apresentar quando a obra for concluída. Alertamos ainda para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir que a ponte<br />
a construir vai estar preparada para a passagem <strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> bombeiros.<br />
Gala do Desporto – Proposta <strong>de</strong> normas e ficha <strong>de</strong> inscrição<br />
O BE vota a favor, pois consi<strong>de</strong>ramos que o <strong>de</strong>sporto e os vários méritos <strong>de</strong>sportivos alcançados<br />
por clubes e atletas <strong>de</strong>vem ser assinalados e reconhecidos, cumprindo-se assim também o objetivo<br />
<strong>de</strong> incentivar à prática do <strong>de</strong>sporto por todos e todas.<br />
Mas, temos que perguntar: porque é que o PS só agora se lembra <strong>de</strong> realizar esta Gala? Porque não o fez<br />
nos anos anteriores? A conclusão <strong>de</strong> que o faz <strong>de</strong>vido à proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eleições é perfeitamente legitima.<br />
Socieda<strong>de</strong> Recreativa Alqueidoense<br />
– Prova do Campeonato Nacional <strong>de</strong> Motocross – pedido <strong>de</strong> apoio<br />
O voto do BE é <strong>de</strong> abstenção. Nada temos a apontar à Socieda<strong>de</strong> ou à prova, mas não po<strong>de</strong>mos<br />
<strong>de</strong>ixar passar em claro duas questões fundamentais:<br />
– a carta a solicitar o pedido data <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Janeiro e o assunto só hoje é apresentado na Câmara,<br />
quando faltam 3 dias para a realização da prova.<br />
– segundo o teor da mesma carta o Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>u a sua “aquiescência” ao pedido. Outra coisa não<br />
se po<strong>de</strong> concluir quando faltam 3 dias para a prova. A organização avançou porque tinha a garantia<br />
do apoio, no entanto não se respeitou quem tem a obrigação <strong>de</strong> tomar essa <strong>de</strong>liberação. Não é<br />
competência do Presi<strong>de</strong>nte tomar estas <strong>de</strong>cisões, tanto não é que a Câmara é agora chamada a votar.<br />
Não concordamos com estes métodos, que não abonam em favor <strong>de</strong> um funcionamento <strong>de</strong>mocrático<br />
e transparente da Câmara Municipal.<br />
NOVIMOVEST – Fundo <strong>de</strong> Investimento Imobiliário – alteração às obras <strong>de</strong> urbanização<br />
do alvará <strong>de</strong> loteamento n.º 7/2000 – alteração <strong>de</strong> projeto e revalidação <strong>de</strong> pareceres<br />
É conhecida a posição do BE sobre as obras <strong>de</strong> urbanização a cargo <strong>de</strong>ste Fundo Imobiliário que<br />
duram há 16 anos e vão sempre sofrendo adiamentos e alterações, sempre aceites pela maioria PS.<br />
Não aceitamos as explicações dadas para a diminuição significativa nas infraestruturas elétricas e as<br />
alterações nos espaços ver<strong>de</strong>s.<br />
E a este propósito quero perguntar se vamos permitir a redução drástica do passeio público<br />
na rua Maria Lamas, criando um espaço para estacionamento <strong>de</strong>snecessário, pois os imóveis a<br />
construir terão obrigatoriamente <strong>de</strong> ter estacionamento subterrâneo e já existem vários espaços<br />
<strong>de</strong> estacionamento públicos nesta urbanização. Mais uma vez o peão é preterido. Sugiro que<br />
a Câmara Municipal intervenha junto do fundo imobiliário para repor o passeio na sua largura<br />
original.<br />
14 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2017<br />
Fábrica da Igreja Paroquial <strong>de</strong> Fungalvaz – pedido <strong>de</strong> apoio<br />
O BE vota contra, pois enten<strong>de</strong> que à autarquia local não compete financiar obras <strong>de</strong> conservação<br />
<strong>de</strong> edifícios <strong>de</strong> uma confissão religiosa, que se <strong>de</strong>stinam para fins exclusivamente religiosos.<br />
Agenda Teatro Virgínia Abril a Julho 2017<br />
É tempo <strong>de</strong> ser elaborado um relatório <strong>de</strong> avaliação das várias temporadas do Teatro Virgínia, para<br />
se aferir, entre outros aspetos, a a<strong>de</strong>são do público aos vários tipos <strong>de</strong> espetáculo, a varieda<strong>de</strong> dos<br />
espetáculos, o impacto local e regional da agenda, assim como a envolvência dos grupos locais.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
279<br />
Festival da Juventu<strong>de</strong><br />
O que é apresentado para votação são as “normas <strong>de</strong> funcionamento” <strong>de</strong>sta iniciativa, que são em<br />
tudo semelhantes a qualquer outra iniciativa que o município leva a cabo, ficamos a saber a que são<br />
obrigados os expositores e nada mais. Devido à escassez <strong>de</strong> informação sobre o programa <strong>de</strong>ste<br />
Festival, o nosso voto é abstenção.<br />
Doação <strong>de</strong> produtos<br />
Sublinho que o documento que hoje está para aprovação nada tem a ver com o documento que<br />
foi apresentado na última reunião, sendo agora claro para que se <strong>de</strong>stinam as “doações”. O BE<br />
abstém-se.<br />
ACT – Automóvel Clube <strong>de</strong> Tomar – Rali Clássicos<br />
O BE consi<strong>de</strong>ra que esta iniciativa <strong>de</strong>ve ser apoiada tendo em conta o impacto que terá na<br />
cida<strong>de</strong>, nomeadamente junto da hotelaria, restauração e pequeno comércio. Mas consi<strong>de</strong>ramos<br />
completamente <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quado o apoio ao jantar e o apoio financeiro. Por isso solicito ao Senhor<br />
Presi<strong>de</strong>nte que faça 2 votações distintas – do ponto 1 ao ponto 5 (inclusivé) dos apoios solicitados<br />
– o BE vota a favor. O ponto 6 foi retirado pelo PS. Ponto 7 e 8, o BE vota contra. Sublinho<br />
que o apoio pretendido nos pontos 1 a 5, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância. Trata-se da utilização do<br />
espaço público em exclusivida<strong>de</strong> para a realização <strong>de</strong> uma iniciativa privada, assim como a<br />
isenção <strong>de</strong> taxas.<br />
Memórias da História/2017 – Normas <strong>de</strong> funcionamento / Utilização do domínio público<br />
municipal / Esplanadas – suspensão e restrição ao acesso / recinto do evento – ingressos<br />
Sobre esta matéria o BE apresenta as seguintes propostas:<br />
Normas <strong>de</strong> funcionamento:<br />
7. Preços dos títulos <strong>de</strong> acesso<br />
Acrescentar um ponto – redução <strong>de</strong> preço na aquisição <strong>de</strong> título <strong>de</strong> acesso a todos os maiores <strong>de</strong><br />
65 anos.<br />
Após o <strong>de</strong>bate realizado, o BE aceita que o valor da redução seja <strong>de</strong> 1,00 em todos os tipos <strong>de</strong> títulos<br />
<strong>de</strong> acesso. É simbólico, mas é um avanço, uma medida que vai ao encontro das boas práticas para<br />
fomentar a participação dos mais idosos nas diversas ativida<strong>de</strong>s sociais.<br />
8.1 Estão isentos do pagamento <strong>de</strong> ingresso todos os moradores e agentes económicos que resi<strong>de</strong>m<br />
ou <strong>de</strong>senvolvam a sua ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do perímetro para as MH, bem como as crianças até aos 15<br />
anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (inclusive).<br />
Lamentamos que não seja alargada a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ingresso gratuito para as crianças, o que significaria<br />
um sinal muito positivo e que teria um efeito direto na participação <strong>de</strong> muitas famílias.<br />
Chamo a atenção para a alteração do ponto 11.1, alínea d), pois como sabemos não se po<strong>de</strong> pedir<br />
cópias dos cartões <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação dos cidadãos/ãs.<br />
Proposta <strong>de</strong> preços para a ocupação <strong>de</strong> espaços – propomos que seja aqui aplicada a redução para<br />
organizações sem fins lucrativos que é aplicada em todas as taxas do município.<br />
Lamentamos que esta proposta, mais uma vez não seja aprovada, pois permitiria facilitar a presença<br />
<strong>de</strong> muitas organizações nesta iniciativa.<br />
O voto global do BE é <strong>de</strong> abstenção.
280<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Proposta <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> acordos<br />
<strong>de</strong> colaboração no âmbito das Memórias da História<br />
Há duas questões nesta proposta que merecem o nosso <strong>de</strong>sacordo: a obrigação <strong>de</strong> exclusivida<strong>de</strong> da<br />
venda <strong>de</strong> uma marca <strong>de</strong> água (imposta pelo Grupo Nabeiro – Delta) e a oferta <strong>de</strong> 3.000 pulseiras <strong>de</strong><br />
livre-trânsito ao grupo Pingo Doce Distribuição Alimentar. É completamente <strong>de</strong>sproporcionado este<br />
número e até em comparação com o que é disponibilizado nos restantes acordos. Mais chocante se<br />
torna quando assistimos a tantas resistências para aprovação da redução <strong>de</strong> preço para os maiores <strong>de</strong><br />
65 anos. Se alguma coisa po<strong>de</strong> prejudicar as contas das Memórias da História 2017, não é o <strong>de</strong>sconto<br />
aprovado, mas sim estas 3.000 pulseiras oferecidas. O voto global do BE é <strong>de</strong> abstenção.<br />
23 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2017<br />
Almonda Parque – sistema <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>ovigilância<br />
A <strong>de</strong>cisão em causa pren<strong>de</strong>-se com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regularizar o sistema <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>ovigilância<br />
existente no Parque <strong>de</strong> Estacionamento, através <strong>de</strong> um pedido <strong>de</strong> autorização a submeter à<br />
Comissão Nacional <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Dados. Lamentamos que este assunto não tenha sido tratado<br />
quando o parque <strong>de</strong> estacionamento passou para a responsabilida<strong>de</strong> da Câmara e importa saber<br />
quem respon<strong>de</strong> pelas imagens recolhidas e sua <strong>de</strong>struição durante este período. O BE abstém-se.<br />
Alienação <strong>de</strong> parcela <strong>de</strong> terreno sita em Cotôas / Torres Novas<br />
– eventual <strong>de</strong>volução <strong>de</strong> quantia e acordo <strong>de</strong> distrate <strong>de</strong> procedimento<br />
É apresentada uma proposta <strong>de</strong> Acordo entre o Município e a Lena Engenharia e Construções<br />
S.A, para que fique sanada a situação referente a uma venda em hasta pública, realizada em 17 <strong>de</strong><br />
Dezembro <strong>de</strong> 2008, dos terrenos situados em Cotôas, on<strong>de</strong> estão instaladas oficinas e armazém da<br />
Câmara Municipal. Exigia-se uma posição esclarecedora sobre como foi possível chegar a mais uma<br />
situação, que se arrastou durante 9 anos, num processo pouco claro, em que a Câmara Municipal<br />
protelou a sua resolução, não <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo o interesse público, num processo que envolve, novamente,<br />
a Construtora do Lena.<br />
Vejamos os factos:<br />
Em 17 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2008 é realizada uma hasta pública à qual só comparece a Construtora<br />
do Lena, licitando o referido terreno pelo valor <strong>de</strong> 685.977,00 euros. As condições da hasta<br />
pública implicavam: pagamento <strong>de</strong> 10% no acto <strong>de</strong> adjudicação – o que foi feito no valor <strong>de</strong><br />
68.597,78 euros; 40% <strong>de</strong>corridos 30 dias sobre a data da adjudicação; e 50% restantes, no acto<br />
da celebração da escritura, a qual <strong>de</strong>veria ter ocorrido 60 dias após a data da adjudicação.<br />
No dia 15 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2009, exatamente 1 dia antes <strong>de</strong> terminar o prazo <strong>de</strong> 30 dias para fazer<br />
o pagamento <strong>de</strong> 40%, a Construtora do Lena envia um fax dirigido ao Presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
a “solicitar que seja agendada, com a maior brevida<strong>de</strong> possível, reunião com vista à obtenção<br />
<strong>de</strong> esclarecimentos e informações referentes à entrega e transmissão do imóvel em apreço”.<br />
No mesmo fax informa (!) unilateralmente que “que as condições <strong>de</strong> pagamento previstas no<br />
correspon<strong>de</strong>nte Edital se encontram suspensas”.<br />
Este fax nunca teve resposta, nem foi marcada a reunião solicitada, nada consta dos documentos<br />
enviados. A pergunta que se impõe é: Porquê? Se estava em causa uma hasta pública, realizada<br />
tão recentemente, porque nunca foi respondido?<br />
Em 14 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2010 é feito um Despacho do Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, com conhecimento ao<br />
Vice-Presi<strong>de</strong>nte e aos Chefes <strong>de</strong> Departamento, para que até ao “dia 21 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010 se<br />
conclua e proceda a toda a mudança <strong>de</strong> tudo quanto existe e atualmente está armazenado nos<br />
armazéns municipais das Cotôas, fora e <strong>de</strong>ntro dos edifícios” e “que se notifique <strong>de</strong> imediato
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
281<br />
o comprador dos terrenos das Cotôas, avisando o mesmo <strong>de</strong> que, a partir <strong>de</strong> finais <strong>de</strong> Maio,<br />
estará o Município em condições <strong>de</strong> escriturar a venda dos terrenos em causa”. Este Despacho<br />
nunca foi cumprido e não existe explicação para tal.<br />
Só passados 5 anos e 7 meses há nova comunicação do Presi<strong>de</strong>nte, em 2 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong><br />
2015, perguntando à Construtora do Lena se mantinha interesse no dito terreno. Rapidamente,<br />
a 11 <strong>de</strong> Novembro, esta respon<strong>de</strong> apontando “incumprimento ao Município”, afirmando não<br />
ter interesse no terreno e exigindo a <strong>de</strong>volução do valor pago em dobro!!<br />
Chegados aqui só po<strong>de</strong>mos concluir que todo este processo, com resposta sempre pronta da<br />
Construtora do Lena, ao contrário das respostas da Câmara Municipal que levam anos, não<br />
acautelou o interesse público, não prima pelos bons e transparentes procedimentos e mais uma<br />
vez parece feito à medida dos interesses privados.<br />
O BE abstém-se, porque o acordo que agora está em questão, implica a <strong>de</strong>volução da verba recebida<br />
no acto da hasta pública e nada mais, pondo um ponto final a esta situação duvidosa.<br />
O BE con<strong>de</strong>na estes métodos e consi<strong>de</strong>ra que têm que ser resolvidos e encerrados todos os<br />
contenciosos existentes com esta empresa, coisa aliás que po<strong>de</strong>ria ter sido feito aquando da negociação<br />
do acordo sobre o parque <strong>de</strong> estacionamento, evitando as surpresas que lhe po<strong>de</strong>m suce<strong>de</strong>r.<br />
Neste sentido, entrego ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte o seguinte pedido <strong>de</strong> esclarecimentos:<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda vem por este meio e formalmente solicitar as seguintes informações ao<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> Torres Novas:<br />
– Existem projetos, nos quais a Câmara Municipal tenha algum tipo <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> que envolvam<br />
a Construtora do LENA ou alguma empresa a si associada?<br />
– Quais os litígios ainda existentes entre a Câmara Municipal e a Construtora do LENA ou alguma<br />
empresa a si associada? Quais as verbas envolvidas?<br />
– Existem terrenos cuja proprieda<strong>de</strong> seja da Construtora do LENA no concelho <strong>de</strong> Torres Novas?<br />
– Existe algum assunto por resolver que envolva <strong>de</strong> alguma forma a Construtora do LENA ou alguma<br />
das empresas a si associada com a Câmara Municipal?<br />
Projeto <strong>de</strong> reabilitação do Largo Humberto Delgado – Torres Novas<br />
O BE estranhou a inclusão <strong>de</strong>ste ponto na agenda e antes <strong>de</strong> mais gostava <strong>de</strong> ter conhecimento <strong>de</strong><br />
como se proce<strong>de</strong>u à adjudicação <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> reabilitação para o Largo General Humberto<br />
Delgado à firma Vibeiras? Por outro lado, em 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2015 a Câmara Municipal aprovou<br />
por unanimida<strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> reabilitação do referido Largo apresentado pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte,<br />
integrando as sugestões contantes <strong>de</strong> uma proposta apresentada pela CDU, conforme consta da acta.<br />
Estranho ainda mais que o Senhor Vice-Presi<strong>de</strong>nte me tenha questionado diretamente sobre como<br />
eu sabia que o projeto era da empresa Vibeiras e como tinha tido acesso a uma carta da empresa<br />
Vibeiras, quando esta constava dos documentos preparatórios <strong>de</strong>sta reunião. O Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong>cidiu retirar o ponto e aguardamos os esclarecimentos na próxima reunião.<br />
28 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2017<br />
Direção Geral <strong>de</strong> Energia e Geologia – Pedido <strong>de</strong> Parecer / Renovação<br />
da Licença <strong>de</strong> Posto <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Combustíveis<br />
O BE abstém-se, pois no ofício da Direção Geral <strong>de</strong> Energia e Geologia, recebido em 30 <strong>de</strong> Janeiro<br />
<strong>de</strong> 2017 é dito, <strong>de</strong> forma clara, que “a falta <strong>de</strong> resposta no prazo <strong>de</strong> 20 dias é consi<strong>de</strong>rado como<br />
parecer favorável”. Ora a resposta da Câmara aparece agora passados quase 2 meses. Enviar resposta<br />
tão fora <strong>de</strong> prazo e quando a entida<strong>de</strong> que a pediu já não conta com ela, não me parece que prestigie<br />
a Câmara Municipal.
282<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Projeto <strong>de</strong> reabilitação do Largo General Humberto Delgado – Torres Novas<br />
O Senhor Presi<strong>de</strong>nte informou que este assunto é retirado <strong>de</strong> vez. Não po<strong>de</strong>ria existir outra solução,<br />
no entanto tem que existir uma explicação para o que aconteceu. A explicação <strong>de</strong> que houve um<br />
engano <strong>de</strong> quem fez o projeto ao enviar uma carta timbrada da empresa Vibeiras, quando o projeto<br />
era <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> individual e existia a intenção <strong>de</strong> o oferecer à Câmara Municipal, merece<br />
dois comentários:<br />
1 – Não houve 1 engano, mas 2 enganos. 1 em relação ao papel timbrado e um 2º engano porque<br />
a carta exibe também o carimbo da empresa.<br />
2 – Quanto à intenção <strong>de</strong> “oferecer o projeto” ainda bem que não passou <strong>de</strong> intenção, pois como<br />
sabemos a Câmara Municipal não po<strong>de</strong> receber nada <strong>de</strong> empresas cuja ativida<strong>de</strong> é a execução<br />
<strong>de</strong>sses mesmos projetos. Para além <strong>de</strong> colocar em causa a livre concorrência violaria um dos<br />
princípios básicos <strong>de</strong> prevenção da corrupção.<br />
26 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2017<br />
Fixação do contingente <strong>de</strong> táxis – eventual abertura <strong>de</strong> concurso público<br />
Sobre esta matéria o BE já expressou a sua opinião em anteriores reuniões. Consi<strong>de</strong>ramos que em<br />
primeiro lugar há que <strong>de</strong>finir, com rigor, todas as licenças que preenchem todos os requisitos legais<br />
<strong>de</strong> forma a aferir qual o nível <strong>de</strong> ocupação do contingente concelhio e verificar todas aquelas que <strong>de</strong><br />
algum forma po<strong>de</strong>m estar em situação irregular, nomeadamente as licenças para carros <strong>de</strong> 9 lugares<br />
a operar nas freguesias, como se constatou na reunião <strong>de</strong> hoje. Estou <strong>de</strong> acordo com a urgente<br />
colocação <strong>de</strong> sinalização nos locais <strong>de</strong>stinados aos táxis em todas as freguesias, o que permitirá<br />
maior visibilida<strong>de</strong> se os lugares são ocupados ou não. Em segundo lugar o BE consi<strong>de</strong>ra que se <strong>de</strong>ve<br />
ser equilibrado na abertura <strong>de</strong> novos lugares e que estes <strong>de</strong>vem correspon<strong>de</strong>r a reais necessida<strong>de</strong>s.<br />
Proponho que se atribua uma licença para uma viatura com capacida<strong>de</strong> para transporte <strong>de</strong> pessoas<br />
com mobilida<strong>de</strong> reduzida e concordo com a proposta <strong>de</strong> mais uma licença para uma viatura <strong>de</strong><br />
5 lugares, com a condição <strong>de</strong> ser hibrida, como sinal <strong>de</strong> que no futuro as viaturas terão que ser<br />
“amigas do ambiente”, ambas no Nogueiral. A curto prazo, perante a avaliação do cumprimento dos<br />
requisitos legais das atuais licenças <strong>de</strong> 9 lugares e perante as necessida<strong>de</strong>s para o transporte escolar<br />
e transporte a pedido, se <strong>de</strong>cidirá sobre a eventual abertura <strong>de</strong> mais lugares.<br />
Piscinas Municipais – concurso público para a lecionação <strong>de</strong> aulas<br />
Sobre este assunto o BE levanta as seguintes questões:<br />
Em Setembro <strong>de</strong> 2015 o presi<strong>de</strong>nte da câmara contratou, por ajuste directo, serviços <strong>de</strong> natação,<br />
hidroginástica e afins no valor <strong>de</strong> 66 745 euros, a uma firma, a “GéneseMargem”, constituída<br />
um mês antes, com um capital social <strong>de</strong> 3 euros e com se<strong>de</strong> social na casa da vereadora que<br />
acabara <strong>de</strong> exercer o mandato anterior, sendo que um dos sócios era familiar da referida<br />
vereadora. Com base nos registos dos actos societários do Ministério da Justiça, ficou a saberse<br />
que os sócios da empresa faziam parte <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> 13 elementos (na altura) a quem a<br />
Turrisespaços contratara serviços para nove meses e 26 dias (prestados em 2012), no valor global<br />
<strong>de</strong> 32.271 euros. A Turrisespaços, empresa municipal, continuou entretanto a contratar serviços<br />
<strong>de</strong>ssa natureza até à sua extinção, que ditaria, <strong>de</strong> facto, a adjudicação referida, <strong>de</strong> Setembro<br />
<strong>de</strong> 2015, à jovem empresa GéneseMargem. Em Setembro <strong>de</strong> 2016, na sequência <strong>de</strong> concurso<br />
público, o serviço <strong>de</strong> aulas <strong>de</strong> natação e hidroginástica foi contratado ao Clube <strong>de</strong> Natação<br />
<strong>de</strong> Torres Novas, pelo valor <strong>de</strong> 63 630 euros, para vigorar, <strong>de</strong> acordo com a cláusula terceira<br />
do contrato, entre 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2016 e 31 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2017 (fonte BaseGov). Na<br />
altura, a abertura do procedimento concursal não foi presente ao executivo municipal, nem do<br />
seu resultado foi dado conhecimento aos vereadores pelo presi<strong>de</strong>nte. Sabemos que está <strong>de</strong>ntro<br />
das competências do Presi<strong>de</strong>nte.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
283<br />
Propõe-se, agora, a abertura <strong>de</strong> procedimento concursal para contratação do mesmo serviço <strong>de</strong><br />
aulas <strong>de</strong> natação e hidroginástica. A proposta presente à câmara não é subscrita por ninguém, o<br />
que configura uma irregularida<strong>de</strong> processual. Refere-se, na mesma proposta, que a estimativa <strong>de</strong>ste<br />
serviço será <strong>de</strong> 47 885 euros, clarificando-se que a verba diz respeito ao ano <strong>de</strong> 2017.<br />
Acontece que no ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> encargos do concurso que se preten<strong>de</strong> abrir, Artigo 1.º, número 1,<br />
explicita-se que os serviços adjudicados são-no para o período <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2017 a 31 <strong>de</strong> Maio<br />
<strong>de</strong> 2018. Parece que não po<strong>de</strong>rá ser, já que o contrato existente, ainda em vigor com o Clube <strong>de</strong><br />
Natação, só termina em 31 <strong>de</strong> Agosto do ano acorrente. O preço-base apresentado para o serviço<br />
a contratar, no valor <strong>de</strong> 69 560 euros, sendo o mais alto <strong>de</strong> sempre, também não condiz com aquele<br />
que é referido na proposta “para o ano <strong>de</strong> 2017”, nem este po<strong>de</strong>rá ser fracção daquele, já que<br />
estaríamos na presença <strong>de</strong> uma valor <strong>de</strong> 47 mil euros para sete meses <strong>de</strong> 2017, período atravessado<br />
pelas férias <strong>de</strong> verão, e apenas os restantes cerca <strong>de</strong> 20 mil euros para cinco meses <strong>de</strong> 2018, esses<br />
sim referentes a um período <strong>de</strong> mais intensa utilização dos serviços.<br />
Não nos parece, ainda, por todas as razões possíveis e sobretudo por estarmos numa ano <strong>de</strong> eleições com<br />
mudança <strong>de</strong> executivo municipal pelo meio do período <strong>de</strong> vigor <strong>de</strong>ste contrato, que seja prevista neste<br />
procedimento a renovação do contrato, quando anteriormente essa opção não foi equacionada.<br />
Por estas razões e perante este cenário, não nos parece que seja possível, nestes termos e num<br />
contexto <strong>de</strong> dúvidas sobre vigência <strong>de</strong> contratos e respectivos valores, proce<strong>de</strong>r à abertura do<br />
concurso sem que tudo esteja claro e esclarecido.<br />
Já agora, seria <strong>de</strong> todo o interesse ter acesso ao histórico sobre a participação nas aulas <strong>de</strong> natação.<br />
Passados 3 anos sobre a extinção da Turrisespaços, seria <strong>de</strong> todo a<strong>de</strong>quado ser presente à Câmara<br />
Municipal um relatório <strong>de</strong>talhado sobre a Escola <strong>de</strong> Natação, lecionação <strong>de</strong> aulas <strong>de</strong> natação,<br />
hidroterapia, hidroginástica, aulas <strong>de</strong> grupo em estúdio e treinos <strong>de</strong> marcha e corrida.<br />
9 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2017<br />
Comissão <strong>de</strong> Festas do Divino Espírito Santo <strong>de</strong> Meia Via – pedido <strong>de</strong> apoio<br />
Na minha opinião a Câmara Municipal <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>cidir exatamente no mesmo sentido da posição assumida<br />
por unanimida<strong>de</strong> em 13 e Setembro <strong>de</strong> 2016, face ao pedido <strong>de</strong> apoio para as Festas da Freguesia<br />
<strong>de</strong> Pedrogão, in<strong>de</strong>ferindo o pedido por este não se enquadrar no Regulamento Municipal <strong>de</strong> Apoio<br />
ao Associativismo. Estranha-se que o pedido agora agendado, referente às Festas do Divino Espírito<br />
Santo <strong>de</strong> Meia Via não venha acompanhado <strong>de</strong> um parecer dos serviços. Não compete à Câmara<br />
Municipal pronunciar-se sobre a importância maior ou menor das festas que se realizam nas freguesias<br />
do concelho. Compete-lhe, na opinião do BE, apoiar logisticamente estas festas, mas não dar apoios<br />
financeiros. Voto favoravelmente o apoio logístico e voto contra o apoio financeiro.<br />
Listagem <strong>de</strong> contratos – aquisição <strong>de</strong> serviços<br />
Em primeiro lugar quero, uma vez mais, saudar a norma introduzida no Orçamento <strong>de</strong> Estado para<br />
2017, que obriga à divulgação da listagem <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> serviços a toda a Vereação. É<br />
um importante contributo para a transparência e sobretudo para o escrutínio por parte das oposições<br />
em relação aos contratos que não são sujeitos a <strong>de</strong>liberação camarária. Esta listagem é também<br />
positiva porque a informação disponível na BaseGov encontra-se atrasada.<br />
Em relação à informação agora prestada:<br />
Contrato 15/2017 – Apresentação <strong>de</strong> proposta para diagnóstico e elaboração do plano estratégico<br />
educativo municipal – adjudicado à Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Sociais e Humanas da Universida<strong>de</strong> Nova<br />
<strong>de</strong> Lisboa no valor <strong>de</strong> 21.140,00 euros (+ IVA) – Solicito <strong>de</strong>liberação e justificação enquadradora da<br />
elaboração <strong>de</strong>ste plano estratégico.
284<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Contrato 16/2017 – Prestação <strong>de</strong> Serviços na Área do Desporto no valor <strong>de</strong> 16.808,04 euros (+<br />
IVA) – Solicito esclarecimentos sobre a área <strong>de</strong>sportiva a que se <strong>de</strong>stina este contrato, questiono se<br />
não se cruza com a prestação <strong>de</strong> serviços na área da natação, cuja proposta <strong>de</strong> concurso público veio<br />
a reunião <strong>de</strong> Câmara e foi retirada. Já agora aproveito para perguntar ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte porque<br />
é que o assunto não foi novamente agendada (já passaram 2 reuniões), tendo em consi<strong>de</strong>ração que<br />
era muito urgente.<br />
Contrato 19/2017 – Serviços na área <strong>de</strong> imagem e <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> comunicação gráfica – no valor <strong>de</strong><br />
18.000,00 euros (+ IVA) – a que se <strong>de</strong>stina esta prestação <strong>de</strong> serviços?<br />
Por último sobre a “notificação <strong>de</strong> adjudicação – Oficio S/1229/2017” – Concepção e monitorização<br />
<strong>de</strong> um programa cultural para o edifício do Convento do Carmo no valor <strong>de</strong> 8.000,00, à firma J. Aidos<br />
– Consultoria e gestão <strong>de</strong> projectos, Lda – Senhor Presi<strong>de</strong>nte tenho que expressar a minha indignação<br />
e perguntar se os serviços culturais da Câmara Municipal em conjunto com o Programador do teatro<br />
Virgínia não podiam garantir este trabalho. Já nem vou aqui falar do facto do antigo hospital ficar por<br />
5 anos afecto a iniciativas “culturais e sociais”, mas falo sobre mais este contrato que vai consumir<br />
recursos ao Município, sobrepondo-se aos serviços camarários, sem justificação plausível. Solicito o<br />
referido contrato, assim como as propostas <strong>de</strong> concepção do programa cultural, que <strong>de</strong>verão ser<br />
aprovadas pela Vereação, como acontece com a programação do teatro Virgínia.<br />
23 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2017<br />
XXI Challenger NERSANT – Pedido <strong>de</strong> apoio / ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho<br />
O BE vota contra a ratificação do <strong>de</strong>spacho do Senhor Presi<strong>de</strong>nte que autorizou <strong>de</strong>spesa, respon<strong>de</strong>ndo<br />
positivamente a todas as solicitações da NERSANT para um evento <strong>de</strong> carácter privado. Não<br />
aceitamos, tendo em consi<strong>de</strong>ração o interesse público, financiar um evento privado, <strong>de</strong> iniciativa <strong>de</strong><br />
uma associação <strong>de</strong> empresários, em que as equipas pagam uma inscrição <strong>de</strong> 650,00 e tudo o resto<br />
é pago pela Câmara Municipal, ou seja pelo erário público.<br />
Pedido <strong>de</strong> isenção <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> cedência do Teatro Virgínia – Turrisconta, Lda.<br />
A vinda <strong>de</strong> Xanana Gusmão ao concelho <strong>de</strong> Torres Novas é um facto que merece ser assinalado<br />
pelo Município, nos Paços do Concelho e com dignida<strong>de</strong> institucional. Trata-se <strong>de</strong> uma personalida<strong>de</strong><br />
internacional cujo papel na Resistência Timorense e na luta pela sua in<strong>de</strong>pendência é sobejamente<br />
conhecido, para além <strong>de</strong> ter sido agraciado com a chave da cida<strong>de</strong>. Coisa bem diferente é uma<br />
empresa privada realizar um evento, on<strong>de</strong> participa o actual Ministro timorense e por esse facto pedir<br />
isenção <strong>de</strong> pagamento da taxa <strong>de</strong> utilização do Teatro Virgínia. Os planos não se po<strong>de</strong>m confundir.<br />
O BE vota contra a isenção <strong>de</strong> taxas à empresa Turrisconta, Lda.<br />
6 <strong>de</strong> Junho 2017<br />
Proposta do Bloco <strong>de</strong> Esquerda – admissão <strong>de</strong> assistentes operacionais<br />
O BE congratula-se com a aprovação da contratação <strong>de</strong> cinco assistentes operacionais para as funções<br />
<strong>de</strong> auxiliares <strong>de</strong> acção educativa. A nossa proposta <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> oito assistentes operacionais<br />
correspondia, no nosso enten<strong>de</strong>r, ainda que não em pleno, ao preenchimento dos lugares necessários<br />
para o bom funcionamento dos centros escolares. O Partido Socialista enten<strong>de</strong> que neste momento<br />
se <strong>de</strong>ve contratar cinco. Chumbada a proposta inicial do BE, voto a favor da contratação <strong>de</strong> cinco<br />
assistentes pois trata-se <strong>de</strong> um avanço. Alerto para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> no início do ano lectivo se fazer<br />
uma avaliação sobre as necessida<strong>de</strong>s, nomeadamente tendo em consi<strong>de</strong>ração as situações <strong>de</strong> baixa<br />
prolongada.
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
285<br />
Alci<strong>de</strong>s Galinha Dias – aprovação <strong>de</strong> projectos<br />
<strong>de</strong> loteamento urbano com obras <strong>de</strong> urbanização<br />
O BE mantém todas as críticas e reservas sobre este loteamento, expressas em reunião <strong>de</strong> Câmara<br />
Municipal e em <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto, em 14 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2015 (http://www.cm-torresnovas.pt/images/<br />
documents/CamaraMunicipal/Atas/2015/ATA%2012_14%2004%202015.pdf). O que era nebuloso<br />
neste processo, continua sem ser esclarecido, nomeadamente: os dois loteamentos, encostados um ao<br />
outro, promovidos pelo mesmo loteador, mas separados para efeitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, nunca se percebeu<br />
porquê; a questão das cedências para equipamentos e espaços ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização colectiva – que<br />
o loteador não cumpre e “compensa” com mais espaços ver<strong>de</strong>s, nunca se percebeu porque é que a<br />
CM aceitou. Para não falar da alteração ao PDM para viabilizar este loteamento, <strong>de</strong>cidida na última<br />
reunião do anterior mandato. O BE vota contra.<br />
Piscinas Municipais – Concurso público para lecionação <strong>de</strong> aulas<br />
Sobre o concurso público para lecionação <strong>de</strong> aulas foi corrigido o período da prestação <strong>de</strong><br />
serviços, comprovando que o BE tinha razão e que configurava uma ilegalida<strong>de</strong> – teríamos 2<br />
contratos, com o mesmo fim, adjudicados à mesma entida<strong>de</strong>, com um período comum aos dois.<br />
Relembro que o período inicialmente previsto era: 1 <strong>de</strong> Junho 2017 a 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2018 e agora<br />
corrigido, o período do contrato passa a ser 1 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2017 a 30 <strong>de</strong> Setembro 2018.<br />
Feita esta correcção falta ainda tratar a questão da “renovação do contrato” por uma ou duas<br />
vezes. Ora, como já dissemos, nunca esta questão foi consi<strong>de</strong>rada em anteriores contratos, qual<br />
o motivo que leva, em final <strong>de</strong> mandato, a propor a renovação e assim comprometer a futura<br />
Vereação com este contrato? O BE não aceita que a renovação fique prevista no contrato.<br />
Foi com espanto que verifiquei que nos documentos enviados a última página (30), correspondia a<br />
uma informação dos serviços I/9950/2017 <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2017, sobre Procedimento contratação<br />
<strong>de</strong> professores – Adicional, on<strong>de</strong> se solicita autorização para que seja efectuado um adicional ao<br />
contrato no valor <strong>de</strong> 63.630,40 euros, porque o número previsto <strong>de</strong> aulas foi ultrapassado em 648<br />
aulas e o contrato concretiza-se pelo número <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> aulas.<br />
Penso que esta matéria tem que ser <strong>de</strong>vidamente esclarecida:<br />
Consultado o contrato (através da BaseGov), nada consta sobre este “concretizar-se pelo número <strong>de</strong><br />
aulas leccionadas”. Aproveito para solicitar o ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos <strong>de</strong>ste contrato para confirmação<br />
<strong>de</strong>sta matéria;<br />
Se foram e serão dadas aulas não previstas, alguém as autorizou. Quem as autorizou?<br />
Que justificação existe para não terem sido previstas 648 aulas? O que justifica este aumento<br />
exponencial?<br />
Estas questões têm que ser colocadas pois <strong>de</strong>sconhece-se em absoluto algum histórico sobre as aulas<br />
<strong>de</strong> natação. Passados 3 anos sobre e a extinção da Turrisespaços nada se conhece sobre o número<br />
<strong>de</strong> inscritos, o número <strong>de</strong> aulas, as receitas do pagamento das aulas pelos/as munícipes, entre outros<br />
aspectos.<br />
Não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer referência ao 3.º parágrafo da referida informação, que passo a<br />
transcrever: “Mais informamos que os serviços trataram atempadamente <strong>de</strong> todo o processo para<br />
que este seguisse os trâmites normais, no entanto, na reunião <strong>de</strong> Câmara anterior à <strong>de</strong> Assembleia<br />
Municipal, a qual permitiria o agendamento do procedimento, foi <strong>de</strong>cidido que o assunto seria<br />
retirado da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos” – Em abono da verda<strong>de</strong> é preciso dizer que a Informação dos<br />
serviços presente à reunião <strong>de</strong> Câmara (não assinada, por sinal) tinha a data <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Abril<br />
<strong>de</strong> 2017, a reunião <strong>de</strong> Câmara realizou-se a 26 <strong>de</strong> Abril e a Assembleia Municipal a 28 <strong>de</strong><br />
Abril. É fácil <strong>de</strong> verificar que o assunto nunca po<strong>de</strong>ria ter sido agendado para a Assembleia<br />
Municipal, cuja convocação tem prazos legais. E, já agora, ainda bem que assim não aconteceu,
286<br />
4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
caso contrário teria a Câmara Municipal enviado um documento no mínimo irregular para a<br />
Assembleia Municipal.<br />
Perante a resposta da Senhora Vereadora Elvira Sequeira <strong>de</strong> que o adicional é para ser votado e<br />
perante a ausência <strong>de</strong> esclarecimentos, o voto do BE só po<strong>de</strong> ser contra.<br />
Quanto ao concurso público e porque o Senhor Presi<strong>de</strong>nte aceitou retirar a renovação do contrato,<br />
o BE vota a favor.<br />
Suspensão parcial do PDM <strong>de</strong> Torres Novas<br />
/ estabelecimento <strong>de</strong> medidas preventivas – Ferroentroncamento, Lda.<br />
O BE abstém-se. Mas sobre esta matéria <strong>de</strong>ixamos expresso que suspensões do PDM, umas atrás das<br />
outras, não resolvem o que importa em termos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento do território – a revisão do PDM.<br />
Po<strong>de</strong>m resolver, pontualmente, a situação <strong>de</strong> empresas, como é o caso, e por isso o BE abstém-se,<br />
mas não contribui para que exista uma visão global do território, com opções e estratégias claras e<br />
assumidas. A este propósito e tendo em consi<strong>de</strong>ração que iremos <strong>de</strong>bater uma alteração ao PDM,<br />
adiada <strong>de</strong> hoje para próxima reunião, quero referir um parágrafo da fundamentação da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />
revisão do PDM <strong>de</strong> Torres Novas, publicada em Diário da República em 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2002, há<br />
precisamente 15 anos, todos <strong>de</strong> maioria absoluta do PS, em que não se avançou na revisão do PDM.<br />
Diz a referida fundamentação: “Resulta, assim, como imperativo para a correcta administração do concelho,<br />
que se encete o processo <strong>de</strong> revisão do Plano Director Municipal <strong>de</strong> Torres Novas, ainda pelos seguintes<br />
motivos: (…) Porque, em virtu<strong>de</strong> dos constrangimentos criados, se chegou a uma situação insustentável<br />
para o município, caracterizada por pedidos sistemáticos <strong>de</strong> alterações ao PDM para resolução <strong>de</strong> casos<br />
pontuais. O que, sendo <strong>de</strong>saconselhável, senão mesmo impraticável pela resultante morosida<strong>de</strong>, tem ainda<br />
uma vertente mais perniciosa: produzem-se alterações não sustentadas numa visão estratégica global,<br />
potencialmente menos transparentes e menos justas”. A situação caracterizada há 15 anos mantém-se,<br />
assim como a inércia do PS.